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1º Ano
Universidade Licungo
Quelimane
2019
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Universidade Licungo
Quelimane
2019
Índice
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CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO...................................................................................................4
1.1.Tema:........................................................................................................................................6
1.2.Delimitação do Tema:..............................................................................................................6
1.3.Problematização e Problema..................................................................................................6
1.4.Justificativa..............................................................................................................................8
1.5.Objectivos.................................................................................................................................9
1.5.1.Objectivo Geral.....................................................................................................................9
1.5.2.Objectivos Específicos..........................................................................................................9
1.6.Questões de Pesquisa:..............................................................................................................9
1.7.Metodologia de Pesquisa.......................................................................................................10
1.7.1.Tipo de Pesquisa.................................................................................................................10
1.7.1.1.Pesquisa Quanto à Abordagem......................................................................................10
1.8.Métodos Científicos...............................................................................................................10
1.8.1.Método indutivo..................................................................................................................10
1.9.População/Universo e Amostra............................................................................................11
1.9.1.População/Universo............................................................................................................11
1.9.2.Selecção da Amostra...........................................................................................................11
1.9.3.Instrumentos de Colecta de Dados....................................................................................11
CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................12
2.1.Conceitos Básicos...................................................................................................................12
2.1.1.Etimologia do Conceito de Formação...............................................................................12
2.1.2. Formação Contínua...........................................................................................................13
2.1.3.Formação de Professores em Moçambique......................................................................15
2.2. Etimologia e Conceito de Gestão.........................................................................................16
2.2.1.Gestor...................................................................................................................................17
2.3.Universidade (Breve Historial).............................................................................................18
2.4.Conceito de Universidade......................................................................................................20
2.5.Historial da Universidade Pedagógica.................................................................................22
2.6.Faculdade de Ciências da Educação e Psicologia...............................................................25
2.6.1.Curso de Administração e Gestão da Educação..............................................................25
2.6.2.Duração do Curso de AGE................................................................................................26
2.6.3.Objectivos Gerais do curso de AGE..................................................................................26
2.7.As Funções da Universidade.................................................................................................26
2.8.Historial da Universidade Pedagógica – Delegação De Quelimane..................................28
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CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
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1.2.Delimitação do Tema:
A Formação Contínua dos Gestores Escolares na Cidade de Quelimane: o Papel da
Universidade Pedagógica, Curso de Administração e Gestão Escolar, na Delegação
de Quelimane
1.3.Problematização e Problema
Vários estudos indicam que a formação docente deve ser pensada como um aprendizado
profissional ao longo da vida, envolvendo profissionalmente os docentes, pois, ao se conhecer
melhor e compreender o seu trabalho possibilita a descoberta de caminhos eficazes para
alcançar o ensino de qualidade e reverter numa aprendizagem significativa para os alunos,
conforme (Luck, 2009:45). A presença do professor representa o elo entre a escola e a
sociedade, destacando-se assim, a importância do papel deste profissional como propulsor
para responder a procura de novas concepções de educação.
Portanto, a falta de preparo dos professores é apontada em vários documentos como uma das
causas que mais contribui para o insucesso escolar dos alunos. Assim, não existirá ensino de
qualidade, reforma educativa e inovação pedagógica, sem antes melhorar a formação de
professores. Aspectos esses que se fazem sentir em Moçambique através da Política Nacional
de Educação – Resolução nº 8/95, de 22 de Agosto, que estabelece alguns princípios básicos
em que se deve basear a formação, quer inicial e/ou em serviço dos professores. E neste caso
de gestores destaca-se a necessidade de trazer para dentro das instituições de ensino o
conceito de educação ao longo da vida que vise criar uma mudança de atitude dos
profissionais da educação, na sua actuação.
Entretanto, tanto os professores como os gestores escolares devem receber uma formação,
apoio institucional e um acompanhamento adequado para construir novas competências que
serão pertinentes nos ciclos de aprendizagem.
Este cenário é importante uma vez que com a formação contínua em Moçambique vários
profissionais da educação, como professores por exemplo, ficam parados no tempo,
continuando com aquelas metodologias e conhecimentos antigos que precisam ser
actualizados, uma vez que o tempo passa e as coisas mudam. Por isso a necessidade dos
próprios gestores, neste caso os directores seriam devidamente acompanhados com formações
continuadas, para cada vez mais obterem conhecimentos necessários com vista a melhorar a
sua forma de gestão da educação. Nesse contexto, a formação profissional deve ser contínua,
seus saberes e aptidões, sua capacidade de discernir e agir, contemplando a reflexão sobre os
valores de educação, vivência interdisciplinar, trabalho em equipe, pesquisa e construção de
competências devem ser actualizadas, de acordo com a época ou o tempo em que estamos.
Porém, estas diversas situações têm acontecido em instituições de ensino, sobretudo na cidade
de Quelimane acontecem num momento em que existe uma Universidade Pedagógica, uma
instituição vocacionada para a formação de profissionais e/ou gestores da educação,
especialmente com um curso especializado para tal, curso de Administração e Gestão da
Educação.
Com a formação contínua é possível reconhecer que a qualidade da educação baseia-se nas
competências dos seus profissionais e que, consequentemente, oferecem aos seus alunos e à
sociedade em geral experiências educacionais formativas, capazes de promover o
desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes, factores esses necessários para
enfrentar os desafios vivenciados em um mundo globalizado, tecnológico, orientado por um
acervo cada vez maior e complexo de informações e pela procura de qualidade em todas as
áreas de actuação, como afirma (LUCK, 2009:89). No entanto, diante das evidências acima e
outras situações que se fazem sentir nas escolas moçambicanas, sobretudo algures da cidade
de Quelimane, levantou-se a seguinte questão de pesquisa:
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1.4.Justificativa
Parte-se do pressuposto de que a gestão escolar engloba as incumbências que as unidades
escolares possuem como elaborar e executar a proposta pedagógica, administrar o pessoal e os
recursos materiais e financeiros. Ela é responsável, através de seu gestor, por garantir a
organização e desenvolvimento da gestão da escola, materializando planos e projectos
elaborados pela mesma. Neste sentido, o gestor escolar é o responsável pela instituição
escolar, pelas acções e pelos profissionais da mesma.
Nesta senda, não nos podemos esquecer de que a qualidade da educação é de interesse tanto
da equipe escolar como dos pais por isso faz-se necessário uma relação mais próxima entre a
escola e as famílias. Quando o gestor e sua equipe pergunta, regista e divulga as necessidades
e aspirações da comunidade escolar existe uma maior possibilidade de se atingir o principal
objectivo da educação: formar cidadãos não apenas com conteúdos teóricos, mas também
críticos e com capacidade de fazer escolhas conscientes. E pela observância de
incompetências por parte da gestão da educação, bem como a falta de gestores formados.
Onde os profissionais não demonstram o seu trabalho como educadores, surge em mim um
interesse em investigar esta área.
Primeiro, por tratar-se de um tema de interesse social, e que afecta directamente a sociedade,
pois a formação contínua de profissionais de educação pode contribuir para a qualidade de
ensino em Moçambique, visto que tem-se avançado que há fraca qualidade na educação
moçambicana. É cenário surge por vários factores, desde a formação dos próprios
profissionais de educação, o interesse dos próprios alunos, o desenho curricular, bem como os
programas de ensino.
De seguida, pretendo fazer um estudo nesta área para servir de uma reflexão e um guião na
formação de gestores escolares, visto que eu como estudante do curso de licenciatura em
administração e gestão da educação não me conformo em ouvir debates sobre a fraca
qualidade de ensino em Moçambique, enquanto a Universidade Pedagógica, sobretudo a
delegação de Quelimane possui um curso vocacionado na formação de gestores da educação,
refiro-me ao curso de AGE.
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1.5.Objectivos
1.5.1.Objectivo Geral
Analisar o papel da UL, sobretudo o curso de AGE na formação contínua dos gestores
escolares, para dar espaço de reflexão salientando a importância da UP e sua práticas
no desenvolvimento de educação para todos, por um lado e por outro para o
desenvolvimento da ciência.
1.5.2.Objectivos Específicos
Apresentar as práticas e os desafios da Universidade Licungo na formação contínua
dos gestores escolares;
Identificar o Papel da Universidade Licungo na formação contínua dos gestores
escolares;
Distinguir as políticas de formação contínua de gestores escolares na Universidade
Licungo actualmente.
1.6.Questões de Pesquisa:
Quais são as políticas de formação contínua de gestores escolares na Universidade
Licungo, na actualidade?
Que Práticas e Desafios tem a Universidade Licungo, na Formação contínua dos
Gestores Escolares, frente aos novos desafios do século XXI?
Que Requisitos a Universidade Licungo Recomenda aos Gestores escolares, durante
a sua formação?
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Muito embora os dados aqui discutidos digam respeito à dimensão profissional, consideramos
adequadas essas reflexões mais amplas sobre o conceito, uma vez que em Moçambique,
actualmente, utilizamos mais a expressão “formação de professores”, que as constituídas por
outros substantivos como educação, treinamento, etc.
A busca de superação da instrumentalização da formação, especialmente no caso dos
professores, tem gerado uma literatura crítica que busca situá-la em contextos concretos, não
apenas como aquisição de destrezas, mas também como constituição do sujeito, de tal maneira
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que “o conceito de formação é tomado não só como uma actividade de aprendizagem situada
em tempos e espaços específicos, mas também como acção vital de construção de si próprio”
(MOITA, 2000:114).
Assim, por vezes interpretada como socialização, por outras, como construção da
personalidade autônoma, a formação plena é por nós entendida como síntese superadora
desses pólos, buscando a constituição daquele que, como indivíduo, participa conscientemente
da construção do mundo em conjunto com os demais. Estas distintas compreensões embasam
diferentes tradições com relação à formação de professores (CARR & KEMMIS, 1988), no
entanto, duras críticas têm sido formuladas aos modelos formativos, que se constituem apenas
como processos de socialização, os quais deveriam ser excedidos por outros que levassem em
conta a capacidade crítica, reflexiva, criadora e transformadora dos professores
(CONTRERAS, 2002:78).
Os professores não alteram e não devem alterar suas práticas apenas porque
uma directriz lhes é apresentada, e eles se sentem forçados a cumpri-las. Eles
não podem evocar novas práticas a partir de nada ou transpô-las de imediato
do livro didático para a sala de aula. Os profissionais necessitam de chances
para experimentar a observação, a modelagem, o treinamento, a instrução
individual, a prática e o feedback, a fim de que tenham a possibilidade de
desenvolver novas habilidades e de torná-las uma parte integrante de suas
rotinas de sala de aula. (HARGREAVES, 2002:114).
Ainda este autor realça que “Uma inovação bem-sucedida implica mais do que aperfeiçoar
habilidades técnicas. Ela também estimula a capacidade de compreensão dos professores em
relação às mudanças que estão enfrentando”.
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recursos organizacionais.” Gestão é o acto de gerir, ou seja, realizar acções que conduzam à
realização dos objectivos e metas propostas.
2.2.1.Gestor
O gestor é o indivíduo que exerce, dentro da instituição, a liderança no desenvolvimento e
controle das actividades, coordenando os demais funcionários para atingir os objectivos
propostos, (LERNER, 2002:40). Além de ser responsável pela organização do ambiente de
trabalho, o gestor também precisa ser o agente de mudança, ou seja, motivar a equipe para o
desenvolvimento da capacidade de renovação de cada um. O gestor precisa estar atento às
necessidades da instituição assim como às necessidades de seus colaboradores, fazendo desta
forma adequações sempre que necessário, devido à mudança constante das necessidades e
aspirações da realidade.
Questões sociais, económicas, tecnológicas, políticas e governamentais podem provocar
mudanças rápidas nos gestores, tanto no ambiente interno como externo, que influenciarão as
habilidades e necessidades organizacionais. Tudo pode ficar obsoleto em pouco tempo, o que
justifica também o retreinamento de funcionários (LERNER, 2002:42). Deste modo, o
planeamento e a organização das acções que ocorrem na instituição é de responsabilidade do
gestor.
De acordo com (LERNER, 2002:56), planejar adequadamente é essencial para melhores
resultados em qualquer actividade. No planeamento o gestor fixa as metas a serem alcançadas
e quais acções serão necessárias. Durante a realização destas acções precisa manter a sinergia
entre toda a equipe, sendo este um factor fundamental para o alcance dos objectivos
propostos.
Planeamento é a mais básica de todas as funções gerenciais, e a habilidade com que esta
função está sendo desempenhada determina o sucesso de todas as operações. Planeamento
pode ser definido como processo de reflexão que precede a acção e é dirigido para a tomada
de decisão agora com vistas no futuro, (CATELLI, 2002:43).
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Por isso, o gestor deve ser um líder que acredita no potencial da equipe incentivando o
espírito de cooperatividade. Ele não é um chefe que apenas manda para ser obedecido e sim
aquele que propõe desafios encorajando a inovação e a participação de todos.
Enfim, de acordo com DAVI & NEWSTROM (1992), liderança é o processo de encorajar os
outros a trabalharem entusiasticamente na direcção dos objectivos. É o factor humano que
ajuda um grupo identificar para onde ele está indo e assim motivar-se em direcção aos
objectivos. Ainda de acordo com DAVIS & NEWSTROM (1992:45), líder participativo é
aquele que informa seus liderados sobre as condições do trabalho que os fazem sentir-se
encorajados a expressar as próprias ideias. Através de uma liderança participativa, o gestor
permite que todos se envolvam no processo e se sintam verdadeiramente motivados na busca
do alcance das metas propostas pelo grupo.
Parte-se do pressuposto de que a pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica
entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a
subjectividade do sujeito que não pode ser traduzido em números.
No entanto, esta abordagem será usada no âmbito da interpretação dos fenómenos e a
atribuição de significados dos dados que serão recolhidos no campo de estudo. Assim, depois
da colecta de dados através da entrevista, far-se-á uma interpretação e atribuição de
significados aos dados colectados, com vista a atingir o objectivo do estudo, sobretudo a
responder as questões de pesquisa sem a interferência do pesquisador. A abordagem
qualitativa por outro lado, será usada também na obtenção da conclusão do trabalho a partir
de casos particulares para generalizações, pois a pesquisa qualitativa usa o método indutivo.
No que respeita aos seus objectivos trata-se de uma pesquisa descritiva. Visto que com esta
pesquisa pretende-se a partir das técnicas padronizadas de colecta de dados, como
questionário e entrevista fazer a colecta de informações inerente ao tema em estudo.
3.2.Métodos Científicos
3.2.1.Método indutivo
Para elaboração deste trabalho, usar-se-á o método indutivo, que segundo GIL (1999) apud
SILVA (2004: 26), no raciocínio indutivo a generalização deriva de observações de casos da
realidade concreta. As constatações particulares levam à elaboração de generalizações.
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Este método, irá facilitar a vivenciar casos e/ou situações concretas na Universidade Licungo,
a fim colher informações necessárias e tratá-las a partir do raciocínio indutivo. Ou seja, a
partir de casos particulares, chegar á conclusões gerais.
3.3.População/Universo e Amostra
3.3.1.População/Universo
Falar de universo é referir-se da totalidade de indivíduos que possuem as mesmas
características definidas para um determinado estudo. Entretanto, constituirá a população ou
universo da presente pesquisa, os docentes do Departamento de Ciências de Educação e
Psicologia.
3.3.2.Selecção da Amostra
Falar-se-á com apenas o director do curso. Será escolhido de forma intencional com vista a
conseguir melhores resultados, isto é, trata-se de amostras intencionais, cuja seleção será
baseada no conhecimento sobre a população e o propósito do estudo.
Escolher-se-á entrevista pois esta técnica permitirá a observação da conduta dos entrevistados,
a flexibilidade das respectivas respostas, a possibilidade de abertura, interacção e o contacto
directo entre o entrevistador e os entrevistados. Pois as técnicas de entrevistas também têm a
vantagem de reduzir os aspectos negativos tais como: a incapacidade do entrevistado para
responder adequadamente como resultado de falta de percepção devido aos vocábulos usados.
Nesta perspectiva, usar-se-á apenas um guião de entrevista dirigido ao Director do Curso, com
vista a tornar o processo eficiente e eficaz. (Vide o anexo)
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4.Cronograma
MARCONI & LAKATOS (2009:228), afirmam que: cronograma responde a pergunta quando? A
pesquisa deve ser dividida em partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma
fase para a outra.
Meses
1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª
Consulta de dados bibliográficos
Colecta de dados
Análise de dados
Questionário
Reforma
Realização do Projecto
Entrega do Trabalho final
5.Orçamento
Ainda MARCONI & LAKATOS (2009:228), afirmam que orçamento responde a questão
com quanto? O orçamento distribui os gastos por vários itens, que devem necessariamente
serem separados.
Material Quantidade Valor/cada Valor/Total
Resma 1 350.00mt 350.00mt
Lápis 3 10.00mt 30.00mt
Borracha 2 10.00mt 20.00mt
Caneta 4 15.00mt 45.00mt
Transporte --------- 30.00mt 600.00mt
Cópia 75 2.00mt 150.00mt
Impressão 30 2.00mt 60.00mt
Encadernação ---- 35.00mt 200.00mt
Fichas 30 6.00mt 180.00mt
Total ----------- -------------------------- 2.295,00mt
Bibliografia
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Apêndices
Guião de Entrevista
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