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Maria Helena de Amorim Romacheli nasceu em Jaraguá – Go em 16-08-1950.

Com 2 anos mudou para Goiânia, com 9 voltou e com 15 foi para Curitiba, casou-se
com Laércio Romacheli, de origem italiana e com ele teve seus filhos. Em Curitiba fez
o curso de Matemática com capacitação para Física e Desenho Geométrico, Descritivo e
Perspectivo na Universidade Federal do Paraná- UFPR.
Laércio foi transferido como fiscal, para Pedro Afonso-GO, hoje Tocantins, em
1975 e então resolveram se instalar em Jaraguá, perto dos parentes e da mãe Jeromina
Rodrigues de Amorim.
Foi aí a idéia de fundar uma escola. Era o início da primeira escola particular de
Jaraguá, o Colégio Nossa Senhora de Monte Claro [era o nome da padroeira da Polônia
que era senhora de devoção do papa João Paulo II, a tradução polonesa era
Czestochova] e era padroeira da Igreja vizinha ao seu apartamento na Av. Emiliano
Pernet, na capital paranaense.
Explicado o nome da escola, será contado um pouco da história: Se fizeram nela
grandes personagens. Jovens sedentos de conhecimento que aos poucos passaram a ter
interesse aos mistérios do mundo. Já no início da escola, ao procurar por registro da
história da Cidade para ensinar aos alunos, nenhum registro sério fora encontrado.
Incomodada com essa questão iniciou-se a trajetória da historiadora Maria Helena em
1977. Daí não parou mais.
Infelizmente por motivo de uma grave diverticulite causada por sério stress teve
que vender a escola e mudou para Goiânia. Em Goiânia pode se dedicar mais.
Publicou:” História de Jaraguá”, 1998, “A Saga dos Reis”, 1998, “Jaraguá Ontem, Hoje
e Sempre”, 1990 “A Fadinha Sacha” ,1990 e se deu início ao livro” Genealogia de
Jaraguá”, contando quem são os filhos, netos, bisnetos, trinetos, tetranetos, etc, dos
bandeirantes que em Jaraguá se estabeleceram desde 1722. Essa obra tem consumido
todos os tempos vagos. Hoje já na página 350 com um levantamento até o ano de 1870,
portanto, faltando muito para terminar.
Filhos criados, netinhos despontando por todos os lados, dedicação total, mas já
era hora de continuar sua missão de Escola. Retornou para Jaraguá, onde mantinha o
imóvel da escola, o Colégio ressurgiu em 2017, tentando refinar o conhecimento das
crianças e transformá-los em sábios profissionais e junto com essa mudança a
continuidade de sua escrita. Como historiadora trabalhou muito pelo Reconhecimento
do General Joaquim Xavier Curado [Criador do Exército Nacional] que nasceu ainda
quando Jaraguá era do outro lado da Serra, no pequeno Arraial do Córrego do Jaraguá
em 1746. Publicou muitas matérias nos jornais “O Popular”, “Diário da Manhã” na TV
“Anhanguera”,” Serra Dourada” “TV Goiânia”.
Trabalhou junto ao general Marco Antônio para que se fizesse uma
movimentação no dia 02 de dezembro, que era o dia do nascimento do General Xavier
Curado, até que ele prometeu trazer um batalhão para marchar em Jaraguá e saltarem de
paraquedas, mas foram tantos atrapálhos que ficou apenas a foto. Daí a notícia que tal
matéria no “O Popular” estava exposta no museu do Exército.
Maria Helena acabou virando pintora, não com intuito de ser uma artista
plástica, mas sim, para que as pessoas não só ouvissem a história, mas sim
visualizassem. Pintou mais de 30 telas tendo como tema o Jaraguá de antigamente e
algumas sobre Goiânia, uma das quais foi comprada em 2005 pelo ex Governador
Maguito Vilela, que identificou o quadro “asfaltando a Praça Cívica” como a certidão
de nascimento da nova Capital Goiânia. As outras estão exposta no museu de Jaraguá.
Em 2019 recebeu a medalha do Alto Comando do Exército por serviço prestado
à nação, reconhecendo o trabalho sobre Joaquim Xavier Curado, a história sobre o real
início de Goiás e o trabalho realizado no Colégio (onde as crianças desfilam no dia 07
de setembro e sabem cantar todos os hinos).
Ainda em 2019 recebeu a notícia que seu trabalho sobre o General fora
registrado no 30º livro [sai um por ano] do Instituto Histórico Geográfico de Goiás
IHGG, entidade máxima no assunto. E em 2020, no livro 31º, aceitaram e registraram o
Início de Goiás, documento de quase 20 páginas feito com dedicação por mais de 40
anos.
Hoje separa parte do seu tempo para a valorização do Sítio Arqueológico de
Jaraguá, pela passagem integral do Caminho de Cora na nossa cidade, gerando turismo,
riqueza e orgulho da nossa terra.

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