Você está na página 1de 6

2 Transmissão transversal MQ: mecanismo de troca das marchas

Transmissão transversal
MQ: mecanismo de
troca das marchas
Essa transmissão foi utilizada pela primeira vez no Brasil
no Logus e Pointer, que eram equipados com a geração 02A,
cuja entrada de torque máxima era de 180 Nm.
Entre muitas novidades, se destacava o mecanismo de O sistema de acionamento do mecanismo de seleção e troca das
cabos para seleção e trocas das marchas. marchas por cabos, cujo princípio é utilizado até hoje nos veículos
com motorização transversal, transforma os movimentos da
Hoje, evoluções desta transmissão equipam modelos como
alavanca em procedimentos de seleção e engate das marchas no
Golf, Polo e Fox, já na versão 02T, cuja entrada de torque pode câmbio. Esta característica garantiu precisão aos engates,
ser de 200 ou 250 Nm, dependendo da motorização reduzida manutenção e baixo nível de ruído

om o desenvolvimento dos mecanismo tinha a difícil mis- sistema de acionamento da transformado em movimento
veículos equipados com são de transformar o movimen- marcha à ré com auxílio de de rotação no eixo de comuta-
conjuntos moto-propulso- to transversal da alavanca em mola, anéis sincronizadores de ção para o engate da marcha.
res transversais, criar me- movimento axial no garfo duplo cone para as marchas de Um retém de esfera trabalha
canismos de seleção e seletor para a seleção da mar- força, entre outras, forma um nos canais de seleção do eixo de
troca de marchas se trans- cha, e o movimento longitudi- conjunto que facilitou o uso de comutação para garantir a pre-
formou numa complicada equa- nal da alavanca de mudança, cabos para o mecanismo de se- cisão de posição.
ção para os engenheiros de em rotativo no garfo seletor do leção e engate. Esses cabos li-
automóveis. Isto aconteceu por- câmbio para fazer o engate. O gam a alavanca de mudanças
que nos conjuntos longitudi- Apollo, que antecedeu o Logus, ao garfo de seleção e engate das
nais convencionais usados até e o Golf importado para o Brasil marchas na transmissão.
então, o movimento longitu- de 1993 a 1997 (aproximada- Mecanismo de seleção e engate
dinal da alavanca era o necessá- mente 100 mil veículos), usa- no câmbio - O garfo seletor ou
rio para deslocar os conjuntos vam este sistema. eixo de comutação é o compo-
sincronizadores na caixa de A geração de transmissão nente que faz o movimento de
câmbio para fazer o engate. A Volkswagen transversal chamada seleção e engate das marchas
situação mais complicada que de 02, fabricada em Córdoba, na de acordo com os comandos da
estes veículos apresentavam para Argentina, foi a resposta a este alavanca de mudanças. Para
o trambulador era transformar o problema. No Brasil, este sistema isto, o movimento transversal
movimento transversal da ala- começou a ser conhecido no da alavanca de mudanças é
vanca em movimentos de rota- Logus, no final de 1992; no anti- transformado em axial no eixo
ção no garfo seletor para fazer a go Passat, em 1993 equipando, de comutação para selecionar o
escolha da marcha. os motores transversais de 2.0 trilho da marcha a ser engatada
No início dos transversais, litros, no VR6 e, em 1994, no (1ª ou 2ª marchas, 3ª ou 4ª mar-
um complexo mecanismo de Pointer. chas e 5ª e ré). Os trilhos são
alavancas e varões foi utilizado Trazendo soluções para re- compostos por hastes
para isto, pois, o que havia de duzir a resistência mecânica in- deslizantes que movimentam
experiência era as alavancas e terna, como garfos de engate os respectivos garfos de enga-
varões dos longitudinais. Este com pontos de articulação tes. O movimento longitudinal
montados sobre rolamentos, da alavanca de mudanças é
As hastes deslizantes são
ancoradas aos garfos seletores
formando pares de conjuntos.
Uma das hastes faz a 1ª e 2ª
marchas; outra, a 3ª e 4ª; mar-
chas e uma haste mais longa, o
engate da 5ª marcha e da mar-
cha à ré. Esta solução tem espe-
cial importância porque como a
engrenagem livre da 5ª marcha
está montada na árvore primá-
O complexo mecanismo ria, ao engatar a marcha à ré,
trambulador composto de varões e um acionador de esfera solidá-
alavancas exige diversas rótulas rio ao eixo de comutação reali-
e mancais de centro, um sistema za um pequeno movimento
passível de desgaste que requer deslizante na haste da 5ª e da
manutenções e correções mais ré, acionando brevemente o
frequentemente anel sincronizador da 5ª mar-
Transmissão transversal MQ: mecanismo de troca das marchas 3

cha. Esse pequeno movimento Com isto, o sistema de marcha à


freia a árvore primária para fa- ré da transmissão 02 utiliza
cilitar o engate da marcha à ré, quatro engrenagens, enquanto
dando ao mecanismo de ré o os sistemas convencionais uti-
conforto de uma sincronização lizam três.
– fato inédito nos veículos na-
cionais.

O sistema de marcha a ré é Anéis sincronizadores com tri-


composto pela engrenagem in- plo cone - Atualmente a 1a e 2a
versora da marcha a ré (1) marcha utiliza um sistema de
montada numa pequena árvo- sincronização de triplo cone. vida útil do sincronizador. O Se a alavanca de mudanças
re com ranhuras que trabalha Este sistema foi introduzido sistema é composto de dois for movimentada em ponto-
sobre rolamentos (2). Esta ár- com o objetivo de diminuir a anéis sincronizadores de liga morto, para a direita ou es-
vore, na extremidade oposta à força de engate necessária para não ferrosa e um intermediário querda (movimento
engrenagem inversora, possui o acoplamento da primeira e de aço. Como decorrência do transversal), uma cabeça esfé-
uma engrenagem fixa (3) enga- segunda marchas já que o siste- aumento da área de frenagem, rica, montada na base da ala-
tada permanentemente com a ma de três cones permite am- eleva-se a força de frenagem vanca de acionamento do cabo
engrenagem fixa da 1ª marcha pliar a área de frenagem da que atua no cone da engrena- seletor, transmite o movimen-
(4) na árvore primária (5). As- engrenagem móvel sem interfe- gem 2,5 vezes. Isso proporcio- to de puxar e empurrar por
sim, a rotação da árvore primá- rir nas dimensões externas do nou uma redução no esforço de meio de um balancim. O cabo
ria é transmitida para esta mecanismo. engate das marchas e também seletor leva esse movimento à
engrenagem fixa logicamente no desgaste dos anéis, resultan- alavanca de acionamento lon-
na relação de transmissão en- do em ganho de conforto e gitudinal do eixo de comuta-
tre elas. O engate da marcha à confiabilidade nas marchas ção que se apóia na caixa de
ré é feito pela alavanca inver- mais difíceis, devido às massas transmissão. Essa alavanca
sora (6) com o auxílio de uma em movimento de inércia. gira e o eixo de comutação é
carga de mola (7). Mecanismo de seleção e engate movimentado axialmente para
na alavanca - Externamente à cima ou para baixo. Este movi-
transmissão, o mecanismo de mento é o de seleção das mar-
seleção e engate das marchas chas. Veja ilustração abaixo.
possui, na alavanca de mudan- Selecionado o trilho das
ças, um sistema de balancim, marchas (1ª e 2ª; 3ª e 4ª ou 5ª e
um cabo seletor, um cabo de ré), é necessário engatar a mar-
Nas primeiras versões da engrenamento da marcha e no cha desejada. O cabo de mu-
transmissão 02A o sistema de eixo de comutação um sistema dança das marchas, fixado na
triplo cone era exclusivo para a de alavancas e balancins. Estes na base da alavanca de mudan-
engrenagem de 2ª marcha, vi- produzem os movimentos axiais ças, leva os movimentos de en-
sando facilitar a redução de 3ª e radiais no eixo de comutação. gate, para frente e para trás, até
Ao engrenar a marcha à ré, a para 2ª marcha e aumentar a Veja ilustração acima. a alavanca de acionamento
haste deslizante da 5ª e ré faz
um pequeno esforço na alavan-
ca da inversora que, com auxí-
lio da mola, desloca a
engrenagem contra a luva
sincronizadora da 1ª e 2ª veloci-
dades - local onde está a engre-
nagem movida da marcha à ré.
Essa carga de mola faz com que
o acionamento seja suave, evi-
tando o raspar entre os topos
dos dentes das engrenagens. O
auxílio do sistema de pré-sin-
cronização pelo anel sincroni-
zador da 5ª marcha, faz com
que este engate fique ainda
mais suave. Com isso, o engre-
namento da marcha à ré ocorre
somente com a engrenagem in-
versora na luva da 1ª e 2ª e não
entre as duas engrenagens.
4 Transmissão transversal MQ: mecanismo de troca das marchas

transversal, ligada ao eixo de 1. Remova o filtro de ar


comutação que possui uma lin- 2. Remova o peso de compen-
güeta fixa que faz o engate da sação da alavanca de aciona-
marcha selecionada. mento transversal do eixo de
Regulagem da comutação (fixação A)
alavanca de mudanças
(Logus e Pointer)
Este mecanismo sempre ne-
cessitará de regulagem nos se-
guintes casos: remoções e
instalações de motor ou trans-
missão; desmontagem, monta-
gem ou substituição da
alavanca de mudanças; ou
quando for necessário desmon- 7. Instalar o bloqueador na ala- 11. Com a alavanca na posição
tar, montar ou substituir um ou vanca de acionamento trans- do plano de 1ª e 2ª marchas, ve-
os dois cabos da alavanca. Para versal do eixo de comutação e rifique novamente o calibrador
isto, nas extremidades dos ca- ajuste, de modo que não haja na posição do plano mais baixo,
bos, no lado da transmissão, 3. Solte os cabos de aciona- folga entre o bloqueador e a entre a alavanca de acionamen-
existem furos oblongos de fixa- mento de mudanças (fixação B tampa superior de alojamento to transversal e a tampa supe-
ção por parafusos e na alavanca e C) sem removê-los, mas dei- do eixo de comutação. rior do alojamento do eixo de
de mudanças, um posicionador xando-os bem livres. 8. Fixe o cabo de mudanças comutação. Se o calibrador pas-
para garantir a localização cen- B, bem na região central do sar pelos dois planos (os dois
tralizada da alavanca no trilho furo oblongo existente na ala- lados passam), entre a alavanca
de 3ª e 4ª marchas. vanca transversal e aperte-o e a tampa, solte o parafuso indi-
Para esta regulagem será ne- com 25 Nm. cado pela seta, desloque a ala-
cessário confeccionar uma fer- vanca de mudanças um pouco
ramenta a ser usada como para o lado direito e aperte o
calibrador “passa-não passa” parafuso novamente. Repita as
no eixo de comutação (curso operações caso os dois planos
vertical de seleção) e um do calibrador continuem pas-
bloqueador para o eixo de co- sando direto.
mutação (curso de engate da Atenção: se o calibrador con-
marcha). As medidas e o dese- tinuar passando direto (planos
nho para construir a ferramenta baixo e alto), repita suces-
são as seguintes: sivamente as operações anterio-
res, até que a ferramenta passe
4. Remova o manípulo da ala- somente o plano baixo, fazendo
vanca de mudanças, o console e batente no plano mais alto do
a cobertura de borracha da ala- calibrador com a alavanca de
vanca de mudanças. acionamento transversal. Se o
5. Coloque a alavanca de mu- 9. Remova o bloqueador e calibrador não entrar, ou me-
danças em ponto-morto e solte aperte o parafuso de fixação lhor, não passar nem o plano
o parafuso de fixação da da regulagem da alavanca de mais baixo, repita as operações
regulagem (seta) da alavanca de mudanças, sem mexer na po- anteriores; no entanto, em vez
Usar aço SAE 1045 mudanças. sição desta. de de deslocar a alavanca de
mudanças para o lado direito,
Esta ferramenta será usada desloque-a para o esquerdo. A
para verificar o curso de acio- regulagem estará correta quan-
namento do eixo de comuta- do o calibrador passar somente
ção no plano de seleção da 1ª e o plano mais baixo. Se não con-
2ª marchas. seguir chegar na regulagem in-
Para o bloqueador, a dicada, verifique os cabos de
Volkswagen especifica a ferra- acionamentos no que tange a
menta especial VW 3192/1. Esta dimensionamentos irregulares,
ferramenta além do furo oblon- amassamentos, empenamentos
go para posicionar a centraliza- na parte rígida, início de ruptu-
ção do cabo, possui um chanfro ras etc.
para eliminar a folga do eixo de 12. Instale o peso compensador
comutação. e aperte a porca A com 25 Nm.
13. Fixe definitivamente o pa-
6. Utilizando o calibrador “pas- 10. Com a ajuda de outro me- rafuso de fixação da regulagem
sa-não passa” entre a alavanca cânico, comprove a regulagem da alavanca de mudanças (no
de acionamento transversal e a da alavanca de mudanças. interior do veículo), apertando-
tampa superior de alojamento Peça para que ele desloque a o com 20 Nm.
do eixo de comutação, desloque alavanca de mudanças total- 14. Instale a cobertura de bor-
para baixo até encostar total- mente para o lado esquerdo, racha, o console e o manípulo,
mente no plano mais baixo do na posição de engate da 1ª e 2ª travando-o com adesivo instan-
Para fazer a regulagem, os calibrador. Ao mesmo tempo, velocidades, segurando-a nes- tâneo.
procedimentos são: fixe o cabo seletor C. ta posição. 15. Instale o filtro de ar.
Transmissão transversal MQ: mecanismo de troca das marchas 5

A transmissão MQ do haja uma economia de massa da


Golf, Polo e Fox ordem de 22%. Segundo o pesso-
O atual estágio de projeto da al da Engenharia da Volkswagen,
transmissão transversal MQ deve-se ressaltar ainda a vanta-
(geração 02T) representa muito gem acústica do magnésio frente
bem as várias evoluções a partir ao alumínio, pois, devido a sua
da 02A utilizada no Logus, característica de amortecimento
Pointer e Polo Classic nos anos mais elevado, consegue-se me-
90. A essência do projeto, que nor nível de emissão acústica, re-
reduz significativamente per- duzindo expressivamente os
das mecânicas, por exemplo, ruídos de engrenagens.
aparece com o uso de árvores Como vimos anteriormente,
ocas, sem comprometer a resis- o sistema de sincronização de
tência mecânica do conjunto. três cones para a primeira e se-
gunda marchas, também utiliza- A flange de alojamento de
do na linha Gol, foi empregado rolamentos recebe as duas árvores
nesta versão da transmissão de transmissão, possibilitando a
MQ. A novidade reduz o esforço remoção e instalação em conjunto
de engrenamento, graças ao au-
mento da área de atrito sem exi- dispositivos. A construção mo-
gir grandes dimensões nas dular é garantida por uma
Uma das características superfícies de sincronização. flange de alojamento de rola-
construtivas de influência no mentos que recebe as duas ár-
reduzido peso da transmissão MQ vores de transmissão.
Compacta, a transmissão utilizada 200 é a utilização de árvores Isto faz com que os rolamen-
no Polo, Golf e Fox tem carcaça primária e secundária ocas tos radiais das árvores não sejam
de liga de magnésio. A robustez montados diretamente na car-
do projeto permite, dependendo a peça é jateada visando elimi- caça da transmissão, mas, numa
da motorização, entradas de nar tensões superficiais para flange de alojamento, evitando
torque de 200 ou 250 Nm aumentar sua vida útil, redu- montagens e desmontagens di-
zindo a possibilidade de fadiga. retamente sobre as carcaças de
A geração da transmissão liga mais mole, mais sujeitas a
MQ, a 02T, começou a ser utiliza- danificações mecânicas durante
da no Brasil com o Golf 1.6 litro, as prensagens. O conjunto de
equipado com a motorização EA alojamento de rolamentos só é
111, em janeiro de 2001. A versão fornecido completo, dispensan-
utilizada até hoje em modelos do a substituição em separado
VW com esse motor, é a MQ 200 dos rolamentos, o que facilita os
(M de mecânica; Q de Querr, reparos. Seis parafusos fixam
que significa transversal, em essa flange à carcaça.
alemão, e 200 que representa o O mecanismo de seleção e en-
valor máximo de torque de en- gate - O princípio do sistema de
trada da transmissão em Nm). cabos para seleção e engate das
A utilização de magnésio na A duplicação das superfícies
A transmissão MQ 02T tem marchas foi mantido nesta ver-
carcaça também contribuiu para a cônicas, aumento a capacidade
como principais características são da transmissão MQ. Como
redução de peso do conjunto de sincronização 50% , reduzindo
suas pequenas dimensões, re- as anteriores, conta com um
duzido peso (apenas 29,5 kg Outro destaque dessa nova na mesma proporção o esforço sistema de seleção interno de
sem óleo – por ser compacta, transmissão é a utilização de necessário ao engate das marchas marchas de garfos oscilantes e
utiliza somente 1,9 litro de óleo. uma liga a base de magnésio Mais uma dica interessante externamente por cabos, sendo
Sem dúvida, uma grande dife- com cerca de 9% de alumínio e sobre a transmissão MQ 02T é a um de escolha de marchas que
rença em relação a MQ, utiliza- 1% de zinco na carcaça. Essas possibilidade de remover e ins- desloca o garfo seletor no senti-
da anteriormente no Golf de 1.6 características fazem com que, talar as árvores primária e do do vertical e outro, de engate,
litros com motor EA 113 (bloco na comparação com uma car- pinhão em conjunto, sem mala- que gira o garfo seletor para en-
de alumínio) que pesava 40,5 caça fundida de alumínio, para barismos manuais ou auxílio de gatar a marcha selecionada.
kg, o que significa que a nova a mesma resistência estrutural,
transmissão é 11 kg mais leve.
Destacando-se pela elevada
precisão de engates e durabili-
dade, a transmissão MQ 200
possui árvores de transmissão
ocas, o que reduz sensivelmen-
te as massas em movimenta-
ção, sem comprometer sua
resistência mecânica. As engre-
nagens são de aço temperado e
revenido para dar boa dureza A utilização do triplo cone para
superficial e tenacidade ao nú- sincronização da primeira e
cleo. Para finalizar, recebem segunda marchas reduziu
ainda um tratamento mecânico sensivelmente o esforço necessário
chamado shot peening no qual ao engrenamento destas
6 Transmissão transversal MQ: mecanismo de troca das marchas

O princípio do sistema de se- (eixo de comutação) e verifique isto, existe na tampa de seleção travamento dos cabos, o que se
leção e engate das marchas pelo se o engate das marchas aconte- e engate das marchas, um pino faz girando os apoios plásticos
garfo seletor também continua o ce normalmente. Para isso, use giratório em “L” (indicação “A” no sentido das setas.
mesmo: recebe os movimentos uma simples chave de fenda, da ilustração). Pressione o garfo
dos cabos na transmissão e os forçando nas hastes deslizantes. seletor no sentido da seta 1, até
transforma em movimentos de A regulagem, não exige ferra- que este atinja o plano de enga-
seleção dos planos de marchas mentas especiais: use um pino te da 1ª e 2ª marchas. Nesta po-
para, em seguida, através do giro de aproximadamente 4,5 mm de sição, gire o pino em “L”
do garfo seletor, serem transfor- diâmetro para travar a alavanca aproximadamente 90º, até que
mados em movimentos de en- de mudanças na posição de se- o próprio pino se desloque para
gate das marchas. gunda marcha. a posição de travamento.

Agora reposicione o pino em


“L” na tampa seletora, de modo
que este retorne á sua posição
Para regular o engate das inicial (90º) na vertical.
marchas, proceda da seguinte
maneira:
1 - Posicione a alavanca de mu- Atenção: após estes procedi-
danças em ponto-morto; mentos, devemos manter o garfo
2 - Solte os cabos, travando os seletor na posição do plano de
elementos de fixação dos cabos engate da 1ª e 2ª marchas. Fique
de comando. atento porque o garfo seletor
,nesta condição, está bloqueado
e não pode ser forçado. Caso isto
aconteça, corremos o risco de
Regulagem da danificar seriamente o sistema
alavanca de mudanças de seleção e engate.
(Golf, Polo e Fox) 5 - Remova a coifa de couro da 8 - Remova o pino de 4,5 mm de
Nessas três linhas de veícu- alavanca de mudanças; diâmetro e confira a regulagem
los VW, o mecanismo de cone- 6 - Com o pino de cerca de 4,5 da alavanca de mudanças.
xão das extremidades dos cabos mm, trave a alavanca de mu- Atenção: a alavanca de mu-
de seleção e engate, anterior- danças na posição do plano de danças deve ficar posicionada
mente de porca e parafuso, fo- 1ª e 2ª marchas. Para isto movi- no plano de 3ª e 4ª marchas.
ram substituídos por uma mente a alavanca de mudanças Conferência da regulagem -
conexão de engate rápido com lentamente para a esquerda, Acione totalmente a embreagem
mola. Este sistema, além de Para uso este pino deve ter o até atingir o plano de engate da e verifique se todas as marchas
muito simples para o procedi- diâmetro aproximado de 4,5 mm 1ª e 2ª marchas. Você notará que engrenam satisfatoriamente, dan-
mento de regulagem, também 3 - Para isto, proceda assim: dois furos, um na alavanca (A) e do especial atenção ao engate
funciona como um amortece- comprima o apoio plástico de outro, no suporte da alavanca da marcha à ré.
dor de vibrações entre a trans- uma das molas o máximo pos- de mudanças (B), se aproxima- Se, ao engatar repetidamen-
missão e os cabos. sível, no sentido da seta 1. Gire rão. O pino deve ser introduzi- te uma marcha, ainda houver
a rótula no sentido da seta 2 até do alinhando os dois furos. algum problema, verifique a
o batente. Nesta condição, os folga (o curso) da alavanca
apoios das molas ficarão trava- seletora da transmissão da se-
dos abertos e as pinças de guinte maneira:
travamento do cabo livrarão o 1 - Engrene a 1ª marcha;
deslocamento axial dos cabos. 2 - Movimente a alavanca de
Faça a mesma operação para os mudanças para a esquerda até
dois cabos. o batente e libere-a. Ao mesmo
tempo, outro mecânico deve
observar o garfo seletor da

Antes da regulagem deste


mecanismo, verifique se o siste- 7 - Com a alavanca de mudan-
ma de embreagem funciona ças na posição do plano de en-
normalmente e, também, se o gate da 1ª e 2ª marchas, garfo
mecanismo do eixo de comuta- seletor também na posição de
ção e as hastes deslizantes estão engate de 1a e 2a marchas,
em perfeita ordem. Caso haja al- pode-se regular os cursos de se-
guma suspeita de irregularida- leção e engate dos cabos. Para
de, remova a tampa seletora das 4 - Agora, trave o garfo seletor isto, basta soltar os apoios plás-
marchas com o garfo seletor na posição de regulagem. Para ticos e deixá-los na posição de
Transmissão transversal MQ: mecanismo de troca das marchas 7

transmissão, pois, ao movi-


mentar a alavanca de mudan-
ças, esse dever ter um curso de,
aproximadamente, 1 mm na di-
reção da seta.
Caso o curso do garfo
seletor não tenha, aproximada-
mente, 1 mm, refaça a
regulagem da alavanca de mu-
danças.

Você também pode gostar