Cartilha Virtual 02 - Situação Dos Recursos Hídricos No Brasil

1
2
3
Ficha Técnica
Esse material foi remodelado do curso “Água em Curso -

Multiplicadores”, oferecido pela Agência Nacional de Águas e
Saneamento Básico (ANA).
Coordenação do Curso EaD Água como elemento

Interdisciplinar do Ensino nas Escolas
Tadeu Fabricio Malheiros
Coordenação, acompanhamento e elaboração

Tadeu Fabricio Malheiros
Anézia Maria Fonsêca Barbosa
Gustavo Macedo de Mello Baptista
José Eduardo Martinelli Filho
Joselisa Maria Chaves
Kátia Viana Cavalcante
Felipe Fontana
Helena Midori Kashiwagi
Valéria Sandra de Oliveira Costa
4
Equipe Editorial
Organização e Edição
Aldrei Jesus Galhardo Batista
Ariane Baffa Lourenço
Carolina Bednarek Sobral
Daniela Alessandra Krëmpi
Gérsica Moraes Nogueira da Silva
Paula Penedo Pontes de Carvalho
Revisão de Textos
Aldrei Jesus Galhardo Batista
Ariane Baffa Lourenço
Carolina Bednarek Sobral
Gérsica Moraes Nogueira da Silva
Paula Penedo Pontes de Carvalho
Edição de imagens e Diagramação

Daniela Alessandra Krëmpi
5
Parceiros Institucionais
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico – ANA
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –
CAPES
Programa de Pós-Graduação em Rede Nacional para Ensino das
Ciências Ambientais – PROFCIAMB
Ilustrações
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico – ANA
Freepik Company projects
Ícones gratuitos icons8
Como citar está cartilha (ABNT):

PROFCIAMB - Programa de Pós-Graduação em Rede Nacional para
Ensino das Ciências Ambientais. Situação dos Recursos Hídricos no
Brasil. Módulo II . [material didático do Curso de Extensão Água
como Elemento Interdisciplinar do Ensino nas Escolas. 3ª Edição].
São Carlos/SP: PROFCIAMB; 2021.
DOI: https://doi.org/10.6084 / m9.figshare.16638478
6
Entenda os ícones
ALERTA: faz uma chamada ao leitor

sobre um assunto.
VÍDEO: indica a apresentação de um

link para um vídeo sobre um tema
importante.
NOTÍCIAS: aponta para uma sugestão

de reportagem de jornal.
ÁUDIO: apresenta um link com áudio

com informações relevantes ao tema
tratado.
REFLITA: convida o leitor para refletir

sobre um tema ou assunto importante.
INTERATIVIDADE: aponta recursos

disponíveis na internet que auxiliam na
compreensão do conteúdo da disciplina.
QUESTIONAMENTO: levanta
questionamento sobre algum tema
relevante e convida o leitor a pensar sobre
o assunto.
7
Antes de começar...
8
– Olá Alunos!!!
Já identificamos alguns usos da água no nosso dia a dia.
No Módulo II, além de vermos outros usos da água,

falaremos sobre eventos críticos: os desafios da
MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

gestão das águas nas diferentes regiões do país.
Ainda, conheceremos um pouco a perspectiva de
cada setor usuário e os conflitos pelo uso da água.
– É um prazer reencontrá-los no Módulo II!
I
– Reflitam e registrem em seus diários o que
significa formar cidadãos para lidar com processos
coletivos de tomada de decisão comunitária. Em sua
atuação educativa, você propicia algum tipo de
aprendizado para tomada de decisão coletiva?
Em um processo coletivo de decisão são necessárias habilidades e

atitudes específicas, a exemplo de saber e querer ouvir, saber e
querer apresentar suas propostas, ter disposição para abrir mão de
parte das suas ideias e aceitar a ideia dos outros, dentre outros
aspectos. Você consegue pensar em outros exemplos de habilidades
e atitudes? Em sua atuação, você propicia momentos em que os
jovens possam desenvolver essas habilidades ou atitudes? Ao final
desse Módulo, retomaremos esses questionamentos relacionados
aos processos coletivos.
– Começaremos a perceber que a gestão das águas é um processo

coletivo. Para isso é importante que saibamos:
9
10
–- Estes também podem ser ótimos questionamentos
para serem feitos com seus grupos. Pergunte acerca
da periodicidade da falta d’água em suas
residências, além de sua qualidade; a periodicidade

de chuva em sua cidade, além de sua distribuição
em um ano; e se acreditam que chove demais, ou
não, em sua cidade.
São perguntas muito simples, para as quais não existe uma única
resposta. Elas servem como atividades introdutórias ao tema de
trabalho.
– Hoje na volta da escola, começou a chover e

rapidamente a rua ficou alagada. O ônibus teve que
mudar a sua rota.
– Você já parou para pensar nos transtornos causados

pela mudança de rota do transporte coletivo devido a
um evento extremo de precipitação? Por exemplo,
quantas pessoas não conseguem chegar a tempo em
seus compromissos devido ao alagamento de ruas?
11
– Na minha cidade há períodos do ano em que chove
muito e sofremos com as enchentes. Por outro lado,
vejo notícias que em outros lugares as pessoas

sofrem com as secas. São muitos contrastes nesse
nosso país enorme.
– Hoje na aula a Manu estava com algumas dúvidas em

relação às enchentes e secas.
Na sala de aula a Professora explicou...
– Vocês viram a chuva que acabou de cair? É

interessante observar que em alguns lugares chove
muito e em outros a seca está deixando a população
quase sem água.
12
– Professora, ouvi falar que no Brasil temos muitos
“contrastes” com relação a água. A seca é um desses
contrastes? O que é seca? O que é região árida e

semiárida? Por que tudo isso acontece?
– A seca é um fenômeno climático causado pela

falta de chuva em uma determinada região e em um
determinado período.
13
– A realidade é diferente para algumas pessoas que
precisam andar durante horas debaixo do sol...
14
– Diante de tal realidade, muitas pessoas dessa
região, migram para outros locais do país,
principalmente para o Sudeste em busca de melhores
condições de vida.
15
– Cabe destacar que nem todas essas tecnologias podem
ser utilizadas em todos os locais. Deve-se realizar uma
análise criteriosa, buscando identificar a melhor solução
com base nas peculiaridades da realidade em estudo.

Ainda, deve-se buscar minimizar a dependência por
carros-pipa e incentivar alternativas técnicas para o
abastecimento público, essencialmente em locais de
escassez hídrica. Pensando nessa busca por alternativas, convido
você a assistir comigo esta reportagem que mostra tecnologias.
Para visualizar o vídeo

“Agricultores fazem cisternas para
fugir da seca em Pernambuco”
Clique em Assista vídeo agora
– Esta tem sido uma realidade cada vez mais comum em

todo o país. Recentemente, a Região Sudeste vem
enfrentando uma grave crise hídrica. Acompanhando as
informações veiculadas na mídia é possível
compreender a gravidade do problema.
16
– Pensando na possibilidade de abordagem deste
assunto que é tão atual com seu grupo de jovens, sugiro
que você realize uma pesquisa e selecione algumas
reportagens que considere mais relevante a

respeito deste tema. Sugerimos a seguinte:
Para visualizar a Notícia

“Regiões do Sul, Sudeste e Centro-
Oeste sofrem com falta d’água”
Clique em Acessar Notícia agora
– Além das secas, a população brasileira sofre,

também, com as enchentes e alagamentos. Sua
espacialidade, em termos de ocorrência de eventos,
também é abrangente. A imagem a seguir
exemplificam que esses eventos podem ocorrer
em todo o país.
17
– Pesquise charges que possam demonstrar, de forma
lúdica, as contradições existentes, tanto pelo excesso
como pela falta d’água. Você pode usá-las com os
jovens para discutir e tratar o tema. Você pode também
pedir para que os jovens pesquisem ou produzam
charges que ilustrem, de forma divertida, esse
assunto tão sério.
A seguir, você assistirá a um vídeo que demonstra como diferentes

instituições trabalham de forma conjunta para monitorar situações
críticas e antecipar medidas que minimizem os efeitos da secas e
inundações.
18
“O que é uma Sala de Situação?”

– Você sabe informar se tem Defesa

Civil em sua cidade?
Realize uma pesquisa para saber as

funções e finalidades desse órgão.
Acesse o site do Ministério do Desenvolvimento

Regional para saber mais sobre a Defesa Civil no Brasil
e no Mundo:
https://www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/protecao-e-defesa-
civil/defesa-civil-no-brasil-e-no-mundo-1/defesa-civil-no-
brasil-e-no-mundo
– Para tornar a discussão a respeito da Defesa Civil mais

interessante em escolas, os Governos estaduais têm
desenvolvido Guias "Defesa Civil na escola", como
exemplo o “Programa Defesa Civil na Escola” de
Santa Catarina.
19
Não deixe de visitar o site e conferir os demais materiais didáticos,
aulas e atividades para seus alunos.
https://sites.google.com/view/defesacivilnaescola/materiai

s-did%C3%A1ticos
Recentemente, o Ministério do Desenvolvimento Regional junto ao

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD),
desenvolveram o Caderno Técnico "GIRD +10: Gestão Integrada
de Riscos e Desastres", uma publicação de excelência, com
abordagem intersetorial e multidisciplinar, acompanhada textos,
podcasts, animações e entrevistas com alguns dos maiores
especialistas em gestão de riscos de desastres do Brasil.
– Como multiplicador, você tem um grande desafio:

mostrar aos jovens que o Brasil sofre com os eventos
extremos originários tanto do excesso quanto da falta de
água e que a sua ocorrência, além de regular,
traz inúmeros inconvenientes à população.
Neste contexto, a Defesa Civil é o órgão que tem
competência para lidar com tais situações, o que exige
treinamento e conhecimento. Para compreender algumas
terminologias utilizadas, faça o seguinte exercício: diferencie
conceitualmente as palavras: seca, estiagem, inundações,
enchentes, enxurradas, alagamentos, situações de emergência e
estado de calamidade pública. Como referência, utilize o relatório
de conjuntura de recursos hídricos, que traz a definição desses
termos. Este exercício lhe trará maior domínio sobre o tema.
20
– Em seguida, fomente uma discussão com os jovens
e peça que reflitam sobre a ocorrência dessas
situações em seu município. Estimule a conversa
sobre o assunto em casa, com a família e amigos. É

importante que todos reconheçam a importância e
o papel da Defesa Civil e identifiquem quando ela
deve ser acionada.
– Até agora você viu que o nosso país é bastante

influenciado por eventos extremos, quer sejam
estiagens severas ou chuvas insistentes. Você
assistiu/leu reportagens em que isso se comprova.
– Façamos, então, uma reflexão. Faça registros dessas

ocorrências em seu município ou em algum município
vizinho. Quais são os problemas que você
identifica? No que essas situações são similares
aos exemplos abordados neste curso? E no que
elas divergem? Como as autoridades/população
vêm lidando com esses problemas? Você consegue
identificar a causa raiz dos problemas identificados? Você acredita
que as ações tomadas para resolução dos problemas atacam a
causa-raiz ou são somente paliativas? Neste sentido, os problemas
identificados são passiveis de solução ou requerem o exercício do
convívio, por parte da população, com a situação extrema? Estas são
somente algumas perguntas que você deve responder para fazer
21
uma correlação entre a realidade vivenciada por você e seus alunos
e os assuntos que estão sendo tratados aqui como os eventos
extremos. Esta atividade pode ser conduzida com seus jovens.
Assim como você, é bastante provável que o jovem se depare com

reportagens – escritas, em áudio ou em vídeo – que confirmem a
ocorrência destes eventos nestes locais e os prejuízos acarretados.
– É importante compreender a realidade e, em alguns

casos, identificar formas de transformá-la, sobretudo
evitando tragédias que acontecem no caso dos eventos
extremos. Por exemplo, saber que, em situações
extremas, acionar ou atender às orientações da Defesa
Civil pode ser o diferencial entre a vida e a morte. Outra
sugestão para abordar este tema é utilizar mapas e
tabelas que tratam dos conceitos de situações extremas. Use, como
referência, as informações disponíveis no relatório de conjuntura dos
recursos hídricos, elaborado pela Agência Nacional das Águas –
ANA. Acesse o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos
2019 e conheça a Biblioteca da ANA.
– Trabalhar com gráficos e mapas com dados reais é uma forma de

desenvolver outras habilidades nos alunos, como leitura e análise
desses instrumentos. No Relatório de Conjuntura dos Recursos
Hídricos no Capítulo 2 – Quantidade e Qualidade da Água, temos
mapas, tabelas e conceitos relacionados a contextualização a
respeito de eventos sobre a quantidade e anomalias das chuvas, que
ocorreram no Brasil. Lembre-se que algumas regiões estão sempre
sujeitas às situações extremas, como a seca no semiárido brasileiro.
– Sugiro também que você proponha a realização de uma pesquisa
22
detalhada, utilizando com base os sites do Observatório da chuva e
Observatório da seca. Ali os jovens encontrarão mais informações a

respeito dos eventos extremos. É claro, não esqueça você também,

de dar uma conferida no conteúdo existente.
– Para finalizar esta discussão sobre eventos extremos,

que tal propor uma atividade que resuma e sistematize
esse assunto a partir da ótica dos jovens? Essa
atividade pode servir como avaliação do que
foi aprendido até então. Pode ser a confecção
de cartazes, a produção de reportagens ou vídeos,
sempre comparando com a realidade vivida por
vocês. As mais diversas áreas de estudo possuem interface com
essa temática. Por exemplo, na área de estudo da história, você pode
abordar como historicamente ocorreu a distribuição da população
brasileira em seu território, questão da área da geografia, delineando
os principais fatores climáticos que influenciam a ocorrência destes
eventos; e, igualmente, questões da área de matemática, realizando
um estudo comparativo entre a quantidade de pessoas residentes
nas regiões do país e a disponibilidade de água em cada uma delas.
– Professora, eu li uma notícia em uma rede social

que dizia que cada região do país tem um tipo de
desafio quanto às águas.
23
24
– Sim, Manu. Veja a seguir!
25
26
– Lembra que o Brasil se destaca no cenário mundial pela
quantidade de água doce dos seus rios, com 12% do total
mundial? Apesar de ter muita água, vimos que sua
distribuição pelo território é desigual. Além disso, nos

locais em que há água em abundância, tem menos gente.
Já onde é mais populoso a disponibilidade de água é
menor.
– As regiões Norte e Centro-Oeste, com menos gente, são as que

possuem mais água.
27
– As regiões brasileiras com maior número de pessoas,
Sudeste e Nordeste, são as com menos disponibilidade
de água.
28
– Para melhor compreender esta questão, acesse o
documento “Relatório de Conjuntura dos Recursos
Hídricos 2017”, elaborado pela ANA, e observe a figura.
Esta apresenta a real disponibilidade de água associada

à Região Hidrográfica brasileira. É possível observar que
cerca de 80% do total de água que escoa pelo território
brasileiro encontra-se na região Amazônica, onde vive a
menor parte da população e a demanda de água é menor. Estima-se
que a disponibilidade hídrica superficial no Brasil seja em torno de
78.600 m3/s ou 30% da vazão média, sendo 65.617 m3/s
correspondem à contribuição da bacia Amazônica, p.31 (Relatório de
Conjuntura dos Recursos Hídricos 2017).
29
– Observe que os locais em que há maior disponibilidade
hídrica – Norte e Centro-Oeste – são os locais em que há
menor população; já os locais em que há menor
disponibilidade hídrica – Sudeste e Nordeste – são

aqueles em que a população se concentra em maior
quantidade.
- Com esta relação, pode-se identificar que há uma

maior pressão sobre os recursos hídricos das regiões em que há uma
menor disponibilidade hídrica, constituindo-se em campo fértil para o
surgimento de conflitos de uso. Nas áreas mais povoadas, a
qualidade da água tem piorado devido à poluição gerada pelo
processo de urbanização e de industrialização. Regiões altamente
povoadas e industrializadas não têm água suficiente para que haja a
depuração dos poluentes lançados e os sistemas de tratamento que
vimos não são capazes de acompanhar o ritmo da geração de
poluentes.
– Com a contaminação próxima das áreas urbanas, o

tratamento de água fica mais caro e gera a busca por
mananciais distantes que não estejam contaminados.
Você consegue perceber a diferença entre ter água

disponível e ter água de qualidade? E como será a
relação disponibilidade de água X qualidade X
concentração populacional em nosso país?
– Percebe a importância desse tema que estamos tratando? O maior

desafio da gestão de águas está centrado na garantia da
disponibilidade de água, na quantidade e qualidade necessárias para
as mais variadas atividades humanas.
30
Sendo esta temática relevante, você deve conduzir esta discussão
com os jovens, de modo a fazê-los refletir sobre a diferença

conceitual, em termos de gestão, entre quantidade e qualidade
d’água disponível. Uma prática simples para ilustrar esta diferença é
a utilização de quatro copos d’água transparentes: o primeiro cheio,
com água límpida; o segundo meio cheio, com a água límpida; o
terceiro cheio, com água turva; e o quarto meio cheio, com a água
turva. Inicie a conversa contando uma história aos jovens. Você
poderá contextualizá-la da forma que achar mais conveniente,
levando em consideração as características locais e a realidade dos
jovens com os quais você trabalha.
O importante dessa prática é instigá-los à tomada de decisão. Se

você estivesse com muita sede, qual dos copos escolheria para
beber a água? Se você precisasse lavar as mãos, qual dos copos
escolheria para utilizar a água? Mas, e se você precisasse beber
água e lavar as mãos, como faria?
Essa prática não possui um resultado ou uma resposta padrão. Você

será um mediador da situação, uma vez que o intuito da atividade é,
efetivamente, a reflexão dos jovens a respeito deste tema.
Mas como saber se a água de determinado recurso hídrico está de

acordo com o uso do que se pretende dar a ela? Foi pensando nisto
e baseando-se na Lei Federal nº 9.433/1997 – conhecida como Lei
das Águas – que a Resolução Conama nº 357/2005 foi aprovada.
Elaborada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA),
órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio
Ambiente (SISNAMA), essa Resolução classifica os corpos d’água
31
superficiais do Brasil em classes de qualidade, estabelecidas em
função dos usos preponderantes.
– As águas doces podem ser enquadradas em 5 classes de

qualidade; essas classes correspondem à qualidade que

se deseja ter em um corpo d’água considerando o uso
predominante previsto, conforme você pode visualizar.
Panorama do Enquadramento dos Corpos d’água:
– Observe que, quanto mais exigentes forem os usos que

se pretende dar à água, maior deve ser a sua qualidade.
De forma análoga, quanto menos exigentes forem os
usos, menor poderá ser sua qualidade. Classes mais
restritivas permitem usos que necessitam contato com a
água e ainda são relevantes para a conservação e
manutenção dos ecossistemas.
32
– Já para os usos menos restritivos não há
necessidade de contato com o recurso hídrico, como
é o caso da navegação. É importante destacar que
usos menos exigentes podem utilizar recursos hídricos

de melhor qualidade, ou seja, de classes mais
elevadas, desde que não interfiram e/ou
comprometam a qualidade da água. Para saber
mais sobre os diferentes usos da água e sua relação com a
classificação dos corpos hídricos, veja a figura abaixo. Caso você
queira conhecer mais sobe o assunto, sugerimos que acesse o
material “Planos de Recursos Hídricos e Enquadramento dos
Corpos de Água – Volume 5”. Voltaremos a abordar este assunto
no decorrer do curso.
33
34
35
– Nestas condições, como atender a elevada demanda
por água das cidades, com boa qualidade, se são estes
os mesmos centros urbanos responsáveis pela
degradação dos recursos hídricos? Adicionalmente

aos efeitos causados pela falta de tratamento dos
esgotos domésticos, temos a contaminação dos
recursos hídricos pela disposição inadequada da água,
que causam transtornos, especialmente em baixadas, devido ao
entupimento da rede de micro drenagem, e o negativo impacto
paisagístico na rede de macrodrenagem, além do comprometimento
do ecossistema.
36
“Obras do Água Viva mudam rotina de
moradores de avenida em Uberaba”
–- De forma a exemplificar os impactos causados pelos

resíduos sólidos na água, sugiro a você a leitura da
reportagem do link abaixo.
37
“Nível da água baixa e deixa trecho com
toneladas de lixo às margens do Rio Tietê
no interior de SP”
38
– A charge abaixo também ilustra como é a poluição da água de um
rio.

http://www.arionaurocartuns.com.br/2016/04/charge-
poluicao-do-rio.html
– Você já viu ou convive com algum curso d’água que

esteja tomado por lixo (resíduo sólido) em suas
margens? Na sua percepção, qual o motivo que levou
a esta situação? Você acredita que atualmente existam
medidas para minimizar esta situação? Em caso
afirmativo, elas estão funcionando? Para chamar a
atenção dos jovens a respeito da relação existente
entre descarte de resíduos sólidos e poluição das águas, sugiro que
39
você utilize o vídeo a seguir, do Instituto Akatu, da série Consciente
Coletivo.

“Consciente Coletivo 06/10 -
Resíduos”
– Vamos assistir ao vídeo "Caudal Volumoso" que

demonstra os efeitos da urbanização próxima ao Rio
Tietê. Ele foi produzido pelos alunos da professora Laís
Elaine Pereira de Moraes.

“Caudal Volumoso”
40
– Gostou do vídeo?

Reflita um pouquinho sobre o que assistiu e escreva
em seu diário.
41
– Assim como a professora Laís, você pode e deve
incentivar a utilização de vídeos como ferramenta
didático-pedagógica. Você pode dividir os jovens em
pequenos grupos, em que cada qual se torna

responsável pela produção de um vídeo sobre o
tema água. Podem ser vídeos com caráter
educativo, técnico, investigado ou até mesmo de
denúncia. Nesta atividade, caberá ao grupo não somente estudar o
conteúdo relativo ao tema, mas também escolher os locais de
filmagem; quais pessoas serão entrevistadas; elaborar o roteiro e as
narrativas; quais os meios de comunicação por meio dos quais será
dada publicidade ao vídeo, dentre outros. Incentive os alunos a
utilizarem suas redes sociais tanto para elaborar, quanto para
publicar o resultado do exercício, além de avaliar a repercussão
deste. Esta atividade poderá, inclusive, ser utilizada para avaliar os
jovens, no caso do ensino formal, substituindo a elaboração de um
trabalho ou até mesmo uma prova.
Oriente seus jovens a respeito dos procedimentos que devem ser

tomados para realização desta atividade. Caso haja necessidade de
adentrar espaços privados, oriente-os a obter autorização do
responsável. Em caso de entrevistas, os entrevistados deverão
assinar documento de que estão cientes da finalidade da atividade.
Em caso de utilização de reportagens, oriente-os a mencionar a
fonte, evitando configurar-se plágio.
Para saber mais informações a respeito da produção de vídeos com

finalidade educacional, veja o material no link:
42
http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/10/0
3/972423/11-motivos-usar-videos-emsala-aula.html
43
– Manu, o que acha de irmos para o sítio no final de
semana?
Para chegar ao sítio de Rafa, Manu teve que pegar

uma balsa. Nesta balsa, além das pessoas, percebeu
que havia muitos produtos sendo transportados,
inclusive fertilizantes.
– Eu nunca tinha usado a balsa antes como meio de

transporte.
– E você, já utilizou transporte aquaviário? Embora

nosso país possua uma malha hídrica bastante densa, e
muitos dos nossos rios sejam navegáveis, este modal é
pouco explorado no Brasil.
– O Rafa estava esperando a Manu no porto fluvial

próximo ao seu sítio. Mas antes de ver como foi o
encontro dos dois, você sabe o que é um porto fluvial?
44
– Você sabia que as águas são utilizadas há muito
tempo como vias de circulação? O transporte
aquaviário permite o fluxo de mercadorias,
principalmente aquelas muito pesadas ou
volumosas.
45
No caso da Bacia Amazônica, o transporte aquaviário de mercadoria
manufaturada é bastante praticado, assim como de madeiras da
região.
Além disso, a navegação fluvial é feita também de forma

internacional, ligando diversos portos brasileiros no Amazonas, Pará,
Amapá, Roraima a portos no Peru e Colômbia.
– Você tinha conhecimento de que o transporte

aquaviário poderia ser tão relevante para algumas
regiões do país?
46
O transporte aquaviário de mercadorias e passageiros por barcos,
navios ou balsas é um meio de transporte pouco valorizado no
Brasil.

Esse transporte pode ser uma boa alternativa sob o ponto de vista
econômico.
47
Porém, para que este meio seja utilizado, a água não pode conter
substâncias agressivas à estrutura das embarcações e/ou que
promovam a proliferação excessiva de vegetação, causando
problemas à navegação.
48
– Existem três tipos de perturbações ambientais que
podem ser causadas por embarcações: as de natureza
química, as de natureza física e as de natureza
biológica. As perturbações de natureza química são

comumente causadas pelo derramamento de
substância ou compostos químicos nas águas. Já as
perturbações de natureza biológica estão
relacionadas à introdução de um invasor em determinado
ecossistema. Por fim, as perturbações de natureza física estão
relacionadas à formação de turbulência, causada pelas hélices e
rotores de barcos. Para você entender melhor esta questão,
selecionamos duas reportagem, que tratam, respectivamente, do
desastre com o Navio Exxon Valdez (perturbação química) e a
introdução do mexilhão dourado nas bacias hidrográficas brasileiras
(perturbação biológica).

“O desastre ecológico do
superpetroleiro Exxon Valdez”

“A praga do mexilhão dourado no
Brasil e na Rio + 20”
49
– Registre em seu diário: esse conteúdo seria interessante
de ser tratado com seu grupo de jovens? Se sim, você tem
alguma ideia de como usar esses materiais?
50
–.. Voltando ao curso dos jovens, lá no sítio do Rafa...

– Uau! Quantas hortaliças a família do Rafa tem
plantadas no sítio!
Ei, Rafa, para que servem aqueles negócios grandes

que estão em cima das plantas?
51
– Aquilo é um pivô, serve para irrigar.

– Será que não tem água vazando em algum lugar?
52
– Você deve lembrar, pois já comentamos aqui, que o setor
agrícola é responsável pela maior parte do consumo de água
no país. Considerando que o Brasil é um dos países com maior
área potencial para irrigação, segundo a Organização das
Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, é visível
a necessidade de melhor planejarmos os usos de nossas
águas, de forma que todas as necessidades sejam atendidas, tanto
em volume quanto em qualidade.
Fonte: FAO. FAO's Information System on Water and

Agriculture - AQUASTAT. Disponível em:
http://www.fao.org/nr/water/aquastat/main/index.stm
53
– Vamos refletir a respeito desta situação. Quais são as
implicações sociais, econômicas e ambientais do uso
não planejado dos recursos hídricos,
especificamente no que tange ao setor de agricultura?

Registre suas ideias no diário.
– Assim, é razoável pensarmos em formas de minimizar

o consumo de água na agricultura, preservando os
recursos hídricos e, igualmente, atendendo ás
necessidades e demandas do setor. Para tanto,
existem diferentes métodos de irrigação, classificados
de acordo com a forma de aplicação de água na
lavoura.
A escolha do método de irrigação dependerá de inúmeros fatores,

tais como aspectos socioeconômicos e ambientes, além da
disponibilidade e qualidade da água a ser utilizada. Por meio destes
métodos, é possível diminuir a quantidade de água utilizada na
irrigação sem comprometer a qualidade do produto final, gerando
mais eficiência, crescimento econômico e preservação ambiental
(ANA, 2013).
– Para trabalhar este tema, promova um momento de

reflexão, em que você pode escrever algumas frases
em papéis, para que sejam sorteados por duplas de
jovens. A seguir, sugiro algumas frases para serem
discutidas no encontro.
54
55
◙
◙
Algumas invenções possíveis
são: o controle do volume de
água utilizado no processo de
irrigação, uso e manutenção
adequados dos equipamentos de
irrigação e introdução de técnicas
de tratamento e reuso de água.
56
Manu e Rafa foram passear pelo sítio e no trajeto pararam em uma
pequena nascente para tomar água.

– Aqui existiam muitas árvores, que davam sombra
e frutos
Rafa sabia que antigamente a nascente era tão grande que dava para
tomar banho, coisa que o pai dele fazia quando era jovem.
57
– E o que aconteceu para que este lugar ficasse
assim? Onde estão as árvores?
– Meu avô retirou as árvores para fazer o pasto para

o gado. O nosso vizinho falou que esse foi o motivo para
a diminuição da quantidade de água. Inclusive, o
vizinho falou que meu pai teria que replantar em torno
da nascente e ele está fazendo isso.
58
– As matas ciliares têm influência sobre a vazão,
qualidade e equilíbrio térmico da água e manutenção da
estrutura física do solo. Além disso, a vegetação reduz a
entrada de sedimentos e matéria orgânica nos cursos
d'água, evitando também o assoreamento dos rios,
lagos e represas.
– Para verificar o entendimento da turma com

relação à importância das matas ciliares, você pode,
inicialmente, apresentar duas imagens. A primeira
referente ao recurso hídrico que possua a mata
ciliar preservada, e a segunda com um recurso
sem vegetação alguma, em que a totalidade de
sua mata ciliar tenha sido desmatada.
59
A Atividade a seguir é uma sugestão
para ser aplicada em sala de Aula,
portanto NÃO será avaliada pelo Tutor.
60
61
– Outra função importante da mata ciliar é como
corredor ecológico, que facilita o deslocamento dos
animais entre os fragmentos de florestas. E por que a
vegetação é tão importante assim? Vamos entender
melhor?
62
– Você sabia que existe uma lei que estabelece diretrizes
para a conservação das matas ciliares? É o Código
Florestal, que foi instituído ainda no ano de 1965! Depois,
passou por uma revisão, e no ano de 2012 foi
publicada a Lei Federal nº 12651, conhecida como o
Novo Código Florestal. Você pode acessar a lei
através deste link:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12651.htm
63
– Para saber mais sobre as exigências contidas nessa
lei, você pode acessar o material do “Gibi – Novo
Código Florestal”, que foi publicado pelo Ministério

Público do Estado da Bahia:
– Para abordar esse conteúdo em uma atividade,

você pode iniciar apresentando uma matéria
jornalística para a turma, por exemplo, a
apresentada no link a seguir:

“Bacia do Paraíba do Sul precisa ser
restaurada”
64
A partir desta leitura, faça o exercício de identificar
termos novos para seus alunos. Talvez, entre os
apontamentos, surgirá termos como “pagamento
por serviços ambientais” e “comitê de bacia

hidrográfica”. Ao longo do curso parte deles será
tratada. Aqueles que por acaso não forem tratados,
sugere-se uma pesquisa na internet. Então, para
entender o que é o pagamento por serviço ambiental – PSA –
proponha que a turma assista ao vídeo que apresenta o “Programa
Produtor de Água”. E assista a reportagem “Dia Mundial da Água
2010”.

“ANA e o Programa
Produtor de Água”

“Dia Mundial da Água | National
Geographic”
65
A partir da reportagem e do vídeo assistido, reforce a importância do
engajamento de todos em ações que minimizem os impactos sobre
as áreas de preservação que são importantíssimas para o
abastecimento dos lençóis freáticos. Chame a atenção da turma para

os investimentos que estão relacionados à recuperação de áreas
desmatadas e proponha realizar uma “tempestade de ideias”, para
indicar os custos evitados no caso de não haver necessidade de fazer
essa recuperação. A tempestade de ideias, também conhecida pelo
termo brainstorming, consiste em uma dinâmica de grupo utilizada
para encontrar soluções e desenvolver novas ideias e projetos.
Nessa dinâmica, deve-se estimular o pensamento criativo do grupo
de pessoas, incentivando que seja manifestado todo e qualquer
ponto de vista relacionado ao assunto tratado. Para realizar a
tempestade de ideias com a turma de jovens, vou dar
algumas dicas:
• Defina o tempo para esta atividade, a partir da

disponibilidade do grupo e tendo em vista o tempo
inicial para o esclarecimento da condução da
atividade e o tempo após atividade, para a
consolidação das ideias obtidas durante a dinâmica;
• Não censure qualquer manifestação. A ideia desta dinâmica é

possibilitar que o processo criativo flua naturalmente, de forma que
todos se sintam à vontade para contribuir;
• Não esqueça de registrar as manifestações. Você pode

registrar em vídeo (conforme disponibilidade de ferramentas), o áudio
da conversa, apenas documentar com papel e caneta ou lousa e giz.
66
- Em uma segunda tempestade de ideias, liste com os alunos,
"quanto custa não recuperar" as matas ciliares e áreas de
preservação ambiental. O custo aqui não se refere a dinheiro, mas
sim a quais são as implicações por não recuperar as áreas que

permitem que a água volte aos lençóis freáticos. São exemplos de
"quanto custa não recuperar":
▪ Problemas econômicos na produção de alimentos;

▪ Falta de água para abastecimento, o que implica diretamente
no consumo e higiene;
▪ Problemas para a produção de bens de consumo;
▪ Ausência de biodiversidade (vegetal e animal), entre outros.
Ainda como proposta de atividade, você pode oferecer à turma uma

cópia do seguinte texto: Carta escrita em 2070, extraída da Revista
biográfica "Crônicas de los Tiempos" de abril 2002.
“Carta”
"Estamos no ano de 2070, acabo de completar
os 50,mas a minha aparência é de alguém de
85. Tenho sérios problemas renais porque
bebo muito pouca água. Creio que me resta
pouco tempo.
Hoje, sou uma das pessoas mais idosas nesta

sociedade. Recordo quando tinha 5 anos.
67
Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores
nos parques, as casas tinham bonitos jardins
e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro

com cerca de uma hora. Agora usamos
toalhas em azeite mineral para limpar a pele.
Antes, todas as mulheres mostravam a sua
formosa cabeleira. Agora, devemos raspar a
cabeça para manter limpa sem água. Antes, o
meu pai lavava o carro com a água que saía
de mangueira. Hoje, os meninos não
acreditam que a água se utiliza dessa forma.
Recordo que havia muitos anúncios que
diziam Cuide da Água, só que ninguém ligava;
pensávamos que a água jamais se podia
terminar. Agora, todos os rios, barragens,
lagoas e mantos aquíferos estão
irreversivelmente contaminados ou esgotados.
Antes, a quantidade de água indicada como

ideal para beber era de 8 copos por dia para
68
uma pessoa adulta.
Hoje, só posso beber meio copo. A roupa é

descartável, o que aumenta grandemente a

quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar
os poços sépticos (fossas), como no século
passado, porque as redes de esgoto não se
usam por falta de água.
A aparência da população é horrorosa; corpos

desfalecidos, enrugados pela desidratação,
cheios de chagas na pele pelos raios
ultravioletas que já não têm a capa de ozônio
que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos
constituem a paisagem que nos rodeia por
todos os lados.
As infecções gastrintestinais, enfermidades da

pele e das vias urinárias são as principais
causas de morte. A indústria está paralisada e
o desemprego é dramático. As fábricas
dessalinizadoras são a principal fonte de em-
69
prego e pagam-te com água potável em vez de
salário. Os assaltos por um bidão de água são
comuns nas ruas desertas. A comida é 80%

sintética. Pela ressiquidade da pele, uma
jovem de 20 anos está como se tivesse 40.
Os cientistas investigam, mas não há solução

possível. Não se pode fabricar água, o
oxigênio também está degradado por falta de
árvores, o que diminuiu o coeficiente
intelectual das novas gerações. Alterou-se a
morfologia dos espermatozoides de muitos
indivíduos. Como consequência, há muitos
meninos com insuficiência, mutações e
deformações.
O governo até nos cobra pelo ar que

respiramos, 137 m3 por dia por habitante e
adulto.
A gente que não pode pagar é retirada das “zo-
70
nas ventiladas", que estão dotadas de
gigantescos pulmões mecânicos que
funcionam com energia solar. Não são de boa

qualidade, mas pode-se respirar. A idade
média é de 35 anos.
Em alguns países, ficaram manchas de

vegetação com o seu respectivos rios que são
fortemente vigiadas pelo exército, a água
tornou-se um tesouro muito cobiçado, mais do
que o ouro e os diamantes. Aqui, em troca,
não há árvores porque quase nunca chove, e
quando chega a se registrar precipitação, é de
chuva ácida; as estações do ano têm sido
severamente transformadas pelas provas
atômicas e da indústria contaminante do
século XX. Advertia-se que havia que cuidar
do meio ambiente e ninguém fez caso.
Quando a minha filha me pede que eu fale de
quando era jovem, descrevo o bonito que eram
71
os bosques, falo da chuva das flores, do
agradável que era tomar banho e poder pescar

nos rios e barragens, beber toda água que
quisesse, o saudável que era a gente.
Ela pergunta-me:
– Papai ! Por que se acabou a água?
Então, sinto um nó na garganta; não posso

deixar de sentir-me culpado, porque pertenço
à geração que terminou destruindo o meio

ambiente ou simplesmente não tomou em conta
tantos avisos.
Agora os nossos filhos pagam um preço alto e

,sinceramente, creio que a vida na terra já não
será possível dentro de muito pouco porque a
destruição do meio ambiente chegou a um
ponto irreversível. Como gostaria de voltar atrás
e fazer com que toda a humanidade
compreendesse isso quando ainda podia fazer
algo para salvar o nosso planeta terra!"
72
– Depois de ler o texto, pergunte aos jovens sobre o que
eles sentiram com a leitura. É importante dar tempo
para que os alunos expressem seus sentimentos.
Uma forma de fazer isso é propor que cada um

faça uma leitura individual e depois registre na
forma de desenho, texto, palavras, mímicas etc., o
seu sentimento. Só depois do registro, inicie uma
conversa em grupo, em que eles possam expressar o que sentiram
e discutir se acham que isso pode ou não acontecer. Depois, pode
se retomar a discussão anterior em que eles diziam o "quanto custa
não recuperar" as áreas degradadas, as nascentes, matas ciliares.
Será que agora eles avaliam que os custos ou as implicações
são maiores do que se imaginava inicialmente?
73
Continuando no curso dos jovens, voltando ao sítio do Rafa...
Manu e Rafa continuam o passeio pelo sítio...

– E esses bichinhos pequenos?
Fonte:
https://jornalagricola.wordpress.com/2012/01/22/co
ntrole-natural-de-praga-parte-1/
74
– São pragas, mas o meu pai está com medo de usar
agrotóxicos e prejudicar ainda mais a nascente. Por isso,
entrou em contato com o técnico agrícola para orientar

o uso desses defensivos. Estamos esperando por ele.
- E você sabe por que o pai do Rafa está preocupado

com os defensivos?
75
Para estabelecer uma relação entre os conceitos e a
realidade, proponha que a turma confeccione um mapa
do município. Você pode disponibilizar
cartolinas, papel pardo e pincéis atômicos ou o
que tiver disponível. Para facilitar, eles podem iniciar
o desenho pela área central e localizar os bairros
conforme o conhecimento da turma.
76
Conduza a confecção do mapa, de forma que sejam
identificados bairros suficientes em todas as direções
da área central, não havendo necessidade de
explicar todos os bairros. Outra atividade é uma

pesquisa sobre em que bacia hidrográfica o
município, ou a área mapeada, estão inseridos.
Geralmente, essas informações são encontradas nos
sites das Secretarias Municipais e Estaduais de Meio Ambiente ou
ainda das empresas responsáveis pelos serviços relacionados ao
abastecimento de água.
A partir do mapa do município e das bacias hidrográficas, você pode

iniciar um diálogo direto com a turma de jovens, questionando e
incluindo no mapa os usos que eles reconhecem na bacia
hidrográfica identificada. Lembrando que os usos da água podem ser
para abastecimento humano, irrigação, indústria, pesca, navegação,
lazer e turismo, além da perspectiva do ecossistema aquático. A
partir do mapa construído, você pode propor que os alunos, em
grupos, construam maquetes, considerando a bacia hidrográfica com
áreas preservadas, com matas ciliares e áreas sem mata ciliar, e com
conflitos de usos do solo. Após a construção, relacione os problemas
apontados pela turma na atividade anterior (sobre as consequências
da ausência de mata ciliar), na bacia hidrográfica que não possui
vegetação. A percepção pode ser favorecida com a promoção de um
fluxo real da água escoando sobre a bacia.
77
- Estas substâncias se acumulam em plantas e animais,
podendo intoxicá-los e, dependendo da quantidade no
ambiente e dos organismos que se acumulam, podem
ser transferidas a outros organismos por meio da cadeia
alimentar, possibilitando chegar até nós, seres
humanos. Além disso, o uso inadequado de
defensivos na agricultura pode atingir águas
subterrâneas, comprometendo essas reservas.
78
– Nossa é verdade, Rafa! Utilizamos água em
praticamente tudo.
– São muitos os usos da água e esses podem gerar

alguns conflitos. Por exemplo, o vizinho lá de cima há
pouco tempo construiu no rio que passa na fazenda dele
uma barragem e não falou com ninguém. Depois de
alguns dias, todos os sítios que dependiam daquele rio
estavam quase sem água. Daí, houve uma reunião com
todos os vizinhos envolvidos para chegarem a um acordo. O vizinho
que havia represado parte da água do rio pediu desculpas, pois não
pensou que iria prejudicar tanta gente. E tem mais, Manu. Nesta
reunião fomos informados de que para alguns usos da água é
necessário termos uma autorização do poder público.
79
– Sobre as autorizações. Por exemplo: quando se
tratar de rios federais, deve a autorização ser
solicitada à Agência Nacional de Águas e

Saneamento Básico; quando se tratar de rios
estaduais, compete aos órgãos estaduais de recursos
hídricos.
Para ouvir o áudio

“Água é Vida produzido pela
Agência Nacional de Águas”
Clique em Ouça áudio agora
– Depois de ter visto esse vídeo e a conversa do Rafa

com a Manu, você sabe dizer quais são as causas
e consequências dos conflitos pela água? Quando
temos demanda maior que a oferta há escassez de
água, aí surgem os conflitos para sua apropriação,
principalmente em padrões de qualidade adequados.
Os interesses sobre os usos da água são muito
distintos e condicionam um olhar particular do interessado, o que
pode ser fonte de conflitos. Veja mais sobre essa questão do conflito.
80
– Assim, em uma bacia hidrográfica, a diversidade de

interesses em relação ao uso da água, a distribuição
desigual e o uso inadequado têm gerado conflitos e
ameaçado a garantia desse recurso para as gerações
presentes e futuras.
81
– Reverter esse quadro e estabelecer acordos entre os
múltiplos usos demanda esforços que permitam a
conciliação dos diferentes interesses e a construção
coletiva das soluções.

– A utilização dos
recursos naturais requer a
participação, o comprometimento
e a contribuição de todos. Todos
devem participar e debater os
assuntos de interesse comum,
referentes à água, em um
parlamento, ou seja, em um comitê de bacia hidrográfica.
- Vamos ver um vídeo que resume várias assuntosque já tratamos?

“Comitê de Bacia Hidrográfica”
82
– Como vimos, alguns conflitos podem ser gerados
pelo uso da água. Isso nos faz compreender melhor
a necessidade de uma gestão integrada e

participativa da água, pois só assim será possível
preservar e garantir sua qualidade e disponibilidade
para todos.
– Você sabe se existe um comitê de bacia

hidrográfica atuante na região em que você
mora? É possível verificar essa informação no
site Comitês de Bacias hidrográficas - CBH:
http://www.cbh.gov.br/
Nesse site você encontra diversas informações sobre as bacias

hidrográficas do país e seus comitês, e ainda pode verificar as datas
previstas para reuniões de comitês e planejar sua participação em
uma dessas reuniões. O CBH é a instância em que se tomam
decisões coletivas a partir de conflitos existentes pelo uso da água.
Agora é possível fazer uma conexão com um assunto que tratamos
no começo deste Módulo: as habilidades e atitudes necessárias para
formar cidadãos capazes de tomar decisão de formar coletiva.
Convido você, educador, a refletir um pouco mais sobre esse assunto
fazendo a leitura do texto "Construção Coletiva" que consta no
material de apoio.
83
Registre em seu diário suas reflexões sobre esse texto, levando em
conta:
• A relação entre indivíduos e coletivos;
• Construção coletiva como um processo ou determinismo

histórico;
• Seres humanos são capazes de transformar a realidade?
• Construção coletiva é sinônimo de homogeneização?
• Para a construção de uma sociedade justa e fraterna, quais os

valores que precisam ser cultivados?
• Construção coletiva X tomada de decisão;
• Por fim, você enquanto educador contribui para formar

cidadãos capazes de atuar em processos de decisão coletiva?
– Para que a turma de jovens possa vivenciar um

processo de decisão coletiva, é possível abordar um
conflito simples, por exemplo, a alteração de horário
ou local de realização dos encontros da turma.
Geralmente, devido a diferente disponibilidade de
horários e transporte entre os integrantes de um
mesmo grupo, a alteração imprevista pode gerar
conflitos. Por fim, incentive que a turma sugira como poderia ser
resolvido este conflito, de forma a adequar a proposta às
possibilidades de todos. Após perceber um consenso entre os
integrantes da turma, esclareça que o conflito discutido para uma
solução coletiva, de forma genérica, reflete os conflitos sobre o uso
da água. A condução de reuniões, audiências e conferências sobre
os conflitos dos usos desse recurso visa soluções para a adaptação
84
adequada aos usos, sem comprometer a disponibilidade e qualidade
da água para as demais atividades.
A Atividade a seguir é uma sugestão para

ser aplicada em sala de Aula, portanto
NÃO será avaliada pelo Tutor.
85
– Finalizada a atividade e obtido um acordo entre os
participantes da reunião, você pode promover a
reflexão dos jovens com relação à dificuldade em se
alcançar um acordo e a tomada de decisão coletiva,
tendo em vista um benefício coletivo e diversas
opiniões e interesses.
– Vale lembrar que a gestão das águas passa pela

construção de soluções coletivas para o uso dos
recursos hídricos contemplando os diferentes
interesses dos usuários da água. E também deve
considerar os instrumentos existentes como planos,
leis e zoneamentos.
86
No curso específico para Multiplicadores vimos:
• Habilidades e atitudes para a formação de cidadãos capazes

de atuar de forma coletiva;

• Sugestão de atividades a serem desenvolvidos com os jovens;
e
• Os conteúdos vistos pelos jovens de forma mais aprofundada.
87
- Esta atividade pode ser aplicada à sua turma de
alunos! Você pode fazer as perguntas e levar um frasco,
do qual a água pode ser adicionada ou removida,
conforme os acertos da turma. Nos encontramos no
próximo módulo!
88
1- Quando falamos em consumo de água, umas das preocupações é a
garantia dos usos múltiplos das águas a partir da necessária
disponibilidade em padrões de qualidade adequados aos respectivos
usos.
Você consegue lembrar qual é o setor que mais consome água

no mundo?
a) Setor Industrial c) Setor Comercial

b) Setor Agrícola d) Setor de Serviços
RESPOSTA CERTA “B”: Muito bem, você acertou! Você se lembra

de que, no Brasil, é a região Centro-Oeste que se destaca neste
setor, por isso enfrenta desafios de expansão de fronteira agrícola?
RESPOSTAS ERRADAS “A”, “C” e “D”: Pense melhor! O setor que

mais consome a água no mundo é o agrícola. Você se lembra de que
no Brasil, é a região Centro-Oeste que se destaca neste setor, por
isso enfrenta desafios de expansão de fronteira agrícola?
89
2. O gerenciamento compartilhado tem como missão garantir que as
bacias hidrográficas tenham disponibilidade de água de qualidade
adequada para as atuais e futuras gerações.
Você lembra quem pode participar do gerenciamento

compartilhado de água?
a) O governo (poder público), seus amigos e você! (Sociedade

civil organizada e usuários).
b) Apenas governos (poder público).
c) Apenas o parlamento (uma parcela do poder público).
d) Apenas algumas comunidades (sociedade civil organizada).
RESPOSTA CERTA “A”: Muito bem, você acertou! O governo (poder

público), seus amigos e você, ou seja, a sociedade civil organizada e
usuários podem participar do gerenciamento compartilhado da água!
RESPOSTAS ERRADAS “B”, “C” e “D”: Pense melhor! O

gerenciamento compartilhado pode ser feito por 3 mãos: o poder
público, os usuários e a sociedade organizada, por exemplo, você!
90
3 Quais são os fatores que mais influenciam diretamente a
desigualdade de distribuição natural da água no Brasil?
a) Terremotos e número de habitantes
b) Clima e transportes
c) Clima e número de habitantes
d) Tempestades e poluição de água
RESPOSTA CERTA “C”: Muito bem, você acertou! Realmente, no

Brasil a disponibilidade de água é fortemente influenciada pelo clima
e pela concentração populacional.
RESPOSTAS ERRADAS “A”, “B” e “D”: Pense melhor! Lembre-se

que no Brasil a disponibilidade de água é fortemente influenciada
pelo clima e pela concentração populacional.
91
4. A cidade está sofrendo também com a qualidade da água. Neste
módulo falamos bastante desse tema. Entre as opções abaixo,
qual a única que não afeta negativamente a qualidade de água?
a) Conflitos de água e crescimento desordenado da cidade.

b) Uso indiscriminado de defensivos agrícolas e desmatamento.
c) Retirada das matas ciliares e clima.
d) Proteção das nascentes e investimentos em saneamento
básico.
RESPOSTA CERTA “D”: Muito bem, você acertou! A proteção

das nascentes e os investimentos em saneamento básico ajudam
a melhorar a qualidade da água.
RESPOSTAS ERRADAS “A”, “B” e “C”: Pense melhor! Não

esqueça! A proteção das nascentes e os investimentos em
saneamento básico ajudam a melhorar a qualidade da água.
92
5. Você acha que o desmatamento e a irrigação podem afetar
negativamente o ciclo natural da água?
a) Não, o desmatamento e a irrigação não afetam negativamente o

ciclo natural da água.
b) Com certeza! O desmatamento pode afetar a infiltração de
água no solo, e a irrigação pode contaminar com agrotóxicos
e fertilizantes a água que retornará ao lençol freático.
c) O desmatamento sim, ele é responsável pelo solo erodir mais
facilmente e faz com que ele se torne infértil e infiltrável. Mas a
irrigação não afeta negativamente o ciclo natural da água.
d) O desmatamento não afeta em nada o ciclo de água, mas a
irrigação, por meio de seu mal-uso, pode acarretar o desperdício e
esgotamento dos recursos hídricos.
RESPOSTA CERTA “D”: Muito bem, você acertou! O

desmatamento pode afetar a infiltração de água no solo e a
irrigação pode contaminar com agrotóxicos e fertilizantes a água
que retornará ao solo freático.
93
RESPOSTAS ERRADAS “A”, “B” e “C”: Pense melhor! Tanto
desmatamento quanto a irrigação podem afetar negativamente o
ciclo natural da água. O desmatamento pode afetar a infiltração da
água no solo e a irrigação pode contaminar com agrotóxicos e

fertilizantes a água que irá retornar ao solo freático.
94
Canal Governo do Brasil. Salas de situação. 27 de nov. de 2012.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=uHGJTPfSLZ4

Acesso em: 02 ago. de 2021.
BRASIL. Página Web da Agência Nacional de Águas e Saneamento

Básico - ANA. Conjuntura dos Recursos Hídricos. Disponível em:
http://conjuntura.ana.gov.br/ Acesso em: 17 set. de 2021
ANA - Agência Nacional de Águas. Conjuntura dos Recursos

Hídricos Brasil - 2019. ANA: Brasília - DF, 2019. Disponível em:
http://www.snirh.gov.br/portal/snirh/centrais-de-
conteudos/conjuntura-dos-recursos-
hidricos/conjuntura_informe_anual_2019-versao_web-0212-1.pdf
Acesso em: 17 set. de 2021.
BRASIL. Página Web da Agência Nacional de Águas e Saneamento

Básico - ANA. Sophia Biblioteca. Disponível em:
https://biblioteca.ana.gov.br/sophia_web/ Acesso em: 02 ago. de
2021.
ANA - Agência Nacional de Águas. Cadernos de Capacitação em

Recursos Hídricos - Planos de Recursos Hídricos e
enquadramento dos Corpos de Água - Volume 5. ANA: Brasília -
DF, 2013. Disponível em:
https://capacitacao.ana.gov.br/conhecerh/handle/ana/8 Acesso em:
17 set. de 2021.
95
G1 - GLOBO. Página Web. Nível da água baixa e deixa trecho com
toneladas de lixo às margens do Rio Tietê no interior de SP.
Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-
jundiai/noticia/2020/02/14/nivel-da-agua-baixa-e-deixa-trecho-com-

toneladas-de-lixo-as-margens-do-rio-tiete-no-interior-de-sp.ghtml
Acesso em: 17 set. de 2021.
ARIONAURO CARTUNS. Página Web. Charge Poluição do Rio.

Disponível em: http://www.arionaurocartuns.com.br/2016/04/charge-
poluicao-do-rio.html Acesso em: 02 ago. de 2021.
Canal institutoakatu. Consciente Coletivo 06/10 - Resíduos. 30 de

set. de 2010. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=5Cbijm9ucg4&list=PLV5ruH4MM
6rdgtlqhqTEoixUCJ0yEIOs7&index=7 Acesso em: 02 ago. de 2021.
Canal anagovbr. Caudal Volumoso. 7 de fev. de 2013. Disponível

em: https://www.youtube.com/watch?v=Nq-0nSKxKWQ Acesso em:
02 ago. de 2021.
G1 - GLOBO. Página Web. O desastre ecológico do

superpetroleiro Exxon Valdez, no Alasca, em 1989. Disponível
em: https://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/o-desastre-
ecologico-do-superpetroleiro-exxon-valdez-no-alasca-em-1989-
9938120 Acesso em: 02 ago. de 2021.
Canal Mayaorgbrbh. A praga do mexilhão dourado no Brasil e na

Rio + 20. 12 de jun. de 2012. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=dTODqrfyCZw Acesso em: 02
ago. de 2021.
96
FAO. Página Web. FAO's Information System on Water and
Agriculture - AQUASTAT. Disponível em:
http://www.fao.org/nr/water/aquastat/main/index.stm Acesso em: 17

set. de 2021.
BRASIL. LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012. Dispõe sobre a

proteção da vegetação nativa; altera as Leis nºs 6.938, de 31 de
agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22
de dezembro de 2006; revoga as Leis nºs 4.771, de 15 de setembro
de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória nº
2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
Disponível em: Acesso em: 02 ago. de 2021.
MINISTÉRIO PÚBLICO DA BAHIA. Novo Código Florestal - 2005.

Disponível em: https://www.mpba.mp.br/noticia/51750 Acesso em:
02 ago. de 2021.
Canal anagovbr. Programa Produtor de Água. 3 de jul. de 2014.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ATy335tjlIM
Canal National Geographic Brasil. Dia Mundial da Água | National

Geographic. 22 de mar. de 2021. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=mx8UA0JkGuc Acesso em: 17
set. de 2021.
97
Jornal Agrícola Quem Planta Colhe. Página Web. Controle Natural
de Praga (Parte 1). Disponível em:
https://jornalagricola.wordpress.com/2012/01/22/controle-natural-de-
praga-parte-1/ Acesso em: 02 ago. de 2021.

anagovbr. Comitê de Bacia Hidrográfica. 26 de mai. de 2014.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=uRzt9tv0EJU
Acesso em: 29 jul. de 2021.
ANA - Agência Nacional de Águas. Comitês de Bacia Hidrográfica.

Disponível em: https://www.ana.gov.br/aguas-no-brasil/sistema-de-
gerenciamento-de-recursos-hidricos/comites-de-bacia-hidrografica
98

Cartilha Virtual 02 - Situação Dos Recursos Hídricos No Brasil

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Cartilha Virtual 02 - Situação Dos Recursos Hídricos No Brasil

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

1

Esse material foi remodelado do curso “Água em Curso -

Coordenação do Curso EaD Água como elemento

Coordenação, acompanhamento e elaboração

Edição de imagens e Diagramação

Como citar está cartilha (ABNT):

DOI: https://doi.org/10.6084 / m9.figshare.16638478

ALERTA: faz uma chamada ao leitor

VÍDEO: indica a apresentação de um

NOTÍCIAS: aponta para uma sugestão

ÁUDIO: apresenta um link com áudio

REFLITA: convida o leitor para refletir

INTERATIVIDADE: aponta recursos

Já identificamos alguns usos da água no nosso dia a dia.

No Módulo II, além de vermos outros usos da água,

MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

– É um prazer reencontrá-los no Módulo II!

Em um processo coletivo de decisão são necessárias habilidades e

– Começaremos a perceber que a gestão das águas é um processo

MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

– Hoje na volta da escola, começou a chover e

– Você já parou para pensar nos transtornos causados

MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

– Hoje na aula a Manu estava com algumas dúvidas em

Na sala de aula a Professora explicou...

– Vocês viram a chuva que acabou de cair? É

MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

– A seca é um fenômeno climático causado pela

MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

Para visualizar o vídeo

– Esta tem sido uma realidade cada vez mais comum em

MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

Para visualizar a Notícia

– Além das secas, a população brasileira sofre,

A seguir, você assistirá a um vídeo que demonstra como diferentes

MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

– Você sabe informar se tem Defesa

Realize uma pesquisa para saber as

Acesse o site do Ministério do Desenvolvimento

– Para tornar a discussão a respeito da Defesa Civil mais

MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

Recentemente, o Ministério do Desenvolvimento Regional junto ao

– Como multiplicador, você tem um grande desafio:

MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

– Até agora você viu que o nosso país é bastante

– Façamos, então, uma reflexão. Faça registros dessas

Assim como você, é bastante provável que o jovem se depare com

MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

– É importante compreender a realidade e, em alguns

– Trabalhar com gráficos e mapas com dados reais é uma forma de

– Sugiro também que você proponha a realização de uma pesquisa

Observatório da seca. Ali os jovens encontrarão mais informações a

MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

– Para finalizar esta discussão sobre eventos extremos,

– Professora, eu li uma notícia em uma rede social

MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

– As regiões Norte e Centro-Oeste, com menos gente, são as que

MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

MÓDULO II ◘ SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

- Com esta relação, pode-se identificar que há uma

– Com a contaminação próxima das áreas urbanas, o