Você está na página 1de 35

Instituto Federal de Educação, Ciência e

Tecnologia Sul-rio-grandense
Curso Técnico em Automação Industrial
Disciplina: Máquinas Térmicas, Hidráulicas
e Pneumáticas
Professor: Rodrigo Biehl
Turma 3º AUTIN - Manhã
Data 25/03/2021
Aluno: Jeferson Scheibler

Trabalho de Pesquisa: Elementos Pneumáticos

O presente trabalho de pesquisa tem como objetivo descrever a aplicação,


funcionamento e simbologia dos principais elementos pneumáticos. Tal trabalho justifica-se
na compreensão do conteúdo estudado na disciplina de Máquinas Térmicas, Hidráulicas e
Pneumáticas no Curso Técnico Integrado em Automação Industrial, sendo de fundamental
importância para a fixação dos tipos de elementos e suas respectivas aplicações e simbologias.

1 ATUADORES PNEUMÁTICOS

Sozinhas, as válvulas não conseguem controlar um processo pneumático, assim como


não pode-se abrir uma fechadura sem a chave. As válvulas manuais exigem que um operador
as acione para controlar uma variável de processo. No entanto, as válvulas que devem ser
operadas mecanicamente e automaticamente requerem dispositivos especiais para movê-las.
Estes dispositivos são chamados de atuadores.

1.2 CONCEITO GERAL

Os atuadores são utilizados no controle de máquinas, que por sua vez permitem que as
peças sejam movidas através das ações das válvulas. Este movimento pode ser qualquer uma
das centenas de operações, como levantamento, fixação, bloqueio ou ejeção. Normalmente, os
atuadores são peças-chave nas operações industriais e de fabricação onde ativam válvulas,
bombas, motores e interruptores. Assim, eles geralmente controlam e direcionam um
movimento, que podem ser lineares, rotativos ou oscilatórios. Isto é, esse movimento pode ser
em uma direção, circular ou para frente e para trás em intervalos regulares. Praticamente todas
as indústrias usam atuadores de alguma forma, pois em um sistema pneumático seria inviável
alcançar a tarefa desejada sem a assistência deles, como citado anteriormente.

Existem, em geral, quatro tipos diferentes de atuadores: manual, hidráulico,


pneumático e elétrico, conforme exemplificado na Figura 1.
Figura 1.1. Exemplos dos tipos de atuadores.

Fonte: https://upmation.com/control-valve/

Assim, de um modo geral, os atuadores pneumáticos são escolhas populares em


muitas indústrias. O gás comprimido tem uma energia considerável a ser aproveitada, e a
maioria dos sistemas atuadores pneumáticos apenas capturam ar e, desta forma, já que há um
suprimento de ar abundante, em quase todas as aplicações pode-se considerar a utilização de
um atuador.

Um simples exemplo de aplicação de atuadores pneumáticos é demonstrado na Figura


2. Este atuador opera por uma combinação de forças criada pela força aérea e da mola. O
atuador posiciona uma válvula de controle no circuito transmitindo seu movimento através da
haste.

Neste exemplo de atuador, há um diafragma de borracha que separa a carcaça do


atuador em duas câmaras de ar. A câmara superior recebe ar comprimido através de uma
abertura no topo. A posição da válvula é controlada por diferentes pressões de ar de
alimentação na câmara superior. Isso resulta em uma força variada na parte superior do
diafragma. Inicialmente, sem ar comprimido, a mola força o diafragma para cima e mantém a
válvula totalmente aberta.

À medida que a pressão do ar de abastecimento aumenta, sua força em cima do


diafragma começa a superar a força oposta da mola. Isso faz com que o diafragma se mova
para baixo e a válvula de controle feche. Com o aumento da pressão de ar de alimentação, o
diafragma continuará a se mover para baixo e comprimir a mola até que a válvula de controle
esteja totalmente fechada.

Por outro lado, se a pressão de ar de abastecimento for diminuída, a mola começará a


forçar o diafragma para cima e abrir a válvula de controle. Além disso, se a pressão de
alimentação for mantida constante a algum valor entre zero e máximo, a válvula se
posicionará em uma posição intermediária. Portanto, a válvula pode ser posicionada em
qualquer lugar entre totalmente aberta e totalmente fechada em resposta às mudanças na
pressão de ar de abastecimento.

Figura 1.2. Exemplo de atuador controlando uma válvula.

Fonte: https://instrumentationtools.com/what-is-a-pneumatic-actuator/
1.2.2 Simbologia

A simbologia de, basicamente, todos os atuadores está representada na Figura 3.

Figura 1.3. Tipos de atuadores.

Fonte: http://www.tecniar.com.br/noticias/entendendo-simbologia-das-valvulas-direcionais-pneumaticas/

Os atuadores são divididos em dois grandes grupos: atuadores lineares e atuadores


rotativos. Assim, cada grupo tem uma especificidade de utilização, conforme a Figura 4.

Figura 1.4. Atuadores pneumáticos lineares e rotativos.

Fonte: https://www.mtibrasil.com.br/guia-do-atuador-pneumatico.php

1.3 ATUADORES LINEARES DE SIMPLES E DUPLA AÇÃO

De uma forma geral, os atuadores lineares consistem em um pistão dentro de um


cilindro oco. A pressão do ar comprimido move o pistão dentro do cilindro. Conforme a
pressão aumenta, o cilindro se move ao longo do eixo do pistão, criando uma força linear. O
pistão retorna à sua posição original por uma força de retorno.
Os atuadores de dupla ação são adequados para máquinas que exerçam força nos dois
sentidos, como as pontes rolantes, por exemplo. Mais flexíveis, oferecem amortecimento
ajustável nas posições finais de curso, bem como controle de velocidade mais fácil. Contudo,
trata-se de uma tecnologia mais cara do que a utilizada nos atuadores de ação simples.

Os atuadores de ação simples constituem uma boa opção quando a força é exercida só
num sentido, como é o caso das máquinas com mastros de elevação. São mais econômicos e
consomem menos fluido do que os atuadores de dupla ação. No entanto, têm dimensões
maiores e um curso mais limitado.

1.3.1 Atuadores lineares de simples ação

Os atuadores de simples ação são compostos de molas encapsuladas instaladas em seu


interior, estas molas podem atuar no movimento de abertura ou de fechamento. Nesse caso, o
ar comprimido se encarrega de movimentar o mecanismo apenas em um dos sentidos,
comprimindo as molas que, após o trabalho da energia pneumática cessar, voltará a seu estado
original distendido (BONGAS).

Basicamente, o seu funcionamento se dá através de uma porta que permite que o ar


comprimido entre no cilindro para mover o pistão para a posição desejada. É utilizado uma
mola interna ou, às vezes, simplesmente gravidade para retornar o pistão para a posição
inicial, quando a pressão do ar é removida. Atuadores de ação simples são uma boa escolha
quando o trabalho é feito apenas em uma direção, como levantar um objeto ou pressionar um
objeto em outro objeto.

O atuador pneumático de simples ação pode ser usado em vários tipos de segmentos,
como: em indústrias; em instalações prediais; em sistemas contra incêndio; e diversos outros
setores da automação.

Figura 1.5. Exemplos de atuadores lineares.


Fonte: http://proalpha.com.br/onewebmedia/Apostila%20de%20Pneum%C3%A1tica%20UERJ.pdf
1. Representação de um atuador linear de avanço por ar comprimido e volta por mola.
2. Representação de um atuador linear de avanço por mola e volta por ar comprimido.

1.3.1 Atuadores lineares de dupla ação

Utiliza o ar comprimido para produzir trabalho em ambos os sentidos de movimento


do pistão, sendo esta a sua principal característica. É o tipo de cilindro mais utilizado na
indústria. A força de avanço e retorno são diferentes, devido a presença da haste, que reduz a
área no recuo do cilindro, conforme a Figura 6.

O funcionamento do atuador de dupla ação ocorre por meio de uma porta em cada
extremidade que move o pistão para frente e para trás alternando a porta que recebe o ar de
alta pressão. Isso usa cerca de duas vezes mais energia do que um cilindro de ação simples,
mas é necessário quando uma carga deve ser movida em ambas as direções, como abrir e
fechar um portão. Os cilindros de dupla ação são os mais utilizados possuindo inúmeras
aplicações, como prensas, fixadores, entre outros.

Figura 1.6. Diagrama e simbologia de um atuador linear de dupla ação.


Fonte: http://eterfs.com.br/material/mecanica/Apostila_Eletropneumatica_Parker.pdf

Figura 1.7. Outros exemplos de atuadores lineares de dupla ação.

Fonte: http://proalpha.com.br/onewebmedia/Apostila%20de%20Pneum%C3%A1tica%20UERJ.pdf

1.4 ATUADORES DE DUPLO EFEITO ESPECIAIS

Os atuadores lineares de duplo efeito especiais são utilizados em sistemas específicos,


que necessitem de simultaneidade nos movimentos, atuação de alto impacto, regulagem de
curso, controle preciso na velocidade e deslocamentos com extrema precisão. Assim, foi
desenvolvido variantes, dos atuadores de duplo efeito, específicas para sistemas que requerem
tais características. Vejamos a seguir alguns exemplos.

1.4.1 Atuador linear de haste passante

Este tipo de atuador de duplo efeito especial é ideal para a realização de trabalhos
simultâneos, pois enquanto uma haste recua a outra avança. Isto pois, há duas hastes
contrapostas, ligadas por meio de um êmbolo, permitindo tal movimento de vai e vem.

Uma grande vantagem deste tipo de atuador é que a força de trabalho para ambas as
direções é idêntica, pois a força de avanço de ambas as hastes é o resultado entre a pressão de
trabalho e a área da coroa do êmbolo. Além disso, consequentemente, as velocidades também
serão iguais, pois a vazão de alimentação é a mesma para ambos. Por fim, é ideal para
levantamento de cargas laterais mais elevadas.
Figura 1.8. Diagrama atuador de haste passante.

Fonte: http://eterfs.com.br/material/mecanica/Apostila_Eletropneumatica_Parker.pdf

1.4.2 Atuador linear duplex contínuo

O atuador linear duplex contínuo é a junção de dois atuadores de duplo efeito de


mesmo diâmetro, montados em série (Figura X), possibilitando uma grande força de avanço,
assim como uma duplicação na força de retorno, sendo esta sua principal característica.

Figura 1.9. Atuador linear duplex contínuo.

Fontes: Livro Automação Pneumática Projetos, dimensionamento e análise de circuitos.


http://eterfs.com.br/material/mecanica/Apostila_Eletropneumatica_Parker.pdf

1.4.3 Atuador duplex geminado

Este atuador é uma variante do anterior, com o propósito de fornecer deslocamentos


maiores e escalonados, contudo sem a principal característica da força elevada. Sua
montagem, basicamente, é a junção de dois atuadores de duplo efeito, um de costas para o
outro (Figura 1.10), podendo variar o comprimento do curso, assim.
Figura 1.10. Diagrama atuador duplex geminado.

Fontes: Livro Automação Pneumática Projetos, dimensionamento e análise de circuitos.


http://eterfs.com.br/material/mecanica/Apostila_Eletropneumatica_Parker.pdf

1.4.4 Atuador de alto impacto

Basicamente, este atuador é idêntico ao de duplo efeito, contudo, na sua montagem


interna possui uma divisão de câmaras, ficando com um espaço reduzido pela divisão em duas
partes (Figura X). Deste modo, ambas são ligadas por um pequeno orifício (B), este que fica
bloqueado pela ponta traseira da haste ao estar recuado (D). Esse detalhe lhe é responsável
pela sua principal característica de grande velocidade, sendo utilizada em serviços de
prensagem, rebitagem e cortes.

Figura 1.11. Diagrama atuador de alto impacto.

Fontes: Livro Automação Pneumática Projetos, dimensionamento e análise de circuitos.


http://eterfs.com.br/material/mecanica/Apostila_Eletropneumatica_Parker.pdf

O funcionamento deste atuador é simples. Quando o atuador é iniciado, o ar


comprimido adentra a prè-câmara (A) do cilindro e cria uma pressão considerável, devido ao
bloqueio da segunda câmara pela haste do atuador, e, assim que esta pressão for
suficientemente grande para vencer as forças opostas atuantes de inércia, a haste começará a
se movimentar com rapidez, gerando uma grande energia cinética no sistema.
1.5 ATUADORES OSCILANTES

Atuadores lineares pneumáticos eram comumente usados para converter pressão de ar


comprimido em um movimento rotativo por um determinado número de graus, superiores a
120º. Desta forma, para resolver este problema desenvolveu-se os atuadores oscilantes, que
possibilita deslocamentos angulares escalonados de até 360º.

Este atuador é a concepção da união de dois atuadores lineares de efeito simples,


montados dentro de um compartimento, um contra o outro, fixados às extremidades de uma
cremalheira. Assim, a ação dos atuadores transmite à cremalheira um movimento linear que
movimenta um conjunto de eixo e roda dentada, convertendo este movimento em um
rotacional.
Figura 1.12. Atuador pneumático oscilante.

Fontes: Livro Automação Pneumática Projetos, dimensionamento e análise de circuitos.


http://eterfs.com.br/material/mecanica/Apostila_Eletropneumatica_Parker.pdf.

2 VÁLVULAS DE COMANDO

2.1 CONCEITO GERAL

Nos sistemas pneumáticos, as válvulas são usadas para controlar a direção, a taxa de
fluxo e a pressão do ar comprimido presente no circuito. Existem muitos tipos diferentes de
válvulas que podem ser usadas para alcançar esse controle, e cada válvula tem seu próprio
propósito específico.

Existem diferentes tipos de válvulas de comando, no entanto, todas elas servem a um


propósito diferente, dependendo do que sua máquina pretende fazer, sendo amplamente
utilizadas em indústrias, principalmente em produções que requerem precisão em seus
processos. Categorizadas de acordo com seu estilo, tipo, princípio de design, tipo de operação,
função, tamanho e aplicação, as válvulas apresentam tipos direcionais, de bloqueio, pressão e
reguladoras de fluxo.

Figura 2. Exemplos de válvulas pneumáticas.

Fonte: https://www.globalhp.com.br/valvulas-pneumaticas-saiba-tudo-sobre-elas/

2.1.1 Simbologia Geral

A parte mais complicada da simbologia pneumática são justamente as válvulas de


comando, que controlam a direção do ar dependendo de uma atuação manual, elétrica ou
através de ar comprimido. O símbolo de uma válvula a representa com informações
detalhadas sobre o seu tipo, métodos de atuação, o número de posições, os fluxos de ar e o
número de portas de conexão, conforme a Figura 2.1.

Figura 2.1. Simbologia geral das válvulas pneumáticas.


Fonte: https://www.mtibrasil.com.br/simbologia-pneumatica.php

Em suma, a configuração ou tipo de válvula indica como o ar é conectado ao


dispositivo e comutado através da válvula. Esta configuração tem uma forte influência no
dispositivo que a válvula está controlando e entender isso é fundamental para especificar a
válvula adequada para cada aplicação.

Assim, os símbolos de uma válvula tem três partes: atuação, como a válvula é
acionada, isto é, qual o tipo de atuador que dá a ignição, que estão à esquerda e à direita do
símbolo; posição, o número de posições que a válvula pode assumir e a quantidade manobras
distintas que esta pode executar; e o fluxo, que indica como o ar flui através do dispositivo,
indicado por flechas ou “T’’, representando o número de conexões de trabalho que a válvula
possui. Caso uma via esteja representada por um “T” significa que ela está bloqueada,
conforme a Figura 2.2.

Figura 2.2. Simbologia das vias.

Fonte: https://hidraulicaepneumatica.com/valvulas-de-controle-direcional/

Segundo a Parker Hannifin, Uma regra prática para a determinação do número de vias
consiste em separar um dos quadrados (posições) e verificar quantas vezes o(s) símbolo(s)
interno(s) toca(m) os lados do quadro, obtendo-se, assim, o número de orifícios e em
correspondência o número de vias.

Dentro da ampla classificação de válvulas comando pneumáticos existem várias


combinações de configurações de válvulas que refletem os parâmetros identificados
anteriormente, isto é, uma outra maneira de representar sem que seja pelo seu símbolo. Ao
definir essas configurações, um sistema de numeração padronizado é normalmente usado que
inclui dois números separados por uma barra (/). O primeiro número é o número de portas na
válvula e o segundo número reflete o número de posições de comutação, como veremos em
um exemplo mais à frente.

Antes de falarmos de cada tipo de válvula é fundamental entender que o fluxo é


diretamente proporcional à velocidade e a pressão é diretamente proporcional à força. Se você
aumentar o fluxo para um atuador, você aumentará sua velocidade. Se você aumentar a
pressão disponível para ele, você vai aumentar a força disponível para ele. Em geral, o fluxo
muda a velocidade do ar comprimido, a pressão muda a força que o ar comprimido exerce, e a
posição da válvula muda a direção em que o ar comprimido fluirá.

2.3 VÁLVULAS DE CONTROLE DIRECIONAL

As válvulas de controle direcional são usadas em sistemas pneumáticos para


direcionar ou parar o fluxo de ar comprimido. Eles são os elementos presentes e são
essenciais para todo e qualquer sistema pneumático.

As válvulas direcionais podem ter duas ou mais portas e cumprir várias funções em
um circuito ao mesmo tempo. A função e o comportamento da válvula podem ser indicados
por seu símbolo. As válvulas de controle direcional podem ser acionadas por diferentes meios,
como atuação manual, mecânica ou atuação por solenóide.

Figura 2.3. Exemplo de válvula de controle direcional.

Fonte: https://tameson.com/solenoid-valves-for-pneumatic-systems.html

As válvulas direcionais são nomeadas com dois números. O primeiro número mostra
quantas portas a válvula tem, e o segundo número é a quantidade de estados. Por exemplo,
como explicado anteriormente, uma válvula de 2/2 vias tem duas portas (entrada/saída) e dois
estados (aberto/fechado). Uma válvula de 5/2 tem cinco portas e dois estados. As válvulas
direcionais geralmente têm duas, três ou cinco portas.

Figura 2.4. Exemplos de simbologia.

Fonte: https://www.parker.com/literature/Brazil/M2001_2_P_19.pdf
1. Válvula direcional, 2/2 NF, acionamento manual.
2. Válvula direcional, 3/2 NF, acionada por pressão.
3. Válvula direcional, 4/2, operada por duplo solenóide.

As válvulas de controle direcional são utilizadas para direcionar o fluxo de entrada


para uma porta de saída específica. As válvulas de controle direcional são classificadas de
acordo com certos fatores como estrutura do elemento de controle de entrada, número de
portas ou formas, número de posição, método de atuação e padrão de fluxo de posição central.

Figura 2.5. Exemplo de um circuito com válvulas de controle direcional.

Fonte: https://automationforum.co/what-is-a-directional-control-valve-and-what-are-the-types-of-dcv/
As principais classificações das válvulas de controle direcional são pelo tipo de porta
de entrada do ar comprimido e pelo método de atuação.

➔ Válvulas bidirecionais: Este tipo de válvula pode direcionar o fluxo da bomba para
qualquer um dos dois caminhos do circuito.

➔ Válvulas de três vias: Este tipo tem três portas e podem bloquear ou permitir o fluxo
de fluido da entrada para o circuito.

➔ Válvulas de quatro vias: Estas válvulas são capazes de controlar o cilindro hidráulico
de ação dupla e também podem controlar motores bidirecionais.

2.4 VÁLVULAS CONTROLADORAS DE FLUXO

Outro modelo de válvula pneumática é a de reguladora de fluxo, que tem a função de


restringir a quantidade de ar para controlar a velocidade do cilindro. O equipamento pode
apresentar ação fixa ou variável, sendo unidirecional ou bidirecional.

Figura 2.6. Exemplos de válvulas controladoras de fluxo.

Fonte: https://www.parker.com/literature/Brazil/M2001_2_P_19.pdf
1. Válvula redutora de vazão fixa (restrição fixa).
2. Válvula redutora de vazão variável (restrição variável).

2.4.1 Válvulas de controle de fluxo variável bidirecional

Neste tipo de válvula, a quantidade de ar que entra é controlada através de um


parafuso cônico, em relação à sua proximidade ou afastamento do assento. Consequentemente
é permitido a passagem de um maior ou menor fluxo de ar comprimido.

2.4.2 Válvulas de controle de fluxo variável unidirecional


Estes tipo de válvula, geralmente classificado como válvula de bloqueio, une uma
válvula de retenção, por isso da discordância de classificação, com ou sem mola e um
dispositivo de controle de fluxo. Com esta configuração, possui duas condições distintas em
relação ao fluxo de ar:

➔ Fluxo controlado: em um sentido pré-fixado, o ar comprimido é bloqueado pela


válvula de retenção, sendo obrigado a passar restringido pelo ajuste na válvula de
controle de fluxo.

➔ Já, no sentido oposto, o ar comprimido possui livre passagem pela válvula de retenção,
embora uma pequena quantidade passe através do dispositivo, favorecendo o fluxo,
conforme exemplificado na Figura 2.7.

Figura 2.7. Diagrama de funcionamento de uma válvula de controle de fluxo unidirecional.

Fonte: https://razorgage.com/wp-content/uploads/2015/11/UNDERSTANDING_FLOW_CONTROLS.pdf

Figura 2.8. Válvulas de controle de fluxo variável unidirecional.

Fonte: http://www.unitecparker.com.br/valvula-controle-fluxo
Segundo a UNITEC & Parker, a tendência para uniformidade da velocidade de
deslocamento depende, principalmente, da variação da força resistente, e para isso é
necessário encontrar o método para fazer com que esta força seja a mais uniforme possível, de
modo que alcance uma maior precisão requerida, no campo industrial. Assim, sem um grau de
precisão exato, desenvolveu-se o sistema de controle de fluxo e, consequentemente,
velocidade.

Ainda, de acordo com as empresas citadas acima, seu princípio consiste em efetuar o
controle de fluxo somente na saída do ar contido no cilindro, enquanto a câmara oposta recebe
fluxo livre. E, assim, com o controle do ar na saída do cilindro, é possível eliminar o
movimento irregular do pistão. O ar comprimido entra na câmara com toda a intensidade de
pressão, exercendo força sobre o êmbolo. O ar confinado na câmara oposta escapará pela
válvula de controle de fluxo unidirecional de controle de fluxo, determinando, assim, um
avanço com velocidade mais uniforme que o método de controle pela entrada de ar. Isto é
conseguido porque o êmbolo é mantido entre os dois volumes de ar comprimido, o de entrada
e o que está saindo, formando uma contrapressão e oferecendo uma resistência contínua ao
movimento.

2.5 VÁLVULAS DE BLOQUEIO

Como já citado, existe a válvula de bloqueio, utilizada para bloquear o fluxo de ar


preferencialmente em um sentido e o liberar no sentido oposto. Presentes nas funções
retenção, escape rápido, isolamento (OU), simultaneidade (E).

2.5.1 Válvula de bloqueio no modelo retenção

Um obturador é mantido pressionado contra a passagem, por força de uma mola ou


pela força da gravidade. Caso o fluxo de ar comprimido seja no sentido favorável à retenção,
o obturador é deslocado, permitindo a passagem do fluido. Invertendo-se o fluxo, o obturador
desloca-se contra a parede e impede a passagem do fluido. As válvulas de retenção são
utilizadas quando se deseja impedir o fluxo de ar em um dos sentidos.

Figura 2.9. Simbologia da válvula de bloqueio no modelo retenção.

Fonte: https://www.parker.com/literature/Brazil/M2001_2_P_19.pdf
2.5.2 Válvula de bloqueio no modelo escape rápido

É utilizada para aumentar a velocidade normal de deslocamento de um pistão. Para


que um pistão se desloque rapidamente é necessário que a câmara em enchimento supere a
pressão da câmara em esvaziamento, e que o ar que escapa percorra tubulações secundárias e
válvulas. A válvula de escape rápido descarrega o ar da câmera em exaustão diretamente na
atmosfera, aumentando a velocidade de escape e acelerando o movimento do cilindro.

Figura 2.10. Simbologia da válvula de bloqueio no modelo escape rápido.

Fonte: Livro Automação Pneumática Projetos, dimensionamento e análise de circuitos.

2.5.3 Válvula de bloqueio no modelo isolamento

Este tipo de válvula é composta por três orifícios, sendo duas entradas de pressão e um
ponto de utilização do ar comprimido. Seu funcionamento se dá através do envio de um sinal
por uma das entradas, a entrada oposta é automaticamente vedada e o sinal emitido flui até o
orifício de utilização. Na coincidência de sinais nas entradas, prevalecerá o que primeiro
atingir a válvula, no caso de pressões iguais. No caso de pressões diferentes, a prioridade é da
que tem maior valor. Esta válvula é comumente utilizada quando é necessário enviar sinais a
um ponto comum, de diferentes locais no circuito pneumático.

Figura 2.11. Simbologia da válvula de bloqueio no modelo isolamento.

Fonte: Livro Automação Pneumática Projetos, dimensionamento e análise de circuitos.

2.5.4 Válvula de bloqueio no modelo simultaneidade

Semelhante à estrutura anterior, no entanto nesta válvula o orifício de utilização será


pressurizado quando existir pressão nas duas entradas de pressão. Os sinais podem ter valores
iguais ou diferentes, mas terão que existir dois sinais para que a válvula de simultaneidade
permita a passagem do sinal. São utilizadas em sistemas bimanuais de segurança e funções
lógicas “E”.

Figura 2.12. Simbologia da válvula de bloqueio no modelo simultaneidade.

Fonte:Livro Automação Pneumática Projetos, dimensionamento e análise de circuitos.

2.6 VÁLVULAS CONTROLADORAS DE PRESSÃO

A válvula de pressão tem como objetivo influenciar e ser manipulada pela intensidade
da pressão de um sistema, controlando a sua força, sendo utilizada para fornecer segurança ao
sistema e de demais aplicações. Assim, também é chamada de válvula de alívio ou de
segurança.

Figura 2.13. Tipos e simbologia das válvulas controladoras de pressão.

Fonte: https://www.parker.com/literature/Brazil/M2001_2_P_12.pdf

De um modo geral, esta válvula limita a pressão de um reservatório, compressor ou


linha de pressão, evitando a sua elevação além de um ponto pré-determinado, ajustada através
de mola calibrada que é comprimida por parafuso, transmitindo sua força sobre um êmbolo e
mantendo-o contra a sede.

Ocorrendo um aumento de pressão no sistema, o êmbolo é deslocado de sua sede,


sendo a mola comprimida e permitindo contato da parte pressurizada com a atmosfera, através
de uma série de orifícios por onde é expulsa um volume de ar, mantendo a pressão estável.
Com a redução da pressão, alcançando o valor da regulagem, a mola recoloca novamente o
êmbolo na posição inicial, vedando os orifícios de escape.

Figura 2.14. Válvula de pressão.

Fonte: https://www.festo.com/cat/en-gb_ie/products_020900

3 VÁLVULAS DE COMANDO ELÉTRICO

Atualmente, a eletropneumática é comumente usada em muitas áreas da automação


industrial de baixo custo. As válvulas de comando elétrico são usadas ​extensivamente em
sistemas de produção, montagem, produtos farmacêuticos, químicos e de embalagem. O
comando eletro-eletrônico é, atualmente, o mais utilizado devido à possibilidade de
reprogramação, agilidade, confiabilidade, durabilidade e custos competitivos. Há uma
mudança significativa nos sistemas de controle. Os relés têm sido cada vez mais substituídos
por controladores lógicos programáveis ​para atender à crescente demanda por automação
mais flexível.

De uma forma geral, o controle eletropneumático consiste em sistemas de controle


elétrico que operam sistemas de potência pneumáticos. Neste as válvulas solenóides são
utilizadas como interface entre os sistemas elétrico e pneumático. Dispositivos como
interruptores de limite e sensores de proximidade são usados ​como elementos de feedback.

O controle eletropneumático integra tecnologias pneumáticas e elétricas, é mais


amplamente utilizado para grandes aplicações. Na eletropneumática, o meio de sinal é o sinal
elétrico que a fonte CA ou CC é usada. O meio de trabalho é o ar comprimido. As tensões
operacionais de cerca de 12 V a 220 Volts são frequentemente utilizadas. A válvula de
controle final é ativada pela atuação do solenóide. O reset da válvula é feito por mola ou
usa-se outra solenóide.

3.1 CONCEITO GERAL

Como já visto anteriormente, de forma simplificada, o sistema eletropneumático visa


controlar as forças e movimentos da pneumática através de elementos de entrada,
processamento e saída de sinais, controladores lógicos ou outros componentes de comandos
elétricos.

O controle do sistema eletropneumático é realizado tanto com a combinação de relés e


contatores quanto com o auxílio de Controladores Lógicos Programáveis (CLP), entre outros
métodos de acionamento. Um relé é frequentemente usado para converter a entrada de sinal
de sensores e interruptores em vários sinais de saída (NF e NA).

O CLP pode ser convenientemente usado para obter as saídas de acordo com a lógica
necessária, desde atraso de tempo à operação sequencial. Finalmente, os sinais de saída são
fornecidos aos solenóides ativando as válvulas de controle finais que controlam o movimento
de vários cilindros. E, como a velocidade do sinal elétrico é extremamente rápida, o tempo do
ciclo pode ser reduzido e o sinal pode ser transportado por longas distâncias, dando a
possibilidade de ser instalado longe das válvulas comandadas.

Figura 3. Exemplos de válvulas de comando elétrico.

Fonte: https://www.apolloedge.com/a-brief-explanation-of-pneumatic-valves/
As válvulas de comando elétrico são divididas em categorias de acionamento:
solenóides, piloto interno, piloto externo e solenóide pilotado.

3.1.1 Solenóide

Um atuador solenóide é uma pequena bobina elétrica que usa um eletroímã para
mudar a posição da válvula. Basicamente, uma corrente elétrica é passada através de uma
bobina para gerar um campo magnético que move a haste metálica para ajustar a posição do
disco da válvula elétrica.

Figura 3.1. Simbologia da solenóide.

Fonte: https://www.apolloedge.com/a-brief-explanation-of-pneumatic-valves/

No caso de válvulas solenóides de ação direta, a força gerada pelo solenóide deve ser
maior do que a força exercida pela pressão do ar. As válvulas solenóides de ação direta são de
uso limitado e só são vistas em cerca de 10% das aplicações. Isso porque o fluxo pode ser
limitado, e eles consomem uma grande quantidade de energia elétrica.

3.1.2 Piloto interno

As válvulas pilotadas internamente trabalham com pressão do sistema para ajudar no


controle, em vez de contra ele. Isso os torna capazes de controlar o fluxo de ar usando menos
energia do que é exercido pela pressão na linha.

Figura 3.2. Simbologia Piloto Interno.

Fonte: https://www.apolloedge.com/a-brief-explanation-of-pneumatic-valves/

3.1.3 Piloto externo

As válvulas solenóides pilotadas externamente funcionam de forma semelhante às


válvulas pilotadas internamente, mas usam ar de uma fonte externa para auxiliar o movimento
da válvula, em vez de pressão dentro da válvula. Isso deve vir do rio acima da válvula, mas
também pode ser fornecido a partir de um circuito separado. Esta fonte de ar externa é
alimentada em uma porta extra na válvula. Válvulas pilotadas externamente são tipicamente
usadas em cenários de baixa pressão, vácuo ou portabilidade alternativa, onde há baixa,
negativa ou nenhuma pressão na própria válvula para facilitar o movimento.

Figura 3.3. Simbologia Piloto Externo.

Fonte: https://www.apolloedge.com/a-brief-explanation-of-pneumatic-valves/

3.1.4 Solenóide pilotada

O solenóide pilotado é uma combinação comum de atuadores. Em um solenóide


pilotado, um sinal elétrico abre e fecha a válvula piloto que opera a válvula maior usando o
meio piloto como mecanismo para forçar a atuação. Isto é comumente usado para atuar
grandes válvulas onde um solenóide teria energia insuficiente para acionar a válvula.

Figura 3.4. Simbologia Pilotada.

Fonte:https://www.apolloedge.com/a-brief-explanation-of-pneumatic-valves/

3.1.5 Aplicações

Uma das principais vantagens das válvulas elétricas é o seu controle de


posicionamento preciso. As posições intermediárias e de parada podem ser pré-programadas,
permitindo que os atuadores sejam posicionados em qualquer local com base em uma entrada
específica, não somente recuado e avançado, isto pois, trata-se de um sinal analógico.
Atuadores elétricos também oferecem alguns dos movimentos mais rápidos entre todos os
tipos de atuadores.

A separação da fonte de energia elétrica do atuador facilita a manutenção dos


componentes atuadores e pode minimizar os custos de substituição. Além disso, atuadores
elétricos produzem menos ruído do que outros tipos, tornando os modelos elétricos muito
úteis em ambientes sensíveis ao ruído.

As válvulas elétricas são normalmente usadas em máquinas e equipamentos como


escavadeiras, caminhões de lixo e empilhadeiras. Atuadores elétricos mais leves são
comumente encontrados em robótica de fábrica e outras aplicações de automação de
fabricação.

3.2 MODOS DE ACIONAMENTO

Os componentes de entrada de sinais elétricos são aqueles que emitem informações ao


circuito por meio de uma ação muscular, mecânica, elétrica, eletrônica ou combinação entre
elas. Entre os elementos de entrada de sinais podemos citar as botoeiras, as chaves de fim de
curso, os sensores de proximidade e os pressostatos, entre outros, todos destinados a emitir
sinais para energização ou desenergização do circuito ou parte dele.

3.2.1 Botoeira

As botoeiras são chaves elétricas acionadas manualmente que apresentam, geralmente,


um contato aberto e outro fechado. De acordo com o tipo de sinal a ser enviado ao comando
elétrico, as botoeiras são caracterizadas como pulsadoras ou com trava.

As botoeiras pulsadoras invertem seus contatos mediante o acionamento de um botão


e, devido à ação de uma mola, retornam à posição inicial quando cessa o acionamento. As
botoeiras com trava também invertem seus contatos mediante o acionamento de um botão,
entretanto, ao contrário das botoeiras pulsadoras, permanecem acionadas e travadas mesmo
depois de cessado o acionamento.

Figura 3.5. Botoeira.

Fonte: http://eterfs.com.br/material/mecanica/Apostila_Eletropneumatica_Parker.pdf
1. Botoeira do tipo pulsador. 2. Botoeira do tipo seletora com trava.
3.2.2 Chaves fim de curso Figura 3.6. Chave Fim de Curso.

As chaves de fim de curso, assim


como as botoeiras, são comutadores
elétricos de entrada de sinais, só que
acionados mecanicamente. As chaves de
fim de curso são, geralmente, posicionadas
no decorrer do percurso de cabeçotes
móveis de máquinas e equipamentos
industriais, bem como das hastes de
cilindros hidráulicos e ou pneumáticos.
Quando o rolete é acionado, a chave
comuta e libera um sinal elétrico, neste
caso para a válvula que irá realizar a sua
tarefa pré determinada.

Fonte: http://eterfs.com.br/material/mecanica/Apostila
_Eletropneumatica_Parker.pdf

3.2.3 Sensores de proximidade

Os sensores de proximidade, assim como as chaves de fim de curso, são elementos


emissores de sinais elétricos, os quais são posicionados no decorrer do percurso de cabeçotes
móveis de máquinas e equipamentos industriais, bem como das hastes de cilindros hidráulicos
e/ou pneumáticos. O acionamento dos sensores, entretanto, não depende de contato físico com
as partes móveis dos equipamentos, basta apenas que estas partes aproximem-se dos sensores
a uma distância que varia de acordo com o tipo de sensor utilizado.

Existem no mercado diversos tipos de sensores de proximidade, os quais devem ser


selecionados de acordo com o tipo de aplicação e do material a ser detectado. Os mais
empregados na automação de máquinas e equipamentos industriais são os sensores
capacitivos, indutivos, ópticos, magnéticos e ultrassônicos, além dos sensores de pressão,
volume e temperatura, muito utilizados na indústria de processos.

➔ Os sensores de proximidade capacitivos registram a presença de qualquer tipo de


material;
➔ Os sensores de proximidade indutivos são capazes de detectar apenas materiais
metálicos;

➔ Os sensores de proximidade ópticos detectam a aproximação de qualquer tipo de


objeto, desde que este não seja transparente;

➔ Os sensores de proximidade magnéticos, como o próprio nome sugere, detectam


apenas a presença de materiais metálicos e magnéticos.

Figura 3.7. Simbologia Sensores de Proximidade.

Fonte: http://eterfs.com.br/material/mecanica/Apostila_Eletropneumatica_Parker.pdf
1. Sensor capacitivo. 2. Sensor indutivo. 3 e 4. Sensores ópticos. 5. Sensor magnético.

Basicamente, os sensores de proximidade apresentam as mesmas características de


funcionamento. Possuem dois cabos de alimentação elétrica, sendo um positivo e outro
negativo, e um cabo de saída de sinal. Estando energizados e ao se aproximarem do material a
ser detectado, os sensores emitem um sinal de saída que, devido principalmente à baixa
corrente desse sinal, não podem ser utilizados para energizar diretamente bobinas de
solenóides ou outros componentes elétricos que exigem maior potência.

3.2.4 Pressostato

Os pressostatos, também conhecidos como sensores de pressão, são chaves elétricas


acionadas por um piloto hidráulico ou pneumático. Os pressostatos são montados em linhas
de pressão hidráulica e/ou pneumática e registram tanto o acréscimo como a queda de pressão
nessas linhas, invertendo seus contatos toda vez em que a pressão do óleo ou do ar
comprimido ultrapassar o valor ajustado na mola de reposição.
Figura 3.8. Pressostato.

Fonte: http://eterfs.com.br/material/mecanica/Apostila_Eletropneumatica_Parker.pdf
https://www.parker.com/literature/Brazil/M2001_2_P_19.pdf

3.2.5 Relés auxiliares

Os relés auxiliares são chaves elétricas de quatro ou mais contatos, acionadas por bobinas
eletromagnéticas.

Figura 3.9. Simbologia da solenóide.

Fonte: http://eterfs.com.br/material/mecanica/Apostila_Eletropneumatica_Parker.pdf
1. Relé Auxiliar. 2. Relé Auxiliar com Contatos Comutadores

3.2.5 Outros instrumentos de acionamento

➔ Fluxostato: fornece um sinal elétrico a uma vazão pré-determinada;


➔ Termostato: fornece um sinal elétrico a uma vazão pré-determinada;
➔ Chave de nível: fornece um sinal elétrico a um nível pré-determinado;
➔ Transdutor de pressão: gera um sinal elétrico analógico a partir de uma entrada
hidráulica de pressão;
➔ Transdutor de vazão: gera um sinal elétrico analógico a partir de uma entrada de
vazão;
➔ Termopar: gera um sinal elétrico analógico a partir de uma entrada de temperatura.
Figura 3.10. Simbologia de Outros Instrumentos de Acionamento.

Fonte: https://www.parker.com/literature/Brazil/M2001_2_P_19.pdf
1. Fluxostato. 2. Termostato. 3. Chave de nível. 4. Transdutor de pressão. 5. Transdutor de vazão. 6. Termopar.

3.4 VÁLVULAS PROPORCIONAIS

As válvulas proporcionais são válvulas de comando elétrico especiais, são indicadas,


pela sua principal característica, para trabalhos de precisão, por meio de sinais analógicos
proporcionais, podendo ser finamente ajustada. Como citado, sua principal característica é
alta precisão, pois mantém a pressão constante no sistema e as modificações na pressão, no
caso de alteração nas características do trabalho, são feitas rapidamente, sofrendo pouca
variação de ar comprimido no sistema.

Sua funcionalidade é intuitiva. A válvula é composta de um regulador de pressão


pilotado, que por sua vez é acionado por duas válvulas 1/2/2 que são acionadas por um
comparador. Basicamente, a pressão de saída da válvula é convertida pelo sensor de pressão
em um sinal elétrico que é comparado ao sinal de entrada. Caso a pressão de saída esteja
abaixo do valor estabelecido, a saída + é ativada e o regulador é pilotado para aumentar a
pressão no sistema, no entanto, se estiver maior, a saída - do comparador é pilotada para
diminuir a pressão no sistema, assim mantendo a pressão constante e proporcionando precisão
nos movimentos.
Figura 3.10. Diagrama válvula proporcional.

Fonte: Livro Automação Pneumática Projetos, dimensionamento e análise de circuitos.


Figura 3.11. Válvula proporcional.

Fonte: https://d25g25bk48as5o.cloudfront.net/pdf/en_6_6_030_VP50.pdf

Desta forma, as válvulas proporcionais são, geralmente, utilizadas para o controle da


pressão ou vazão em sistemas pneumáticos, como por exemplo, controle do fechamento de
garras pneumáticas e manipuladores, frenagem de movimentos, controle de velocidade para
bombeamento, entre outros.

3.5 DISPOSITIVOS DE REGULAÇÃO

Essenciais para o processo, os dispositivos de regulação, como o próprio nome sugere,


são destinados a regular as características de um sistema pneumático: velocidade, tempo,
temperatura, pressão.

3.5.1 Potenciômetro

Este dispositivo de regulação tem a finalidade de regular correntes de baixa


intensidade nos circuitos elétricos e eletrônicos.

Figura 3.12. Simbologia Potenciômetro.

Fonte: Livro Automação Pneumática Projetos, dimensionamento e análise de circuitos.

3.5.2 Reostato

Com a mesma finalidade que o potenciômetro, no entanto, para regular correntes de


alta intensidade.
Figura 3.13. Simbologia Reostato.

Fonte: Livro Automação Pneumática Projetos, dimensionamento e análise de circuitos.

3.5.3 Transformador

Este dispositivo permite elevar ou reduzir a tensão alternada de acordo com a


necessidade de sua utilização.

Figura 3.13. Simbologia Transformador.

Fonte: Livro Automação Pneumática Projetos, dimensionamento e análise de circuitos.

3.5.4 Relés temporizadores

Os relés temporizadores, também conhecidos como relés de tempo, geralmente


possuem um contato comutador acionado por uma bobina eletromagnética com retardo na
energização ou na desenergização.

Figura 3.14. Relés temporizadores.

Fonte: http://eterfs.com.br/material/mecanica/Apostila_Eletropneumatica_Parker.pdf
1. Relé Temporizador com Retardo na Energização
2. Relé Temporizador com Retardo na Desenergização

3.5.5 Relé contador

Os relés contadores registram a quantidade de pulsos elétricos a eles enviados pelo


circuito e emitem sinais ao comando quando a contagem desses pulsos for igual ao valor neles
programado. Sua aplicação em circuitos elétricos de comando é de grande utilidade, não
somente para contar e registrar o número de ciclos de movimentos efetuados por uma
máquina mas, principalmente, para controlar o número de peças a serem produzidas,
interrompendo ou encerrando a produção quando sua contagem atingir o valor neles
determinado.

Figura 3.15. Relé contador de pulsos elétricos.

Fonte: http://eterfs.com.br/material/mecanica/Apostila_Eletropneumatica_Parker.pdf

3.5.6 Contador de impulsos pneumáticos

Este contador soma sinais pneumáticos partindo do zero. Quando atinge um número
predeterminado, o contador emite um sinal pneumático de saída.

Figura 3.16. Simbologia Contador de Impulsos Pneumáticos.

Fonte: Livro Automação Pneumática Projetos, dimensionamento e análise de circuitos.

3.6 DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO

Os dispositivos de sinalização são, comumente, utilizados para sinalizar alguma ação.


Deste modo, nos sistemas pneumáticos serão utilizados dois tipos: sinalização sonora e visual.

3.6.1 Indicador Sonoro

Sua função é emitir sinais sonoros, como por exemplo, soar alarmes de emergência,
em caso de acidentes ou riscos iminentes, de quebra de máquina, térmico de processo,
indicativo de cuidado. São divididos em: buzina, sirene e apito.
Figura 3.17. Simbologia Indicador Sonoro.

Fonte: Livro Automação Pneumática Projetos, dimensionamento e análise de circuitos.

3.6.2 Indicador Visual

Tem por finalidade advertir, indicar e sinalizar alguma situação, informando por meio
visual, através de cores, o status ou a mensagem que deseja transmitir sobre a funcionalidade
do sistema. Geralmente, as cores são e indicam, respectivamente: verde, desligado; amarelo,
falha; e, vermelho, ligado.

Figura 3.18. Simbologia Sinalização Visual.

Fonte: Livro Automação Pneumática Projetos, dimensionamento e análise de circuitos.


REFERÊNCIAS:

APOLLO EDGE. A Brief Explanation of Pneumatic Valves. 2018. Disponível em:


https://www.apolloedge.com/a-brief-explanation-of-pneumatic-valves/. Acesso em: 25 mar.
2021.

ASHLIN. What is a pneumatic valve and what is the function of pneumatic valve?.
Automation Forum. 2020. Disponível em:
https://automationforum.co/what-is-a-pneumatic-valve-and-what-is-the-function-of-pneumati
c-valve/. Acesso em: 23 mar. 2021.

ASHLIN. What is a directional control valve and what are the types of DCV. 2020.
Disponível em:
https://automationforum.co/what-is-a-directional-control-valve-and-what-are-the-types-of-dcv
/. Acesso em: 23 mar. 2021.

AUTOMATION-DIRECT, Library. Pneumatic Circuit Symbols Explained. 2016. Disponível


em: https://library.automationdirect.com/pneumatic-circuit-symbols-explained/. Acesso em:
24 mar. 2021.

BAKER, Michele. York Precision. 2019. Hydraulic vs. Pneumatic vs. Electric Actuators.
Disponível em: https://yorkpmh.com/resources/hydraulic-vs-pneumatic-vs-electric-actuators/.
Acesso em: 23 mar. 2021.

BLOG, E-pneumatic. Flow Control Valves. 2017. Disponível em:


https://www.e-pneumatic.com/blog/flow-control-valves/. Acesso em: 23 mar. 2021.

BONGAS. Atuador Pneumático: o que é, Tipos e Vantagens. Disponível em:


https://bongas.com.br/atuador-pneumatico-o-que-e-tipos-vantagens/. Acesso em: 25 mar.
2021.

BONGAS. Atuador Pneumático: Princípios de Funcionamento. Disponível em:


https://bongas.com.br/atuador-pneumatico-principios-de-funcionamento/. Acesso em: 25 mar.
2021.

FIALHO, Arivelto Bustamante. Automação Pneumática Projetos, dimensionamento e análise


de circuitos. Saraiva Educação SA, 2018.
Inst Tools. What is a Pneumatic Actuator ?. Disponível em:
https://instrumentationtools.com/what-is-a-pneumatic-actuator/. Acesso em: 24 mar. 2021.

MARINHO, Gustavo. Válvulas de Controle Direcional. Disponível em:


https://hidraulicaepneumatica.com/valvulas-de-controle-direcional/. Acesso em: 24 mar. 2021.

PARKER, Hannifin Corporation. Tecnologia Eletropneumática Industrial. 2001. Disponível


em: http://eterfs.com.br/material/mecanica/Apostila_Eletropneumatica_Parker.pdf. Acesso
em: 23 mar. 2021.

PARKER, Hannifin Corporation. Simbologias dos componentes. Disponível em:


https://www.parker.com/literature/Brazil/M2001_2_P_19.pdf. Acesso em: 25 mar. 2021.

PARKER, Hannifin Corporation. Atuadores pneumáticos. 2007. Disponível em:


https://www.parker.com/literature/Brazil/climate/catalogo_4206_BR.PDF. Acesso em: 25
mar. 2021.

SMC. Símbolos pneumáticos. Disponível em:


https://daniellnunes1.files.wordpress.com/2011/08/sc3admbolos-pnaumc3a1ticos-smc.pdf.
Acesso em: 25 mar. 2021.

TAMESON. Directional Control Valve - How They Work. Disponível em:


https://tameson.com/solenoid-valves-for-pneumatic-systems.html. Acesso em: 23 mar. 2021.

TECH BRIEFS. Valves for Pneumatic Cylinders and Actuators. 2020. Disponível em:
https://www.techbriefs.com/component/content/article/tb/supplements/md/features/articles/36
005. Acesso em: 24 mar. 2021.

THOMAS. Pneumatic Vs. Electric Actuators: Which Is Right for Your Valve Assembly?.
2018. Disponível em:
https://www.thomasnet.com/insights/pneumatic-vs-electric-actuators-which-is-right-for-your-
valve-assembly-/. Acesso em: 25 mar. 2021.

THOMAS. Common Types of Pneumatic Valves. Disponível em:


https://www.thomasnet.com/articles/pumps-valves-accessories/pneumatic-valves/. Acesso em:
24 mar. 2021.
TUBES, International. Industrial Pneumatics - actuators. Disponível em:
https://www.tubes-international.pl/wp-content/uploads/catalogue-en-pdf/industrial_pneumatic
s/actuators_and_handling_units.pdf. Acesso em: 25 mar. 2021.

UPMATION. What is a Directional Control Valve?. Disponível em:


https://upmation.com/directional-control-valve/. Acesso em: 23 mar. 2021.

Você também pode gostar