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Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento Sustentável
14 POLÍTICA AMBIENTAL................................................................. 83
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17 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO AMBIENTAL
BRASILEIRO .................................................................................................... 96
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1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL:
Fonte: www.jornaloliberal.net
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2 INDICE DE “DS”
Fonte: jornalggn.com.br
Todavia, uma rápida consulta aos resultados desses dois primeiros
esforços certamente provocará a seguinte indagação: poderá surgir daí um
índice sintético de desenvolvimento sustentável? A resposta mais sensata
parece ser negativa, porque índices compostos por várias dimensões (que, por
sua vez, resultam de diversas variáveis) costumam ser contraproducentes, para
não dizer enganosos ou traiçoeiros. Por outro lado, sem um bom termômetro de
sustentabilidade, o mais provável é que todo mundo continue a usar apenas
índices de desenvolvimento (quando não de crescimento), deixando de lado a
dimensão ambiental.
Se o próprio desenvolvimento tout court não pode ser representado por
um único número, o que dizer, então, sobre o desenvolvimento sustentável?
Tanto quanto um piloto precisa estar permanentemente monitorando os diversos
indicadores que compõem seu painel, qualquer observador do desenvolvimento
sustentável será necessariamente obrigado a consultar dezenas de estatísticas,
sem que seja possível amalgamá-las em um único índice. Talvez seja essa a
razão que faz o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente)
não ter se lançado na construção de um índice de desenvolvimento sustentável
equivalente ao IDH.
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Isto não impede, contudo, que se procure elaborar um índice de
sustentabilidade ambiental, em vez de desenvolvimento sustentável, para que
possa ser comparado com outros índices de desenvolvimento, como os que
foram mencionados no início deste livro. Ou ainda, que se prefira representações
gráficas multifacetadas, em vez de um número índice. A ideia foi apresentada
em 2002 ao Fórum Econômico Mundial por um grupo de trabalho formado por
pesquisadores de duas universidades americanas.
Com 68 variáveis referentes a 20 indicadores essenciais, o índice de
sustentabilidade ambiental elaborado por pesquisadores de Yale e Columbia
pôde ser calculado para 142 países. Esse índice considera cinco dimensões:
sistemas ambientais, estresses, vulnerabilidade humana, capacidade social e
institucional, e responsabilidade global. O primeiro envolve quatro sistemas
ambientais: ar, água, solo e ecossistemas. O segundo considera estresse algum
tipo muito crítico de poluição, ou qualquer nível exorbitante de exploração de
recurso natural. No terceiro, a situação nutricional e as doenças relacionadas ao
ambiente são entendidas como vulnerabilidades humanas. A quarta dimensão
se refere à existência de capacidade sócio institucional para lidar com os
problemas e desafios ambientais. E na quinta entram os esforços e esquemas
de cooperação internacional representativos da responsabilidade global.
As premissas básicas que norteiam essas cinco dimensões foram bem
explicitadas pelos pesquisadores. Em primeiro lugar, é necessário que os
sistemas ambientais vitais sejam saudáveis e não entrem em deterioração.
Também é essencial que os estresses antrópicos sejam baixos e não causem
danos aos sistemas ambientais. Em terceiro, a alimentação e a saúde não
devem ser comprometidas por distúrbios ambientais. Em quarto, é preciso que
existam instituições, padrões sociais, habilidades, atitudes e redes que
fomentem efetivas respostas aos desafios ambientais. E, em quinto, há que
cooperar para o manejo dos problemas ambientais comuns a dois ou mais
países, além de reduzir os “transbordamentos” de problemas ambientais de um
país para outro.
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3 NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E SEUS INDICADORES
Fonte: geranegocios.com
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direitos humanos, dar conta dos impactos no entorno inerentes ao negócio, lidar
com a concorrência, abrir novos mercados e estar próximo aos clientes onde
quer que eles estejam neste mundo globalizado parece tender a se viabilizar,
cada vez mais, a partir de arranjos produtivos capazes de conjugar investidores,
especialistas, empresas, financiadores, organizações da sociedade civil,
instituições de pesquisa e desenvolvimento e organismos de governo.
Entretanto, é preciso resolver antes e sempre, o curto prazo. Sem atingir
o resultado do dia, da semana, da quinzena, do mês, do semestre e do ano não
haverá argumento válido para transformações a longo prazo, menos ainda para
a inclusão da perspectiva socioambiental no ambiente de negócios. Até porque
é difícil distinguir entre dispersão de recursos e investimentos em iniciativas
voltadas a resultados de longo prazo; assim como é difícil decidir se a melhor
alternativa está mesmo no horizonte do tempo. Os resultados imediatos,
portanto, precisam ser obtidos enquanto se constroem as plataformas do futuro.
Presente e futurosão pensados e articulados juntos, no presente; e essa é uma
tarefa que, em certa medida, pode envolver diferentes atores.
Explorar sinergias e complementaridades é, portanto, fator de
competitividade, de promoção do desenvolvimento e de enfrentamento de
questões de sustentabilidade. A melhor performance depende, entretanto, da
qualidade intrínseca dos arranjos produtivos.
Em outras palavras, depende da natureza do engajamento ( legitimidade,
motivação, visão de futuro e compartilhamento de crenças, significados e valores
dos diferentes atores), da capacidade de construírem, consolidarem e manterem
em permanente desenvolvimento um ambiente capaz de gerar resultados
(econômicos, sociais, ambientais e culturais) sustentados a longo prazo, da
qualidade dos vínculos (transparência, confiança e proximidade entre os atores),
da eficácia dos mecanismos de interação e cooperação e da capacidade de
reconhecimento sincero dos interesses legítimos dos atores envolvidos.
No plano operacional, depende do empenho em se encontrar uma fórmula
aceita para a responsabilização (accountability), o acompanhamento, controle e
auditoria dos processos e a apropriação dos resultados e dos impactos
decorrentes da ação conjunta, tanto os de natureza econômico-financeira como
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os sociais, ambientais e culturais; tanto os tangíveis quanto os intangíveis. Trata-
se de um desafio enorme para a gestão contemporânea por conta,
principalmente, de alguns fatores: da baixa competência das organizações para
se integrarem à lógica e às dinâmicas sociais típicas de ambientes multi-
stakeholders, naturalmente inclusivas e, portanto, complexas; da prevalência do
individualismo, mesmo quando há valorização do teamwork; das dificuldades de
formulação e legitimação de decisões complexas em ambientes organizacionais
que supervalorizam a lógica exclusiva e direta do capital, as relações de poder,
o imediatismo, o autoritarismo e o pragmatismo, que são aspectos culturais
cultuados no neoliberalismo. Soma-se a isso, a existência de interesses
imbricados de diferentes arranjos produtivos com que os mesmos atores, ou
parte deles, possam estar envolvidos, e que são cada vez mais prováveis pela
necessidade de ampliação das fontes de geração de riqueza e minimização dos
riscos além das incertezas impostas tanto pelo ambiente competitivo como pelo
ambiente social.
Segundo o World Business Council for Sustainable Development
(WBCSD): “Responsabilidade Social Corporativa (CSR) é o comprometimento
permanente das empresas em agir eticamente e contribuir para o
desenvolvimento econômico ao mesmo tempo em que melhora a qualidade de
vida da força de trabalho e de suas famílias bem como da comunidade local e
da sociedade em geral”.
Para Kellie A. McElhaney da Haas School of Business da Universidade da
Califórnia em Berkeley, os termos Responsabilidade Social Corporativa,
Desenvolvimento Sustentável e Cidadania Corporativa são os mais comumente
utilizados no mundo de negócios, sendo que em seus cursos em Berkeley bem
como no Center for Resonsible Business por ela dirigido o termo utilizado é
“Corporate Social Responsibility” o qual é considerado idêntico a “Sustainable
Development”.
A aderência ao conceito ou a busca de se ter e desenvolver “Corporate
Social Responsibility” (CSR) ou Responsabilidade Social Corporativa será aqui
usado alternativamente ou de maneira intercambiável para identificar empresas
que buscam ser sustentáveis conforme a seguir definido, ou seja, perseguindo o
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“triple bottom line”. Uma estratégia corporativa ampla e de longo-prazo, integrada
com os objetivos centrais do negócio e com as suas competências essenciais
atuando para criar mudança social positiva e valor para o negócio e que está
inserida nas operações negociais do dia a dia é o que se pode chamar de CSR
Estratégica ou ainda Sustentabilidade Estratégica.
4 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
Fonte: planetasustentavel.abril.com.br
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de maneira custo-efetiva. Há grande variabilidade de tipos e qualidade de
informações que podem impedir sua comparação, daí ser necessário identificar
alguns parâmetros comparáveis, legitimados pelas partes interessadas e
convenientes para o sistema em questão.
Fonte: www.atomra.com.br
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indicadores pode revelar a situação atual dessa instituição (e daí permitir
compará-la com outras de mesma natureza) ou indicar sua evolução em relação
a sua própria situação em algum momento anterior.
Fonte: meioambientetecnico.blogspot.com.br
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aos cuidados relativos à preservação. Esta, no entanto, é a única contribuição
que nos é cobrada em troca do fornecimento de frutos, ar respirável, a
biodiversidade de nossos ecossistemas, da flora, terras férteis e belíssimas
paisagens.
Esta é uma luta Global e Humanitária onde, independente de campanhas
como a Rio + 10, dentre muitas outras, o homem deveria conscientizar-se e
contribuir individual e coletivamente na busca do equilíbrio ecológico do meio.
Nós brasileiros temos o direito ao meio ambiente garantido
constitucionalmente. A Carta Magna vigente, em seu art. 225, nos garante o
direito de usufruir o meio ambiente e o dever de defendê-lo e preservá-lo para
as presentes e futuras gerações. Ocorre que, a maioria das pessoas, sendo
raríssimas as exceções, tanto naturais como jurídicas, vêm se interessando
somente em exercer o direito, mas não cumprir o dever.
O Estudo Prévio de Impacto Ambiental previsto no inciso III do artigo 9º
da Lei n.º 6.938/81 e no art. 225, § 1º da Constituição Federal, dispõe a respeito
da obrigatoriedade e importância deste estudo, que é tratado
constitucionalmente como poder-dever do Poder Público. Ou seria “dever-
poder”? O Estudo prévio de Impacto Ambiental é uma manifestação significativa
do princípio da prevenção e constitui um dos instrumentos básicos da Política
Nacional do Meio Ambiente. Tem a função de apontar os possíveis riscos que
um projeto pode oferecer à natureza e indicar uma solução para a implantação
do projeto de forma a combater e prevenir um possível dano ambiental.
São merecedoras de gratificações as grandes empresas de elevada
produção que, em meio a este escopo, preocupam-se não só com o lucro, mas
também com a preservação da natureza. Tais empresas são dotadas de
certificados como a ISO 14001, comprovadores e reconhecedores de tal mérito
e passam a valorizar cada particularidade do sistema natural, ou seja,
comprometem-se com a coleta seletiva do lixo e a reciclagem do mesmo,
gerando economia de energia e proteção sistemática do Meio Ambiente.
Trabalham intensamente no combate ao desperdício de todo gênero natural,
como a água, o solo e a energia.
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Fonte: meioambiente.culturamix.com
As consequências do efeito estufa são facilmente notadas. Podemos citar
a título de ilustração, o derretimento de geleiras nos polos e degradação da
camada de ozônio.
Apesar de campanhas mundiais e divulgação de estatísticas, a sede
humana de exploração, consumo e lucro é cada vez maior.
Na “Guerra Econômica” travada entre Nações, o homem vem destruindo
algo que lhe pertence e, tal situação, aliada ao hipercrescimento populacional
traz como consequências o aumento do consumo, a exploração do solo em larga
escala, descarga de dejetos e emissão de CO2, contribuindo para um meio
desequilibrado.
Populações sofrem com catástrofes meteorológicas, como enchentes,
passam fome devido à ausência de solos férteis devido à seca, escassez de
água potável além de problemas respiratórios causados pelo ar impuro
impregnado de agentes fruto do efeito estufa. Este, um dos maiores
demonstradores do descaso ambiental, que vem sendo contribuído pela queima
de combustíveis fósseis como a gasolina e também pelas queimadas de
florestas. Inicialmente, sofre a vegetação, a flora, a fauna, atingindo a
biodiversidade e, “futuramente”, o homem, através da escassez de recursos
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naturais, poluição atmosférica, e de um bem utilizado sem cautela: a água. Esta
é o petróleo do futuro.
Desastres ecológicos ocorrem e a não reparação destes pelos seus
agressores é, muitas vezes, acobertada pela impunidade. Infelizmente, temos
que acreditar que são necessárias normas impositivas de sanção para que o
homem se eduque em relação aos cuidados com algo que é seu por direito. Foi
preciso a criação de legislações de Direito Ambiental com normas coercitivas,
onde o homem vê-se obrigado a preservar seu ambiente e sobrepujar seu
eterno animus lucrandi. Foi preciso impor sanções como multas pecuniárias e
até mesmo penas restritivas de liberdade dentre outras para o homem respeitar
seu direito. Parece inacreditável, mas é a realidade. Devemos ser gratos ao
legislador por nos coagir à preservação de “nossa natureza”.
As civilizações estão sendo dominadas pelo consumismo e, em
contrapartida, pelo desejo desenfreado de poder econômico-financeiro, não
tendo a preocupação adequada com a preservação de um bem que, se utilizado
racionalmente, seria contribuindo para a manutenção dessas vontades
eternamente, de modo que, como vem sendo utilizado está a ponto de
desencadear, a níveis mundiais, uma enorme catástrofe ambiental e,
consequentemente, econômica, política e financeira, trazendo uma infinidade de
prejuízos para a humanidade, principalmente para as gerações futuras.
A sustentabilidade do Meio Ambiente depende exclusivamente de uma
consciência universal e respeito os Paradigmas da Ecologia e dos processos
naturais para a evolução da Humanidade.
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Fonte: alunosonline.uol.com.br
6 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Fonte: importancia.com.br
"Satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade
das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades ", cerne do conceito
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de desenvolvimento sustentável se tornou o fundamento da Conferência das
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92), realizada no
Rio de Janeiro em 1992. O encontro foi um marco internacional, que reconheceu
o desenvolvimento sustentável como o grande desafio dos nossos dias, e
também assinalou a primeira tentativa internacional de elaborar planos de ação
e estratégias neste sentido.
O campo do desenvolvimento sustentável pode ser dividido em quatro
componentes: a sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade econômica,
a sustentabilidade sociopolítica e a sustentabilidade cultural.
A sustentabilidade ambiental consiste na manutenção das funções e
componentes dos ecossistemas para assegurar que continuem viáveis –
capazes de se auto reproduzir e se adaptar a alterações, para manter a sua
variedade biológica. É também a capacidade que o ambiente natural tem de
manter as condições de vida para as pessoas e para os outros seres vivos, tendo
em conta a habitabilidade, a beleza do ambiente e a sua função como fonte de
energias renováveis.
A sustentabilidade econômica é um conjunto de medidas e políticas
que visam a incorporação de preocupações e conceitos ambientais e sociais. O
lucro passa a ser também medido através da perspectiva social e ambiental, o
que leva à otimização do uso de recursos limitados e à gestão de tecnologias de
poupança de materiais e energia. A exploração sustentável dos recursos evita o
seu esgotamento.
A sustentabilidade sociopolítica é orientada para o desenvolvimento
humano, a estabilidade das instituições públicas e culturais, bem como a
redução de conflitos sociais. É um veículo de humanização da economia, e, ao
mesmo tempo, pretende desenvolver o tecido social nos seus componentes
humanos e culturais.
Vê o ser humano não como objeto, mas sim como objetivo do
desenvolvimento. Ele participa na formação de políticas que o afetam, decide,
controla e executa decisões.
A sustentabilidade cultural leva em consideração como os povos
encaram os seus recursos naturais, e sobretudo como são construídas e tratadas
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as relações com outros povos a curto e longo prazo, com vista à criação de um
mundo mais sustentável a todos os níveis sociais. A integração das
especificidades culturais na concepção, medição e prática do desenvolvimento
sustentável é fundamental, uma vez que assegura a participação da população
local nos esforços de desenvolvimento.
7 ECOSSISTEMA E BIODIVERSIDADE
Fonte: www.sobiologia.com.br
Floresta Amazônica: Estende-se além do território nacional, com chuvas
frequentes e abundantes. Apresenta flora exuberante, com espécies, como a
seringueira, o guaraná, a vitória-régia, e é habitada por inúmeras espécies de
animais, como o peixe-boi, o boto, o pirarucu, a arara. Para termos uma ideia da
riqueza da biodiversidade desses ecossistemas, ele apresenta, até o momento,
1,5 milhão de espécies de vegetais identificadas por cientistas.
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Com uma área de aproximadamente 5,5 milhões de km²,
a Floresta Amazônica é a principal cobertura vegetal do Brasil, ocupando 45%
do nosso território, além de espaços de mais nove países, sendo também a
maior floresta tropical do mundo. É chamada de Floresta latifoliada equatorial.
A Floresta Amazônica caracteriza-se por ser heterogênea, havendo um
elevado quantitativo de espécies, com cerca de 2500 tipos de árvores e mais de
30 mil tipos de plantas. Além disso, ela é perene, ou seja, permanece verde
durante todo o ano, não perdendo as suas folhas no outono. Apresenta uma
densidade elevada, o que é propício ao grande número de árvores por m².
Costuma-se classificar essa floresta conforme a proximidade dos
cursos d’água. Dessa forma, existem três subtipos principais: mata de igapó,
mata de várzea e mata de terra firme.
Mata de igapó: também chamada de floresta alagada, a mata de
igapó caracteriza-se por se localizar muito próxima aos rios, estando
permanentemente inundada. Apresenta plantas de pequeno porte em
comparação ao restante da vegetação da Amazônia e que costumam ser
hidrófilas, ou seja, adaptadas à umidade. Possui, em geral, raízes elevadas que
acompanham os troncos.
Fonte: www.colegioweb.com.br
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Mata de várzea: assim como a mata de igapó, a várzea também sofre
com as inundações, porém apenas no período das cheias dos grandes rios, por
se encontrar em áreas um pouco mais elevadas. É uma mata muito fechada,
com elevada densidade, árvores altas (em média 20m de altura) e, em geral,
com galhos espinhosos, o que dificulta o seu acesso. As espécies mais
conhecidas são o Jatobá e a Seringueira, essa última muito usada na extração
de látex, a matéria-prima da borracha.
Mata de terra firme: também chamada de caetê, a mata de terra firme
caracteriza-se por se encontrar relativamente distante dos grandes cursos
d’água, localizando-se em planaltos sedimentares. Em razão disso, não costuma
ser alvo de inundações, recobrindo a maior parte da floresta e apresentando as
maiores médias de altura (algumas árvores chegam a alcançar os 60m).
A importância da Floresta Amazônica reside, principalmente, em sua
função ambiental. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, ela não é o
“pulmão do mundo”, pois o oxigênio por ela produzido é consumido pela própria
floresta. Sua importância ambiental reside no controle das temperaturas, graças
ao aumento da umidade, que é resultado da constante evapotranspiração da
floresta, produzindo massas de ar úmido para todo o continente sul-americano,
os chamados Rios Voadores.
É importante não confundir o Bioma Amazônia com a Floresta Amazônica.
O primeiro termo refere-se às características gerais que envolvem a mata, os
animais, os rios, os solos e a flora, o segundo limita-se às características da
floresta.
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Fonte: www.sobiologia.com.brp
Mata de cocais: A mata de cocais situa-se entre a floresta amazônica e
a caatinga. São matas de carnaúba, babaçu, buriti e outras palmeiras. Vários
tipos de animais habitam esse ecossistema, como a arara canga e o macaco
cuxiú.
A Mata dos Cocais é um tipo de cobertura vegetal situada entre as
florestas úmidas da região Norte e as terras semiáridas do Nordeste do Brasil,
sendo uma zona de transição entre os biomas Caatinga, Floresta
Amazônica e Cerrado. Abrange predominantemente o Meio-Norte (sub-região
formada pelos estados do Maranhão e Piauí), mas também se estende pelos
estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Tocantins.
Influenciado pela sua localização, esse bioma possui três tipos de
climas: equatorial úmido - quente e chuvoso, predominando em menos de 20%
do bioma; tropical semiúmido - predomina em mais de 65%, com estações secas
e úmidas bem definidas e temperaturas médias elevadas; tropical semiárido –
quente e seco, com chuvas escassas e irregulares, predomina em 15%
do bioma.
A Mata dos Cocais se formou ocupando lacunas de outras formações
vegetais (cerrados e florestas amazonenses), que foram desmatadas para
criação de pasto e exploração de madeira. Seu solo é rico em minérios
como ferro, ouro, diamante, bauxita, alumínio e níquel. Uma característica
interessante é que o solo, na região dos cocais, possui um lençol freático pouco
profundo, permanecendo úmido o ano inteiro.
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A vegetação da Mata dos Cocais é dominada pela palmeira babaçu
(sendo a mais importante a Orbignya speciosa), que predomina nos locais mais
úmidos como o Maranhão, norte do Tocantins e oeste do Piauí. Na área menos
úmida, que abrange o leste do Piauí e litorais do Ceará e Rio Grande do Norte,
predomina a palmeira carnaúba (Copernicia cerifera). As outras principais
palmeiras são o buriti (Mauritia flexuosa) e a oiticica (Licania rigida). Uma grande
quantidade de arbustos e vegetações de pequeno porte também são
encontradas nos locais de menores altitudes.
O babaçu chega a atingir 20 metros de altura e uma árvore pode produzir
até 2.000 frutos (cocos) por ano. Dentro dos frutos existem as amêndoas, das
quais é extraído um óleo muito utilizado em diversas indústrias (alimentícias,
farmacêuticas, químicas, etc.). Outras partes do coco também são aproveitadas,
como o epicarpo (camada externa), que é utilizado na produção de estofados,
embalagens, vasos, placas, etc.
A carnaúba também é utilizada de várias formas. O uso mais importante
é a extração da cera de suas folhas, que é utilizada na fabricação de diversos
produtos. Assim, a Mata dos Cocais representa uma importante fonte de renda
para a população local.
A fauna nesse bioma é muito diversa, destacando-se a arara-
vermelha, gavião-real, jaguatirica, lobo-guará, macaco cuxiú (endêmico do
Brasil) e outras muitas espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Nos rios
vivem a ariranha, o boto, o acará-bandeira (peixe), entre outros.
A Mata dos Cocais está sendo prejudicada pelo desmatamento
desordenado para desenvolvimento da pecuária e cultura de soja. Além disso, a
extração de minerais que ocorre nesse ambiente acaba por fragilizá-lo ainda
mais.
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Fonte: http://www.sobiologia.com.br
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O clima é tipo quente no verão, com temperatura média em torno de 32°C
e frio e seco no inverno, com média em torno de 21°C, ocorrendo
ocasionalmente, geadas nos meses de julho e agosto. A união de fatores tais
como o relevo, o clima e o regime hidrográfico da região favoreceram o
desenvolvimento de numerosas espécies animais e vegetais que povoam
abundantemente toda sua extensão.
O Pantanal entretanto não é um só. Existem 10 (dez) tipos de pantanal na
região com características diferentes de solo, vegetação e drenagem, são eles:
Nabileque - 9,4 %;
Miranda, 4,6%;
Aquidauana, 4,9 %;
Abobral - 1,6 %;
Nhecolândia - 17,8 %;
Paiaguás - 18,3 %;
Paraguai - 5,3 %;
Barão de Melgaço - 13,3 %;
Poconé - 12,9 %;
Cáceres - 11,9 %.
A pesca predatória;
A caça de jacarés;
A poluição dos rios da bacia do Paraguai;
Os garimpos do Estado de Mato Grosso
A poluição das águas pelo mercúrio;
A hidrovia Paraguai-Paraná
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Tais questões tem sido alvo de uma extensa discussão e algumas ações
ambientais por parte dos órgãos ambientais e da comunidade tem coibido tais
agressões.
Fonte: www.sobiologia.com.br
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Em áreas de planalto os solos são também avermelhados, mas não
possuem a fertilidade da terra roxa. Na planície litorânea o solo é bastante
arenoso.
Algumas áreas dos pampas estão sofrendo processo de desertificação,
devido à retirada da vegetação nativa e sua substituição por monoculturas ou
pastos.
O relevo nos campos sulinos é suavemente ondulado. Predominam
planícies, mas podem ser encontradas algumas colinas, na região conhecidas
como “coxilhas”.
Além das coxilhas existem também alguns planaltos. Cavernas e grutas
são comuns. A pedra do Segredo, em Caçapava do Sul, tem 160 metros de
altura e três cavernas em seu interior.
Destacam-se como rios importantes deste bioma o Santa Maria, o
Uruguai, o Jacuí, o Ibicuí e o Vacacaí. Estes e outros da região se dividem em
duas bacias hidrográficas: a Costeira do Sul e a do rio da Prata. Tratam-se de
rios que apresentam boas condições para navegação, constituindo verdadeiras
hidrovias na região.
Próximo ao litoral existem muitos lagos e lagoas. A Lagoa dos Patos,
localizada no município de São Lourenço do Sul, é a maior laguna do Brasil e a
segunda maior da América Latina, com 265 km de comprimento.
O clima da região é o subtropical úmido. O que isso significa? Bom, isso
quer dizer que, nos campos sulinos, os verões são quentes, os invernos são frios
e chove regularmente durante todo o ano.
Quando falamos em invernos frios, estamos falando de temperaturas que
podem registrar menos que 0º C, ou seja, que podem ser negativas. Quando
falamos de verões quentes, estamos falando de temperaturas que podem chegar
a 35º C. É a região com a maior amplitude térmica do país, isto é, onde há maior
variação de temperatura.
Não existe estação seca. Nos tempos de frio podem ocorrer geadas.
Você sabia que neva no Brasil? É verdade. Na época fria chega mesmo a nevar
em alguns locais do sul do país.
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Fonte: www.sobiologia.com.br
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A região enfrenta também graves problemas sociais, entre eles os
baixos níveis de renda e de escolaridade, a falta de saneamento ambiental e os
altos índices de mortalidade infantil.
Desde o período imperial, tenta-se promover o desenvolvimento
econômico na caatinga, porém, a dificuldade é imensa em razão da aridez da
terra e da instabilidade das precipitações pluviométricas. A principal atividade
econômica desenvolvida na caatinga é a agropecuária. A agricultura destaca-se
na região através da irrigação artificial, possibilitada pela construção de canais e
açudes. Alguns projetos de irrigação para a agricultura comercial são
desenvolvidos no médio vale do São Francisco, o principal rio da região,
juntamente ao Parnaíba.
Vegetação – As plantas da caatinga são xerófilas, ou seja,
adaptadas ao clima seco e à pouca quantidade de água. Algumas armazenam
água, outras possuem raízes superficiais para captar o máximo de água da
chuva. E há as que contam com recursos pra diminuir a transpiração, como
espinhos e poucas folhas. A vegetação é formada por três estratos: o arbóreo,
com árvores de 8 a 12 metros de altura; o arbustivo, com vegetação de 2 a 5
metros; e o herbáceo, abaixo de 2 metros. Entre as espécies mais comuns estão
a amburana, o umbuzeiro e o mandacaru. Algumas dessas plantas podem
produzir cera, fibra, óleo vegetal e, principalmente, frutas.
Fauna – A fauna da caatinga é bem diversificada, composta por
répteis (principalmente lagartos e cobras), roedores, insetos, aracnídeos,
cachorro-do-mato, arara-azul (ameaçada de extinção), sapo-cururu, asa-branca,
cutia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatupeba, sagui-do-nordeste, entre outros
animais.
Restinga: A restinga é uma planície arenosa costeira, de origem
marinha, incluindo a praia, cordões arenosos, depressões entre cordões, dunas
e margem de lagunas, com vegetação adaptada às condições ambientais”.
Sobre a restinga é possível se encontrar a vegetação de restinga, que é
um conjunto das comunidades vegetais, fisionomicamente distintas, sob
influência marinha e fluvio-marinha, que ocorrem distribuídas em mosaico e em
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áreas de grande diversidade ecológica, sendo consideradas comunidades
edáficas, por dependerem mais da natureza do substrato que do clima.
A cobertura vegetal nas restingas pode ser encontrada em praias e
dunas, sobre cordões arenosos, e associadas a depressões. Na restinga os
estágios sucessionais diferem das formações ombrófilas e estacionais,
ocorrendo notadamente de forma mais lenta, em função do substrato que não
favorece o estabelecimento inicial da vegetação, principalmente por dissecação
e ausência de nutrientes.
O corte da vegetação ocasiona uma reposição lenta, geralmente de porte
e diversidade menores, onde algumas espécies passam a predominar. Os
diferentes tipos de vegetação ocorrentes nas restingas brasileiras variam desde
formações herbáceas, passando por formações arbustivas, abertas ou fechadas,
chegando a florestas cujo dossel varia em altura, geralmente não ultrapassando
os 20m. São em geral caracterizada por comunidade com pouca riqueza, quando
comparada a outras comunidades vegetais, sendo protegidas por lei devido à
sua fragilidade.
Em muitas áreas de restinga no Brasil, especialmente no sul e sudeste,
ocorrem períodos mais ou menos prolongados de inundação do solo, fator que
tem grande influência na distribuição de algumas formações vegetacionais. A
periodicidade com que ocorre o encharcamento e a sua respectiva duração são
decorrentes principalmente da topografia do terreno, da profundidade do lençol
freático e da proximidade de corpos d’água (rios ou lagoas), produzindo em
muitos casos um mosaico de formações inundáveis e não inundáveis, com
fisionomias variadas, o que até certo ponto justifica o nome de “complexo” que é
empregado para designar as restingas.
As formações herbáceas ocorrem principalmente nas faixas de praia e
ante-dunas, em locais que eventualmente podem ser atingidos pelas marés mais
altas, ou então em depressões alagáveis. Nas zonas de praia, dunas frontais e
dunas mais próximas ao mar, predominam espécies herbáceas, em alguns
casos com pequenos arbustos e árvores, que ocorrem tanto de forma isolada e
pouco expressiva, como formando agrupamentos mais densos, com variações
nas suas respectivas fisionomias, composições e graus de cobertura. A
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vegetação das praias e dunas tem ocorrência praticamente ao longo de toda a
costa brasileira, mas a sua exata circunscrição e os termos empregados para
designá-la variam muito. As pressões antrópicas no sentido de ocupação e
urbanização da zona costeira já suprimiram muitas áreas representativas desta
formação em vários pontos no litoral brasileiro.
As formações arbustivas das planícies litorâneas, que para muitos autores
constituem a restinga propriamente dita são os tipos vegetacionais que mais
chamam a atenção no litoral brasileiro, tanto pelo seu aspecto peculiar, com
fisionomia variando desde densos emaranhados de arbustos junto a trepadeiras,
bromélias terrícolas e cactáceas, até moitas com extensão e altura variáveis,
intercaladas por áreas abertas que em muitas locais expõem diretamente a
areia, principal constituinte do substrato nestas formações. Os termos “scrub”,
“thicket”, “escrube” e “fruticeto” já foram empregados para designar comunidades
e/ou formações desta natureza, notadamente na região litorânea.
As formações florestais que ocorrem na planície litorânea brasileira
variam bastante ao longo da costa, sendo essas variações geralmente atribuídas
às influências das formações vegetacionais adjacentes e às características do
substrato, principalmente sua origem, composição e condições de drenagem.
Estas florestas variam desde formações com altura do estrato superior a
partir de 5m, em geral livres de inundações periódicas decorrentes da ascensão
do lençol freático durante os períodos mais chuvosos, até formações mais
desenvolvidas, com alturas em torno de 15-20m, muitas vezes associadas a
solos hidro mórficos e/ou orgânicos.
Estes dois tipos de florestas em geral acompanham as variações
topográficas decorrentes da justaposição dos cordões litorâneos, ao menos onde
tais feições são bem definidas. Em locais situados mais para o interior da planície
costeira, geralmente em terrenos mais deprimidos onde tais alinhamentos não
são claramente definidos e os solos são saturados hidricamente e têm uma
espessa camada orgânica superficial, ocorrem florestas mais desenvolvidas
semelhantes florística e estruturalmente àquelas situadas nas depressões entre
os cordões.
32
A fauna ocorrente nas restingas brasileiras está relativamente menos
estudada quando comparada com os conhecimentos que já acumulam-se sobre
a composição e estrutura dos seus diferentes tipos vegetacionais. Dentre os
estudo tratando de grupos de animais invertebrados, podem ser mencionados
os realizados com os artrópodos, notadamente com diferentes grupos de
insetos, estes constituindo a maioria dos relatos encontrados. A fauna de
vertebrados ocorrente nas restingas brasileiras também é relativamente pouco
pesquisada, com destaque para os trabalhos realizados no litoral do Rio de
Janeiro, principalmente com pequenos mamíferos e répteis.
Fonte: www.sobiologia.com.br
Manguezal: Os mangues ou manguezais são um ecossistema típico de
áreas litorâneas, alagadas, onde há o encontro da água do mar com a dos rios
dando um aspecto salobro à água dessas regiões. É de sua característica a
transição entre aspectos marinhos e terrestres e sua presença em locais
com clima tropical ou subtropical. Sua vegetação é composta por três tipos de
árvores que podem atingir até 20 metros de altura em certos pontos do
país: Rhizophora mangle (mangue-bravo ou vermelho), Laguncularia
racemosa (mangue-branco) e Avicena schaueriana (mangue-seriba ou seriúba).
33
Os mangues estão presentes em diversas partes do mundo como
Oceania, África, Ásia, alguns países da América e Brasil. No Brasil esse
ecossistema pode ser encontrado no nordeste do país em Cabo Orange no
estado do Amapá até a região sul em Laguna em Santa Catarina
compreendendo um total de 20 mil quilômetros quadrados, 15 % do total em todo
o mundo.
Este é um ecossistema rico em diversas espécies de animais como peixe-
boi-marinho, caranguejo, lontra, jacaré, cobras, mexilhão, aranhas, craca,
lagartos, tartaruga, crocodilos entre outros.
Esse tipo de ecossistema possui o solo extremamente rico em
nutrientes e matéria orgânica, raízes e material vegetal
em decomposição.
As raízes aéreas são uma de suas características mais
marcantes, e têm como principal função proporcionar a
respiração das plantas já que o solo é pobre em oxigênio e elas
obtêm o mesmo fora dele.
O cheiro dos mangues também é um aspecto bem
característico, isso ocorre devido à presença de água salobra e
matérias vegetais em estado de decomposição.
Suas sementes são geralmente compridas, finas e pontudas
para garantir a reprodução ao se fixarem melhor ao caírem no
solo úmido.
A caça e comércio do caranguejo, espécie com grande
população nos mangues, é o que garante o sustento de
diversas famílias que vivem na região.
Uma das principais ameaças a esse ecossistema é a exploração, (como
a caça do caranguejo) que teve início com fins comerciais em países da Ásia
ganhando expansão rápida para demais países detentores de mangues. O uso
desordenado e de maneira não sustentável de seus recursos causa uma
depredação quase que irrefreável, em países como Tailândia e Filipinas a área
de manguezal teve grande parte dizimada por conta da super-exploração,
34
chegando a ser reduzida em 110.000 hectares da área original de 448.000 nas
Filipinas.
No Brasil não é diferente, porém algumas leis foram estabelecidas com o
intuito de promover a preservação dos manguezais. A lei de número 4.771 de 15
de setembro de 1965 define os mangues como APPs (Área de Preservação
Permanente), e a Resolução da CONAMA de número 369 de março de 2006
estabelece a proibição da supressão de vegetação ou qualquer outro tipo de
intervenção, salvo apenas em casos de utilidade pública para as áreas de
mangues. Ainda assim esse ecossistema é o mais ameaçado dentre todos nos
Brasil.
A poluição também é outra grande inimiga dos manguezais. A poluição
proveniente das cidades costeiras e de indústrias instaladas na região como o
depósito de lixo nos mares e rios, derramamentos de petróleo, são fatores que
contribuem para a degradação do ecossistema.
Fonte: /www.sobiologia.com.br
35
chuvoso. Com solo de savana tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e
alumínio, abriga plantas de aparência seca, entre arbustos esparsos e
gramíneas, e o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, de formação
florestal. A presença de três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul
(Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece sua
biodiversidade.
Estima-se que 10 mil espécies de vegetais, 837 de aves e 161 de
mamíferos vivam ali. Essa riqueza biológica, porém, é seriamente afetada pela
caça e pelo comércio ilegal. O cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais
sofreu alteração com a ocupação humana. Atualmente, vivem ali cerca de 20
milhões de pessoas. Essa população é majoritariamente urbana e enfrenta
problemas como desemprego, falta de habitação e poluição, entre outros. A
atividade garimpeira, por exemplo, intensa na região, contaminou os rios de
mercúrio e contribuiu para seu assoreamento. A mineração favoreceu o
desgaste e a erosão dos solos. Na economia, também se destaca a agricultura
mecanizada de soja, milho e algodão, que começa a se expandir principalmente
a partir da década de 80. Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as
monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do cerrado. Hoje,
menos de 2% está protegido em parques ou reservas.
Pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas,
esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes,
com campos limpos ou matas de árvores não muito altas – esses são os
Cerrados, uma extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente,
em tamanho, a toda a Europa Ocidental. A paisagem é agressiva, e por isso,
durante muito tempo, foi considerada uma área perdida para a economia do país.
Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os
amplos planaltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nível
do mar, e apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos
2/3 da região o inverno é demarcado por um período de seca que prolonga-se
por cinco a seis meses. Seu solo esconde um grande manancial de água, que
alimenta seus rios.
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Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o
barbatimão, o pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-
terra, a catuaba e o indaiá. Debaixo dessas árvores crescem diferentes tipos de
capim, como o capim-flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m. Onde corre
um rio ou córrego, encontram-se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são
densas florestas estreitas, de árvores maiores, que margeiam os cursos d’água.
Nos brejos, próximos às nascentes de água, o buriti domina a paisagem e forma
as veredas de buriti.
A presença humana na região data de pelo menos 12 mil anos, com o
aparecimento de grupos de caçadores e coletores de frutos e outros alimentos
naturais. Só recentemente, há cerca de 40 anos, é que começou a ser mais
densamente povoada.
A província do cerrado, como denominada por EITEN, englobando 1/3 da
biota brasileira e 5% da flora e fauna mundiais. É caracterizada por uma
vegetação savanícola tropical composta, principalmente de gramíneas, arbustos
e árvores esparsas, que dão origem a variados tipos fisionômicos,
caracterizados pela heterogeneidade de sua distribuição.
Muitos autores aceitam a hipótese do oligotrofismo distrófico para
formação do Cerrado, sua vegetação com marcantes característica adaptativas
a ambientes áridos, folhas largas, espessas e pilosas, caule extremamente
suberizado, etc. Contudo apesar de sua aparência xeromórfica, a vegetação do
cerrado situa-se em regiões com precipitação média anula de 1500 mm,
estações bem definidas, em média com 6 meses de seca, solos extremamente
ácidos, profundos, com deficiência nutricional e alto teor de alumínio.
Segundo EITEN os tipos fisionômicos do cerrado (latu sensu) se
distribuem de acordo com três aspectos do substrato onde se desenvolvem: a
fertilidade e o teor de alumínio disponível; a profundidade; e o grau de saturação
hídrica da camada superficial e subsurpeficial. Os principais tipos de vegetação
são:
Cerrado (strictu sensu) - é a vegetação característica do cerrado,
composta por exemplares arbustivo-arbóreos, de caules e galhos grossos e
37
retorcidos, distribuídos de forma ligeiramente esparsa, intercalados por uma
cobertura de ervas, gramíneas e espécies semi-arbustivas.
Floresta mesofítica de interflúvio (cerradão) - este tipo de vegetação
cresce sob solos bem drenados e relativamente ricos em nutrientes, as copas
das árvores, que medem em média de 8-10 metros de altura, tocam-se o que
denota um aspecto fechado a esta vegetação.
Campo rupestre - encontrado em áreas de contato do cerrado com o
caatinga e floresta atlântica, os solos deste tipo fisionômico são quase sempre
rasos e sofrem bruscas variações em relação a profundidade, drenagem e
conteúdo nutricional. É caracteristicamente, composto por uma vegetação
arbustiva de distribuição aberta ou fechada.
Campos litossólicos miscelâneos - são caracterizados pela presença de
um substrato duro, rocha mãe, e a quase inexistência de solo macio, este quando
presente não ocupa mais que poucos centímetros de profundidade até se
deparar com a camada rochosa pela qual não passam nem umidade nem raízes.
Sua flora é caracterizada por um tapete de ervas latifoliadas ou de gramíneas
curtas, havendo em geral a ausências de exemplares arbustivos, ou a presença
de raríssimos espécimes lenhosos, neste caso enraizados em frestas da camada
rochosa.
Vegetação de afloramento de rocha maciça - representada por cactos,
liquens, musgos, bromélias, ervas e raríssimas árvores e arbustos, cresce sob
penhascos e morros rochosos.
38
8 TIPOS ASSOCIADOS A CURSOS D'ÁGUA
Fonte: www.sobiologia.com.br
39
brasileiros que vivem em seu domínio, onde são gerados aproximadamente 70%
do PIB brasileiro, prestando importantíssimos serviços ambientais. Regula o
fluxo dos mananciais hídricos, assegura a fertilidade do solo, suas paisagens
oferecem belezas cênicas, controla o equilíbrio climático e protege escarpas e
encostas das serras, além de preservar um patrimônio histórico e cultural
imenso. Neste contexto, as áreas protegidas, como as Unidades de
Conservação e as Terras Indígenas, são fundamentais para a manutenção de
amostras representativas e viáveis da diversidade biológica e cultural da Mata
Atlântica.
A cobertura de áreas protegidas na Mata Atlântica avançou
expressivamente ao longo dos últimos anos, com a contribuição dos governos
federais, estaduais e mais recentemente dos governos municipais e iniciativa
privada. No entanto, a maior parte dos remanescentes de vegetação nativa ainda
permanece sem proteção. Assim, além do investimento na ampliação e
consolidação da rede de áreas protegidas, as estratégias para a conservação da
biodiversidade visam contemplar também formas inovadoras de incentivos para
a conservação e uso sustentável da biodiversidade, tais como a promoção da
recuperação de áreas degradadas e do uso sustentável da vegetação nativa,
bem como o incentivo ao pagamento pelos serviços ambientais prestados pela
Mata Atlântica. Cabe enfatizar que um importante instrumento para a
conservação e recuperação ambiental na Mata Atlântica, foi a aprovação da Lei
11.428, de 2006 e o Decreto 6.660/2008, que regulamentou a referida lei.
40
Fonte: www.sobiologia.com.br
Fonte: www.sobiologia.com.br
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9 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E RECURSOS HÍDRICOS
Fonte: www.inbec.com.br
Resíduos perigosos:
Fonte: www.fragmaq.com.br
44
medicamentos vencidos, pilhas e outros, contêm significativa quantidade de
substâncias químicas nocivas ao meio ambiente.
Estima-se que existam de 70 a 100 mil produtos químicos
sintéticos, utilizados de forma comercial na agricultura, na indústria e em
produtos domésticos. Infelizmente, as suas consequências são percebidas
apenas depois de muito tempo de uso. Foi o que aconteceu com o
clorofluorcarbono, conhecido como CFC, que há bem pouco tempo era
amplamente usado em aerossóis, isopor, espumas, sistemas de ar
condicionado, refrigeradores e outros produtos, até descobrir-se que sua
liberação na atmosfera vinha causando a destruição da camada de ozônio.
Muitos desses produtos contêm metais pesados, como mercúrio,
chumbo, cádmio e níquel, que podem se acumular nos tecidos vivos, até atingir
níveis perigosos para a saúde.
Os efeitos da exposição prolongada do homem a essas substâncias ainda
não são totalmente conhecidos. No entanto, testes em animais mostraram que
os metais pesados provocam sérias alterações no organismo, como o
aparecimento de câncer, deficiência do sistema nervoso e imunológico,
distúrbios genéticos etc.
Quando não são adequadamente manejados, os resíduos
perigosos contaminam o solo, as águas e o ar. Veja a seguir alguns exemplos
de resíduos perigosos, que devem ser dispostos adequadamente para evitar
riscos ao homem e ao meio ambiente:
Pilhas: algumas pilhas de uso doméstico ainda possuem elevadas
concentrações de metais pesados. Porém, como o processo de reciclagem é
complicado e caro, não é realizado na maioria dos países. Por isso, o consumo
de pilhas que contêm altas concentrações de metais pesados e de pilhas de
origem incerta deve ser evitado. A Legislação Brasileira (Resolução CONAMA
257/99) estabelece que as pilhas alcalinas do tipo manganês e zinco-manganês,
com elevados teores de chumbo, mercúrio e cádmio, devem ser recolhidas pelo
importador ou revendedor. Para melhor informar o consumidor, esta Resolução
estabelece que as cartelas das pilhas contenham informações sobre o seu
45
descarte. Assim, ao comprar pilhas, verifique na embalagem as informações
sobre os metais que a compõem e como descartá-las.
Baterias: as baterias de automóveis, industriais, de telefones celulares e
outras também contêm metais pesados em concentração elevada. Por isso,
devem ser descartadas de acordo com as normas estabelecidas para proteção
do meio ambiente e da saúde. O descarte das baterias de carro, que contêm
chumbo, e de telefones celulares, que contêm cádmio, chumbo, mercúrio e
outros metais pesados, deve ser feito somente nos postos de coleta mantidos
por revendedores, assistências técnicas, fabricantes e importadores – é deles a
responsabilidade de recolher e encaminhar esses produtos para destinação final
ambientalmente adequada. O mesmo vale para qualquer outro tipo de bateria,
devendo o usuário criar o hábito de ler as instruções de descarte presente nos
rótulos ou embalagem dos produtos.
Lâmpadas fluorescentes: mais econômicas, as lâmpadas fluorescentes se
tornaram muito populares no Brasil, principalmente em função da necessidade
de economizar energia durante o período de racionamento de energia elétrica,
ocorrido em 2001. Isso, no entanto, criou um problema, uma vez que as
lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio, um metal pesado altamente prejudicial
ao meio ambiente e à saúde. Como ainda não há dispositivos legais específicos
que regulem o descarte nem o interesse dos fabricantes em proporcionar
soluções tecnológicas e sistemas de destinação adequados para esse tipo de
material, toda essa quantidade de lâmpadas fluorescentes vem sendo
descartada junto com o lixo domiciliar. Caso o lixo seja encaminhado para um
lixão ou aterro controlado, o mercúrio poderá contaminar o ambiente, colocando
a saúde da população em risco. O consumidor pode usar seu poder de escolha
e de pressão sobre as autoridades e as empresas, exigindo o estabelecimento
de medidas adequadas e seguras para o descarte desse tipo de lâmpada e de
outros resíduos perigosos.
Resíduos indesejáveis: Os pneus usados são classificados como inertes,
sendo considerados resíduos indesejáveis do ponto de vista ambiental. A grande
quantidade de pneus descartados tornou-se um sério problema ambiental.
Segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, o Brasil descarta,
46
anualmente, cerca de 21 milhões de pneus de todos os tipos: de trator,
caminhão, automóvel, carroça, moto, avião e bicicleta, entre outros. Quando
descartados inadequadamente, por exemplo, em lixões, propiciam o acúmulo de
água em seu interior e podem contribuir para a proliferação de mosquitos
transmissores da dengue e do cólera. Quando descartados em rios e lagos
podem contribuir para o assoreamento e enchentes. Quando são queimados,
produzem emissões extremamente tóxicas, devido à presença de substâncias
que contêm cloro (dioxinas e furanos).
Por esse motivo, o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA) proibiu o descarte e a queima de pneus a céu aberto e
responsabilizou fabricantes e importadores pela destinação final ambientalmente
adequada daqueles que não tiverem mais condições de uso. De acordo com a
Resolução CONAMA nº 258/1999, a partir de 2004, para cada pneu novo
fabricado, o fabricante deve recolher um em desuso (inservível) e, a partir de
2005, para cada quatro pneus novos, a empresa deverá recolher cinco pneus
inservíveis.
Existem várias formas de reutilizar os pneus, como por exemplo,
fazendo a recauchutagem. Ainda, a partir dos pneus, pode-se produzir um pó de
borracha que serve para fabricar tapetes, solados de sapatos, pneus e outros
artefatos.
47
No Brasil e em muitos outros países, os pneus inservíveis já têm sido
utilizados na pavimentação de estradas, misturando-se a borracha ao asfalto.
Para obter mais informações sobre o que vem sendo feito com os pneus usados,
você pode contatar as associações de classe, como a Associação Nacional da
Indústria de Pneumáticos (ANIP) ou a Associação Brasileira da Indústria de
Pneus Remoldados (ABIP).
Fonte: meioambiente.culturamix.com
48
• Reutilizar é, por exemplo, usar novamente as
embalagens. Exemplo: os potes plásticos de sorvetes servem
para guardar alimentos ou outros materiais.
• Reciclar envolve a transformação dos materiais, por
exemplo fabricar um produto a partir de um material usado.
Podemos produzir papel reciclando papéis usados. Papelão,
latas, vidros e plásticos também podem ser reciclados. Para
facilitar o trabalho de encaminhar material pós-consumo para
reciclagem, é importante fazer a separação no lugar de origem
– a casa, o escritório, a fábrica, o hospital, a escola etc. A
separação também é necessária para o descarte adequado de
resíduos perigosos.
Fonte: g1.globo.com
50
10.2 Para onde vai o lixo?
Fonte: diariomanha5i.blogspot.com.br
Fonte: www2.maringa.pr.gov.br
54
Fonte: radaramazonico.com.br
55
compactada, impedindo que os líquidos poluentes, lixiviados ou
chorume, se infiltrem e atinjam as águas subterrâneas;
• são colocados dutos captadores de gases (drenos de
gases) para impedir explosões e combustões espontâneas,
causadas pela decomposição da matéria orgânica. Os gases
podem ser queimados para evitar sua dispersão na atmosfera;
• é implantado um sistema de captação do chorume, para
que ele seja encaminhado a um sistema de tratamento;
Fonte: cgcconcessoes.com.br
57
Fonte: www.meioambienteonline.com
58
agressivos ao meio ambiente, reduzir o uso de materiais desnecessários,
promover a reutilização e a reciclagem.
O lixo e o consumo
A geração de lixo cresce no mesmo ritmo em que aumenta o
consumo. Quanto mais mercadorias adquirimos, mais recursos naturais
consumimos e mais lixo geramos.
A situação é mais grave nos países desenvolvidos – eles são os
que mais geram lixo, proporcionalmente ao número de habitantes. Porém, nos
países em desenvolvimento o quadro também é preocupante.
O crescimento demográfico, a concentração da população nas grandes
cidades e, em muitas regiões, a adoção de estilo de vida semelhante ao dos
países ricos, fizeram aumentar o consumo e a consequente geração de lixo.
Hoje já sabemos que, se os países em desenvolvimento passarem a
consumir matérias-primas no mesmo ritmo dos países desenvolvidos,
poderemos chegar, em um curto espaço de tempo, a um esgotamento dos
recursos naturais e a níveis altíssimos de contaminação e geração de resíduos.
A situação tem sido amplamente debatida nos fóruns internacionais, nos quais
59
especialistas de todo o mundo apontam uma saída: para que os países pobres
do mundo possam aumentar seu consumo de maneira sustentável, o consumo
dos países desenvolvidos precisará diminuir. O desafio, de qualquer maneira,
impõe-se a todos: consumir de forma sustentável implica poupar os recursos
naturais, conter o desperdício, diminuir a geração, reutilizar e reciclar a maior
quantidade possível de resíduos. Só assim conseguiremos prolongar o tempo de
vida dos recursos naturais do planeta.
Fonte:www.ecodebate.com.
60
possibilidade de reciclagem e reaproveitamento, obrigando
também a compostagem dos resíduos orgânicos.
Fabricantes, distribuidores e comerciantes, organizados em
acordos setoriais, ficam obrigados a recolher e destinar para a
reciclagem as embalagens de plástico, papel, papelão, de vidro
e as metálicas usadas. As embalagens de Agrotóxicos, pilhas e
baterias, pneus, óleos lubrificantes e suas embalagens, todos os
tipos de lâmpadas e de equipamentos eletroeletrônicos
descartados pelos consumidores, fazem parte da “logística
reversa”, que deverá também retornar estes resíduos à sua
cadeia de origem para reciclagem.
O setor de construção civil fica obrigado a dar destinação final
ambientalmente adequada aos resíduos de construção e
demolição (RCD), não podendo mais encaminhá-los aos aterros.
A responsabilidade pelo lixo passa a ser compartilhada, com
obrigações que envolvem os cidadãos, as empresas, as
prefeituras e os governos estaduais e federal.
As administrações municipais, no prazo máximo de 2(dois)
anos, devem desenvolver um Plano de Gestão Integrada de
Resíduos. Caso descumpram essa obrigação ficam proibidas
de receber recursos de fontes federais, destinadas ao
gerenciamento de resíduos, inclusive empréstimos (CEF,
BNDES, etc.).
As empresas e demais instituições públicas e privadas devem
desenvolver um “Plano de Gerenciamento de Resíduos”,
integrado ao Plano Municipal (independentemente da sua
existência).
Os municípios terão de implantar um sistema de coleta seletiva.
As cooperativas de catadores terão prioridade na coleta seletiva,
sendo dispensada a licitação.
61
Para a elaboração, implementação, operacionalização e
monitoramento de todas as etapas do plano de gerenciamento
de resíduos sólidos, nelas incluído o controle da disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos, será designado
responsável técnico devidamente habilitado.
65
Lei no 9.605 Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar,
comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar
produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio
ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus
regulamentos:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem
I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os utiliza
em desacordo com as normas ambientais ou de segurança;
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla
ou dá destinação final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em
lei ou regulamento.
§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é
aumentada de um sexto a um terço.
§ 3º Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
RESULTADOS E CONSEQUÊNCIAS
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- A inclusão socioeconômica dos catadores de resíduos,
organizados em cooperativas.
- Capacidade de articulação entre indústrias,
distribuidores, comércio operadores logísticos, associação de
catadores e prefeituras;
- Existência de indústrias de reciclagem, a jusante da
cadeia, com capacidade instalada para absorver o grande
volume de entrada de matéria-prima, proveniente dos fluxos
reversos estabelecidos.
- Disponibilidade de tecnologias nacionais, adequadas
para processamento de recicláveis, principalmente os
constantes da obrigatoriedade de logística reversa.
- Viabilidade dos mercados demandantes de itens
recicláveis.
Recursos Hídricos
Fonte: obshistoricogeo.blogspot.com.br
Então, o que é o ciclo da água ou ciclo hidrológico? O movimento
realizado pela água entre os continentes, oceanos e a atmosfera é chamado de
ciclo hidrológico. O Ciclo hidrológico é um fenômeno global de circulação
fechada da água que é impulsionada fundamentalmente pela energia solar
associada à gravidade e à rotação do planeta.
A ciência que estuda o ciclo hidrológico é a Hidrologia. Os principais
profissionais envolvidos nesses estudos são os hidrólogos ou os engenheiros
hidrólogos.
A compreensão desse sistema possibilita que os gestores tomem
decisões acertadas sobre como utilizar os recursos causando os menores danos
68
possíveis ao conjunto. Os tópicos principais que fazem parte do ciclo hidrológico
são abordados na sequência.
Precipitação
Em hidrologia, considera-se como precipitação toda a água
proveniente da atmosfera (Figura 1.3) e que atinge a superfície terrestre,
podendo variar segundo o estado da água, em: neblina, chuva, granizo, orvalho,
geada e neve.
A variabilidade temporal e espacial da precipitação influencia a
disponibilidade hídrica de uma bacia hidrográfica, porque a precipitação é a
variável mais importante do sistema e representa a sua alimentação. Mas o que
é uma bacia hidrográfica?
Pode-se definir uma bacia hidrográfica como sendo uma área de captação
natural da água da precipitação, que faz convergir os escoamentos para um
único ponto de saída, o seu exutório ou foz. É uma área geográfica natural
delimitada pelos pontos mais altos do seu relevo.
A disponibilidade, ao longo do ano, de dados de quantificação e
distribuição da precipitação em uma bacia hidrográfica possibilita determinar ou
estimar a necessidade de irrigação de culturas, o abastecimento doméstico e
industrial, estudos para controle e prevenção de enchentes, planejamento de
drenagens urbanas, além de permitir a gestão do uso do solo e um melhor
controle de erosões.
Evaporação e evapotranspiração
69
Essas taxas se constituem em informações quantitativas de extrema
importância dentro do processo do ciclo hidrológico, pois são utilizadas na
resolução de diferentes problemas e planejamentos. Pode-se citar estudos para
áreas agrícolas de sequeiro ou irrigadas, previsão de cheias e enchentes,
construção e operação de reservatórios, entre outros.
Água subterrânea
A escassez de água doce, que há muito tempo vem sendo prevista, tem
se tornado, cada vez mais, uma grande ameaça ao desenvolvimento
socioeconômico e à própria vida do planeta.
Entre uma das soluções para esse problema, está o completo
conhecimento do ciclo hidrológico, de forma a possibilitar uma correta avaliação
da disponibilidade dos recursos hídricos de cada região. Uma das partes mais
importantes é entender o que acontece com as águas subterrâneas que é uma
das fases menos conhecidas desse ciclo.
Água subterrânea pode ser considerada toda a água que ocupa os vazios
de uma formação geológica (Figura 1.5). Mas o sistema natural formado pelas
águas subterrâneas pode ser modificado pela interferência do homem. Entre as
principais ações está a alteração do ambiente natural com a construção de
barragens, canalização de rios, perfuração de poços e irrigação.
Esses sistemas hidrogeológicos podem ser classificados em Aquíferos,
Aqüiclude e Aqüitardo. Quanto à umidade, pode-se dividir em duas zonas: Zona
de Saturação e Zona de Aeração.
Escoamento superficial
A origem do escoamento superficial é, fundamentalmente, nas
precipitações ou eventos de chuva.
Quando a chuva chega ao solo, parte da água se infiltra, parte é
retida nas depressões da superfície e parte se escoa.
Na primeira fase a água se infiltra, mas tão logo a intensidade da
chuva exceda a capacidade de infiltração do solo, a água passa a ser coletada
pelas pequenas depressões existentes. Quando os níveis das águas que estão
70
sendo retidas se elevam e começa a ocorrer a transposição desses obstáculos,
o fluxo ou escoamento superficial se inicia, seguindo a tendência da maior para
a menor depressão. Esse escoamento vai se somar a outros escoamentos que,
juntos, formam sucessivamente as enxurradas, os córregos, os ribeirões, os rios,
os reservatórios e os lagos.
O escoamento superficial, entre as outras partes do ciclo hidrológico, é a
fase de maior importância para a compreensão e o estudo dos recursos hídricos.
Isso porque a maior parte dos estudos hidrológicos está ligada ao
aproveitamento da água superficial, a sua previsão e aos efeitos da sua
transposição.
Assim, a vazão de um corpo d’água em uma bacia hidrográfica é o
resultado da interação de todos os componentes do ciclo hidrológico, entre eles
a precipitação, a infiltração e o escoamento superficial.
Nos mais diversos estudos e levantamentos estudos hidrológicos utiliza-
se um gráfico denominado hidrograma, que é a relação entre a vazão e o tempo,
para avaliar e separar esses componentes. A forma e o comportamento do
hidrograma pode variar, conforme Figura 1.6, dependendo de um grande número
de fatores, tais como: relevo, cobertura da bacia, solo, modificações artificiais no
rio e distribuição da precipitação, além da sua intensidade e duração.
Hidrografia
Hidrografia é a área que estuda as águas do planeta ou de uma região,
abrangendo, portanto, rios, mares, oceanos, lagos, geleiras, água do subsolo e
da atmosfera. Na Figura 2.1, pode-se observar o mapa hidrográfico da Bacia do
rio São Francisco.
O estudo da hidrografia é fundamental para a identificação dos
componentes naturais e antropogênicos envolvidos no fluxo hidráulico. Este
estudo permite quantificar cada um dos componentes envolvidos na dinâmica da
bacia, identificando suas magnitudes, frequências e durações, sempre
considerando sua importância geográfica e ecológica e a determinação do
volume mínimo requerido para um pré-determinado estado de conservação
(Zuccari, 2005).
Processos erosivos
Nos últimos anos, tem se reconhecido a necessidade de se incluir
estratégias de controle de sedimentos dentro de projetos de gerenciamento de
bacias hidrográficas, isso porque as fontes de produção de sedimentos estão
relacionadas com os tipos de processos erosivos que ocorrem em uma bacia
hidrográfica. Assim, as informações sobre as fontes de sedimentos
transportados por um determinado rio são dados importantes para as estratégias
de controle efetivo do aporte de sedimentos nos corpos d’água e, portanto, para
controlar ou diminuir o seu assoreamento.
Os tipos de erosão que ocorrem em uma bacia hidrográfica são
basicamente a erosão hídrica, a erosão fluvial, a erosão eólica e a remoção em
massa.
72
Os processos que compõem a dinâmica da produção de sedimentos em
uma área hidrográfica estão o transporte e a deposição de sedimentos que
poderão gerar o assoreamento dos corpos d’água e lagos. Esses processos
possuem similaridades com o que ocorre em uma bacia urbana.
Mas, além dos problemas de assoreamento dos corpos d’água, os
problemas erosivos podem comprometer todo o ecossistema aquático e o meio
ambiente do entorno.
Segundo Almeida Filho (2008), esse tipo de processo erosivo atinge
grandes dimensões, gerando vários impactos ambientais na sua área de ação e
na drenagem a jusante, tornando-se um complicador para o uso do solo nessas
áreas. Formadas pelo aprofundamento das ravinas e interceptação do lençol
freático, onde se pode observar grande complexidade de processos do meio
físico (piping, liquefação de areia, escorregamentos laterais, erosão superficial)
devido à ação concomitante das águas superficiais e subsuperficiais (Rodrigues,
1982; 1984).
73
minerais, as partículas orgânicas transportadas por um determinado fluido,
também são denominadas de sedimentos.
Em ambientes fluviais encontram-se três tipos de sedimentos: grosseiros,
finos e orgânicos. A proporção de cada um dependerá de vários fatores como a
geologia, o relevo, o uso do solo, o clima, a localização da calha fluvial e a ação
antrópica de lançamento ou não de efluentes.
Em geral, em regiões próximas às nascentes, a calha fluvial terá uma
proporção grande de sedimentos grosseiros compostos por fragmentos de
rochas, enquanto que nos trechos inferiores da bacia é mais comum encontrar-
se sedimentos originados da erosão do solo que são compostos basicamente
por partículas que variam de tamanho entre areia e argila.
Um dos problemas físicos gerados pelos sedimentos é o assoreamento
dos corpos d’água. Mas um dos fatores mais importantes nos estudos
sedimentológicos é a existência de uma estreita relação entre a qualidade da
água e os sedimentos fluviais. A simples presença dos sedimentos na água afeta
as condições de potabilidade através do aumento da sua turbidez. Além desse
aspecto, os sedimentos fluviais representam um potencial poluidor para a água
devido a sua natureza geoquímica que possibilita a transferência de poluentes
da bacia vertente para calha fluvial.
74
A permeabilidade do solo é substituída por superfícies impermeáveis tal
como ruas, telhados, estacionamentos e calçadas, que acumulam pouca água,
reduzem a infiltração de água no solo e aceleram o escoamento superficial em
redes e canais de drenagem. Uma alta porcentagem de área impermeabilizada,
onde os eventos de chuva tendem a ter um tempo de concentração menor e
picos de vazão maiores, se reflete em alterações nos hidrogramas.
Assim, para que os efeitos da urbanização sejam minimizados, o gestor
deverá procurar alternativas para equilibrar o sistema novamente. Entre as
possibilidades encontradas para melhorar a infiltração das águas da chuva no
solo e reduzir o escoamento superficial, estão:
- a construção de pavimentos permeáveis e/ou semipermeáveis e
- a adoção do sistema conhecido como “Bairro Ecológico”.
Em ambos os casos, vários experimentos e estudos foram realizados e
os resultados foram tecnicamente muito bons.
75
Alguns autores defendem a possibilidade de ajuste de tarifas de acordo
com a demanda. Para Howe (1998), poder-se-ia adotar preços variáveis,
aumentando as tarifas em períodos secos, para forçar a redução do consumo.
Ainda, o mesmo poderia ser empregado em horários diários de picos de
consumo.
Uma forma indireta de cobrança para usuários de larga escala, segundo
Winpenny (1994), que reproduz resultados similares, é a taxação através do
volume de efluentes. Essa é uma forma interessante de incentivar as indústrias
na busca por métodos e equipamentos que desperdicem ou utilizem uma menor
quantidade de água.
Por outro lado, um dos maiores consumidores de água é a irrigação para
a agricultura, entretanto, segundo Easter, Beeken e Tsur (1997), é o setor que
menos pode pagar e acaba sendo subsidiado pelos governos. Como
consequência, esses consumidores acabam sendo incentivados, pelas baixas
tarifas, a consumir cada vez mais água durante o processo.
Dentro deste contexto, e para viabilizar um uso equilibrado e consciente
da água, deve-se destacar as seguintes medidas para melhorar o gerenciamento
dos recursos hídricos:
- adotar-se valores diferentes para os usos urbanos e rurais;
- realizar estudos de realocação de água;
- implementar preços diferenciados para os usos
industriais;
- criar tarifas diferenciadas para a irrigação;
- buscar a conservação dos recursos hídricos; e
- privatizar parte dos recursos e incentivar a participação
dos usuários nos programas de descentralização.
Controle de enchentes
Durante o processo de urbanização ocorre a retirada da cobertura vegetal
para dar espaço a novas áreas quase totalmente impermeabilizadas. Mas a
cobertura vegetal, além do seu aspecto ecológico, tem como efeito a
interceptação de parte da precipitação, ou seja, a redução do escoamento
76
superficial e a proteção natural do solo contra a erosão. Assim, a perda dessa
cobertura vegetal terá como uma das principais consequências o aumento da
frequência de inundações devido à falta de interceptação das precipitações,
consequentemente a ocorrência de uma redução na taxa de infiltração, e o
aumento do escoamento dos rios.
77
dessa ferramenta possibilita um maior planejamento da bacia hidrográfica e
permite a criação de mapas de alerta.
Abastecimento
A utilização da água como fonte de abastecimento residencial é
uma das mais nobres dos recursos hídricos. A sua efetivação pode ocorrer tanto
pelo aproveitamento de recursos superficiais, quanto subterrâneos ou de ambos.
Apesar de possuirmos grande abundância de água no Brasil, várias
regiões já sofrem com a sua escassez e chegam a buscá-la a quilômetros de
distância do local de consumo.
Assim, cada vez mais torna-se necessário que sejam estabelecidas
metas de redução de consumo e sistemas de reaproveitamento da água como
forma de uso racional.
Outras medidas podem ser adotadas, como por exemplo, o
incentivo da captação e reserva da água das chuvas para usos menos nobres,
além de projetos hidráulicos residenciais e industriais mais eficientes.
79
pode levar a um colapso desse sistema, afetando inicialmente o ecossistema
aquático e posteriormente toda a fauna e flora local.
Mas muitas dúvidas e perguntas sobre esse tema ainda estão sendo
discutidas e estudadas. De uma maneira geral, todo excesso cometido causa
algum tipo de desequilíbrio e deve ser evitado através da fiscalização e cobrança
por usos mais eficientes.
80
13 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Fonte: rodrigodelmasso.com.br
81
ambientais e ao Ministério Público mecanismo para punir os infratores do meio
ambiente. Destaca-se, por exemplo, a possibilidade de penalização das pessoas
jurídicas no caso de ocorrência de crimes ambientais.
. Lei 12.305/2010 - Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS) e altera a Lei 9.605/1998 - Estabelece diretrizes à gestão integrada e ao
gerenciamento ambiental adequado dos resíduos sólidos. Propõe regras para o
cumprimento de seus objetivos em amplitude nacional e interpreta a
responsabilidade como compartilhada entre governo, empresas e sociedade. Na
prática, define que todo resíduo deverá ser processado apropriadamente antes
da destinação final e que o infrator está sujeito a penas passivas, inclusive, de
prisão.
14 POLÍTICA AMBIENTAL
83
Fonte: emasjr.com.br
Importância
Atualmente, quase todos os governos e grandes empresas
possuem políticas ambientais. Além de mostrar para os cidadãos e
consumidores quais são os princípios ambientais seguidos, as políticas
ambientais servem para minimizar os impactos ambientais gerados pelo
crescimento econômico e urbano.
Estas políticas são, portanto, importantes instrumentos para a
garantia de um futuro com desenvolvimento e preservação ambiental. São
também fundamentais para o combate ao aquecimento global do planeta
(verificado nas últimas décadas), redução significativa da poluição ambiental (ar,
rios, solo e oceanos) e melhoria na qualidade de vida das pessoas
(principalmente dos grandes centros urbanos).
84
- Adoção de processos de reciclagem.
- Ações que visem à redução do consumo de energia.
- Ações práticas para evitar o desperdício de água,
incentivando o seu consumo racional.
- Planejamento urbano adequado por parte dos governos.
Nestas ações são importantes a preservação de áreas verdes e
projetos de arborização urbana.
- Uso, sempre que possível, de fontes de energia limpa
como, por exemplo, eólica e solar.
- As empresas que geram qualquer tipo de poluição em
seu processo produtivo devem adotar medidas eficazes para
que estes poluentes não sejam despejados no meio ambiente
(ar, rios, lagos, oceanos e solo).
- As empresas devem criar produtos com baixo consumo
de energia e, sempre que possível, usar materiais recicláveis.
- Criação de projetos governamentais voltados para a
educação ambiental, principalmente em escolas.
- Implantação das normas do ISO 14000 e obtenção do
certificado.
Dica importante:
Acessando o site de grandes empresas é possível conhecer suas
políticas ambientais. Esta ação é importante, pois o consumidor poderá saber de
que forma a empresa trata o meio ambiente. Serve, portanto, de mais uma
informação voltada para a definição do consumo consciente.
85
15 DIREITO AMBIENTAL
Fonte: www.guairanews.com
86
Os princípios jurídicos ambientais podem ser implícitos e explícitos.
Explícitos são aqueles que estão claramente escritos nos textos legais e,
fundamentalmente, na Constituição da República. Implícitos serão aqueles que
decorrem do sistema normativo, em que pese não se encontrem escritos.
Isso equivale a dizer que, no ordenamento jurídico brasileiro, deve-se
buscar os princípios ambientais, primeiro, em nossa Carta Constitucional, sem
prejuízo de alcançá-los nas normas infraconstitucionais e nos fundamentos
éticos e valorativos que, antes de tudo, devem nortear as relações entre o
homem e as demais formas de vida ou de manifestação da natureza.
Destarte as considerações iniciais, passemos à análise de alguns
princípios a que demos destaque, dada a relevância que têm alcançado na
doutrina e na jurisprudência e, principalmente, em provas de concursos públicos.
O Princípio do Direito Humano ao Meio Ambiente Sadio tem berço no art.
225, caput da Constituição da República. Este princípio busca garantir a
utilização continuidade dos recursos naturais, que apesar de poderem ser
utilizados, carecem de 4 proteção, para que também possam ser dispostos pelas
futuras gerações. Para tanto é necessário que as atuais gerações tenham o
direito de não serem postas em situações de total desarmonia ambiental.
Temos o direito de viver em um ambiente sadio e livre de poluição sobre
qualquer das formas, sem que sejamos postos diante de situações que
acarretem prejuízos à qualidade de vida, em razão de posturas contrárias aos
dogmas de preservação do meio ambiente.
Trata-se de um dos mais importantes princípios do Direito Ambiental,
tanto no âmbito nacional, como no internacional. Tanto é que a Declaração de
Estocolmo de 1972 trouxe como direito fundamental do ser humano, a garantia
de condições de vida adequadas, em um meio ambiente de qualidade, suficiente
para assegurar o bem-estar.
Na Conferência do Rio, realizada em 1992 da Cidade do Rio de Janeiro,
o Princípio do Direito Humano ao Meio Ambiente Sadio foi reconhecido como o
direito dos seres humanos a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com
a natureza.
87
Este princípio, que reputamos ser o mais importante a sustentar o Direito
Ambiental, deve ser lido como um alerta ao aplicador das normas ambientais.
Isto porque além de representar uma garantia ao ser humano, representa
também a exigência de que o administrador público destine especial atenção à
preservação do meio ambiente nas mais diversas formas apresentadas pela
legislação ambiental.
Neste sentido e, por sua topografia no texto constitucional, o Princípio do
Direito Humano Fundamental ao Meio Ambiente Sadio deve ser interpretado
como a necessidade de o Estado focar suas ações em medidas de preservação,
apenas acolhendo subsidiariamente outras medidas de repressão ou de
recomposição dos prejuízos ambientais.
88
Fonte: www.dimex.com.br
Fonte: www.novoeste.com
90
Renováveis - IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças
exigíveis”.
Na mesma linha, temos o art. 2º da Resolução CONAMA n° 237/1997,
cujo texto abaixo transcrevemos:
“Art. 2º- A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os
empreendimentos capazes, sob 18 qualquer forma, de causar degradação
ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente,
sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.”
Em resumo, submetem-se ao prévio licenciamento ambiental qualquer
atividade ou empreendimento passível de causar poluição, independentemente
de quem as desempenhe.
Fonte: www.vejadireito.com
91
ecologicamente equilibrado. Este fato se deve ao desenvolvimento econômico
que vem ocorrendo no país desde a época da colonização, com a exploração da
riqueza natural existente em solos brasileiros de forma rudimentar e predatória
com o lema de que “para crescer é necessário destruir”. (NUNES, 2005, p. 26).
A má utilização dos recursos naturais e o uso inadequado das
atividades humanas juntamente com o avanço tecnológico têm contribuído para
o aumento de danos ao meio ambiente, em escala cada vez maior, ocasionando
assim um comprometimento à saúde e à qualidade de vida tanto das presentes
como das futuras gerações.
Os problemas ambientais brasileiros, vividos mais gravemente de meados
do século XX até os dias atuais, são sobras da visão equivocada de
desenvolvimento perpetrada pelas gerações passadas e que, talvez, não
dispunham de mecanismos para dimensionar a situação hoje suportada pelas
presentes gerações. (NUNES, 2005, p27).
O grande caos vivido pela sociedade nos dias de hoje é resultado da falta
de conhecimento dos povos de antigamente. A mentalidade de uma sociedade
focada somente na ideia de que é necessário se desenvolver e que para isso
acontecer não importam as consequências de suas atitudes fizeram com que as
gerações de hoje, e consequentemente as futuras enfrentem problemas
gravíssimos na luta pela sobrevivência e na luta pelo seu bem-estar.
Uma sociedade que buscou apenas os próprios interesses na luta pelo
crescimento ocasionou os problemas que a nossa geração tem vivido e para isso
foram necessárias medidas para que esses problemas não se tornassem
catastróficos.
Como resultado dessas medidas o sistema jurídico brasileiro passou a ser
composto por normas jurídicas infraconstitucionais que visam à preservação do
meio natural, entre elas a Lei nº 4.771/65 (Código Florestal) que estabelece que
as florestas e demais vegetações que existem no território nacional são bens de
interesse comum da sociedade e que o direito de propriedade deve ser exercido
observando-a; a Lei nº 6.902/81 (Estações Ecológicas e Áreas de Proteção
Ambiental) que dispõe sobre a criação pelo governo federal, pelos estados e
municípios, de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e as
92
permissões para a exploração desses solos; a Lei nº 9.433/97 (Lei dos Recursos
Hídricos) que criou o Sistema Nacional de Recursos Hídricos e instituiu a Política
Nacional de Recursos Hídricos, e a Lei nº 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais)
que para as condutas lesivas ao meio ambiente estabelece sanções penais e
administrativas e dá outras providências aos crimes ambientais.
Uma lei importante e que merece destaque é a Lei nº 6.938 de 31 de
agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus
fins e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do
Meio Ambiente, cria o Conselho Nacional do Meio Ambiente e institui o Cadastro
Técnico Federal de Atividades e instrumentos de Defesa Ambiental. A respeito
desta Lei o autor Gleucio Santos Nunes (2005, p. 31) assim conclui:
93
De acordo com Celso Antonio Pacheco Fiorillo e Renata Marques Ferreira
(2005, p. 4 e 5) é necessário que esses fundamentos elencados no art. 1º da
Carta Magna sejam obedecidos a fim de existir um direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado. Para eles, “a pessoa humana é verdadeira razão de
ser do direito ambiental brasileiro.”
O fundamento da soberania, primeiro inciso do artigo citado pressupõe
que “O direito ambiental está situado dentro de nosso poder de fazer e anular
leis de forma exclusiva em nosso território, organizando nossa racionalização
jurídica.”
O segundo fundamento é o da cidadania, que pressupõe a dignidade
social a todos os brasileiros e estrangeiros no país, “independentemente da
inserção econômica, social, cultural e política.”
A dignidade da pessoa humana é o terceiro inciso do artigo 1º da
Constituição e assegura que “O direito ambiental brasileiro é construído a partir
da dignidade da pessoa humana.”
O quarto fundamento constitucional dos valores do trabalho e da livre
iniciativa garante que:
95
Municípios e Distrito Federal competência para legislarem sobre a matéria
ambiental. São normas e diretrizes estabelecidas para que a qualidade de vida
em nosso território seja garantida de forma igualitária a todas as pessoas que
habitam e desfrutam de todos os elementos que constituem o meio ambiente
que os cercam.
Fonte: usnatura.com.br
96
como fruto da necessidade de uma ecologia equilibrada e indicativos
do caminho adequado para a proteção ambiental, em conformidade
com a realidade social e os valores culturais de cada Estado.
(FIORILLO, 2001, ps. 22 e 23).
Fonte: www.mgamineracao.com.br
99
dos rios) nas cidades são fundamentais para o equilíbrio ambiental e para o bem
estar social, proporcionando um regime de águas mais próximo ao natural.
Resíduos industriais
As indústrias lançam nas águas, diariamente, toneladas de substâncias
que não podem ser decompostas por processos naturais, e que
consequentemente acumulam-se nos seres vivos. Os chamados metais
pesados. Os resíduos industriais podem ainda se acumular no solo, tornando
extensas áreas impróprias para a maior parte das atividades humanas. A recente
contaminação do solo no condomínio de chácaras no município de Paulínia, é
apenas um exemplo das consequências desse tipo de degradação: quando o
problema foi detectado, dezenas de pessoas já haviam sido contaminadas de
forma irreversível ao se alimentaram de frutas e verduras produzidas em solo
contaminado.
O Modelo Agrícola
Há muito tem se discutido os impactos negativos das atividades agrícolas
resultantes da chamada Revolução Verde. Nesse modelo agrícola, o uso de
adubos industriais, herbicidas e inseticidas tem poluído o ambiente, além de
contaminar os alimentos com substâncias tóxicas. A monocultura, adotada
nesse modelo, além de ser dependente de constantes intervenções geradoras
de poluição e erosão do solo, provoca a redução da biodiversidade local e em
muitos casos comprometem o patrimônio genético da agricultura.
Para se ter uma noção da influência da expansão das fronteiras agrícolas
na degradação ambiental, segundo informações do Ministério do Meio Ambiente,
33% da vegetação do cerrado das nascentes do Rio Xingu e de seus afluentes
já foram destruídas. A bacia do Rio Xingu atravessa dois importantes biomas
brasileiros, o Cerrado e a Floresta Amazônica, com um território de 2,6 mil
hectares e o principal vetor deste ritmo de degradação é o modelo de atividade
agropecuária, implantado a partir da década de 60.
100
Várias alternativas vêm sendo desenvolvidas no intuito de gerar formas
de produção de alimentos mais saudáveis e menos impactantes para o meio
ambiente. A permacultura, sistemas agroflorestais, agricultura biodinâmica e
controle biológico de pragas são algumas das principais formas de produção
agrícola – chamadas genericamente de agricultura orgânica ou agroecológica –
que respeitam o ambiente e a saúde humana. No entanto, o estabelecimento e
viabilidade da agroecologia sofrem fortes resistências dos céticos e,
principalmente, de grandes grupos econômicos que se beneficiam de todo o
conjunto de produtos industriais (tratores, sementes, fertilizantes e defensivos)
que acompanham o modelo da Revolução Verde. Ainda são necessários
investimentos em pesquisas e divulgação dos benefícios e modos de produção
orgânica, para efetivamente diminuir os impactos desastrosos que a atividade
agrícola convencional vem promovendo. Deve-se agregar ainda o fato de que
20% da safra de soja 2004/2005 ter sido plantada com sementes transgênicas.
A erosão
O problema da erosão – quase sempre resultante de algum tipo de
degradação ambiental – pode gerar mais degradação na medida em que se
desenvolve, como, por exemplo, o assoreamento de rios e perda de área
agrícola. Práticas agrícolas incorretas e desmatamento indiscriminado podem
ser apontados como os principais responsáveis pelos processos erosivos.
Nesses casos, o reflorestamento e as mudanças nos sistemas de cultivo
poderiam atenuar de maneira significativa o problema; em áreas rurais, vários
fatores interagem para determinar a intensidade desse processo erosivo. Entre
eles, podemos destacar:
Índice pluviométrico
Características do solo (textura e estrutura)
Tamanho e declividade da encosta
Tipos de uso e manejo do solo
Práticas conservacionistas adotadas (conjunto de práticas no
sentido de diminuir a erosão).
101
No ambiente urbano a erosão pode ser ainda mais
desastrosa: deslizamentos de terra nas encostas dos morros,
resultam em milhares de vítimas e desabrigados, provocam o
assoreamento dos rios e, além de gerar prejuízos, transmitem
doenças contagiosas. Para atenuar esses problemas, o
reflorestamento, pelo menos de áreas críticas e de preservação
permanente, se faz urgente.
102
20 A IMPORTÂNCIA DA MATA CILIAR
105
BIBLIOGRAFIA
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CAVALCANTI, Clóvis. (org.). Desenvolvimento e Natureza: estudos para uma
sociedade sustentável. São Paulo: Cortez, 2003.
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de Janeiro : Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1991.
107
VEIGA, José Eli da. Cidades Imaginárias – o Brasil é menos urbano do
que se calcula. Campinas: Editora da Unicamp, 2005.
108