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Unidade Escolar COLÉGIO ESTADUAL MARIA OTÍLIA LUTZ

ALUNO(A)

TURMA/TURNO MATUTINO E NOTURNO

Componente LÍNGUA PORTUGUESA


Curricular
Professor (a) Josinete Veras

Contato

Período 05/07 a 02/08

Série 2º ano Unidade II


I

ROTEIRO DE ESTUDO
Bloco 1 – Informações gerais
Conteúdos  Literatura barroco; arcadismo;verbo;adverbio;variação
linguística.

Onde encontro o  Caderno de Apoio a Aprendizagem.


conteúdo?

Recomendações  Leitura dos assuntos no Caderno de Apoio e realizar as


atividades propostas no seu caderno.

Bloco 2 – Sequência didática


1ª  Estudo sobre o Barroco na TRILHA 9 página 1 a 6 e no anexo.
semana  Atividade na página 03 TRILHA 09 (03 questões)
 Atividade na página 06 TRILHA 09 (03 questões)

2ª  Estudo sobre o Arcadismo no Caderno de Apoio TRILHA 10 e no anexo.
semana  Atividade na TRILHA 10 página 03 (03 questões).

3ª  Realize as atividade da TRILHA 10 nas páginas 04,05 e 06.


semana
4ª  Estudo dos Elementos Mofologicos TRILHA 11 e anoxo.
semana  Mapa conceitual
 Atividade pagina 07 e 08
5ª  Atividade avaliativa.
semana

1
ANEXOS
O Barroco é um estilo que dominou a arquitetura, a pintura, a literatura e a música na Europa do
século XVII.
Por isso, toda a cultura desse período, incluindo costumes, valores e relações sociais, é chamada
de "barroca".

Essa época surgiu no final do Renascimento e manifestava-se através de grande ostentação e


extravagância entre os grupos beneficiados pelas riquezas da colonização.

As principais características do Barroco


 Arte rebuscada e exagerada;
 Valorização do detalhe;
 Dualismo e contradições;
 Obscuridade, complexidade e sensualismo;
 Barroco literário: cultismo e conceptismo.
A arte barroca na Europa
O estilo barroco teve início na Itália sendo, posteriormente, desenvolvido em outros países
europeus na pintura, na arquitetura, na escultura, na música e na literatura.

O Barroco na Itália
A Itália foi considerada o berço do Renascimento e da arte barroca onde diversos artistas se
destacaram.

1. Caravaggio (1571-1610)
Caracterizado pela rudez de suas obras, Caravaggio pintou temas religiosos onde explorava o
contraste entre luz e sombras.

Destacam-se: "A Captura de Cristo", "Flagelação de Cristo", "A Morte da Virgem", "A Ceia de
Emaús", "Davi com a cabeça de Golias", "Flagelação de Cristo".

A Ceia de Emaús (1601), de Caravaggio


2. Bernini (1598-1680)

Bernini foi um escultor e arquiteto italiano. Suas obras encontram-se em Roma e no Vaticano,


entre elas: a "Praça de São Pedro", "Catedral de São Pedro", "O Êxtase de Santa Teresa", "Busto
de Paulo V" e "Castelo de Santo Ângelo".

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O Êxtase de Santa Teresa (1647-1652), de Bernini
3. Borromini (1599-1667)
Francesco Borromini foi arquiteto e escultor italiano. Entre suas obras destacam-se: a "Catedral
de São Pedro", "Sant'Agnese in Agone", "Palazzo Spada", "Palazzo Barberini", "Sant'Ivo alla
Sapienza" e a "Igreja de San Carlo alle Quattro Fontane".

Sant'ivo alla Sapienza (1642-1660), de Borromini


4. Andrea Pozzo (1642-1709)
Pozzo foi arquiteto, pintor e decorador italiano. Entre suas obras estão: "Glorificação de Santo
Inácio", "Anjo da Guarda", "A Apoteose de Hércules", o teto do "Salão Nobre do Palácio
Liechtenstein", em Viena, e a "Falsa Cúpula de São Francisco Xavier".

Falsa Cúpula de São Francisco de Xavier (1676), de Andrea Pozzo


Saiba mais sobre a Arte Barroca.

O Barroco na Espanha
A Espanha foi o centro dos poetas barrocos, dos quais se destacaram: Quevedo, Gôngora,
Cervantes, Lope de Vega, Calderón, Tirso de Molina, Gracián e Mateo Alemán.
Eles que fizeram a melhor literatura do século XVII, assimilada pelo resto da Europa a partir da
segunda metade do século XVII.

Além da literatura, o barroco espanhol foi um dos mais marcantes desse período, onde se
destaca o pintor Diego Velázquez e as obras: "As meninas", "Velha fritando ovos", "Retrato de um
homem" e "Cristo Crucificado".

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As Meninas (1656), de Diego Velásquez
O Barroco em Portugal
Em Portugal, o Barroco vai de 1508 a 1756. Padre Antônio Vieira é o principal autor do Barroco
literário no país, no entanto, passou a maior parte de sua vida no Brasil.

Sua Principal obra "Os Sermões" constituem um mundo rico e contraditório. Revelam sua
inteligência voltada para as coisas sacras e, simultaneamente, para a vida social portuguesa e
brasileira.

Vieira foi uma espécie de cronista da história imediata. Assim, ele elaborava os sermões dentro
da técnica medieval, explicitando as metáforas da linguagem bíblica.

Além de Vieira, merecem destaque: o padre Manuel Bernardes, D. Francisco Manuel de Melo,
Francisco Rodrigues Lobo, soror Mariana Alcoforado e Antônio José da Silva.

Na pintura do barroco português, merece destaque a pintora Josefa de Óbidos, que embora tenha
nascido na Espanha, viveu e desenvolveu sua arte em Portugal. Dentre suas obras mais
destacadas estão: "Maria Madalena confortada pelos Anjos", "Calvário", "A Sagrada Família" e
"Santa Maria Madalena".

Sagrada Família (1664), de Josefa de Óbidos


Leia também:
 Barroco em Portugal
 Sermão da Sexagésima
O Barroco no Brasil
O Barroco no Brasil foi introduzido por intermédio dos jesuítas, no fim do século XVI. Só partir do
século XVII, generaliza-se nos grandes centros de produção açucareira, especialmente na Bahia,
através das igrejas.

Passada a fase do Barroco baiano, suntuoso e pesado, o estilo atingiu no século XVIII a província
de Minas Gerais. Foi ali que Aleijadinho (1738-1814) elaborou uma arte profundamente nacional.
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Cena da Paixão de Cristo no Santuário de Bom Jesus do Matosinhos, em
Congonhas (MG). Essa obra foi produzida por Aleijadinho entre 1796 e 1799
Nessa época, não havia no Brasil condições para o desenvolvimento de uma atividade literária
propriamente dita. O que se viu foi alguns escritores se espelhando nas fontes estrangeiras,
geralmente nos portugueses e espanhóis.

Principais Autores Barrocos do Brasil


Os principais escritores brasileiros desse período foram:

 Bento Teixeira (1561-1618)


 Gregório de Matos (1633-1696)
 Manuel Botelho de Oliveira (1636-1711)
 Frei Vicente de Salvador (1564-1636)
 Frei Manuel da Santa Maria de Itaparica (1704-1768)
Veja também: Exercícios sobre Barroco
O contexto histórico do barroco: resumo
O Concílio de Trento, realizado de 1545 a 1563, causou grandes reformas no Catolicismo, em
resposta à Reforma Protestante de Martinho Lutero. Assim, a autoridade da Igreja de Roma foi
vigorosamente reafirmada, depois de perder muitos fiéis.

A Companhia de Jesus, reconhecida pelo papa em 1540, passa a dominar quase que
inteiramente o ensino. Ela exerceu um papel importante na difusão do pensamento católico
aprovado no Concílio de Trento.

A Inquisição que se estabeleceu na Espanha a partir de 1480 e em Portugal a partir de 1536,


ameaçava a liberdade de pensamento. O clima era de austeridade e repressão.

Foi nesse contexto que se desenvolvimento o movimento artístico chamado Barroco, numa arte
eclesiástica que desejava propagar a fé católica.

Em nenhuma época se produziu um número tão grande de igrejas e capelas, estátuas de santos
e monumentos sepulcrais.

Em quase todas as partes, a Igreja se associava ao Estado. Assim, a arquitetura barroca, antes
só religiosa, surge também na construção de palácios, com o objetivo de causar admiração e
poder.

ARCADISMO

O Arcadismo foi o principal movimento literário do século XVIII. Outros nomes


dados ao estilo são Setecentismo ou Neoclassicismo - a partir deste último, inclusive,
percebe-se a relação do Arcadismo com valores da cultura clássica, ou seja, valores
gregos, romanos e renascentistas. Os escritores árcades são conhecidos por oporem-se
ao estilo barroco, inspirando-se em preceitos do Iluminismo.
Leia mais: Descubra a origem das influências do Arcadismo.
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Características
O movimento árcade foi fortemente influenciado
pela cultura grega, latina e renascentista. A clareza e a harmonia nos temas e nas
formas afastaram das produções literárias a linguagem rebuscada e confusa
do Barroco. As antíteses e paradoxos do homem do século XVII passaram a dar lugar
ao sujeito racional, que buscava a simplicidade e a racionalidade em suas obras.
Uma das principais características árcades é a herança da cultura clássica (greco-
latina e renascentista). Alguns preceitos latinos que inspiraram os escritores árcades
são:
Inutilia Truncat: Esse preceito dialoga com a necessidade de “tirar o inútil” da poesia, entendendo-se esse
inútil como sendo o excesso de rebuscamento formal do movimento Barroco.
Fugere Urbem: Para os líricos do Arcadismo, a cidade não era o ambiente ideal para viver, pregando-se,
portanto, a fuga da urbanidade como meta a ser alcançada.
Locus Amoenus: Atrelado ao fugere urbem, esse preceito afirma que o campo, o ambiente bucólico, é o
ideal para o homem.
Carpe Diem: Segundo esse preceito, é necessário aproveitar o presente para contemplar a realidade, sem
preocupar-se com o futuro.
Aurea Mediocritas: Segundo essa expressão, o homem mediano é aquele que alcança a felicidade, não se
devendo, assim, procurar riquezas e posses em vida.    
Além do retorno aos clássicos, o Arcadismo também foi
muito influenciado pelo Iluminismo, movimento filosófico que compreendia ser a
razão o maior valor humano, e pelo desenvolvimento técnico e tecnológico que
modernizou os meios de produção da época e produziu um forte êxodo rural e
expansão urbana

Contexto histórico
O Arcadismo é o principal movimento literário do século XVIII. Seu contexto é
marcado, como dissemos anteriormente, pelo Iluminismo e pelo avanço técnico e
tecnológico que produziram a industrialização e o consequente êxodo rural. O período
é fundamental para compreender o declínio do absolutismo e a ascensão da burguesia.
Os autores árcades dialogam, em suas obras, com questões fundamentais da época, tais
como a relação entre o homem e a riqueza (aurea mediocritas é um conceito que
discute isso, por exemplo) ou como era viver na cidade (os
preceitos fugere urbem e locus amoenus são referentes a esse assunto).    
Diferenças entre Arcadismo e Barroco
O Arcadismo é o movimento literário que ocorre após o Barroco. Enquanto o Barroco
representa um homem em conflito entre o sagrado e o profano (é bom lembrar que
nessa época, século XVII, a Contrarreforma havia restaurado vários valores medievais
no mundo), o Arcadismo apresenta um sujeito fiel à razão, crente na ciência. Além
disso, vale dizer que linguagem do Barroco era rebuscada e cheia de paradoxos,
enquanto, no Arcadismo, comunica-se com mais clareza e simplicidade.
Acesse também: Conheça o Arcadismo brasileiro com maior profundidade.
Principais autores do Arcadismo no Brasil e em Portugal
O Arcadismo desenvolveu-se tanto no Brasil quanto em Portugal. Os principais
autores são:
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 Bocage
 Cláudio Manuel da Costa
 Tomás Antônio Gonzaga
 Santa Rita Durão
 Basílio da Gama
Veja, a seguir, trechos de poemas árcades:
Camões, grande Camões, quão semelhante
Camões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,
Arrostar co'o sacrílego gigante;
 
Como tu, junto ao Ganges sussurrante,
Da penúria cruel no horror me vejo;
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Também carpindo estou, saudoso amante.
 
Ludíbrio, como tu, da Sorte dura
Meu fim demando ao Céu, pela certeza
De que só terei paz na sepultura.
 
Modelo meu tu és, mas... oh, tristeza!...
Se te imito nos transes da Ventura,
Não te imito nos dons da Natureza.
Bocage
Nesse poema, percebemos que o sujeito lírico dialoga com o poeta renascentista Luís
de Camões. É como se o escritor de Os lusíadas fosse uma espécie de mestre para o eu
lírico, demonstrando clara valorização da cultura do classicismo.
Lira I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
 
Eu vi o meu semblante numa fonte,
Dos anos inda não está cortado:
Os pastores, que habitam este monte,
Com tal destreza toco a sanfoninha,
Que inveja até me tem o próprio Alceste:
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Ao som dela concerto a voz celeste;
Nem canto letra, que não seja minha,
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
[...]
Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga
No poema de Tomás Antônio Gonzaga, percebemos vários dos preceitos latinos
anteriormente citados. Trata-se de um sujeito lírico vivendo no campo (locus
amoenus), cultivando uma vida simples (aurea mediocritas), longe das dinâmicas de
vida na cidade (fugere urbem). Além disso, percebemos também a valorização do
amor e a idealização da amada, característica árcade que perduraria pelo movimento
seguinte, o romantismo.

Por Me. Fernando Marinho

Bocage é um dos principais nomes do Arcadismo.

Elementos Mórficos
Uma palavra é formada por elementos mórficos, ou morfemas.
MÓRFICO -> MORFO = FORMA -> MORFEMAS
Existem dois tipos de morfemas: lexicais e gramaticais.
Os morfemas lexicais podem ser definidos como um ser ou fato da realidade, do mundo exterior
á língua.
Os morfemas gramaticais podem ser definidos como de fato a gramática da língua, de fato a
parte interna da palavra.
Os elementos mórficos de uma palavra dividem-se em:
- Radical
- Vogal temática
- Tema
- Desinência
- Afixo
- Vogais ou consoantes de ligação
Passemos a conhecer minuciosamente cada um dos elementos citados.

Radical
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É nesta parte da palavra que guarda o significado básico, consegue acoplar os outros elementos
para formar novas palavras ou dar significados diferenciados. É considerado morfema lexical.
- Menino
- Falar
- Caderno

Vogal temática
É um morfema gramatical, sua função principal é preparar o radical para receber as desinências.

- Vogal temática nos nomes (-a, -o, -e)


- Garoto
- Menino
- Presidente

Vogal temática nos verbos (ar, er, ir)


- Comer
- Partir
- Andar

Tema
É o radical + vogal temática, o radical recebeu a vogal temática.
Observação: existem palavras que são atemáticas, ou seja, não tem vogal temática.
- Peru – não tem vogal temática

Desinências
Aparecem no final das palavras e estão diretamente relacionadas às flexões. São morfemas
gramaticais flexionais.

Desinência nominal
Apresenta o gênero e o número dos nomes.
- Autor » autor – a » autora – s
- Gato » gat – a » gato – s

Desinência verbal
Apresenta o tempo, o modo, a pessoa e o número em relação aos verbos.
Anda á va mos
(vogal (desinência modo- (desinência número-
temática) temporal) pessoal)

Afixo
Tem a função de gerar novas palavras.

Prefixo
É o morfema colocado antes do radical.
- Desleal
- Indigno

Sufixo
É o morfema colocado depois do radical.
- Lealmente
- Dignidade 9
Vogais ou consoantes de ligação
São morfemas colocados nas palavras para facilitar a pronúncia.
Café + eira = cafe - t - eira = cafeteira
Café + cultura = cafe - i - cultura = cafeicultura

ATIVIDADE AVALIATIVA

01 – Indique os elementos mórficos das seguintes palavras:


(Quando não existe vogal temática, o radical coincide com o tema).

a)   Disséssemos.
Radical: 
Vogal temática: 
Tema: 
Desinência do pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Desinência da 1ª pessoa plural: 
b)   Gostavam.
Radical: 
Vogal temática: 
Tema: 
Desinência do imperfeito do indicativo: 
Desinência da 3ª pessoa plural:
c)   Igualdade.
Radical: 
Tema: 
Sufixo: 
d)   Pensamento.
Radical: 
Vogal temática:
Tema: 
Sufixo: 
e)   Arredamentos.
Radical: 
Vogal temática: 
Tema: 
Sufixo: 
Desinência de número: 

02– Usando sufixos e prefixos, substitua as expressões destacadas por palavras equivalentes:
a)   Fidel Castro discursou duas horas sem interrupção.
Fidel castro discursou duas horas _______________.
b)   Pouco a pouco ela foi merecendo nossa confiança. 1
0
________________ ela foi merecendo nossa confiança.
c)   Ele desenhou a metade de um círculo no caderno.
Ele desenhou __________________ no caderno.
d)   No cinema, eles sentaram-se quase na última fila.
No cinema, eles sentaram-se __________________.
e)   O jogador praticou a falta com premeditação.
O jogador praticou a falta _____________________.

03 – Faça o exercício usando os sufixos.


a)   Esta toalha não pode ser lavada.
Esta toalha não é _____________.
b)   Eis ai uma zona de pântanos.
Eis ai uma _______________.
c)   O pão parecia transformado em pedra.
O pão parecia _____________.
d)   A planilha poderia ser executada.
A planilha era _____________________.
04 – Por meio de sufixos adequados, derive verbos das seguintes palavras:
a)   Central:                    h) Barba: 
b)   Forte:                         i) Guerra: 
c)   Análise:.                        j) Amarelo: 
d)   Prega:                           l) Riso: 
e)   Braço:                          m) Ameno:
f)    Flor:                         n) Salto: 
g)   Estrela:                         o) Fértil: 

05- Crônica: Barroco, Alma do Brasil


           

     Affonso Romano de Sant’Anna

        Já se disse airosamente que o futebol brasileiro, com suas improvisações e


dribles surpreendentes, teria algo a ver com o Barroco. As pernas tortas de
Garrincha, a instabilidade que provocava no adversário, o improviso rápido e
fulminante de Pelé ou as circunvoluções de Tostão marcaria um tipo de jogo oposto
ao futebol-força praticado modernamente. Mas a encenação que, resumindo a alma
brasileira, reúne espetacularmente as contradições barrocas é o desfile do carnaval
na avenida.
        O carnaval carioca, congregando esculturas populares, música e dança,
constitui-se numa ópera barroca e popular, numa grande procissão profana, numa 1
1
exibição do triunfo da premonição dionisíaca e apocalíptica de que ‘‘tudo vai acabar
na quarta-feira.’’
        Se fizéssemos uma coleta das afirmativas e alusões feitas nos últimos anos
sobre a alma brasileira e o barroco seria um não acabar. (...) Roger Bastide, que
veio ao Brasil dar uns cursos e acabou passando aqui a maior parte de sua vida,
via em nossas florestas a continuação dos templos barrocos.
                            Affonso Romano de Sant’Anna. “Barroco, alma do Brasil”. Rio de Janeiro, Bradesco Seguros /
Comunicação Máxima, 1997. p. 202.
Fonte: Livro- Português – Série – Novo Ensino Médio – Vol. único. Ed. Ática – 2000- p. 140-1.

Entendendo a crônica:
01 – De acordo com a crônica, qual o significado das palavras abaixo:
       Airoso: 

        Circunvolução

       Congregar.

        Profana: 
        Memento Mori: 

        Premonição: 
        Dionisíaco: 

02 – Para caracterizar a alma barroca do Brasil, o cronista utiliza algumas comparações que
aproximam o futebol da arte barroca. Escreva em seu caderno as correlações que ele estabelece
entre os fatos futebolísticos a seguir e o Barroco.
a)   A instabilidade que Garrincha provoca nos adversários.

b)   As circunvoluções de Tostão.

06- (FUVEST) O Barroco é, na verdade, dois estilos: o Cultismo e o Conceptismo. O Cultismo:


a)     Caracteriza-se pelo agudo jogo de conceitos e ideias, que desenvolve apoiando-se no
raciocínio silogístico.
b)    É o estilo que busca a aproximação entre poesia e música, valorizando figuras sonoras e os
efeitos musicais do ritmo.
c)     Corresponde a uma estética de nomeação, em que predomina a poesia descritiva e de traço
arqueológico.
d)    Caracteriza-se pela linguagem metafórica, pelo uso excessivo de figuras sobretudo antíteses e
hipérboles, pela visão de mundo dualista, contraditório e sensorial.
e)     N.D.A.

07- (UnB-DF) Marque a opção que identifica autor, obra e escola a que pertence o seguinte
trecho:
        “Inda conserva o pálido semblante
        Um não sei quê de magoado, e triste,
        Que os corações mais duros enternece
        Tanto era bela no seu rosto a morte!”

a)     Gonçalves Dias, I-Juca Pirama, Romantismo.


b)    Castro Alves, Vozes d’África, Romantismo.
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c)     Santa Rita Durão, Caramuru, Arcadismo.
d)    Basílio da Gama, O Uraguai, Arcadismo.
e)     N.D.A.
08- (FUVEST):
        “Por fim, acentua o polimorfismo cultural dessa época o fato de se desenrolarem
acontecimentos historicamente relevantes, como a inconfidência Mineira e a transladação
da corte de D. João VI para o Rio de Janeiro”.
                                                                Massaud Moisés.
A época histórica a que se refere o crítico é a do:
a)     Simbolismo.
b)    Arcadismo.
c)     Parnasianismo.
d)    Realismo.
e)     Romantismo.
09  (FUVEST) Assinale a alternativa que apresenta dois poetas que participam da Inconfidência
Mineira:
a)     Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga.
b)    Castro Alves e Tomás Antônio Gonzaga.
c)     Gonçalves Dias e Cláudio Manoel da Costa.
d)    Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães.
e)     Gonçalves de Magalhães e Castro Alves.
10- (UFPB) Das afirmações abaixo, em torno do Barroco e do arcadismo no Brasil;
I – O cultismo (jogo de palavras) e o conceptismo (jogo de ideias) são típicos do Arcadismo
brasileiro, preso a uma concepção neoclássica de arte.
II – Pessimista, gosto pela paradoxo e pelas antíteses, culto do contraste são algumas das
características do estilo barroco.
III – Profundamente relacionado com a Contra Reforma, o estilo barroco procura a síntese entre o
teocentrismo e o antropocentrismo.
IV – Os poetas Gregório de Matos, Tomás Antônio Gonzaga e Basílio da Gama são
representantes típicos do Arcadismo no Brasil.
São corretas apenas:
a)     I e II.
c)     III e IV.
d)    I, II e III.
e)     II, III e IV.

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