Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TEORIA E
PRÁTICA DA
CULTURAL ^ ^ ti
Universidade de Fortaleza - UNIFOR
Av. Washington Soares, 1321 - Edson Queiroz
CEP. 60811-905 - Fortaleza - Ceará - Brasil
Chanceler
Dr. Airton Queiroz
Reitor
Prof. Carlos Alberto Batista Mendes de Sousa
Coordenação Editorial
Prof. José Antônio Carlos Otaviano David Morano
DEDICATÓRIA
Em síntese: é uma obra útil e pioneira, por sua percepção 3. OS EQUÍVOCOS, OS PRINCIPAIS PONTOS E ALGUMAS REFLEXÕES
inovadora e por seu mérito interdisciplinar, que, ao promover o SOBRE A LEI MUNICIPAL QUE DEVE PROTEGER O PATRIMÔNIO
casamento do Direito com a Antropologia, a Sociologia e a Cultura, HISTÓRICO E CULTURAL DE FORTALEZA 29
purga-o do purismo acadêmico e insere-o na realidade das coisas que 4. RESPOSTA AO ARTIGO DA PROCURADORA ADMINISTRATIVA
sofrem, no dia-a-dia, toda sorte de influência, o que nos evoca a DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA SOBRE A NOVA LEI MUNICIPAL DE
metáfora do caleidoscópio. TOMBAMENTO 33
A Universidade de Fortaleza, ao publicar este livro, dá mais
uma importante contribuição para a difusão da cultura e para a inovação PARTE II - A ATUAÇÃO DO ESTADO NO INCENTIVO À CULTURA
das práticas jurídicas. I .O ESTADO COMO CLIENTE DO INCENTIVO FISCAL À CULTURA 39
2. A REFORMA DO PLANALTO 42
3. LEI JEREISSATI: REPENSAR É PRECISO 44
Prof. Francisco Otávio de Miranda Bezerra 4. A NOVA LEGISLAÇÃO DO CINEMA 47
Diretor do Centro de Ciências Jurídicas da PARTE III - INVESTIR EM CULTURA É UM BOM NEGÓCIO
Universidade de Fortaleza - UNIFOR
1. CULTURA E ECONOMIA 53
2. O EXEMPLO DE GUARAMIRANGA 56
3. A ARTE DE GUARAMIRANGA, A IMPLOSAO DO BUDA E A 3.12 AVALIAÇÃO 94
PONTE DO RECIFE 59 3.13 SOBERANIA DO MOVIMENTO TEATRAL 96
4. O LIVRO TÉCNICO E A REPOGRAFIA. O QUE FAZER? 63 3.14 CONCLUSÃO 97
4 FINANCIAMENTO E GESTÃO DA CULTURA 98
PARTE IV - A PRÁTICA DA GESTÃO CULTURAL
5. MAPEAMENTO CULTURAL 108
1. ROTEIRO SIMPLIFICADO PARA ELABORAÇÃO E COMPREENSÃO
Explicações Preliminares 108
DE PROJETOS 71
5.1 Indivíduo 110
1.1.0 QUE É UM PROJETO? 71
5.2 Eventos 117
1.2. PARA QUE SERVE UM PROJETO? 71
5.3 Equipamentos 123
1.3. QUAIS AS ETAPAS DE UM PROJETO? 71
5.4 Bibliotecas 129
1.4. AS ETAPAS DE UM PROJETO TÊM NOME ESPECÍFICO? 72
5.5 Escolas 134
1.5. COMO SE DEVE APRESENTAR UM PROJETO? 74
5.6 Equipamentos de Hospedagem 139
1.6.0 QUE DEVE SER FEITO APÓS A CONCLUSÃO DE UM
5.7 Entidades 145
PROJETO? 75
5.8 Equipamentos de Comunicação 151
2. O PROJETO DO I FESTIVAL NORDESTINO DE TEATRO 5.9 Patrimônio Cultural 157
DE GUARAMIRANGA 79
2.1. RESUMO 79
2.2. LOCALIZAÇÃO 79
2.3. JUSTIFICATIVA 80
2.4. OBJETIVO GERAL 81
2.5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 81
2.6. METAS 81
2.7 - ETAPAS DO TRABALHO E CRONOLOGIA 81
2.8. ORÇAMENTO 82
2.9. ANEXOS 83
3. RELATÓRIO DO I FESTIVAL NORDESTINO DE TEATRO
DE GUARAMIRANGA - PRÊMIO EDSON QUEIROZ 87
3.1 PRECEDENTES 87
3.2 REGULAMENTO 87
3.3 FORMAÇÃO DA EQUIPE 88
3.4 A "BATALHA" POR PATROCÍNIOS E APOIOS 88
3.5 A PRODUÇÃO EM GUARAMIRANGA 89
3.6 DIVULGAÇÃO 90
3.7 O INFORMATIVO DO FNT 91
3.8 O PUBLICO 91
3.9 AUTORIDADES PRESENTES 92
:U() PATROCÍNIOS E APOIOS 92
3.11 PROGRAMAÇÃO PARALELA 93
R U U I : RESOLVI P U B L I C A R ESTE LIVRO
DIREITO E CULTURA
1, DIREITOS CULTURAIS
1,1 - INTRODUÇÃO
O título do presente texto, Legislação Cultural Brasileira: Espaço
Privilegiado para a Gestão Democrática, embute em si a idéia a ser
trabalhada nas linhas que seguem: nenhum outro setor da
Rui matividade brasileira oferece tantos recursos jurídicos e sociais para
um; i gestão democrática e direta de seus interesses, quanto o segmento
| i cultura.
Prima facie poderia ser observado que, para um Estado cuja
nstituição o adjetiva com a expressão democrático de direito, uma
fif.ortiva como a precedente seria inócua, pois todos os setores da
Vida social e política seriam, potencialmente, geridos de forma
Igualmente democrática.
Contudo, sou de opinião que, tal qual os princípios reitores de
Um dado ordenamento jurídico1, o grau de gestão democrática dos
litores da vida pública submetem-se a um escalonamento, segundo o
H linte critério: quanto menor a intermediação entre o povo e a gestão
[fios interesses públicos, mais democrática será esta gestão.
Tal exegese não compõe uma mera convicção íntima, mas
iisenta-se positivada na própria Constituição Federal que, sem
embargo do prestígio dos Representantes, deixa inferir que a
legitimidade das grandes deliberações nacionais encontra o mais alto
i ialdo se o povo diretamente com elas assentir2. Vide, a este respeito,
1
©ANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional, Livraria Almedina: Coimbra (Portu-
| | l ) , 1991.
' MA( II DO, Dimas. O Discurso Constituinte - Uma Abordagem Crítica, Casa José de Alencar
(Ul C): Fortaleza, 1997.
a
Este tema dos princípios constitucionais culturais desenvolvi-o com mais detalhes em Direitos FERNANDES, José Ricardo Oriá. Direito à Memória - A Proteção Jurídica ao Patrimônio His-
Culturais como Direitos Fundamentais no Ordenamento Jurídico Brasileiro, Brasília Jurídica: tórico-Cultural Brasileiro (Dissertação de Mestrado), Faculdade de Direito da Universidade
DF, 2000. Federal do Ceará, Fortaleza, 1995.
SUMARIO
1. RESUMO
2. LOCALIZAÇÃO
3. JUSTIFICATIVA
4. OBJETIVO GERAL
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
6. METAS
7. ETAPAS DO TRABALHO E CRONOLOGIA
8. ORÇAMENTO
9. ANEXOS
2. PROJETO DO I FESTIVAL NORDESTINO DE TEATRO DE
GUARAMIRANGA
2.1 - RESUMO
O presente projeto propõe a realização, no Município de
Guaramiranga, Estado do Ceará, de um FESTIVAL NORDESTINO
DE TEATRO.
Demonstra a existência de condições estruturais para a
realização do evento, bem como justifica sua importância para o
contexto sócio-econômico e cultural da municipalidade, do Estado e
da Região.
2.2 - LOCALIZAÇÃO
Guaramiranga é um pequeno Município cearense (95 km2) da
região serrana do Maciço de Baturité.
Sua feição física foge ao estereótipo traçado para o Interior do
Ceará: pleno de vegetação verde, é um dos poucos recantos do
Nordeste que conserva um "santuário" de Mata Atlântica. O clima, dos
mais amenos e salutares, tem a média de 20° C. Estas características
rendem ao Município denominações exaltadoras e carinhosas, como
"Suíça Cearense" e "Cidade das Flores".
Estas circunstâncias e o fato de estar a mais de 900 metros
acima do nível do mar - o ponto culminante do Ceará, chamado Pico
Alto, situa-se em Guaramiranga -, fizeram com que o Município fosse
plenamente inserido em uma Área de Proteção Ambiental, a APA de
Baturité.
Este fato, ao lado de trazer orgulho para a população local (5.200
habitantes), exige dela uma mudança de comportamento, no que se
refere às bases da economia. Limitada à exploração da agricultura e
(SUMÁRIO) RELATÓRIO
1.PRECEDENTES
2. REGULAMENTO
3. FORMAÇÃO DA EQUIPE
4. A "BATALHA" POR PATROCÍNIOS E APOIOS
5. A PRODUÇÃO EM GUARAMIRANGA
6. DIVULGAÇÃO
7. O INFORMATIVO DO FNT
8. O PÚBLICO
9. AUTORIDADES PRESENTES
10. PATROCÍNIOS E APOIOS
11. PROGRAMAÇÃO PARALELA
12. AVALIAÇÃO
13. A SOBERANIA DO MOVIMENTO TEATRAL
14. CONCLUSÃO
3. RELATÓRIO DO I FESTIVAL NORDESTINO DE TEATRO
DE GUARAMIRANGA - PRÊMIO EDSON QUEIROZ
3.1 - PRECEDENTES
A reflexão para a realização do FESTIVAL NORDESTINO DE
TEATRO iniciou-se logo após a conclusão do encontro artístico
GUARAMIRANGA ARTE EM FLOR, ocorrido em julho de 1992.
Elaborado o Projeto, este foi enviado a diversos órgãos, entre
os quais: Secretaria da Cultura e Desporto do Estado do Ceará, Banco
do Nordeste do Brasil, Companhia de Desenvolvimento Industrial e
Turístico do Ceará, Banco do Estado do Ceará e Grupo Edson Queiroz.
Por mais de uma vez a data de realização do Festival foi adiada:
de setembro para dezembro de 1992; para fevereiro e, finalmente, março
de 1993. As postergações se deram, sobretudo, pela falta de resposta
de engajamento das instituições a quem se havia proposto a parceria.
Finalmente,,em novembro de 1992, o então subsecretário da
Cultura e Desporto do Ceará - Dr. Pedro Gurjão - anunciava a parceria
para a realização do evento.
No dia 5 de dezembro de 1992, a Prefeitura Municipal de
Guaramiranga e a Pasta Educacional da Cultura firmavam, no Hotel
Escola do Município serrano, o convênio.
3.2 - REGULAMENTO
O primeiro passo para a divulgação do FESTIVAL
NORDESTINO DE TEATRO foi a elaboração do seu regulamento. Para
tanto, a coordenação reuniu-se algumas vezes com artistas, em
Guaramiranga e Fortaleza, no sentido de ouvir-lhes as sugestões. Outro
passo foi o de confrontar diversas cartas reguladoras de outros festivais.
2.1) Incentivar a produção artística de Guaramiranga, do Ceará AVALIAÇÃO: objetivo plenamente atingido, Confirma-se pela
e do Nordeste. leitura do tópico "divulgação".
too Francisco Humberto Cunha Filho Teoria e prática da gestão cultural 101
3 - Um dos principais pontos da pauta de exportação dos - O aprimoramento técnico deve ser meta constante, tanto para
americanos é a sua cultura (música, cinema, televisão, literatura...) e, os produtores da arte, quanto para os gestores da cultura.
ao reboque dela, tudo o que suas indústrias conseguem produzir. - A ação cultural, ao mesmo tempo em que busca e direciona-
No entanto, essa argumentação que vincula a cultura ao seu se para as próprias raízes, deve assimilar sua dimensão universal;
potencial é somente para desfazer a idéia de que "não se gasta no - Sempre que possível, todos os que quiserem devem ter acesso
setor porque não há retorno e é dispendioso". à política cultural; sempre que necessário, atenção especial deve ser
O principal aspecto do trabalho cultural é a constante busca de dada às minorias e às individualidades.
identidade, tanto individual quanto coletiva, tendo em foco os elementos C) As inter-relações. A gestão da cultura, mais que outros
com os quais convivemos, em cada época específica. setores, deve ser imbuída do princípio federativo, no sentido de que,
O indivíduo ou o povo que consegue se identificar, aceita-se; quanto mais ampla for a esfera de atuação, mais reduzida vai sendo
interrelaciona-se com outros, sabendo de suas diferenças, mas com a sua ingerência. Assim, a comunidade concentra maior fatia do poder,
consciência de sua unidade. Nem melhor, nem pior, apenas diverso. E seguindo-se o Município, depois o Estado e a União. Isto nos leva à
a diversidade é a maior riqueza que podemos ter. convicção de que as ações devem ser descentralizadas, abrigando
Depois de nos havermos situado conceitualmente, através das parcerias. Nesta linha de pensamento, querendo o Estado, por exemplo,
considerações tecidas até aqui, abordaremos tópicos mais precisos atuar em determinada região, deve estabelecer acordo com os
sobre a gestão da cultura em nossos Municípios: Municípios envolvidos, para permitir a estes ocuparem-se da maioria
A) A situação organogrâmica do órgão gestor da cultura deve das etapas do trabalho, incluindo planejamento, execução e avaliação.
ser definida a partir da peculiaridade local e do grau de importância Por outro lado, a cooperação horizontal é de suma importância:
atribuída ao setor, podendo ficar sozinho, ou junto com turismo, os Municípios podem juntar-se para a realização de projetos comuns;
esportes, educação e até planejamento. trocar temporariamente técnicos e equipamentos; partilhar o
B) A gestão da cultura, propriamente dita, deve guiar-se por financiamento de atividades que, desenvolvidas isoladamente, seriam
princípios, dentre os quais sugerimos: muito onerosas; trocar experiências; intercambiar conhecimentos e
- Os gestores devem ser pessoas com espírito mais que produções.
democrático - pluralista, mesmo -, capazes de reconhecer as Neste ponto, cabe apologia à criação de um organismo que
diversidades da cultura nas suas formas expressas e ocultas, visíveis congregue os dirigentes da cultura, o qual intermediária, quando
e invisíveis e que sejam, inclusive, capazes de escutar as chamadas necessário, estas relações e outras muito mais amplas, catalisando e
"vozes do silêncio"; difundindo informações, conhecimentos e bens. A idéia de um fórum,
- O planejamento deve contar com a participação de todos os livre, aberto, amplo, mas juridicamente personalizado, tal como
interessados. Estes devem se organizar e, por meio de sua organização, defendido pelo Movimento Pró-Fórum de Dirigentes Municipais da
acompanhar (Conselho, por exemplo) a execução da política traçada, Cultura do Estado do Ceará, parece adequar-se ao movimento que
bem como avaliar seus resultados e propor mudanças de estratégia; ora vemos ter seguimento aqui.
- A figura estatal, mesmo tendo seus corpos estáveis (bale, D) Financiamento. O financiamento dos negócios da cultura é
banda de música, orquestra ...) não deve ser a responsável pelo tema delicado, uma vez que apresenta peculiaridades que o tornam
conteúdo ideológico das obras de arte; diferente do de um negócio comum.
- Tradição e modernidade devem ser trabalhadas juntas. Sempre Não raras vezes, principalmente em nossa terra, possíveis
que houver conflito, a dicotomia deve ser resolvida observando-se os financiadores raciocinam com as vísceras e concluem que investir em
Direitos Humanos. Aquela que feri-los deve ser modificada ou suprimida; cultura não traz retorno ou constitui-se em atividade semelhante à
102 Francisco Humberto Cunha Filho Teoria e prática da gestão cultural 103
descrita pelo ditado popular, de "se criar cobra para morder". Diante incrível que pareça, ainda existem mecenas, pessoas físicas; mas há
disso, a cultura vai ficando sem financiamento, com financiamento outros, que adquiriram personalidade jurídica, instituindo Fundações
fictício, ou, no máximo, simbólico. ou outro tipo de organização não-governamental, que se dedicam a
Mas quem são ou deveriam ser os financiadores da cultura? trabalhos culturais. Esses mecenas suprem, muitas vezes, uma lacuna
Acredito que deveriam ser: deixada pelo Estado.
1. o Estado, em todas as personalidades que assume (entenda- Comprovadamente, o investimento em cultura traz retorno para
se União, Estados-Membros, Distrito Federal, Municípios, organismos o investidor, quer sob forma de lucro financeiro, venda de imagem ou
internacionais); aprimoramento dos níveis de consciência de cidadania. Mais
2. a Sociedade Civil (empresários, mecenas, ONGs ...); interessados nos dois primeiros tipos de retorno, os empresários estão
investindo pesado em cultura (principalmente longe das plagas
3. os Interessados (produtores culturais, artistas, artesãos,
idealistas); nordestinas). Já nos referimos às indústrias cinematográfica e de
diversão, mas existem outros exemplos.
4. toda a Sociedade.
Recentemente, por iniciativa do Banco do Estado do Ceará e
Quando e em que medida devem entrar em cena esses do Banco do Nordeste do Brasil, Fortaleza sediou um encontro
possíveis financiadores da cultura? Vejamos: denominado Retorno Financeiro do Marketing Cultural. Neste evento,
1) O ESTADO. Em tese, o Estado é o instrumento criado pela foi demonstrado quão "lucrativo" é o investimento na cultura. As grandes
sociedade para promover seus interesses, tendo como meta a felicidade empresas sabem disso, investem e colhem frutos. Isso não quer dizer
geral. O funcionamento do Estado é ideologicamente determinado pelo que médios, pequenos e até micro-empresários possam dar (ou trocar)
sistema que o mesmo, consciente ou inconscientemente, adota: seus apoios às atividades culturais. Certamente que suas participações
primitivo, feudal, capitalista, socialista, comunista... A nossa sistemática serão proporcionais às suas posses.
é por muitos classificada como 'capitalista atrasada' ou 'selvagem'. O Há, portanto, um leque imenso de atividades que podem ser
princípio basilar do capitalismo é a liberdade de iniciativa privada, ou diretamente financiadas pela sociedade civil, restando a certeza de
seja, quem quiser pode ser empresário, montar um negócio, usufruir que os que obtêm lucros com o concurso comunitário devem reconhecê-
dos lucros ou arcar com os prejuízos. Muitos negócios, embora lo, investindo nas iniciativas do povo.
absolutamente essenciais à sociedade, não conseguem gerar lucros.
3) OS DIRETAMENTE INTERESSADOS. Constata-se que os
Neste momento, entra ou deve entrar o Estado, regulando essa função.
grandes investidores em cultura são aqueles diretamente ligados ao
Alguns aspectos da cultura incluem-se aí.
setor. Em termos das manifestações artísticas, ninguém premia mais
O Estado deve funcionar, precipuamente, em formação, registro, a cultura que os próprios artistas, sobretudo os alijados da grande mídia.
memória, promoção e difusão, arcando com os ônus que essas Imagine-se um reisado: a tradição do auto, os ensaios, as vestimentas,
atividades requerem. Outra função do Estado é minorar as diferenças as maquiagens, os deslocamentos, são custeados pelos próprios
sociais, mantendo o equilíbrio entre as diversas expressões de sua brincantes. Diferente não ocorre com os poetas que publicam seus
gente. Para a atividade estatal junto à cultura, por sua importância, de livros, com os cordelistas ao imprimirem seus folhetos, os cantores ao
pronto vê-se que não podem ser destinadas apenas migalhas, mas gravarem seus discos independentes. O retorno, nesses casos, nunca
uma verba digna, à altura da importância do trabalho. ou raramente é financeiro; é "apenas" de resistência cultural, o que por
2) A SOCIEDADE CIVIL. Há quem invista em cultura por prazer, si só é mais nobre, vez que estes insistem em manter nossa identidade.
deleite e sensibilidade. Quem faz isso é, genericamente denominado 4) TODA A SOCIEDADE. Além do pagamento de impostos (dos
'mecenas', numa referência a uma das muitas famílias medievais que quais uma parte deve ser destinada ao financiamento do trabalho
custeavam o trabalho e a formação de artistas. Hodiernamente, por cultural), a sociedade é a grande responsável pela manutenção dessas
108 Francisco Humberto Cunha Filho Teoria e prática da gestão cultural 109
5.1. Indivíduos
PREFEITURA MUNICIPAL de
Secretaria de Cultura FICHA 01
PERFIL CULTURAL de
CAPAS! RO INDIVIDUAL
DADOS CADASTRAIS
Características
Ani.sia Artesão n Figura singular Outro ü
AliMtlades
_iL
Íl 0)
Localização
Nome: Nome artístico:
Endereço:
Aspectos nessoãis
Sexo Idade: Tempo de atividade: escolaridade:
IM q F_D_ anos AO Pr; ,ScQ -Sai
Outras atividades com as quais se mantémj.
73)
4)
Informações complcmcntarcs
114 Francisco Humberto Cunha Filho Teoria e prática da gestão cultural 115
7. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES: 1) escrever outras 5.2. Eventos
informações que julgue importante serem divulgadas ou conhecidas,
pertinentes ao Perfil Cultural; 2) complementar outras informações de PREFEITURA MUNICIPAL de
Secretaria de Cultura FICHA 02
quadros anteriores.
8. AUTENTICAÇÃO: preencher com dados que darão
PERFIL CULTURAL de
credibilidade à pesquisa realizada, como segue:
F. VENTOS
a) Informante: escrever o nome completo do entrevistado. PADOS CADASTRAIS
b) Cargo: para o cadastro individual, não há necessidade de Natureza
Artístico Religioso D Profano •
preenchimento. Escolar l~l Oficial n
c) Assinatura: do entrevistado.
Localização
d) Pesquisador: escrever o nome e apor a rubrica. Nome:
e) Data: registrar aquela na qual realizou a pesquisa. Endereço onde ocorre: N.°
Funcionamento
Horário
M:
Dias
Segunda II Terça D Quarta n Quinta • Sexta (1 Sábado n Domingo i ]
Meses
Jan Fev D Mar D Abr D Mai n Jnn fl Jul D A°o Q Set n Out D Nov D Dez D
Público
Controle de fluxo
Estimado G Real D
Média de
freqüência Dia Semana Mês Ano
Procedência
Interno: Externo:
Faixa etária
Criança: % Adolescente: % Adulto: % Idoso
Escolaridade
Primário: % Médio: % Superior: %
Aspectos administrativos
Vinculação
Federal D Estadual n I Municipal d Privada n Outros fl
Mantenedor:
Dirigente ou responsável
Habilitação
Empírica l~l Científica/formal D Outra D
Cursos na área de atuação:
CURSO ANO CARGA HORÁRIA INSTITUIÇÃO
116 Francisco Humberto Cunha Filho Teoria e prática da gestão cultural 117
Descrição do evento e informações complementares PREFEITURA MUNICIPAL DE
Secretaria de Cultura
FICHA 02 - EVENTOS
INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO
OBJETIVO: Identificar os eventos artístico-culturais que ocorrem
no Município
1. NATUREZA: assinalar ou escrever, em gênero, o tipo de
evento pesquisado, conforme segue:
a) Artístico: o que tem predominância de manifestações
artísticas.
b) Religioso: o que tem predominância de manifestações e/ou
Autenticação motivações religiosas.
Informante: Cargo: Assinaiura:
c) Profano: o que não tem qualquer motivação religiosa e se
Pesquisador: Data: vincula à indústria cultural.
d) Escolar: o que tem predominância de manifestações e/ou
motivações ligadas ao sistema de ensino.
e) Oficial: o que tem predominância de manifestações e/ou
motivações cívicas.
2. LOCALIZAÇÃO: deve ser identificado o evento e o local onde
é realizado, conforme segue:
a) Nome: o nome pelo qual é conhecido o evento.
b) Endereço onde ocorre: deve ser preenchido de forma o
mais completa possível, permitindo que se possa localizar o evento e
contatar os responsáveis rapidamente. Caso o responsável não possua
meios de comunicação próprios, devem ser assinalados os
pertencentes a outras pessoas, utilizados para recados, com a devida
observação.
3. FUNCIONAMENTO: assinalar e/ou escrever dados que
demonstrem quando efetivamente ocorre o evento pesquisado,
conforme segue:
a) Horário: escrever o horário de realização do evento em cada
um dos turnos do dia, conforme segue:
I) M: manhã.
II) T: tarde.
III) N: noite.
118 Francisco Humberto Cunha Filho Icoria e prática da gestão cultural 119
b) Dias: assinalar os dias da semana nos quais ocorre o evento
pesquisado. IV) Superior: para os com formação superior, completa ou
incompleta.
c) Meses: assinalar os meses nos quais ocorre o evento
pesquisado. 5. ASPECTOS ADMINISTRATIVOS: assinalar ou anotar
informações sobre a administração do evento, conforme solicitado nos
4. PÚBLICO: assinalar ou anotar os dados sobre o público, tópicos seguintes:
conforme segue:
a) Vinculação: assinalar ou escrever a(s) vinculação(ões) do
a) Controle de fluxo: assinalar como os organizadores evento, segundo o critério de responsabilidade pelo mesmo, conforme
controlam o movimento das pessoas no evento, por uma das seguintes segue:
opções:
I) Federal: se a União, pela administração direta ou indireta, é
I) Estimado: se apenas têm opinião de quantas pessoas a responsável pelo evento.
freqüentam o evento, sem meio técnico ou científico de mensuração. II) Estadual: se um Estado-membro, pela administração direta
II) Real: se possuem meio técnico ou científico de mensuração ou indireta, é o responsável pelo evento.
do público que freqüenta o evento.
III) Municipal: se um Município, pela administração direta ou
b) Média de freqüência: anotar a média de freqüência de indireta, é o responsável pelo evento.
público, nos espaços de tempo indicados na ficha. IV) Privada: se a iniciativa privada é a responsável pelo evento.
c) Procedência: anotar o percentual de público, segundo a V) Outros: se o responsável pelo evento não se encaixa nas
procedência, conforme os seguintes itens: hipóteses anteriores (os dados devem ser devidamente anotados).
I) Interno: percentual do público vinculado diretamente ao órgão b) Mantenedor: anotar o(s) principal(is) custeadores das
promotor do evento. despesas do evento.
II) Externo: percentual do público não-vinculado diretamente c) Dirigente ou responsável: assinalar ou anotar os dados do
ao órgão promotor do evento. dirigente ou responsável pelo evento, conforme segue:
d) Faixa etária: anotar o percentual de público do evento I) Nome completo.
segundo a faixa etária, conforme segue: II) Habilitação para a atividade:
I) Criança: pessoa com até 12 anos de idade. II. a) Empírica: se o entrevistado não recebeu qualquer
II) Adolescente: pessoa com idade entre 13 e 18 anos. formação para o desenvolvimento da atividade.
III) Adulto: pessoa com idade entre 18 e 65 anos. II. b) Científica/formal: se o entrevistado recebeu formação
IV) Idoso: pessoa com mais de 65 anos de idade. para o desenvolvimento da atividade.
e) Escolaridade: anotar o percentual de público do evento, II. c) Outra: se o entrevistado recebeu formação diferente das
segundo a escolaridade, conforme segue: já referidas.
I) Analfabetos: para os que não dominam as técnicas de ler e III) Cursos na área de atuação: devem ser mencionados os
escrever. principais cursos do entrevistado, caso possua habilitação científica/
formal na área de atuação tida como principal, mencionando:
II) Primário: para os com formação fundamental, completa ou
incompleta. III. a) Curso: nome do curso.
III) Médio: para os com formação média, completa ou III. b) Ano: ano de conclusão do curso.
incompleta. III. c) Carga horária: quantidade de horas-aula compreendida
pelo curso.
120 Francisco Humberto Cunha Filho Teoria e prática da gestão cultural 21
III. d) Instituição: a responsável por ministrar o curso. 5.3. Equipamentos
6- D E S C R I Ç Ã O DO E V E N T O E I N F O R M A Ç Õ E S
PREFEITURA MUNICIPAL de.
ÇQMPLEMENTARES: 1) descrever sinteticamente o evento; 2) escrever Secretaria de Cultura FICHA 03
outras informações que julgue importante serem divulgadas ou
conhecidas, pertinentes ao Perfil Cultural; 3) complementar outras
informações de quadros anteriores. PERFIL CULTURAL de
Funcionamento
Horário
M: T: N:
Dias
Seaunda !~1 Terça fl Ouana D Quinta H Sexta n Sábado G Dorr ineo D
Meses
Jan fl Fev p Mar D Abr D Mai D Jun u Jul O AgoD Set D Qut D Nov n Dez Q
Público
Capacidade de público: Área:
Controle de fluxo
Estimado D Real n
Média de freqüência
Dia Semana Mês Ano
Procedência
Interno: Externo:
Faixa etária
Criança % • Adolescente Adulto: % Idoso:
Escolaridade
Primário: % Médio: Superior:
Aspectos administrativos
Vinculação
Federal p Estadual l~l Municipal n Privada D Outros
Mantenedor:
Dirigente:
122 Francisco Humberto Cunha Filho Teoria e prática da gestão cultural .23
PREFEITURA MUNICIPAL DE __
Secretaria de Cultura
Cursos na área de atuação:
FICHA 03 - EQUIPAMENTOS
ANO i CARGA HORÁRIA INSTITUIÇÃO INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO
OBJETIVO: Identificar e registrar os equipamentos e espaços
aptos a abrigarem a realização de manifestações artístico-
Sala para exposição Laboratório de restauro n Sala de projeção l~l culturais existentes no Município
Sala de leitura n Auditório n Sala de informática n
Reserva técnica fl Laboratório de microfilmagem n
1. CARACTERÍSTICA: assinalar, em gênero, se o equipamento
ou espaço é aberto ou fechado. Em seguida, assinalar ou anotar o tipo
Equipamento de higienização n
específico de equipamento ou espaço.
Leitora copiadora n Fotocopi adora D
Computador n Equipamento de encadernação O Aparelho de vídeo n 2. LOCALIZAÇÃO: deve ser identificado o equipamento ou o
I Aparelho de TV D Tclão H espaço e o respectivo endereço, conforme segue:
Informações complementares
a) Nome: o nome pelo qual é conhecido o equipamento ou o
espaço.
b) Endereço: deve ser preenchido de forma o mais completa
possível, de modo a permitir que se possa localizar o equipamento ou
o espaço e contatar os responsáveis rapidamente. Caso o responsável
não possua meios de comunicação próprios, devem ser assinalados
os pertencentes a outras pessoas, utilizados para recados, com a devida
observação.
3. FUNCIONAMENTO: assinalar e/ou escrever dados que
demonstrem quando efetivamente funciona o equipamento ou o espaço
pesquisado, conforme segue:
a) Horário: escrever o horário de funcionamento em cada um
dos turnos do dia, conforme segue:
I) M: manhã.
II) T: tarde.
III) N: noite.
b) Dias: assinalar os dias da semana nos quais funciona o
equipamento ou o espaço pesquisado.
c) Meses: assinalar os meses nos quais funciona o equipamento
ou o espaço pesquisado.
4. PÚBLICO: assinalar ou anotar os dados sobre o público,
conforme segue:
a) Capacidade de público: anotar a capacidade máxima de
público que suporta o equipamento ou o espaço pesquisado.
Cultural; 3) complementar outras informações de quadros anteriores. Telefone: Fax: E-mail: Outros:
9. AUTENTICAÇÃO: preencher com dados que darão .Funcionamento
credibilidade à pesquisa realizada, como segue: Horário
!E_ N:
a) Informante: escrever o nome completo do entrevistado. Dias
Segunda Q Terça Quarta D Quinta D Sexta Sábado D Domingo D
b) Cargo: anotar o cargo que o informante ocupa na estrutura Meses
do equipamento ou do espaço. Jan n F e v n Mar D i Abr n Mai D Jun n Jul • Ago D Sei n Qut n i Nov n Dez n
-Público
c) Assinatura: do informante. Controle de fluxo
d) Pesquisador: escrever o nome e apor a rubrica. Estimado l~l Real D
Média de
e) Data: registrar aquela na qual realizou a pesquisa. freqüência Dia Semana Mês Ano
Procedência
Interno: Externo:
Faixa etária
Criança % Adolescente: % Adulto: Idoso:
Escolaridade
Primário: i Médio: Superior:
%
Aspectos administrativos
Vinculação
Federal ! siadual Municipal l~l Privada C Outros D
Mantenedor:
Dirigente:
Habilitação
Empírica n Parcial Ç] Científica n
Instalações
Sala para exposição n Laboratório de restauro n Sala de projeção n
Sala de leitura n Auditório Sala de informática D
Reserva técnica p Laboratório de microfilmagein n
Equipamentos
Equipamento de higienização D Leitora copiadora n Fotocopiadora n
Computador D Equipamento de encadernação D Aparelho de vídeo Q
Aparelho de TV D Telão p Retroprojetor l~l
PERFIL CULTURAL de
Informações complementares
Corpo Discente
Capacidade: Matrículas efetivas:
Graus de ensino
Pré-escola • 1 Fundamental PI Médio í l Superior Q
Aspectos administrativos
Vinculação
Federal D Estadual Municipal n I Privada Outros D
Mantenedor:
Dirigente:
A U tenticac ã o_
Habilitação
Empírica D Parcial D Científica D
Escolaridade: Idade: Tempo no cargo Sexo:
Primário ÇlMcdio D Superior n anos anos Masculino n Feminino D
Cursos na área de atuação:
CURSO ANO 1 CARGA HORÁRIA INSTITUIÇÃO
Instalações
Salas de aula n Biblioteca Sala de projeção n
Teatro íl Auditório D Centro de convenções
Auditório _r Sala de informática D Museu
Cine-teatro D Praça D Galeria D
Sala de leitura D Quadra esportiva D I Arquivo R
Campo n Cantina l~l Cozinha D
136 Francisco Humberto Cunha Filho Teoria e prática da gestão cultural 137
VI) Sexo: assinalar o sexo do dirigente da Escola. 5.6. Equipamentos de Hospedagem
VII) Cursos na área de atuação: devem ser mencionados os PREFEITURA MUNICIPAL de
principais cursos do entrevistado, caso possua habilitação científica/ Secretaria de Cultura FICHA 06
formal na área de atuação tida como principal, mencionando:
III. a) Curso: nome do curso. PERFIL CULTURAL de
8. D E S C R I Ç Ã O DA E S C O L A E INFORMAÇÕES N.°
Endereço:
COMPLEMENTARES: 1) descrever sinteticamente a Escola; 2) escrever Distrito: CEP
Bairro:
outras informações que julgue importante serem divulgadas ou
Telefone: Fax: E-mail: Outros:
conhecidas, pertinentes ao Perfil Cultural; 3) complementar outras
informações de quadros anteriores. Funcion amento
Horário
9. A U T E N T I C A Ç Ã O : preencher com d a d o s que d a r ã o M: N:
credibilidade à pesquisa realizada, como segue: Dias
Sábado Dom inflo D
Sc.iuncl i C Terça Q Quarta n Quinta Sexia
a) Informante: escrever o nome completo do entrevistado. Meses
Jan D Fev Mar Fl i Abr Q Mai D Jun D Jul n AgõJ \ S e U . Out D Nov L.I I hv I 1
b) Cargo: anotar o cargo que o informante ocupa na estrutura Público
da Escola. Capacidade de público Área:
Dirigente:
142 Francisco Humberto Cunha Filho Teoria e prática da gestão cultural 143
ou Alimentação, conforme a relação constante da ficha, além de outros 5.7. Entidades
tópicos observados por ocasião da pesquisa, fazendo a respectiva PREFEITURA MUNICIPAL de
quantificação de cada um. Secretaria de Cultura FICHA 07
7. DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO DE LAZER.
HOSPEDAGEM OU ALIMENTAÇÃO E INFORMAÇÕES PERFIL CULTURAL de
COMPLEMENTARES: 1) descrever sinteticamente o Equipamento de ENTIDADES CULTURAIS. DESPORTIVAS E DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL
Lazer, Hospedagem ou Alimentação; 2) escrever outras informações DADOS CADASTRAIS
que julgue importante serem divulgadas ou conhecidas, pertinentes Características
Grupo desportivo n l Grupo comunitário D I Outro fl
ao Perfil Cultural; 3) complementar outras informações de quadros Área de atuação
anteriores. Teatro D Patrimônio • Futebol D Organização social D
Dança fl Circo n Voleibol Q Xadrez D
8. AUTENTICAÇÃO: preencher com dados que darão Música n Artesanato D Basouetebol D
credibilidade à pesquisa realizada, como segue: Literatura fl
Localização
a) Informante: escrever o nome completo do entrevistado. Nome:
Dirigente:
146 Francisco Humberto Cunha Filho Teoria e prática da gestão cultural 147
c) Meses: assinalar os meses nos quais funciona a Entidade c) Instrumento da formalização: assinalar dentre as opções
Cultural, Desportiva ou de Organização Social pesquisada. da ficha, ou anotar, conforme o caso concreto, o tipo de instrumento de
5. ASPECTOS ASSOCIATIVOS: assinalar ou anotar legalização da entidade, caso esta o possua.
informações sobre os sócios, conforme segue: d) Situação da sede: assinalar ou anotar a relação de
a) Quantidade de sócios: anotar o total geral de sócios na propriedade da entidade com a sede que eventualmente ocupe.
data da pesquisa, não importando as eventuais categorias internas. e) Vinculação: assinalar ou escrever a(s) vinculação(ões) da
b) Aspecto pecuniário da associação: assinalar, dentre as Entidade Cultural, Desportiva ou de Organização Social, segundo o
opções da ficha, se, para participar, os sócios devem contribuir critério de responsabilidade pela mesma, conforme segue:
pecuniariamente (com dinheiro) ou não. I) Federal: se a União, pela administração direta ou indireta, é a
c) Faixa etária dos sócios: anotar o percentual de sócios da responsável pela Entidade Cultural, Desportiva ou de Organização Social.
Entidade Cultural, Desportiva ou de Organização Social segundo a II) Estadual: se um Estado-membro, pela administração direta
faixa etária, conforme segue: ou indireta, é o responsável pela Entidade Cultural, Desportiva ou de
I) Criança: pessoa com até 12 anos de idade. Organização Social.
II) Adolescente: pessoa com idade entre 13 e 18 anos. III) Municipal: se um Município, pela administração direta ou
III) Adulto: a pessoa com idade ente 18 e 65 anos. indireta, é o responsável pela Entidade Cultural, Desportiva ou de
IV) Idoso: a pessoa com mais de 65 anos de idade. Organização Social.
d) Escolaridade dos sócios: anotar o percentual de sócios da IV) Privada: se a iniciativa privada é a responsável pela Entidade
Entidade Cultural, Desportiva ou de Organização Social, segundo a Cultural, Desportiva ou de Organização Social.
escolaridade, conforme segue: V) Outros: se o responsável pela Entidade Cultural, Desportiva
I) Analfabetos: para os que não dominam as técnicas de ler e ou de Organização Social não se encaixa nas hipóteses anteriores (os
escrever. dados devem ser devidamente anotados).
II) Primário: para os com formação fundamental, completa ou f) Mantenedor: anotar o(s) princípal(is) custeador(es) das
incompleta. despesas da Entidade Cultural, Desportiva ou de Organização Social.
III) Médio: para os com formação média, completa ou g) Dirigente ou responsável: assinalar ou anotar os dados do
incompleta. dirigente ou responsável pela Entidade Cultural, Desportiva ou de
Organização Social, conforme segue:
IV) Superior: para os com formação superior, completa ou
incompleta. I) Nome completo.
6. ASPECTOS ADMINISTRATIVOS: assinalar ou anotar II) Habilitação para a atividade:
informações sobre a administração da Entidade Cultural, Desportiva II. a) Empírica: se o entrevistado não recebeu qualquer
ou de Organização Social, conforme solicitado nos tópicos seguintes: formação para o desenvolvimento da atividade.
a) Entidade formalmente constituída: assinalar, dentre as II. b) Científica/formal: se o entrevistado recebeu formação
opções da ficha, se a entidade está formalmente constituída, segundo para o desenvolvimento da atividade.
as leis vigentes. II. c) Outra: se o entrevistado recebeu formação diferente das
b) Data da fundação: anotar a data da fundação, mesmo que já referidas.
esta seja diferente da data da legalização. III) Escolaridade: assinalar a escolaridade do dirigente da
Entidade Cultural, Desportiva ou de Organização Social.
I48 Francisco Humberto Cunha Filho Teoria e prática da gestão cultural 149
IV) Idade: anotar o ano em que nasceu o dirigente e a idade na 5.8. Equipamentos de Comunicação
data da pesquisa. PREFEITURA MUNICIPAL de
Secretaria de Cultura FICHA 08
V) Tempo no cargo: anotar o ano em que o dirigente da
Entidade Cultural, Desportiva ou de Organização Social ascendeu a PERFIL CULTURAL de
esta condição e a quantidade de anos em atividade na data da pesquisa.
EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO
VI) Sexo: assinalar o sexo do dirigente da Entidade Cultural, DADOS CADASTRAIS
Desportiva ou de Organização Social. Características
Emissora de rádio D Emissora de TV D Râdio-amador D Carro de som
VII) Cursos na área de atuação: devem ser mencionados os Jornal comercial D Jornal escolar D Jornal literário Outros D
principais cursos do entrevistado, caso possua habilitação científica/ Revista D Serviço de alto-falante D Mural permanente
formal na área de atuação como gestor da Entidade Cultural, Desportiva Localização
ou de Organização Social, mencionando: Nome:
VII. a) Curso: nome do curso. Endereço: N.°
VII. b) Ano: ano de conclusão do curso. Distrito: CEP:
Bairro:
VII. c) Carga horária: quantidade de horas-aula compreendida
Telefone: Fax: E-mail: Outros:
pelo curso.
Funcionamento
VII. d) Instituição: a responsável por ministrar o curso.
Horário
7. PATRIMÔNIO: assinalar ou anotar o patrimônio da Entidade M: IN:
Dias
Cultural, Desportiva ou de Organização Social. Segunda D Terça Q Quarta Quinta O Sexta ! Sábado n Domingo n I
8. ATIVIDADES: assinalar ou anotar as atividades desenvolvidas Meses
Aao p Set n Oui H Nov Q Dez D
Jan • Fev n Marn Abr D Mai p Jun D Jul
pela Entidade Cultural, Público
Capacidade atingida Área:
Desportiva ou de Organização Social.
9. DESCRIÇÃO DA ENTIDADE CULTURAL. DESPORTIVA OU Controle de fluxo
Estimado D Real O
DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL E INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES: Média de público
Semana I Mês Ano
1) descrever sinteticamente a Entidade Cultural, Desportiva ou de Dia
Procedência
Organização Social; 2) escrever outras informações que julgue importante Interno: Externo:
serem divulgadas ou conhecidas, pertinentes ao Perfil Cultural; 3) Faixa etária
Idoso:
Criança: Adolescente: Adulto:
complementar outras informações de quadros anteriores. Escolaridade
Médio: I Superior:
10. AUTENTICAÇÃO: preencher com dados que darão Primário: %
Aspectos administrativos
credibilidade à pesquisa realizada, como segue: Vinculação
Federal D Estadual D Municipal D Privada D i Outros D
a) Informante: escrever o nome completo do entrevistado. Mantenedor:
b) Cargo: anotar o cargo que o informante ocupa na estrutura
Dirigente:
da Entidade Cultural, Desportiva ou de Organização Social.
c) Assinatura: do informante.
d) Pesquisador: escrever o nome e apor a rubrica.
e) Data: registrar aquela na qual realizou a pesquisa.
150 Francisco Humberto Cunha Filho Teoria e prática da gestão cultural 151
Habilitação
Empírica n Parcial ü
PREFEITURA MUNICIPAL de
Científica fl
Escolaridade: Idade: Tempo no cargo Sexo: Secretaria de Cultura
Primário D Médio 0 Superior n anos i Masculino n Feminino l~l
Cursos na área de atuação: FICHA 08 - EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO
CURSO ANO CARGA HORÁRIA INSTITUIÇÃO INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO
OBJETIVO: Identificar e registrar os Equipamentos de
Estúdio n
Instalações e equipamentos Comunicação existentes no Município
: Acervo videográfico n I Sala de projeção l~l
I Auditório D Acervo de fitas (~1 Sala de informática fl 1. CARACTERÍSTICA: assinalar ou anotar o tipo de
Acervo bibliográfico n Acer\'o de discos fl Fotocopi adora l~l
Acer\'o filmogrâfico Equipamentos de reprodução n I Aparelho de vídeo n
Equipamento de Comunicação.
Computador D Leitora copiadora Q Reiroproietor n 2. LOCALIZAÇÃO: deve ser identificado o Equipamento de
Aparelho de TV n Equipamento de encadernação l~! Telão D Comunicação e o respectivo endereço, conforme segue:
Linha de atividade a) Nome: o nome pelo qual é conhecido o Equipamento de
Musical D Informativo n Religioso n
Educativo n Cultural fl Corporativo D
Comunicação.
Científico n Infantil n Esportivo fl b) Endereço: deve ser preenchido de forma o mais completa
possível, de modo a permitir que se possa localizar o Equipamento de
Informações complementares Comunicação e contatar os responsáveis rapidamente. Caso o
responsável não possua meios de comunicação próprios, devem ser
assinalados os pertencentes a outras pessoas, utilizados para recados,
com a devida observação.
3. FUNCIONAMENTO: assinalar e/ou escrever dados que
demonstrem quando efetivamente funciona o Equipamento de
Comunicação pesquisado, conforme segue:
a) Horário: escrever o horário de funcionamento em cada um
dos turnos do dia, conforme segue:
I) M: manhã.
II) T: tarde.
III) N: noite.
b) Dias: assinalar os dias da semana nos quais funciona o
Equipamento de Comunicação pesquisado.
c) Meses: assinalar os meses nos quais funciona o Equipamento
Autenticação
Informante: Cargo:
de Comunicação pesquisado.
Assinatura:
Pesquisador:
4. PÚBLICO: assinalar ou anotar os dados sobre o público,
Data:
conforme segue:
a) Capacidade de público: anotar o potencial máximo de
público e o público efetivamente atingido pelo Equipamento de
Comunicação pesquisado.
152 Francisco Humberto Cunha Filho Teoria e prática da gestão cultural 153
b) Área: anotar a área total que ocupa o Equipamento de 5. ASPECTOS ADMINISTRATIVOS: assinalar ou anotar
Comunicação, em metros quadrados. informações sobre a administração do Equipamento de Comunicação,
c) Controle de fluxo: assinalar como os organizadores conforme solicitado nos tópicos seguintes:
controlam o público efetivamente atingido, por uma das seguintes a) Vinculação: assinalar ou escrever a(s) vinculação(ões) do
opções: Equipamento de Comunicação, segundo o critério de responsabilidade
I) Estimado: se apenas têm opinião de quantas pessoas são pelo mesmo, conforme segue:
atingidas pelo Equipamento de Comunicação, sem meio técnico ou I) Federal: se a União, pela administração direta ou indireta, é
científico de mensuração. a responsável pelo Equipamento de Comunicação.
II) Real: se possuem meio técnico ou científico de mensuração II) Estadual: se um Estado-membro, pela administração direta
do público que é atingido pelo Equipamento de Comunicação. ou indireta, é o responsável pelo Equipamento de Comunicação.
d) Média de público: anotar a média de público, nos espaços III) Municipal: se um Município, pela administração direta ou
de tempo indicados na ficha. indireta, é o responsável pelo Equipamento de Comunicação.
e) Procedência: anotar o percentual de público, segundo a IV) Privada: se a iniciativa privada é a responsável pelo
procedência, conforme os seguinte itens: Equipamento de Comunicação.
I) Interno: percentual do público vinculado diretamente ao órgão V) Outros: se o responsável pelo Equipamento de Comunicação
gestor do Equipamento de Comunicação. não se encaixa nas hipóteses anteriores (os dados devem ser
devidamente anotados).
II) Externo: percentual do público não-vinculado diretamente
b) Mantenedor: anotar o(s) principal(is) custeador(es) das
ao órgão gestor do Equipamento de Comunicação.
despesas do Equipamento de Comunicação.
f) Faixa etária: anotar o percentual de público atingido pelo
c) Dirigente ou responsável: assinalar ou anotar os dados do
Equipamento de Comunicação segundo a faixa etária, conforme segue:
dirigente ou responsável pelo Equipamento de Comunicação, conforme
I) Criança: pessoa com até 12 anos de idade.
segue:
II) Adolescente: pessoa com idade entre 13 e 18 anos. I) Nome completo.
III) Adulto: pessoa com idade ente 18 e 65 anos. II) Habilitação para a atividade:
IV) Idoso: pessoa com mais de 65 anos de idade. II. a) Empírica: se o entrevistado não recebeu qualquer
g) Escolaridade: anotar o percentual de público atingido pelo formação para o desenvolvimento da atividade.
Equipamento de Comunicação, segundo a escolaridade, conforme II. b) Científica/formal: se o entrevistado recebeu formação
segue: para o desenvolvimento da atividade.
I) Analfabetos: para os que não dominam as técnicas de ler e II. c) Outra: se o entrevistado recebeu formação diferente das
escrever.
já referidas.
II) Primário: para os com formação fundamental, completa ou III) Escolaridade: Assinalar a escolaridade do dirigente da Escola.
incompleta. IV) Idade: Anotar o ano em que nasceu o dirigente e a idade na
III) Médio: para os com formação média, completa ou data da pesquisa.
incompleta. V) Tempo no cargo: anotar o ano em que o dirigente da Escola
IV) Superior: para os com formação superior, completa ou ascendeu a esta condição e a quantidade de anos em atividade na
incompleta. data da pesquisa.
—
livros do autor:
Participação Popular na
naçflo da Vontade do Estado:
Um Diroito Fundamental (no livro presente livro tem como fundir os DIREITOS CUI I
li iiiiiinos aos Direitos quais começam a ganhar perfil autônomo nas academias
organizado por ' TEORIA sobre esses direitos o autor a extraiu de sua PRÁI |i
Wlllis Santiago Guerra Filho, GESTOR à frente de importantes órgãos e movimentos CULTURAIS 11
;ii. ido Advogado, RS, 1997). do Ceará. Observe-se. a este respeito, os seguintes trechos
introdutória da obra.
Normas Básicas da Atividade
Cultural (em co-autoria com Artur "(...) Em seguida, um desafio maior: assessorar, com
Secretário, a gestão cultural no Município de Guaramiranga. Algi i ii <
i
••». INESP, CE, 1998.
Tanto que o substrato essencial deste livro vem da experiência li
principalmente aquela vinculada ao Festival Nordestino de l;
Direitos Culturais Como Direitos
evento paradigmático não apenas de um encontro artístico, ma
Fundamentais no Ordenamento
opção de desenvolvimento de toda uma comunidade. Minha pa
Jurídico Brasileiro, Brasília
Cidade- das Flores está escrita em minha alma com tinta indetév- il e |
dica, DF, 2000,
posto que extraída da mais aprazível imizade de Dráulio i li
Análise da Concepção, Estrutura Nilde Ferreira e demais componentes da Associação dos Ami|
Guaramiranga. os quais não nomino por falta de taml
e Funcionamento da Le!
de esquecer alguém...
Jereissati (no prelo).