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Anexo do comentário da 1ª Instrução de Mestre

A Capela dos Ossos


Um importante ponto turístico de Portugal a Capela dos Ossos se
localiza na região do Alentejo em uma pequena cidade com cerca de
50.000 habitantes chamada Évora.

Foi construída por frades franciscanos na primeira metade do século


XVII no prolongamento da Casa do Capítulo do Convento de São Francisco.
A capela é um convite à reflexão sobre a transitoriedade da condição
humana, resumido na célebre inscrição encontrada no mármore que
decora o portal de entrada: “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos
esperamos.”

Os frades usaram ossos de cerca de 5000 cadáveres que estavam


nos túmulos das igrejas e cemitérios da cidade para construir suas paredes
e colunas.

O interior, de três naves, com as colunas completamente revestidas


de ossos humanos (em maior número ossos grandes ou espessos como

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crânios, ilíacos, sacros, fêmures e tíbias) conserva o ambiente de
penumbra trágico de uma cripta.

Em frente ao altar, à direita está o túmulo de mármore dos três


frades fundadores do convento. À frente do altar, podesse ver ainda o
túmulo do Bispo D. Jacinto Carlos da Silveira, assassinado pelos soldados
de Napoleão, durante as invasões francesas em 1808.

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A decoração do teto, datada de 1810, cheia de símbolos, alegorias e
citações da Sagrada Escritura, acrescenta-lhe a afirmação de uma outra
vida no esplendor da glória de Deus.

“ Aonde vais, caminhante, acelerado?


Pára ... não prossigas mais avante;
Negócio, não terás mais importante
Do que este, à tua vista apresentado

Recorda quantos desta vida têm passado


Reflete em que terás fim semelhante!
Que para meditar, causa é bastante
Terem todos mais nisto pensado.

Pondera que influído dessa sorte


Entre negociações do mundo tantas
Tão pouco consideras na da morte;

Porém, se os olhos aqui levantas


Pará ... porque em negócio deste porte;
Quanto mais tu parares, mais adiantas.”
Padre António da Ascensão Teles

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A Marcha Fúnebre

Frédéric François Chopin (Fryderyk Franciszek


Chopin - 1810 e 1839) foi um pianista polonês
radicado na França e um dos mais importantes
compositores para piano da era romântica e da história.
Em todo seu trabalho podemos observar a presença do
piano (principalmente como instrumento solo).

Em 1837 compôs a sonata nº 2 para piano em Si bemol menor; op.


35. O terceiro e lento movimento da sonata se inicia e termina com um
andamento baseado em uma procissão funeral. Esse movimento ficou
conhecido como Marcha fúnebre e foi executada durante o sepultamento
do próprio compositor no cemitério Père Lachaise em Paris. A emotiva
marcha se tornou muito conhecida na cultura popular e esteve presente
também em sepultamentos de outros famosos como John F.
Kennedy, Winston Churchill e Margaret Thatcher.

Seu uso em muitos filmes e desenhos como indicativo de morte ou


tristeza profunda ajudou a criar um estereótipo negativo. O real objetivo
da música é homenagear o falecido. Em algumas culturas, é tida como
a maior homenagem realizada para um ente querido.

Marília, 9 de março de 2018

MM Rodrigo Rizzo Nogueira Ramos

ARLS Nivaldo Rodolpho 743

Referências:

- Pesquisa “in loco”

- Encyclopedia, "Frédéric François Chopin Polish-French composer (1810-49)"

- Thompson, Damian. "Courage, not madness, is the mark of genius" disponível em


http://www.webcitation.org/6Lgbv28s4

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