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SÃO PAULO
2017
Dilean Baptista de Melo Souza
Trabalho de Conclusão do
Módulo de Missões como
requisito parcial no curso de Pós
Graduação em Teologia Bíblia e
Missões da Faculdade Teológica
Batista de São Paulo
Professora: Analzira Nascimento
SÃO PAULO
2017
SUMÁRIO
1. Introdução .................................................................................................... 1
2. O texto nos sinóticos.................................................................................... 2
2.1 O contexto de Mateus ............................................................................... 2
2.2 O contexto de Marcos ............................................................................... 2
2.3 O contexto de Lucas ................................................................................. 3
2.4 A singularidade de Lucas.......................................................................... 3
3. Vos fareis pescadores de homens ............................................................... 6
4. Conclusão .................................................................................................... 7
5. Bibliografia ................................................................................................... 9
1
1. INTRODUÇÃO
1Outro nome para o mar da Galileia. João chama o mesmo mar de Tiberíades (Jo 6.1).
2Textos extraídos de The New Testament in the original Greek: Byzantine Textform 2005, with
morphology. Bellingham, WA: Logos Bible Software, 2006.
4
Mateus Marcos
καὶ ποιήσω ὑμᾶς ἁλιεῖς ἀνθρώπων καὶ ποιήσω ὑμᾶς γενέσθαι ἁλιεῖς
ἀνθρώπων
e farei de vocês pescadores de homens e farei que vocês se tornem pescadores de
homens
aparece no verso 10, como nos outros sinóticos. O texto de Lucas é: Μὴ φοβοῦ·
ἀπὸ τοῦ νῦν ἀνθρώπους ἔσῃ ζωγρῶν.4 Colocarei os 3 versos paralelamente para
Em muitas línguas, pode ser difícil falar sobre ‘trazer uma pessoa sob
controle’. Pode, portanto, ser mais apropriado usar a frase “não permitir
que uma pessoa faça exatamente aquilo que ela quer” ou “fazer uma
pessoa se comportar”. (LOUW; NIDA, 1988 verbete: ζωγρέω)
25.12 “Também os filhos de Judá prenderam vivos dez mil ...”. No Novo
Testamento, as duas aparições do verbo são em Lucas 5.10 e 2 Timóteo 2.26
que diz “... tendo sido feitos cativos por ele ...”.
Vincent ainda nos informa como a palavra era usada por autores
seculares, como Homero, que em sua obra Ilíada nos diz que “... quando
Menelau ameaça matar Adrasto: Adrasto se agarrou aos joelhos do guerreiro e
disse: Ó filho de Atreu, leva-me como prisioneiro (ζώγρει)”(VINCENT, 2012, p.
246)
Jesus não passou seu tempo aqui na terra sozinho. Ele chamou homens
para treinar e para que, depois que fosse assuntos aos céus, esses homens
continuassem o ministério que Ele começou.
usa ἔσῃ (serás), indicando que Jesus começaria naquele momento a preparar o
que haveriam de se tornar no futuro, após o treinamento com Cristo e a
capacitação que o Espírito traria no Pentecostes.
4. CONCLUSÃO
Para aqueles que são chamados não deve haver outra alternativa, outro
meio ou caminho para viver. Seu foco agora é servir Àquele que os convocou.
Paulo usa os seguintes termos em 2 Timóteo 2.4 “Nenhum soldado em serviço
se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele
que o arregimentou”. Bosch nos ensina que
... o chamado não parece esperar outra coisa do que uma resposta
imediata e positiva. E a resposta é registrada como se fosse a coisa
mais natural do mundo, sem qualquer sugestão da possibilidade de
reservas e dificuldades por parte das pessoas que são chamadas ...
Não há qualquer meio termo; a pessoa chamada ‘deixa tudo’, seja a
coletoria ... seja os barcos de pesca ... O chamado ao discipulado é um
chamado para entrar no reinado de Deus, sendo, como tal, um ato de
graça. (BOSCH, 2002, p. 59)
Creio que a igreja de hoje precisa resgatar seus valores e sua missão
como “pescadora de pessoas”. Bosch ainda nos ensina que
Antes de ser assunto aos céus, Jesus disse aos seus discípulos, o que se
estende a nós hoje, que Ele tinha toda autoridade e por isso nos enviava a fazer
discípulos, batizando e ensinando a que pessoas guardem a todas as coisas que
Ele nos ensinou (Mt 28. 16 – 20). Nestes versos temos a base da nossa missão
de hoje e a autoridade necessária para que, como igreja, possamos participar da
Missio Dei, nos entendendo como convocados para resgatar com vida pessoas
que estão perecendo e caminhando para o inferno.
5. BIBLIOGRAFIA