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Transportadores de Glicose
Transportadores de Glicose
Transporte de glicose
O transporte de glicose é fundamental para o metabolismo energético celular. A rota
glicolítica é empregada por todos os tecidos para degradação de glicose e fornecimento de
energia (na forma de ATP) e intermediários para outras rotas metabólicas.
A glicose não pode difundir-se através dos poros da membrana, visto que seu peso molecular
é de 180, e o máximo das partículas permeáveis é cerca de 100. Existem dois mecanismos de
transporte de glicose através da membrana celular: transporte facilitado, mediado por
transportadores de membrana específicos (GLUT) e o co-transporte com o íon Sódio (SGLT).
Os transportadores de glicose mostram homologia significativa em sua seqüência primária,
mas apresentam um padrão de expressão com especificidade tecidual.O peso molecular das
moléculas carreadoras é de aproximadamente 45.000, podem transportar outros
monossacarídeos, com estruturas semelhantes a da glicose, incluindo, especialmente a galactose.
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Seminário apresentado pelo aluno Cássio Eccker da Silva na disciplina BIOQUIMICA DO TECIDO
ANIMAL, no Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, no primeiro semestre de 2005. Professor responsável pela disciplina: Félix H. D.
González.
automaticamente, e o sódio e a glicose são transportados para o interior da célula ao mesmo
tempo.
Há dois tipos de transportadores SGLT. A absorção intestinal de glicose é mediada pela
SGLT1 onde há o co-transporte de um íon sódio para uma molécula de glicose, esse
transportador tem alta afinidade pela glicose, mas baixa capacidade. A reabsorção renal de
glicose é feita pela SGLT1 e SGLT2 esta ultima possui baixa afinidade pela molécula de
glicose, porem e alta capacidade, realizando o co-transporte de dois íons sódio para cada
molécula de glicose.
Defeitos em SGLT1 ocorrem pro expressão de um gen autossômico recessivo, causando
diarréia, desidratação, glicosúria pediátrica. O tratamento é feito com a substituição de glicose
por fructose e galactose na dieta, sendo os sinais clínicos minimizados. Os pacientes acometidos
têm perda de peso e atraso no seu desenvolvimento na fase inicial da vida. Problemas no correto
funcionamento do SGLT2 gera glicosúria, não apresentando hiperglicemia, sua origem genética
não foi elucidada.
Difusão facilitada
Em todas as células a glicose é transportada através de transportadores, de uma área de maior
concentração para uma de menor, por difusão facilitada (exceção feita a célula intestinal e
túbulo renal) que é possível devida as propriedades especiais de ligação da proteína
transportadora de glicose (GLUT) da membrana.
A velocidade de transporte da glicose, bem como de alguns outros monossacarídeos, é
acentuadamente aumentada pela insulina. Quando o pâncreas secreta grande quantidade de
insulina a velocidade de transporte é aumentada em 10 a 20 vezes,em relação à velocidade
observada na ausência da secreção de insulina
A quantidade de glicose passível de se difundir para o interior da maioria das células, na
ausência de insulina, a exceção dos hepatócitos e neurônios, é insuficiente para o metabolismo
energético. Logo, nestas células o transporte de glicose não é dependente da insulina.
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Transportadores de glicose GLUT1
Os transportadores de glicose tipo 1 estão amplamente difundidos por todo o corpo, sendo
responsáveis pelo nível basal de glicose celular. Largamente difusos nos tecidos fetais, tendo
diminuída sua expressão nos tecidos adultos. Possuem alta capacidade de transporte e alta
afinidade pela molécula de glicose, mantendo rapidamente o nível de glicose dentro da célula.
Não tem atividade alterada pela presença da insulina.
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ricas em carboidratos e suprimida pela hiperinsulinemia. Defeitos no GLUT2 resulta na
Síndrome Fanconi-Bickel doença caracterizada por: raquitismo, acúmulo glicogênio hepático,
glicosúria, perda de aminoácidos e acidose renal, síndrome descrita em humanos.
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com grande mobilização ácidos graxos ao tecido adiposo. Isso demonstra uma potencial terapia
ao diabetes, que deve ser objetivo de maiores estudos, pois mais de 80% dos pacientes com
diabetes tipo II são obesos, sendo resistentes á insulina.
GLUT e neoplasias
Alguns tipos de neoplasias apresentam em suas membranas transportadores de glicose não
expressos no tecido saudável, estando ligada a expressão de alguns tipos de transportadores ao
grau de malignidade das tumorações. Células malignas possuem maior expressão de GLUT1 e
3., quanto maior a expressão dessas estruturas, mais sombrio o prognóstico.A expressão de
GLUT1 esta relacionada ao potencial maligno de neoplasias mamárias, tumores hepáticos,
pancreático, esofagiano, cerebral, renal, ovariano e cutâneo.Já a presença elevada de GLUT3 em
neoplasias gástricas, ovariana e pulmonar, revela um prognostico desfavorável e alto nível de
atividade, mas estes transportador não é comum nesses órgãos quando estes são sadios. Os
transportadores GLUT5 presente tumores mamários, também não é encontrado neste tecido
normal.
Recentemente descoberto o GLUT12 esta expresso em células prostáticas e mamárias
neoplásicas, e em adultos na musculatura cardíaca, esquelética e tecido adiposo normal.
Tumores de ovário, com maior produção de estradiol, podem estimular a expressão de GLUT no
tecido neoplásico e piorar o prognóstico. A hipóxia tecidual estimula a expressão dos GLUT nos
tumores, o que aumenta o aporte de glicose e debilita mais o quadro geral do paciente.
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