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A SOLIDÃO DOS MORIBUNDOS

"H á várias maneiras de li-


dar com o fato de que
DE NOBERT EUAS
amenizar o impacto da
finitude com a noção de
todas as vidas, incluí- A Solidão dos Moribundos "passagem", de "transfor-
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.
das as das pessoas que mação" ou mesmo de iní-
amamos, têm um fim". As- POR JOCENY PINHEIRO' cio de uma "permanência"
sim, Nobert Elias introduz espiritual.
a temática do livro "A Soli- Mestre em Sociologia pelo Programa de Lado a lado com a
Pós-Graduação em Sociologia da
dão dos Moribundos", cujo enorme crença nessa mor-
Universidade Federal do Ceará.
interesse maior parece ser te mitologizada, outra for-
a discussão, numa perspectiva ao mesmo tempo ma de encará-Ia se reveste da tentativa de
filosófica e psicanalítica, acerca da morte enquan- evitar a idéia do fim simplesmente afastando
to tabu nas sociedades ocidentais tidas como sua noção do pensamento, não o verbalizando
"avançadas", ou a morte enquanto problema, ou, como escreve Elias, "assumindo uma cren-
sobretudo, para os vivos. Ou para os quase vivos ça inabalável em nossa própria imortalidade".
- pois que aí se incluem aqueles que estão na Alguma identificação com o nosso mundo so-
condição de moribundos. cial? Talvez. O fato é que, nesse caso, fica
Primeiramente, fica claro que o modo vetada a possibilidade de se reconhecer o pro-
como os vivos pensam a morte ou o ato de cesso de envelhecimento e morte dos indiví-
morrer diz das crenças, dos valores e das ideo- duos. Enfim, não se permite enrugar a face,
logias que orientam a organização da sociedade ou faz-se o máximo possível para adiar tal
na qual essas pessoas se incluem. Viajando no enrugamento, sequer admitindo que se há mil
tempo ou no espaço, tais concepções vão vari- estratégias para encobrir a velhice, poucas são
ando, umas revelando certa intimidade no que aquelas que garantem, de fato, a imunidade
diz respeito à existência desse fim, outras se à morte.
encobrindo de verdadeira distância e pavor no Entretanto, há ainda uma terceira maneira
que tange à lembrança do mesmo. de olhar para a morte, estranha a nós, quem
Elias vai mostrar primeiramente que, des- sabe, pelo fato de entender esse fim como parte
sas várias maneiras de lidar com a finitude da da existência humana. Trata-se de uma forma
vida humana, a mitologia que prega a idéia de importante, necessária até, pois saber que "a coisa
uma outra vida após a morte, seja no "Hades" mais certa da vida é a morte" pode nos levar a
ou no "Valhalla", no "Inferno" ou no "Paraíso" um ajuste em nossas próprias vidas, pela cons-
sobressai entre as demais. Essa talvez seja uma ciência de que elas têm uma duração limitada.
das formas mais conhecidas entre tantas cultu- Esse ajuste se refere, principalmente, ao modo
ras de orientação distinta que há no mundo. como nos comportamos em relação às outras
Forma "comum" e "antiga" que, em certa medi- pessoas, às que vivem como nós ou àquelas que
da, não chega a negar a existência de um possí- quase deixam de fazê-lo - porque passaram pelo
vel fim para a vida do homem, mas tende a processo de envelhecimento ou porque, simples-

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mente, mesmo não sendo velhos, estão prestes sam quando se despedem dos outros homens,
a morrer. exatamente porque a morte do outro é uma
Elias pensa a segunda forma, peculiar ao lembrança de nossa própria morte (Elias,
2001:16).
universo das sociedades consideradas "avança-
das", como um modo problemático de convi-
Medo e sentimento de culpa geram uma
vência entre uns e outros; jovens e adultos no
espécie de proibição em relação à expressão de
auge da vitalidade, velhos e doentes que vêem,
tudo que circunda a morte, proibição que se
ao seu redor, o vácuo se formar. Nesse contex-
reflete na sua exclusão, junto com os moribun-
to, aponta para a terceira opção como alternati-
dos, da vida social. Por essa razão, referências a
va capaz de propiciar uma possível identificação
esse conjunto (a morte e o que morre) são oculta-
entre vivos e moribundos, o que livraria os últi-
das, especialmente daqueles que nascem, daque-
mos da morte simbólica - morte social - a que
les que iniciam o processo de viver, das crianças.
estão condenados mesmo em vida.
Quando vêem à tona - morte e moribundo cau-
Ora, quem pode estar imune ou entorpe-
sam embaraço, constrangimento. Como tabu ou
cido o suficiente para não sentir a dificuldade
coisa estranha, o desconforto leva a uma espé-
que é sobreviver diante da ausência ou do afrou-
cie de silêncio ruidoso. A morte, o cadáver, a
xamento dos vínculos sociais e laços afetivos?
sepultura, o corpo em decomposição não po-
dem suscitar outra coisa senão a censura social.
Isso é o mais dificil - o isolamento tácito dos
velhos e dos moribundos da comunidade dos Hospitais se revestem com o design e a
vivos, o gradual esfriameruo de suas relações ambíentação de sbopping centers. Cemitérios são
com pessoas a que eram afeiçoados, a separa- parques, jardins. Nomes e paisagens, aí, tendem
ção em relação aos seres humanos em geral, a evocar a idéia de "paz", "tranqüilidade" e até
tudo que lhes dava sentido e segurança. Os mesmo de "leveza". O ápice dessa ideologia que
anos de decadência são penosos não só para
se coloca contra a lembrança da morte, da me-
os que sofrem, mas para os que são deixados
sós (Elias, 2001:8). lancolia e do luto, está presente num exemplo
que Elias dá sobre uma brochura produzida por
Elias chama atenção também para uma coveiros na qual não se encontra uma só vez a
questão que poucas vezes vem à tona quando palavra "morte".
se pensa na duração limitada de uma vida hu- Atitudes mais enérgicas, seguindo a mes-
mana. Chama atenção para o fato de que não ma orientação, não são difíceis de ser encon-
estamos acostumados a pensar no outro que tradas bem perto de nós, pois há casos de
morre, mas sim no sentimento de falta - ou na cemitérios pintados com cores supostamente
lembrança da nossa própria falibilidade - que "alegres", sob a alegativa de que se tornou
a morte desse outro pode causar em nós. Afi- démodé a estética fúnebre, antes presente em
nal, se tudo concorre para encobrir ou para todo e qualquer espaço de sepultamento dos
nos fazer esquecer que logo mais, logo menos, mortos.
envelheceremos e morreremos, o fim da vida
de um ente querido sempre reavivará a idéia O fato é que:
indesejada de que um dia iremos nós, para a Nunca antes na história da humanidade fo-
cova, certamente. ram os moribundos afastados de maneira tão
asséptica para os bastidores da vida social;
Aqui encontramos, sobforma extrema, um dos nunca antes os cadáveres humanos foram
problemas mais gerais de nossa época - nossa enviados de maneira tão inodora e com tal
incapacidade de dar aos moribundos nossa perfeição técnica do leito de morte à sepultura
ajuda e afeição de que mais que nunca preci- (Elias, 2001:31).

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Isso diz do estágio de civilização peculiar, Até mesmo após o fim de cada uma des-
às sociedades ocidentais sobretudo, pois o con- sas vidas, o cadáver e a sepultura passam aos
tato, não só com a idéia de morte e com o mori- cuidados de profissionais remunerados. A famí-
bundo, mas, mormente, com o próprio corpo do lia se distancia de todo o complexo que envolve
morto, ainda é significativamente observado em a figura do morto. Por essa razão, Elias nos faz
grupos étnicos na América do Sul e América Cen- lembrar que "a Pietà de Michelangelo, a mãe em
tral, além de povos que se encontram na África, prantos com o corpo de seu filho, continua com-
na Ásia e na Oceania. Os bororo, situados no preensível como obra de arte, mas dificilmente
Mato Grosso, são um exemplo de forma radical- imaginável como situação real". Pelo simples fato
mente oposta a que temos no tratamento da ques- de que os vivos, de maneira "semiconsciente",
tão. Seu ritual funerário rendeu escritos que ainda parecem sentir "que a morte é contagiosa e ame-
hoje surpreendem estudiosos em todo o mundo. açadora" (2001:37).
Neste, o contato com o corpo que se decompõe O morto já afastado do convívio familiar,
é intenso, o que causa pavor aos jovens estudan- já entregue às mãos de diversos especialistas do
tes brasileiros ou europeus que lêem ou ouvem leito de morte à sepultura, só pode vir a sobre-
sobre o fato, especialmente porque aqui os ritu- viver na "lembrança dos vivos". Mas, a lembran-
ais religiosos de morte, seculares, "foram esvazi- ça é, sobretudo, palavra que se pronuncia. Para
ados de sentimento e significado", tornando-se lembrar é preciso verbalizar, é preciso dizer,
expressões "pouco convincentes" (Elias, 2001 :36). narrar, pois a memória nunca foi um fenômeno
O pavor começa muito antes. Começa pela que prescindisse da socialização ou da comuni-
indisposição ou incapacidade de expressar o que cação entre indivíduos.
Elias chama de "emoções fortes", seja na vida públi- Acontece que, aqui, também se encontra
ca ou na vida privada, principalmente em relação um problema: não se quer falar sobre a vida de
ao moribundo. Para o autor, a condenação que quem morre ou sobre a morte de quem vive.
paira sobre o "sentimento espontâneo e forte" tam- Ainda naquela brochura escrita por coveiros, Elias
bém se configura como um tabu crescente da civi- diz que "o silêncio sobre a significação das se-
lização. Assim, torna-se realmente difícil "apertar a pulturas como lugares onde pessoas mortas es-
mão de um moribundo" ou "proporcionar-lhe uma tão enterradas" é "quase total". Eu diria, assim
sensação de proteção e pertencimento". (Idem). como ele, que o silêncio - enquanto sinônimo
Gradativamente, os vivos tratam de isolar de coisa não dita - se coloca como regra diante
do seu espaço aqueles que lembram a vulnera- das mais diversas situaçôes que levam à refle-
bilidade da vida humana, e esse afastamento se xão ou à consciência de que somos mortais ou
dá a partir da criação de certos espaços e ocu- de que, malgrado todo o caminho empreendido
pações - como se pode ver na imagem do do- (o qual muitos chamaram de "evolução"), jamais
ente que permanece no hospital até o último nos livramos desse "aspecto embaraçoso da
dos seus dias, do velho que vive no asilo, da animalidade humana" (2001:40). Ou seja, ape-
enfermeira e do médico que cuidam do primei- sar do tele-encéfalo altamente desenvolvido e
ro ou do assistente que se destina, de maneira do polegar opositor, morremos facilmente como
muito pragmática, a olhar pelo segundo. os animais. Só não fazemos admiti-Ia.
Mas não reconhecer esse processo que leva
Apenas as rotinas institucionalizadas dos hos-
à falência do corpo, da vida do indivíduo, é ates-
pitais dão alguma estruturação social para a
situação de morrer. Essas, no entanto, são em tar que ainda hoje é difícil perceber a relação de
sua maioria destituídas de sentimentos e aca- dependência que há entre pessoas de uma socie-
bam contribuindo para o isolamento dos mo- dade. Em suma, parece que ignoramos o fato de
ribundos (2001:36). que "o sentido de tudo que uma pessoa faz" está

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"no que ela significa para os outros, não apenas Acrescenta-se a isso uma série de características
para os que agora estão vivos, mas também para comuns ao universo das sociedades "altamente
as gerações futuras". Pela condição de indivídu- desenvolvidas", tais como o "permanente
os mortais, somos todos dependentes de gera- autocontrole" - que por ser tão internalizado
ções que viveram no passado e que virão a viver passa a ser "experimentado como uma muralha
no futuro. Não é raro, porém, que as pessoas se que bloqueia o afeto e outros impulsos espon-
vejam como indivíduos isolados, independentes tâneos na direção de outras pessoas e coisas,
uns dos outros (2001:41). Pelo contrário, afastando-as como conseqüência". Em síntese,
"essas características comuns incluem o alto grau
Perseguir os próprios interesses - vistos isola-
damente- parece então a coisa mais sensata e de individualização, a ampla e constante con-
gratificante que uma pessoa poderia fazer. (. ..) tenção de todos os impulsos instintivos e emo-
Raramente, e com dificuldade, as pessoas po- cionais fortes e uma tendência ao isolamento"
dem ver a si mesmas, em sua dependência dos (Elias, 2001:66-67).
outros - uma dependência que pode ser mú- Tais atitudes são desencadeadas e valida-
tua -, como elos limitados na cadeia de gera- das por todos, incluindo os moribundos que,
ções, como quem carrega uma tocba numa
não raras vezes, eles próprios, crêem na idéia
corrida de revezamento, e que por fim a pas-
sará ao seguinte (Elias, 2001:42). de que a "vida" evoca a noção de coletividade e
sociabilidade, mas que a "morte" é, sobrema-
A visão do indivíduo isolado, que se vê neira, um processo que se deve viver "sozinho",
como autônomo ou auto-suficiente, é um sin- privadamente.
toma do reca1camento da idéia de "finitude
irreparável" do homem. Reca1camento que Seria incorreto falar de rejeição e reserva,
induzidas pela civilização, dos vivos em rela-
Elias faz questão de não atribuir como peculi-
ção aos moribundos em sociedades, como a
aridade do século XX, mas, sim, de ver como nossa, sem indicar ao mesmo tempo o possível
um encobrimento que, embora sendo antigo embaraço e reserva dos próprios moribundos
e sempre acompanhando a consciência huma- em relação aos vivos (2001:68).
na, "mudou de maneira específica com o cor-
rer do tempo" (2001:44). Tal isolamento, em grande medida, é ali-
É essa mudança que aqui nos interessa mentado pela sensação de que eles, os moribun-
analisar, pois, "em períodos anteriores, fantasias dos, deixaram de ter sentido para os outros, para
coletivas eram o meio predominante de lidar com aqueles com os quais outrora conviveram. Os cui-
a noção de morte. Ainda hoje, é claro, desem- dados e gastos empreendidos pelos vivos, para
penham um importante papel", já que "o medo aliviar a dor física do corpo que morre ou propor-
de nossa própria transi.toriedade é amenizado cionar qualquer espécie de conforto físico ao mo-
com ajuda de uma fantasia coletiva de vida eter- ribundo não lhe devolvem a certeza de que têm
na em outro lugar". No entanto, não se pode importância para o mundo social ou de que a vida
ocultar que "com a grande escalada da que lhe cabe ainda comporta algum sentido. De
individualização em tempos recentes, fantasias todo jeito, não "é fácil mostrar aos que estão para
pessoais e relativamente privadas de imortalida- morrer que eles não perderam seu significado para
de destacam-se mais freqüentemente da matriz os outros. Se isso acontece, se uma pessoa sentir
coletiva" e, por essa razão, acabam por chegar quando está morrendo que, embora ainda viva,
ao "primeiro plano" (Elias, 2001:44). deixou de ter significado para os outros, essa pes-
Para Elias, o resultado dessa distorção soa está verdadeiramente só" (Elias, 2001:75).
operada na auto-imagem dos indivíduos é o sen- Sentir-se só, portanto, é sentir que sua
timento de solidão e isolamento emocional. existência não tem significado, social e afetivo,

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para a comunidade de viventes circundante. É possível concluir que a morte, em si, não
Ou seja: trata-se de uma existência empurrada é simplesmente um evento, mas um processo so-
para "os bastidores da vida social", uma exis- cial de desapego do indivíduo ao mundo e às pes-
tência solta, no vácuo, sem se ligar a outras. soas, ela é anterior à morte física, essa sim, um
Assim é a vida do moribundo. Uma vida que evento preparado por meio do processo de rom-
só se liga à idéia de negação da própria exis- pimento gradual dos laços sociais que o indivíduo
tência, uma contínua experiência de fim ante- estabeleceu ao longo da sua existência. Em cada
cipado. Uma vida que parece estar sendo momento no qual se dá a exclusão do moribundo
punida por algum crime antes cometido. O no espaço dos vivos, produtivos e ativos, um laço
moribundo é aquele condenado, por si e pe- a mais se desfaz e o desligamento total se aproxi-
los outros, à solitária. Seu crime é lembrar, ma. Nesse sentido, o tempo vivido já não é mais
com as marcas que estão impressas sobre o contemporâneo, mas extemporâneo. O velho, o
seu corpo, que a morte existe, é ameaçar aos moribundo, é, sobretudo, um "outsider" que não
vivos que, ao se alimentarem pelo delírio da se estabelecerá mais entre os vivos como antes.
imortalidade, não suportam a lembrança es-
•••
tampada no corpo do velho mortal.
Elias afirma que "talvez devêssemos falar Aqui se percebe que Elias é um sociólogo
mais aberta e claramente sobre a morte, mesmo dos processos e não dos eventos. Especificamente
que seja deixando de apresentá-Ia como um neste livro, produzido sob a forma de um ensaio-
mistério". Segundo ele, "a morte não tem segre- conferência, o autor parece deixar ausente, em seu
dos. Não abre portas. É o fim de uma pessoa. O texto, a relação que há entre a noção moderna de
que sobrevive é o que ela ou ele deu às outras morte e o desenvolvimento de uma sociedade
pessoas, o que permanece nas memórias alhei- centrada no tempo presente e na idéia de produ-
as" (Elias, 2001:77). ção. Enfim, Elias parece preferir explicar a exclu-
Na verdade, o tema da morte já foi objeto são da vida social do moribundo por meio de razões
de investigação, diversas vezes, seja na Sociolo- psicológicas como o medo e a culpa diante da
gia ou na Antropologia, do ponto de vista da morte de si e dos outros. Assim, ele deixa de evi-
representação social e da estruturação de um denciar que nas chamadas "sociedades avançadas",
espaço reservado para a mesma nas sociedades os indivíduos valem pela sua capacidade de pro-
ocidentais. Em determinado período, o indiví- duzir mercadorias. A mudança da mentalidade em
duo tinha o seu lugar de entrada e saída na so- relação à morte e ao morto representa a
ciedade através da Igreja. Nascimento e morte complementação de uma sociedade em que o va-
lembravam a idéia de passagem do indivíduo lor da mercadoria, finalmente, alcançou uma es-
de um mundo para outro. pécie de triunfo em todas as suas dimensões.

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