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Há vários tipos de interações que se podem estabelecer entre os seres vivos que
ocupam o mesmo ecossistema.
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2. O Solo e a sua constituição
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3. Importância dos microrganismos do solo para os ecossistemas
Nas culturas, de maneira geral, a matéria orgânica do solo influencia nos atributos
físicos, químicos e biológicos do solo, com reflexo na estabilidade e produtividade dos
ecossistemas da agricultura.
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Os microrganismos, por sua vez, são responsáveis pelos processos de mineralização,
pois representam uma quantidade considerável de nutrientes potencialmente
disponíveis para as plantas. Nos ecossistemas onde não há interferência humana, ou
seja, quando funciona de forma natural, a microbiota encontra-se em equilíbrio com o
solo, mantendo sua biodiversidade. Já em situações onde há intervenção nesse
ambiente, ocorrem mudanças que nem sempre são benéficas. Essa interferência pode
ocasionar na alteração ou diminuição da microbiota, prejudicando a fixação
temporária dos nutrientes, incrementando suas perdas e resultando no
empobrecimento do solo.
Os diferentes sistemas de manejos adotados nos cultivos agrícolas também têm
grande influência sobre seus estoques, pois podem diminuir, manter ou aumentar em
relação à vegetação nativa.
Por isso, para melhorar a qualidade do solo dos sistemas de plantio quando ocorrem as
alterações do solo, existem produtos que auxiliam na sua recuperação, fornecendo os
nutrientes necessários para a germinação das plantas, produção de folhas, sementes e
frutos.
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A densidade de todos os grupos de organismos varia em função de
características edáficas e climáticas específicas de cada ambiente. As
bactérias representam o grupo mais numeroso. Os fungos, bactérias
e minhocas são aqueles que geralmente apresentam maior biomassa.
Em termos de biomassa os organismos do solo podem exercer mais
de 10 toneladas por hectare, quantidade esta equivalente ou até
maior que as melhores produções de certas culturas agrícolas.
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Autotróficos e heterotróficos, respetivamente organismos que assimilam
carbono de fontes inorgânicas ou orgânicas;
Biófagos
Saprófagos
Simbiotróficos
Os microrganismos, por sua vez, participam da gênese do habitat onde vivem. Nos
estágios iniciais de formação do solo, carbono e nitrogênio são elementos deficientes,
deste modo, espécies fotossintéticas e fixadoras de nitrogênio (cianobactérias, líquens)
são importantes colonizadoras primárias de rochas.
A atmosfera terreste contém 80% de azoto molecular (N2) gasoso mas, ao mesmo
tempo, este nutriente é considerado escasso nos solos e dispendioso para os
agricultores no plano de fertilização. De facto, a maior parte das plantas não consegue
usar azoto na forma gasosa, apenas assimilando na forma amoniacal (NH3) e na forma
nítrica NO3, ao nível do solo.
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Este tipo de adubação pode ser utilizada quer em produção integrada quer em
agricultura biológica, o azoto fixado pode suprir as necessidades da cultura
leguminosa, dispensando o uso de fertilizantes azotados, deixando no solo, alguma
reserva para a cultura seguinte, tornando assim, esta prática menos poluente para o
ambiente, menos dispendiosa para o agricultor e permitindo a obtenção de produtos
de melhor qualidade.
Deste modo, as plantas podem absorver mais água e adaptar-se a climas mais secos, e
em troca os fungos recebem das plantas glícidos e aminoácidos essenciais ao seu
desenvolvimento, estabelecendo assim uma interação ecológica onde há troca de
benefícios entre ambas as espécies.
Essa relação está presente na maioria das plantas atuais. Muito cientistas acreditam
que essas associações tenham sido fundamentais na adaptação das plantas a
ambientes terrestres, já que foram encontradas em plantas fósseis. Ocorrem
principalmente com fungos microscópicos, mas também há um grande número de
fungos macroscópicos que participam dessa simbiose.
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6. Processos de tratamentos de resíduos e a importância dos
microrganismos
6.1 Compostagem
É a decomposição dos resíduos orgânicos (biodegradáveis) pela ação de
decompositores e saprófitas, diminuindo o volume dos resíduos e produzindo o
composto, que pode ser usado como fertilizante, melhorando a textura e fertilidade do
solo.
O termo compostagem é hoje associado mais ao processo de tratamento dos resíduos
orgânicos do que ao processo para aproveitamento dos resíduos agrícolas e florestais.
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6.3 Biorremediação
A biorremediação é um processo natural de biodegradação, no qual seres vivos são
usados nas técnicas de tratamento de resíduos, para remediar ou eliminar as
contaminações no ambiente, através da introdução de fungos, bactérias, plantas
ou algas verdes, dependendo do tipo de contaminante que vai se degradar, para
acelerar o processo de decomposição dos resíduos, recuperando solo e águas
contaminadas. Este processo biológico pode regenerar os ecossistemas originais de
forma equilibrada, gerando menos ou nenhum tipo de poluição secundária.
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