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O PAPEL DAS FRONTEIRAS NA FORMAÇÃO DOS

TERRITÓRIOS

A Fronteira é uma construção social de um determinado arranjo social, definido em um


lugar na história. E mesmo as fronteiras naturais podem ser encaradas de diferentes
maneiras ao longo dos períodos.

O papel das fronteiras na geografia

p.16 Território como extensão “horizontal”, frente as Verticalidades de pontos que os


ligam.

Território como Recurso, como Abrigo (Santos) e o autor propõe o “território como
reserva”.

Capítulo 2 - A geografia política clássica e o significado das fronteiras

Fronteiras e ciências exatas

RATZEL > Geopolíticos da época baseavam na ciência política na ciência natural, por
isso as analogias, metáforas e formas de pensar equivocadas.

RATZEL: Zona (real) linha (abstrata) compõe os limites.

ANCEL> a) não existe fronteira natural8; b) a fronteira é uma isóbara política que fixa,
por um tempo, um equilíbrio entre duas pressões; c) as fronteiras são barreiras políticas
instituídas pelos homens; d) a fronteira é ela própria produtora de transformações
sociais.

Capítulo 3 – As fronteiras internas e o peso do território

“a fronteira marca o ponto onde expira a competência territorial” (Préciz Dalloz apud
FOUCHER, 1991:47).p.30

Para ALLIÈS (1980) os juristas fizeram do território uma categoria quase universal e
ainda hoje ele é visto nos manuais de direito constitucional como um elemento
constitutivo do Estado.

Fronteira é assim, um limite, onde demarca um Estado, formado por uma conjunção de
solidariedade, em contrapartida a um antagonismo de seu exterior.
Isóbara política porque uma fronteira resultaria de um equilíbrio de linhas de igual
pressão, que os diplomatas transformaram em fronteiras. ISNARD citando ANCEL p.31

Então a divisão territorial do trabalho teria originado as fronteiras internas. P.32

A regulação garante que o tempo acumulado no espaço em formas desiguais se integre,


coexista num mesmo momento solidariamente p.41

Portanto, toda organização territorial obedece a duas lógicas contraditórias e


complementares, fazendo com que homens e coisas se distribuam desigualmente pelos
territórios: uma lógica externa e uma lógica interna ao território nacional. P.41

RAFFESTIN (1993) lembra de cinco funções que as fronteiras assumem: legal,


controle, fiscal, ideológica e militar. P.43

Capítulo 4 – Fronteiras horizontais e verticais: autonomização da informação.

As fronteiras horizontais são aquelas que põem em contato, para separar ou aproximar,
dois territórios contíguos. Já as fronteiras verticais, são estabelecidas pelas relações
propiciadas pelas Novas Tecnologias da Comunicação. P.45 Pontos do território são
colocados em contato. >>>”Sem dúvida alguma isto é verdadeiro, as redes não cobrem
todo o território, todavia se a relação entre os territórios for de subordinação político-
institucional, a totalidade do território será implicada por uma decisão política. ”

As fronteiras como informação

Mesmo o que não está no território (o avião em vôo e o satélite em órbita) responde às
fronteiras. P.50

Transposição das fronteiras no período atual

O papel da territorialidade na produção das fronteiras

O que se constata é que quanto mais satélites são colocados em órbita, mais fronteiras
são

produzidas para serem atravessadas, isto é, à medida que aumenta a densidade técnica
planetária, a malha da divisão política do território brasileiro vai ficando cada vez mais
“estreita”. P.54

A territorialidade é um conceito que exprime a relação entre um grupo e seu meio. P.55
O uso do território, hoje, dá-se de maneira distinta. É possível, para aqueles que
dispõem de meios, empreenderem ações que impactam lugares distantes não contíguos,
fazendo com que cresça a interdependência entre subespaços do território nacional e
mundial. P.56

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