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PROCESSOS DE FABRICAÇAO I
Capítulo 1
Processos para obtenção dos metais
Metalurgia é o processo de extração de um metal dos minérios. A metalurgia do
O ferro existe na natureza sob a forma de óxidos agregados aos minérios de ferro,
dos quais é extraído por meio de forte aquecimento em fornos· adequados, nos quais o
produtos siderúrgicos são ligas de ferro e carbono com teor de carbono compreendido
entre zero e 6,7%.
um país.
que é basicamente constituído de óxidos de ferro, e como fornecedor de carbono, que é o principal
elemento de liga dos produtos siderúrgicos.
O calcário atua como fundente, ou seja, reage, pela sua natureza básica, com as substâncias
seu ponto de fusão e tormando a escória, subproduto, por assim dizer, do processo clássico do alto-
fomo.
2
Os minerais que contém terro em quantidade apreciável são os óxidos, carbonatos, sulfutos e
silicatos,.Os óxidos são os mais importantes do ponto de vista siderúrgico.Os principaissão: magnetita
fomo lança no sistema de recuperação de gases. Os quatro principais processos de aglomeração são:
PelotiTJlção:É o processo mais recente de aglomeração e talvez o de maior êxito. Neste processo,
produzem-se inicialmente bolas ou pelotas cruas de finos de minério de aho teor de minério
concentrado.
bentonita em proporção de 0,5 a 0,75 % da carga. e às vezes ainda uma pequena quantidade de
cornbustivel sólido, de modo a se ter um suprimento parcial de calor. Finalmente outros aditivos podem
ser incluídos,como o calcário ou a dolomita, com o objetivo de aumentar a resistênciadas pelotas.
Os dispositivos utilizados na produção das pelotas cruas são do tipo tambor rotativo ou cones
giratórios.
Uma vez obtidas as pelotas cruas, as mesmas são queimadas para o que são utilizados vários
dispositivos de aquecimento. Neste processo, as pelotas são inicialmentesecadas, depois pré-aquecidas
e finalmente queimadas utilizando para isto l.llI1 fumo rotativo onde as temperaturas podem atingir
1.1.2. Carvão
O calor é aplicado à madeira, com ausência de oxigênio, resultando gases (C02, CO,
H2 etc.), líquidos (alcatrões, ácido acético, álcool metílico) e o resíduo sólido que é o
carvão vegetal.
CARVÃO
MINERAL
Gás Impuro
(25%)
mistura de piche
creosoto
sulfato de piridina
naftaleno
fenol
cresol
xilenol
ácido cresílico
Piridina
(0,01%)
Óleos Leves
benzol para motor
(1,2%)
benzo I puro
nafta
toluol
xilol
resíduos
1.1.3. Fundente
carrinho de
carregamento
(Skipl
ar comprimido
frio fornecido
pelo compressor
de ar
gáQueimado
carro de para a chaminé
eSCIÓria
..•.' ," ~',,' .".
quaímedor
ferro gusa elCÓria de gás
liquefeito
si~t1Ima de
carregamento
furo de
corrida furo de
de eSCÓria corrida
do gusa
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.: .. - .. "_o
.. :.
.... . .
Outras designações:
silo ou tremonha
sino ou superior rotlltiva
Fig. 4 - Sistema "Copo e Cone" instalado no topo dos Alto-Fornos para carregamento de Matérias-Primas
A primeira carga de matéria prima apresenta uma proporção maior de coque para
acelerar o aquecimento do revestimento refratário.
À medida que a combustão do carvão progride, a proporção de vários elementos
carbono 3 a4,5%
silício 0,5 a 4,0%
manganês 0,5 a 2,5%
fósforo 0,05 a 2,0%
enxofre 0,20%max.
Esse material, depois de solidificado, pode ser empregado como lastro de ferrovias,
material isolante etc. Sua mais importante aplicação se dá na fabricação do chamado
Cimento Metalúrgico, utilizado em aplicações refratárias nos Altos-Fornos.
Finalmente, o Gás de Alto-Forno é um subproduto muito importante devido a seu
alto poder calorifico. Ele é utilizado na própria usina siderúrgica, nos regeneradores,
fornos diversos de aquecimento, caldeiras etc.
Os processos para produção de aço podem ser classificados de acordo com o agente
utilizado:
Processos básicos, em que todos os elementos acima podem ser reduzidos aos
valores desejados.
Processos Pneumáticos
lança de
/
oxigênio
nível do
banho
ar
1-
ar
carcaça
-- de aço
revestimento
- refratário
eixo do munhão
fundo
removível
abóbada
bolsa de
escória
11111111111
conduto de gases
regenerador (empilhamento)
A carga consiste de mistura de ferro gusa (líquido ou sólido) e sucata sólida, nas
mais variadas proporções, de modo que se pode utilizar também uma carga, somente de
ferro gusa ou somente de sucata. Normalmente, usa-se de 20 a 50% de ferro gusa.
A tàse chamada refino se dá como nos processos anteriores, por reações de oxidação,
tàcilitada neste caso pela presença de ferrugem na sucata, pelo óxido de ferro que se
origina na superficie da carga sólida ou líquida devido à atmosfera oxidante das chamas
e, principalmente, pela adição de minério de ferro que, no processo, atua essencialmente
como agente oxidante.
Forma-se lentamente uma escória que é responsável pelo refino, enquanto a oxidação
inicial se realiza por intermédio do MnO e FeO formados, principalmente este último.
A operação é demorada, composta essencialmente de duas fases, porém permite um
controle muito maior da composição química do aço, de modo que não somente aços de
baixo carbono, como também de médio e alto carbono, além de aços-liga podem ser
produzidos.
14
~
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fõ
y.
W ar
gás de exaustão 7
::;FOR!'IO
. carvão
endurecimento e água
j
oxidação dos
pellets água
separador
poeira magnético
separador magnético
Iferro esponja
borrifos
de água
peça fundida
cilindros de
suporte
A segunda tàse dura de 4 a 7 horas e resulta no chamado cobre blister que deve ser
refinado em forno, com fundentes que vão eliminando componentes indesejados. Esta
fase dura de 16 a 24 horas.
1.6.2. Alumínio
Logo após sofre decantação e filtração que a separa dos resíduos em suspensão,
sendo então lavada em licor cáustico e água quente e devolvido ao processo. Levada à
evaporadores e logo após ao forno rotativo, obtém-se A12
1.6.3. Zinco
Após, para ser refinado, é fundido em tomo, juntando-se ao chumbo e, como os dois
não se misturam, forma-se uma supertlcie com 99,9 % de pureza.
1.6.4. Estanho
1.6.7. Chumbo
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líquido I I aço
líquido
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~ minério de terro soliditicado
sólido _ furu"
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p
III
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20
Capítulo 2
,
Fundicão
Es....~proc...."'Sso
é denominado Fundição e é talvez o processo de conformação de
metais que permite a maior liberdade de formas, com a vantagem da otimízação do tàtor
econômico, devido a ser o caminho mais curto entre a matéria-prima metálica e a forma
final do produto. Possibilita que as peças produzidas por vazamento sejam. em geral
mais econômicas que as obtidas por fOIjamento, estampagem ou solda~em, e se tornam
tanto mais econômÍcas quanto mais complexas forem as formas geométricas das peças.
A este processo porém, são relacionados diversos fenômenos que ocorrem
durante a solidíficação do metalliquído no interior dos moldes para os quaís deve haver
um tratamento adequado uma vez que podem. originar o aparecimento de
2.1.1. Cristalização
para o posterior "crescimento" dos cristais, dando finalmente origem aos "'grãos"
definitivos e à "estrutura granular~ típica dos metais.
21
de planos diagonais indesejáveis, pois tem uma tendência maior a fragilização da peça,
com a formação de :fissuras quando o material é submetido a processos posteriores de
conformação, como a laminaçio.
Ial
!b) lel
não tem importância prática pois as peças serão usinadas, porém naquelas que não
sofrerão posterior elaboração e necessitam de medidas finais com acabamento de
fundição, é aconselhável estudar o valor da contração experimentalmente em cada tipo
de peça, fundindo algumas peças de prova e fazendo as modificações posteriores
pertinentes.
- • v/
por um tempo mais longo do que a parte metálica, corresponderá à seção que solidifica
por último; nela portanto se localizará o vazio, resultando em um lingote são.
massafate de
material
refratário
fingoteir'a
metálica
lingere
seja feita na seção mais grossa que alimenta as menos espessas; ao mesmo tempo, o
alimentador ficará convenientemente suprido de excesso de met..alliquido, nele se
concentrando o vazio por ser o ultimo ponto a solidificar.
peça furxjida
Algumas ligas contém impurezas normais como tõsforo, en.xofre, silício, manganês
que, com o metal no estado liquido, estão dissolvidas. À medida que a liga se solidifica,
esses elementos vão acompanhando o liquido remanescente indo se acumular na última
parte sólida formada. Essas regiões são chamadas de Segregações.
O inconveniente dessa segregação é que o material acaba apresentando composição
da massa liquida, esses gases começam a ficar retidos próximo à superficie da peç.a, pro-
vocando o aparecimento de bolhas.
metal fundido, um molde que reproduz' exatamente a forma de tais peças. Este molde
pode ser de areia, quando só pode ser utili7âda uma única vez, denominando-se moldes
uma peça chamada modelo, que reproduz exatamente a forma das peças que desejamos
obter.
mos MACHO
rr
Fig. 5 ....:.~{cdelo e CaL'ill de ~fucho de um volante de ferro fundido.
26
Os modelos podem ser construidos em uma única peç.a (Fig. 6) ou ainda em partes
(Fig.?), isto é, divididos em duas partes por um plano correspondente ao plano de sepa-
ração entre as metades das caixas. Estes modelos partidos fàcilitam grandemente a
molda~em e às vezes são imprescindíveis. Ambas as metades são pinadas para
manterem o seu alinhamento. Os modelos inteiros são construídos unicamente por
concepção simplificada.
modelo ime1.roou, com modelo bipartido fuz uma, grande diferença. Deve-se observar
que ~oldando com o modelo inteiro, o opefl'i...rio
deve proceder a preparação do plano de
1.6
separação, o qual resulta mais trabalhoso e nunca tão perfeito quanto o obtido com o
modelo bipartido.
Com o modelo se prepara o molde da parte exterior das peças. Para se obter as partes
vazias de seu interior é necessário, em determinadas situações, se colocar no molde uma
peça de areia que reproduza exatameme a íàrma do oco que deve ter a peça fundida.
Esta peça de areia chama-se macho, e para ajlb"tá-laao molde apoiamo-Ia em supor-
tes moldados pelo mesmo modelo e que se chamam marcações de macho. Estes
machos são moldados preenchendo-se com areia as caixas, chamadas caixas de macho,
cuja forma interior é exatamente no formato do interior da peça para a qual se está
fazendo a moldação (Fig. 9). Representou-se apenas um dos lados do modelo, que é
partido, bem como meia-caL\:a de macho. Na parte inferior pode ser observado meio
molde com o macho ajustado em suas marcas ou apoios.
AIQlliIlasvezes os machos são também usados para eíetuarem a corn-àrmacão de
- >
/ /MOOELO
//
M'
pelo próprio modelo (Fig. 10). Isto depende do formato do modelo que esta sendo
usado.
30
Nestes casos o ideal é que as laterais internas do modelo tenham uma conícidade um
pouco maior do que a de costume, para tàcilitar a retirada do modelo e proteger o bolo
de desmoronamentos indesejados.
MOLDE
.. ~:-':-._:": :.~..---..
- - - -'- . -'-_.:"--~--~-::.-
.-..
MOLDE
Deve ser observado tambem na Figura lOque as caixas de moldação são pinadas e
Os moldes perdidos, isto é, aqueles que só são úteis uma vez, são preparados
com areia. Esta areia de moldagem deve reunir uma série de propriedades, a fim de que
se possa preparar os moldes com facilidade e obter das mesmas, peças sem defeito.
Estas propriedades são as seguintes:
a) Devem ser refratárias, quer dizer, devem ser capazes de suportar as
temperaturas do metal fundido sem que os moldes se rompam ou se fundam.
Por esta razão o ponto de fusão da areia de moldagem deve ser superior à
temperatura de fusão do metal que está sendo fundido.
b) Devem formar uma massa porosa, suficientemente permeável para a evacuação
do ar do molde e dos gases que se formam durante a corrida de fundição. A
dificuldade de saída dos gases produz peças defeituosas pois o metal não
consegue preencher os espaços ocupados pelos mesmos. No caso da fundição
de ferros, a areia deve ser mais permeável que para outros metais em função da
maior quantidade de gases desprendidos.
c) Devem ser suficientemente plásticas, a fim de se poder preparar facilmente os
moldes, reproduzindo fielmente os contornos das peças.
d) Os moldes obtidos devem ser suficientemente resistentes para suportar, sem
desmoronamentos, a entrada do metal fundido nos mesmos.
a aderir às peças e como redutor decompondo o óxido formado na zona externa das
mesmas, quando o metal fundido entra em contato com a umidade da areia.
EventuaImente outros componentes são adicionados dentre eles a Dextrina e o
Breu em pó que são aglomerantes orgânicos que conterem maior resistência
mecânica, e o carvão moído para melhorar o acabamento das peças.
carbônico pela sua massa. Orifícios devem ser feitos para a melhor difusão do gás na
massa do macho, q'Je se endurece em poucos segundos após a injeção do gás, em
função de uma reação química que forma um geI coloidal de silício. (Fig. 11)
Ao ser fundida a peça, o calor reduz a resistência mecânica do macho do gel de
//
MACHO
CAIXA
DE MACHO
modelo ~ madeira
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modela de areia de
madeira moldagem
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metal líquido
peça fundida
caixa su~rlor
ou dI! cima
\
piOO$ ~
placa
do mod!!lo
caixa inf!!ricr
ou dI! baixo
o~ihas
- As caixas são dotadas de pinos e orelhas para sua centragem pertêita assim como
do modelo.
I peça
canal de vazamento -,
. ~;-#:.- i;t_~- _
.
. - ....
. ..~
., ~-
pelo calor~ a qual atua como aglomerante. A mistura é colocada sobre a superficie de
um modelo metálico. O conjunto é aquecido e endurece, resultando na aderência mútua
dos grãos de areia. Forma-se assim, urna casca resistente e rígida, que eonstitui a metade
do molde. O modelo é então extraído. A outra metade do molde é confeccionada de
modo idêntico.
aquecido; o calor provoca a fusão da resina e liga as partículas de areia; quanto mais
longo o tempo de contato da areia com o modelo maís espessa a casca resultante.
(d) o molde é extraído do modelo e está pronto para ser utilizado. Se o molde for
coÍ1stituido de duas cascas. a outra m~.ade é confeecionada da mesma maneira e as duas
metades são coladas.
n
-,
c srrI
,
I
~I
w fel
Fig. 16 - MétOOü manual de Cai.'Ql Basculante: quatro fuses para a confecção da -casca"'.
- qualquer tipo de metal com característicos de fusão fàcil, pode ser utilizado na
produção de peças por fundição em casca.; as dimensões destas podem atingir 1.200 a
1.500 mm. Contudo, a maioria das peças fundidas em casca possui a metade ou menos
dessas dimensões.
- o custo do modelo é maior porque o mesmo deve ser metálico. geralmente aluminio
ou ferro fundido; além disso os modelos devem estar isentos de defeitos superficiai~ os
quais poderão dificuliar a remoção da.casca· Do mesmo módo, a areia à base de resina é
de custo relativamente elevado. além de ser mais dificil de armazenar e manusear;
40
rapidez do processo.
molde
d9 areia
~:
.. canal de
1IõZamemo
molde
metálico
ou
coc:uilha
-
iHIL
determinados pontos para evasão do ar. Esses canais servem igualmente para garantir o
preenchimento completo das cavidades da matriz. Simultaneamente produz-se alguma
rebarba.
Enquanto o metal solidifica, a pressão é mantida durante um ceno tempo, até que a
solidificação se complete.
A seguir, a matriz é aberta e a peça é expelida. Procede-se, então, à limpeza da
matriz e à sua lubrificação. Fecha-se nO\âIDente e o cicIo é repetido.
- utilização da mesma matriz para milhares de peças, sem variaç.ães significativas nas
dimen....'>ÕeS
das peças produzidas;
- as dimens0es das peças são limitadas: normalmente o seu peso é inferior a 5 kg;
raramente ultrapassa 25 kg;
rotação, de modo que a força centrífuga origine uma pressão além da gravidade, a qual
força o metal líquido de encontro às paredes do molde onde solidifica.
rnac:OO
de areia
~
\
---
movimento longitudinal
cc1ha
metal sendo
arremessaco
6) o molde aquecido é enchido do metal liquido, sob ação de pressão, por gravidade,
a vácuo ou por intermédio de força centrífuga;
@
® •
o ferro fundido é uma das ligas de terra mais importantes utilizadas na industria.
Caracteriza-se por possuir carbono em teores relativamente elevados (em média entre
2,5% e 4,0%), além de silício, igualmente em porcentagem bem acima da que se encon-
tra no açD comum, considerado desta forma como uma liga ternária F e-C-Si.
O método clássico de fusão de Ferro Fundido ainda hoje bastante empregado, é o que
utiliza o Forno Cubilot (Fig 21). Este fomo caracteriza-se por sua alta eficiencia
térmica e ecDnomÍa de processo.
Consiste de uma carcaça cilíndrica vertical de aço, reyestida internamente com
tijolos de material refratário. O seu diâmetro interno pode chegar a cerca de 1,80 m e a
altura superar os 15 metros. Sua capacidade de fusão varia de 1 t/b até cerca de 50 vil.
O fundo do Cubilot pos....'UÍ
duas portas semicirculares que são mantidas techadas
durante a operação do forno e são abertas para descarga dos resíduos que sobram depois
de cada corrida.
46
pona de carga
caixa
de wnto
ar ~
'"
bim de amida
de escória
--- ___
calha de
corrida
de ferro
por:asde /"
li~ .-
/
L_ ir''''',
\ _1 panela
!,
-. -.
Esse fundo, durante a operação do forno ou corrida, fica protegido por uma camada
de até 5 em de uma mistura socada de areia e tijolos refratários moídos, de modo a
constituir uma proteção contra o metal liquido.
Lmm
...• acima do fundo está situado o furo de vazamento -
do metal - Q:eralmente
durante o processo. A posição desse furo de escória deve ser tal que permita a formação
de um volume suficiente de metal líquido.
- , é
Ainda mais acima. situa-se a remão das ventaneiras ou aberturas. através das auais
cuja posição deve ser a mais alta praticável, de modo a permitir um pré-aquecimento da
manganês; estas últimas para acerto de composição quimica do ferro fundido, de acordo
com as especificações.
3,36%; Si - 2,17%; S - 0,12%; ~fu- 0,77% e Cr - 0,21%, a carga total do Cubilot foi a
seguinte:
Ferro-Gusa 590 kg
Aç-O 584 kg
fundo, com madeira e coque. Os furos de escória e de vazamento do metal são mantidos
o Forno Elétrico a Arco consiste de uma carcaça cilíndrica de aço momada sobre
um sistema que permite que o aparelho bascule para diante e para tnis. (Fig. 22)
A parte inferior do forno, ou soleira., é constituída de um revestimento refratário,
de natureza básica ou ácida, conforme a técnica de fundição usada As partes laterais
são revesridas de tijolos refratários, ~-1m como a cobertura ou abóbada ..
podem ser de carbono ou de grafrta. sendo preferidos estes últimos por possuírem
maior resistência e condutibilidade elérrica mais elevada.
O efeito de aquecimento é produzido por arcos voltaicos que se furmam entre os três
eletrodos.
As condições de fusão são controladas pela variação de voltagem aplicada e pelo
ajuste automático da posição ou altura dos eletrodos.
A carga do forno é feita por uma porta localizada do lado oposto à calha de
vazamento.
eletrodos
porta de
carga
~: I
i!
me131
\(quido
rewstiment~
do fundo
lsoieiraJ
,. ; r'
. • po<:o para
a panela
. . ' .... -
:~:
. .~
.
..
. . __J
Isto determina a capacidade em toneladas do metal liquido processado pelo torno. Por
o Forno Elétrico a Arco pode fundir qualquer tipo de sucata.. Na fusão de aço, a carga é
consritu:ída geralmente de SUcata de ferro fundido c de aço e o controle dos teores de carbono'
50
A formação da escória é importante, visto que ela atua como uma cobertura protetora
na superfície do metal liquido, de modo a diminuir a oxidação e ~labilizar o arco.
Outro processo de fundição de aço emprega o Forno de Indução. (Fig 23) O fomo é
suprido por corrente elétrica de alta freqüência.
A câmara de aquecimento é um cadinho refratário ou é constituída de revestimento
refratário.
temperatura desejada Assim que se forma uma bacia de metal líquido, começa uma
fone ação de agitação, o que concorre para acelerar a fusão.
Fundida inteiramente a carga, procura-se atingir a temperatura desejada: o metal é
desoxidado e ~Lá pronto para ser vazado.
caéinho
níwi do banho
- --
---- -- ---
boOina
de indução
tampa de cobertura
I
••. '·1I
succr:e 00
C3dinho
A maioria dos metais e ligas se oxida absorve gases e outras substàncias e torma
uma casca superficiaL O alumínio e suas ligas, por exemplo, absoryem hidrogênio
quando aquecidos e esse gás causa porosidaàe nas peças fundidas, as quais apresentam
ainda, tendenoa à oxidação.
Alguns metodos foram idealizados para preservar a pureza do metal e produzir peças
de boa qualidade.
Alguns fundentes podem ser adicionados para melhorar as condições de fusão. Por
essas razões. têm sido desenvolvidos processos de fusão a vácuo. de modo a manter
Capítulo 3
Metalurgia do Pó
Entre os produtos que são mais eficiente e economicamente fabricados pela Me-
talurgia do Pó incluem-se os seguintes:
54
3.2.1. Matérias-Primas
.:.~~
H
-tJ' -------l--~-l
'---,
matriz
o
matriz
\
o bucha compactada
punção
inferior - macho
Fig. 2 - Representação Esquemática das várias etapas de compactação de pó para obtenção de uma bucha.
57
Devido a seu alto custo, a duração das rr atrizes e dos respectivos componentes deve
corresponder a dezenas ou, se possível, a ce ltenas de milhares de peças compactadas.
3.2.5. Sinterização
elementos
de aquecimento
zona de resfriamento
zona de aquecimento
esteira
camisa de água
- adesão inicial das partículas metálicas, cujos pontos de contato aumentam com a
temperatura sem que nessa fase inicial ocorra qualquer contração; à medida que aumen-
ta a temperatura ocorre um aumento de densidade acompanhado de esferoidização e
progressivo fechamento dos vazios. Mediante uma difusão nos contornos dos grãos,
desaparecem os últimos vazios arredondados e isolados.
Na realidade, o processo de sinterização se baseia na ligação atômica entre
superficies de partículas vizinhas.
Ocorrem também neste processo os fenômenos de recristalização e crescimento de
grão, em função da temperatura e do tempo de Sinterização.
59
Capítulo 4
Soldagem
"
60
Em (h) e (i) são indicadas as juntas de canto, com ou sem preparo das extre-
midades.
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5(
\(l1í ~
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(c) (d) (h)
C;?
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IJjjtJ;
I
--
Zona de depósito
metal da solda
----l
do .
Zona de fusão
Zona de superaquecimento
Zona de normalização
Zona de recristallzação
incompleta
Fig. 2 - Representação Esquemática dos Fenômenos Metalúrgicos que correm na Soldagem do Aço
uma estrutura do metal depositado ao metal original é observada. Nessa faixa ocorre
uma fusão parcial e, durante um certo tempo, se verifica umà certa mistura das fases
sólida e líquida;
62
catodo l-I
---------~-
trajeto do eletrodo
eletrodo
metálico
comprimento
do arco
-L profundidade
T dafusaõ
metal·base (aoado +1
No primeiro caso, os eletrodos são de material correspondente ao metal que vai ser
depositado enquanto que, no segundo caso, os eletrodos são geralmente de carbono ou
tungstênio que tem apenas a função de estabelecer o arco elétrico.
o Processo
É a união de metais pelo aquecimento através de um arco elétrico, entre um ele-
trodo revestido e o metal de base. O metal fundido do eletrodo é transferido através do
arco até a poça de fusão do metal de base, formando assim o metal de solda depositado.
O revestimento do eletrodo e as impurezas do material de base, na fusão, formam
uma escória que flutua para a' superfície e cobre o depósito, protegendo-o da
contaminação atmosférica e também controlando a taxa de resfriamento. O metal de
adição vem da alma de arame do eletrodo e do revestimento, que é de pó de ferro e
elementos de liga.
A soldagem com eletrodo revestido é o processo de soldagem mais usado de todos
devido à simplicidade do equipamento, à resistência e à qualidade das soldas, e também
do baixo custo. Possui grande flexibilidade e solda a maioria dos metais numa ampla
faixa de espessuras. A soldagem por este processo pode ser feita em quase todos os
lugares e em condições extremas.
o Equipamento
O processo de soldagem com eletrodo revestido é operado manualmente, e o
equipamento de soldagem consiste de uma fonte de energia, cabos de ligação, um porta
eletrodo (alicate), conector de terra (garra) e o eletrodo em si.
O suprimento de energia pode ser tanto corrente alternada como em corrente
contínua.
- Cabos de soldagem: são usados para conectar o alicate ao eletrodo e grampo (garra)
à fonte de energia. Fazem parte do circuito de soldagem, e consistem de vários fios de
cobre enrolados juntos e protegidos por um revestimento isolante flexível.
- Porta eletrodo - alicate de eletrodo: é simplesmente um alicate que permite ao
soldador segurar e controlar o eletrodo.
- Grampo - garra: é um dispositivo para conectar o cabo-terra à peça a ser soldada.
- Eletrodo: consiste em uma vareta metálica (alma do eletrodo), com um re-
vestimento não metálico. Os elementos de liga podem constar somente da alma do
eletrodo, como também no revestimento. A alma do eletrodo estabelece o arco e fornece
metal de adição para a solda. Já o revestimento tem várias funções que podem ser
classificadas em Elétricas, Físicas e ,Metalúrgicas.
Escória
Atmosfera
Protetora
""
-- / --
l/I
1t
/
~ /!~
/ /
-......
Revestimento
A Ima Eletrodo
do
Eletrodo
dOi
. ~ \fl~/: \, Gotículas
/ /f'f' de Metal
Processo MIG (Metal Inert Gas) com injeção de gás inerte, usado na soldagem dos
metais não-ferrosos em geral e aços inoxidáveis.
Como 'gases de proteção, temos: Hélio, Argônio ou misturas de Argônio com
percentuais de Oxigênio.
A influência da escolha dos gases de proteção manifesta-se também na penetração do
arco e conseqüentemente da diluição do material de adição com o metal de base.
67
Processo MAG (Metal Active Gas) com injeção de gás ativo ou mistura de gases que
deixam de ser inertes quando parte do metal de base é oxidado. É o processo para a
soldagem dos metais ferrosos, notadamente aços doces.
Como gases de proteção temos, basicamente, C02 ou misturas de 02 + C02, C02 +
Pistola
Atmosfera
Protetora
Fig. 5 - Processos de Soldagem MIG (Metal Inert Gás) e MAG (Metal Active Gás)
Soldagem TIG é a união de metais pelo aquecimento destes com um arco entre um
eletrodo de tungstênio não comsumível, e a peça.
A proteção durante a soldagem é comseguida com um gás inerte, ou mistura de
gases inertes, que também tem a função de transmitir a corrente elétrica quando
ionizados durante o processo. A soldagem pode ser feita com ou sem metal de adição.
Quando é feita com metal de adição, ele não é transferido através do arco, mas é
fundido pelo arco. O eletrodo que conduz a corrente é um arame de tungstênio puro
ou liga deste material.
A área do arco é protegida da comtarriinação atmosférica pelo gás protetor que flui
do bico da pistola. O gás remove o ar, eliminando nitrogênio, oxigênio e hidrogênio de
contato com o metal fundido e com o eletrodo de tungstênio aquecido. Há pouco ou
nenhum salpico e fumaça, porém sensível emissão de energia radiante, notadamente
raios ultravioleta.
A soldagem TIG é usada para executar soldas de alta qualidade na maioria dos
metais e ligas. Não há escória (pois não há fluxo), e o processo pode ser usado em
todas as posições. É o mais lento dos processos manuais, porém o de maior perfeição.
~
Direção de
Soldagem
Atmosfera~\
Protetora ~
Poça de ~ ;.
Fusão (
Apesar de ser um processo manual por excelência, pode ser mecanizado e até mesmo
automatizado.
69
As variáveis que mais afetam neste processo são as variáveis elétricas, como
corrent~, tensão e características da fonte de energia. Elas afetam na quantidade,
distribuição e no controle de calor produzido pelo arco e também desempenham papel
importante na estabilidade do arco e na remoção do óxido refratário da superfície de
alguns metais.
Por outro lado, o hélio resulta em tensão de arco mais alta para um dado com-
primento de arco e corrente em relação ao argônio, produzindo mais calor, sendo assim
mais efetivo para soldagem de materiais mais espessos, principalmente em metais de
mais alta condutividade térmica. Entretanto, como a densidade do hélio é menor que a
do argônio, são necessárias maiores vazões de gás para se obter um bom arco e uma
proteção adequada da poça de fusão.
A soldagem a Arco Submerso une metais pelo aquecimento destes com um arco
elétrico entre um ou dois eletrodos nu e metal de base. O arco está submerso e
Eletrodo
/
Metal de Solda Fundido
Uma vantagem da soldagem a arco submerso é sua alta penetração. Também, a alta
taxa de deposição reduz a energia total de soldagem da junta. Soldas que necessitam de
vários passes no processo de soldagem com eletrodo revestido, podem ser depositadas
num só passe pelo processo a arco submerso.
Neste processo o soldador ou operador da solda não necessita usar um capacete ou
máscara de proteção. Devido ao arco estar oculto da vista e requerer um sistema de
locação de curso, o processo de soldagem a arco submerso tem flexibilidade limitada,
mas isto é compensado por diversas vantagens, tais corno:
a) alta qualidade da solda e resistência mecânica;
b) taxa de deposição e velocidade de deslocamento extremamente altas;
c) nenhum arco de soldagem visível, minimizando requisitos de proteção;
72
d) pouca fumaça;
e) facilmente automatizável, reduzindo a necessidade de manipuladores
habilidosos.
Direção de soldagem
Bico do maçarico
Metal de adiça'o de soldagem
/ (vareta) ~ Dardo
----
t-
'I~ --- Metal de so
Ida fundIdo
,
~ Penacho .
Metal de solda
\~(\«(~
l\x\\\\\\~
Metal de base
",lid;t;",do
A fonte de calor sendo uma chama, é menos potente que o arco elétrico. O
aquecimento da peça exige um tempo maior, permanecendo a peça por mais tempo em
altas temperaturas.
73
Várias combinações de gases podem ser usadas (tais como hidrogênio, gás natural,
propano, etc.), porém a combinação oxigênio + acetileno é a mais usada devido à maior
temperatura da chama e disponibilidade.
O soldador tem muito controle na temperatura do metal na zona de solda. Tem
também controle sobre o metal de adição, pois a fonte de calor e o metal de adição estão
separados. A possibilidade de aplicar mais calor sobre o metal de base ou sobre o metal
de adição facilita a soldagem de chapas finas.
A maioria dos metais ferrosos e não ferrosos são soldáveis por esse processo. Com .
exceção do chumbo, zinco e alguns metais preciosos, que não necessitam de fluxo,
todos os outros exigem a aplicação de um fluxo adequado. A soldagem do aço carbono
Maçarico
Bico
Gás
combust{vel
'~ Maçarico
--....... Cilindro de de
oxigênio
~ soldagem
Cilindro Bico de
de gás combust(ve! sol dag em
Tipos de Chama
Em relação ao tipo de chama, esta será definida de acordo com os materiais a serem
soldados. Assim, a chama carburante terá um excesso de acetileno em relação ao
,
volume de oxigênio e sua temperatura é mais baixa que a da chama oxidante. Este tipo
de chama é utilizado para a soldagem de metais de baixo ponto de fusão, como é o
caso do alumínio.
o equipamento
Consiste de cilindros de gás combustível e de oxigênio, com reguladores para cada
mangueira, e de maçarico com válvulas para a regulagem da mistura dos gases (Fig. 8).
75
4.3.2.2. Brasagem
~ L ~ -L
T
::::r
J ~
1
l. = comprimomod. lD_pollçio =:rr
--r
T = espeau,.. do membrO mai. fino
f__ I 5
J (b)
4.4.1. Oxicorte
lança
injetor misturador
bico
/
Fig. 12 - Maçarico de Corte
inscrita basicamente na região do corte, sendo o seu excesso retirado rapidamente pelo
jato de ar comprimido que incide no local.
Outra vantagem é o baixo índice de rebarbas resultantes do corte e a facilidade de
retirada daquelas que ocorrem.
Capítulo 5
Usinagem
Nas operações de usinagem, uma porção do material das peças é retirada pela ação
de uma ferramenta chamada Ferramenta de Corte, produzindo o cavaco, caracterizado
por uma forma geométrica irregular. (Fig. 1)
O número de operações de usinagem é muito grande, assim como é grande a
variedade de Máquinas Operatrizes e Ferramentas de Corte disponíveis.
De um modo geral, as principais operações de usinagem podem ser classificadas em:
peça sob
UliNqet'n
_ ••• 10
ulineqtM
t'
83
cabeçote fixo
_ ajuste
~ ••• avenço
carro
o transversal
cabeçote
móvel·
Caixede
Câmbio
o-I
placa giratória
o
oo~ ••
ma
t)·:oo
4rno
o o l:t!:!LLJo
flIceamento faceamemo
torneemanto rolQueemento
cOnico de reueltos
A partir dos tornos mecânicos convencionais, outros tipos de tornos mais complexos
foram desenvolvidos, de modo a permitir operações automáticas, mais rápidas, de maior
precisão e com ferramentas múltiplas.
Para cada posição que a Torre gira, se apresenta uma nova ferramenta. Pode-se assim
repetir um ciclo preestabeleeido de operações de usinagem.
Com o advento dos Tornos CNC (Comando Numérico Computadorizado), os
Tornos-Revólver mesmos cairam em desuso.
É caracterizado por usinar peças de grande diâmetro como grandes volantes, polias,
rodas dentadas, as quais, devido às suas dimensões e peso, não poderiam ser· montadas
com segurança numa placa em posição vertical (Figura 6). Desta forma é uma máquina
em que a árvore está em posição vertical, e para a montagem desse tipo de peças,
emprega-se uma Placa girante redonda horizontal, que possibilita o apoio das peças de
volume e peso avantajados .. --- .. ----
É uma máquina empregada para produção em série (Figura 7). Geralmente executa
todas as operações com uma única ferramenta, cujos movimentos são comandados
(hidráulica, pneumática ou mecanicamente) por um apalpador em contato com uma
peça modelo.
Da mesma forma como o Torno Revólver, perdeu importância com a chegada dos
Tornos CNC, apesar da grande diferença em termos de investimento.
89
superft'cie cabo
de se(da (face)
suparf(cie
lateral de fo Ige
eresta
; principal
flÍlnco de corte
.esta principal
de corte
superf(cle princlpel
de folga (flancol ttcabo
ponta
Fig. 8 - Representação esquemática de uma ferramenta de corte de uma única aresta de corte, com a
nomenclatura usual correspondente.
90
Torpedo, a cada movimento alternativo que o mesmo executa, o qual não executa
retirada de cavacos.
êmbolo
base
trilho transversal
mesa
Fig. 9 - Representação em forma de diagrama das principais partes componentes de uma Plaina Limadora
e seus movimentos
-
-
-
-..
..•
Fig. 11 - Representação esquemática das principais partes e dos movimentos de uma Plaina de Mesa
Essas máquinas são geralmente especificadas pela largura da mesa que varia de 760 a
1.800 mm. Uma especificação mais completa inclui a largura e o comprimento da mesa,
por exemplo, 1.200 X 4.200 mm mais altura ou distância da mesa ao suporte ou trilho
transversal, por exemplo 1.200 mm.
93
remove uma pequena quantidade de metal em cada revolução do eixo onde a ferramenta
é fixada.
A operação propicia a usinagem de superficies apresentando qualquer orientação,
porque tanto a peça quanto a ferramenta podem ser movimentadas em mais de uma
direção, ao mesmo tempo.
A máquina que realiza essa operação chama-se Fresadora.
Basicamente, há três tipos de fresadoras: Fresadoras Horizontais, Fresadoras
Verticais e Fresadoras Universais.
remove uma pequena quantidade de metal em cada revolução do eixo onde a ferramenta
é fixada.
Fresas Angulares
Fresas Planas
~}
Sua característica principal, é a posição vertical da árvore (Figura 16). Por ter o seu
Cabeçote fixo, o seu emprego maior é para fresagens frontais. É empregada com
restrições, para fresagem de superficies verticais.
a)
Fig. 18 - Formação de dentes por Fresamento com a respectiva Fresa "Módulo" ou "Diametral Pitch"
I
I
"--, I
I
. ,:I
. \
"'O~··":::::-···""· ~
..
ferramenta
cavacos
Fig. 20 - Geração de Engrenagens pelo Processo Renânia com a respectiva ferramenta - Fresa Caracol
t
h
101
antes depois
~- dentes retos
(~--
~ engrenagem
helicoidal
-engrenagem
~(
GnTJ' interna
VJJ escalonados
f1[11~~_~
Q
'."<.---. dentes retos
Fig. 21 - Fresa Fellows e exemplos de peças que podem ser obtidas por este processo
Quando a superficie obtida não for plana ou o eixo de rotação da ferramenta for
inclinado em relação 4 superfície originada na peça, será considerado um processo de
fresamento tangencial .
É uma máquina é dotada de uma mesa giratória, cuja v\elocidade periférica varia de
10 a 152 m/min (Fi&J.lfa26).
O Rebolo fica preso a um eixo vertical, com sua face paralela à superficie da mesa.
As velocidades empregadas nesta máquina são menores, pois as posições das peças
103
podem variar, durante a retificação, da periferia para o centro, cujo valor máximo é
zero.
É uma máquina considerada básica nesta categoria, a qual é usada para retificar
peças de superficies planas (Figura 27).
tornear, furar, rebab;.~r,alargar, facear e roscar, com alta precisão (Figura 30).
A mesa montada sobre um suporte é móvel nas três direçpes retangulares. Permite a
obtenção precisa de furos concêntricos em estruturas de máquinas e peças de grande
porte (Figura 29).
po:;ições de 1'1
uSlnagem
-
Fig. 30 - Mandriladora
Fig. 32 - Brochadeira
É um máquina empn~gada para abrir furos, com pouca urecisão, no próprio local
onde está a peça. Caracterizada pela capacidade (diâmetro de fllração sem furo inicial) e
pela sua fonte de energia, que pode ser corrente elétrica ou ar comprimido (Figura 33).
É uma máquina empregada para furação de peças pequenas, com furos de diâmetro
até l;íll.
Estas máquinas sãQcompostas de uma base metálica, com uma haste vertical e um
cabeçote em sua extremidade, com os órgãos de movimento. Possui uma mesa que pode
subir, descer e girar em tomo da haste, sendo fixada por parafusos de aperto ou
alavancas (Figura 34).
107
É empregada para abrir furos de pequeno e grande diâmetro, em peças pesadas e de dificil
movimentação.
Distingue-se de outIfls por possuir um cabeçote com movimento radial, em um braço em balanço,
apoiado a uma coluna, podendo girar ao seu redor e movimentar-se verticalmente, a qual está:fixa a uma
base metálica.
As Serras, por sua forma construtiva, assemelham-se muito às Fresas pois possuem
uma sucessão ordenada de dentes de corte.
O corte é, de um modo geral, realizado a frio, mas em alguns casos é utilizado fluido
de corte.
movimentos de corte e avanço são possuídos pela ferramenta, que gira em torno de seu
eixo e avança transversalmente até a peça a, ser cortada.
Nas Máquinas de Serra Fita, a Serra é em forma de uma fita ou lâmina de pequena
espessura (0,8 a lmm), contínua e em circuito fechado. A lâmina é presa sob tensão
entre dois volantes e guiada por roldanas.
As vantagens que apresentam essas máquinas em relação às de movimento
alternativo são, entre outras: eliminação do tempo passivo de retorno da lâmina, ou
seja, tempo menor para o corte; diminuição do desgaste devido ao aquecimento, pois a
lâmina, sendo de um comprimento de quase 13 vezes o diâmetro máximo de corte,
resfria no seu percurso; facilidade de descarga do cavaco etc.
meio para dispor das pequenas partículas de material que são removidas da peça.
Geralmente é um óleo especial para esta frnalidade.
suprimento
de corrente
contfnull --ferramenta
(eletrodo negativol
amperímetro
i
peça
(carregada positivarnentel
reserva:t6rio
-----
Fig. 36 - Sistema de ElelIoerosão por descargas elétricas
III