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FICHAMENTOS - UM ENCONTRO COM A

OBRA
SOBRE O(A) AUTOR(A)
Quem é ou foi? Ernst Georg Ravenstein foi um geógrafo cartógrafo alemão-inglês . Como geógrafo, ele era
menos um viajante do que um pesquisador; seus estudos direcionaram-se principalmente para a cartografia e a
história da geografia.

Ravenstein nasceu em Frankfurt am Main , Alemanha, em uma família de cartógrafos. Ele passou a maior parte de
sua vida adulta na Inglaterra.

Foi o primeiro a receber a medalha de ouro Victoria da Royal Geographical Society (1902) por "seus esforços
durante 40 anos para introduzir métodos científicos na cartografia do Reino Unido".

No final do século 19, ele estima a população mundial atual na época. [3] Ele também estima moderadamente um
possível máximo de população mundial que pode ser sustentado pelos recursos da Terra , no ano de 2072.

"Ele estimou a população mundial no ano em que vivia era de 1.468.000.000. Estimou que a população mundial a
cada 10 anos aumentava 8 por cento. A população total da área cultivável seria de 5.850.700.000, e o número total
que a terra poderia alimentar era 5.994.000.000 pessoas ".

Estabeleceu uma teoria da migração humana na década de 1880 que ainda constitui a base para a teoria da migração
moderna:

1. Todo fluxo de migração gera um retorno ou contra-migração.

2. A maioria dos migrantes se desloca por uma curta distância.

3. Os migrantes que se deslocam por longas distâncias tendem a escolher as principais fontes de atividade
econômica.

4. Os residentes urbanos costumam ser menos migratórios do que os habitantes das áreas rurais.

5. As famílias têm menos probabilidade de fazer mudanças internacionais do que os adultos jovens.

6. A maioria dos migrantes são adultos.

7. As grandes cidades crescem mais pela migração do que pelo crescimento natural da população.

8. Mais migrantes de longa distância são do sexo masculino.

9. Mais migrantes de longa distância são indivíduos adultos, em vez de famílias com crianças.
Nacionalidade: Alemão e naturalizado como britânico

Período em que vive ou viveu: 1834-1913

Contexto político / econômico / social em que vive ou viveu: Pré-Primeira Guerra Mundial;
imperialismo; grande interesse pelo território e riquezas africanas (cartografou de forma notável grande parte do
continente africano na década de 1880).

Linhagens teóricas: Dr. August Heinrich Petermann (seu professor); Período positivista com especial destaque
à etnografia (linhagem teórica de Ravenstein); no lugar de estudar as causas, estudam-se as leis.

Afinidades eletivas:      

Filiações políticas: esteve a serviço do Departamento Topográfico do British War Office por 20 anos, de 1855 a
1875; Membro dos conselhos das Royal Statistical and Royal Geographical Societies;

Disputas e polêmicas:      

 Controvérsias:      
 Debates:      
SOBRE O LIVRO: LEIS DA MIGRAÇÃO

O que esse título nos conta? a determinação de leis gerais para o fenômeno da migração

Título Original: The laws of migration

Período em que foi escrito: 1885

Contexto político / econômico / social em que foi escrito: Imperialismo britânico, pós industrialização
com urbanização bem consolidada na Inglaterra.

Traduções e Edições:      

 Linhagem da editora:      


 Críticas à tradução:      

Críticas e Polêmicas:      

Bibliometria:      

 Onde, como e por quem esse livro tem sido citado:      

Escola ou Movimento Intelectual: Positivismo, método etnográfico, formação de leis gerais

Bibliografia usada no livro:      

Estrutura interna do livro:      

 Subdivisões:      
 Capítulos:      
 Itens e Sub-itens:      

Ideia Central do Livro: Estabelecimento de leis gerais para o fenômeno das migrações

O professor lembra da lei do Estado, que não é exatamente o que o autor utiliza, já que surgem das leis de Newton…
leis já eram criadas na época do geocentrismo
Ideia Central dos Capítulos:      

 Estrutura da Argumentação:      


 Metodologia da argumentação:      

Ideia Central dos Parágrafos: Introdução:

1. Inicia falando, justamente, de William Farr, um doutor que alegou não haver leis definidas para a migração. Com
dados do censo em mãos, parece propor uma visão mais analítica sobre o fenômeno. Vai discorrer sobre as
migrações internas (Reino Unido) e deixará de lado, nesse momento, as migrações estrangeiras. Fala sobre a
melhoria das estradas e dos transportes (ferroviário e marítmo), da melhoria da educação dos trabalhadores, da
crescente indústria manufatureira, das facilidades da educação, salubridade do clima e da carestia de vida (aqui ele
dá a impressão de que é mais caro viver longe dos centros urbanos…) como fatores de intensa atração de migrantes.
É um parágrafo introdutório que nos dá pistas de como o autor fará sua análise (com viés estatístico), que
demonstrou algumas causas da migração e que pretende, a partir dessas informações, sugerir leis para o fenômeno.

2. Interessante colocar a migração compulsória dos condenados (quem eram essas pessoas na época?) e dos soldados
e marinheiros. Já coloca, secamente, o objetivo do texto: determinar a intensidade e criar leis. Não descreve os
materiais, mas diz que os tem em grande volume. Justifica algumas confusões (para ele confusão é diferente de erro)
devido às grandes dimensões do condado. Coloca uma informação importante: é difícil fazer esse controle
migratório nas regiões fronteiriças (Inglaterra e Escócia). Fala das dificuldades de contabilizar a migração irlandeza
na Grã-Bretanha, mas que pode ser compensada pela contabilidade da emigração (o que dá a impressão de que ele já
estabeleu uma lei ou relação por si só, sem atualizar o leitor). Para mim, esse parágrafo serve para apresentar o
objetivo do trabalho e para justificar as possíveis "confusões".

3. O terceiro parágrafo argumenta que os dados gerais são confiáveis. Generalização.

Capítulo 2 - População e Locais de Nascimento

1. É um parágrafo que apresenta os dados do censo de 1871 e de 1881, de forma que o autor possa calcular o
incremento populacional de todo o Reino Unido e de cada reino em particular. Pela tabela apresentada, vemos que a
Inglaterra e a Escócia tiveram incremento populacional positivo e a Irlanda, negativo. Ao todo, o Reino Unido
obteve 10,8% de incremento populacional em 10 anos.

Em outra tabela, demonstra que cerca de 4% da população da Inglaterra e de Gales são imigrantes (Escócia, Irlanda
e outras áreas). Cerca de 9% da população da Escócia também é formada de imigrantes e, na Irlanda, um pouco mais
de 2%.

2. Coloca a importância da emigração em seus cálculos, já que o crescimento populacional não atingiu seu
potencial.

3. (a emigração irlandesa: a população deste reino vinha sofrendo decréscimos desde meados do século XIX, quando
muitos emigraram em direção aos Estados Unidos). O autor contabiliza cerca de 530.920 emigrantes irlandeses em
10 anos. O autor acha que o número de irlandeses é maior do que aquele apresentado nas tabelas. Isto porque o autor
considera como irlandês o filho de irlandeses que nasceu na Inglaterra (não importa a naturalidade, mas sim a
racialidade - usa o exemplo do Canadá que faz a pesquisa de parentesco no censo).

2.1 - Distribuição geográfica dos naturais, segundo os reinos (só o título já explica essa conclusão do parágrafo
anterior: talvez a questão de raça fosse tão importante na época que seria necessário especificar muito bem que as
contas do autor se tratavam de locais de nascimento)

1. Apresenta mais tabelas e explica que apesar da emigração irlandesa, não houve diminuição de contingente
irlandês no total do balanço.

2. Neste parágrafo o autor deixa de tratar das migrações entre reinos e começa a tratar das migrações internas (as
quais chamou de migrações entre condados). A migração interna na Escócia foi maior que a da Inglaterra e Gales. A
migração interna na Irlanda foi a menor entre os reinos.

3. É neste parágrafo que ele volta ao assunto do desenvolvimento comercial e industrial e das facilidades como
motivadores da migração na Grã-Bretanha. Na Irlanda, onde o autor identifica predominância de economia agrícola,
a migração interna é menor, sendo a maior parte para regiões portuárias.

2.1.1 - O Elemento Nacional da População da Inglaterra, Escócia e Irlanda

1. Traz uma tabela da porcentagem de naturais de cada reino.

2. Explica que o número de naturais da Irlanda é maior porque recebem menos imigrantes. Cria uma teoria esquisita
ao justificar que o crescimento da imigração se apresenta mais lento devido ao incremento dos naturais (o que
parece lógico), mas cita apenas a Inglaterra como exemplo dessa relação.

3. Explica, outra vez, que a Irlanda tem mais naturais que os outros reinos…

4, 5, 6, 7 e 8 São um conjunto de parágrafos onde ele contabiliza os naturais de cada condado, em cada reino, em
números relativos; mas faz seu desfecho explicando que em números absolutos, as grandes cidades como Londres
receberam um maior número de imigrantes.

2.1.2 O Elemento Natural do Condado

1, 2 e 3 ele explica que são os naturais do condado e traz mais uma tabela.

Finaliza o capítulo da mesma forma que o anterior, justificando que os números relativos demonstram maior número
de naturais nos grandes condados.

2.1.3 - O Elemento Natural da Cidade

É sincero ao dizer que não há muitos dados relativos às cidades, mas que trabalhará com o que tem: Londres,
Aberdeen, Dundee, Edinburgo-Leith, Glasgow, Greenock, Paisley e Perth. E agora chega ao dado que deseja: fala
em processo de atração para as grandes cidades e crescimento mais rápido em comparação com os condados que as
circundam (regiões periféricas). De 111 mulheres dessa grandes cidades escocesas, 100 são naturais. De 112
mulheres de Londres, 100 são naturais.

2.1.4 O Elemento Fronteiriço

Os condados contíguos oferecem um obstáculo no cálculo das migrações. O autor fala de diferenças entre elementos
da paisagem que podem determinar facilidades ou dificuldades na circulação de pessoas e da infraestrutura de
transportes disponível.

2.1.5 O Elemento Irlandês na Grã-Bretanha

Neste trecho, o autor procura esclarecer o crescimento da população irlandesa nas demais reinos. Justifica esse
aumento, primeiramente, por facilidade de transporte que as ilhas possuem entre si. A dispersão dos imigrantes
irlandeses se dá dos portos. O destino desses imigrantes é determinado pela posição geográfica (entendi que tem
muita relação com o transporte, mas o autor falou que chegam aos lugares mais remotos imagináveis).

2.1.6 e 2.1.7 fala da relação entre os escoceses e ingleses e entre os escoceses e irlandeses

3 - Classificação dos Migrantes

1. Distância de migração é fator importante, há variadas motivações para a migração, mas a maioria ocorre pela
busca de trabalho mais bem remunerado e atraente.

3.1 Migrante local: limita-se de uma a outra parte da mesma cidade. Tem dados concretos somente de Londres.

3.2 Migrante de curtas distâncias: paróquia, distrito, condado fronteiriço. Utiliza-se dos dados do Censo da Holanda
para embasar uma prova de que a maioria dos migrantes, via de regra, deslocam-se a curtas distâncias. Dos dados
que ele mostra, assume que não existe precisão, mas que servem como uma boa aproximação.

3.3 Migração por etapas:

3.4 Migrantes temporários: associados aos hotéis, quarteis, escolas, prisões… chama de população flutuante que
existe em grandes cidades de população complexa. Migração por obrigação e não por vocação. Fala da migração por
época de colheitas - me lembrou o livro de Vidas Secas.

4. Condados de Absorção e de Dispersão

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