TER01JUN

Terça-feira
1 de Junho de 2021
Ano 45 • N.º 16371

Kz 45,00
Director: DRUMOND JAIME
Adjuntos: CAETANO JÚNIOR e CÂNDIDO BESSA
www.ja.ao

SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

ENCONTRO JOÃO LOURENÇO- MOKGWEETSI MASISI

Angola e Botswana
acordam cooperar
na Educação e Minas
Os Chefes de Estado de Angola e
do Botswana identificaram,
ontem, a Educação e a Geologia
e Minas como áreas prioritárias
da cooperação bilateral, disse
o Presidente tswanês, no termo
da visita de cerca de 24 horas
ao país. João Lourenço e Mokg-
weetsi Masisi estiveram,
ontem, reunidos, no Palácio
da Cidade Alta, em Luanda,
para dar um novo impulso à
cooperação. “Abordámos
questões que têm a ver com
a Educação, Geologia e
Minas - porque somos dois
países produtores de dia-
mantes -, além de outras
de âmbito cultural”,
revelou
Masisi, no Aeroporto 4 de Fevereiro,
antes de embarcar de regresso a Gabe-
rone. O Chefe de Estado tswanês disse
haver, igualmente, a possibilidade
da cooperação nas áreas da pesquisa
e inovação. Informou que os chefes
das diplomacias dos dois países foram
orientados a trabalhar com os minis-
tros responsáveis dos diferentes sec-
tores para a concretização das acções
programadas. No caso específico da
Geologia e Minas, Mokgweetsi Masisi
exemplificou que Angola e o Botswana
poderiam cooperar no mapeamento,
exploração, legislação e governança
do sector. “Haverá troca de expe-
riência, de tal forma que Angola possa
aprender das lições do Botswana e
este, reciprocamente, aprender o que
Angola terá aprendido ao longo do
tempo”, esclareceu Masisi. “Podemos,
aqui, incluir a área da negociação de
acordos mineiros entre em-
presas dos dois países”,
acrescentou.
POLÍTICA • 2

MINISTRO DE ESTADO
303 PACIENTES RECUPERADOS DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

NESTA EDIÇÃO
ADRIANO MIXINGE 185 novas infecções e duas mortes em 24 horas
Por um Governo ÚLTIMA • 32
de unidade e de
reconciliação nacional CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
OPINIÃO • 11 CONFLITOS
1 DE JUNHO
DIPLOMACIA
Certidões
Angola quer mudar legado
trágico da escravatura
africana nos EUA
Crianças de óbito vão General
POLÍTICA • 2

ACÇÃO DOLOSA
à espera ser entregues Furtado
Gestores faliram BANC
ECONOMIA • 13 de dias em uma hora chefia Casa
Depois de longos anos à
melhores
SOCIEDADE • 14
espera da certidão de óbito, de Segurança
os familiares das vítimas
mortais dos conflitos po- O Chefe de Estado, João
líticos, ocorridos de 11 de Lourenço, nomeou, on-
Novembro de 1975 a 4 de tem, o general Francisco
Abril de 2002, vão receber, Pereira Furtado para o car-
EFEITOS DA SECA SEVERA NO PAÍS em uma hora, no máximo, go de ministro de Estado
o tão esperado documento, e chefe da Casa de Segu-

Perdas de colheitas no Cuanza-Sul garantiu, ontem, o minis-

tro da Justiça e dos Direitos
poderão chegar aos 80 por cento
Hu m a n o s , Fra n c i s c o
Queiroz, no pavilhão mul-
tiusos Arena do Kilamba.
ESPECIAL • 4 e 5 POLÍTICA • 3
rança do Presidente da Re-
pública. Para o Serviço de
Inteligência e Segurança
Militar, o Presidente indi-
cou o general João Pereira
Massano. POLÍTICA • 2
2 POLÍTICA
PRIORIDADES NA COOPERAÇÃO
João Lourenço e Mokgweetsi Masisi estiveram, ontem, reunidos, no Palácio da Cidade Alta
Angola e Botswana elegem
Educação e Geologia e Minas
João Lourenço e Mokgweetsi Masisi orientaram os chefes das
diplomacias a trabalhar com os ministros responsáveis dos
diferentes sectores, para se concretizar as acções programadas
Bernardino Manje
Os Chefes de Estadode Angola
e do Botswana identificaram,
ontem, a Educação e a Geo-
logia e Minas como áreas prio-
ritárias da cooperação bilateral,
disse o Presidente tswanês,
no termo da visita de cerca
de 24 horas a Luanda.
João Lourenço e Mokg-
weetsi Masisi estiveram, ontem,
reunidos, no Palácio da Cidade
Alta, com o intuito de dar um
novo impulso à cooperação.
“Abordámos questões que têm
a ver com a Educação, Geolo-
gia e Minas - porque somos
dois países produtores de dia-
mantes -, além de outras de
âmbito cultural”, revelou Ma-
sisi, no Aeroporto 4 de Feve-
reiro, antes de embarcar de
regresso a Gaberone.
O Chefe de Estado tswanês
disse haver, igualmente, a
possibilidade de cooperação
nas áreas da pesquisa e ino-
vação. Informou que os chefes
das diplomacias dos dois países
foram orientados a trabalhar
com os ministros responsáveis
dos diferentes sectores, no
sentido de concretizar todas
as acções programadas.
No caso específico da Geo-
logia e Minas, Mokgweetsi
Masisi exemplificou que An-
gola e o Botswana poderiam
cooperar no mapeamento,
exploração, legislação e gover-
nança do sector.
“Haverá troca de expe-
riências, de tal forma que
Angola possa aprender das
lições do Botswana e este,
reciprocamente, aprender o
que Angola terá aprendido
ao longo do tempo”, escla-
receu Masisi. “Podemos,
aqui, incluir a área da nego-
ciação de acordos mineiros
entre empresas mineradoras,
assim como todo o processo
de mineração na sua cadeia
de valores”, acrescentou.
Covid-19
A pandemia da Covid-19
também foi tema de conversa
no encontro entre os dois
estadistas. A abordagem
focalizou-se em matéria de
colaboração nesta matéria.
“Como sabeis, o Botswana
produz vacina para animais
e Angola está interessada em
buscar a experiência do nosso
país na produção de vacinas,
bem como elevar o sentido
da pesquisa sobre vacinas
para humanos”, referiu.
No caso específico
da Geologia e
Minas, Mokgweetsi
Masisi exemplificou
que Angola e o
Botswana poderiam
cooperar no
mapeamento,
exploração,
legislação e
governança do
sector
O Presidente tswanês con-
cluiu que a cooperação entre
os dois países sai reforçada,
depois do encontro com o
homólogo angolano. “As
razões deste encontro foram
de dar um novo impulso à
cooperação. Felizmente, con-
segui discutir com o meu
homólogo questões comuns
e encontrar consensos que
serão alavancados pelos dois
ministros das Relações Exte-
riores”, disse.
Mokgweetsi Masisi garan-
tiu que todo o trabalho ou
cooperação a ser desenvolvida
entre Angola e o Botswana
SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
tem como objectivo último
a melhoria das condições das
populações dos dois países.
“Eu e o Presidente (João) Lou-
renço queremos trabalhar
para o interesse dos nossos
povos”, disse.
À margem do encontro
entre os dois estadistas, esti-
veram igualmente reunidas
delegações ministeriais de
Angola e do Botswana, que
abordaram, entre outros
assuntos, a cooperação nos
sectores dos diamantes, Edu-
cação, Saúde e Ambiente.
O Presidente do Botswana
esteve pela última vez, em
Luanda, em Agosto de 2019,
quando, com o homólogo
angolano, abordou a possi-
bilidade da criação de uma
Comissão Bilateral de Coo-
peração, para dar corpo às
relações diplomáticas entre
os dois países, que carecem
de dinamização, apesar de
existir, desde 1975, e vigorar,
desde 2006, um Acordo Geral
de Cooperação.
Em Março deste ano, os
Vice-Presidentes de Angola,
Bornito de Sousa, e do Bots-
wana, Slumber Tsogwane, tive-
ram uma conversa telefónica,
durante a qual foram abordados
assuntos ligados à Covid-19 e
às perspectivas de cooperação
no sector do Turismo. No diá-
logo, de cerca de 15 minutos,
os homólogos trocaram, igual-
mente, impressões sobre ques-
tões da actualidade e de in-
teresse comum.
Angola e o Botswana são
membros da Comunidade de
Desenvolvimento da África
Austral (SADC), organização
de integração regional, com-
posta por 15 Estados-mem-
bros e com sede em Gaberone,
capital do Botswana.
NOMEADO PELO PR
Francisco Furtado é o novo ONG remove
chefe da Casa de Segurança milhares
de engenhos
O Presidente da República,
João Lourenço, nomeou, nos
termos da Constituição da
República, Francisco Pereira
Furtado para o cargo de minis-
tro de Estado e chefe da Casa
de Segurança do Presidente
da República.
Entre outras funções,
Francisco Pereira Furtado já
foi chefe do Estado-Maior
General das Forças Armadas
Angolanas, entre 2006 e 2010.
Apoiado na Lei 2/93, de
26 de Março – Lei de Defesa
Nacional e das Forças Arma-
das Angolanas, e ouvido o
Con s elho de S egurança
Nacional, o Presidente da
República nomeou, também,
o general João Pereira Mas-
sano para o cargo de chefe
do Serviço de Inteligência e
Segurança Militar.
Antes, o Presidente da
República, nos termos da alí-
nea d), do artigo 119º e do
número 1, do artigo 125º,
Antigo chefe do Estado-Maior assume Casa de Segurança
MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
“Diáspora afro-americana
jogou um papel histórico”
Edna Dala
O ministro das Relações Exte-
riores, Téte António, reco-
nheceu, ontem, em Luanda,
que a diáspora afro-ameri-
cana jogou um papel histórico
para a conscientização dos
povos africanos quanto ao
seu direito à emancipação.
Ao discursar no encerra-
mento da mesa-redonda vir-
tual dedicado ao tema “O
legado da escravidão para afri-
canos e afro-americanos: patri-
mónio cultural”, Téte António
referiu que os afro-americanos
contribuíram para a aparição
dos movimentos nacionalistas
no continente, que originaram
várias lutas pela autodeter-
minação e independência.
Durante o encontro, que
serviu para homenagear os
primeiros 20 escravos pro-
venientes de Angola há 402
anos, o ministro das Relações
Exteriores considerou o evento
carregado de esperança para
o futuro, desejando que sirva
de alicerce para a criação de
uma maior sinergia e apro-
ximação entre Angola e os
Estados Unidos da América.
Disse, ainda, esperar que
ambos da Constituição da
República de Angola, exone-
rou Pedro Sebastião, do cargo
de ministro de Estado e chefe
da Casa de Segurança do Pre-
sidente da República, para o
qual havia sido nomeado no
dia 28 de Setembro de 2017.
Também ontem, o Presi-
dente da República exonerou
as seguintes entidades, depois
de ouvido o Conselho de Segu-
rança Nacional: general Apo-
linário José Pereira, do cargo
de chefe do Serviço de Inte-
ligência e Segurança Militar,
general João Pereira Massano,
do cargo de director nacional
de Preservação do Legado
Histórico-Militar do Ministério
da Defesa Nacional e Vete-
ranos da Pátria e tenente-
general António Mateus Júnior
de Carvalho, do cargo de
secretário para os Assuntos
de Defesa e Forças Armadas
da Casa de Segurança do Pre-
sidente da República.
EDIÇÕES NOVEMBRO
o encontro sirva para o esta-
belecimento de uma coope-
ração estreita e aprofundada
em áreas chave como a Agro
Indústria, Educação, Saúde,
Turismo, entre outras. “Neste
mês de Maio, em que também
celebramos o Dia de África,
gostaríamos de render uma
vibrante homenagem aos
milhões de mulheres e homens
africanos, embarcados contra
a sua vontade numa viagem
para um destino totalmente
desconhecido”, disse.
O ministro da Cultura,
Turismo e Ambiente, Jomo
Fortunato, recordou que An-
gola foi uma das principais
zonas de exportação de escra-
vos em África.
Ao discursar na cerimónia
de abertura da mesa-redonda
virtual, o ministro referiu que
as relações diplomáticas entre
Angola e os Estados Unidos,
estabelecidas em 1993, ainda
não exploraram aspectos his-
tórico-culturais que unem
os dois povos e países há qua-
tro séculos.
“Estamos convictos que
os fundamentos históricos
e aspectos culturais coinci-
dentes podem emprestar um
Terça-feira
1 de Junho de 2021
UÍGE
explosivos
Mais de dois mil engenhos
explosivos foram removidos
na província do Uíge, de Abril
de 2017 a Abril deste ano, pela
Organização não Governa-
mental “Ajuda Popular da
Noruega” (APN).
A informação foi prestada
ontem, à Angop, pelo gestor
adjunto do programa da APN
em Angola, Joaquim Costa.
O responsável informou
que os engenhos foram remo-
vidos nos municípios do
Negage, Sanza-Pombo, Qui-
texe, Maquela do Zombo,
Milunga, Bungo, Ambuila, Púri
e Quitexe.
Entre os engenhos removidos
constam minas anti-pessoal,
anti-tanque, não detonados e
munições ligeiras.
Para as actividades de des-
minagem na província do
Uíge, a organização conta com
o financiamento dos governos
da Noruega, Reino Unido,
Japão, Bélgica e de algumas
fundações.
Durante o período em refe-
rência, foram realizadas, nos
municípios de Ambuíla, Ma-
quela do Zombo, Milunga,
Quimbele, Sanza-Pombo e
Quitexe, 98 sessões de sensi-
bilização sobre o risco de minas,
tendo beneficiado 9.100 adultos
e crianças.
A ONG Ajuda Popular da
Noruega trabalha em Angola
desde 1995, tendo como foco
a desminagem, destruição de
engenhos explosivos e edu-
cação sobre risco de minas.
carácter muito especial às
relações entre os dois países”,
sublinhou.
O embaixador de Angola
nos Estados Unidos, Joaquim
do Espírito Santo, destacou
o bom momento nas relações
entre os dois países. O diplo-
mata referiu que o encontro
representa uma oportunidade
para destacar o papel de Angola
na História dos Estados Unidos,
contribuindo para o aprofun-
damento contínuo das relações
a nível diplomático, científico
e cultural.
Foram prelectores o PCA
da Agência de Investimento
e Promoção das Exportações
de Angola (AIPEX), António
Henriques da Silva, o director
do Museu da Escravatura,
Vladmiro Fortuna e o pro-
fessor Fernando Manuel, da
Academia Diplomática.
SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Mnistro das Relações
Exteriores Téte António
POLÍTICA Terça-feira
1 de Junho de 2021
COMITÉ PERMANENTE
UNITA saúda artífices
dos Acordos de Bicesse
O Comité Permanente da
Comissão Política da UNITA
saudou os artífices dos Acor-
dos de Bicesse, assinados aos
31 de Maio de 1991, pelo fun-
dador da UNITA, Jonas Ma-
lheiro Savimbi, e pelo ex-Pre-
sidente da República José
Eduardo dos Santos.
Num comunicado distri-
buído no final da IV reunião
ordinária, orientada por Adal-
berto Costa Júnior, o Comité
Permanente da UNITA con-
sidera que os Acordos de
Bicesse “constituem a base da
institucionalização do Estado
democrático e de direito, que
é, depois da Independência
Nacional, a segunda maior
conquista histórica de todos
os angolanos”.
No comunicado, a UNITA
diz constatar um agravamento
da situação social e económica,
com impacto no aumento da
pobreza, no surgimento de
focos com elevada incidência
de fome e de mortes em
Luanda, Cunene, Namibe,
Huíla, Cuando Cubango,
Moxico e Benguela.
Fala, ainda, de um elevado
número de crianças atingidas
pela subnutrição, a paulatina
destruição da classe média, a
falência de empresas, o au-
mento do desemprego, sobre-
tudo na juventude, e a agressão
sistemática ao Estado demo-
crático e de direito.
No entender daquele par-
tido, o plano de recuperação
da economia, na era da Co-
vid-19, está desajustado com
o desafio de dinamização da
economia, pois as empresas
e as famílias têm sido dupla-
ATROCIDADES POLÍTICAS
CASA-CE quer pedido
de perdão mais alargado
Domingos Mucuta| Lubango
O líder da CASA-SE defen-
deu, ontem, no Lubango,
Huíla, um pedido de perdão
de todos os actores políticos
que cometeram atrocidades
políticas e económicas contra
o povo angolano.
Manuel Fernandes defen-
deu esta posição durante o acto
político de massas realizado
na cidade do Lubango, no cum-
primento de uma jornada de
trabalho na província da Huíla
com o objectivo de revitalizar
as estruturas de base.
O político elogiou o pedido
de perdão do Presidente da
República, João Lourenço,
sobre os excessos cometidos
na sequência da tentativa de
golpe de Estado frustrado, a
27 de Maio de 1977, e defen-
deu um pedido de desculpas
mais abrangente de todos os
actores que, no passado,
cometeram males no domí-
nio político e económico.
“Queremos que todos que
cometeram males neste país,
nos domínios político e eco-
nómico, reconheçam as suas
mente penalizadas, quer pelas
restrições impostas pela pan-
demia, como pelas medidas
de política que não concorrem
para o empoderamento da
classe empresarial.
O partido do “galo negro”
manifesta, ainda, preocupação
pela situação que se regista
no sistema de saúde do país,
com destaque para Luanda,
cujos indicadores, de acordo
com o comunicado, “são as
enchentes nos hospitais, nas
morgues e nos cemitérios”.
Fala ainda em “uso abu-
sivo, pelo Governo, da con-
tratação simplificada”, que
considera “um procedimento
não transparente”.
A reunião aprovou o rela-
tório de execução do plano
de actividades do primeiro
trimestre do ano, o relatório
e contas do mesmo período,
tendo se congratulado com
os níveis de execução e apro-
vou o plano de actividades
do próximo trimestre.
DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Reunião foi orientada por
Adalberto Costa Júnior
falhas e peçam desculpas”,
afirmou, salientando que
essa “é a única via de pro-
mover o verdadeiro espírito
de reconciliação nacional
entre os angolanos”.
Aos militantes presentes
no acto político de massas,
o responsável político infor-
mou que a coligação está
cada vez mais forte e coesa.
“Estamos aqui para dizer à
juventude e ao povo da pro-
víncia da Huíla que a CASA-
CE está firme”, afirmou.
Problemática da seca
O presidente da CASA-CE
criticou a falta de soluções
eficazes para o problema
da seca, que afecta milhares
de cidadãos nas províncias
do Cunene, Huíla e Namibe.
“Um Governo sério não deve
atacar as consequências da
seca com a entrega de apoios
às vítimas. As soluções efi-
cazes para mitigar os efeitos
da seca passam pela cons-
trução de fontes de retenção
de água e o desvio de rios
para as zonas afectadas”,
defendeu.
Certidões de óbito vão
ser emitidas em uma hora
Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos afirma que não haverá riscos de
duplicação, nem de fraude na emissão do tão aguardado documento pelas famílias
que perderam parentes no período de 11 de Novembro de 1975 a 4 de Abril de 2002
Kílssia Ferreira e Pereira Dinis
Depois de longos anos à
espera de uma certidão de
óbito, os familiares das víti-
mas mortais dos conflitos
políticos ocorridos de 11 de
Novembro de 1975 a 4 de Abril
de 2002 vão receber, em uma
hora, no máximo, o tão espe-
rado documento.
A garantia foi dada pelo
ministro da Justiça e dos Direi-
tos Humanos, Francisco Quei-
roz, que esteve, na manhã de
ontem, no Pavilhão Multiusos
Arena do Kilamba, para cons-
tatar a abertura do processo
de recepção em massa de pedi-
dos de emissão de certificados
e certidões de óbito.
Depois de ter recebido
explicações sobre o funcio-
namento do posto de atendi-
mento, o também coordenador
da Comissão de Reconciliação
em Memória das Vítimas dos
Conflitos Políticos (CIVICOP)
disse à imprensa que o pro-
cesso “está feito de maneira
a que não haja riscos de dupli-
cação nem de fraude”.
Francisco Queiroz declarou
que, pelas condições que cons-
tatou, “o processo está muito
bem organizado e pronto para
funcionar a partir de agora”,
estando a “decorrer tudo con-
forme programado”.
Em uma hora, o cidadão
vai ser atendido e sair já do
posto de atendimento com a
certidão de óbito, reafirmou
o ministro da Justiça e dos
Direitos Humanos, que disse
ser o processo uma “cadeia
que começa num ponto e passa
por diversas fases até à emissão
da certidão de óbito”.
A Comissão de Averiguação
e Certificação de Óbito das
Vítimas de Conflitos Políticos
(CAVICOP) já tem uma base
de dados com os nomes de
pessoas falecidas, uma infor-
mação confirmada ontem
pelo ministro da Justiça e dos
Direitos Humanos.
O requerente, quando
chega ao posto de atendi-
mento, é submetido a uma
triagem, para se saber se o
nome da pessoa falecida que
deve constar da certidão de
óbito já está na base de dados.
Se o nome já estiver na base
de dados, o requerente passa
para a fase seguinte, que é a
da certificação do óbito, através
da Comissão de Averiguação
e Certificação de Óbito das
Vítimas de Conflitos Políticos
(CAVICOP), criada pelo Pre-
sidente da República, João
Lourenço.
Ao contrário do que acon-
tece, por exemplo, numa
unidade hospitalar, onde o
certificado de óbito é emitido
por um médico, a certificação
de óbitos de pessoas que per-
deram a vida em conflitos
VÍTIMAS DOS CONFLITOS POLÍTICOS
A certificação de óbitos de pessoas que morreram em conflitos políticos é feita pela CAVICOP
políticos é emitida apenas
pela CAVICOP.
Depois de receber o cer-
tificado de óbito, o requerente
vai, dentro do posto de aten-
dimento, ao encontro de um
conservador de registo civil,
sendo este o funcionário
habilitado para emitir a cer-
tidão de óbito.
“Com base no certificado
de óbito da Comissão de Ave-
riguação e Certificação de
Óbito das Vítimas de Conflitos
Políticos, o conservador do
registo civil emite a certidão
de óbito”, explicou Francisco
Queiroz, que disse ser a inter-
venção do conservador de
registo civil a última fase do
processo.
Ontem, o atendimento ao
público começou às 9 horas
e, até às 12 horas, foram aten-
didas 17 pessoas, número
simbólico de atendimento
previsto, para que se tenha
uma ideia do ritmo de tra-
balho que se espera para os
próximos dias.
Apoio médico e psicológico
O posto de atendimento do
Pavilhão Multiusos Arena do
Kilamba está preparado para
dar apoio médico e psicoló-
gico a pessoas que venham
Ossadas são entregues aos familiares já em caixões
A Comissão de Reconciliação
em Memória das Vítimas dos
Conflitos Políticos (CIVICOP)
pode começar a chamar, já a
partir desta semana, as primeiras
famílias para receberem os restos
mortais dos ente-queridos, que
vão ser entregues em caixões,
adquiridos pelo Governo.
A informação foi avançada
pelo ministro da Justiça e dos
Direitos Humanos e coordena-
dor da CIVICOP, Francisco Quei-
a ter “algum choque emo-
cional”, uma possibilidade
admitida pelo ministro, por-
que, no seu entender, “é um
momento muito emotivo”,
que os requerentes vão viver,
depois de anos à espera de
uma certidão de óbito.
Francisco Queiroz deu
ênfase ao facto de a iniciativa
do Governo estar a receber o
apoio da população em geral,
dos partidos políticos, das
igrejas e da própria CIVICOP.
“É um apoio consequente
e patriótico muito grande”,
reconheceu o ministro,
admitindo que “a experiência
que estamos a ter hoje pode
depois ser replicada para
outros casos”, que não estão
incluídos no período de
abrangência das certidões
de óbito, que vai desde a data
da proclamação da Indepen-
dência Nacional, a 11 de
Novembro de 1975, até 4 de
Abril de 2002, dia em que
foi assinado o Memorando
de Entendimento do Luena
(Moxico), para a paz defini-
tiva em Angola.
“Vamos ver como é que
o processo vai decorrer para
que, no futuro, possamos,
com base nessa experiência,
alargar para outras situa-
roz. Em declarações à imprensa,
no Pavilhão Multiusos Arena
do Kilamba, disse ter já come-
çado o trabalho de identificação
de restos mortais.
Francisco Queiroz referiu que
as famílias têm um papel “muito
importante” na identificação
dos restos mortais, devendo,
para o efeito, ser feito um exame
de DNA, com amostras de paren-
tes consanguíneos, para não
haver “falseamento de dados”.
3
ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
ções”, sublinhou o ministro
da Justiça e dos Direitos
Humanos.
Indemnização está
fora de questão
A uma pergunta sobre se o
Estado vai ou não indemnizar
ou dar assistência social às
famílias das vítimas dos con-
flitos políticos, o ministro
da Justiça e dos Direitos Hu-
manos respondeu que “a
questão monetária está total-
mente fora de questão”.
“É uma matéria que, desde
o início dos trabalhos da CIVI-
COP, há dois anos, ficou total-
mente esclarecida e nunca
houve mais nenhuma refe-
rência a isso”, adiantou Fran-
cisco Queiroz, para quem “o
dinheiro só viria a desprestigiar
a memória das pessoas que
faleceram e introduzir um
factor que não está de acordo
com o espírito daquilo que se
está a fazer”.
O coordenador da CIVICOP
acentuou que “a memória
dessas pessoas não se faz com
dinheiro”. “Estamos a tratar
de questões que têm a ver com
a vida espiritual das pessoas,
com a homenagem àqueles
que pereceram durante os
conflitos políticos”, sublinhou.
Depois da entrega das ossa-
das pela CIVICOP, os funerais
vão ser realizados de acordo
com a tradição de cada família
e com as suas formas de sentir
a morte, adiantou.
Francisco Queiroz lembrou
que o papel do Estado é de loca-
lizar os lugares onde estão enter-
rados os restos mortais, de os
exumar e fazer o reconheci-
mento, com recurso ao exame
de DNA.
4 ESPECIAL
Perdas de colheitas podem
chegar aos 80 por cento
Algumas das maiores unidades agro-pecuárias estão implantadas nesta região, um activo importante para a
província, mesmo que produzam, sobretudo, com o foco virado para as grandes superfícies comerciais em Luanda
Leonel Kassana|
As autoridades do Cuanza-
Sul situam em mais de 80 por
cento as perdas das colheitas
de produtos agrícolas, na cam-
panha agrícola 2020-2021,
devido à prolongada estiagem,
que afecta drasticamente as
regiões do Centro de Angola.
Esta é das previsões mais
pessimistas numa região onde
os produtos de origem agrí-
cola, pecuária e mesmo pesca
representam cerca de 90 por
cento da totalidade dos bens
de consumo. Um quadro agra-
vado com o histórico registo
de poucas precipitações em
municípios, como o Sumbe,
Porto Amboim e mesmo Seles,
onde desta vez “choveu me-
nos”, como explicou o director
da Agricultura e Pescas no
Cuanza-Sul.
O engenheiro agrónomo
Laurindo Ladeira referiu que,
no geral, naquilo que eram as
expectativas sobre as chuvas,
80 por cento das produções
estão praticamente compro-
metidas. “Estamos a encontrar
essas dificuldades em todos os
municípios”, referiu em decla-
rações ao Jornal de Angola na
vila do Waku Kungu.
A previsão de colheitas
para essa campanha, expli-
cou, apontava para uma co-
lheita muito próxima das 500
mil toneladas de produtos,
das propriedades agrícolas
de mais de 50 mil famílias,
que contam com o apoio
directo das autoridades em
domínios como fertilizantes,
adubos e outros insumos.
“Das 50.372 famílias assis-
tidas, 40.995 foram afectadas
pela estiagem em todos os 12
municípios do Cuanza-Sul”,
O Jornal de Angola pôde con-
firmar que no Cuanza-Sul,
sobretudo nos municípios da
Cela e Quibala, estão basifica-
das algumas das maiores
empresas agro-pecuárias de
Angola, algo que é visto como
um grande activo para a pro-
víncia, mesmo que isso não
represente, por enquanto, um
“peso” mais significativo na
sua balança económica, já que
produzem com o foco noutros
mercados, sobretudo de Luan-
da. Trata-se, aqui, de unidades
como a Agrolíder, Santo Antó-
nio, Nuviagro, Cambondo, Emi-
rais, Vissolela, Aldeia Nova,
Mato Grosso, para citar apenas
as mais representativas.
O objectivo dessas empre-
sas é tão diversificado, que
vai dos cereais, frutas passando
por hortícolas, café, até ao
EFEITOS DA SECA NO CUANZA-SUL
referiu o director da Agricul-
tura e Pescas.
Laurindo Ladeira, que
seguiu a reportagem do Jornal
de Angola aos projectos agrí-
colas, cooperativas e proprie-
dades familiares nos muni-
cípios da Quibala e Cela, tra-
çou, para os próximos dias, um
quadro que aponta para ele-
vadas dificuldades no caminho
da recuperação das cifras ante-
Grandes fazendas
Município da Cela destaca-se na criação de gado bovino
riores da produção no território sabilidade”em quem apoia
do Cuanza-Sul. os agricultores, no caso as agên-
“O impacto da seca foi muito cias governamentais e mesmo
grande. Os agricultores vão algumas Organizações Não-
colher menos, vender menos, Governamentais, com pro-
ter menos recursos e, mesmo jectos nos municípios, em voltar
em termos de sementes, vão a dar esse apoio, pelo menos a
enfrentar dificuldades para curto prazo.
cultivar na segunda época”, Para sustentar os seus re-
sublinhou. ceios, ele deu, como exemplo,
Disse que a grave estiagem o SAMAP (Projecto de desen-
despoletou “grande respon- volvimento da agricultura fami-
processamento de carne e
ovos, vendidos um pouco por
toda a capital do país, sobre-
tudo nas grandes superfícies
comerciais.
O director da Agricultura
não poderia ser mais claro a
esse propósito.
“Estão aqui unidades com
potencial para competir com pro-
jectos similares noutros países.
São um bom activo e represen-
tam um grande contributo para
aquilo que é a produção nacional
e mesmo um pouco para a expor-
tação”, reconheceu.
Mas, preocupado, ele la-
menta aquilo que chama de
falta de uma “política correcta”,
para que uma percentagem da
produção das grandes unidades
agro-pecuárias se reflicta, tam-
bém, a nível do Cuanza-Sul.
“Essas empresas produzem
Terça-feira
1 de Junho de 2021
DR
liar e comercialização), que
na segunda fase da campanha
partiu para um programa de
fornecimento de semente de
batata rena e feijão, que “ainda
dá para lançar à terra”.
Esse apoio é visto, prati-
camente, como uma repe-
tição, “para ver se ainda se
consegue recuperar alguma
coisa”, nas palavras de Lau-
rindo Ladeira.
com foco, quase a 100 por
cento, para vender para fora
da província, quanto muito,
umas conseguem fornecer ao
mercado local cerca de 20 por
cento da sua produção, o que
já é muito bom”, disse.
À pergunta sobre essa
“inconformidade”, o enge-
nheiro Laurindo Ladeira argu-
mentou com a inexistência,
na província e, “talvez no país”,
de regras que obriguem as
empresas a venderem parte
da sua produção na respectiva
zona de implantação.
Referiu que elas produzem
e podem vender 100 por cento
onde quiserem, pois “não há
qualquer afectação, nem legal,
nem em termos de apoio, que
as obrigue a vender na pro-
víncia, nem que fosse, pelo
menos, 20 por cento”.
ESPECIAL Terça-feira
1 de Junho de 2021 5
DR
Questão muito actual nas

Conflitos de terras
principais regiões agrícolas,
sobretudo no Norte, na pro-
víncia do Cuanza-Sul, as auto-
ridades confirmam, também,
a existência de “conflitos de
terras”, embora em dimensões
que se não conhecem com
exactidão. Nessa província, foi
desencadeado um processo
de levantamento do estado
actual dos espaços cedidos a
diversos entes, para a prática
agrícola, confirmação feita pelo
director da Agricultura.
Laurindo Ladeira foi directo
na resposta: “Sim, temos, tam-
bém, esse problema de terras,
se calhar até em números de
que se não tem noção, mas o
governo provincial lançou, em
2020, uma iniciativa justamente
para fazer-se um levantamento
dos terrenos ócios agricultáveis
e que deve terminar brevemente”.
O que se pretende dessa ini-
ciativa governamental é que, no
final, sejam identificados os pro-
prietários dos terrenos, em que
áreas de jurisdição se encontram
(município, comu-na ou aldeia),
para a apresentação pública.
Os donos (se é que existem) Para dar o devido aproveitamento a vastos terrenos, cedidos para a agricultura e que se encontram ociosos, está a ser feito o recadastramento dos donos
serão chamados, para expli-
carem o porquê do não apro-
veitamento de terras cedidas Onde, também, ainda não e esperamos obter resultados cia de recursos hídricos, uma mesmo que aqui seja mais ção do sector familiar si-tuou-
para fins agrícolas, antes de há dados preliminares, é no que sejam um grande ganho vasta costa e uma diversi- gado para abate. se à volta das 600 mil tone-
se partir para o devido proce- RAPP “Recenseamento Agro- para a província”, disse. dade climática e a fertilidade Em toda a província, há o ladas, que entraram para o
dimento legal, como explicou Pecuário e Pescas”, um processo Potencial à espera por inves- dos solos. registo de 50 mil famílias que mercado local e mesmo de
o engenheiro Laurindo Ladeira. que decorre em todo o país, para tidores, Cuanza-Sul é, segura- Quatro dos 12 municípios, se dedicam directamente à outras províncias.
Perguntámos ao engenheiro se saber a estrutura de cada pro- mente, das províncias com nomeadamente Conda, Amboim, actividade agro-pecuária e Dados disponibilizados pelo
Laurindo Ladeira sobre dados víncia nesses domínios. maior potencial agrícola do Seles e Libolo são tradicionais mais de 1.000 empresas pri- director da Agricultura mostram
preliminares de terrenos aptos No Cuanza-Sul, o processo país, a olhar, como vimos, pela produtores de café arábica e vadas, que colocam significa- que a estrutura de produção
para a agricultura. é descrito como estando a decor- sua diversidade de culturas. robusta, enquanto na Quibala tivas quan-tidades de bens no nas zonas rurais do Cuanza-Sul
A resposta não poderia ser rer com normalidade, apesar Desde as tradicionais às mais e Cela, que concentram algumas mercado, sobretudo de Luanda, é composta por 50 mil famílias
mais assertiva: “Ora, sem esse de algumas dificuldades de comuns, como cereais, legu- das maiores fazendas do país, como se diz noutro espaço e mais de 500 cooperativas e
levantamento, fica praticamente acesso dos recenseadores a minosas, café, até as conside- sobressai a produção de cereais dessa incursão à agricultura associações.
impossível saber a quantidade algumas áreas, mas já ultra- radas mediterrânicas, como a e leguminosas. no Cuanza-Sul. “As associações têm, em
de terras disponíveis para a agri- passadas, como referiu o director maca, uva, entre outros. Na Cela, no passado sede “Temos um sector privado, média, 30 membros, sendo que
cultura. Os números que tínha- da Agricultura, que acrescentou Qualquer um desses sec- de uma importante bacia lei- com empresas que, também, cada um pode representar uma
mos anteriormente poderiam que o mesmo atingiu, agora, a tores é um chamariz para in- teira, regista-se, há já alguns produzem muito, ainda que família, mas há cooperativas
ser referência há cinco anos, fase das explorações familiares vestidores, quer nacionais anos, uma notável dinâmica não forneçam muito os seus com 300 membros. A média
mas hoje são espaços assorea- e empresariais. como estrangeiros, disse fonte na criação de gado leiteiro, dados”, adiantou Laurindo ronda entre os 30 e 50 membros
dos. Estão praticamente inun- “Estamos bem, as equipas governamental no Cuanza- actividade que partilha com Ladeira, assegurando que na por cooperativa”, explicou Lau-
dados”, disse. receberam a devida formação Sul, referindo-se à abundân- o município de Porto Amboim, safra de 2019-2020, a produ- rindo Ladeira.

DR

Projecto
zantes, sementes e outros
insumos para a lavoura.
Em quase uma hora, os
do SAMAP solicitam à coo-
perativa ou produtor, que já
têm a sua área em produção,
Insumos agrícolas
repórteres fizeram registos, a disponibilização de um

SAMAP
No Cuanza Sul, como em
todo o país, é no sector agrí-
cola familiar onde o Estado
concentra maior atenção,
pelas dificuldades estrutu-
rais que apresenta, mesmo
sendo responsável pela
maior fatia da produção de
bens alimentares.
Em meio a alguma chuva
(muito aclamada por aquelas
comunidades, em tempos
de estiagem), a reportagem
do Jornal de Angola foi levada
até à aldeia de Mbanza Mus-
sende, há pouco mais de 15
quilómetros da vila do Waku
Engenheiro
agrónomo
Laurindo
Ladeira
Kungu, no sentido Norte para
quem vem da Quibala, para
ver um projecto com poten-
cial para melhorar os níveis
de produção das cooperativas
de camponeses.
Indiferentes à chuva, em
Mbanza Mussende os 60 cam-
poneses da cooperativa
Ombembwa (Alegria) espe-
raram, pacientemente, pela
caravana de jornalistas do
“Andar o país pelos caminhos
da agricultura”, a quem des-
creveram as dificuldades por
que passam e que se resumem
no elevado preço dos fertili-
como, de resto, viria a acon-
tecer noutras regiões, como
os Gambos, onde uma seca
severa fustiga populações
inteiras. Relatos que tiveram
enorme eco dentro e fora do
país, a justificar alguns movi-
mentos que se seguiriam e
seguem.
Pelo meio, os campone-
ses destacaram o projecto
de desenvolvimento da agri-
cultura familiar e comercia-
lização, uma iniciativa das
chamadas “Escolas de cam-
po”, que junto das coope-
rativas e produtores apre-
sentam soluções técnicas
inovadoras de cultivo de
vários produtos, o que abre
caminho para uma agricul-
tura sustentável.
Não foram disponibiliza-
dos números, mas o director
da Agricultura garantiu-nos
que a adesão dos campone-
ses ao SAMAP tem sido bas-
tante significativa. “Há cada
vez mais camponeses orga-
nizados em cooperativas a
aderirem”, referiu Laurindo
Ladeira, antes de detalhar à
nossa reportagem toda a
“mecânica”do processo.
Como explicou o enge-
nheiro agrónomo, os técnicos
espaço, que passa a ser cha-
mado de “parcela experi-
mental”, que é trabalhada
com tecnologia moderna na
produção agrícola.
Sempre com o foco na
obtenção de melhores re-
sultados, nessa “parcela
experimental”, são melho-
rados os métodos de plan-
tação, adubação, combate
a pragas, doenças e outras,
enquanto o agricultor man-
tém o seu método tradio-
cional de cultivo.
“ I s s o é , a p re n d e n d o
fazendo, os agricultores só
vão implementar essas
novas técnicas observando
os resultados desta parcela
experimental em compara-
ção com as suas práticas
tradicionais”, explica Lau-
rindo Ladeira, satisfeito com
a aceitação do SAMAP.
Em paralelo com a dis-
ponibilização de modernas
técnicas de produção, o pro-
jecto SAMAP contempla o
ensino de novas formas de
comercialização e de orga-
nização das cooperativas,
para a sua legalização, algo
importante para obterem
mais apoios e colocarem os
produtos no mercado.
Por todas as regiões, sobretudo
no Planalto Central, por onde
passou o Jornal de Angola, no
projecto “Andar o país pelos
caminhos da agricultura e do
desenvolvimento”, os pequenos
agricultores e famílias campo-
nesas falaram, com muita insis-
tência, dos elevados preços
dos fertilizantes e de outros
insumos agrícolas.
Assim foi em localidades
como Tchicala Tcholoanga e
Samboto (Huambo), Cateco Can-
gola (Malanje),Tchinguar (Bié),
Cacula (Huíla) e outras.
“Os fertilizantes estão muito
caros”, foi o que mais ouvimos
em conversa com os camponeses,
em áreas com alguma semen-
teira na primeira época agrícola,
entretanto com péssimos resul-
tados, como se diz noutro espaço
desta peça.
E no Cuanza-Sul não poderia
ser diferente, com o director da
Agricultura a reconhecer ser
“muito difícil”, para um agricultor,
comprar um saco de adubo com-
posto 12-24-12 por cerca de 30
mil kwanzas.
“É muito caro e não temos
como intervir no preço do pro-
duto, já que somos um país
importador”, sublinhou.
Laurindo Ladeira defendeu
uma maior intervenção do Minis-
tério da Agricultura e Pescas
na cadeia de aquisição de fer-
tilizantes, para serem vendidos
aos produtores, já com “alguma
subvenção”. Essa é uma das
grandes dificuldades, enquanto
continuarmos a importar os
insumos, o adubo e as pestici-
das, vamos ter esse problema,
acrescentou.
“Por exemplo, se o adubo
é fornecido pelo IDA ou governo
provincial, podemos vender o
saco a 8.000 kwanzas, mas quan-
do olhamos para o número de
produtores, isso, certamente,
representa uma gota no oceano”,
argumentou.
Mas há um detalhe, a mostrar
o apoio “concreto” das autori-
dades aos agricultores e famílias
camponesas. Na primeira época
do ano agrícola 2020, os agri-
cultores foram apoiados com
“apenas” 600 toneladas de adu-
bos, mas Laurindo Ladeira fala
de municípios que também fize-
ram aquisições.
Os municípios, indicou, tam-
bém adquiriram sementes, ca-
tanas, enxadas, motobombas
para entrega aos pequenos
agricultores, um mecanismo
com que se tenta minimizar as
elevadas carências.
6 MUNDO
ACORDO COM OS LÍDERES DE DIFERENTES ESTADOS
Acordo entre todos os estados da Somália abre caminho para a realização de eleções gerais
Governo da Somália anuncia
eleições dentro de dois meses
O Governo da Somália anunciou, ontem, ter chegado a acordo
com os líderes dos diferentes estados do país para a realização de
eleições dentro de um prazo não superior a 60 dias
O chefe da diplomacia da
Somália anunciou, ontem,
numa reunião com o Conselho
de Segurança da Organização
das Nações Unidas (ONU),
que foi alcançado um “acordo
de princípio” para realização
de “eleições inclusivas, cre-
díveis, livres e justas” no país
num prazo não superior a 60
dias, isto um dia depois de
John Mahama ter visto aceite
o seu pedido para abandonar
o cargo de enviado especial
da União Africana para o país.
“Chegámos agora a um
acordo que levará a Somália
a eleições inclusivas, credíveis,
livres e justas”, disse Mohamed
Abdirizak, numa reunião por
videoconferência com o Con-
selho de Segurança da ONU,
na qual vincou, segundo a AFP,
que “as três principais questões
que faltavam completar o
acordo foram discutidas e acor-
dadas em princípio”.
O representante da Somália
não avançou, no entanto, uma
data para a realização de elei-
ções no país, cujos líderes
estão desde sábado em nego-
ciações sobre as próximas
eleições presidenciais e par-
lamentares.
A 25 de Abril, a capital so-
DRONES USADOS POR ROBÔS
Relatório da ONU revela
graves violações na Líbia
Um relatório da ONU revelou
que drones autónomos com
explosivos,comandados por
robôs, poderiam ter “caçado”
soldados fugitivos na Líbia
no ano passado, segundo foi
ontem divulgado pela AFP.
Caso as suspeitas se venham
a confirmar-se, o relatório
descreveria, então, ter-se
verificado o primeiro ataque
armado de robôs a humanos
no mundo.
De acordo com o relatório,
em Março de 2020, comba-
tentes do Exército Nacional
da Líbia, comandados pelo
marechal Khalifa Haftar,
tiveram de retirar-se após
um ataque fracassado em
Tripoli, quando enfrentaram
mali, Mogadíscio, foi palco de
confrontos entre apoiantes
militares e opositores da pror-
rogação de dois anos de man-
dato do Presidente, Mohamed
Abdullahi Mohamed, conhe-
cido como Farmajo, uma reso-
lução que acabou por ser re-
jeitada a 28 de Abril, após pres-
são da oposição e da comu-
nidade internacional.
A prorrogação, votada pela
Câmara do Povo - câmara
baixa do Parlamento somali
- a 12 de Abril e assinada pelo
Presidente no dia seguinte,
violou o acordo de 17 de Setem-
bro de 2020.
Este documento estabe-
lecia um roteiro para eleições
que deveriam ter sido reali-
zadas em Fevereiro, mas
foram adiadas duas vezes
desde Dezembro de 2020
devido a desacordos políticos.
Por fim, a 1 de Maio, Farmajo
pediu aos deputados para
rejeitarem a lei e aprovarem
o acordo de Setembro de 2020
para a realização de eleições.
Mahama deixa cargo
Entretanto, o ex-Presidente
ghanense John Dramani Ma-
hama recuou na aceitação do
cargo de enviado especial da
um “enxame de terríveis
opositores aéreos”.
“Eles foram caçados por
drones não tripulados, bem
como sistemas de armas letais
autónomas que, por sua vez,
podem ser programados por
controladores para procurar
e atacar alvos, cumprindo tais
instruções mesmo se as comu-
nicações com os controladores
forem interrompidas”, explica
o documento.
Não está claro se os drones
estariam em contacto com
os controladores humanos
durante os ataques em causa,
ou se foram directamente
responsáveis por quaisquer
fatalidades.
Os drones mencionados
DR
União Africana (UA) para a
Somália, de acordo com um
comunicado emitido ontem
pelo seu gabinete.
Numa declaração, assinada
pela sua assistente especial,
Joyce Bawa Mogtari, o antigo
líder ghanense agradeceu à
UA pela confiança demons-
trada para com ele, observando
que a alta importância política
da missão proposta exigia que
o “alto representante beneficie
do apoio e cooperação sem
falha de todos os intervenien-
tes políticos”.
Na sua carta enviada ao
presidente da Comissão da
UA, Moussa Faki Mahamat,
John Mahama advertiu que
“a falta de apoio do governo
federal poderia comprome-
ter todo o processo e trair as
expectativas do mundo inteiro,
com a esperança de trazer a
paz a esta terra estimada que
é a Somália”.
A decisão de John Mahama
surgiu numa altura em que já
se previa a assinatura de um
acordo entre o Governo da So-
mália e os líderes dos diferentes
estados para a realização de
eleições num prazo de dois
meses, onde deixou claras as
suas “impressões digitais”.
no relatório, conhecidos como
“munições vagantes”, são veí-
culos do tipo quadricóptero
equipados com câmaras e
carregando pequenos dispo-
sitivos explosivos. Deixados
numa determinada área para
operar, estes identificam alvos
e lançam-se contra eles, ex-
plodindo com o impacto.
Os dispositivos identificados
na Líbia eram drones Kargu-
2, implantados no campo de
batalha líbio por forças turcas
aliadas ao Governo do Acordo
Nacional, apoiado pela ONU,
e com base em Tripoli.
O relatório das Nações Uni-
das aponta ainda que a utili-
zação deste armamento viola
uma resolução do Conselho
de Segurança da ONU de 2011,
que proíbe os Estados-mem-
bros de se envolverem no "for-
necimento direccto ou indireto,
venda ou transferência" de
armas para a Líbia.
ISRAEL
Muitos obstáculos
antes da formação
de novo Governo
O líder da oposição israelita,
o centrista Yair Lapid, indicou,
ontem, que ainda há “muitos
obstáculos” antes da forma-
ção de um Governo de união
que poderá afastar Benjamin
Netanyahu, que dirige Israel
há 12 anos consecutivos.
“Este é o nosso primeiro
teste, ver se conseguimos en-
contrar compromissos inte-
ligentes nos próximos dias
para alcançar um objectivo
maior”, disse numa reunião
do seu partido centrista Yesh
Atid no Parlamento israelita
(Knesset, 120 lugares), em
Jerusalém.
Yair Lapid tem até amanhã,
às 23h59 locais (21h59 em
Angola) para conseguir o apoio
de 61 deputados, a maioria
que lhe permitirá formar um
executivo que substitua o de
Netanyahu.
Mandatado no início de
Maio pelo Presidente Reuven
Rivlin, para formar um novo
Governo, depois de o Primeiro-
Ministro cessante ter falhado
a missão, Lapid conta já com
o apoio de 57 deputados: além
dos seus aliados tradicionais
da esquerda e do centro (51
votos), conseguiu juntar no
domingo o partido de direita
radical Yamina de Naftali
Bennett.
Este conseguiu sete lugares
nas legislativas de Março, mas
um dos eleitos anunciou que
não o seguirá para o campo
anti-Netanyahu.
“Numa semana, o Estado
de Israel pode estar numa nova
era”, disse Lapid, ex-jornalista
vedeta da televisão.
Para formar a “coligação
da mudança”, como é desig-
nada pelos opositores de Ben-
jamin Netanyahu, Lapid precisa
ainda de quatro votos, prova-
velmente dos partidos árabes
israelitas, que ainda não se
posicionaram claramente.
RDC
Assalto das ADF
faz 39 vítimas na
província de Ituri
Pelo nenos20 civis foram mor-
tos na aldeia de Boga e 19 na
aldeia de Tchabi (território
Irumu, na província de Ituri)
desde domingo à noite, de
acordo com o Barómetro de
Segurança de Kivu (KST) citado
ontem pela AFP.
As duas aldeias atacadas,
a cerca de 10 quilómetros de
distância, encontram-se na
fronteira entre o Kivu Norte
e Ituri, numa zona fronteiriça
com o Uganda, onde se sabe
que a ADF está activa.
A ADF é um dos grupos
armados nesta região, que
tem sido flagelada pela vio-
lência, há quase 25 anos.
Originalmente rebeldes
muçulmanos ugandeses, que
se estabeleceram na RDC, em
1995, a ADF é de longe o mais
mortífero dos 122 grupos
armados identificados no Leste
da República Democrática do
Congo (RDC) pelo KST.
FRELIMO E RENAMO
MDM sugere criação
de um espaço de diálogo
O Movimento Democrático
de Moçambique (MDM), ter-
ceira força parlamentar, suge-
riu, ontem, a criação de um
novo “espaço de diálogo” para
pôr fim ao conflito armado no
centro de Moçambique. “Que-
remos apelar ao Governo para
encontrar um espaço de diá-
logo para discutir e solucionar
as diferenças que o opõe à
autoproclamada Junta militar
da Renamo”, afirmou José
Domingo, secretário-geral do
MDM, citado pela Lusa durante
o conselho nacional extraor-
dinário do partido, que decoreu
na cidade da Beira.
Em causa estão os ataques
armados atribuídos a um grupo
dissidente da Resistência Nacio-
nal Moçambicana (Renamo),
incursões que já provocaram
a morte de pelo menos 30 pes-
soas, desde Agosto de 2019,
em estradas e povoações das
províncias de Manica e Sofala.
O grupo, chefiado por um
antigo guerrilheiro da Renamo,
contesta a liderança do partido
e exige a renegociação do
acordo de paz assinado em
Agosto de 2019 entre o Governo
e a principal força de oposição
moçambicana.
Para o secretário-geral do
MDM, o Governo deve encon-
trar formas de limar as dife-
renças com o grupo, criando
espaço para um novo diálogo
sem “arrogância”, como forma
de proteger a vida dos moçam-
bicanos. É preciso “discutir e
seleccionar diferenças”,
visando o fim imediato “das
hostilidades”, frisou José
Domingos. “Nós dizemos não
à arrogância”, acrescentou.
Secretário-geral quer espaço de diálogo entre Frelimo e Renamo
SEM PRÉ-CONDIÇÕES
Rússia pronta a retomar
diálogo com União Europeia
O ministro dos Negócios
Estrangeiros russo asseverou,
ontem, em conferência de
imprensa conjunta com o chefe
da diplomacia portuguesa, que
Moscovo está disponível para
“retomar o diálogo” com a
União Europeia (UE), desde
que sem “pré-condições”.
“Reafirmámos a nossa pron-
tidão para normalizar as relações
e retomar o diálogo, mas apenas
se baseado em igualdade e res-
peito mútuo, num equilíbrio
de interesses, sem exigências
Terça-feira
1 de Junho de 2021
Além do conflito no centro
do país, o MDM reiterou a sua
preocupação com a situação
dos deslocados, devido aos
ataques terroristas na pro-
víncia de Cabo Delgado, no
Norte de Moçambique.
“O MDM visitou os centros
de acomodação. A situação
de fome em que vivem os nos-
sos irmãos em Cabo Delegado
é extremamente preocupante,
facto que nos leva a concluir
que é necessária uma urgente
solução para que se pare com
as matanças”, declarou.
Grupos armados aterrori-
zam Cabo Delgado desde 2017,
sendo alguns ataques recla-
mados pelo grupo ‘jihadista’
Estado Islâmico, numa onda
de violência que já provocou
mais de 2.800 mortes, segundo
o projecto de registo de conflitos
ACLED, e 714 mil deslocados
de acordo com o Governo
moçambicano.
Ontem, o Presidente Filipe
Nyusi lançou as obras de
reconstrução da linha férrea
que liga a província de Tete ao
vizinho Malawi. “A nossa
expectativa é que a linha sirva
de catalisador na dinamização
do comércio” , disse Filipe
Nyusi, citado pela Lusa durante
a cerimónia, no âmbito de uma
visita de trabalho ao distrito
de Mutarara, província de Tete,
no Centro de Moçambique.
As obras estão avaliadas em
30 milhões de dólares e vão
incidir numa extensão de 44,6
quilómetros, abrindo a circu-
lação para comboios a partir
do porto da Beira, na província
de Sofala, também no centro
do país, até ao Malawi.
DR
unilaterais ou pré-condições”,
disse Sergei Lavrov, numa con-
ferência de imprensa conjunta
após o encontro com Augusto
Santos Silva, em visita a Mos-
covo até hoje.
Sobre a tensão com a Orga-
nização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN), Lavrov quali-
ficou a discussão como “poli-
tizada” e “ideologizada” e
criticou as “declarações uni-
laterais” de responsáveis da
OTAN, acusando Moscovo “de
todo o tipo de coisas”.
Terça-feira
1 de Junho de 2021 7
PUBLICIDADE

(600.031)MPI-P/B

REPÚBLICA DE ANGOLA

COMUNICADO
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
GABINETE DO MINISTRO

Suspensão da autorização para a subscrição de novas apólices de seguro, por um EDITAL N.º 02/20
período de 180 (cento e oitenta) dias, à Royal Seguros, S.A. DE________DE______________

A Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) comunica ao público em geral,

que, ao abrigo do Despacho n.º 158/GMF/2021e 88/21, de 12 de Abril, de Sua Excelência Senhora O Ministério dos Transportes, na qualidade de Coordenador e Órgão de superintendência
Ministra das Finanças, foi aplicada, sob proposta da ARSEG, a medida sancionatória de suspensão do Subsector da Aviação Civil/ da Autoridade da Aviação Civil, ao abrigo da alínea h) do
de autorização para a subscrição de novas apólices de seguro, à empresa Providência Royal artigo 2.º do Decreto Presidencial n.º 233/20, de 14 de Setembro – Estatuto Orgânico do
Seguros, S.A., por um período de 180 dias, abrangendo tal proibição a subscrição de novos riscos, Ministério dos Transportes, conjugada com os artigos 34.º e 36.º, ambos da Lei n.º 14/19,
a partir da data em que foi notificada, aos 22 de Abril de 2021.
de 23 de Maio - Lei da Aviação Civil, vem tornar público o seguinte:
A medida resultou da análise criteriosa do relatório de gestão e contas e demais elementos de in-
formação fornecidos pela Seguradora ao Regulador, referentes ao exercício de 2019 e exercícios 1. Os titulares, proprietários, possuidores ou detentores de aeronaves inoperantes, aci-
transactos, e, em sede dos demais actos de supervisão e acompanhamento do exercício da acti-
dentadas, imobilizadas ou consideradas fora de uso que se encontram estacionadas na
vidade seguradora.
placa e no recinto do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, devem proceder à sua re-
Foram, com efeito, constatadas diversas irregularidades, que constituem transgressão à legislação moção, no prazo de seis meses, a contar da data da publicação do presente Edital.
do sistema financeiro, nos termos das alíneas e), f), g) e i) do artigo 151.º da Lei de Bases das Ins-
tituições Financeiras (LBIF), aprovada pela Lei n.º 12/15, de 17 de Junho, e do sector de seguros,
2. Para efeitos de remoção, os titulares, proprietários, possuidores ou detentores das
em particular.
aeronaves devem proceder, previamente, ao pagamento dos correspondentes encargos
Além de permitir que a Seguradora dedique os seus melhores esforços na implementação, com o devidos ao Estado, inerentes ao seu prolongado estacionamento.
acompanhamento directo do Regulador, das medidas e reformas necessárias para restabelecer as
condições adequadas de operabilidade, a suspensão da autorização para a celebração de novos
contratos de seguros não prejudica a obrigação da referida Seguradora cumprir com os compromissos
3. Findo o prazo estipulado no n.º 1 do presente Edital, as aeronaves que se encontrarem
previamente assumidos relativamente aos contratos de seguro actualmente em vigor; nas situações ora descritas, considerar-se-ão perdidas a favor do Estado.

A Seguradora deve, conforme previsto no artigo 144.º da LBIF, apresentar ao Órgão Regulador um
plano de financiamento e de recuperação, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, nos termos e para
efeitos dos artigos 14.º e 23.º do Regulamento sobre as Garantias Financeiras, aprovado pelo Decreto
Executivo n.º 06/03, de 24 de Janeiro.
4. Os titulares, proprietários, possuidores ou detentores de aeronaves abrangidas,
pelo presente Edital, devem contactar a Direcção do Instituto Nacional da Aviação
Civil (INAVIC).

“ARSEG - Supervisão Credível, Protecção Garantida, Angola Segura“ Para constar e ser publicado, lavrou-se o presente Edital, que será, igualmente, afixado
AGÊNCIA ANGOLANA DE REGULAÇÃO E SUPERVISÃO DE SEGUROS, em Luanda, aos 23 de
no INAVIC.
Abril de 2021.
GABINETE DO MINISTRO DOS TRANSPORTES, EM LUANDA, AOS 17 DE DEZEM-
CONTACTOS BRO DE 2020.
Telefone: 222 760 130
Correio electrónico:geral@arseg.ao
O MINISTRO
Página web: www.arseg.ao
(500.0041)-14P-11/12
RICARDO VIEGAS D´ABREU
(500.0683)1/4P-6/17
8 Terça-feira
1 de Junho de 2021

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(600.029)PP/C
Terça-feira
1 de Junho de 2021 9
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(500.0874)PI/C-1/1
10 OPINIÃO Terça-feira
1 de Junho de 2021

EDITORIAL IMAGEM DO DIA

Crianças angolanas num parque antes do surgimento da pandemia da Covid-19. Os angolanos têm esperança de que

O Dia Mundial da Criança haveremos de voltar a uma vida normal, com os menores a brincarem em qualquer parque infantil, numa data
como a de hoje, 1 de Junho, Dia Internacional da Criança

e a protecção dos menores

CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO

Comemora-se hoje, 1 de Junho, o Dia Mundial da Criança, numa

altura em que o mundo concentra esforços no processo de
erradicação da pandemia da Covid-19.
É inegável que hoje o mundo não é mais o mesmo desde que
foi declarada em Março de 2020 a existência da pandemia da Covid-
19 pela Organização Mundial da Saúde.
A maioria dos Estados não leva ainda uma vida normal, em
virtude da pandemia, o que tem afectado milhões de crianças,
sob vários aspectos.
Os Estados -membros da ONU reconheceram em convenções
direitos de todas as crianças ao afecto, amor, à compreensão, ali-
mentação adequada, aos cuidados médicos e à educação gratuita,
independentemente da raça, cor, religião e condição social.
A pandemia da Covid-19 causou inúmeros e graves problemas
de ordem económica e social em todo o muno, os quais se reper-
cutem na vida das crianças, cujas famílias não estão em muitos
pontos do globo em condições, nas actuais circunstâncias, de
garantir com eficácia todos os seus direitos, constantes de
normas de Direito Internacional e de ordenamentos jurídicos
dos Estados.
A protecção da criança em Angola, nas suas diferentes dimensões,
é uma prioridade do Estado, que criou instituições para especi-
ficamente tratar dos problemas dela, não permitindo que os
menores sejam, por exemplo, vítimas de exploração, opressão
ou exercício abusivo de autoridade, que ponham em causa o seu
desenvolvimento harmonioso.
A defesa dos direitos dos menores tem dignidade constitucional
em Angola, dispondo a nossa Constituição (artigo 80º, número 1)
que "a criança tem direito à atenção especial da família, da
sociedade e do Estado, os quais, em estreita colaboração, devem
assegurar a sua ampla protecção."
É verdade que há ainda muito por se fazer para que a protecção
da criança no país seja ampla e totalmente eficaz, havendo entretanto
esforços das autoridades competentes que vão no sentido de se
evitar que os menores sejam vítimas de práticas que possam até
mesmo pôr em perigo as suas vidas.
O importante é que não se deixe de trabalhar incessantemente
em prol do bem-estar das crianças, devendo-se adoptar políticas
públicas que assegurem, particularmente, a protecção de menores
que se encontram fora do seio familiar, por razões diversas.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PROPRIEDADE

Drumond Alcides Jaime Mafuta Edições Novembro, E.P.
(presidente)
ADMINISTRADORES EXECUTIVOS SEDE:
Caetano Pedro da Conceição Júnior Rua Rainha Ginga, 12-26
Gilson dos Santos Antunes Carmelino
Rui André Marques Upalavela
Caixa Postal 1312 - Luanda
Redacção: 222 020 174
Telefone geral (PBX): 222 036 578/9
CARTAS DOS LEITORES
Eunice Carla Teixeira Moreno
E-mail: redaccao@jornaldeangola.ao
ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS Telegramas: Proangola
Jaime Victorino Azulay
Cândido Bessa Receado
Educação ambiental sobre o ambiente. As escolas doenças, com muita gente à
Fala-se hoje muito da protecção deviam também fazer o mesmo, procura da cura em hospitais,
do ambiente, mas é necessário a fim de os alunos terem acesso que muitas vezes não têm capa-
DIRECTOR:
Drumond Jaime
Isaquiel Cori (Editor)
Edna Cauxeiro (Subeditora),
que os cidadãos saibam as a conhecimentos transmitidos cidade para atender muita
DIRECTORES-ADJUNTOS:
Ferraz Neto (Subeditor) e Pereira Dinis razões por que os Estados, entre por pessoas que entendem de gente. É hora de se começar a
Caetano Júnior e Cândido Bessa
EDIÇÕES ESPECIAIS:
Adalberto Ceita, André dos Anjos, Domingos dos Santos,
os quais, Angola, fazem questão problemas ambientais. pensar em investir seriamente
DIRECTOR EXECUTIVO:
Guilhermino Alberto
Leonel Kassana e Yara Simão
de o defender. É preciso, por LAURINDO ANTÓNIO em acções que previnam doen-
DIRECTOR EXECUTIVO DE ACOMPANHAMENTO Bairro Operário
ÀS EDITORIAS PROVINCIAIS:
FOTOGRAFIA: exemplo, que os cidadãos sai- ças. A prevenção, além de evitar
Kindala Manuel (Editor-chefe),
Cândido Bessa José Cola (Editor),
Dombele Bernardo, Eduardo Pedro, João Gomes,
bam do impacto do ambiente doenças, faz com que o Estado
EDITOR EXECUTIVO:
Diogo Paixão
Maria Augusta, Miqueias Machangongo, Mota Ambrósio,
Paulo Mulaza, Santos Pedro, Agostinho Narciso,
nas suas vidas, para perceberem Atendimento nos hospitais gaste menos dinheiro. Há países
Vigas da Purificação, Contreira Pipas e Alberto Pedro que é necessário que todos Tenho tomado conhecimento que erradicaram certas doenças
EDITORIAS:
POLÍTICA: CORRESPONDENTES PROVINCIAIS: sejam amigos do ambiente. de informações dando conta porque apostaram na prevenção
Bernardino Manje (Editor-chefe), Adão Diogo (Lunda-Sul),
Fonseca Bengui (subeditor) e Santos Vilola (Subeditor) Bernardo Capita (Cabinda), Concordo com a ideia emitida dos problemas que existem em e não apenas na cura. O sanea-
Adelina Inácio, Edna Dala, Gabriel Bunga, Jaquelino Figueiredo (Zaire),
Garrido Fragoso e César Esteves Vladimir Prata (Namibe), recentemente pelo ministro da vários hospitais de Luanda ao mento básico é um problema
Isidoro Natalício (Cuanza-Norte),
OPINIÃO: Luís Pedro (Cuanza-Sul), Cultura, Turismo e Ambiente nível do atendimento nas urgên- que deve ser atacado com urgên-
Pedro Bica (Bengo),
Faustino Henrique (Subeditor)
Francisco Curinhingana (Malanje) segundo a qual é necessário cias. Penso que é necessário cia no país. Soube que tem
Miguel Ângelo (Huambo),
SOCIEDADE:
Nhuca Júnior (Editor),
João Constantino (Bié), transmitir às crianças lições se dar maior atenção aos hos- morrido diariamente muitas
José Chaves (Andulo),
Alberto Pegado (Editor),
José Meireles (Editor),
Jaime Azulay (Benguela), sobre o ambiente. A educação pitais situados nos municípios, crianças nos hospitais. Que se
Jesus Silva (Lobito),
Rodrigues Cambala, André da Costa, Kilssia Ferreira, Manuela Gomes,
Augusto Cuteta, Alexa Sonhi, César André, Edivaldo Cristóvão,
Estanislau Costa (Huíla), ambiental nas escolas primárias para que neles hajam infra- passa afinal com o nosso sis-
Armando Sapalo (Lunda-Norte),
Carla Bumba, Mazarino da Cunha e Edna Mussalo
Silvino Paulo (Uíge),
Lourenço Manuel (Cuando Cubango),
(e porque não nas escolas secun- estruturas e pessoas competentes tema de saúde? Há pessoas
REGIÕES:
Sérgio Chivaca (Editor-chefe),
Quinito Kanhamei (Cunene),
Samuel António (Moxico),
dárias?) vai permitir que muitos capazes de fazer face ao elevado que já sentem medo de ir aos
Béu Pombal (Subeditor), cidadãos tenham uma atitude número de doentes com dife- hospitais, porque lá não encon-
PAGINAÇÃO E ARTE:
ECONOMIA:
Cristóvão Neto (Editor-chefe),
Salvador Escórcio (Editor), Soares Neto (Subeditor), Eugénia Victor, Augusta Lucéu, positiva em relação ao ambiente, rentes patologias e que a eles tram assistência adequada.
Armando Estrela (Subeditor),
Ana Paulo, Kátia Ramos, Madalena José e Victorino Joaquim
Tomás Cruz, Noé Pungue, Evaristo Sacupalica, João Augusto, Maria Messeles,
Alberto Bumba, Inês Quingando, Margarida Zilungo, Maria da Silva, António Saldanha,
assumindo comportamentos acorrem. Temos no país muitas Há quem possa ir a clínicas
MUNDO:
Henrique Faztudo, António Quipuna, Raúl Geremias, Ana Paula Dias, Isabel Fragão,
Manuel Cassenda, Bruno Bernardo, Luquemba Pedro, Damião Cavinda
em prol da sua permanente pro- privadas, mas a maioria da
Bernardino Fançony (Editor-chefe),
António Canepa(Subeditor)
CARTOON E ILUSTRAÇÃO:
tecção. Acho que os meios de população não pode fazê-lo.
Armando Pululo e Casemiro Pedro
DESPORTO:
Amândio Clemente (Editor-chefe),
comunicação social deviam ESCREVA-NOS Pensemos num sistema de saúde
Anaximandro Magalhães (Subeditor),
António Cristóvão, Armindo Pereira, Teresa Luís, Vivaldo Eduardo,
COPY DESK:
Rui Ramos e Arlindo Soares
produzir mais informação sobre Cartas recebidas na
robusto e façamos deste sector
Rua Rainha Ginga, 12-26
António de Brito, Honorato Silva, Job Franco O Jornal de Angola
utiliza os serviços da ANGOP, AFP, Reuters, EFE e Prensa Latina
o ambiente, em diferentes ver- Caixa Postal 1312 - Luanda (mais o da Educação) uma
CULTURA:
António Bequengue (Editor-chefe), Adriano Melo (Subeditor), tentes. Os meios da comunicação ou por e-mail: prioridade das prioridades.
Francisco Pedro, Amilda dos Santos, Manuel Albano,
Mário Cohen e Roque Silva PUBLICIDADE: social podiam por exemplo con-
GENTE E FIM-DE-SEMANA: (+244) 937 550 262 escrevaconnoscoJA@gmail.com GUIOMAR AFONSO
António Cruz (Editor-chefe), (+244) 949 770 006 e-mail: publicidade@jornaldeangola.com vidar especialistas para falarem Bairro Popular
OPINIÃO Terça-feira
1 de Junho de 2021 11
ÁFRICA POR DENTRO NA ALVA DAS IDEIAS

Faustino Henriques Adriano Mixinge

CITAÇÕES

Representatividade e acesso aos recursos “O caso major

Lussaty mina a Por um Governo de unidade
representatividade e acesso aos recursos, eis da ausência de representatividade e acesso as
duas variáveis, aparentemente simples e que recursos, atravessa transversalmente a todas as
credibilidade do
nosso país e pode e de reconciliação nacional
supostamente espelham pouco na explicação sociedades, ao ponto de nalgumas o contexto de inibir os “devemos estar unidos e, também, governarmos todos” – disse
dos problemas endógenos e exógenos que afectam conflito armado transformar-se numa realidade investimentos um dos meus amigos, quando comentei-lhe sobre a principal
os países africanos em geral e os que enfrentam permanente. Olhemos para o Tchad desde à inde- ideia desta crónica.
conflitualidade militar endémica em particular. pendência, cujo primeiro Presidente, François estrangeiros. Sobre o passado devo dizer que, muitas vezes ele parece estar
Mas na verdade, se olharmos hoje para os países Tombalbaye, cristão da etnia Sara, do Sul do país, Constitui vergonha adormecido e noutras, de repente, se desperta e entra em irrupção,
africanos que viveram situações de conflito armado teve um poder cada vez mais autocrático que faz das suas, ressurge de um modo inesperado: há passados tão
e os que, nos últimos 30 anos, volta e meia, foram acabou por "desenterrar" velhas e sangrentas total para o país” duros ou tão amargos que quanto antes nos reconciliarmos com
"sacudidos" por cenários de instabilidade e inse- rivalidades com o Centro e Norte do país predo- Manuel Fernandes ele é melhor, ficamos mais à vontade.
gurança, entre as causas primárias constarão minantemente muçulmano, até ao seu assassinato, Líder da CASA-CE
O passado é um território multiforme, uma ilusão que construímos
inevitavelmente aqueles dois ingredientes que, em 1975. E as rivalidades étnicas, os conflitos de para fazer referência a aquilo que já não é, ao que terá passado,
de resto, estiveram também na base de outros acesso ao poder, representatividade entre os
conflitos e até de revoluções. Em África foram e vários segmentos do país continuam até hoje.
“Como é possível às coisas e situações que teremos vivido, o que antes teremos
ouvimos, o que teremos desejado, possuído ou amado, ao que,
continuam a ser causas para a alteração da ordem A república democrática do Congo (rdC), num país há dado momento, sonhamos.
política e constitucional, quer os interesses sejam depois Zaire e hoje novamente rdC, viveu e ainda
locais ou estrangeiros. vive hoje as mesmas situações. organizado Um passado não é nada uniforme. Pode acontecer que, vendo
retrospectivamente, todos tenhamos falhado ou acertado, de
Quando as comunidades não se sentem repre- Na Libéria de William Tolbert Jr, um liberiano- avultadas somas acordo com o ponto de vista que tivermos, mas o melhor mesmo
sentadas ali onde emanam as decisões que vin- americano cujo Governo era uma herança dos
culam povos inteiros, quando as comunidades antigos escravos que fundaram o país, em 1847,
monetárias ficarem é colocar-se no lugar dos outros para poder entendê-los, aceitar,
confessar, admitir, assumir culpas, pedir desculpas, perdoar e
não se sentem parte do processo de acesso e foi derrubado por autóctones no início da década ao livre arbítrio de abraçar. Cada qual tem o seu passado e o seu passivo.
usufruto dos recursos, apenas para mencionar de 80 por razões que levaram igualmente ao fim
estas variáveis, não há dúvidas de Samuel doe. um cidadão?” O passado de outros é aquilo que eles terão vivido, feito ou
Idem sonhado quando nós não estávamos, num tempo que nunca nos
de que se acentuam os factores Angola deu passos Na Líbia, Muamar Kadhaffi,
pertenceu. O passado gosta de nos surpreender, umas vezes de
de conflitualidade. conhecido por alegadamente pro-
Quando o rei João Sem-Terra, exemplares com os porcionar um nível de vida invejável “É preciso que toda
modo cruel, outras nem tanto: vezes há que ele ressurge para dar-
nos uma lição ou, simplesmente, fazer-nos um aviso, para nos
monarca inglês entre 1199 a 1216 Acordos de Bicesse, aos seus compatriotas, mas a
a sociedade esteja consolar, para nos servir de luz e com o seu resplandor evitar que,
tinha sido "forçado" pelos barões olhos nus eram visíveis as vanta-
para que assinasse a Magna Carta, primeiro, depois Lusaca gens incomparáveis que o clan atenta e denuncie
no futuro, cometamos erros gravíssimos que nunca deveríamos
ter permitido que acontecessem: 27 de Maio nunca mais!
documento que passou a deter- e Luena, ao lado do Kadhaffi usufruía e, pior do que
actos que visam Entretanto, quando o futuro surge nas minhas reflexões, ulti-
minar que os reis ingleses tives- isso, a perigosa marginalização
sem poderes limitados, foi para exercício com o chamado a que submeteu os outros grupos. beliscar o clima de
mamente, o faz com uma ideia que pode parecer simples: à medida
que nos vamos nos aproximando ao fim do ano de 2021, em que
que o rei parasse de abusar do Fórum Cabindês Nos Camarões, o tratamento
segurança no país” os diferentes actores da vida política nacional vão se posicionando
seu poder e os ingleses deixassem que o poder central em Yaoundé
de sofrer por isso. dito de outro para o Diálogo que, reserva aos povos anglófonos, General Simão Carlitos Wala e agindo em concordância com o que pode ser a disputa pelo
objectivo claro da manutenção do poder ou o da alternância
modo, os representados passa- independentemente do sudoeste do país, desde Novem- Chefe da direcção de Ensino do Exército
política, no nosso país, achoque, os partidos políticos não deveriam
riam a ter uma palavra nos des- bro de 2017, quando o Governo
tinos da monarquia. das suas nuances e do Presidente Paul Biya declarou ir às eleições gerais de 2022 sem antes fazer um pacto pré-eleitoral,
Quando James Otis, o advo- imperfeições, pode ser guerra aos separatistas, tem resul- “Atrevo-me a dizer em que se comprometeriam a - em caso de vencerem as eleições
gado e panfletário de Boston
melhorado para, num tado numa confrontação militar que estamos a -, o partido vencedor liderar a formação de um Governo de unidade
popularizou a frase "tributação de graves contornos, completa- e de reconciliação nacional que incluísse quadros da oposição,
sem representação é tirania" ( quadro e formato mente evitável se aquelas duas
entrar num novo da sociedade civil organizada, incluindo também investigadores
do inglês “taxation without repre-
abrangente, resolver-se variáveis fossem tidas e achadas. ciclo, em que os e académicos de reconhecida competência.
sentation is tyranny”), durante a Na rdC, Moçambique, na Se o que está realmente em jogo é o futuro dos angolanos, -
fase de confrontação entre as tre- o problema de Cabinda Namíbia, no rwanda, no Congo,
nossos tribunais a melhoria das suas condições sociais e a aceleração da construção
zes colónias originais e a coroa na rCA, Etiópia, Sudão do Sul, estão mais atentos de um Estado de bem-estar social cada vez mais justo, moderno
britânica, estavam ali a ser lançadas as sementes Uganda, Senegal, Burundi, Mauritânia, apenas e desenvolvido, no nosso país, entre outros objectivos afins-,
que iriam resvalar para a conflitualidade, mas para mencionar estes países, o problema da repre-
à actuação dos a notícia mais importante que se espera do panorama político
também um precedente que devia servir para a sentatividade e acesso aos recursos está a trans- administradores de Angola não é saber, concretamente, qual partido político
posteridade. A referida frase teve, depois como formar os territórios destes países em palcos de estaria disposto a, uma vez mais, aceitar a derrota nas eleições
corolário "no taxation without representation" disputas violentas que, nalguns casos, acompanha das empresas” gerais ou qual está preparado para ceder o poder para outro
(não há imposto sem repreentação), que, na década os referidos Estados desde as independências. Sofia Vale partido político.
Especialista em direito empresarial O que, a meu ver, importa refletir é se estamos preparados para
de 1750 a 1760, na América colonial, levou à guerra. Angola deu passos exemplares com os Acordos
Em África, pouco ou nada se aprendeu com os de Bicesse, primeiro, depois Lusaca e Luena, ao desenhar e activar um mecanismo célere que nos permita criar,
sob a liderança do vencedor das eleições gerais de 2022, um
ingredientes que deram lugar às revoluções na lado do exercício com o chamado Fórum Cabindês “É importante que Governo de unidade e de reconciliação nacional, abrindo a via
Europa e na América do Norte, quando as "classes para o diálogo que, independentemente das suas
dominadas" em oposição às "dominantes" lutavam nuances e imperfeições, pode ser melhorado para, os próprios para traçarmos com maturidade o futuro do nosso país, em termos,
forma,fundo e objectivos completamente diferentes e muito
por causa da efectivação das duas variáveis em num quadro e formato abrangente, resolver-se o administradores melhores que os da anterior experiência, de 1997.
análise aqui, a representação e acesso aos recursos. problema de Cabinda.
Nem com os processos que levaram às inde- de outra maneira, os países africanos estarão das empresas Exceptuando o acto de votar em si mesmo, a disputa eleitoral
terminará sendo, na verdade, um conjunto de actos de campanha
pendências, fruto do aprendizado das jogadas condenados a convulsões políticas, militares, públicas tenham política (comícios, conferências nacionais e ou até congressos
políticas, os Golpes de Estado, as guerras sangrentas sociais e culturais cíclicas se as lideranças no
inter e intra-Estado, as lideranças políticas africanas, poder não forem visionárias o suficientes para consciência de que deste ou daquele partido, entre outros) que, por si só, não con-
de todas as gerações, terão aprendido alguma congregarem todas as sensibilidades para bem figuram, no actual momento da história do nosso país, actos
as instruções do políticos maiores e de impacto para toda sociedade, uma vez
coisa que evitassem os problemas por que passou da representatividade e acesso aos recursos, que
e passa o continente. são de todos. accionista Estado, que os partidos políticos, ao se dirigirem para os seus próprios
Promover maior representatividade de todos eleitorados, o que provocarão é a radicalização de posições e de
dr se os conduzirem à posturas e ao confronto ideológico, por um interesse partidário,
os segmentos do Estado, fazer com que as comu-
nidades disponham de si mesmas para a nível local prática de actos de quando deveríamos e interessar-nos-ia mais estar a pensar seria-
tomarem as mais básicas decisões de natureza mente no desenvolvimento do país.
má gestão, poderão O que quero dizer é que, se o interesse mais nobre e elevado da
administrativa e financeira, viabilizar o acesso aos
recursos acabam por limitar o espaço de actuação desembocar na política é que ela sirva para transformar as sociedades e a vida dos
violenta dos segmentos alegadamente excluídos. cidadãos não me parece que do modo em que ela é praticada agora
responsabilidade e muito menos, sendo o que temos como oposição política em
Para muitos países africanos, o exercício de
poder por parte de uma determinada elite passou pessoal desses Angola, como ela poderia ser praticada, no futuro, independentemente
não apenas a significar a tábua de salvação dos administradores de quem seja o vencedor das eleições gerais, seja garantia de
grupos a ela relacionados, quer na dimensão étnica, cumprir o seu real interesse para o conjunto dos cidadãos.
tribal, clânica, linguística, cultural, religiosa, mas pelos danos que Se das eleições gerais de 2022 emergir um Governo de unidade
também a marginalização dos demais grupos que, tenham causado e de reconciliação nacional todos sairemos a ganhar: colocaríamos
em muitos casos, acabam por recorrer a meios sobre as nossas cabeças o peso e a responsabilidade de pensar
violentos para a efectivação daquelas variáveis. à empresa” o futuro de Angola, de acordo com os mais altos interesses de
desde o Norte de África até ao Sul, esta realidade, Idem todos os angolanos.
12 ECONOMIA
CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL
PCA da Sonangol, Gaspar Martins, anunciou que a empresa pública vai auxiliar o processo de homologação dos certificados
Indústria petrolífera pretende
formar oito mil técnicos este ano
Sonangol apresenta Centro de Formação de Angola (CFMA) em 2020
desenvolveu 472 acções de formação, onde participaram cinco mil técnicos
angolanos cuja missão é de contribuir para o incremento da produção
Ana Paulo
Oito mil quadros do sector
petrolífero angolano poderão
ser formados, este ano,
segundo fez saber ontem,
em Luanda, o director-geral
do Centro de Formação de
Angola (CFMA).
Wuky Tabita que falava à
imprensa, à margem da apre-
sentação pública da institui-
ção ligada à Sonangol, disse
que até agora, o centro rea-
lizou 472 acções de formação,
onde participaram cinco mil
técnicos angolanos, alcan-
çado um índice de satisfação
de cerca de 91 por cento.
Com instalações no Sum-
be (Cuanza-Sul) e Cacuaco
(Luanda), a instituição pre-
tende responder às necessi-
dades dos sectores Petróleo
e Gás, Transporte Marítimo
e complementares, alinhada
na estratégia da Sonangol que
visa contribuir para o desen-
volvimento do país.
Por sua vez, o presidente
do Conselho de Administração
da Sonangol, Gaspar Martins,
deu a conhecer que, por via
dos vários protocolos de coo-
peração assinados com enti-
dades de ensino com referência
a nível do mercado interna-
cional, o CFMA em articulação
com o Instituto Nacional do
Emprego, formação Profis-
sional (UNEFOP) perspectiva
contribuir para a uniformi-
zação dos planos curriculares
na área dos petróleos, trans-
portes marítimos entre outros,
bem como auxiliar no pro-
cesso de homologação de
certificados.
Os resultados e
impacto destas
reformas devem
fazer sentir a curto
e médio prazo, em
toda cadeia de
valor da indústria
petrolífera
em Angola,
fomentando
o emprego
Apostar no capital humano
Convidado a discursar no
acto que marcou o relança-
mento do CFMA, o ministro
dos Recursos Minerais, Petró-
leo e Gás, Diamantino de
Azevedo, disse que a activi-
dade de exploração e pro-
dução exige investimentos
avultados em tecnologias,
infra-estruturas e capacitação
do capital humano.
Destacou que, a reforma
que está em curso no sector,
visa fomentar e incrementar
a actividade petrolífera em
Angola, periodizando a for-
mação e treinamento do capi-
tal humano capaz de reduzir
gradualmente a mão-de-
obra expatriada.
"Os resultados e impacto
destas reformas vão se fazer
sentir a curto e médio prazo,
em toda cadeia de valor da
indústria petrolífera em An-
gola, bem como nas empresas
nacionais, fomentando assim
o emprego e a geração de ri-
queza para as famílias ango-
lanas", sublinhou.
Diamantino de Azevedo
avançou que, o desenvolvi-
mento do sector não passa
apenas pelo estímulo ou in-
vestimento de equipamentos
e tecnologias de última ge-
ração, mas sobretudo, pela
preparação dos quadros téc-
nicos nacionais de excelên-
cia, devidamente treinados
e certificados, para poderem
"manobrar" ferramentas e
equipamentos de processos
complexos que suportam as
operações.
Por isso, o departamento
ministerial que tutela o sector
vai continuar a apoiar e pro-
move iniciativas que visam
PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
capacitar técnica e profis-
sionalmente os quadros,
como é o caso da Escola de
Fo r m a ç ã o M a r í t i m a d e
Angola, "que até a pouco era
inoperante". Apelou as ope-
radoras do sector, a apartarem
nas parcerias com institui-
ções de formação e treina-
mento do pessoal, como é o
caso do CFMA.
Apesar das dificuldades
que à pandemia da Covid-
19 causou no sector do Petró-
leo e Gás, com perdas nos
preços das commodity, asso-
ciadas as dificuldades de
recursos financeiros, o minis-
tro realçou que, o Executivo
angolano continua a trabalhar
para a diversificação da eco-
nomia nacional.
A formação no Centro de
Formação de Angola (CFMA),
unidade de negócio do grupo
Sonangol, é extensiva a todos
os cidadãos interessados,
cujo preço máximo está
fixado nos 700 mil kwanzas
e o mínimo 40 mil.
O acto de apresentação pú-
blica da instituição decorreu
sob o lema " Formar para Trans-
formar". O CFMA está certifi-
cado para formar nas vertentes
de segurança marítima e offs-
hore, oil & gás, capacitação
técnico-profissional e gestão
e soft skills.
LICITAÇÕES DAS BACIAS TERRESTRES
Entrega de propostas
termina dia nove
A entrega das propostas para
as licitações onshore (bacias
terrestres) do Baixo Congo
e do Kwanza deverá ser feita,
até ao dia 9 deste mês, indica
uma nota de imprensa da
Agência Nacional de Petró-
leo, Gás e Biocombustíveis
(ANPG), a que o Jornal de An-
gola teve acesso.
Segundo avança o docu-
mento, no dia 10 de Junho,
será realizada, em Luanda, o
acto público de abertura das
mesmas, sendo que as pro-
postas apresentadas só serão
validadas se as empresas efec-
tuarem o pagamento do “entry
fee” (taxa de participação), no
valor de um milhão de dólares
norte-americanos.
"Os investidores interes-
sados nestas licitações onshore
têm até às 17h30m do dia 9
de Junho para apresentarem
as propostas e submeterem
a documentação requerida,
que ateste a sua idoneidade,
capacidade técnica e finan-
ceira, em conformidade com
os Artigos 4.º e 5º do Decreto
Presidencial n.º 86/18, de 2
de Abril, em envelope fechado
e lacrado. Todas as propostas
entregues após esta data serão
consideradas inválidas",
informa o documento.
Para a oficialização das
propostas, quer como ope-
rador ou não, as empresas
concorrentes devem efec-
tuar o pagamento da taxa
de participação (Entry Fee),
que lhes concede o acesso
ao pacote de dados das Bacias
Terrestres do Baixo Congo e
do Kwanza. As empresas que
Angola quer apostar na exploração onshore em várias bacias
PREÇO DO PETRÓLEO
Brent abre sessão
nos 69,82 dólares
O petróleo Brent (referência
em Angola ) para a entrega em
Agosto abriu a sessão de ontem,
nos 69,82 dólares por barril
(perto dos 70), sustentado por
melhores perspectivas para o
crescimento da demanda por
combustíveis no próximo tri-
mestre, enquanto investidores
aguardam a reunião da Opep+,
que inicia hoje.
Ontem de manhã, o petró-
leo Brent subia 0,73 dólar, ou
1,06 por cento, a 69,45 dólares
por barril, enquanto o petróleo
dos Estados Unidos avançava
Terça-feira
1 de Junho de 2021
já tenham pago o pacote de
dados, no âmbito da Licitação
2013/2014, devem pagar o
remanescente antes da sub-
missão das suas propostas.
Concessões petrolíferas
No âmbito da Estratégia
de atribuição de concessões
petrolíferas 2019/2025, a
ANPG procedeu no dia 30 de
Abril, ao lançamento do Con-
curso Público para a Licitação
2020 dos Blocos CON1, CON5
e CON6 (Bacia Terrestre do
Baixo Congo) e dos Blocos
KON5, KON6, KON8, KON9,
KON17 e KON20 (Bacia Ter-
restre do Kwanza).
O lançamento incluiu a
publicação dos termos de refe-
rência, das regras do concurso
público e dos modelos de can-
didatura e de submissão de
propostas, informação tam-
bém disponível no site da
Agência (www.anpg.co.ao).
A nota sublinha que a
ANPG "mantém activas acções
que visam garantir o maior
envolvimento de um número
significativo de investidores,
designadamente a realização
de data showrooms, a venda
do pacote de dados dos blocos
a licitar, e o agendamento de
reuniões de auscultação com
os investidores para maior
esclarecimento do processo
em geral".
Para informações com-
plementares sobre o processo
de licitação e para consulta
adicional à legislação em
vigor, os investidores podem
aceder ao seguinte link:
https://anpg.co.ao/enqua-
dramento-legal/.
DR
0,73 dólar, ou 1,1 por cento,
a 67,05 dólares por barril.
Os mercados dos Estados
Unidos de América e do Reino
Unido estiveram fechados
ontem, segunda-feira, devido
a feriados.
Analistas internacionais
afirmam que a demanda deve
superar a oferta em cerca de
650 mil barris por dia no 3° tri-
mestre e 950 mil bpd no quatro
trimestre, respectivamente, já
levando em consideração um
aumento de 500 mil bpd na
produção do Irão.
ECONOMIA Terça-feira
1 de Junho de 2021
PRIMEIRO TRIMESTRE
Saldo da balança comercial
favorável à África do Sul
Joaquim Suami | Cabinda
Quarenta milhões de dólares
é o valor que Angola obteve,
no primeiro trimestre deste
ano, com a exportação de
petróleo bruto para África do
Sul, contra os 120 milhões de
dólares resultantes da impor-
tação de equipamentos e bens
alimentares daquele país.
Estes dados foram apre-
sentados recentemente, em
Cabinda, pelo adido comercial
da Embaixada de Angola na
África do Sul, Videira Pedro,
numa conferência de impren-
sa realizada à margem do 1º
Fórum Empresarial Angola-
África do Sul, que visou para
o estreitamento de oportuni-
dades de negócios entre os
empresários de Cabinda e da
companhia Trooper, que ten-
ciona investir na região, nas
áreas da agricultura, indústria
e energia solar.
O adido comercial frisou
que o saldo da balança comercial
entre os dois países foi negativo
para Angola, pelo facto de ter
Empresa Trooper quer apostar no sector da Agricultura
PREVISÃO PARA ESTE ANO
Economia da zona euro
deverá crescer 4,3%
A economia da zona euro
deverá crescer 4,3 por cento
este ano e 4,4 no próximo,
de acordo com o relatório
divulgado ontem, sobre as
perspectivas económicas
(‘Economic Outlook’) da
Organização para a Coope-
ração e Desenvolvimento
Económico (OCDE), que
foram revistas em alta.
No anterior relatório, publi-
cado em Dezembro, previa
crescimentos de 3,6 por cento
e de 3,3 para 2021 e 2022, res-
pectivamente.
Segundo a organização
importado mais do que expor-
tou produtos produzidos no
território nacional.
Indicou que a recuperação
do saldo da balança comercial
entre os dois países, em que
as exportações devem supe-
rar as importações, passa
pela erradicação da pandemia
da Covid-19, que está a refrear
o crescimento de economias
de vários países do mundo.
O empresário Alberto Ma-
caia, que actua no ramo agro-
industrial, disse que o Fórum
Empresarial Angola e África
do Sul permitiu às empresas
locais formar parcerias com
congéneres sul-africanas,
enquanto Daniel Capita, da
empresa Damaca, de pesca e
avicultura, destacou a aquisição
de conhecimento.
Na quinta-feira, a empresa
sul-africana Trooper anunciou
ter decidido empregar 100
milhões de dólares em inves-
timentos nos domínios da
agricultura, indústria, energia
solar, infra-estruturas e cons-
trução de estradas e pontes,
em Cabinda.
EDIÇÕES NOVEMBRO
internacional, a economia da
zona euro deverá crescer
“impulsionada pelo consumo
privado, um apoio orçamental
considerável e uma procura
externa vigorosa, nomeada-
mente dos Estados Unidos”.
O documento aponta que
“o aumento do investimento
público é fundamental",
numa altura em que a orga-
nização prevê ainda que a
taxa de desemprego na zona
euro se situe em 8,2 por cento
em 2021 (contra 7,9 por cento
em 2020) e em 7,9 por cento
em 2022.
13
ADMINISTRADORES FALIRAM BANC
Crédito malparado atingiu 5%
De acordo com o Tribunal, os administradores concediam créditos sem para tal
observarem a possibilidade de retorno do capital e juros investidos ou com
juros muito baixos e não observavam os riscos destas operações
Isaque Lourenço AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO
O Banco Angolano de Negó-
cios e Comércio (BANC) faliu,
em 2019, por acção dolosa
dos integrantes do Conselho
de Administração, que além
dos créditos a si concedidos
e do benefício próprio dos
lucros obtidos, também per-
mitiram uma carteira do mal-
parado próxima aos 50 por
cento, concluiu o Tribunal na
setença já tramitada em juízo.
Segundo soube o Jornal de
Angola, os administradores
adoptaram uma política de
gestão que, gradualmente,
degradou a solvabilidade da
instituição, concederam-
se créditos e investiram no
imobilizado.
Também ordenaram a alte-
ração das contas dos exercícios
financeiros, falseando dados,
para terem resultados posi-
tivos, registando como pro-
veitos perdas, provado por
documentos e depoimentos
prestados nas audiências.
Ainda de acordo com o
Tribunal, os administradores
concediam créditos sem para
tal observarem a possibilidade
de retorno do capital e juros
investidos ou com juros muito
baixos e não observavam os
riscos destas operações. A instituição bancária não tinha robustez financeira para conceder os créditos que concedeu
“Apesar de serem proibi-
dos, pelo BNA, em 2015, para de concessão de créditos, à e daí resultou a erosão nos 29 351 milhões, a 30 de Junho
que cessassem a concessão concessão de crédito aos números, factos provados de 2018, em financiamento,
de créditos, em face da situação administradores e a pessoas por documentos e confissão. e estabelecer um prazo deter-
financeira em que o requerido a eles ligadas, trabalhadores, Entre os vários factos e que minado para o reembolso de
se encontrava, os adminis- clientes e o investimento no justificaram o decreto de falên- forma escalonada. Nesta fase,
tradores do BANC continua- imobilizado. cia do BANC, ficou suficien- a recapitalização necessária
ram a conceder créditos. Para além de não se terem temente provado que o banco fixou-se num montante de
Investiram em imóveis oposto aos factos, acima des- enquanto comerciante, em Kz 53 083 milhões.
caríssimos e concederam critos, os administradores não termos gerais, apresentava
créditos bonificados, aos cola- executivos, não aconselharam um balanço deficitário, cujo Consequências
boradores e concederam-se os administradores executivos passivo era superior ao activo, Concluído o processo, a sen-
créditos e a terceiros, sem e a comissão executiva a não pois, tinha um passivo superior tença do Tribunal de Comarca
condições claras de retorno, actuar como actuaram. a Kz 40 000 milhões, encerrou de Luanda ditou a condena-
ou seja, a politica de créditos, os seus estabelecimentos ao ção de três dos cinco admi-
adoptada pelo conselho de público, quer em Angola, quer nistradores do extinto Banco
administração do Banco BANC não caiu em no exterior, também cessou Angolano de Negócios e
BANC, S.A, não permitia o pagamentos e adoptou pro- Comércio (BANC) a pagarem
bancarrota devido,
seu crescimento, muito pelo cedimentos abusivos na con- “com todo o seu património”
contrário a consequência unicamente, à falta cessão de créditos aos adminis- pela falência da instituição,
natural da politica de gestão de aumento do tradores, a partes relacionadas após dar como provadas as
adoptada pela administração capital social, mas e outros, além de não ter obser- acções que levaram aquele
só tinha um destino; a ruina também às más vado as regras sobre o risco e banco à ruína.
do Banco”, lê-se na sentença. opções políticas de o compliance. Para o tribunal, a conduta
Indicadores do Banco Na- gestão, adoptada dos administradores produziu
cional de Angola avançam pela administração, Deliberação do BNA a “erosão nas contas, ban-
que o Banco Angolano de
Negócios e Comércio não
tinha robustez financeira
e daí resultou
a erosão
Face à situação vivenciada,
o BNA deliberou na altura
pela aplicação de várias medi-
carrota e incumprimento das
obrigações da sociedade, já
que as políticas adoptadas
para conceder os créditos
que concedeu, nem para fazer
o investimento no imobili- Ficou provado por con-
das, entre as quais a forma-
lização, junto dos accionistas,
do término do prazo dado
por estes na concessão de
crédito e a não observação
das regras prudenciais e sobre
zado como fez. fissão que o administrador para o período do saneamento o risco, ao investirem no imo-
independente teve acesso à da instituição, bem como das bilizado”, fizeram com que,
Crédito vencido informação financeiro do constatações resultantes do na data do fecho, o saldo do
Os créditos concedidos pela requerido, mas não alertou diagnóstico efectuado, du- BANC fosse “negativo”, ou,
administração do BANC, ape- os demais administradores rante o respectivo período, em duas palavras, a conduta
sar de vencidos, não tiveram sobre a concessão de créditos, estabelecendo um prazo de da administração agravou a
retorno, até à data presente, especialmente, para o conflito 10 dias, para apresentarem situação do banco falido.
de acordo com o juízo final, de interesses, as opções polí- um plano de capitalização Neste momento, de acordo
uma vez que eram de má qua- ticas e de gestão do requerido, exequível, o qual devia ser com comunicados da gestão
lidade, não verificavam as provado por confissão. apresentado de acordo às da Massa Falida, nas páginas
regras de contabilidade, ope- Nesse sentido, concluem, normas legais, dentro de um de utilidade pública do Jornal
rações e compliance, com im- o BANC não caiu em ban- prazo não superior a 30 dias. de Angola, os detentores de
pacto nos riscos e as cautelas carrota devido, unicamente, Com a recapitalização, nos direitos e obrigações (depó-
para tais operações. à falta de aumento do capital mínimos regulamentares, o sitos, créditos e outras dívi-
Um facto foi que os admi- social, mas também às más BNA estaria em condições de das) junto do BANC devem
nistradores não executivos opções políticas de gestão, transformar a operação de contactar a mesma para a
não se opuseram à política adoptada pela administração, redesconto, situada em Kz resolução dos mesmos.
14 SOCIEDADE
Augusto Cuteta
A célebre frase, segundo a
qual “à criança, tudo o que
ela merece”, parece não ter
muita ligação com a vida de
Nelson, um menino de 11 anos,
que tem nas ruas da cidade
de Luanda, onde estende as
mãos a pedir esmolas, a única
fonte de sustento diário.
Com um grupo de outros
meninos, o garoto passa o dia
nas principais avenidas do
município de Luanda. Quando
há ali dificuldades de conseguir
alguma ajuda de automobi-
listas ou peões, sempre que
as forças o permitem, corre
para as proximidades de cen-
tros comerciais ou de parques
de estacionamento.
Nesses locais, o menino
monta uma estratégia: Senta-
se junto à porta ou num espaço
em que quem sai da loja ou
vá em direcção às viaturas
parqueadas o vejam... com
as mãos estendidas a apelar
à ajuda.
“Tio, me dá só qualquer
coisa para comprar pão”. É
com essa mensagem e sentado
de pernas cruzadas que ele
busca medir a sensibilidade
das pessoas. Muitas vezes,
Nelson consegue alguns tro-
cados ou o pão que tanto pede.
Mas, noutras, volta sem nada
para enganar o estômago.
De tronco nu, calções pretos
e chinelas brancas, mais a
ganhar uma tonalidade acas-
tanhada, dada a sujidade dos
calçados, nos poucos minutos
que responde a perguntas do
jornalista, o menino explica
apenas que está na rua para
fugir aos maus-tratos do marido
da tia com quem vivia em Viana.
Sobre os pais, deixou trans-
parecer que não os conheceu,
uma vez que andam sob cui-
dados da irmã da mãe, desde
os primeiros meses de vida.
“A tia era mais ou menos boa,
mas ela não me acudia quando
o marido dela me batia”, tenta
justificar a sua saída de casa
para as ruas, onde mora, há
quatro anos.
Ainda tentámos saber o que
faz com o dinheiro que con-
segue das esmolas, além da
alimentação. Nelson confessou
que, às vezes, compra roupas,
calçados e um “manda onda”,
ou melhor, gasolina ou outra
substância para suportar os
dias duros na rua.
A educação primária e for-
mação profissional é um dos
11 Compromissos com a Criança,
adoptados pelo Governo, em
2007. Porém, Nelson, desde
que fez a segunda classe nunca
mais voltou a estudar, mas a
criança assegura que tem o
registo, com o qual lhe tinham
feito a matrícula escolar num
colégio privado.
Nelson, apesar de viver na
rua, diz ter esperanças de que
amanhã “o sol irá brilhar”
para si e seus amigos. “Ainda
sou ‘kandengue’. Minha vida
vai mudar, meu kota. Vou ter
bwê de sapatilhas dessas”,
fala naquele sorriso lindo de
menino, enquanto aponta para
os calçados do repórter.
Por isso, o garoto, que diz
ter pouca família em Luanda,
tem fé que, um dia, as ruas
vão ficar para trás. E, assim,
dar o seu contributo para o
engrandecimento do país. Até
lá, Nelson e centenas de crian-
ças de e na rua continuam
DIA INTERNACIONAL
É ASSINALADO HOJE
Muitas
crianças
à espera
de um futuro
mais risonho
dependentes da mendicidade.
E essa problemática de um
número considerável de cri-
anças de e na rua, de menores
abandonados pelos progeni-
tores e de vítimas de todo o
tipo de violência é uma das
situações que preocupa bas-
tante o Instituto Nacional da
Criança (INAC).
Para a instituição, afecta
ao Ministério da Acção Social,
Família e Promoção da Mu-
lher (Masfamu), o fenómeno
“Criança na rua” tem várias
motivações, sobretudo as liga-
das à violência, pobreza nas
famílias e à desestruturação
familiar.
Apesar disso, o director-
geral do INAC, Paulo Kalesi,
considera estável a situação
das crianças em Angola, tendo
em conta que, pelo menos, 85
por cento da população infan-
til encontrar-se protegida no
seio familiar, estar na escola
e num ambiente de estabili-
dade e bem-estar.
Violação no seio
familiar é alarmante
Quantos aos principais pro-
blemas que afectam a criança
em Angola, o responsável do
INAC avança que um dos
maiores está relacionado com
a violação dos direitos, sobre-
tudo no seio familiar.
Além desse problema, o
director-geral cita, ainda, a
existência de crianças nas
ruas, na mendicidade (muitas
orientadas pelos pais e encar-
regados de educação), violadas
e violentadas e àquelas ins-
trumentalizadas para o come-
timento de actos tipificados
como crime.
Para inverter os problemas
que a criança angolana vive,
Paulo Kalesi salienta a exe-
cução de uma série de políticas
previstas nos 11 Compromissos
com a Criança, que têm a ver,
além da Educação Primária;
com a Esperança de Vida ao
Nascer; Segurança Alimentar
e Nutricional; Registo de Nas-
cimento; Educação da Pri-
Capital e Leste lideram
gravidez precoce
A capital do país, Luanda,
além de liderar os casos de
fuga à paternidade, que são
muito altos, é, igualmente,
a região que tem mais regis-
tos de gravidezes na ado-
lescência, juntamente com
Lunda-Sul e Moxico.
Para o fenómeno de crian-
ças acusadas de feitiçaria,
o director-geral do INAC sa-
lientou que se verifica uma
redução acentuada de casos.
Por exemplo, durante o ano
2020, em todo o país, o número
não ultrapassou os 60, sen-
do que nenhuma menor foi
morta nem submetida a actos
desumanos.
Para as crianças que come-
tem crimes, Paulo Kalesi con-
sidera o Julgado de Menores
um órgão extremamente
importante para a adminis-
tração da Justiça dos peque-
nos. No entanto, lamenta o
facto de as medidas previstas
na Lei 9/96, Lei do Julgado
de Menores, não têm sido
meira Infância; Justiça Juvenil;
Prevenção, Tratamento,
Apoio e Redução do Impacto
do VIH/Sida nas Famílias e
Crianças.
Esses 11 compromissos
estão, ainda, ligados à Pre-
venção e Combate à Violência
Contra a Criança; Protecção
Social e Competências Fami-
liares; A Criança e a Comu-
nicação Social, a Cultura e o
Desporto e A Criança no Plano
Nacional e no Orçamento
Geral do Estado.
Uma outra política, na visão
de Paulo Kalesi tem a ver com
o necessário empoderamento
das famílias, da existência de
mais salas de aula, da mudança
de mentalidade por parte dos
SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Director do INAC
Paulo Tchiemba Kalesi
implementadas na íntegra.
“Essa situação é verificada,
sobretudo, para crianças meno-
res de 16 anos que, por exem-
plo, cometem homicídio”, diz
para avançar que não existe
um Centro de Reeducação de
Crianças em todo o país, apesar
de reconhecer o esforço feito
nesse sentido.
adultos que pautam pela vio-
lência como mecanismo de
educação da criança.
Os grandes desafios
Numa mensagem sobre o 1
de Junho, Dia Internacional
da Criança, o Fundo das Na-
ções Unidas para a Infância
(UNICEF) considera que a
data deve servir para que a
sociedade reflicta sobre a
situação do menor e os desa-
fios para a plena realização
dos seus direitos.
A agência das Nações Uni-
das lamenta que, actualmente,
a família esteja bastante fra-
gilizada e limitada na resposta
às necessidades da criança,
quer pela perda de valores,
DR
quer pelo agudizar da situação
social e económica.
Para além disso, o UNICEF,
segundo seu representante
em Angola, Ivan Yerovi, algu-
mas vezes é na família onde
se verificam várias formas de
violação dos direitos da cri-
ança, como a violência sexual
ou a negligência.
O diplomata salientou que
os reforços das competências
familiares e da protecção social
como indicado nos 11 Com-
promissos com a Criança, em
particular o ponto nono, é um
caminho para assegurar o
empoderamento das famílias
quanto ao seu papel na pro-
tecção das crianças, especi-
ficamente nos primeiros anos
de vida, quando o cérebro se
desenvolve a uma velocidade
surpreendente de mais de um
milhão de novas conexões a
cada segundo.
Neste aspecto, o UNICEF
reconhece com satisfação o
esforço feito pelo Executivo,
no sentido de fortalecer o
sistema de protecção social,
com a implementação de pro-
gramas de transferências mo-
netárias que são acompanha-
dos do reforço de outros ser-
viços sociais, como é o caso,
por exemplo, dos programas
“Kwenda” e “Valor Criança”,
actualmente em fase piloto,
mas que, após uma avaliação
e com um maior investimento,
certamente, poderão ser expan-
didos para outras regiões e bene-
ficiar mais famílias.
“A ocorrência da pandemia
da Covid-19 e outras emer-
gências têm sido um autêntico
teste para as famílias e os Estados
e têm criado inúmeros desafios
na materialização dos direitos
da criança”, diz Ivan Yerovi.
Para o representante do
UNICEF, à medida que se
avançam neste segundo ano
da pandemia, pais e respon-
sáveis de crianças continuam
a lutar para manter as crianças
a aprender e as suas famílias
a funcionar, muitas vezes sob
o agravamento da pobreza.
Terça-feira
1 de Junho de 2021
Abuso sexual
e educação
familiar
Um país com uma população
infantil de perto dos 40%,
além dos direitos violados,
como o direito à educação e
ao registo de nascimento, em
Angola, as crianças são, igual-
mente, as principais vítimas
de doenças como a malária,
que mata anualmente milhares
de menores.
A má nutrição e as doenças
diarreicas agudas são outros
males que enfermam as crian-
ças angolanas. Mas, a fuga à
paternidade, os casamentos
e gravidezes precoces, tam-
bém, constituem preocupa-
ção para as autoridades, como
salienta Santa Ernesto, direc-
tora nacional para as políticas
familiares, igualdade e equi-
dade do género do Masfamu.
Sobre o abuso sexual, dados
do INAC referem que a insti-
tuição notificou, durante 2020,
mais de cinco mil casos de
denúncias e, nos primeiros três
meses deste ano, cerca de 500
denúncias referentes a crian-
ças abusadas sexualmente.
Quanto ao conjunto de vio-
lações contra a criança, Santa
Ernesto refere que os dados
do Masfamu apontam para
18.320 denúncias, registadas
no primeiro trimestre de 2021,
sendo que 16.545 foram feitas
por via telefónica.
Para dar conta da gravidade
da situação, a directora do Mas-
famu avança que só ao nível
do Centro de Aconselhamento
Familiar de Luanda foram regis-
tados 336 denúncias, com maior
incidência sobre casos de aban-
dono do lar e a não prestação
de alimentos.
A responsável diz que existe
já a elaboração de uma estra-
tégia de prevenção de casa-
mentos e gravidezes na ado-
lescência, documento que
se encontra em fase de reco-
lha de dados.
Santa Ernesto salienta que
há a necessidade da educação
e sensibilização das famílias,
para que se melhore as formas
de combater nesses núcleos
os abusos sexuais, casamentos,
gravidezes precoces e outro
tipo de violência.
Da parte do Estado, adianta
que o Código da Família está
a ser revisto, por causa, tam-
bém, da questão da idade nú-
bil. “Nalgumas áreas do país,
o casamento precoce é parte
da cultura. E isso tem de ser,
às vezes, acautelado”.
EDIÇÕES NOVEMBRO
Santa Ernesto, do Masfamu
SOCIEDADE Terça-feira
1 de Junho de 2021
1 DE JUNHO
Libertar a nossa
criança interior
Osvaldo Gonçalves
E m vá r i a s re g i õ e s d o
Mundo, ser criança hoje é
um fardo demasiado pe-
sado, tanto para as pró-
prias, quanto para as fa-
mílias, as sociedades e os
Estados. Talvez seja neces-
sário libertarmos um pouco
o pequeno ser que vive den-
tro de nós.
A efeméride hoje assi-
nalada é tudo menos con-
sensual. Alguns países
celebram-na noutras alturas
e a própria Organização das
Nações Unidas (ONU) con-
sidera o 20 de Novembro,
Dia Mundial da Criança.
Nessa data, foi aprovada, em
1959, a Declaração Universal
dos Direitos da Criança, em
1989, a Convenção dos Direi-
tos da Criança.
Seja qual for o dia esco-
lhido, reflectir sobre a situa-
ção das crianças é sempre
actual, em particular agora,
com o Planeta a braços com
uma pandemia de resul-
tados preocupantes, devido
ao número de infectados e
de mortos.
Manter o sonho
O sonho de voltar a ser
criança devia ser uma cons-
tante em muitos adultos,
sobretudo, aqueles em cujas
mãos está o futuro de mi-
lhões de seres humanos,
quanto mais não seja para
recordar que dentro de
pouco tempo, a 12 de Junho,
se assinala o Dia Mundial
contra o Trabalho Infantil,
instituído pela Organização
Internacional do Trabalho
(OIT) em 2002, quando foi
apresentado o primeiro
relatório global sobre a
matéria na Conferência
Anual do Trabalho.
Os números relativos ao
trabalho infantil variam
todos os anos e de acordo
com cada país e região,
segundo as mentalidades.
Estima-se que cerca de 152
milhões de crianças com
idades entre os cinco e os
17 anos desenvolvam algum
tipo de actividade remu-
nerada ou apenas para
sobreviver e que quase
metade delas (73 milhões)
desempenhem trabalhos
perigosos.
Em 2021, o Mundo assi-
nala o Ano Internacional
para a Eliminação do Tra-
balho Infantil, segundo
resolução adoptada por
unanimidade pela Assem-
bleia Geral da ONU, que na
ocasião pediu à comuni-
dade internacional que
intensifique os esforços
para erradicar o problema
e à Organização Interna-
cional do Trabalho (OIT)
que assuma a liderança na
sua implementação.
A criança africana
Durante o mês de Junho,
assinala-se também o Dia
da Criança Africana, data
em que se presta homena-
gem às vítimas do massacre
de Shaperville, Soweto
(África do Sul), em 1976.
Dados de antes da pande-
mia apontavam que, pas-
sado todo este tempo (55
anos), milhões de menores
africanos vivem ainda ator-
mentados pela fome, doen-
ças e violência de vários
tipos, incluindo a sua uti-
lização em situações de
conflito armado, como
crianças-soldado.
O número de crianças
afectadas por esses males
no Mundo varia a cada rela-
tório produzido, prova da
situação de vulnerabilidade
em que vivem, assim como
as dificuldades que os Esta-
dos têm para lidar com o
problema. Um dado assus-
tador é que 690 milhões de
crianças, ou seja, uma em
cada quatro, têm seus direi-
tos a uma infância segura
e saudável desrespeitados,
apesar de avanços notáveis
em quase todos os países
nas últimas duas décadas.
A actual pandemia agra-
vou sobremaneira a situa-
ção das famílias e, em
particular, das crianças,
afastadas até de um direito
fundamental: o acesso à
educação. Devido ao encer-
ramento das escolas em
todo o Mundo, 250 milhões
de alunos ficaram sem estu-
dar, assim como foram
interrompidos os serviços
de vacinação de rotina.
Outros problemas
Enquanto isso, situações
antes preocupantes, como
os conflitos armados e os
problemas climáticos, per-
manecem uma realidade
em várias regiões. Estima-
se que 36 milhões de crian-
ças vivam como deslocadas
por causa da guerra. Nos
últimos 30 anos, triplicou
o número de desastres rela-
cionados com o clima.
Em face do quadro actual,
importa repetir frases de
apelo à reflexão sobre a infân-
cia e a adolescência, para
manter bem alto a ideia de
que elas são a semente do
Mundo e o homem de ama-
nhã. Vale também lembrar
que a segurança dos adultos
depende da forma como são
tratadas as crianças.
Pa ra u m a m u d a n ç a
geral de comportamentos,
ta lvez s e j a n e c e ssá r i o
libertarmos um pouco a
nossa criança interior.
FAUSTINA ALVES
Executivo aposta
na acomodação
das famílias
desfavorecidas
A ministra da Acção Social,
Família e Promoção da Mulher,
Faustina Alves, que se encon-
tra em Malanje, no quadro
das celebrações do 1 de Junho,
consagrado internacional-
mente à criança, disse, ontem,
no final da audiência com o
governador Kwata Kanawa,
que o ministério que dirige
está a desenvolver estratégias
para a acomodação das famí-
lias desfavorecidas e protecção
à criança de rua.
A governante, que vai per-
manecer nas terras da Palanca
Negra Gigante durante três
dias, tem programadas visitas
ao Hospital Materno-Infantil,
Centro de Acolhimento de
Malanje, às cooperativas dos
ex-militares e a inauguração
de algumas infra-estruturas,
como orfanatos e casas para
pessoas carenciadas. A minis-
tra apelou às famílias no sen-
tido de evitarem desavenças
no lar, evitar justiça por mãos
próprias e recorrer sempre
às autoridades de direito.
Eduardo Cunha
e Dino Duarte | Malanje
VIANA E LUANDA
Falsos polícias
estão a contas
com a Justiça
Dois falsos agentes da Polícia
Nacional e um do Serviço de
Migração e Estrangeiros
foram detidos, ontem, em
Luanda.
Segundo o porta-voz do
Comando Provincial de
Luanda da Polícia Nacional,
inspector-chefe Nestor Gou-
bel, um falso polícia, iden-
tificado por Gilson Santos,
foi detido na zona da Boa-
vista, Distrito Urbano da
Ingombota, quando fazia a
recolha de dinheiro e pro-
cessos com a promessa de
ingresso no Ministério do
Interior. Outro falso polícia
foi apanhado em Viana,
quando interpelava, fardado,
cidadãos na via pública, em
companhia do falso agente
do Serviço de Migração e
Estrangeiros.
Nestor Goubel disse que
os detidos serão encami-
nhados ao Ministério Público,
para procedimentos legais.
Acrescentou que as deten-
ções ocorreram na sequência
da Operação Vistoria, levada
a cabo pela Polícia em Luan-
da, para repor o sentimento
de segurança.
Durante a operação foram
detidos, também, 31 cidadãos
implicados em crimes diver-
sos. Nestor Goubel explicou
que dois cidadãos foram deti-
dos por roubo de dinheiro,
um por tentativa de homicí-
dio, sete por posse ilegal de
arma de fogo, dois por posse
de 217 pacotes de liamba e
dois por tentativa de rixa.
André da Costa
FIM DE SEMANA
A falta de cumprimento das regras do Código de Estrada tem causado vários acidentes
Acidentes de viação
causam oito mortos
Falta de cumprimento do Código de Estrada, ultrapassagens
e mudança de direcção irregulares estiveram na origem dos
acidentes, ocorridos em vários municípios da capital do país
André da Costa
Os 21 acidentes de viação
registados em Luanda entre
sexta-feira e domingo dei-
xaram oito mortos e 19 feri-
dos, segundo o porta-voz do
Comando Provincial da Polí-
cia Nacional.
O inspector-chefe Nestor
Goubel disse, ontem, ao Jor-
nal de Angola, que a maior
parte das mortes foi por atro-
pelamento, devido à travessia
irregular das estradas.
Nestor Goubel afirmou que
a falta de cumprimento do
Código de Estrada, ultrapas-
sagens e mudança de direcção
irregulares também estiveram
na origem dos acidentes, ocor-
ridos em vários municípios
de Luanda.
Acrescentou que foram
apreendidas cinco viaturas e
dez motorizadas, bem como
aplicadas 418 multas, por
infracções ao Código de Estra-
da. O Comando Provincial de
Luanda da Polícia Nacional,
referiu, apreendeu, também,
oito armas de fogo, sendo cinco
do tipo metralhadora AKM e
três do tipo pistola.
Durante o período em refe-
rência foi recuperada uma
viatura de marca Mitsubishi,
modelo Pajero, cor azul, que
havia sido furtada na capital
do país.
Nestor Goubel disse que
foram detidos 128 cidadãos,
presumíveis autores de diver-
sos crimes, nos municípios
de Luanda, Belas, Viana,
Cazenga, Kilamba Kiaxi,
Cacuaco, Talatona e Icolo e
Bengo. O oficial destacou a
ocorrência de 21 crimes de
ofensas à integridade física,
com recurso à arma de fogo,
branca e objectos contun-
dentes. O Serviço de Emer-
gência Policial (terminal 113)
registou 939 solicitações,
que mereceram a pronta res-
posta dos efectivos.
O porta-voz da Polícia Na-
cional em Luanda apelou aos
cidadãos a continuarem a
cumprir as orientações das
Forças de Defesa e Segurança,
evitando aglomerações e a
Bombeiros registam 40 casos
O Serviço de Protecção Civil
e Bombeiros registou, durante
o final de semana, 40 ocor-
rências diversas, que causa-
ram oito mortos.
O porta-voz do Serviço Na-
cional de Protecção Civil e
Bombeiros, intendente Félix
Domingos, disse que houve
o registo de 115 serviços pres-
tados em diferentes especia-
lidades, com destaque para
resgate e salvamento, bem
como 76 evacuações às uni-
dades hospitalares.
Segundo Félix Domingos,
na cidade do Cuito, Bié, três
membros da mesma família
sofreram queimaduras graves,
na sequência de um incêndio
que teve como causa fogo
posto. O suposto autor já se
encontra detido.
Em Luanda foram registados
sete incêndios, supostamente
causados por curto circuito,
fogo posto e negligência.
O porta-voz dos Bombei-
ros em Luanda, inspector
Faustino Minguês, disse que
os incêndios afectaram sec-
tores da Habitação, Trans-
portes e Ambiente, nos
15
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
circulação desnecessária, uti-
lizando correctamente a más-
cara facial nos locais públicos,
de forma a evitar a propagação
do novo Coronavírus ou das
suas estirpes.
"Em caso de violação dos
seus direitos, não devem fazer
justiça pelas próprias mãos,
deverão, sempre, denunciar
às autoridades competen-
tes", disse.
municípios de Luanda, Belas,
Kilamba Kiaxi e Viana.
Foi ainda registada uma
remoção de cadáver, no muni-
cípio de Viana, Distrito Urbano
do Zango, no canal de água
do Kikuxi, de um cidadão que
aparenta ter 36 anos.
Houve ainda a neutraliza-
ção de derrame de combustível
na via pública, no município
de Luanda, Distrito Urbano
do Rangel, bairro da Vila Alice,
provocado por uma viatura
em mau estado técnico.
Os bombeiros realizaram,
também, um trabalho de des-
prendimento de anel, no
município do Kilamba Kiaxi,
Distrito Urbano do Nova Vida,
a um menor de 13 anos, bem
como quatro aberturas de
portas bloqueadas, nos muni-
cípios de Viana (Zango), Belas
e Cacuaco.
Faustino Minguês acres-
centou que foram feitos 19
serviços pré-hospitalares,
na sequência de acidentes
de viação, agressões físicas,
quedas na via pública e pato-
logias diversas, nos municí-
pios de Viana e Luanda.
16 Terça-feira
1 de Junho de 2021

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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
1ª CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA
EDITAL
ESTER DA SILVA SEBASTIÃO DOS SANTOS, Conservadora da Primeira Conservatória
do Registo Civil de Luanda.
Certifica que, corre seus termos nesta Conservatória do registo Civil de Luanda, um pro-
cesso de Aquisição de Nacionalidade Angolana por Casamento, em que é requerente o
Senhor JOSÉ DE SOUSA DE FREITAS CATANHO, casado, de 78 anos de idade, natural
de Funchal, de nacionalidade Portuguesa, filho de António de Freitas Catanho e de Maria
da Conceição de Freitas, portador do Passaporte n.º CA708730, emitido pelo Serviço Es-
trangeiro e Fronteiras, em Lisboa, aos 12 de Junho de 2019, e do Cartão de Residente
Estrangeiro n.º 0007605B03, emitido pelo Serviço de Migração e estrangeiro da República
de Angola, aos 07 de Junho de 2018, residente em Luanda, no Bairro Ilha do Cabo, Casa
n.º 23, Zona 1.
Nos termos do disposto na Lei n.º 02/16, de 15 de Abril e por força do regulamento da Lei
da Nacionalidades, são convidadas todas as pessoas incertas a deduzirem a oposição
que julgarem existir contra o requerente no prazo de Quinze dias, a contar da data da fi-
xação do presente EDITAL.
E para constar, lavrou-se o presente EDITAL que será afixado nos lugares designados por Lei.
1ª CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA, aos 2 DE DEZEMBRO DE 2019.
A CONSERVADORA
ESTER DA SILVA SEBASTIÃO DOS SANTOS
(7981)1/8P-1/1
Terça-feira
1 de Junho de 2021 19
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PRIMEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA

(Cabinda e Zaire)

AVISO DE APREENSÃO N.º 27

São avisados os contribuintes abaixo que, nos termos do artigo 509.º n.º 1 alínea b), conjugado com os artigos 512.º e 481.º todos do Código Aduaneiro, procedeu-se à apreensão das
mercadorias existentes no Recinto Portuário de Cabinda (Porto de Cabinda) e Posto Aduaneiro do Yema (Província de Cabinda), conforme indicados no quadro a seguir:

MERCADORIA DEMORADA NO RECINTO PORTUÁRIO DE CABINDA

N/Ord Importadores NIF Endereço Contentor Data de Chegada Quantidade, Característica e

Descrição da Mercadoria

01 Nsasi, S.A 5417138789A Rua de Macau 11 CMAU7638666 Matéria Prima para fabrico de tampas de garrafas
25/01/2021
de plástico
MERCADORIAS DEMORADAS NO POSTO ADUANEIRO DO YEMA

N/Ord Importadores NIF Endereço Data de Chegada Quantidade, Característica e

Descrição da Mercadoria

40 Desconhecido Desconhecido Desconhecido 25/08/2020 34 Caixas de Tang Uísque 500ml

41 Desconhecido Desconhecido Desconhecido 16/12/2020 7 caixas de corantes, 4/12verde, 3/12violeta 12/110g

42 Desconhecido Desconhecido Desconhecido 12/08/2020 64 Pratos de Vidro

O prazo para a interposição de recurso hierárquico com fundamento na não susceptibilidade de confisco da mercadoria apreendida é de dez (10) dias úteis, contados da data da no-
tificação do aviso de apreensão, conforme preceitua o artigo 514.º do Código Aduaneiro.

A mercadoria apreendida está sujeita a confisco, no caso de não ser interposto, no prazo fixado, o recurso a que se refere o parágrafo anterior.

Primeira Região Tributária, em Cabinda, aos 19 de Maio Pde 2021.

A Chefe da Delegação
Olívia Francisco Isidoro Capita (500.0859)MPI/PB-2/2

REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO PROVINCIAL DE LUANDA
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE VIANA Empresa Fijoaljoba Comercial (SU), S.A., Posto de ABANDONO DE TRABALHO
Abastecimento de Combustível, necessita para admissão
FERCOUMA, LDA – com sede na Via Ex-
EDITAL N.º 22/2021 imediata:
pressa, Avenida Fidel Castro, Zona da para-
Tendo o Senhor, MANUEL DE JESUS BALANGA SANGE, ter requerido
1- Candidatos à vaga de Técnico Médio de Contabilidade: gem da Mutamba, comunica à Sra. HEDMA
uma parcela de terra com uma área total de 500,00m2, localizado no Bairro
Caop - C, Distrito Urbano de Viana, Município de Viana, com as coordena-
LIMA, que se encontra em situação de Aban-
das geográficas a seguir discriminadas: - Nacionalidade Angolana dono de Trabalho, pelo facto de encontrar-se
Vértices Latitude Longitude - Idade superior a 25 anos ausente do seu local de trabalho há mais de
V1 9°02'21.07”S 13°23'07.29’’E
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- Conhecimentos no Primavera Informamos que a Senhora deverá nos próximos
V3 9°02'19.75’’S 13°23'07.84’E’
- Capacidade de agir e trabalhar sob pressão cinco (5) dias, após esta publicação, justificar do-
V4 9°02'20.39’’S 13°23'07.81’E’
- Trato fácil e motivação para o trabalho cumentalmente a razão da sua ausência, sob
São, por este meio, convocadas todas as pessoas singulares ou colectivas, - Residir em localidades próximas ao Benfica será uma pena de nos termos do Artigo 229º, nº 2 alínea
que se julgarem com direitos sobre o mesmo terreno a comprová-lo junto vantagem. C) da LGT, efectivar-se o abandono de Trabalho,
da Direcção Municipal de Infra-Estruturas, Ordenamento do Território
e Habitação desta Administração Municipal (dmguuc.viana@gmail.com), com as consequências previstas no n.º 5 do
no prazo de 30 dias a contar da data da publicação deste Edital. Os candidatos devem enviar o Curriculum Vitae, acompa- mesmo artigo.
nhado da cópia do B.I. e 2 fotografias, para o e-mail:
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20 NECROLOGIA
CONDOLÊNCIAS
AMÍLCAR DOS SANTOS
AZEVEDO DA SILVA
Maria Monteiro de Almeida apresenta
as mais sentidas condolências à família
do Sr AMÍLCAR DOS SANTOS AZEVEDO
DA SILVA, em especial à sua querida
filha, Sally Dalila Azevedo da Silva. Paz
à sua alma. (7974)NMI-1/2
CONDOLÊNCIAS
HILÁRIO LEITE ROLO
O Hospital Militar Principal de Luanda
tomou conhecimento do passamento
físico do Sr. Coronel HILÁRIO LEITE
ROLO, ocorrido no dia 25/5/2021. Neste
momento de profunda consternação,
endereça à família enlutada os profundos
sentimentos de pesar. (7978)NMI-1/2
FALECEU
MIGUEL FRANCISCO
AUGUSTO
Francisca Afonso Augusto "Chiquinha"
(esposa), Dânio Augusto, Ercília Augusto
Coche, Yuri Augusto, Isabel Augusto Cardoso
"Nsunda" (filhos) participam o falecimento
de MIGUEL FRANCISCO AUGUSTO, ocor-
rido dia 29/5/2021, na Clínica da Endiama,
por doença. O óbito decorre em Viana
(Luanda Sul). O funeral realiza-se quarta-
feira, dia 2/6/2021, no Cemitério do Benfica,
às 10h00. (7999)NMI-1/3
FALECEU
FRANCISCO MANUEL
DOMINGOS (Naval)
A Associação dos Naturais e Amigos do Marçal
apresenta, neste momento de dor e de luto, à
família enlutada os profundos sentimentos
de pesar, pelo passamento físico do Senhor
FRANCISCO MANUEL DOMINGOS, Admi-
nistrador do Distrito Urbano do Rangel, ocorrido
no dia 27/05/2021. O funeral realiza-se hoje,
dia 01/06/2021, (terça-feira), às 10h00, no
Cemitério de Sant´Ana. Paz à sua alma.
(7875)NMI-1/1
SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 8H ÀS 15H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H ÀS 14H
CONDOLÊNCIAS
AMÍLCAR DOS SANTOS
AZEVEDO DA SILVA
Maria Monteiro Almeida, Alda Rosa
Gama, Regina Cirilo, Fernanda Carvalho,
Rosalina Faceira, Rosalina de Fátima,
Sebastião Mendes apresentam aos fami-
liares de AMÍLCAR DOS SANTOS AZE-
VEDO DA SILVA em especial à sua filha
Sally, os mais sentidos pêsames pelo
passamento físico daquele que um dia
foi o seu grande líder, na Direcção Comer-
cial do BPC. (7974)NMI-2/2
FALECEU
INÊS AUGUSTO SEBASTIÃO
DA SILVA
Nelson (esposo), Aminata, Cíntia, Rafaela e
Rafael(filhos), Antónia Augusto(mãe), Fatinha,
Weza, Patrícia e Ricardo(irmãos), tias(os),
familiares e amigos comunicam o falecimento
de sua querida INÊS AUGUSTO SEBASTIÃO
DA SILVA, ocorrido no dia 29/05/2021, por
doença. O velório decorre hoje, dia 1/6/2021,
nos Bombeiros e o funeral realiza-se amanhã,
dia 2/6/2021, às 10h00, no Cemitério do Ben-
fica. (7964)NMI-1/2
FALECEU
MIGUEL FRANCISCO
AUGUSTO
Luzia Miguel Canga (mãe), Antónia Martins
Augusto, Francisco Chita Augusto, Domingos
Augusto, Angelina Augusto Bernardo, Pedro
Augusto, Vicente Augusto, Maria Augusto, Maria
Augusto Velasco, Manuel Augusto (irmãos), tios,
primos, sobrinhos, netos participam o falecimento
de MIGUEL FRANCISCO AUGUSTO, ocorrido
dia 29/5/2021, por doença. O funeral realiza-
se quarta-feira, dia 2/6/2021, no Cemitério do
Benfica, às 10h00. (7999)NMI-2/3
CONDOLÊNCIAS
ABEL ALBANO
O colectivo de ex- Estudantes Angolanos
na Polónia vem com profunda tristeza
e consternação comunicar o falecimento
de ABEL ALBANO, ocorrido no dia
29/05/2021. Neste momento de dor e
luto, endereça à família enlutada os mais
profundos sentimentos de pesar.
(7970)NMI-1/2
FALECEU
MILTON JOSÉ MANUEL
(Manleon)
Cláudia Manuel, Priscila Manuel, Milton
Júnior Manuel, Marco Manuel, Luhany
Manuel e Peter Manuel (filhos). É com
profunda dor e consternação que os
filhos comunicam o passamento físico
de seu pai MILTON JOSÉ MANUEL (Man-
leon), ocorrido no dia 30 de Maio de
2021, por doença. (7989)NMI-1/2
FALECEU
INÊS AUGUSTO SEBASTIÃO
DA SILVA
Teresa da Torquato(Joca) amiga, prima
e todos os amigos lamentam com profunda
dor, o desaparecimento físico de sua
querida irmã INÊS AUGUSTO SEBASTIÃO
DA SILVA, ocorrido no dia 29/05/2021,
por doença. O velório decorre hoje, dia
1/6/2021, nos Bombeiros e o funeral
realiza-se amanhã, dia 2/6/2021, às
10h00, no Cemitério do Benfica.
(7964)NMI-2/2
FALECEU
MIGUEL FRANCISCO
AUGUSTO
Dânio Augusto, Neusa Augusto Neto, Ercília
Augusto Coche, Yuri Augusto, Isabel Augusto
Cardoso (Nsunda), Weza Augusto (filhos),
Edivaldo Neto, Hélio Coche, Helder Cardoso,
Natacha Ganga Augusto, Érica Silva Augusto
(genros e noras) participam o falecimento de
MIGUEL FRANCISCO AUGUSTO, ocorrido dia
29/5/2021, por doença. O funeral realiza-se
quarta-feira, dia 2/6/2021, no Cemitério do
Benfica, às 10h00. (7999)NMI-3/3
FALECEU
ISABEL DA PURIFICAÇÃO
VIEIRA LOPES CASTELHANO
Félix Vieira Lopes, José Vieira Lopes, Bene-
dito Vieira Lopes, Marília Vieira Lopes,
Hermínio Vieira Lopes, Violante Vieira
Lopes e Marina Vieira Lopes( irmãos)
comunicam o falecimento da sua querida
ISABEL DA PURIFICAÇÃO VIEIRA LOPES
CASTELHANO, ocorrido no dia 29 de Maio
de 2021, por doença. O funeral realiza-
se hoje, terça-feira, às 14h00, no Cemitério
do Benfica. (8002)NMI-1/2
Terça-feira
1 de Junho de 2021
FALECEU
MILTON JOSĖ MANUEL
“Manleon”
É com profundo pesar e consternação que neste momento de
dor e luto, Ana Cláudia Manuel, Priscilla Andrea Gonçalves
Manuel, Milton Júnior Manuel, Marco António Manuel, Luhany
Manuel, Peter Oliveira Manuel, filhos cumprem o doloroso dever
de informar o falecimento do seu pai MILTON JOSÉ MANUEL,
por doença, ocorrido no dia 30/05/2021.O velório e o funeral
serão em data a anunciar oportunamente. (7946)NMII-1/2
FALECEU
MILTON JOSĖ MANUEL
“Manleon” (Toy)
É com profundo pesar e consternação que neste momento de
dor e luto, Alzira Raimundo,(Yana), Hélia Raimundo, Plácido
Manuel do Nascimento, Ireneu do Nascimento, Miguel Manuel
do Nascimento, Mário António do Nascimento, António Manuel
do Nascimento e Marly Nascimento Chicomo, (irmãos), primos,
tios e sobrinhos cumprem o doloroso dever de informar o
falecimento do seu ente querido MILTON JOSÉ MANUEL, por
doença, ocorrido no dia 30/05/2021.O velório e o funeral serão
em data a anunciar oportunamente. (7946)NMII-2/2
CONDOLÊNCIAS
AMÍLCAR SILVA
Foi com profunda dor e consternação que o Conselho de Admi-
nistração do Banco BIC tomou conhecimento do passamento
físico do estimado Dr. AMÍLCAR SILVA, ocorrido no dia 30/05/2021
e endereça as mais sentidas condolências à família enlutada.
(500.077)NMII-1/1
CONDOLÊNCIAS
AMÍLCAR AZEVEDO DA SILVA
Foi com profundo pesar que o Conselho de Administração e o
colectivo de trabalhadores do Banco Nacional de Angola tomaram
conhecimento do passamento físico de AMÍLCAR AZEVEDO DA
SILVA, ex-vice Governador do BNA e ex-presidente da direcção
da Associação Angolana de Bancos -ABANC, por doença. Nesta
hora de dor e luto, pela perda de tão ilustre personalidade, que
foi um dos percursores da construção do sector bancário angolano,
curvam-se perante a sua memória e endereçam à família enlutada
as mais sentidas condolências. (500.078)NMII-1/1
FALECEU
FRANCISCO MANUEL DOMINGOS NAVAL
Foi com profunda dor e consternação que o Grupo Carnavalesco
União Recreativo Kilamba (URK) tomou conhecimento do pas-
samento físico do Dr. FRANCISCO MANUEL DOMINGOS NAVAL,
Administrador do Distrito Urbano do Rangel, ocorrido na
madrugada do dia 27 de Maio de 2021, por doença, numa das
unidades hospitalares de Luanda. Diante deste nefausto acon-
tecimento, a União Recreativo Kilamba curva-se perante a sua
memória e em nome de todos seus membros e colaboradores
endereça a toda família enlutada os mais sinceros sentimentos
de pesar. Paz à sua alma. (7973)NMII-1/1
FALECEU
ISABEL DA PURIFICAÇÃO VIEIRA LOPES
CASTELHANO
Fernando Luís Castelhano da Silva (esposo), bem como os filhos
Leonardo Vieira Lopes Castelhano, Auricete Vieira Lopes Castelhano,
Helena Vieira Lopes Castelhano, Manuela Vieira Lopes Castelhano,
Luís Fernando Joaquim Castelhano, Alíria Vieira Lopes Castelhano,
Emanuela Castelhano da Silva comunicam o falecimento da sua
querida ISABEL DA PURIFICAÇÃO VIEIRA LOPES CASTELHANO,
ocorrido no dia 29 de Maio de 2021, por doença. O funeral rea-
liza-se hoje, terça-feira, às 14h00, no Cemitério do Benfica.
(8002)NMII-2/2
Terça-feira
1 de Junho de 2021 21
FALECEU RECORDAÇÃO FALECEU CONDOLÊNCIAS

AMÍLCAR SANTOS AZEVEDO DA SILVA

Maria da Luz Azevedo da Silva, Bélicas Azevedo da Silva, José

Azevedo da Silva, Fernando Azevedo da Silva, Ricardo Azevedo
da Silva (irmãos), Dalila Azevedo da Silva (filha) e demais
familiares informam que o velório do seu Presidente da Assem-
bleia-Geral, Dr. AMÍLCAR SANTOS AZEVEDO DA SILVA, tem
lugar hoje, dia 1 de Junho de 2021, no ex-RI20, a partir das 16h00, JOSEPH NSUKA JOSEPH NSUKA AMÍLCAR SANTOS
cujo funeral realiza-se amanhã, dia 2/6/2021, às 11h00, no AZEVEDO DA SILVA
Cemitério de Sant'Ana, antecedido de Missa de corpo presente
no local do velório, às 9h00. (500.0880)NMI-1/1 Com os corações dilacerados, choram Maria Nsuka (esposa), Helena Nsuka, O I.F.B.A- Instituto de Formação Bancária
em silêncio a sua partida, sua comadre Josina Nsuka e Pericles Nsuka (filhos), de Angola tomou conhecimento do pas-
Ema da Silva, afilhado Telmo da Silva e cunhados, genros,sobrinhos, demais samento físico do Sr.Dr. AMÍLCAR SAN-
CONDOLÊNCIAS Ana Silva, Zizi Barroso, Luxa Tucho e familiares e amigos comunicam que o TOS AZEVEDO DA SILVA, Presidente
Cuca Barroso. Que Deus o receba em funeral de JOSEPH NSUKA realiza-se da Mesa da Assembleia-Geral. Neste
Sua Glória. (7832)NMI-3/3 hoje, dia 1/6/2021, saindo o préstito momento de dor e sofrimento, os fun-
MILTON JOSÉ MANUEL fúnebre no Estado Maior General do cionários do I.F.B.A., endereçam à família
Exército (RI20) antecedido com Missa enlutada sentimentos de pesar.
Foi com profunda dor e consternação que o colectivo de trabalhadores de Corpo Presente, seguindo para o (8004)NMI-1/1
da Sociedade Gestora de Aeroportos S.A. (SGA, S.A.) tomou conhecimento Cemitério do Benfica. (7918)NMI-2/2
do falecimento do administrador executivo MILTON JOSÉ MANUEL,
ocorrido no passado dia 30 de Maio de 2021, por doença. Todos os
colaboradores se solidarizam com a dor dos familiares, amigos e dos que
FALECEU FALECEU RECORDAÇÃO
com ele tiveram o privilégio de conviver, nas esferas profissional e pessoal,
rendendo homenagens ao trabalho por si realizado em toda a sua carreira.
Neste momento de perda e consternação, ficam registadas as suas sinceras
condolências e o desejo de conforto a toda a família e amigos. Que a sua
alma descanse em paz! (500.0878)NMI-1/2

FALECEU CONDOLÊNCIAS

JOAQUIM DO NASCIMENTO JOÃO DOMINGOS SOARES MARGARIDA INÊS

ESPÍRITO SANTO CARVALHO KITECULO GONÇALVES

JOAQUIM DO NASCIMENTO
ESPÍRITO SANTO CARVALHO
José Veríssimo, Ana Maria, Dina e Domingas
(irmãos) cumprem o doloroso dever de comu-
nicar o falecimento do seu irmão JOAQUIM
DO NASCIMENTO ESPÍRITO SANTO CAR-
VALHO, ocorrido dia 28/5/2021, por doença.
O funeral realizar-se-á em data a anunciar
oportunamente. (7871)NMI-3/3
ANDRÉ MIRANDA
A Ordem dos Médicos de Angola vem,
por este meio, endereçar à família enlutada,
os mais profundos sentimentos de pesar,
pelo passamento físico do Sr. Dr.ANDRÉ
MIRANDA,ocorrido no dia 30 de Maio de
2021, em Luanda. Que a sua alma descanse
em paz. (7986)NMI-3/3
Cremilda Agostinho da Silva Espírito
Santo Carvalho (esposa), Mauro, Dani,
Álvaro, Andreia, Josil, Lidinara e Ana
(filhos) cumprem o doloroso dever de
comunicar o falecimento do seu esposo
e pai JOAQUIM DO NASCIMENTO ESPÍ-
RITO SANTO CARVALHO, ocorrido dia
28/5/2021, por doença. O funeral rea-
lizar-se-á em data a anunciar oportu-
namente. (7871)NMI-3/3
FALECEU
É com profunda consternação que os Irmãos;
Rita, Carlos, Maria Emília, Joaquim(JK), Rodrigues,
Ana, Sandra, Elsa, Cláudio, Armando, Preciosa,
José Manuel, Anabela, Nelson Faria, Ismênia,
Elsa, João Oliveira Kiteculo, têm o doloroso
dever de comunicar o falecimento do seu ente-
querido JOÃO DOMINGOS SOARES KITECULO,
(Kananga), ocorrido no dia 28/05/2021, por
doença. O funeral realizar-se-á em data a
anunciar oportunamente. (7932)NMI-1/1
CONDOLÊNCIAS
Hoje completas dois meses, desde o teu
desaparecimento físico, mas és eterna.
É sempre dizer obrigado a Deus nosso
Senhor, por existires. Te fazer de nossa
mãe, é muita saudade, estarás sempre
nos nossos corações, no teu amor incon-
dicional para com os teus filhos e da
família. Descanse em paz.
(7889)NMI-2/2
FALECEU

CONDOLÊNCIAS CONDOLÊNCIAS

GISELA MANTENA ARSÉNIO MILTON JOSÉ MANUEL YOLANDA PATRÍCIA

CARLOS MANUEL DIAS
SEMEDO JESUS
A Ordem dos Médicos de Angola vem,
por este meio, endereçar à família enlu-
tada, os mais profundos sentimentos de
pesar, pelo passamento físico do Sr.
Dr.CARLOS MANUEL DIAS SEMEDO
JESUS, ocorrido no dia 25 de Maio de 2021,
em Portugal /Lisboa. Que a sua alma des-
canse em paz. (7986)NMI-2/3
JOSEPH NSUKA
A Ordem dos Médicos de Angola vem, por este
meio, endereçar à família enlutada, os mais
profundos sentimentos de pesar, pelo passa-
mento físico do Sr. Dr JOSEPH NSUKA, Director
do Dispensário Anti- Tuberculose, ocorrido
no dia 29 de Maio de 2021, em Luanda. Que a
sua alma descanse em paz. (7986)NMI-1/3
DOS SANTOS (Gisa)
Eduardo dos Santos, Gil Santos, Generoso
Santos, Mário Santos, Gerson Emanuel, José
Miguel, Ana Gourgel, Lena Dias, Tucha Santos,
Ângela Maria, Lita Santos, Sany Santos, Zany
Santos, Sandra Santos ( irmãos), primos, sobri-
nhos, netos e amigos comunicam o falecimento
de GISELA MANTENA ARSÉNIO DOS SANTOS
(Gisa), ocorrido no dia 30/5/2021, por doença.
O funeral realizar-se-á em data a anunciar.
(8019)NMI-1/2
FALECEU
O Conselho de Administração da Sociedade
Gestora de Aeroportos S.A. (SGA, S.A.) comunica
com pesar, o falecimento do administrador
executivo MILTON JOSÉ MANUEL, ocorrido
no dia 30 de Maio de 2021, em Luanda, por
doença. Neste momento de dor e luto, soli-
dariza-se e apresenta à família enlutada o seu
mais profundo sentimento de pesar. Que a
sua alma descanse em paz.
Eterno companheiro! (500.0878)NMI-2/2
FALECEU
PAIXÃO DIAS
Ndombala Visconde Dias (esposo), Akyese
Paixão Dias, Akyame Paixão Dias (filhos),
Maria Rosa (mãe), Jorge Paixão, Lídia Paixão,
Eduardo Paixão, José Inácio Paixão, Elisete
Paixão, Rosa Paixão, Carlos Paixão, Cecília
Paixão e irmãos comunuicam o falecimento
de YOLANDA PATRÍCIA PAIXÃO DIAS, ocorrido
no dia 30/05/2021, por doença. O funeral
realizar-se-á em data a anunciar oportuna-
mente. Paz à sua alma. (500.0882)NMI-1/1
CONDOLÊNCIAS

MISSA FALECEU

ENGRÁCIA AMÉLIA ELÍSIO JOSÉ DA COSTA ANTÓNIO MANUEL

ANTÓNIO DE ASSUNÇÃO
PEDRO
Os familiares de ANTÓNIO DE ASSUNÇÃO
PEDRO agradecem a todos que se soli-
darizaram com a sua dor e luto. Comu-
nicam que será rezada Missa do 7º Dia,
em sua memória, hoje, às 18h30, na
Paróquia de Fátima (ex-São Domingos).
Paz à sua alma. (8014)NMI-1/1
GISELA MANTENA ARSÉNIO
DOS SANTOS (Gisa)
Maria Antónia (mãe) Manuela, Tunicha,
Buju ( filhas) comunicam o falecimento
de sua filha e mãe GISELA MANTENA
ARSÉNIO DOS SANTOS (Gisa), ocorrido
por doença, no dia 30/5/2021. Que a
sua alma descansa em paz.
(8019)NMI-2/2
AMBRÓSIO DOS SANTOS
Pedro dos Santos (esposo), Francisca
Costa Ludjero dos Santos, Carla Francisco,
Anacleta Canhango, Natacha dos Santos,
Carlos Ambrósio e Élcio Ambrósio comu-
nicam o falecimento de ENGRÁCIA AMÉ-
LIA AMBRÓSIO DOS SANTOS, ocorrido
dia 31/5/2021. O funeral realizar-se-á
em data a anunciar. (7965)NMI-1/2
ANDRÉ (Elísio Costa)
A Direcção da Brigada Jovem de Literatura de
Angola cumpre o doloroso dever de comunicar
o falecimento do seu membro fundador,
escritor ELÍSIO COSTA, Bastonário da Liga
dos Intelectuais do Cazenga e Director do
Jornal Expresso Cazenga, ocorrido dia 28/5/2021,
por doença. O funeral realiza-se quarta-feira,
dia 2 de Junho de 2021, às 10h00, partindo do
Marco Histórico do Cazenga, para o cemitério
da Mulemba (14). (8010)NMI-1/1
DOMINGOS
O Hospital Militar Principal de Luanda
tomou conhecimento do passamento
físico do Sr. Tenente Coronel ANTÓNIO
MANUEL DOMINGO S, ocorrido
29/5/2021. Neste momento de profunda
consternação endereça à família enlutada
os profundos sentimentos de pesar.
(7978)NMI-2/2

SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 8H00 ÀS 15H00, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 8H00 ÀS 14H00
22 Terça-feira
1 de Junho de 2021

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PORTO DE LUANDA, E.P

RELATÓRIO DE CONTAS

(500.0867)PP/PB-1/3
Terça-feira
1 de Junho de 2021 23
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(500.0867)PPI/PB-2/3
24
KPMG Angola - Audit, Tax, Advisory, S.A.
Edifício Moncada Prestige - Rua Assalto ao Quartel de Moncada 15 2º
Luanda - Angola
+244 227 28 01 01 | www.kpmg.co.ao
RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE
Ao Accionista da
Empresa Portuária de Luanda, E.P.
Introdução
1. Auditámos as demonstrações financeiras anexas da Empresa Portuária de Luanda, E.P., também de-
nominada por Porto de Luanda, E.P. (“Empresa”), as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro
de 2020, que evidencia um total de 105 325 954 milhares de Kwanzas e um capital próprio de 64 471 284
milhares de Kwanzas, incluindo um resultado líquido de 27 202 542 milhares de Kwanzas, as Demons-
trações dos Resultados por Naturezas e dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data e o corres-
pondente Anexo.
Responsabilidade do Conselho de Administração pelas Demonstrações Financeiras
2. O Conselho de Administração é responsável pela preparação e apresentação de modo apropriado destas
demonstrações financeiras de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Angola e
pelo controlo interno que determine ser necessário para possibilitar a preparação de demonstrações finan-
ceiras isentas de distorção material devido a fraude ou a erro.
Responsabilidade do Auditor
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião independente sobre estas demonstrações
financeiras com base na nossa auditoria, a qual foi conduzida de acordo com as Normas Técnicas da
Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola. Estas normas exigem que cumpramos requisitos
éticos e que planeemos e executemos a auditoria para obter segurança razoável sobre se as demonstra-
ções financeiras estão isentas de distorção material.
4. Uma auditoria envolve executar procedimentos para obter prova de auditoria acerca das quantias e
divulgações constantes das demonstrações financeiras. Os procedimentos seleccionados dependem do
julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção material das demonstrações finan-
ceiras devido a fraude ou a erro. Ao fazer essas avaliações dos riscos, o auditor considera o controlo in-
terno relevante para a preparação e apresentação das demonstrações financeiras pela entidade a fim
de conceber procedimentos de auditoria que sejam apropriados nas circunstâncias, mas não com a fi-
nalidade de expressar uma opinião sobre a eficácia do controlo interno da entidade. Uma auditoria inclui
também avaliar a adequação das políticas contabilísticas usadas e a razoabilidade das estimativas con-
tabilísticas feitas pelo Conselho de Administração, bem como avaliar a apresentação global das demons-
trações financeiras.
5. Estamos convictos que a prova de auditoria que obtivemos é suficiente e apropriada para proporcionar
uma base para a nossa opinião de auditoria
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DOS RECURSOS MINERAIS, PETRÓLEO E GÁS
INSTITUTO REGULADOR DOS DERIVADOS DO PETRÓLEO
IRDP
Preços de Referência do JET A1 (a partir de 1 de Junho de 2021)
Atendendo o mecanismo de ajustamento automático dos preços do JET A1, aos
de mercado, em vigor, o Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo, vem tor-
nar público, os preços de referência, do produto acima referido, para as categorias
da produção ou importação, distribuição e comercialização, a vigorar a partir do
dia 1 de Junho de 2021, nos termos dos artigos 5.º e 7.º do Decreto Executivo
Conjunto n.º 331/20, de 16 de Dezembro,combinado com o artigo 9.º do Decreto
Presidencial n.º 206/11, de 29 de Julho,conforme a tabela abaixo:
Preços de Referência do JET A 1 Valor (Kz/Litro)
(a partir de 1 de Junho de 2021)
Preço de Referência do Ajustamento – Platts (PRA) 303,17
Preço Base na Costa/Ex-Refinaria (PBC) 337,16
Preço de Venda Ex-Logística e Distribuição (PVD) 387,97
Preço na Aeroinstalação (que inclui impostos e taxas) (PVA) 455,90
INSTITUTO REGULADOR DOS DERIVADOS DO PETRÓLEO, em Luanda, aos
28 de Maio de 2021.
O DIRECTOR-GERAL
ALBINO FERREIRA
(500.076)1/4P-1/1
Terça-feira
1 de Junho de 2021
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Opinião
6. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de
forma apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Empresa
Portuária de Luanda, E.P. em 31 de Dezembro de 2020 e o seu desempenho financeiro e fluxos de
caixa relativos ao exercício findo naquela data em conformidade com os princípios contabilísticos ge-
ralmente aceites em Angola.
Ênfases
7. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para as situações se-
guintes:
7.1. Conforme referido nas Notas 9.1.2.1. e 14 das demonstrações financeiras, no exercício de 2020 a
Empresa procedeu à correcção de erros fundamentais, que constavam do Relatório do Auditor Indepen-
dente sobre as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2019, no montante
de 619 766 milhares de Kwanzas referente à correcção do tratamento contabilístico que vinha a ser se-
guido no âmbito do registo dos investimentos realizados pela Empresa, relativos ao projecto habitacional
de cariz social.
7.2. Conforme descrito na Nota 9.1.4 das demonstrações financeiras, a 31 de Dezembro de 2020 as Contas
a Receber incluem 12 906 120 milhares de Kwanzas de montantes líquidos a receber de entidades públicas,
cuja recuperabilidade o Conselho de Administração considera estar assegurada no contexto de futuras ne-
gociações com aquelas entidades e/ou através de deliberações comuns das respectivas tutelas.
7.3. Conforme divulgado nas Notas 9.1.1.2 e 38 das demonstrações financeiras, na sequência do lança-
mento do concurso público internacional 2/2019 de 16 de Dezembro de 2019, foi celebrado a 25 de Janeiro
de 2021 o contrato de concessão para a gestão e exploração do Terminal Multiuso do Porto de Luanda
com a empresa DP World MPL – Serviços, S.A.
Outras Matérias
8. O Relatório do Auditor Independente sobre as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de
Dezembro de 2019 incluía duas reservas, relativas a recuperabilidade de imobilizações corpóreas e a
recuperabilidade de saldos com o anterior concessionário, e correspondentes equipamentos, as quais
foram sanadas.
Luanda, 29 de Abril de 2021
KPMG Angola – Audit, Tax, Advisory, S.A.
Representada por
Paulo Rui Inocêncio Ascenção
(Perito Contabilista com Cédula n.º 20140082
(500.0867)PP/PB-3/3
DRMG
COMÉRCIO-GERAL & PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, LDA.
ASSEMBLEIA-GERAL
=CONVOCATÓRIA=
Devido a manifestação de Cessão de Quotas correspondente a percen-
tagem de 20% pelo sócio José Manuel Gouveia Lisboa ao sócio-gerente
Dorivaldo Rafael Morais Guelengue, o gerente da sociedade Dorivaldo
Rafael Morais Guelengue convoca, nos termos dos artigos 11.º e 12.º
do Contrato da Sociedade da DRMG-LDA, os sócios em pleno gozo dos
seus direitos, para a Assembleia-Geral desta sociedade por quota, a rea-
lizar-se no dia 01 de Julho de 2021, às 10 horas, na sua sede em
Luanda, com a seguinte proposta de Ordem de Trabalho:
Ponto de Ordem:
1. Apresentação e Aprovação dos Relatórios de gestão e Contas do
exercício de 2019, 2020 e do 1.º Semestre de 2021, aplicação dos lu-
cros e aprovação de medidas relativas aos prejuízos e outros;
2. Apresentação e Aprovação da Carta da cessão de Quota e da
transformação do tipo da sociedade por Quota para Unipessoal;
3. Apresentação e Aprovação da mudança da sede de sociedade em
Luanda para província de Bengo.
Sede da DRMG, Comércio-Geral & Prestação de Serviços, Lda., em
Luanda, 25 de Maio de 2021.
O GERENTE
Dorivaldo Rafael Morais Guelengue
(7949)1/4P-1/1
Terça-feira
1 de Junho de 2021 25
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26 Terça-feira
1 de Junho de 2021

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(500.0592)MPP/C

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA CULTURA, TURISMO E AMBIENTE
DIRECÇÃO NACIONAL DE PREVENÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTES AMBIENTAIS

COMUNICADO
O Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, por intermédio da Direcção Nacional de Prevenção e Avaliação de Impacte Ambiental, localizado no Complexo Administrativo Clássicos
de Talatona, sito na Rua do MAT, Edifício n.º 4, Município de Talatona, Província de Luanda, nos termos do Decreto Presidencial N.º 117/2020 de 22 de Abril sobre o Regulamento
Geral de Avaliação de Impacte Ambiental e do Procedimento de Licenciamento Ambiental, solicita que as empresas abaixo indicadas procedam o levantamento das suas respectivas
Licenças Ambientais.
1. Total E&P Angola Blocks 20-21 S.A 34. Golden Nest Int. Group Proprietary Ltd ( Surcusal) 68. Yoricia- Prestação de Serviços, Lda. 99. Organizações Tchakwanda.
2. Edipesca - U.E.E 35. Africa Pharmacy, Limitad 69. Angola GCCSTEEL, Lda. 100. CIKAAN Rações.
3. Cogimbo Imobiliário, Lda. 36. Cggs - Engenharia Angola, Lda. 70. KikuxiVillas Club, Lda. 101. Casa dos Frescos, S.A.
4. Pmja-Com.Geral & Prestação de Service, Limitada 37. Scominvep.Sa 71. Roberto & Roberto Associados- Comércio Geral, Lda. 102. NJIETU- Comércio e Prestação de Serviços, Lda.
5. Confrasilvas - Construção Civil, S.A.. 38. Kikolo - Soc - Industrial de Moagem, S.A 72. Aster Camilus- Comércio Pres. Serviços, Lda. 103. NARZA`S, Limitada.
6. Farmaclinic, Lda. 39. Emaxicom Comércio e Indústria, Limitada 73. Sara Zakaria- Indústria e Comércio Geral (SU), Lda. 104. Ango LWAD Comércio Geral Lda.
7. Jambo B.E.R - Comércio e Indústria (Su), Lda. 40. Pedra Maria, Lda 74. Robert Hudson, Lda. 105. Mezanga Comércio Geral (SU), Lda.
8. Gabinete de Obras Especiais - G.O.E 41. AAA, ACTIVOS, Lda. 75. Casa de Cor 106. Mezanga Comércio Geral (SU), Lda.
9. Rayan-Investiment Angola, Lda. 42. Rayan Investment Angola 76. ANGOCAJÚ, Lda. 107. Golden Bread- Trading, Lda.
10. Metarochas-Rochas e Semi-Pre. de Angola, da (Filial) 43. UNICANDA Agro-Industrial (SU), S.A. 77. MORVIC- Agropec, Comércio Geral e Presta. De 108. Maria Pedro Luís.
11. Petromar, Lda. 44. ANGOCAP INDÚSTRIA, Lda. Serviços, L 109. JAELOSA, Lda.
12. De RuTong Internacional, Lda. 45. Minersolo - Inertes e Mineração, S.A. 78. Zona Alimentar, Lda. 110. JAELOSA, Lda.
13. Zhongtão Internacional, Lda. 46. Panikuya - Comércio Geral, Lda. 111. ADEVERIUS- Prestação Serviços, Hotelaria e Turismo.
79. Hotel Panguigest, S.A- Gestão Hoteleira.
14. ENI Angola Spa - Surcursal de Angola 47. G. Branco, Consultores Reunidos, Lda.
80. Kimbita Comercial, Lda. 112. ADEVERIUS- Prestação Serviços, Hotelaria e Turismo.
15. MIMLIFE - Comércio e Indústria 48. Condutas MM Angola, Lda.
81. Glória Candente- Panific, Com. G., Prestação Ser- 113. Diallo Abdoulaye.
16. Mamizeca Investimentos - Comércio Indústria Agri- 49. Lihuan Group (SU),
viços, Lda. 114. L.I.Pinto- Prestação de Serviços (SU), Lda.
cultura Pescas e Prestação de Serviços 50. Kiana - Comércio e Prestação de Serviços, Lda.
82. DEG. DEG- Comércio Geral, Lda. 115. Nelo Filipe- Publicidade e Artes.
17. Brigade - Comércio e Indústria, Lda. 51. KOSSE & Filhos, Lda.
83. L&J - Comércio Geral, Lda. 116. Nelo Filipe- Publicidade e Artes.
18. Quimaze - Gestão e Empreendimento, Lda. 52. ALUTEL- Comércio e Indústria (SU), Lda.
84. A.M.V. C- Prestação de Serviços, Lda. 117. Vazil- Comércio e Serviços, Lda.
19. Total Marketing & Services Angola, S.A 53. Y.C.I.T. S- Construção Civil (SU), Lda.
20. PgsGeophisysical Angola lim.Su.Em Angola 54. PESCANGOLA- E.P. 85. Sogepnues 118. LUZEFI, Lda.
21. Apermotor Angola, Lda. 55. Ango-Pack, Lda. 86. Poliscorpus, Lda. 119. Bem Pedro, Lda.
22. Aliança Global Empreendimentos, Limitada 56. GHERDIC Comércio Geral, Lda. 87. Bantiguel Monde. 120. EUNIFRANÇA Comercial.
23. Total E&P Angola 57. Domingos Quipuco Candeiro- Comércio e Indús- 88. JASMI SADJA- Comércio e Serviços, Lda. 121. ELDS Padaria- De Edson Lemos da Silva.
24. Kocanda - indústria de Bebidas, Lda. tria. 89. Lemar, Lda. 122. Crisneth Mundo-Alimentos & Serviços, Lda.
25. Ace Fortune - Indústria e Comércio, Lda 58. Vimoang - Comércio e indústria de mobiliário, Lda. 90. BIOPOLY Indústria, Lda. 123. NASA- Comércio, Importação e Exportação, Lda.
26. Ruiyong Wang - Comércio Geral e Prestação de 59. Equador- Empreend. Hotel e Turísticos, Lda. 91. SINOHYDRO Corporation, Lda. 124. Angosteel-Construção Civil, Obras Públicas Imp.
Servicos (Su), Lda. 60. Njcz Tubos, Lda. 92. Weibo Agropecuária, Lda. e Exp. Lda.
27. Hotel Horizonte, Limitada 61. Termopainel, S.A 93. António & Gregório, Lda. 125. Luena Plaza,Lda
28. Tcostone, Lda. 62. Elecnor, S.A Sucursal de Angola. 94. EMIRAIS- Comércio Geral, Importação & Explora- 126. MEBISA (Motaengil Angola).
29. N.CD.P.Comp.N. de Produtos Descartáveis, S.A 63. FOODTEC, INDÚSTRIA ALIMENTAR, Lda. ção. 127. Sonangol Distribuidora.
30. Bem Barato - Comércio a Grosso, Lda. 64. Zona Alimentar, Lda. 95. TRANSPARQUES PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. 128. DESCO ANGOLA, Lda.
31. Sodian - Sociedade de Distribuição Angolana, Lda. 65. Gás Angola Service, S.A. 96. Transparques- Prestação de Serviços.
32. Maa Samanta-Comércio e Indústria (SU), Lda. 66. MLTSS Angola, Lda. 97. FURRAT, Comércio Geral, Lda. O DIRECTOR
33. Ferplas, Lda. 67. Mussambo Comercial, Lda. 98. Nandus Car, Lda.
IURY VALTER DE SOUSA SANTOS
(500.0836)MPP/PB-4/5
Terça-feira
1 de Junho de 2021 27
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CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE BOIAS

DE SINALIZAÇÃO MARÍTIMA NAS BAÍAS DE LUANDA E DO MUSSULO

ANÚNCIO
ABERTURA DE PROCEDIMENTO DE CONCURSO LIMITADO
POR PRÉVIA QUALIFICAÇÃO N.º 01/68.00/2020

A EMPRESA PORTUÁRIA DE LUANDA, E.P. vem tornar público, nos termos do disposto no n.º 1
do artigo 119.º e do Anexo VIII, da Lei n.º 9/16, de 16 de Junho, Lei dos Contratos Públicos, que
está aberto o Concurso Limitado Por Prévia Qualificação para Aquisição dos Serviços de Forneci-
mento e Instalação de Boias de Sinalização Marítima nas Baías de Luanda e Mussulo.

1. DADOS DA ENTIDADE PÚBLICA CONTRATANTE (EPC)

Designação: Empresa Portuária de Luanda, E.P.
Endereço: Avenida 4 de Fevereiro – Luanda
Localidade: Ingombota
Província: Luanda
Telefone: +244 226 431 121
Correio electrónico: sinalizacaomaritima@portoluanda.co.ao
Tipo de entidade contratante e suas principais actividades: Empresa Pública: Sector Portuário.
A EPC está a contratar por conta própria.

2. INFORMAÇÃO RELATIVA AO CONTRATO

Designação dada ao contrato pela EPC: Contrato de Aquisição de Serviços de Fornecimento e Ins-
talação de Boias de Sinalização Marítima nas Baías de Luanda e do Mussulo.
Tipo de contrato: Aquisição de Serviços
Local de realização dos serviços: Baías de Luanda e do Mussulo
O concurso implica celebração de um contrato público.
O concurso está aberto à participação de empresas nacionais ou estrangeiras com representação
no país.
Valor estimado do contrato: AOA 509.116.614,50 (Quinhentos e Nove Milhões, Cento e Dezasseis
Mil, Seiscentos e Catorze Kwanzas e Cinquenta Cêntimos)
Prazo de execução do contrato: 4 (Quatro) meses.

3. INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS CANDIDATOS

3.1. Documentos destinados a comprovação da capacidade técnica:
3.1.1. Experiência mínima de 5 anos na área de fornecimento de serviços marítimos e portuários,
com um valor mínimo de ¼ ( um quarto) do montante global aprovado para o presente procedimento
concursal, desde que as mesmas se tenham realizado nos últimos 48 meses anteriores à data da
publicação do anúncio do presente procedimento, com destaque para:
3.1.2. Avaliação técnica e fornecimento de equipamentos marítimos e portuários e outros afins;
3.1.3. Instalação e montagem de diversos equipamentos com funcionalidades nas baías marítimas,
(500.0471)-1/4P-3/9
tais como boias e faróis, e outros sectores semelhantes do sistema portuário;
3.1.4. Conhecimento profundo do sistema portuário de Angola;
3.1.5. Se for fabricante deve apresentar prova de que está filiado na IALA (Associação Internacional
de Sinalização Marítima);
3.1.6. Se for intermediário deverá apresentar uma autorização do fabricante;
3.2. Documentos destinados a comprovação da capacidade financeira do concorrente:
3.2.1. Declaração bancária adequada ou prova da subscrição de seguro de riscos profissionais;
3.2.2. Balanço e demostração de resultados dos últimos 3 anos, no caso de pessoas colectivas ou
declaração fiscal, no caso de pessoas singulares;
3.2.3. Declaração sobre o volume global de negócios relativo aos 3 (três) últimos anos;.

4. CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃO
4.1. Aplica-se ao presente concurso para efeito de avaliação de proposta o critério da proposta eco-
nomicamente mais vantajosa, tendo em conta os factores enunciados nas peças do procedimento.

5. CONSULTA E OBTENÇÃO DAS PEÇAS DO PROCEDIMENTO

5.1. As peças do procedimento encontram-se disponíveis no endereço que consta no ponto 2 do
presente Anúncio, onde podem ser consultadas, até ao termo do prazo fixado para a apresentação
das candidaturas, prevista no ponto 7 do presente anúncio.
5.2. Os concorrentes podem obter as peças do procedimento, a partir da data da publicação do
anúncio na III.ª Série do Diário da República ou em Jornal de grande circulação no país, mediante
a apresentação a EPC do comprovativo de pagamento de uma taxa no valor de AOA: 250.000,00
(Duzentos e Cinquenta Mil Kwanzas), a ser depositado na Conta Única do Tesouro (CUT), através
do respectivo DAR emitido pela Repartição Fiscal.
5.3. Os serviços da EPC devem disponibilizar cópias dos documentos do presente procedimento,
em suporte de papel ou ficheiro informático, no prazo máximo de 2 dias úteis subsequentes a re-
cepção do pedido.
5.4. Não constitui responsabilidade da EPC qualquer atraso que se verifique após disponibilização
das cópias das peças do concurso do presente Procedimento.
5.5. Constitui responsabilidade dos candidatos a conferência das cópias recebidas nos termos dos
pontos anteriores.

6. PROCESSO
6.1. Data de início para recepção de pedidos das peças do procedimento ou para aceder aos docu-
mentos e para apresentação de candidaturas: 31 de Maio de 2020.
6.2. Prazo de apresentação de candidatura: 18 Junho de 2021, Hora:15h30m

7. INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
7.1. Endereço, ponto de contacto onde podem ser obtidas as informações adicionais, peças do pro-
cedimento e enviadas as candidaturas e propostas, horário de funcionamento são as seguintes:
Designação oficial: Empresa Portuária de Luanda, E.P.
Endereço: Avenida 4 de Fevereiro – Luanda
Localidade: Ingombota
Província: Luanda
Telefone: +244 226 431 121
Correio electrónico: sinalizacaomaritima@portoluanda.co.ao
Funcionamento: 8H00 - 15H30.

Luanda, 27 de Maio de 2021.

O Presidente do Conselho de Administração

Alberto António Bengue
(500.0864)MPI/PB-2/3 (500.0875 )-1/4P-1/2
28 REGIÕES
Terapeutas tradicionais apostam na
multiplicação de plantas medicinais
O programa visa evitar a procura massiva de plantas medicinais, despertar a população
sobre a importância da medicina tradicional e garantir a conservação das espécies
Valter Gomes|Uíge
Diversas espécies de plantas
medicinais estão a ser mul-
tiplicadas, através de um pro-
cesso de enxertia, em estufas
botânicas, no município do
Songo, província do Uíge,
cujo projecto está a cargo de
terapeutas e naturopatas filia-
dos na Câmara da Medicina
Tradicional da província.
Segundo o coordenador
provincial da Câmara Profis-
sional dos Terapeutas de Medi-
cina Tradicional do Uíge, Jorge
Geraldo, o projecto visa a mul-
tiplicação de espécies em gran-
de escala para a distribuição e
tratamento de doentes.
“ O processo visa evitar a
procura massiva de plantas
medicinais, despertar a popu-
lação sobre a importância da
medicina tradicional, garantir
a conservação das espécies,
bem como promover a medi-
cina natural no seio das comu-
nidades”, disse o responsável
ao Jornal de Angola.
De acordo com Jorge Ge-
raldo, a enxertia está a ser
feita numa área de 100 hec-
tares no município do Songo,
onde estão a ser lançadas
plantas medicinais com pro-
priedades curativas de várias
doenças. “Neste momento
já foram catalogadas mais
de 40 espécies que serão
CAPITAL DA HUÍLA EM FESTA
Requalificação do Lubango marca 98º aniversário
Estanislau da Costa
A cidade do Lubango, que
se chamou no tempo colonial
de Sá da Bandeira, come-
morou, ontem, 98 anos, desde
a ascensão a categoria de
cidade, com o foco na cons-
trução e reabilitação de infra-
estruturas públicas, no âmbito
do Programa de Execução
das Obras Integradas, orçadas
em 212 milhões de dólares.
As obras, a cargo da cons-
trutora angolana Omatapalo,
já comportaram a reabili-
tação de 100 quilómetros de
estrada do casco urbano e
suburbano , assim como a
requalificação de espaços
verdes, lazer e de recreação.
O Jornal de Angola apurou
que a referida construtora
já entregou à Administração
da cidade as obras que impli-
caram a reabilitação da ave-
nida da Sé Catedral, a estação
do Caminho-de-Ferro de
Moçâmedes, rua Laureanos,
cine Arco Íris, escola 27 de
Março, rua Pinheiro Chagas,
entre outras infra-estrturas.
Várias espécies de plantas estão a ser reproduzidas no município do Songo
multiplicadas”, revelou.
Entre as plantas medicinais
já catalogadas, acrescentou,
constam o embondeiro, para
o tratamento do desequilíbrio
hormonal dos órgãos femininos,
folhas de bananeira, utilizadas
como antibiótico de largo
aspecto, folhas de abacateiro,
usadas para o tratamento de
hipertensão arterial, caroço de
abacate, para o tratamento de
varicelas, folhas de maracujeira,
que servem para combater o
stresse e a insónia e folhas de
goiabeira, para tratar infla-
mações na garganta, vómitos,
Novas infra-estruturas públicas foram erguidas na cidade
A empreiteira está a concluir
as obras das avenidas adja-
centes as instalações da sede
do Governo Provincial, a Praça
João Paulo II assim como o
espaço verde do rio Mukufi.
Iniciadas em 2017, as
obras comportam ainda a
reabilitação do troço que liga
a escola do I Ciclo 27 de Março
a rotunda do cine -teatro
Arco-iris.
No geral, já foram cons-
truídas novas vias, infra-
UÍGE
menstruação irregular entre
outras doenças.
Constam ainda da lista de
plantas que estão a ser repro-
duzidas , raízes de palmeira,
que actuam como anti-infla-
matório e folhas de morango
para o tratamento de hemor-
róides, dor de dente, diabetes
e outras doenças.
“A província do Uíge,
devido a sua vasta floresta tem
muitas plantas medicinais.
Por isso, precisamos de apoios
do Executivo e de parceiros
para o êxito deste Projecto de
Multiplicação de Plantas Medi-
EDIÇÕES NOVEMBRO
estruturas de saneamento
básico, redes de iluminação
pública e instalação de redes
técnicas, espaços de lazer,
desportivos, entre outros
empreendimentos.
As obras tornaram o trânsito
automóvel mais fluído no
casco urbano da cidade e
melhoraram a pavimentação.
O administrador muni-
cipal do Lubango, Armando
Vieira, apelou aos munícipes
para preservarem as novas
DR
cinais”, sublinhou Jorge
Geraldo, avançando que a ins-
tituição que dirige, em cola-
boração com o Gabinete Pro-
vincial da Saúde, está a tratar
da legalização dos centros de
tratamento tradicional ou
medicina natural.
“Queremos que os centros
de tratamento tradicional ou
medicina natural tenham
condições para acomodar e
tratar pacientes. Muitos tera-
peutas tratam os pacientes
em suas residências com
condições menos favoráveis,
infra-estruturas ."Urge edu-
car a população para a pre-
servação dos bens públicos,
pois representam o patri-
mónio da cidade .
O aumento do número de
crianças pedintes que deam-
bulam em várias artérias da
cidade, constitui uma das
maiores preocupações da
Administração Municipal . "Os
administradores dos bairros
devem imediatamente fazer
um registo destas crianças para
que sejam apoiadas ", disse.
Ao se referir sobre a venda
ambulante no casco urbano,
o administrador lamentou
a atitude de vendedores que
abandonaram os locais con-
vencionais “para comercia-
lizarem nas ruas e jardins”.
Armando Vieira defendeu
a atribuição de um orçamento
diferente às cidades com mais
de dois milhões de habitantes,
no caso, o Lubango, “por forma
a corresponder com as exi-
gências do saneamento básico,
remoção e tratamento dos
resíduos sólidos, realojamento
de famílias das zonas de risco,
entre outras necessidades”.
facto que transmite uma per-
cepção negativa aos próprios
doentes. Por isso, queremos
mudar este quadro para per-
mitir que o terapeuta cuide
do paciente em espaços ade-
quados”, precisou.
O responsável revelou que
a nível da província já estão
legalizados seis centros de
medicina natural. “Com a
aprovação da inclusão da
medicina natural no sistema
nacional de saúde, a coorde-
nação tradicional, em parceria
com o Gabinete Provincial da
Saúde, está capacitar terapeutas
e naturopatas, para que estes
possam prestar um serviço
digno aos pacientes.
Apontou a falta de meios
de transporte e equipamentos
informáticos como sendo as
principais dificuldades que
afectam a instituição, visto que
os técnicos precisam deslocar
até as florestas para catalogação
de novas espécies de plantas,
bem como supervisionar a
actividade nos municípios.
A Coordenação Profissional
dos Terapeutas de Medicina
Tradicional, Natural Alternativa
e não Convencional no Uíge
foi criada no dia 01 de Março
do ano em curso. Composto
por 14 membros, o órgão com-
porta um Departamento de
Investigação Científica, Área
de Vigilância Epidemiológica,
Fiscalização e Sector de Par-
teiras Tradicionais.
ZAIRE
Técnicos de cooperativas
capacitados em gestão agrícola
Kayila Silvina | Mbanza Kongo
Vinte técnicos de dez coo-
perativas agrícolas da pro-
víncia do Zaire, participam
desde ontem, em Mbanza
Kongo, num seminário de
capacitação, sobre a moder-
nização da gestão de coo-
perativas, acção enquadrada
no projecto PROMOVE, sob
auspício do Ministério da
Economia e Planeamento.
A acção formativa de cinco
dias, que conta com a parceria
do Instituo Nacional da Apoio
de Pequenas e Medias Empre-
sas (INAPEM), e sob condução
de dois técnicos do Ministério
da Economia e Planeamento,
tem como objectivo fortalecer
estrutura legal das coopera-
tivas, capacitação dos seus
gestores e assistência técnica
em matéria de gestão. A sus-
tentabilidade das cooperativas
agrícolas para a construção
de um ecossistema denomi-
nado PROMOVE, consta
igualmente dos objectivos do
seminário.
Terça-feira
1 de Junho de 2021
INCUMPRIMENTO
Administração
do Cuanhama
rescinde contrato
com empresas
A Administração Municipal
do Cuanhama, no Cunene,
rescindiu, ontem, contratos
com as empreiteiras que
estão a construir o posto de
saúde da povoação da Bu-
lunganga e as residências
para professores e enfer-
meiros em Ondova, por in-
cumprimento dos prazos
contratuais.
De acordo com a admi-
nistrador do município do
Cuanhama, José Kalomo,
“neste momento já foram
feitos novos procedimentos
jurídico-legais para o pros-
seguimento com os novos
empreiteiros”, a quem soli-
citou dedicação para a con-
clusão dos trabalhos nos
prazos estipulados.
Segundo José Kalomo,
“as empresas demonstraram
incapacidade técnica na
execução física das obras
e agora vão ser responsa-
bilizadas judicialmente”.
O responsável pediu aos
novos empreiteiros “res-
ponsabilidade na execução
das infra-estruturas, des-
cartando a aceitação de des-
culpas por atrasos dos
trabalhos, “porque todas as
condições já estão criadas”.
O município do Cuanhama
tem disponíveis 179 milhões
de kwanzas para implemen-
tação de oito projectos de
impacto económico e social,
inscritos no Plano Integrado
de Intervenção nos Municí-
pios (PIIM).
Elautério Silipuleni | Ondjiva
Durante os cinco dias de
formação, os participantes
vão debruçar-se de temas
como “O directo em coope-
rativismo, “Marketing”, “Con-
tabilidade” e “Gestão do
pessoal e operacional”.
O consultor do projecto do
PROMOVE, Domingos Kas-
soma disse que, o Ministério
da Economia e Planeamento
realiza as acções formativas
no âmbito do Programa de
Apoio à Produção, Diversi-
ficação das Exportações e
Substituição da Importações
(PRODESI), com vista a pro-
mover o bom funcionamento
das cooperativas no plano de
apoio ao programa do Exe-
cutivo na diversificação da
economia. Por seu turno, o
director do Gabinete Provin-
cial do Desenvolvimento Eco-
nómico do Zaire, Sabino da
Conceição, em representação
da vice-governadora do Zaire,
para o sector Económico,
Político e Social, disse que,
a formação enquadra-se no
âmbito do alívio económico
do programa PRODESI.
FERNANDO DE OLIVEIRA | EDIÇÕES NOVEMBRO
CULTURA
História da Cidade de Benguela
recontada em exposição fotográfica
Adão Faustino | Benguela
Uma exposição com 30 ima-
gens e o respectivo catálogo
fotográfico, com o tema
“Benguela em retratos do
século XVII ao século XX”
404 anos, está, desde 21 de
Maio, aberta ao público
numa das galerias do Museu
Nacional de Arqueologia em
Benguela (MNAB) onde vai
permanecer por trinta dias,
apurou o Jornal de Angola.
As 30 imagens compiladas
pelo museu retratam a crono-
logia do património material
e imaterial da cidade de Ben-
guela, numa trajectória que vai
desde a chegada de Cerveira
Pereira, um administrador por-
tuguês que exerceu o cargo de
capitão-general na capitania-
geral de Angola por duas vezes,
a primeira entre 1603 e 1607 e
a segunda entre 1615 e 1617 a
quem se atribui a fundação da
cidade, até ao século XX.
De acordo com Maria
Helena Benjamim, a mostra
fotográfica, visa ampliar o
conhecimento sobre o pro-
cesso de colonização e dos
povos que viveram em Ben-
guela, a cidade mais antiga
de Angola, depois de Luanda
e estabelece a ponte entre os
404 anos da cidade de Ben-
guela comemorados a 17 de
Maio e o dia internacional da
museologia celebrado a 18 de
Maio, e continuará a dar visi-
bilidade a história de Benguela
através dos diversos lugares
que corporizam o passado da
cidade quadricentenária.
Entre os itens em exposição,
destaca-se o notável edifício
chamado “Palácio do Gover-
nador”, obra característica da
arquitectura residencial dos
séculos XVII e XVIII, classi-
ficado como imóvel de inte-
resse público em 8 de Fevereiro
de 1950. A primeira notícia
sobre a localização dessa resi-
Terça-feira
1 de Junho de 2021
MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA
Reabilitação ainda é uma miragem
Com uma áreade 8.000 metros
quadrados, o imponente edifício
construído nos séculos XVII-
XVIII na base de blocos de pedra
calcária, há anos que aguarda
por obras em todas as suas
estruturas, sendo visíveis diver-
sas fissuras nas paredes, cla-
reiras na cobertura, estando a
necessitar de novas portas e
janelas, bem como de apetre-
chamento condizente com a
actual dinâmica de intervenção
científica e cultural.
Segundo a directora do
MNAB, praticamente há 40
anos que se vem aventando
a hipótese de recuperação do
museu, “mas até ao momento
não se concretizou, “é triste,
é algo que a gente vem a falar
repetidas vezes, mas nada
acontece”, lamentou.
dência data de 1791.
A exposição destaca, ainda,
a Igreja de Nossa Senhora do
Pópulo, infra-estrutura cen-
tenária da Igreja Católica,
com características próprias,
sendo um património cultural
de interesse nacional com
uma história muito rica, cuja
preservação se recomenda
para o conhecimento das
futuras gerações.
A directora do MNAB,
Maria Helena Benjamim, disse
que o catálogo foi produzido
para complementar as ima-
gens expostas e explicita o
antes e o depois dos cenários
retratados, por exemplo, “o
que foi o palácio do gover-
nador no século XVIII e o que
é hoje no século XXI, con-
seguimos compilar 30 ima-
gens que podem não parecer
nada no entender de muitos,
mas para nós representam
uma boa mostra”, enfatizou.
O Museu Nacional de
Arqueologia foi criado no
mesmo edifício onde se
encontra, até hoje, sob a direc-
ç ã o d o s e u f u n d a d o r, o
arqueólogo conservador Luís
Pais Pinto e Maria Helena Ben-
jamim recorda que a primeira
ideia de reabilitação do edifício
foi projectada com régua
sobre duas folhas de cartolina.
“Sabíamos o que queríamos,
delineámos os vários depar-
tamentos da arqueologia e
antropologia, focámos desde
a pré-história até aos dias de
hoje”, recordou.
A responsável do MNAB
lembra que, em Fevereiro
de 2019, o governador pro-
vincial Rui Falcão fez o auto
de consignação da obra com
garantia de execução num
Visão holística
A responsável do MNAB refe-
riu que a instituição pretende
alargar e incorporar o conhe-
cimento da realidade da
socioantropologia de Ben-
guela nas demais ciências
como a Sociologia e a História,
até que se tenha uma ideia
mais ampla do passado que
continua vivo no presente.
“Como directora do museu,
o que mais mexeu comigo foi
ouvir falar da fortaleza,
alguém, através das redes
sociais, revelou algo que está
aqui bem à frente dos nossos
olhos, no actual espaço que
fica entre a Igreja de Nossa
Senhora do Pópulo e o edifício
dos serviços de investigação
criminal, sinal de que a história
não se apaga”, explicou.
Sobre o papel do museu
na valorização e divulgação
da História, a directora da
prazo de nove meses, mas
depois surgiu a pandemia
e tudo continua uma incóg-
nita, nem o Ministério da
Cultura nem o Governo Pro-
vincial de Benguela fizeram
algo para alterar o actual
quadro.
“O Museu Nacional de
Arqueologia em Benguela
forjou quadros de reconhe-
cida capacidade técnica com
destque para Rosa da Cruz e
Silva e a actual secretária de
Estado e ex-ministra da Cul-
tura, Maria da Piedade. É
triste continuarmos a olhar
para isso, cada dia que passa
a estrutura degrada-se de
forma profunda. Vamos espe-
rar até quando? Isso será que
se vai realizar? É possível
isso?”, questionou.
instituição, Maria Helena
Benjamim, informou que a
partir de agora o museu vai
alargar o âmbito da difusão
da informação particular-
mente para os estudantes
que têm nos seus "curricula"
a cadeira de História.
“O nosso plano incorpora
também a elaboração de uma
colectânea para alargar a difu-
são de informação e conhe-
cimento. Sempre que aparecer
alguém que quiser agregar
um pouco mais de conheci-
mento ao seu saber, o catálogo
servir-lh-á de guia, funda-
mentalmente para os diversos
turistas que visitam Benguela,
amantes da nossa história e
cultura”, explicou.
O projecto do MNAB visa
igualmente alcançar os estu-
dantes de história, “o quê
que tratam em concreto
sobre a história que tem a
ver com a cidade de Ben-
guela? Então, a partir de
agora nós vamos ser a fonte.
Parcerias
Segundo Maria Helena Ben-
jamim, o museu vai continuar
a trabalhar com a Adminis-
tração Municipal da cidade
de Benguela e com as direc-
ções do Urbanismo e Obras
Públicas, para poder aceder
aos registos, plantas da arqui-
tectura dos edifícios e os cro-
quis de localização estão nas
Obras Públicas.
O projecto vai incluir o
Instituto Jean Piaget de Ben-
guela, o Instituto Superior
Politécnico de Benguela que
têm nos seus portfólios o
curso de arquitectura, uma
equipa que se pretende mul-
tidisciplinar para trabalhar
num projecto plural.
O projecto inicialmente des-
poletado no ano 2000, com o
departamento de ciências
sociais do Instituto Superior
de Ciências de Educação de
Benguela (ISCED) que ministra
a cadeira de arqueologia no
curso de História foi depois
retomado em 2017 e anual-
mente encaminha os estudantes
ao museu para aulas de práticas
de investigação arqueológica
no campo, que já resultou em
doze trabalhaos de fim do curso
na especialidade de História
onde os estudantes abordaram
temas que têm a ver com o
museu de arqueologia.
“Para este ano, atendendo
às restrições impostas pela
Covid-19, excepcionalmente
o museu não vai fazer as prá-
ticas no terreno propriamente
dito, mas vamos fazê-las nas
instalações do museu”, disse.
Por outro lado, anualmente
o MNAB recebe o Prof. Doutor
Manuel Gutieres, especialista
francês da Universidade de
Sorbonne de Paris, como
docente na base do protocolo
entre a Universidade de Paris
e o ISCED.
29
CARÁCTER FILOSÓFICO
Proclamada
Associação
Etonista
A Associação Etonista de
Filosofia (AEF) foi recente-
mente proclamada, em
Luanda, assumindo-se como
uma organização de carácter
filosófico, artístico, cultural
e científico, sem fins lucra-
tivos, apartidária e não-
governamental.
O mentor da associação
é o artista plástico António
Tomás Ana (Etona) , con-
siderado “ícone do Eto-
nismo-Filosofia da Arte e
da razão tolerante.”
Segundo apurou o Jornal
de Angola, os principais
objectivos estatutários da
AEF visam disseminar a linha
do pensamento filosófico do
Etonismo, para desenvolver
“uma abordagem baseada
na razão e na tolerância,
sobretudo entre os jovens,
adolescentes e crianças (sem
prejuízo dos mais velhos),
em ordem a cultivarem o
valor da Tolerância”.
Tal linha programática sus-
tenta que este valor constitui
“um dos princípios da vida
que permite no seio da comu-
nidade ou da sociedade, a
diversidade de opiniões sem
que que isto gere desunião ou
divergências.”
Outros dos objectivos da
AEF é o de proceder a “estudos
filosóficos que possam jus-
tificar que a tolerância é o
maior de todos os princípios
para a estabilidade e a coesão
humanas”, centrado, igual-
mente no cultivo da “unidade
na diversidade”
Em termos gerais, a refe-
rida associação propõe-se
em “promover o desenvol-
vimento da educação e da
cultura angolana no mundo,
bem como os valores mais
elementares da pátria, os sím-
bolos nacionais, as línguas
nacionais e conferir dignidade
merecida às instituições do
Local e Tradicional.”
Segundo os seus princípios
basilares podem ser membros
da AEF, “todo cidadão nacional
ou estrangeiro que se mostre
disponível, sem distinção da
ascendência, raça , etnia, cor,
deficiência, língua, local de
nascimento, convicções poli-
ticas, ideológicas ou filosófi-
cas”, distribuídos entre as
categorias de fundadores, efec-
tivos e beneméritos, suscep-
tíveis de levar o referido projecto
organizativo a bom porto.
Finalmente, importa des-
tacar que analistas sociais
e observadores culturais dos
mais diversos quadrantes
acreditam que esta nova
associação de pendor mar-
cadamente filosófico poderá
constituir um poderoso ins-
trumento para o aprofun-
damento do “mais alargado
debate de ideias” a nível
nacional e um melhor
conhecimento da realidade
social e cultural angolana,
se lhe forem colocados os
fundos financeiros, os meios
materiais e os recursos
humanos necessários para
a consecução , a contento,
dos seus nobres objectivos.
30 DESPORTO
BASQUETEBOL SÉNIOR MASCULINO
Poste Yanick Moreira do AEK de Atenas da Grécia deve juntar-se ao grupo apenas em Espanha
Selecção começa a esboçar
hoje Torneio Pré-Olímpico
Técnico Josep “Pep” Clarós deve privilegiar alguns detalhes
tácticos que pretende implementar no “cinco” nacional
Anaximandro Magalhães
A Selecção Nacional sénior
masculina de basquetebol,
versão Josep “Pep” Clarós,
dá início hoje, às 9h00, no
Pavilhão Dream Space, em
Luanda, aos trabalhos de pre-
paração visando a disputa do
Torneio Pré-Olímpico, a
decorrer de 29 de Junho a 4
de Julho, na cidade de Kaunas,
Lituânia.
O torneio é selectivo aos
Jogos Olímpicos Tóquio´2020,
a disputarem-se de 23 de
Julho a 8 de Agosto, no Japão.
Sem um programa de trei-
nos difundido oficialmente,
o Jornal de Angola apurou, de
fonte federativa, que a sessão
de “baptismo” de Clarós à
frente dos destinos do “cinco”
nacional será dominada por
trabalhos técnico-tácticos,
com primazia para lança-
mentos livres, de dois e três
pontos, bem como alguns
pormenores de posiciona-
mento defensivo e ofensivo.
No treino desta manhã, o
técnico de nacionalidade espa-
nhola não deverá contar com
a presença dos atletas do Petro
de Luanda, regressados ontem
ao país, com a medalha de
bronze ao peito, relativa à
conquista do terceiro lugar
na primeira edição da Bas-
ketball Africa League, BAL,
jogada de 16 a 30 de Maio, em
Kigali, capital do Rwanda.
Concentrados no Dream
Space estão a mais de uma
semana, Eric Amândio
(base), Selton Miguel, Joshua
Kashila (extremos) e Rifen
Miguel (extremo-poste),
todos provenientes dos Esta-
dos Unidos.
A estes juntaram-se os joga-
dores do 1º de Agosto e Inter-
c l u b e , n o m e a d a m e n te :
Hermenegildo Santos, Jusce-
lino Ricardo (bases), Pedro
Bastos e Jacques Conceição,
(extremos-bases), Edson Ndo-
niema, Mohamed Malick Cissé
e Wilson Ambrósio (extremos),
Jonatão Ndjungu, Alexandre
Jungo, Glofate Buiamba (extre-
mos-postes), Jilson Bango,
Teotónio Dó e Fidel Cabita.
Melvyn da Silva e Abaou-
bakar Gakou, ambos joga-
dore s p etrolífero s , mas
ausentes da prova africana,
também podem começar a
treinar hoje.
Bruno Fernando, poste de
2,08 metros, da equipa dos
Atlanta Hawks, da NBA, a Liga
Profissional norte-americana
mais mediática do Mundo,
Yannick Moreira (AEK de Ate-
nas, da Grécia), bem como
Valdir Manuel (Atlético Lobos
Novo México, Universidade
dos Estados Unidos), são
aguardados nos próximos dias.
Fora das contas poderá estar
o poste Sílvio Sousa (Kansas
NCAA), por estar a responder
a um processo judicial. Do
Petro chegarão Gerson Domin-
gos, Childe Dundão (bases),
Carlos Morais, José António
“ZT” e Gerson “Lukeny” Gon-
çalves (extremos), Leonel
Paulo (extremo-poste), Val-
delício Joaquim “Wander” e
Jone Pedro (postes).
A 6 de Junho está prevista
a partida para a cidade de
Barcelona, Espanha, onde
está previsto um estágio de
20 dias, com a inclusão de
DR
jogos amistosos.
Ao longo da preparação
os jogadores do “cinco”
nacional vão fazer vários
testes de Covid-19.
Josep Clarós terá como
adjuntos os angolanos Aníbal
Moreira e Miguel Lutonda.
Jorge Ângulo é o médico, Antó-
nio Manuel Sousa e Alexandre
Afonso (massagistas), Pova
Francisco (estatístico), Luís
Costa e Tony Sofrimento (coor-
denadores), Moniz Silva e Sílvio
Lemos (chefes de delegação).
Angola abre com a Polónia
O jogo de estreia de Angola
frente à Polónia, pontuável
para o Grupo B, do Torneio
está marcado para 29 de
Junho, no Pavilhão Zalgirio,
em Kaunas.
No dia seguinte, os hen-
decacampeões africanos
defrontam a Eslovénia para
o encerramento da fase pre-
liminar. Por definir, pela área
técnica e de competições da
Federação Internacional de
Basquetebol Associado (FIBA),
estão os horários dos jogos.
Na Série A, com sede na
mesma região, defrontam-
se Lituânia, Venezuela e
Coreia do Sul. Na primeira
etapa jogam todos contra
todos a uma volta, devendo
na subsequente, reservada
às meias-finais, dia 3 de Julho,
testarem aptidões as equipas
melhor posicionadas.
Ou seja, a primeira clas-
sificada do Grupo A joga com
a segunda do B, e vice-versa,
e na final cruzam os vence-
dores, seguindo para os Jogos
de Tóquio´2020 quem con-
quistar o torneio.
Breves
BROOKLYN PODE
GARANTIR MEIAS
FINAIS AMANHÃ
Em vantagem na
eliminatória, 3-1, os
Brooklyn Nets podem
garantir na madrugada de
amanhã, diante dos Boston
Celtics, a passagem para as
meias-finais dos playoffs da
NBA.
Ontem, os Nets derrotaram
por 141-126, os Celtics no
quarto jogo da primeira
ronda dos playoffs da
Conferência Este, e lideram a
série ficando a um triunfo da
materialização do objectivo.
James Harden alcançou 23
pontos e 18 assistências, a
maior parte delas para Kevin
Durant (42 pontos) e Kyrie
Irving (39 pontos, 11
ressaltos). Do outro lado,
Jayson Tatum (40 pontos, 7
ressaltos) brilhou num jogo
marcado pela detenção de
um adepto dos Celtics que
atirou uma garrafa de água à
equipa dos Nets e que quase
acertou em Irving.
A Oeste, os LA Clippers
chegaram à igualdade 2-2
frente aos Dallas Mavericks –
recuperação de
desvantagem de 0-2, depois
de vitória por 106-81. Brilhou
Kawhi Leonard, com 29
pontos e 10 ressaltos.
Luka Doncic, lesionado no
cotovelo esquerdo, pareceu
diminuído e marcou apenas
19 pontos.
FERNANDO ALONSO
ESPERA MELHORAR
PRESTAÇÃO NO GP
DE F1 EM FRANÇA
Fernando Alonso espera que
o Grande Prémio de França,
deste mês marque “um novo
início de campeonato” após
uma sequência de pistas
que dificultou a adaptação
do piloto espanhol ao carro
da Alpine.
Alonso, que regressou este
ano à Fórmula 1 depois de
um interregno de duas
temporadas, ainda não
conseguiu terminar à frente
do seu colega de equipa
Esteban Ocon, somando
cinco pontos contra os 12 do
francês.
O piloto acredita que as
pistas que integraram a
primeira parte do calendário
de 2021 condicionaram a
sua adaptação e espera estar
100% confortável com o
carro a partir do Grande
Prémio de França, que se
realizará no final de Junho
em Paul Ricard.
“Baku chega num momento
um pouco azarado”, disse
Alonso.
Por outro lado, acrescentou
que este início de
temporada não tem sido o
melhor para um novo piloto
ou para um piloto que
regressa.
“E depois temos dois
circuitos citadinos, Baku e
Mónaco, portanto, das
primeiras seis corridas do
campeonato, quatro são
extremamente desafiantes
do ponto de vista da
adaptação. A partir de
França, um novo
campeonato começa para
mim, espero eu”, disse.
BOLA AO CESTO FEMININA
Federação remarca
início do campeonato
Armindo Pereira
A direcção da Federação
Angolana de Basquetebol
(FAB) remarcou o início da
35ª edição do Campeonato
Nacional sénior feminino
para 2 de Julho, de modo a
evitar interferência do calen-
dário do presente ano lectivo.
A informação foi avançada
ontem, ao Jornal de Angola,
pelo director técnico da FAB,
Nuno Teixeira.
“Nesta altura, os estudan-
tes, quer do ensino secun-
dário quer do ensino
superior, entraram para a
recta final com a conclusão
dos exames até 31 do cor-
rente”, disse.
Prosseguindo fez saber:
“inicialmente pretendíamos
começar o campeonato dia
11 deste mês, em Luanda,
mas optamos por dar início
apenas na altura das férias
porque boa parte das nossas
atletas são estudantes, aliado
ao facto de ser uma prova
concentrada. Nas próximas
APÓS ACIDENTE FATAL
Pilotos lamentam
disputa de corrida
A realização, no último
domingo, do GP de Itália em
Moto GP na pista de Mugello
onde, um dia antes, o piloto
suíço Jason Dupasquier mor-
reu vítima de um acidente,
suscitou críticas e lamentos
de vários pilotos da principal
categoria da modalidade.
Minutos antes de coloca-
rem a mão no acelerador para
disputar a sexta prova do
Mundial e arriscarem as pró-
prias vidas, muitos revelaram
o desejo do cancelamento
ou adiamento da corrida, em
respeito ao malogrado jovem
piloto.
“Perdemos um jovem e a
situação não foi tratada ade-
quadamente. No sábado, já
era difícil andar de moto e
hoje (domingo) tornou-se
quase impossível depois de
ter tido um minuto de silêncio.
Eu não estava calmo. Falei
com Davide Tardozzi, director
da Bugati, que teria preferido
não correr, mas este é o nosso
trabalho. Após o minuto de
Jason Dupasquier perdeu a vida na pista de Mugello, em Itália
Terça-feira
1 de Junho de 2021
48 horas vamos divulgar o
comunicado oficial”, revelou.
As datas foram acordadas
entre a FAB e os clubes que
pretendem participar na pre-
sente edição do nacional.
O órgão reitor aguarda pela
conclusão do processo de
inscrição das atletas, pois
“boa parte ainda não cumpriu
com o procedimento”, disse.
Interclube (campeão), 1º
de Agosto, Maculusso, La
B o m b a , Fo r m iga s d o
Cazenga, Interclube B e 1º
de Agosto Academia são as
equipas habituais.
Inter de Benguela, Benfica
do Lubango, Académica de
Malanje e ainda por confirmar
um representante da provín-
cia do Bié, podem vir a ser
os representantes do interior,
segundo o responsável.
O presidente de direcção
do organismo de tutela,
Moniz Silva reafirmou que
a FAB prestará apoio logístico
(testes da Covid-19) a todas
as equipas que apresentarem
dificuldades para o efeito.
silêncio, foi ainda mais com-
plicado”, afirmou Francesco
Bagnaia (Ducati).
“Sinto-me sujo por ter cor-
rido na mesma pista onde
morreu um rapaz de 19 anos.
Não me parece normal, tal
como não é normal que ontem
ninguém nos tenha consultado.
Três minutos após a descola-
gem do helicóptero, a pista
reabriu como se nada tivesse
acontecido. Teria sido seguido
o mesmo comportamento se
um piloto de MotoGP tivesse
morrido?”, condenou Dani
Petrucci (KTM).
Crítico foi também Aleix
Espargaró (Aprilia Racing),
que impusera uma condição
para correr.
“Quando se sabe que um
piloto morreu, bate-nos com
força. Não sei como é que
conseguimos fazer um minuto
de silêncio na grelha e depois
fazer uma corrida. É uma
coisa difícil de aceitar. No
sábado, já tinha dúvidas sobre
se era correcto”, lamentou.
DR
DESPORTO Terça-feira
1 de Junho de 2021
ANTIGO ATLETA
Futebol perde
Sotto Mayor
O desporto, em parti-
cular o futebol, está de
luto, pela morte do ex-
futebolista Sotto Mayor,
ocorrido ontem, em
Luanda, vítima de
doença. Familiares, cole-
gas de profissão e ami-
gos, choram a morte de
Sotto Mayor, assim como
Marcos Bumba, antigo
colega de e q uipa no
Sagrada Esperança da
Lunda-Norte.
O Jornal de Angola
ouviu Bumba, que se
mostrou consternado com
a perda do colega e amigo.
“Meu amigo e com-
panheiro é muito cedo
m a n o . Pa r t i s te p a ra
nunca mais voltar.
Levaste um pedaço de
nós contigo, mas deixaste
um pouco de ti em cada
canto. Estarás sempre
nos nossos corações,
grande Sotto Mayor, que
a sua alma descanse em
paz”, lamentou.
Sotto começou a car-
reira na agremiação dos
Flamenguinhos, um
clube do bairro Terra
Nova. Para além de ter
passado pelos Flamen-
guinhos, também repre-
sentou as cores do
Interclube e 1º de Agosto.
Nesta hora de dor e
luto, a Editoria Desporto
d o Jornal de Angola
endereça à família os
sentimentos de pesar.
Que à sua alma descanse
em paz.
Job Franco
Breve
SENEGAL E MOÇAMBIQUE
REPRESENTAM ÁFRICA
NO MUNDIAL DE FUTEBOL
DE PRAIA NA RÚSSIA
As selecções do Senegal,
campeã, e de
Moçambique, finalista
vencida, vão representar
África no Campeonato do
Mundo de futebol de praia,
a decorrer em Agosto, na
Rússia.
Domingo, a selecção
moçambicana terminou
em segundo lugar no
Campeonato Africano das
Nações (CAN), ao perder
por 1-4, na final frente aos
senegaleses.
Na estreia no CAN de
futebol de praia, os
moçambicanos tiveram
que se contentar com a
medalha de prata.
Apesar do desaire na final,
Moçambique provou que
tem muito potencial na
modalidade, um valor
comprovado ao mais alto
nível individualmente, já
que coube ao avançado
Nélson o prémio de
Jogador Mais Valioso
(MVP) da competição.
Ao conquistar o título, o
Senegal, sagrou-se
hexacampeão, pois venceu
as últimas seis edições.
ADEUS A AMÍLCAR SILVA
Morte rouba voz da leveza
ao comentário desportivo
Armando Machado, antigo presidente da Federação Angolana de Futebol e deputado à Assembleia
Nacional lamenta aos prantos, em declarações ao Jornal de Angola, a perda do amigo de infância
Honorato Silva
Homem da banca, forjado
nos campos de futebol (pela-
dos e relvados), antes e depois
da Independência nacional,
marcou o comentário des-
portivo angolano como a “voz
da leveza e sobriedade”, que
a morte fez calar domingo
último, aos 79 anos. Amílcar
Azevedo da Silva, filho do Bié,
criado no Huambo e adoptado
por Benguela e suas gentes,
lega à sociedade o carácter
tranquilo e pacificador.
Apaixonado pelo futebol,
desde tenra idade, destacou-
se na posição de guarda-
redes, pelos juniores do
Benfica do Huambo (Mam-
brôa), Sporting de Benguela,
Lobito Sport Clube, Portugal
de Benguela, no qual ascen-
deu aos seniores, antes de
rumar ao Recreativo da Caála,
na sequência do cumpri-
mento do serviço militar, na
tropa colonial. Cultor do saber,
muniu-se de valências que
sustentaram o desempenho
do cargo de treinador dos
Palancas Negras, de 1978 a
1980, destacando-se a disputa
de torneios em Cabo Verde
e São Tomé e Príncipe.
Ainda como treinador, o
homem da candura no falar
tinha no currículo o segundo
lugar na edição inaugural do
Girabola, no comando do
Nacional de Benguela, der-
rotado por 1-2, na final diante
do 1º de Agosto. Pinto Leite;
Moio, Canducho, Barros Júnior
e Benchimol; Cipriano Lino,
Quim Camponês e Leandro;
Samuel, Nelson e Zé Silva
(irmão mais novo do falecido)
formaram a equipa lançada
para decisão do título, ontem
recordada por Gabriel Afonso,
na Rádio Cinco.
Amílcar Silva partilhava
as responsabilidades de quadro
sénior da banca com o fervor
pelo desporto. No comentário
teve sempre o equilíbrio e o
distanciamento como notas
de estilo, ao polvilhar a crítica
PRESIDENTE DA UEFA
Ceferin analisa resistência
da Juve, Real e Barcelona
O presidente da UEFA, Alek-
sander Ceferin, analisou a
resistência de Juventus, Real
Madrid e Barcelona em aban-
donarem a Superliga.
“A nossa Comissão Disci-
plinar é independente, por isso
no momento em que começa
a investigar e a trabalhar no
caso, não tenho influência nem
Apaixonado pelo desporto-rei desde tenra idade destacou-se no Sporting e Lobito S.Clube
conselheira com mensagens
de incentivo a atletas, trei-
nadores e até mesmo adeptos.
Era um facilitador da com-
preensão do público. No CAN
2010, organizado por Angola,
coordenou a comissão encar-
regue da escolha da mascote
da prova.
Machado desolado
Companheiros de horas, dias,
semanas, meses e todo ano,
Armando Machado é a deso-
lação em pessoa. “Estou extre-
mamente consternado. Não
tenho palavras para descrever
o meu estado pela morte do
Amílcar. Conheci-o miúdo,
no Huambo. Morámos os dois
na Rua do Comércio. Era um
homem que gostava de futebol.
Andámos sempre juntos.
Quando não consegui que o
Amílcar viesse viver para ao
informações, não sei como
poderão ser as sanções. O que
para mim é estranho é quere-
rem jogar a Superliga mas man-
darem a carta de inscrição para
a Liga dos Campeões. Ou que-
rem Superliga ou Champions.
É difícil perceber o que querem.
Podem ligar, pedir uma reunião,
só mandam press-release a
pé de mim, em Luanda, arran-
jei-lhe forma de adquirir
aquela casa ao Estado. O Amíl-
car fazia parte de uma tertúlia
em minha casa, onde também
havia um outro homem
extraordinário, o doutor Dió-
genes Boavida, que nos acom-
panhou sempre. Mas, para
além disso, já vão 30 anos de
almoços todos os domingos.
Primeiro em minha casa e
depois em casa dele. Nos últi-
mos 25 anos almoçámos juntos
no dia de Natal”.
Aos prantos, Machadinho,
como é tratado o líder directivo
da presença pioneira de Angola,
em 1996, na maior cimeira do
futebol continental, prosseguiu
a partilha das coisas boas vivi-
das ao lado do amigo.
“Tínhamos outros ele-
mentos que nos rodeavam,
como o Lara, o Rui Costa,
pedir diálogo. É uma aborda-
gem estranha”, analisou em
entrevista ao canal britânico
Sky Sports.
“As primeiras 48 horas
(depois do anúncio da for-
mação da competição) foram
estranhas, foi duro, mas a
comunidade europeia ficou
unida. Eles não nos podem
paralisar, paralisaram-se a
si próprios com a abordagem
que tiveram. Agora três clu-
bes, entre milhares de clubes
acham que a ideia deles vai
salvar o futebol. Ninguém
os impede de jogar a Super-
liga, podem jogar os três,
m a s ta mb é m q u e re m a
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
actual secretário-geral da
Federação, que fez parte da
minha lista. Ganhei as pri-
meiras eleições deste país. E
o Amílcar tinha de ser o meu
presidente da Mesa da Assem-
bleia-Geral. O Amílcar era
meu irmão, eu era irmão do
Amílcar. As dificuldades dele
eram partilhadas comigo, as
minhas dificuldades com ele.
Ajudou-me a fazer o Hotel
Palanca, a conseguir o melhor
para a Selecção Nacional e
na minha vida empresarial”.
Cabouqueiro do movi-
mento olímpico angolano,
Rogério Silva exaltou domingo,
num texto partilhado nas
redes sociais, as qualidades
do homem do desporto:
“Amílcar Silva, um exce-
lente amigo de muitos de
nós. Foi um cidadão que se
entregou por inteiro à causa
Champions… Não temos
medo, vamos ver o que deci-
dem os tribunais. Temos é
Dirigente fala da atitude dos três colossos europeus
31
de construir Angola como
nova Nação que em 1975 aca-
bava de nascer. Exerceu altas
funções no sistema bancário
(...) O seu profundo conhe-
cimento do jogo de futebol
e o modo apaixonado com
que falava sobre o futebol,
fez de Amílcar Silva uma
pessoa que produzia empatia
fácil e, por isso, criou amizade
forte e muito duradoura com
muitas pessoas.
À sua filha Dalila, aos seus
irmãos e restante família,
expresso as minhas profundas
condolências por tão grande
perda. Descansa em Paz meu
bom Amigo Amílcar!”
Despedida do pupilo
Figura emblemática da socie-
dade benguelense, Pedro
Garcia curvou-se perante a
memória do mestre. “Era
uma pessoa amiga. Foi meu
seleccionador nacional. Fui
um dos seus substitutos,
quando foi para Luanda,
cumprir a missão bancária.
Deixou-me como jogador e
treinador do Nacional de Ben-
guela. Portanto, era uma pes-
soa muito afável e dinâmica,
conhecedor do desporto.
Além do futebol, tinha um
grande domínio do desporto
nacional e internacional.
Lamento a morte de uma pes-
soa que no passado dia 13 de
Janeiro completou 79 anos”.
A Associação de Treina-
dores de Futebol de Angola
(ATEFA), em comunicado
assinado pelo presidente,
Zeca Amaral, expressou cons-
ternação pelo falecimento do
seu associado. “Para além de
ter sido excelente praticante
de futebol, como treinador
representou com sucesso o
Clube Portugal de Benguela
e o Nacional de Benguela.
Dirigiu a Selecção Nacional
e foi o co-fundador da ATEFA,
tendo-lhe sido atribuído o
cartão de Sócio número um.
Aproveitamos para ende-
reçar à família os nossos mais
profundos sentimentos de
pesar”.
de trabalhar a favor do fute-
bol, algo que esses três clubes
não estão a fazer”.
DR
 PUBLICIDADE

TER01JUN

DOIS MORTOS E 303 PACIENTES RECUPERADOS EM 24 HORAS

Edivaldo Cristóvão amostras processadas desde

JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO

o início da pandemia, com

ALTO
Reconhecimento
Obra de Luther Rescova
A cerimónia de lançamento do
livro “A função legislativa e o
processo legislativo parlamentar
em Angola”, realizada em Luanda,
na passada sexta-feira, pela famí-
lia e pela Direcção da Universi-
dade Católica de Angola, foi um
merecido reconhecimento
público da obra deixada pelo
então ex-governador de Luanda
e do Uíge, Sérgio Luther Rescova
Joaquim, de feliz memória. Um
reconhecimento marcado pela
presença de várias individuali-
dades da sociedade angolana
e pelas mensagens convergentes
sobre a vida e obra de Sérgio
Luther Rescova Joaquim, en-
quanto cidadão, político, aca-
démico e religioso. Desde o seu
passamento físico, a 9 de Outu-
bro de 2020, em Luanda, a socie-
dade angolana continua a
ressentir a partida prematura
do jovem Rescova, que com
esta obra deixa às actuais e às
futuras gerações o testemunho
da sua passagem pelo Parla-
mento. Quem esteve nas ins-
talações da Universidade Católica
de Angola, no Largo das Escolas,
em Luanda, na passada sexta-
feira, deu para perceber que
Luther Rescova era um estudioso
interessado em levar conheci-
mento às pessoas. O rigor cien-
tífico de Sérgio Luther Rescova
Joaquim está bem patente na
tese de mestrado publicada em
livro. As qualidades humanas,
religiosas, académicas e políticas
estavam bem patentes nas diver-
sas mensagens e intervenções
registadas no acto de lança-
mento do livro. Sérgio Luther
Rescova deixa um forte contri-
buto para a ciência e para a prá-
tica legislativa em Angola,
indicando que grupos de cida-
dãos também devem ter inicia-
tiva legislativa e não deixar tudo
nas mãos do Executivo.
BAIXO
Recolha de lixo
Angola registou, nas últimas
24 horas, 185 casos positivos
de Covid-19, dois óbitos e
303 pacientes recuperados.
Mais 185 novas infecções uma taxa actual de positi-
vidade de 9,8 por cento.
As autoridades sanitárias
testaram ontem 277 cidadãos
Os dados foram avança- nos pontos de entrada e saída
dos, ontem, em Luanda, pelo da província de Luanda, na
secretário de Estado para a base de testes rápidos sero-
Saúde Pública, no habitual lógicos, com o registo de um
encontro com os jornalistas, caso positivo de um cidadão
para actualização da situação residente no município de
epidemiológica no país. Belas. Em relação à testagem
Franco Mufinda destacou obrigatória pós-desembar-
que dos 185 novos casos que, Franco Mufinda disse
positivos, 126 são residentes que desde Janeiro foram tes-
em Luanda, 41 na Huíla, tados, no Aeroporto Interna-
nove em Cabinda, seis no cional 4 de Fevereiro, 48.604
Huambo, dois no Zaire e um viajantes, sendo 35.773 do
no Cunene. sexo masculino e 12.831 do
As localidades mais infec- sexo feminino, com um registo
tadas em Luanda são os mu- de 106 casos positivos.
nicípios de Belas, Cacuaco,
Cazenga, Kilamba Kiaxi, Mais de um milhão
Talatona, Viana e os distritos de vacinas
urbanos da Maianga, Rangel O secretário de Estado Franco
e Samba. Mufinda informou que desde
Os novos pacientes têm o dia 2 de Março, as autori-
idades compreendidas entre dades sanitárias administra-
7 meses e 97 anos, sendo 110 ram no país um milhão e 750
do sexo masculino e 75 do doses de vacinas, incluindo
sexo feminino. a primeira e a segunda fases.
Em relação às mortes, o Nas últimas 24 horas, 28.581
secretário de Estado informou cidadãos foram vacinados
que se trata de um angolano contra a Covid-19.
e de uma angolana residentes O governante anunciou
em Luanda, com idades com- que o país conta, agora, com
preendidas entre 46 e 54 anos. três tipos de vacinas, nomea-
Dos 303 pacientes recu- Secretário de Estado Franco Mufinda durante actualização dos dados da pandemia no país damente, AstraZeneca, Sput-
perados, 295 são residentes nik V e a Verocell, da Cino-
em Luanda, cinco em Ben- lativo de 34.551 casos posi- em estado crítico, 44 graves, vigilância epidemiológica farme. “É importante referir
guela e três no Bié, com ida- tivos, dos quais 28.079 178 moderados, 17 leves e 2.528 contactos. que a Verocell é mais des-
des entre 1 e 85 anos. pacientes recuperados, 766 5.449 assintomáticos. Os laboratórios proces- tinada a mulheres que estão
Com os dados apresen- foram vítimas mortais e Estão em unidades sani- saram, nas últimas 24 horas, a amamentar, por isso, pe-
tados ontem, o quadro epi- 5.706 activos. tárias do país 257 pacientes, 2.005 amostras por exames dimos maior adesão desta
demiológico da pandemia Do total dos casos activos, 132 pessoas estão em qua- de RT-PCR, elevando para franja da sociedade”, apelou
no país subiu para um cumu- refere o governante, 17 estão rentena institucional e sob um cumulativo de 589.603 Franco Mufinda.
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NEGOCIAÇÕES
Irão com dúvidas
sobre um acordo
nuclear com EUA
Mercado Financeiro O principal negociador e
vice-ministro dos Negócios
Terça-feira, 01 de Junho de 2021
1 Estrangeiros iraniano, Abas
Araqchí, mostrou, ontem,
TTaxa
axa de Câmbio TTaxas
axas de Jur
Juros
os dos Banc
Bancos
os Comerciais
Comerciais *
dúvidas de que seja possível
dĂdžĂƐĐƟǀĂƐĞŵDE dĂdžĂƐWĂƐƐŝǀĂƐĞŵDE
chegar a uma conclusão na
Compra Venda
BANCOS COMERCIAIS Crédito Pessoal Depósito a Prazo até actual ronda de negociações
BANCOS COMERCIAIS USD/AOA EUR/AOA USD/AOA EUR/AOA
90 dias sobre o acordo nuclear.
VTB África - (VTB)
  629,377 766,643 659,047 802,785 ĂŶĐŽDŝůůĞŶŝƵŵƚƚůąŶƟĐŽͲ;dd>Ϳ 33,06% 5,00% “Continuaremos a trabalhar
ĂŶĐ ŽWƌĞƐơŐ ŝŽͲ;W'Ϳ  643,000 778,125 659,000 809,250 ĂŶĐŽŶŐŽůĂŶŽĚĞ/ŶǀĞƐƟŵĞŶƚŽƐͲ;/Ϳ 29,07% 8,00% nos próximos dois ou três dias.
Banc o de Poupanç
   édito - (BPC)
a e Cr 641,882 778,135 658,883 804,707 ĂŶĐŽŽŵĞƌĐŝĂůŶŐŽůĂŶŽͲ;Ϳ 29,53% 2,00% Mas, pessoalmente, não tenho
Banc o Sol - (BSOL)
     635,800
 774,470 658,280 809,670 ĂŶĐŽĂŝdžĂŶŐŽůĂͲ;'Ϳ 30,95% 6,25% a certeza de que as negociações
Banc o Económic
 o - (BE)   642,221 782,289 658,277 801,846 Banco Comercial do Huambo - (BCH) 34,33% 4,25%
terminem nesta ronda”, disse
Banc o BIC - (BIC)
   Banco Comércio e Indústria - (BCI) 25,63% 7,00%
640,615 780,333 658,277 808,496 Araqchí à televisão estatal ira-
Banco de Crédito do Sul - (BCS) - 5,00%
ĂŶĐ ŽDŝůůĞ ŶŝƵ
 ŵƚůą ŶƟĐŽͲ;DͿ

642,221 782,289 658,277 801,846 niana, referindo-se à quinta
ĂŶĐŽĚĞĞƐĞŶǀŽůǀŝŵĞŶƚŽĚĞŶŐŽůĂ;Ϳ N/A -
Banc o Keve -  (BKEVE)     632,588 770,555 658,277 805,758 ronda de negociações em curso
Banco Económico - (BE) 34,23% 10,00%
ĂŶĐ Ž/D

ŝĐƌŽ 
 ĮŶ ĂŶĕĂƐͲ;D&Ϳ 642,221 783,702 658,277 803,295 em Viena, Áustria.
   ĂŶĐŽĚĞ&ŽŵĞŶƚŽŶŐŽůĂͲ;&Ϳ 21,90% 9,00%
Banc o da China Limitada

  - (BOCLB)
  
626,165 764,109 658,277 803,295 O negociador iraniano
Banco BIC - (BIC) 29,49% 8,75%
Banc o Comé
    rcio e Indústria - (BCI) 635,799 774,466 658,277 805,758 explicou que “é possível que
Banc o de


Cr édit
 o  do
 Sul - (BCS) 642,221 782,289 658,277 801,846
ĂŶĐŽĚĞ/ŶǀĞƐƟŵĞŶƚŽZƵƌĂůͲ;/ZͿ - 7,50%
as delegações tenham que
Engarrafamento na CIPAL  
ĂŶĐ ŽĚ ĞEĞŐſĐŝŽƐ/Ŷ ƚ ĞƌŶĂĐŝŽŶĂůͲ;E/Ϳ
  
629,377 778,100 658,277 809,860
ĂŶĐŽ/DŝĐƌŽĮŶĂŶĕĂƐͲ;D&Ϳ 37,20% 4,00%
regressar aos seus países para
  ĂŶĐŽĚĞEĞŐſĐŝŽƐ/ŶƚĞƌŶĂĐŝŽŶĂůͲ;E/Ϳ 22,67% 8,66%
É preciso admitir, com toda a ĂŶĐ Ž ŶŐŽůĂ ŶŽ Ě Ğ /ŶǀĞƐƟŵ Ğ ŶƚŽƐͲ;/Ϳ 642,221 782,289 658,276 801,846 novas consultas”, embora
Banco da China Limitada - (BOCLB) N/A -
honestidade, que os focos acu- ĂŶĐ Ž ĂŝdžĂŶŐŽůĂͲ ;'Ϳ 641,322 782,605 658,275 803,293 “ainda não tenha sido tomada
Banco de Poupança e Crédito - (BPC) Luibor 3M + Spread 4% 4,10%
mulados de lixo em Luanda redu-  
ĂŶĐ ŽĚĞ&ŽŵĞŶ ƚŽŶŐŽůĂ Ͳ;&Ϳ  
642,221 782,289 657,955 801,455 uma decisão final” sobre o
  
ziram significativamente desde ĂŶĐ Ž ĚĞ/ŶǀĞ ƐƟŵĞŶƚŽ ZƵƌĂůͲ;/ZͿ 642,000 783,702 657,000 808,487 ĂŶĐŽWƌĞƐơŐŝŽͲ;W'Ϳ N/A 7% assunto.
a abertura, a 26 de Abril, da mega Banc o Valor
  - (BVB)
  644,000 779,322 656,660 808,157 Banco Valor - (BVB) 23,00% 2,50% A quinta ronda de nego-
campanha emergencial na capi- ^ƚĂŶĚĂ ƌ ĚŚĂƌ ƚ ĞƌĞĚ ĂŶŬŶŐŽůĂͲ;^Ϳ 643,630 785,219 656,632 801,082 &ŝŶŝďĂŶĐŽŶŐŽůĂͲ;&EͿ 27,60% 4,00% ciações para salvar o acordo
tal do país e arredores. Entretanto, 
ĂŶĐ ŽŽ ŵ

 ĞƌĐŝĂůŶŐŽůĂŶŽͲ;Ϳ 641,000 782,990 656,000 814,470
Banco Keve - (BKEVE) 23,36% 6,50% nuclear de 2015 com o Irão
 
há um senão. O horário podia Banco Come
 rcial do
  Huambo - (BCH) 645,432 787,621 655,065 807,213
^ƚĂŶĚĂƌĚĂŶŬŶŐŽůĂͲ;^Ϳ 23,06% a 29,23% 2,00% começou na semana passada
ser perfeitamente melhor esco- ^ƚĂŶĚĂƌĚ ĂŶŬ ŶŐŽůĂͲ;^ Ϳ 634,189 772,062 653,215 795,224
^ƚĂŶĚĂƌĚŚĂƌƚĞƌĞĚĂŶŬŶŐŽůĂͲ;^Ϳ N/A - e espera-se que seja a última,
lhido, que não fosse no período 
Banc o Y e tu - (Y
  Banco Sol - (BSOL) 24,14% 3,15% já que se está a tentar encon-
 etu)
  642,221 782,289 651,854 806,882
de ponta, como aconteceu ontem  
VTB África - (VTB) 29,67% a 40,82% - trar condições para o regresso
na rua que sai da fábrica de plás- &ŝŶ ŝďĂŶĐ Ž ŶŐŽůĂͲ;&EͿ 642,000 766,643 649,000 805,758 Banco Yetu - (Yetu) 20,09% 3,00% dos Estados Unidos aos mem-
 
ticos Cipal para o bairro da Precol, BNA
ΎdƌĂƚĂͲƐĞĚĂdĂdžĂŶƵĂůĨĞĐƟǀĂ'ůŽďĂů;d'Ϳ bros, depois do abandono
na zona da Cuca. O engarrafa- Av. 4 de Fevereiro, nº 151 - Luanda, Angola
Av.
Caixa Postal 1243
unilateral ordenado pelo ex-
mento teria sido evitado, se o Tel: (+244) 222 679 200 - Fax: (+244) 222 339 125
Tel: Presidente Donald Trump,
www.bna.ao
www.bna.a
trabalho fosse de madrugada.    em 2018.