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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

COORDENAÇÃO DE GEOGRAFIA

CURSO: GEOGRAFIA – LICENCIATURA


DISCIPLINA: GEOGRAFIA POLITÍCA
PROF: JONAS PASTANA
ALUNOS: ANTÔNIO AUGUSTO CAVALCANTE DA SILVA
THIAGO PENA SILVA
DATA: 26 DE JANEIRO DE 2023.

RESENHA CRÍTICA DA INTRODUÇÃO E CAPÍTULO 1 A GEOGRAFIA POLÍTICA


CLÁSSICA DO LIVRO GEOGRAFIA POLÍTICA E GEOPOLÍTICA – DISCURSOS
SOBRE TERRITÓRIO E PODER.

OBJETIVOS.

Uma Geografia Política busca a superação de discursos geopolíticos e a


construção de um pensamento geográfico crítico e mais matizada, colaborando para
a busca de relações territoriais harmoniosas, propensas, flexíveis, como é o espaço
de que são constituídas. a Geografia política concentra suas análises na questão
espacial dos territórios. Já a Geopolítica é uma área de estudo que analisa as
relações entre os países e territórios do mundo. Para tal, considera conceitos como
território e poder.
INTRODUÇÃO

Dando-se início a interpretação introdutória do livro, destaca-se que é frisado


que a certo modo a geografia política está sendo regida como modo de produção
para o conhecimento, tendo como condutor a política de estado, representando
assim o desenvolvimento das relações internacionais e suas vertentes.

O autor se dirigi que este modo de sistematização da geografia política


desencadeia uma conjuntura de fatores que dificultam a estrutura de examinar
criticamente o pensamento lógico e histórico em sua evolução. A certo modo pode-
se dizer que a maior parte dos autores tendem a obter seus conhecimentos de forma
direta com uma estrutura de estudo voltado a natureza, sendo assim uma produção
mais universal, e ao mesmo tempo uma produção que destaca seu tempo e lugar.
“Por isso não é difícil concluir que, para os estudiosos da geografia política o maior
dos riscos a ser evitado é o de caírem prisioneiros de suas próprias fronteiras” pg.
16).

Tendencialmente a geografia política assumi uma rotulação pautada a


concepção de Estado, entrando em contradição com a sua natureza humana, social
e política, conduzindo assim o fim de sua virtual transformação de conceitos e
ideias. Observa-se que se vem alterando a forma como é conceituada a geografia
política na história, mudando seus conceitos de acordo com a demanda histórica
que se passa no momento presente, visto assim, que quando se baseia em um
conflito entre dois estados ou nações, observa-se que há uma mudança ou até
mesmo um conflito de conceitos entre a geografia política e a geopolítica. O exemplo
dado no livro é justamente em momentos de conflito, onde a pressão e as
discussões predominam entre as estruturas de classes e partidos políticos,
predominando assim a visão geopolítica, estado, nação e território como um todo
indivisível.

O discurso da geografia política que se debate no livro, se adapta a teoria e


a metodologia que incorpora a especificidade de seu objeto particular, sendo assim,
se desenvolve desde seu berço do século XIX, atuante em desenvolvimento e
discutindo critérios que abrangem a sistematização na influência de ideais, e
demostrando assim uma forma teórica que predomina a sua operação em todo um
contexto histórico. O autor busca o conceito de uma caracterização no processo de
condição natural como exemplo de uma família ou mesmo de clã como unidade
celular de organização política comandada assim pelo Estado. Cita também o
território, com suas características físicas, fazendo assim avalições para
organizações e domínio como recurso geral da política estatal, fazendo analise de
estudos voltado a posicionamentos de fronteiras, relevo, clima e entre outros.
Verifica-se também a tomada do Estado se referindo ao organismo vivo, estados
continentais, marítimos e insulares, baixando assim um conceito de espaço
territorial. E o mais importante, uma organização política território onde transforma
os dados em poder de estado, projetando assim a sua política de modo externo.

A referência dita como principal no livro é destacar que a geografia política é


montada através da discrepância evolutiva de situações geradas pelos estudos
praticados por acontecimentos que se passa nos temas atuais, fazendo assim com
que as análises estejam mais centradas nos problemas relativos ao poder em geral.
De certo modo, há uma preocupação de como irá se desenvolver essa evolução da
geografia política dentro de um movimento histórico, traçando uma avaliação crítica
de “se” e “como” as teorias serão capazes de projetar uma diferenciação em relação
ao espaço/poder como processo social.

A GEOGRAFIA POLÍTICA CLÁSSICA.

O capitulo inicia enfatizando a importância do alemão Friedrich Ratzel a


estudos voltados a área de geografia política, dando noção ao que seria a geografia
política em sua origem, onde a mesma tinha papel quase que exclusivo em ordenar
o espaço territorial, assim podendo usar seu domínio e sua influência com fins de
progresso principalmente econômico frente a outras nações. A geografia política por
Ratzel tem como principal objetivo auxiliar o processo de reconstrução da Alemanha
que se encontrava fragmentada e atrasada frente a países principalmente em
exploração de colônias (novas zonas de domínio).

O estado e seu papel; o estado tem papel de mediar o uso do solo com
políticas voltadas ao seu uso, no texto o autor fala de uma política não-territorial
sendo políticas voltadas para economia, desenvolvimento e cultura.
A população por sua vez tende a alimentar o mesmo com a construção de uma
cultura e costumes como por exemplo, uma festividade que ocorre em determinada
local dando origem a um “sentimento territorial” sentimento gerado por ligação a
terra, ou seja, sem o povo a terra não tem valor cultural ou mercantil e a demarcação
de território serão apenas dados e limites.

Politicas fronteiriças o autor expõe o raciocínio de Ratzel e Vallaux e suas


diferenças já que Ratzel enxerga regiões conflituosas atrelado a falta de estrutura
gerando guerras o que não ocorreria na Europa, por ter seu processo de
diferenciação já consolidado, significa dizer que em alguns lugares os processos de
consolidação se dariam por meio de conflitos, assim envolvendo terceiros e seus
interesses na causa, já para Vallaux a fronteira é bem mais dinâmica, envolvendo
pessoas e mercadorias, assim as fronteiras seriam trafegáveis, porem o estado
sempre iria ter influência em seus pontos de domínio.

Trazendo esse ponto de vista que as fronteiras são áreas de um dinamismo


mais acentuado nos dias atuais a partir disso desenvolvemos um ponto a ser
debatido que seria; Tendo em vista que as fronteiras são demarcações por vezes
imaginarias de terras ou dado seus limites por meio costeiros o dinamismo que se
promovem nestas áreas seja com o fluxo de pessoas em um mundo cada vez mais
globalizado ou pelo fluxo quase que essenciais de abastecimento de mercadorias,
promovendo o comercio local e externo já que esse fluxo gera gastos e promove um
crescimento econômico das partes envolvidas, assim tendo que haver uma
interferência do estado que seria por meio da regulamentação desse fluxo com leis e
impostos a serem obedecidos, em contra posição cabe a quem transita pela zona
de fronteira respeitar e obedecer as ordens do estado a fim de promover uma
convivência harmônica nesse fluxo.

PARA CONCLUIR.

Concluímos que a visão de Ratzel de uma geografia política onde o estado


coordena e toma as medidas enquanto a população constrói costumes e a cultura
local e como uma zona de fronteira conflituosa já não tem tanta aprovação nos dias
de hoje (logico que haverá casos de conflitos nos dias atuais), porém com uma
maior possibilidade de um diálogo entre as partes e com participação de terceiros
que viriam a ser afetados por um possível confronto. Hoje a globalização é mais
alinhada com o raciocínio de Vallaux onde há trânsito nas áreas de fronteiras ligados
a fluxo de pessoas e mercadorias.
Referências
COSTA, W. M. D. GEOGRAFIA POLITÍCA E GEOPOLITÍCA. 2ª. ed. São Paulo: Editora da Universidade
de São Paulo - EDUSP, v. 1, 2008.

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