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SÃO PAULO
2017
Dilean Baptista de Melo Souza
SÃO PAULO
2017
Sumário
1. Introdução ...................................................................................................... 1
2. As alianças no Antigo Testamento ................................................................. 2
3. A aliança divina com Noé ............................................................................... 4
3.1 O contexto da aliança ............................................................................... 4
3.1 A aliança. .................................................................................................. 5
3.2 Análise de Gênesis 6.18 ........................................................................... 7
4. Conclusão ...................................................................................................... 8
5. Bibliografia...................................................................................................... 9
1
1. INTRODUÇÃO
Merril, traz outra perspectiva para o termo. Ele diz que a etimologia é
incerta, mas que o mais provável é que venha do cognato acadiano birūtu, que
significa “unir, prender, restringir”. Porém, Merril reconhece que o consenso
maior dos teólogos do Antigo Testamento é de que a palavra deve ser traduzida
como aliança, no sentido de um pacto ou tratado entre duas pessoas. Lidando
com o caso específico do AT, essa aliança sempre foi iniciada por Deus.
(MERRIL, 2009, p. 240)
1Anotação pessoal das aulas da matéria A atualidade do Antigo Testamento, do curso de Pós
Graduação da Faculdade Teológica Batista de São Paulo, ministrada pelo prof. Luiz Sayão.
soberano fazia aliança tornando a outra parte sua propriedade ou “aliança de
paridade”, quando um rei fazia aliança com outro rei.
Bruce Waltke define aliança como o “... compromisso solene que alguém
assume de cumprir uma obrigação”. (WALTKE, 2015, p. 325). Para Waltke, Deus
elaborou as alianças pela Sua graça e depois se obriga a favorecer seus
escolhidos em aliança. Pentecost, em seu livro Manual de Escatologia, define
aliança com as palavras de Lincoln, que diz
... domina toda vida religiosa de Israel em tal medida, que a aparente
posição extremada de W. Eichrodt é plenamente justificada. Não
podemos compreender a religião, organização política ou instituição
dos Profetas dos israelitas sem reconhecer a importância da ‘Aliança’.
A palavra em si aparece como uma incorporação de origem semita nos
séculos XV a XII na Síria e no Egito e remonta claramente aos
primeiros períodos de Israel. (ALBRITGHT apud in SMITH, 2001, p.
134)
Da forma como Deus havia dito que faria, aconteceu. O texto de Gênesis
capítulo sete e oito nos narra quando as águas cobriram toda a terra (Gn 7. 6,10).
Depois que as águas baixaram, Noé pode sair da arca com sua família e os
animais que havia salvado, por ordem divina. O texto nos narra que quando
saíram da arca, Noé ofereceu ao Senhor animais e aves puras como holocausto
(Gn 8.20). A atitude de Noé agradou ao Senhor que então diz “Nunca mais
amaldiçoarei a terra por causa do ser humano ...” (Gn 8.21).
Desta forma, Bruce Waltke propõe que na narrativa de Gênesis sobre Noé
encontremos os dois tipos de aliança divina, a condicional e a incondicional.
Desta forma, analisaremos agora a proposta de Waltke a luz das alianças do
Antigo Testamento.
3.1 A ALIANÇA.
Para Merril, o termo “minha aliança” que aparece no texto de Gênesis 6.18
nos indica que não é uma nova aliança, mas uma já conhecida (MERRIL, 2009,
p. 290). Waltke concorda com Merril e acrescenta que
Para Waltke e Merril, a aliança de Deus com Noé é, de certa forma, uma
continuação de uma aliança anterior, da qual Deus fez com Adão. O problema
que encontramos nesta proposta é o fato de que o texto de Gênesis não declara
explicitamente nenhuma aliança que Deus tenha feito com Adão.
Noé, embora justo e inocente, foi escolhido não por causa da sua
condição reta, mas como objeto da graça eletiva de Deus [...] Noé tinha
que ser um novo empreendimento de compromisso do concerto, um
novo vice-regente por meio de quem os propósitos soberanos de Deus
se [sic!] tornar-se-iam realidade [...] Este é, sem dúvida, o significado
de Gênesis 6.18: ‘Mas contigo estabelecerei o meu pacto’. Meu pacto
só pode se referir a algo antecedente e o único possível antecedente é
o concerto implícito por Gênesis 1.26-28. (ZUCK, 2016, p. 36)
Allen Ross, em sua gramática nos diz que o tempo perfeito “... reflete,
essencialmente, a ação completada.” (ROSS, 2008, p. 94) Carlos Osvaldo diz
que “Os usos do perfeito podem ser mais amplamente divididos em aspecto
momentâneo e aspecto contínuo.” (PINTO, 1998, p. 54).
4. CONCLUSÃO
5. BIBLIOGRAFIA