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7 Tramas Básicas para a sua história

e para a sua marca:


Se você já leu alguns dos meus textos ou assistiu aos meus vídeos, é provável que já
tenha me visto falar que – no fundo, no fundo – existe apenas uma única história
contada milhares de vezes:

Alguém quer alguma coisa e precisa superar obstáculos para conseguir.


Embora eu realmente acredite nisso, também admito que essa é uma forma de
simplificação extrema. Ela é muito útil para pensar na essência da sua história,
mas algumas pessoas podem encontrar dificuldade em avançar quando suas
tramas começam a ficar um pouquinho mais complexas.

Pensando nisso, diversos autores ao redor do mundo trabalharam no desenvolvimento


dessa história primordial até alcançarem algumas tramas-mestre que, teoricamente,
dão o caminho das pedras.

Se você está criando uma história, com certeza ela se encaixará em alguma dessas
opções. Pelo menos é o que eles dizem.

Já vi por aí livros que falavam de 50 tramas básicas, 20, 10 e assim por diante. Mas, ao
fazer um curso sobre Brand Storytelling, acabei me deparando com o conceito criado
por Christopher Booker de 7 Tramas Básicas Para Marcas.

Embora o conteúdo seja mais voltado para a publicidade, decidi traduzir o material e
dividir com vocês. Acredito que seja útil para todo contador de histórias!

Então, aqui vão as Sete Tramas Básicas Para a Criação de Histórias:

1. Superar o Monstro
Há uma força do mal que ameaça o nosso herói / seu mundo / a humanidade. O herói
deve lutar e matar esse monstro, coisa que nem sempre é fácil, mas ele sai triunfante e
recebe uma grande recompensa. Pense em Beowulf, Dracula eKing Kong.

Vemos esta trama surgindo de vez em quando no mundo da publicidade. Pense no


“monstro” como um obstáculo (muito raramente um monstro real!) que o herói precisa
superar, geralmente com a ajuda de uma marca.

2. Da Miséria à Riqueza
Esta trama é bastante auto-explicativa: no início, o nosso herói é insignificante e
inferiorizado em relação aos outros, mas algo acontece e ele se eleva, mostra-se como
um ser excepcional. Pense em O Patinho Feio, Aladdin eSuperman.
Em termos de marketing, como a descoberta de um produto / marca poderia elevar
alguém, transformando a sua vida?

3. A Busca
Na Busca o nosso herói precisa partir em uma viagem longa e perigosa e vai enfrentar
todos os obstáculos até que triunfe. Pense em O Senhor dos Anéis, O Mágico de
Oz  e  Harry Potter.

Na publicidade, podemos ver o nosso herói canalizando os valores da marca conforme


ele procura fazer o bem e atingir seus objetivos.

4. Viagem e Retorno
Embora também com base em uma viagem, este tipo de trama é muito diferente
da Busca. Aqui, o herói viaja para fora do seu “mundo normal”, rumo a um lugar
desconhecido e perigoso. Ele deve então escapar e voltar para a segurança de sua casa.
Pense em Alice no País das Maravilhas, Procurando Nemo e As Viagens de Gulliver.

Como uma marca poderia levá-lo para um outro mundo? Você consegue representar a
experiência de um produto através de uma viagem?

5. Comédia
Uma história feita de acontecimentos cômicos, normalmente envolvendo troca de
identidade, mal-entendidos ou confusão, resultando em algo hilário. Pense em Sonhos
de Uma Noite de Verão, Diário de Bridget Jones e Quanto Mais Quente Melhor.

A Comédia em publicidade é muitas vezes usada para mostrar a situação lamentável na


qual o seu cliente pode se encontrar caso não use a sua marca / produto.

6. Tragédia
Esta é a história sem final feliz. Enquanto os outros arquétipos possuem heróis
triunfantes e monstros derrotados, este terreno toma um rumo diferente e termina na
perda ou morte. Pense em Macbeth, Romeu e Julieta e Breaking Bad.

Este tipo de trama é mais utilizada em táticas de choque na publicidade de caridade.

7. Renascimento
Nosso último tipo de trama, o Renascimento, traz o herói sucumbindo a um feitiço
obscuro — seja ele o sono, doença ou encantamento — antes de quebrá-lo e conseguir a
redenção. Pense em A Bela Adormecida, A Bela e a Fera e O Jardim Secreto.

Ao aplicar o Renascimento à publicidade, você pode interpretar “o feitiço obscuro”


como sendo um distanciamento do público em relação à sua marca / produto. Ou talvez
a sua marca seja uma forma de fazer as pessoas se reconectarem ou se apaixonarem
novamente por algo.
Você não tem que usar esses arquétipos como um guia engessado, mas é interessante
compreender os diferentes padrões que a narrativa pode seguir e quando e como
podemos usá-los.

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