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Orientador:
Manuel Joaquim de Castro Lourenço
Rio de Janeiro
Agosto – 2010
A INFORMAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO
PÚBLICA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – O MODELO FLUMINENSE
Aprovada por:
___________________________________________
Presidente, Prof. Manuel Joaquim de Castro Lourenço
___________________________________________
Prof.
___________________________________________
Prof.
Rio de Janeiro
Agosto – 2010
Sathler, Alessandro
Orientador:
Manuel Joaquim de Castro Lourenço
Palavras-chave:
Informação; Gestão; Educação Pública.
Rio de Janeiro
Agosto – 2010
ABSTRACT
Advisor:
Manuel Joaquim de Castro Lourenço
Keywords:
Information; Management; Public Education.
Rio de Janeiro
August – 2010
Sumário
Introdução 1
I Contexto 2
I.1 Conceito de informação 2
I.2 Tipos de informação 4
I.3 Informação e conhecimento 6
I.4 Formação do conhecimento 8
I.5 Conhecimento como capital 10
II Gestão da informação 13
II.1 Gestão da informação 13
II.2 Tecnologia da informação 13
II.3 Sistema de informação 18
II.3.1 Sistemas formais de informação 20
II.3.2 Sistema informais de informação 22
II.4 Pessoas na gestão do conhecimento e na tecnologia da informação 25
II.4.1 Gatekeepers tecnológicos e os fluxos de informação 25
III Processo decisório 30
III.1 Conceito de decisão 30
III.2 Níveis de decisão 32
III.3 Conceituação de processo decisório 33
III.3.1 Fases do processo decisório 34
III.3.2 Tipos de processos decisórios 35
III.3.3 As armadilhas do processo decisório 37
III.4 Decisão estratégica 38
IV A Secretaria de estado de educação e a gerência da informação 42
IV.1 Cenário institucional 42
IV.2 A SEEDUC e a informação 45
IV.3 A gerência da informação como política pública 46
IV.4 A gerência da informação como política pública de governo eletrônico e processos 48
decisórios.
IV.5 A utilidade da informação 52
IV.6 As pessoas na gestão da informação na SEEDUC 53
IV.7 O fluxo de informações na SEEDUC 55
IV.8 Portal corporativo 59
Conclusões 63
Referências Bibliográficas 65
Lista das Figuras
Introdução
Capítulo I – Contexto
indicadores para qualificá-la como relevante. Stair (1998, p.6) apud Moraes (2005) no
quadro abaixo apresenta as características que a informação deve conter:
Características Definições
Precisa Que não contém erros, pois sua entrada de dados foi correta.
FIGURA I.1 – FLUXOS DE INFORMAÇÃO (LESCA e ALMEIDA 1994, apud MORAES 2005)
Antes de iniciarmos a análise prévia de cada fluxo, cabe destacar que não
existe, especificamente, um fluxo de informações desenhado para a ação pública
institucional, que o modelo adotado será utilizado como referencial, tendo por princípio
utilidade da informação e do conhecimento, e não seu fim em si. Ainda que não exista
uma relação mercadológica, existe o movimento de diálogo e integração, sendo esses
os pilares que sustentarão a discussão e adaptação do presente modelo ao contexto
público institucional.
Sobre os fluxos, Lesca e Almeida (1994) destacam que os mesmos
apresentam duas componentes interdependentes chamadas de informação de
atividade e informação de convívio. A informação de atividade é aquela que permite a
empresa garantir seu funcionamento, de natureza operacional são tipos de
informações de atividades. Já a informação de convívio é definida como:
5
Fluxo Caracterização
Permite aos participantes da empresa conviver em relação e em
interação uns com os outros. Uma empresa é formada de um
Informação criada pela
conjunto de indivíduos que criam um esforço de união mas com
empresa para uso próprio
a condição de que estes indivíduos saibam porque trabalham e
– informação de convívio
que trabalhem em uma mesma direção e de maneira
coordenada.
Informação criada pela A informação de atividade engloba todo tipo de informação
empresa para uso próprio necessária a iniciar, realizar e controlar as operações
– informação de atividade relacionadas ao funcionamento da empresa.
A empresa forma um todo, é um ator (inclusive dotado de
personalidade), e este ator deve viver em relação com outros
atores situados fora da empresa. Estes "outros atores" são
numerosos e diversos: clientes (atuais e potenciais),
Informação produzida pela
fornecedores, concorrentes, provedores de fundos (acionistas,
empresa e orientada para
bancos, etc), provedores de recursos humanos (universidades,
fora da empresa –
escolas, etc.), poder público. Para conviver com estes outros
informação de convívio
atores a empresa deve lhes fornecer uma certa quantidade de
informação (e esconder outras), e ao mesmo tempo tentar
influenciar o comportamento dos atores externos segundo uma
orientação que lhe seja favorável.
Informação produzida pela
Este tipo de informação diz respeito a todas as transações
empresa e orientada para
realizadas em conjunto com os atores externos: compra, venda,
fora da empresa –
etc.
informação de atividade
Dentro da relação com os atores externos é importante que a
Informação coletada
empresa se mantenha informada sobre os outros "atores", saber
externamente e orientada
o que eles estão fazendo e conseguir obter o mais
para dentro da empresa –
antecipadamente possível informação sobres suas ações
informação de convívio
futuras.
Informação coletada
externamente e orientada Este tipo de informação é simétrico à informação produzida pela
para dentro da empresa – empresa orientada para fora.
informação de atividade
TABELA I.2 – CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO (LESCA e ALMEIDA, 1994)
“(...) por ser estático, não produz por si só, qualquer conhecimento, as
estruturas significantes armazenadas em bases de dados, bibliotecas,
arquivos ou museus possuem a competência para produzir
conhecimento, mas que só se efetiva a partir de uma ação de
comunicação mutuamente consentida entre a fonte (os estoques) e o
receptor.” (BARRETO, 1994, p. 2)
Por fim, Laudon e Laudon (1999) apud Gonçalves (2005) destacam que os
sistema de informação são por sua própria constituição sociotécnicos, visto que
envolvem a coordenação de recursos tecnológicos com organizações e pessoas,
existem uma relação dialógica de cooperação mútua com vistas a otimização de
desempenho do sistema completo, propiciando assim ajustes ao longo do tempo.
Hanson (1997)
Krackhardt &
Que envolvem o uso da estrutura informal para o
Redes de trabalho ou contato com indivíduos que possuem informações
consulta (advice networks) técnicas que facilitam o cumprimento de objetivos
de trabalho
Relativas aos indivíduos que trocam com
Redes de comunicação
regularidade informações de trabalho
Redes sociais Para assuntos não relacionados ao trabalho
Grosser
McClur
e apud
Para comunicações relativas à autoridade e
Redes de autoridade
responsabilidade entre membros da organização
Redes de experts Para informações técnicas.
TABELA II.1 – CLASSIFICAÇÃO DAS REDES DE INFORMAÇÃO – ADAPTADO DE MACEDO
(1999)
Grosser (1991) apud Macedo (1999) discute sobre o papel essencial que
as redes informais possuem na sobrevivência das organizações complexas, sobretudo
em razão de seu caráter suplementar enquanto fonte de informação.
Leonard (1996) apud Macedo (1999) discute o papel das redes informais
nos processos de tomada de decisão. O autor considera o diálogo existente entre os
pressupostos adotados nas estratégias de gerenciamento com as subjetividades de
todos os envolvidos importante aspecto no contexto das organizações,
24
Allen (1984) citado por Macedo (1999) reforça a idéia da presença dos
gatekeepers em outros espaços e o papel que desempenham junto ao fluxo de
informações
Price (1963) apud Macedo (1999) lembra que não se deve entender o
papel dos gatekeepers nas organizações da mesma forma que no contexto de
pesquisa, ou seja, sua motivação é diferenciada, a analogia, segundo o autor está
relacionada a uma tentativa de desenho mais preciso do contexto das organizações,
ele completa salientando que as mesmas
Níveis de Decisão
Operacional Tático Estratégico
Objetivo bem
Bem definido, Processo definido, definido.
ESTRUTURADOS
Características
repetitivo resultado variável Alternativas a
serem escolhidas
Duração –
Dias/um mês Meses/um ano Um a cinco anos
freqüência
Decisor Chefe de seção Gerente Diretoria
Complexidade Nenhuma Baixa Média
TIPOS DE PROBLEMAS
imprevistos empreendimentos
Duração –
Dias/por períodos Caso a caso Anos
NÃO
freqüência
Chefe de seção –
Decisor
Gerente/Diretor Diretoria, acionistas
Gerente
Complexidade Média Alta Muito Alta
TABELA III.2 – NÍVEIS DE DECISÃO – FONTE: SHIMIZU (2000) APUD MURAKAMI (2003)
Gaj (1986) apud Rocha (1999) analisa a temática enfocando seu caráter
dinâmico, seu caráter enquanto ação “(...) é um enfoque dinâmico, uma forma de ver e
incorporar nas atitudes e no comportamento dos administradores ação estratégica
explícita. (...) Sistema de administrar com ênfase no equilíbrio entre: turbulência,
capacitação e estratégica. Sistema voltado para ação.” (GAJ 1986, apud ROCHA
1999, p. 6)
Hax & Majluf (1984) apud Rocha (1999) tratam essa temática sob a ótica
corporativa, pontuando que o objetivo maior desse tipo desse tipo de ação é
desenvolver valores corporativos, capacidade gerenciais, responsabilidades
organizacionais, a todos os níveis hierárquicos.
Decisão Estratégica
Fases Reconhecimento
Desenvolvimento
Identificação
Compreender os estímulos,
determinar a relação causa-efeito
e avaliar a situação
Encontrar soluções já feitas
Desenvolver soluções ou
Diagnóstico
modificar as feitas
Concepção
Procura
Rejeitar?
Decisão Autorização
Aceitar?
Avaliação-
escolha
Escrutínio
Decisão
“(...)o campo das políticas sociais pode ser melhor definido sob a
égide do conceito de cidadania. Assim, as políticas sociais tratariam
dos planos, programas e medidas necessários ao reconhecimento,
implementação, exercício e gozo dos direitos sociais reconhecidos
em uma dada sociedade como incluídos na condição de cidadania,
gerando uma pauta de direitos e deveres entre aqueles aos quais se
atribui a condição de cidadãos e seu Estado.” (TEIXEIRA, 1985, pp
400-417).
governo eletrônico é,
Conexão Educação
Governo
Internet – Telefonia móvel
(SMS)
Desintermediação
Docentes, Alunos e
o e Transações
Responsáveis
Eletrônicas
Comunicação
Prestação de Serviços
Alunos
Módulo Gestão
Necessidades dos
cidadãos-usuários
Fluxo contínuo e remoto de informações
Processos Decisórios
Estratégico
Tático
INTEGRAR PROCESSOS
GOVERNAMENTAIS
ENTRE SI E Operacional
PROCESSOS DE
OUTROS ATORES.
Características da Informação
Stair (1998)
Valor Estratégico
Lesca e Almeida (1994)
Proporcionar maior
Apoiar a Ser fator de interação e participação
Determinante de Ser fator de
Decisão comportamento
produção em uma rede sinergia
Operacionalização
Resolução SEEDUC nº 4.455/2010
Gratuidade do transporte
público - RIOCARD
Professores Diretores
SEEDUC
Conexão Educação
Base de dados de
Informação Fontes
origem coletiva
Alunos
Primárias
Comunidade
Secundárias
Diretores
Professores Gestores
SEEDUC
Lançamento da Informação
Módulo Escola
Módulo Gestão
Dias (2001) lembra que por se tratar de um conceito novo ainda são muitas
suas denominações, sendo identificado na literatura como "portal corporativo", "portal
de informações corporativas", "portal de negócios" e "portal de informações
empresariais". Independente da terminologia a caracterização da idéia de portal é
explicada por White (...) apud Dias (2001) “como uma ferramenta que provê, aos
usuários de negócios, uma única interface web às informações corporativas
espalhadas pela empresa.”
Shilakes & Tylman (1998) apud Dias (2001) ampliam a definição de Portais
Corporativos sob o prisma de uniformização do acesso a informação,
60
“(...) White define o EIP como uma ferramenta que provê, aos
usuários de negócios, uma única interface web às informações
corporativas espalhadas pela empresa. Dentro desse conceito mais
genérico, White ressalta as duas funções mencionadas
anteriormente, subdividindo os EIPs em duas categorias : "EIP para
processamento de decisões" e "EIP para processamento cooperativo"
(...) o EIP para processamento de decisões auxilia executivos,
gerentes e analistas de negócios no acesso às informações
necessárias para a tomada de decisões de negócios, enquanto o EIP
para processamento cooperativo organiza e compartilha informações
de grupos de trabalho, tais como mensagens de correio eletrônico,
relatórios, memorandos, atas de reunião etc.” (DIAS, 2001)
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PORTAL CORPORATIVO
Conexão Educação
Qualidade de Ensino
Informações Corporativas
Processo Educativo
Frequência
Sobre o Processamento Coorporativo
Ocorrências
aluno Módulo Escola
Observações
Merenda
Sobre a
Prestação de Contas
escola
Processamento de Decisões
Transporte Escolar
Módulo Escola
Movimentação
Alocação Docente
Ferramentas de
inteligência de negócios.
Processamento de Decisões
Gestão de conteúdo.
Módulo Escola
Gestão de dados e
informações.
SEEDUC
Organiza e compartilha
Escolas
informações
Sociedade
FIGURA IV.4 INFORMAÇÃO EM UM PORTAL CORPORATIVO – ESQUEMA ADAPTADO DE
WHITE (1999), DIAS (2001) E RESOLUÇÃO SEEDUC Nº 4455/2010
63
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
JUNIOR, Walter Teixeira Lima. O uso dos Sistemas de Suporte à Decisão (SSD)
visando à melhora da qualidade do conteúdo jornalístico. Porto Alegre, Revista
FAMECOS, nº 38, 2009, disponível em
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/viewFile/5304/3
874> acesso em 21 de abril de 2010.
MACEDO, Tonia Marta Barbosa (1999). Redes informais nas organizações: a co-
gestão do conhecimento. Comunicação (Especialização) INT/UFRJ/IBICT, disponível
em <http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/download/332/297> acesso em 21 de
abril de 2010.
67
SILVÉRIO, Valter Roberto. Evolução e contexto atual das Políticas Públicas no Brasil:
educação, desigualdade e reconhecimento, in PAULA, Marilene de & HERINGER,
Rosana (org.). Caminhos Convergentes: Estado e Sociedade na superação das
desigualdades raciais no Brasil. Rio de Janeiro: Heinrich Böll Stiftung, disponível em
<http://www.boell-
latinoamerica.org/downloads/caminhos_convergentes_01_valter_(2).pdf> acesso em
21 de abril de 2010.