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Grupo Sanguíneo

 A determinação dos grupos sanguíneos


tem importância em várias ciências:

 Em Hemoterapia, torna-se necessário


estudar pelo menos alguns desses
sistemas em cada indivíduo para garantir
o sucesso das transfusões. Assim, antes
de toda transfusão eletiva, é necessário
se determinar, pelo menos, a tipagem
ABO e Rh do doador e do receptor.
 Em ginecologia/obstetrícia e neonatologia,
é possível se diagnosticar a DHRN através
do seu estudo, adotando-se medidas
preventivas e curativas.

 Em Medicina legal, é possível se


determinar, por exemplo, o tipo sanguíneo
de um criminoso a partir de material
colhido na cena do crime, auxiliando na
investigação criminal.
 Karl Landsteiner
 Os grupos sanguíneos ou tipos sanguíneos
foram descobertos no início do século XX
(cerca de 1900 - 1901), quando o
cientista austríaco Karl Landsteiner se
dedicou a comprovar que havia diferenças
no sangue de diversos indivíduos.
 Ele colheu amostras de sangue de
diversas pessoas, isolou os glóbulos
vermelhos (hemácias) e fez diferentes
combinações entre plasma e hemácias,
tendo como resultado a presença de
aglutinação dos glóbulos em alguns casos,
e sua ausência em outros.

 Landsteiner explicou então por que


algumas pessoas morriam depois de
transfusões de sangue e outras não. Em
1930 ele ganhou o Prêmio Nobel por esse
trabalho.
 Os tipos sanguíneos são determinados
pela presença, na superfície das
hemácias, de antígenos.
 Passou-se então a chamar as substâncias
aglutinógenas da membrana das
hemácias de aglutinogênios; e as
substâncias aglutinadoras do plasma
de aglutininas. Abaixo podemos ver um
quadro ilustrando os aglutinogênios e
aglutininas do sistema ABO.
Aglutinogênios Aglutininas
Grupo sanguíneo
(nas hemácias) (no plasma sanguíneo)
A A anti – B
B B anti – A
AB AB ---
O --- anti – A e anti – B
Fenótipos Genótipos

A I AI A ou I Ai

B I BI B ou I Bi

AB I AI B

O ii
 Um casal tem dois filhos. Em relação ao sistema sanguíneo
ABO, um dos filhos é doador universal e o outro, receptor
universal. Considere as seguintes possibilidades em relação
ao fenótipo dos pais.
I — Um deles pode ser do grupo A; o outro, do grupo B.
II — Um deles pode ser do grupo AB; o outro, do grupo O.
III — Os dois podem ser do grupo AB.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
 Um casal fez um teste para determinar seu tipo sanguíneo. Pedro
apresentou aglutinogênios A, aglutininas anti-B e fator Rh, e o
sangue de Maria mostrou reações de aglutinação com os soros
anti-A e anti-Rh, como verificado na lâmina. Considerando os
resultados pode-se concluir que:

 a) O casal apresenta o mesmo tipo de sangue para o sistema


ABO e, se forem heterozigotos terão 50% de probabilidade de
originar uma criança de sangue tipo O.
 b) O casal tem, pelo menos, 25% de probabilidade de ter uma
criança de sangue tipo AB.
 c) Em casos de necessidade de uma transfusão sanguínea, Pedro
poderá ser receptor de Maria e não doador para ela.
 d) Se o segundo filho desse casal for de sangue A Rh+ , pode
haver doença hemolítica de recém-nascido, a eritroblastose fetal.
e) Para o loco do sistema ABO, Maria pode apresentar IA I A ou
IA i
Doença hemolítica do recém-
nascido ou eritroblastose fetal
 Uma doença provocada pelo fator Rh é a
eritroblastose fetal ou doença hemolítica
do recém-nascido, caracterizada pela
destruição das hemácias do feto ou do
recém-nascido. As consequências desta
doença são graves, podendo levar a
criança à morte.
 Durante a gestação ocorre passagem,
através da placenta, apenas de plasma
da mãe para o filho e vice-versa, devido à
chamada barreira hemato-placentária.
Pode ocorrer, entretanto, acidentes
vasculares na placenta, o que permite a
passagem de hemácias do feto para a
circulação materna.
 Nos casos em que o feto possui sangue
fator Rh positivo, os antígenos existentes
em suas hemácias estimularão o sistema
imune materno a produzir anticorpos anti-
Rh, que ficarão no plasma materno e
podem, por serem da classe IgG, passar
pela BHP, provocando lise nas hemácias
fetais.
 A produção de anticorpos obedece a uma
cascata de eventos e, por isto, a produção
de anticorpos é lenta e a quantidade
pequena num primeiro momento. A partir
da segunda gestação ou após a
sensibilização por transfusão sanguínea,
se o filho é Rh + novamente, o organismo
materno já conterá anticorpos para
aquele antígeno e o feto poderá
desenvolver a DHPN ou eritroblastose
fetal.
 O diagnóstico pode ser feito pela tipagem
sanguínea da mãe e do pai precocemente
e, durante a gestação, o teste de Coombs,
que utiliza anti-anticorpo humano, pode
detectar se está havendo a produção de
anticorpos pela mãe e providências
podem ser tomadas.
Após o nascimento da criança toma-se
medida profilática injetando, na mãe Rh- ,
soro contendo anti Rh. A aplicação logo
após o parto destrói as hemácias fetais que
possam ter passado pela placenta no
nascimento ou antes. Evita-se assim a
produção de anticorpos, “zerando o placar
de contagem”. Cada vez que um concepto
nascer e for Rh+ deve-se fazer nova
aplicação, pois novos anticorpos serão
formados.
 Cerca de 85% das pessoas possuem em suas hemácias o
antígeno Rh (iniciais de Rhesus, o gênero de macaco no qual esse
antígeno foi inicialmente descoberto). Indivíduos que possuem
este antígeno são chamadas de Rh positivas (Rh+) e as que não
possuem são Rh negativas (Rh–). O alelo D (dominante determina
Rh+ e o alelo d recessivo), determina Rh–. O fator Rh está
envolvido com a eritoblastose fetal ou doença hemolítica do
recém-nascido. Em relação à genética do fator Rh e à
eritroblastose fetal, assinale o que for correto.
 01. Uma mulher dd casada com homem DD terá todos seus
filhos (as) de fator Rh positivo.
 02. Os anticorpos anti Rh de um segundo filho Rh positivo atacam
as hemácias da mãe Rh negativo causando a eritroblastose fetal.
 04. A eritroblastose fetal pode ocorrer em filhos com Rh negativo
de mães também Rh negativo.
 08. O primeiro filho de genótipo Dd de uma mulher Rh negativo
pode sensibilizar a mãe. Alguns dias antes do nascimento e
principalmente durante o parto, uma parte do sangue do feto
escapa para o organismo materno, que é estimulado a produzir
anticorpo anti-Rh.
 16. A eritroblastose fetal só ocorre nos casos de gestações em
que a mulher é Rh positivo e o homem tem genótipo dd.

Soma das alternativas corretas:


Compatibilidade dos glóbulos
vermelhos
 Grupo sanguíneo AB: Indivíduos têm
tanto antígenos A quanto B na superfície
de suas hemácias, e o soro sanguíneo
deles não contem quaisquer anticorpos
dos antígenos A ou B. Assim, alguém com
tipo de sangue AB pode receber sangue
de qualquer grupo (com AB preferível),
mas só pode doar sangue para outros
com o tipo AB.
 Grupo sanguíneo A: Indivíduos têm o
antígeno A na superfície de suas
hemácias, e o soro sanguíneo contido na
Imunoglobulina M são anticorpos contra o
antígeno B. Assim, uma pessoa do grupo
A pode receber sangue só de pessoas dos
grupos A ou O (com A preferível), e só
pode doar sangue para indivíduos com o
tipo A ou AB.
 Grupo sanguíneo B: Indivíduos têm o
antígeno B na superfície de suas
hemácias, e o soro sanguíneo contido na
Imunoglobulina M são anticorpos contra o
antígeno A. Assim, alguém do grupo B
pode receber sangue só de indivíduos de
grupos B ou O (com B preferível), e pode
doar sangue para indivíduos com o tipo B
ou AB.
 Grupo sanguíneo O (ou 0): Indivíduos não
possuem antígenos nem A ou B na superfície
de suas hemácias (dai o 0 usado por alguns
autores), mas o soro sanguíneo deles contém
Imunoglobulina M com anticorpos anti-A e
anti-B contra os antígenos A e B. Portanto,
alguém do grupo O pode receber sangue só
de alguém do grupo O, mas pode doar
sangue para pessoas com qualquer grupo
ABO (ou seja, A, B, O ou AB). Se alguém
precisar de uma transfusão de sangue em
uma emergência, e se o tempo necessário
para testar o tipo de sangue causaria um
atraso prejudicial, o sangue O- (O Negativo)
pode ser administrado.

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