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04/02/2009 – quarta-feira
TÍTULOS DE CRÉDITO
São: cheque, nota promissória, letra de câmbio, duplicata – somente estes serão estudados;
Não dá para estudar todos, que são: cédulas de crédito, notas de crédito, warrant’s –
conhecimento de depósito, debêntures, ações, entre outros.
LETRA DE CAMBIO
Os atos cambiais são: saque, aceite, endosso, aval – geram obrigação;
Vencimento, protesto, pagamento prescrição – exigibilidade.
CONCEITO
“É o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele (no título)
mencionado”. Vivante – DECORAR.
Art. 887, CC. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e
autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
11/02/2009 - quarta-feira
Ações são títulos que representam uma fração do capital social numa sociedade anônima.
Pode ser ordinária (confere o direito à voto), preferencial (preferência na hora que a
sociedade vai distribuir lucros/dividendos; quando fica 3 anos consecutivos sem receber
dividendos ele passa a ter direito à voto, quando voltar a receber dividendos voltará a ser
preferencial normal) e fruição (direitos estatutários, normalmente são os fundadores que têm
este direito – ações de gozo ou fruição).
Debêntures são certificados que tem prazo para serem resgatadas, quando passa esse prazo
sem ser resgatadas, podem ser convertidas em ações na sociedade (podem ser conversíveis
ou não conversíveis).
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO (letra de câmbio, nota promissória,
cheque e duplicata):
a) Quanto ao modelo:
• Livre – a Lei não estabelece a forma do título, deixa a critério de cada um. Desde que
sejam analisados os requisitos da Lei (mas, pode ser colorido, de qualquer tamanho...
cada papelaria vende de um jeito). Ex.: Letra de câmbio, nota promissória...
• Vinculado – o título tem uma forma prescrita em Lei (é sempre a mesma coisa, segue
um padrão: mesmo formato, peso, marca d’água, dizeres... o que muda é a logomarca
da empresa). Ex.: Cheque, duplicata...
b) Quanto à estrutura
• Ordem de pagamento – vai existir nele 3 relações jurídicas distintas (as pessoas
podem ser as mesmas, as relações que são diferentes):
o 1ª – sacador, emitente ou subscritor (pessoa que dá a ordem de pagamento) – é
aquele que pratica o ato de saque, emite o título (não é a mesma coisa que
sacar o cheque na boca do caixa);
o 2ª – sacado (quem recebe a ordem de pagamento e irá cumpri-la em certas
circunstâncias); o sacador e o sacado podem ser os mesmos, quando é cheque
administrativo (cheque que o banco saca contra ele mesmo). Aceite é a ordem
cambial pelo qual o sacado aceita cumprir a ordem que lhe foi recebida.
o 3ª – tomador (beneficiário da ordem de pagamento) – é o credor, que vai
procurar o banco (sacado) e ele pode acolher a ordem, depende se vai conter
todos os requisitos autorizadores do pagamento. O tomador pode ser o mesmo
do sacado, em alguns casos.
• Promessa de pagamento – vai existir 2 relações jurídicas distintas:
o Promitente – que faz a promessa de pagamento (subscritor/emitente)
o Tomador, beneficiário ou credor – é o beneficiário da promessa. Fica com o
título, para na data certa receber.
c) Quanto às hipóteses de emissão
• Causais – qualquer pessoa pode emitir. Nos casos de compra e venda mercantil. Só
quem é prestador de serviço. Ex.: debênture, duplicata (não necessariamente é de
empresa para empresa – que é o mais comum)
• Não-causais – pode emitir livremente Ex.: nota promissória, cheque...
18/02/2009 - quarta-feira
d) Quanto à circulação
• Ao portador – circula por mera tradição – quando ele não indica o nome do
beneficiário do crédito.
• Nominativos – indica o nome do beneficiário do crédito contido no Título de crédito.
o À ordem (REGRA) – pode ser transferido/vai circular por endosso (ato pelo qual
transfere o crédito para outra pessoa). Pode vir expressa ou implícita.
O endosso pode ser: em preto (é especial – identifica a pessoa a que vai ser
transferido o crédito) ou em branco (é geral – não especifica a pessoa a que vai
ser transferido o crédito).
O endosso tem 2 efeitos: transferir o crédito representado no título de crédito
nominativo à ordem e vincular o endossante ao pagamento do título como um
co-devedor (se o devedor não pagar o endossante é obrigado à pagar). (***CAI
MUITO EM PROVAS DE CONCURSO E OAB***)
o Não à ordem – é vedado o endosso. Só podem ser transferidos por cessão
ordinária/civil de crédito (cessão de crédito do código civil). Tem que ser feito um
contrato de cessão; deve estar expressa, necessariamente (é exceção à regra).
04/03/2009 - quarta-feira
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
LETRA DE CÂMBIO
(modelo)
1) Legislação específica (Dec. 57.663/66 – Lei Uniforme de Genebra - LUG)
- Requisitos da letra de cambio:
Art. 1º, LUG - A letra contém:
1 - A palavra "letra" inserta no próprio texto do título é expressa na língua empregada para a
redação desse título;
2 - O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada;
3 - O nome daquele que deve pagar (sacado);
4 - A época do pagamento;
5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento;
6 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga;
7 - A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada;
8 - A assinatura de quem passa a letra (sacador).
2) Atos de Constituição do título
• Saque – o titulo de crédito nasce com o saque, é o ato de criação do título. É o
momento em que o sacador preenche o título. Ele vai dar vida ao título a partir deste
saque, ele é o emitente do título. Vão existir 3 relações jurídicas:
o Sacador ou emitente – é quem emite/preenche/assina uma obrigação o título.
Assume uma obrigação de pagar o que se obrigou, ninguém é obrigado a emitir
título de crédito, mas se aceitar tem q se submeter a um regime, pois é um título
extrajudicial líquido, certo e exigível. Tudo vai estar inserido no próprio título.
o Sacado –
o Tomador – é o credor do título.
• Aceite – é o ato cambial pelo qual o sacado concorda em cumprir a ordem que lhe foi
dirigida pelo sacador. O aceite é SEMPRE ato FACULTATIVO (na duplicata o aceite é
obrigatório). O sacado não está em hipótese nenhuma, obrigado a aceitar o título. Só
fará isso se quiser. Porém, se aceitar se tornará o DEVEDOR PRINCIPAL do título. O
aceite decorre de uma simples assinatura aposta no título.
Na hipótese do sacado recusar o aceite ocorrerá uma conseqüência gravosa para o
sacador, pois poderá o credor exigir antecipadamente o cumprimento da obrigação
contida no TC.
Prazo de respiro – é o prazo que o sacado pede ao tomador para que ele apresente o
título em 24 horas para que ele diga se quer aceitar ou não.
A prova da recusa do aceite é feita por um protesto especial, que é protesto por falta
de aceite.
o Aceite total
o Aceite parcial – equivale a uma recusa de aceite, ou seja, equivale a um
vencimento antecipado (que é uma faculdade, ele não é obrigado a cobrar
antecipadamente).
Limitativo – limita o aceite no valor. Ex.: o título é de 100 reais e ele
aceita 50.
Modificativo – pode pedir para modificar a data do vencimento, ou a
praça do pagamento.
Exemplo:
11/03/2009 - quarta-feira
12/03/2009 - quinta-feira
DIREITOS DE GARANTIA (Explicação somente para entender o aval – não vai cair em
prova)
Direitos Reais – vão incidir sobre uma coisa (res) – hipoteca (imóvel), penhor (móvel – título
de crédito=caução), anticrese e alienação fiduciária (móvel ou imóvel – o devedor não pode
alienar o bem, pois ele só tem posse).
Direitos Pessoais – estão ligadas a fidúcias (confiança, por isso são chamadas de
fidejussória) – aval (garantia cambial – tem aval em título de crédito, é uma simples
assinatura posta no título – obrigação solidária) e fiança (garantia contratual – não tem fiança
em título de crédito; tem que ser formulada por escrito – obrigação subsidiária, salvo
estipulação em contrário).
• Aval – as obrigações cambiais podem ser, no todo ou em parte, garantidas por aval. O
sacador, o sacado ou o tomador, podem ter 1 ou mais avalistas (cada obrigação pode
ter aval). Depende da outorga conjugal.
Avalista – pessoa que vai garantir o pagamento.
Avalizado – pessoa que será beneficiada com o aval.
Art. 30, Decreto 57.663/66 - O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em
parte garantido por aval. Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um
signatário da letra.
Art. 31 - O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa. Exprime-se pelas
palavras "bom para aval" ou por qualquer fórmula equivalente; e assinado pelo dador
do aval. O aval considera-se como resultante da simples assinatura do dador aposta na
face anterior da letra, salvo se se trata das assinaturas do sacado ou do sacador. O
aval deve indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de indicação entender-se-á ser
pelo sacador.
Art. 32 - O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele
afiançada (por causa da fidúcia, e não por causa da fiança). A sua obrigação mantém-
se, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula por qualquer razão que
não seja um vicio de forma (diz respeito ao título). Se o dador de aval paga a letra, fica
sub-rogado nos direitos emergentes da letra contra a pessoa a favor de quem foi dado
o aval e contra os obrigados para com esta em virtude da letra.
O art. 897 do CC diz que é vedado aval parcial. Mas o art. 903, diz que se tiver lei
especial, esta vai prevalecer, que é o caso da LUG. Tem que olhar na Lei especial para
todos os títulos, pois todos tem Lei especial.
o Aval em branco – não indica beneficiário do aval. A lei estabelece que o
beneficiário será o sacador.
o Aval em preto
Atributos do aval:
o Equivalência – é responsável da mesma maneira que a pessoa avalizada.
18/03/2009 - quarta-feira
01/04/2009 - quarta-feira
NOTA PROMISSÓRIA – tudo sobre endosso é aplicável para a nota promissória, menos o
aceite.
1) Promessa de pagamento
• Promitente/emitente/subscritor – que faz a promessa de pagamento (devedor
principal).
• Tomador/credor – beneficiário da promessa de pagamento.
2) Título de modelo livre – pode ser feita em caderno, computador, comprado em
papelaria. Pois a lei estabelece os requisitos e não o modelo.
3) Requisitos da nota promissória (arts. 75 e 76 da LUG)
Art. 75 - A nota promissória contém:
1 - Denominação "Nota Promissória" inserta no próprio texto do título e expressa na língua
empregada para a redação desse título;
2 - A promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada;
3 - A época do pagamento;
4 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento;
5 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga;
6 - A indicação da data em que e do lugar onde a nota promissória é passada;
7 - A assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor).
Art. 76 - O título em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não
produzirá efeito como nota promissória, salvo nos casos determinados das alíneas seguintes.
A nota promissória em que não se indique a época do pagamento será considerada pagável à
vista.
Na falta de indicação especial, lugar onde o título foi passado considera-se como sendo o
lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do subscritor da nota
promissória.
A nota promissória que não contenha indicação do lugar onde foi passada considera-se como
tendo-o sido no lugar designado ao lado do nome do subscritor.
4) A nota promissória está sujeita às mesmas normas aplicáveis às letras de cambio, com
algumas exceções estabelecidas pela LUG em seus artigos 77 e 78.
Art. 77 - São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam contrárias a
natureza deste título, as disposições relativas as letras e concernentes:
Contudo, devem ser observadas as seguintes prescrições específicas deste título cambial:
a) A NP é uma promessa de pagamento e, por isso, não se aplicam a ela as normas
relativas à letra de cambio, incompatíveis com esta natureza da promissória.
b) O subscritor da NP é o seu devedor principal. Por esta razão, a lei prevê que a sua
responsabilidade é idêntica à do aceitante da letra de cambio (prazo de prescrição é de
3 anos).
c) O aval em branco da nota promissória favorece o seu subscritor (quem emite o título).
Art. 77, parte final.
d) As NP’s, embora não admitam aceite, podem ser emitidas com vencimento “à certo
termo de vista”.
Fiança Aval
Contrato ato unilateral de vontade
secundária e subordinada principal e independente
obrigação de dois devedores duas obrigações autônomas com dois
devedores
obrigação do fiador é acessória obrigação do avalista é principal
o fiador pode invocar o benefício de ordem o avalista nada pode invocar
o credor pode pleitear a substituição do nada pode pleitear o avalista
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
fiador
tem caráter subjetivo e mira a pessoa tem caráter objetivo e só se atém ao valor
dívidas ilíquidas podem ser seu objeto só incide em obrigação líquida
o fiador se libera com o cumprimento da a obrigação do avalista independe da
obrigação principal obrigação do avalizado
o fiador fica obrigado enquanto subsiste a o avalista fica livre se observado no título a
obrigação principal falta de elemento essencial
tem que ter outorga do cônjuge não precisa de outorga, basta a assinatura do
cônjuge
22/04/2009 - quarta-feira
2º BIMESTRE
06/05/2009 - quarta-feira
6) Modalidades do cheque:
6.1) Cheque visado – só pode ser visado se for nominativo ainda não endossando, durante o
prazo de apresentação o banco vai garantir para o beneficiário que o devedor tem o dinheiro
(esse dinheiro vai ser bloqueado na conta, durante o prazo de apresentação). Há garantia de
que haverá fundos disponíveis (o banco certifica que há esse fundo).
Art. 7º, LC – Pode o sacado, a pedido do emitente ou do portador legitimado, lançar e
assinar, no verso do cheque não ao portador e ainda não endossado, visto, certificação ou
outra declaração equivalente, datada e por quantia igual à indicada no título.
§ 1º A aposição de visto, certificação ou outra declaração equivalente obriga o sacado a
debitar à conta do emitente a quantia indicada no cheque e a reservá-la em benefício do
portador legitimado, durante o prazo de apresentação, sem que fiquem exonerados o
emitente, endossantes e demais coobrigados.
§ 2º - O sacado creditará à conta do emitente a quantia reservada, uma vez vencido o prazo
de apresentação; e, antes disso, se o cheque lhe for entregue para inutilização.
6.2) Cheque administrativo – é um cheque sacado contra o próprio banco. É o banco
emitindo um cheque contra ele mesmo. E necessariamente tem que ser nominativo. Quando
ele for compensado vai ser na conta do correntista como dinheiro, não tem prazo para
compensação.
Art. 9º, III, LC – O cheque pode ser emitido: III - contra o próprio banco sacador, desde que
não ao portador.
6.3) Cheque cruzado – é um cheque normal, onde o emitente (ou portador legitimado) vai
inserir no cheque 2 traços transversais, e o cheque cruzado pode ser em branco ou em preto.
Em branco ou geral é quando não tem nada escrito dentro – vai fazer como que esse título
só possa ser liquidado através de depósito em conta corrente, impede que o título seja
liquidado direito na boca do caixa. O cruzamento em preto ou especial é aquele que indica
o nome do banco no meio do cruzamento, então o cheque só pode ser liquidado nesse banco,
e se tiver o nº da conta, só poderá ser naquela conta.
Art. 44, LC – O emitente ou o portador podem cruzar o cheque, mediante a aposição de dois
traços paralelos no anverso (frente) do título.
§ 1º O cruzamento é geral se entre os dois traços não houver nenhuma indicação ou existir
apenas a indicação ‘’banco’’, ou outra equivalente. O cruzamento é especial se entre os dois
traços existir a indicação do nome do banco.
§ 2º O cruzamento geral pode ser convertida em especial, mas este não pode converter-se
naquele.
§ 3º A inutilização do cruzamento ou a do nome do banco é reputada como não existente.
6.4) Cheque para ser “creditado em conta”/levado em conta – parece com o cruzado
especial. Não vem com o cruzamento, mas vem escrito nele “para ser levado em conta”. A
finalidade é praticamente a mesma.
Art. 46, LC – O emitente ou o portador podem proibir que o cheque seja pago em dinheiro
mediante a inscrição transversal, no anverso do título, da cláusula ‘’para ser creditado em
conta’’, ou outra equivalente. Nesse caso, o sacado só pode proceder a Iançamento contábil
(crédito em conta, transferência ou compensação), que vale como pagamento. O depósito do
cheque em conta de seu beneficiário dispensa o respectivo endosso.
§ 1º A inutilização da cláusula é considerada como não existente.
§ 2º Responde pelo dano, até a concorrência do montante do cheque, o sacado que não
observar as disposições precedentes.
7) Prazos de apresentação
Art. 33, LC – O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão,
no prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60
(sessenta) dias, quando emitido em outro lugar do País ou no exterior.
Parágrafo único - Quando o cheque é emitido entre lugares com calendários diferentes,
considera-se como de emissão o dia correspondente do calendário do lugar de pagamento.
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
O cheque deve ser apresentado a pagamento no prazo de:
- 30 dias de sua emissão se o cheque for da mesma praça;
- 60 dias da emissão se for cheque de praças distintas;
O credor que não observar o prazo de Lei para apresentar o cheque ao sacado está sujeito às
seguintes conseqüências:
a) Perda do direito de executar os coobrigados do cheque (pode cobrar por ação de
conhecimento);
b) Perda do mesmo direito contra o emitente do cheque, se havia fundos durante o prazo
de apresentação e eles deixaram de existir, sem seguida ao término deste prazo, por
culpa que não possa ser imputada ao correntista (ex.: falência do banco, confisco
governamental...) – art. 47, II e §3º, LC – Pode o portador promover a execução do
cheque: II - contra os endossantes e seus avalistas, se o cheque apresentado em
tempo hábil e a recusa de pagamento é comprovada pelo protesto ou por declaração
do sacado, escrita e datada sobre o cheque, com indicação do dia de apresentação, ou,
ainda, por declaração escrita e datada por câmara de compensação. § 3º O portador
que não apresentar o cheque em tempo hábil, ou não comprovar a recusa de
pagamento pela forma indicada neste artigo, perde o direito de execução contra o
emitente, se este tinha fundos disponíveis durante o prazo de apresentação e os
deixou de ter, em razão de fato que não lhe seja imputável.
8) Modalidades de sustação do cheque
É crime sustar o cheque sem motivo, e o banco não é obrigado a procurar saber por que está
sustando. O pagamento do cheque pode ser sustado, prevendo a Lei 2 modalidades de
sustação:
1) Revogação – (contra ordem) – art. 35, LC – O emitente do cheque pagável no Brasil
pode revogá-lo, mercê de contra-ordem dada por aviso epistolar, ou por via judicial ou
extrajudicial, com as razões motivadoras do ato. Parágrafo único - A revogação ou
contra-ordem só produz efeito depois de expirado o prazo de apresentação e, não
sendo promovida, pode o sacado pagar o cheque até que decorra o prazo de
prescrição, nos termos do art. 59 desta Lei.
1.1 – Ato exclusivo do emitente do título – só o emitente pode fazer;
1.2 – Praticado através de aviso epistolar ou notificação judicial ou
extrajudicial em que se exponha as razões motivadoras do ato;
1.3 – Produz efeitos apenas após o término do prazo de apresentação desde
que o título ainda não tenha sido liquidado. Por isso é pouquíssimo utilizado.
2) Oposição – art. 36, LC – Mesmo durante o prazo de apresentação, o emitente e o
portador legitimado podem fazer sustar o pagamento, manifestando ao sacado, por
escrito, oposição fundada em relevante razão de direito. § 1º A oposição do emitente e
a revogação ou contra-ordem se excluem reciprocamente. § 2º Não cabe ao sacado
julgar da relevância da razão invocada pelo oponente.
2.1 – Ato que pode ser praticado pelo emitente ou portador legítimo do cheque
mediante aviso escrito, fundado em relevante razão de direito (extravio, roubo...);
2.2 – Produz efeitos a partir da cientificação do banco sacado desde que anterior à
liquidação do título.
14/05/2009 - quinta-feira
DUPLICATA
1) Histórico
O único título que pode ser emitido do credor contra o devedor é a duplicata (o credor saca
contra o vendedor).
2) Legislação Aplicável (Lei 5.474/68, tem como norma supletiva a LUG)
Art. 25. Aplicam-se à duplicata e à triplicata, no que couber, os dispositivos da legislação
sobre emissão, circulação e pagamento das Letras de Câmbio.
3) Fatura (NF – nota fiscal)
Art. 1º Em todo o contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no
território brasileiro, com prazo não inferior a 30 (trinta) dias, contado da data da entrega ou
despacho das mercadorias, o vendedor extrairá (obrigatoriedade) a respectiva fatura para
apresentação ao comprador.
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
4) Título causal – título de emissão facultativa. Decorre de uma causa (sempre que for
emitido sem esta causa/causalidade/origem é um título frio, o que é crime), mas no momento
que circula perde a causalidade (circula abstratamente). É um título muito utilizado.
• Compra e venda mercantil
• Prestação de serviços
5) Requisitos
Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação
como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para
documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. (da fatura pode
ser extraída a duplicada para fins comerciais, por causa disso, está ligada a uma prestação de
serviços ou compra e venda).
§ 1º A duplicata conterá:
I - a denominação “duplicata", a data de sua emissão e o número de ordem;
II - o número da fatura;
III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista;
IV - o nome e domicílio do vendedor e do comprador;
V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso;
VI - a praça de pagamento;
VII - a cláusula à ordem;
VIII - a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser
assinada pelo comprador, como aceite, cambial;
IX - a assinatura do emitente.
§ 2º Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura. (Cada fatura só pode dar
origem a uma duplicada, que vai conter o numero da fatura).
§ 3º Nos casos de venda para pagamento em parcelas, poderá ser emitida duplicata única,
em que se discriminarão todas as prestações e seus vencimentos, ou série de duplicatas, uma
para cada prestação distinguindo-se a numeração a que se refere o item I do § 1º deste
artigo, pelo acréscimo de letra do alfabeto, em seqüência.
6) Aceite
Existem 3 forma de aceite
• Aceite Ordinário – a pessoa recebe a mercadoria, a nota fiscal e a duplicata, assina
tudo e devolve pro credor – vai decorrer da simples assinatura aposta no título.
• Aceite por comunicação – a pessoa recebe a mercadoria e a nota fiscal, confere,
assina e retém o título e comunica ao credor que aceitou (mas retém o título), o credor
não tem o título, só a comunicação de que tem o aceite, então ele emite uma segunda
via/cópia da duplicata, que é a triplicata (triplicata + recibo da nota fiscal +
comunicação do aceite = título de crédito). Todavia, a lei não autoriza esse
procedimento (somente em caso de perda, roubo ou extravio) – cuidado em prova
objetiva.
• Aceite Presumido – é super utilizado. Foi entregue a mercadoria, e não houve a
recusa, pois a pessoa assinou o recibo. No momento que tem o comprovante/recibo e a
não tem a recusa, a presunção é de que aceitou o título.
O aceite é compulsório/obrigatório – só poderá ser recusado nas hipóteses previstas nos
artigos 8º e 21 da Lei.
Art. 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de: (duplicata de
compra e venda mercantil)
I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por
sua conta e risco;
II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente
comprovados;
III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
Art. 21. O sacado poderá deixar de aceitar a duplicata de prestação de serviços por motivo
de: (duplicata de serviço)
I - não correspondência com os serviços efetivamente contratados;
II - vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados, devidamente comprovados;
III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
7) Livro Obrigatório
Protesto
Uma duplicata pode ser com aceite ou sem aceite. Se for sem aceite precisa de protesto.
Art. 15 - A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o
processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de
Processo Civil,quando se tratar:
I - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não; (título + protesto, se for o caso. Se a
duplicata tiver co-devedor precisa do protesto para garantir a cobrança dos co-devedores, se
não tiver co-devedores e tiver aceito o protesto é dispensável + comprovante da entrega de
produto e serviço/recibo + fatura);
II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente: (se o título for sem
aceite tem que estar com todos os documentos que seguem, não pode faltar nenhum)
a) haja sido protestada;
b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da
mercadoria; e
c) o sacado não tenha, comprovadamente (tem que ter prova), recusado o aceite, no prazo,
nas condições e pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º desta Lei (artigo 21 também).
Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento.
PRÓXIMA AULA: FAZER MANUSCRITO UM QUADRO COMPARATIVO (UMA TABELA) COM TODOS
OS TÍTULOS DE CRÉDITO JÁ ESTUDADOS EM CADA UM DESSES COLOCAR OS PRAZOS DE
PRESCRIÇÃO (CHEQUE, DUPLICATA, LETRA DE CAMBIO, NOTA PROMISSÓRIA. VAI VER SE VAI
VALER PONTO.
20/05/2009 - quarta-feira
CARTÃO DE CRÉDITO
Sistema de cartão de crédito é um conjunto de relações jurídicas instrumentais destinado a
otimizar os negócios mercantis pela simplificação e segurança que confere às transações:
Facilita a compra e garante o fornecedor. Compreende em uma relação triangular, trilateral.
O cartão de crédito compreende três elementos:
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a) a empresa emissora (agente emissor) que, concedendo ao titular do cartão e pagando o
fornecedor, intermédia e facilita a compra ou prestação de serviço.
b) O titular do cartão - pessoa credenciada pela empresa emissora, mediante pagamento de
taxa anual que adquire bens ou serviços.
c) O fornecedor (estabelecimento afiliado), que vende produtos ou mercadorias, ou presta
serviços ao usuário, recebendo da empresa emissora (agente emissor) o respectivo valor.
Ou seja, o sistema compreende uma relação contratual trilateral, abrangendo três contratos.
O sistema é complexo, pois é composto de diversas sub-modalidades contratuais:
a) de financiamento pelo emissor do cartão ao credenciar o usuário.
b) de compra e venda pelo usuário;
c) de cessão de crédito pelo fornecedor à emissora do cartão;
d) de prestação de serviços da emissora ou usuário e ao fornecedor;
A lei do sigilo bancário elencou aos administradores de cartão de crédito entre as instituições
financeiras que devem conservar sigilo sobre suas operações e serviços (lei Complementar nº
104/2001, art. 1º, inciso VI).
Tipos: Cartão de crédito (stricto sensu)
Cartão de afinidade
Cartão de uso múltiplo (bancário)
Inexiste legislação sobre o assunto. A relação jurídica entre as partes é puramente contratual.
Os cartões: Dinner, American Express, Credicar, Martercard, Visa.
www.franquiasdobrasil.com.br
03/06/2009 - quarta-feira
17/06/2009 – quarta-feira
18/06/2009 - quinta-feira