Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ALUNO(A)
Contato
ROTEIRO DE ESTUDO
Bloco 1 – Informações gerais
Conteúdos Literatura barroco; arcadismo;verbo;adverbio;variação
linguística.
1
ANEXOS
O Barroco é um estilo que dominou a arquitetura, a pintura, a literatura e a música na Europa do
século XVII.
Por isso, toda a cultura desse período, incluindo costumes, valores e relações sociais, é chamada
de "barroca".
O Barroco na Itália
A Itália foi considerada o berço do Renascimento e da arte barroca onde diversos artistas se
destacaram.
1. Caravaggio (1571-1610)
Caracterizado pela rudez de suas obras, Caravaggio pintou temas religiosos onde explorava o
contraste entre luz e sombras.
Destacam-se: "A Captura de Cristo", "Flagelação de Cristo", "A Morte da Virgem", "A Ceia de
Emaús", "Davi com a cabeça de Golias", "Flagelação de Cristo".
2
O Êxtase de Santa Teresa (1647-1652), de Bernini
3. Borromini (1599-1667)
Francesco Borromini foi arquiteto e escultor italiano. Entre suas obras destacam-se: a "Catedral
de São Pedro", "Sant'Agnese in Agone", "Palazzo Spada", "Palazzo Barberini", "Sant'Ivo alla
Sapienza" e a "Igreja de San Carlo alle Quattro Fontane".
O Barroco na Espanha
A Espanha foi o centro dos poetas barrocos, dos quais se destacaram: Quevedo, Gôngora,
Cervantes, Lope de Vega, Calderón, Tirso de Molina, Gracián e Mateo Alemán.
Eles que fizeram a melhor literatura do século XVII, assimilada pelo resto da Europa a partir da
segunda metade do século XVII.
Além da literatura, o barroco espanhol foi um dos mais marcantes desse período, onde se
destaca o pintor Diego Velázquez e as obras: "As meninas", "Velha fritando ovos", "Retrato de um
homem" e "Cristo Crucificado".
3
As Meninas (1656), de Diego Velásquez
O Barroco em Portugal
Em Portugal, o Barroco vai de 1508 a 1756. Padre Antônio Vieira é o principal autor do Barroco
literário no país, no entanto, passou a maior parte de sua vida no Brasil.
Sua Principal obra "Os Sermões" constituem um mundo rico e contraditório. Revelam sua
inteligência voltada para as coisas sacras e, simultaneamente, para a vida social portuguesa e
brasileira.
Vieira foi uma espécie de cronista da história imediata. Assim, ele elaborava os sermões dentro
da técnica medieval, explicitando as metáforas da linguagem bíblica.
Além de Vieira, merecem destaque: o padre Manuel Bernardes, D. Francisco Manuel de Melo,
Francisco Rodrigues Lobo, soror Mariana Alcoforado e Antônio José da Silva.
Na pintura do barroco português, merece destaque a pintora Josefa de Óbidos, que embora tenha
nascido na Espanha, viveu e desenvolveu sua arte em Portugal. Dentre suas obras mais
destacadas estão: "Maria Madalena confortada pelos Anjos", "Calvário", "A Sagrada Família" e
"Santa Maria Madalena".
Passada a fase do Barroco baiano, suntuoso e pesado, o estilo atingiu no século XVIII a província
de Minas Gerais. Foi ali que Aleijadinho (1738-1814) elaborou uma arte profundamente nacional.
4
Cena da Paixão de Cristo no Santuário de Bom Jesus do Matosinhos, em
Congonhas (MG). Essa obra foi produzida por Aleijadinho entre 1796 e 1799
Nessa época, não havia no Brasil condições para o desenvolvimento de uma atividade literária
propriamente dita. O que se viu foi alguns escritores se espelhando nas fontes estrangeiras,
geralmente nos portugueses e espanhóis.
A Companhia de Jesus, reconhecida pelo papa em 1540, passa a dominar quase que
inteiramente o ensino. Ela exerceu um papel importante na difusão do pensamento católico
aprovado no Concílio de Trento.
Foi nesse contexto que se desenvolvimento o movimento artístico chamado Barroco, numa arte
eclesiástica que desejava propagar a fé católica.
Em nenhuma época se produziu um número tão grande de igrejas e capelas, estátuas de santos
e monumentos sepulcrais.
Em quase todas as partes, a Igreja se associava ao Estado. Assim, a arquitetura barroca, antes
só religiosa, surge também na construção de palácios, com o objetivo de causar admiração e
poder.
ARCADISMO
Contexto histórico
O Arcadismo é o principal movimento literário do século XVIII. Seu contexto é
marcado, como dissemos anteriormente, pelo Iluminismo e pelo avanço técnico e
tecnológico que produziram a industrialização e o consequente êxodo rural. O período
é fundamental para compreender o declínio do absolutismo e a ascensão da burguesia.
Os autores árcades dialogam, em suas obras, com questões fundamentais da época, tais
como a relação entre o homem e a riqueza (aurea mediocritas é um conceito que
discute isso, por exemplo) ou como era viver na cidade (os
preceitos fugere urbem e locus amoenus são referentes a esse assunto).
Diferenças entre Arcadismo e Barroco
O Arcadismo é o movimento literário que ocorre após o Barroco. Enquanto o Barroco
representa um homem em conflito entre o sagrado e o profano (é bom lembrar que
nessa época, século XVII, a Contrarreforma havia restaurado vários valores medievais
no mundo), o Arcadismo apresenta um sujeito fiel à razão, crente na ciência. Além
disso, vale dizer que linguagem do Barroco era rebuscada e cheia de paradoxos,
enquanto, no Arcadismo, comunica-se com mais clareza e simplicidade.
Acesse também: Conheça o Arcadismo brasileiro com maior profundidade.
Principais autores do Arcadismo no Brasil e em Portugal
O Arcadismo desenvolveu-se tanto no Brasil quanto em Portugal. Os principais
autores são:
6
Bocage
Cláudio Manuel da Costa
Tomás Antônio Gonzaga
Santa Rita Durão
Basílio da Gama
Veja, a seguir, trechos de poemas árcades:
Camões, grande Camões, quão semelhante
Camões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,
Arrostar co'o sacrílego gigante;
Como tu, junto ao Ganges sussurrante,
Da penúria cruel no horror me vejo;
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Também carpindo estou, saudoso amante.
Ludíbrio, como tu, da Sorte dura
Meu fim demando ao Céu, pela certeza
De que só terei paz na sepultura.
Modelo meu tu és, mas... oh, tristeza!...
Se te imito nos transes da Ventura,
Não te imito nos dons da Natureza.
Bocage
Nesse poema, percebemos que o sujeito lírico dialoga com o poeta renascentista Luís
de Camões. É como se o escritor de Os lusíadas fosse uma espécie de mestre para o eu
lírico, demonstrando clara valorização da cultura do classicismo.
Lira I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
Eu vi o meu semblante numa fonte,
Dos anos inda não está cortado:
Os pastores, que habitam este monte,
Com tal destreza toco a sanfoninha,
Que inveja até me tem o próprio Alceste:
7
Ao som dela concerto a voz celeste;
Nem canto letra, que não seja minha,
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
[...]
Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga
No poema de Tomás Antônio Gonzaga, percebemos vários dos preceitos latinos
anteriormente citados. Trata-se de um sujeito lírico vivendo no campo (locus
amoenus), cultivando uma vida simples (aurea mediocritas), longe das dinâmicas de
vida na cidade (fugere urbem). Além disso, percebemos também a valorização do
amor e a idealização da amada, característica árcade que perduraria pelo movimento
seguinte, o romantismo.
Elementos Mórficos
Uma palavra é formada por elementos mórficos, ou morfemas.
MÓRFICO -> MORFO = FORMA -> MORFEMAS
Existem dois tipos de morfemas: lexicais e gramaticais.
Os morfemas lexicais podem ser definidos como um ser ou fato da realidade, do mundo exterior
á língua.
Os morfemas gramaticais podem ser definidos como de fato a gramática da língua, de fato a
parte interna da palavra.
Os elementos mórficos de uma palavra dividem-se em:
- Radical
- Vogal temática
- Tema
- Desinência
- Afixo
- Vogais ou consoantes de ligação
Passemos a conhecer minuciosamente cada um dos elementos citados.
Radical
8
É nesta parte da palavra que guarda o significado básico, consegue acoplar os outros elementos
para formar novas palavras ou dar significados diferenciados. É considerado morfema lexical.
- Menino
- Falar
- Caderno
Vogal temática
É um morfema gramatical, sua função principal é preparar o radical para receber as desinências.
Tema
É o radical + vogal temática, o radical recebeu a vogal temática.
Observação: existem palavras que são atemáticas, ou seja, não tem vogal temática.
- Peru – não tem vogal temática
Desinências
Aparecem no final das palavras e estão diretamente relacionadas às flexões. São morfemas
gramaticais flexionais.
Desinência nominal
Apresenta o gênero e o número dos nomes.
- Autor » autor – a » autora – s
- Gato » gat – a » gato – s
Desinência verbal
Apresenta o tempo, o modo, a pessoa e o número em relação aos verbos.
Anda á va mos
(vogal (desinência modo- (desinência número-
temática) temporal) pessoal)
Afixo
Tem a função de gerar novas palavras.
Prefixo
É o morfema colocado antes do radical.
- Desleal
- Indigno
Sufixo
É o morfema colocado depois do radical.
- Lealmente
- Dignidade 9
Vogais ou consoantes de ligação
São morfemas colocados nas palavras para facilitar a pronúncia.
Café + eira = cafe - t - eira = cafeteira
Café + cultura = cafe - i - cultura = cafeicultura
ATIVIDADE AVALIATIVA
a) Disséssemos.
Radical:
Vogal temática:
Tema:
Desinência do pretérito imperfeito do subjuntivo:
Desinência da 1ª pessoa plural:
b) Gostavam.
Radical:
Vogal temática:
Tema:
Desinência do imperfeito do indicativo:
Desinência da 3ª pessoa plural:
c) Igualdade.
Radical:
Tema:
Sufixo:
d) Pensamento.
Radical:
Vogal temática:
Tema:
Sufixo:
e) Arredamentos.
Radical:
Vogal temática:
Tema:
Sufixo:
Desinência de número:
02– Usando sufixos e prefixos, substitua as expressões destacadas por palavras equivalentes:
a) Fidel Castro discursou duas horas sem interrupção.
Fidel castro discursou duas horas _______________.
b) Pouco a pouco ela foi merecendo nossa confiança. 1
0
________________ ela foi merecendo nossa confiança.
c) Ele desenhou a metade de um círculo no caderno.
Ele desenhou __________________ no caderno.
d) No cinema, eles sentaram-se quase na última fila.
No cinema, eles sentaram-se __________________.
e) O jogador praticou a falta com premeditação.
O jogador praticou a falta _____________________.
Entendendo a crônica:
01 – De acordo com a crônica, qual o significado das palavras abaixo:
Airoso:
Circunvolução
Congregar.
Profana:
Memento Mori:
Premonição:
Dionisíaco:
02 – Para caracterizar a alma barroca do Brasil, o cronista utiliza algumas comparações que
aproximam o futebol da arte barroca. Escreva em seu caderno as correlações que ele estabelece
entre os fatos futebolísticos a seguir e o Barroco.
a) A instabilidade que Garrincha provoca nos adversários.
07- (UnB-DF) Marque a opção que identifica autor, obra e escola a que pertence o seguinte
trecho:
“Inda conserva o pálido semblante
Um não sei quê de magoado, e triste,
Que os corações mais duros enternece
Tanto era bela no seu rosto a morte!”
1
3