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Apostila Da Psicologia Do Desenvolvimento Humano e Infantil
Apostila Da Psicologia Do Desenvolvimento Humano e Infantil
PSICOLOGIA DO
DESENVOLVIMENTO HUMANO
INFANTIL
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 11
AVALIAÇÃO ........................................................................................................... 37
GABARITO ............................................................................................................. 37
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INTRODUÇÃO
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras,
afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos
educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e
provado pelos pesquisadores.
Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final
da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar
dúvidas e aprofundar os conhecimentos.
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1 PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
O interesse pelos anos iniciais de vida dos indivíduos tem origem na história
do estudo científico do desenvolvimento humano, que se inicia com a preocupação
com os cuidados e com a educação das crianças, e com o próprio conceito de infância
como um período particular do desenvolvimento (Cole & Cole, 2004; Mahoney, 1998),
principalmente porque são muitos os fatores que influenciam o desenvolvimento
humano e a qualidade da aprendizagem, e esta por sua vez impulsiona o seu
desenvolvimento.
Esse contato da Psicologia com a queixa escolar que se dá a partir dos estudos
sobre o desenvolvimento cognitivo da criança coloca o enfoque desenvolvimentista
como centro das explicações sobre a queixa escolar, concebida como fruto de
dificuldades nos processos de aprendizagem. É neste âmbito que perdurou, até a
década de 1960, a utilização das terapias de reeducação psicomotora, dos testes de
inteligência e dos inventários de habilidades e interesses, no qual entender as
dificuldades escolares era, segundo Patto (1997) “medir capacidades e habilidades, o
que fazia dos testes ferramentas imprescindíveis à atuação escolar dos psicólogos”.
Por isso, cada caso deve ser avaliado particularmente, incluindo na avaliação
o entorno familiar e escolar. Se os problemas de aprendizagem, estão presentes no
ambiente escolar e ausentes nos outros lugares, o problema deve estar no ambiente
de aprendizado. Às vezes, a própria escola, com todas as suas fontes de tensão e
ansiedade, pode estar agravando ou causando as dificuldades na aprendizagem.
Aspecto Social – é a maneira como o indivíduo reage diante das situações que
envolvem outras pessoas.
Nesse contexto podemos falar em plasticidade neural que diz respeito ao fato
de que a estrutura do sistema nervoso central não é fixa ou impermeável à influência
do ambiente e dos padrões de atividade funcional
2 CONTRIBUIÇÕES TÉORICOS
2.1 Piaget
2.2 Vigotsky
Além dos pressupostos mais gerais de sua teoria mencionados, várias são as
“portas de entrada”, em sua obra, que permitem uma aproximação com a dimensão
afetiva do funcionamento psicológico. Em primeiro lugar escreveu diversos textos
sobre questões diretamente ligadas a essa dimensão (emoção, vontade, imaginação,
criatividade), a maior parte deles não traduzidos do russo e muitos não publicados
nem mesmo na União Soviética (BENATO, 2001).
Nesse sentido podemos dizer que todas as funções psíquicas são de natureza
e origem social, onde o indivíduo, sozinho, não dispõe de estruturas internas capazes
de promover um desenvolvimento pleno. Isso significa que, de um lado o meio
sociocultural é condição necessária para a constituição do psiquismo humano e, de
outro, que essa constituição não é da origem biológica, mas sim, de origem cultural.
De acordo com essa ideia, a inclusão poderá ser um caminho com maiores
possibilidades de ganhos na aprendizagem e desenvolvimento do aluno com
necessidades especiais. Quanto menos restrito, mais aberto o plural for o meio em
que o indivíduo se desenvolve, melhor será para a produção de educação e cultura.
2.3 Wallon
foi, logo que saiu da vida puramente orgânica, um ser afetivo. Da afetividade
diferenciou-se, lentamente, a vida racional. Portanto, no início da vida, afetividade e
inteligência estão sincreticamente misturadas, com o predomínio da primeira (LA
TAYLLE, 1992).
demanda às competências, em educação, pode ser pensado como uma forma muito
requintada de comunicação afetiva (LA TAYLLE, 1992).
Nesta vinculação está uma das mais belas intuições da teoria walloniana: a
de que a sofisticação dos recursos intelectuais é utilizável na elaboração de
personalidades ricas e originais. Neste sentido, a construção do objeto está a serviço
da construção do sujeito: quem fala é nitidamente o psicólogo, e não o epistemólogo.
O produto último da elaboração de uma inteligência, concreta, pessoal, corporificada
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Este longo caminho leva de uma forma de sociabilidade a outra. Nunca o ser
“geneticamente social” a que se refere Wallon (apud Taille, 1992), poderia passar por
uma fase pré-social. O vínculo afetivo supre a insuficiência da inteligência no início.
Quando ainda não é possível a ação cooperativa que vem da articulação de pontos
de vista bem diferenciados, o contágio afetivo cria os elos necessários à ação coletiva.
Com o passar do tempo, a esta forma primitiva se acrescenta a outra, mas, em todos
os momentos da história da espécie, como da história individual, o ser humano dispõe
de recursos para associar-se aos seus semelhantes.
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3 O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Frente a estas premissas, este capítulo tem como objetivo geral delinear e
analisar a importância do brincar na educação infantil focando o papel do
psicopedagogo nas orientações ao professor, a prevenção e detecção precoce de
possíveis problemas de aprendizagem para que este desenvolva um trabalho
construtivo com os alunos do ensino infantil.
Kramer (1992) aponta que essas pré-escolas não possuíam um caráter formal;
não havendo contratação de professores qualificados e remuneração digna para a
construção de um trabalho pedagógico sério, sendo que muitas vezes, a mão de obra,
que constituía as pré-escolas, era formada por voluntários, que rapidamente desistiam
desse trabalho. Ainda se observava, nas creches e escolas públicas, um caráter
assistencialista, que consistia na oferta de alimentação, higiene e segurança física,
sendo muito vezes prestado de forma precária e de baixa qualidade, enquanto as
creches particulares desenvolviam atividades educativas, voltadas para aspectos
cognitivos, emocionais e sociais. Consta-se um maior número de creches particulares,
devido à privatização e à transferência de recursos públicos para setores privados.
Assim, nos dias atuais, sabe-se que a pré-escola tem uma função pedagógica
para com a criança, quer seja ela de classes baixas ou abastadas. Tem, sim, a função
de formar hábitos e atitudes, mas não como sua função básica. Fundamental na pré-
escola é o incentivo à criatividade e as descobertas das crianças, ao jogo e à
espontaneidade, que deveriam permear as relações infantis.
Mas faltam a ambos a percepção das crianças como sendo parte de um todo
que as envolve, o que a prática pedagógica pode e deve preencher, substituindo a
prática “formadora permissiva” por uma prática política e social.
Desta forma, um programa que pretenda atingir tais objetivos não pode
prescindir de capacitação dos recursos humanos nele envolvidos, nem tampouco de
supervisão constante do trabalho. A capacitação (prévia e em serviço) e a supervisão,
aliados à dotação de recursos financeiros específicos, bem como à definição da
vinculação trabalhista dos recursos humanos, se constituem em condições capazes
de viabilizar, então, um tipo de educação pré-escolar que não apenas eleve seus
números, mas, principalmente, a qualidade do serviço prestado à população.
De acordo com Wajskop, o brincar [...] cria na sua criança uma nova forma de
desejos. Ensina-a a desejar, relacionando os seus desejos a um eu fictício, ao seu
papel na brincadeira e suas regras. Dessa maneira, as maiores aquisições de uma
criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro torna-se seu nível
básico de ação real e moralidade (WAJSKOP, 1995, p. 34).
Na utilização dos brinquedos, a criança cria normas e funções que apenas tem
significado naquelas relações específicas. Para tanto, o brinquedo representa uma
parte do universo que conhece e que se descobre a cada dia.
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Motor – uso que a criança faz do seu corpo, inclui expressão corporal, equilíbrio,
lateralidade, habilidade. Entende-se que a criança precisa manifestar seus
movimentos e explorar seu corpo;
Isso significa que as crianças são diferentes, cada uma tem sua classe e
cultura que precisam ser discutidas e respeitadas. Para tanto, a escola deve buscar
alternativas para atender as crianças e compreender suas experiências, as condições
de vida de cada uma delas e valorizar a relação família/escola, para desenvolver um
trabalho e enfrentar as dificuldades e contradições para que possam beneficiar as
crianças.
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A base para que ocorra um bom desenvolvimento da criança está nas funções
complementares e adquiridas como: cuidar e educar.
Aqui mais uma vez fica claro que a psicopedagogia não está situada num
único campo, mas sim, como diz Gasparian (2006), fica na inter-relação da
“ensinagem‟ com a „aprendizagem‟.
1. Identificação da Instituição;
2. Descrição da Instituição;
3. Intervenção;
4. Integração.
maior nível de insegurança nos relacionados e onde os laços de afetividade são mais
frágeis.
A escola aparece como a segunda família para a criança, ou seja, como diz
Winnicott (2005 apud Pokorski, 2008), se a família falhar, a escola é a segunda
oportunidade para a criança estabelecer seus vínculos e aprender a viver em
sociedade, se a escola falhar, resta a sociedade ou o juiz. Ela deve então, colocar em
prática metodologias que levem a um desenvolvimento saudável nessa primeira
etapa, deve proporcionar à criança uma base sólida sobre a qual ela se apoiará ao
longo da vida.
Outra atividade de que a escola não pode abrir mão é refletir, a partir de
reuniões e seminários, sobre as mudanças na realidade e buscar alternativas entre
professores e/ou com as famílias que atende, analisando o que cabe à família e o que
compete à escola quanto à formação do sujeito (POKORSKI, 2008).
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Como a criança de hoje nasce num mundo virtual, isso requer da escola uma
aproximação pedagógica dos avanços tecnológicos, dando espaço ao recurso digital,
a projetos de pesquisa, desde a educação infantil, aproveitando a etapa de
curiosidade da criança que quer saber o porquê de tudo. É importante que, na
educação infantil, as atividades sejam planejadas e combinadas a partir de uma
“rotina”. Saber o que vai acontecer numa sequência diminui a ansiedade da criança
em relação ao desconhecido.
Prever espaços próprios para brincar de casinha, para o faz de conta; espaço
para desenhar/pintar, outro para jogar; espaço para o teatro, a fantasia, a cozinha, a
informática; espaço do (s) espelho (s), que ajuda na conquista da representação de
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si: a imagem é ela, mas não é ela. Esses diferentes espaços auxiliam na estruturação
psíquica e mental da criança.
BETTELHEIM, Bruno. Uma vida para seu filho. Rio de Janeiro: Campus, 1988.
DIDONET, Vital. Não há educação sem cuidado. Revista Pátio Educação Infantil.
Porto Alegre: Artmed, ano I, p.6-9, abr/jun.2003.
KLEIN, Ligia Regina. Alfabetização: quem tem medo de ensinar? São Paulo:
Cortez, 1997.
KRAMER, Sonia. Projeto Político Pedagógico: questões e desafios. In: BASÍLIO, Luiz
C. Infância, Educação e Direitos Humanos. São Paulo: Cortez, 2002.
AVALIAÇÃO
C( ) à maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem outras
pessoas.
A ( )plasticidade psicológica
B ( )plasticidade motora
C ( )plasticidade neural
D ( )n.r.a.
A ( ) Jean Piaget
B ( ) Henri Wallon
C ( ) Lev Vigotsky
D ( ) Donald Winnicott
II- Está calcada no substrato psíquico e entende que todo conhecimento é anterior
à experiência.
III- Reconhece a primazia do sujeito sobre o objeto.
A ( ) Jean Piaget
B ( ) Lev Vigotsky
C ( ) Henri Wallon
D ( ) Donald Winnicott
D ( ) n.r.a.
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A ( )cognitivo
B ( )motor
C ( )afetivo
D ( )social
10) Para cumprir sua função social, a escola precisa considerar as práticas de nossa
sociedade, de várias naturezas. Qual das opções abaixo melhor representa a natureza
dessas práticas?
A ( )econômica, política
B ( )social, cultural
C ( )ética e moral
GABARITO
Nome do aluno:_______________________________________
Curso:_______________________________________________
Data do envio:____/____/_______.
RESPOSTAS