Você está na página 1de 3

AVALIAÇÃO

DE DESEMPENHO
ENSINO FUNDAMENTAL | 6º ANO | CADERNO 2 - LÍNGUA PORTUGUESA

ESCOLA:

NOME:

ANO: TURMA:

NÚMERO: DATA:

LÍNGUA PORTUGUESA

Leia um trecho do livro Vermelho Amargo, de Bartolomeu 2. Uma emoção predominante na narrativa do
Campos de Queirós, para responder às questões de 1 a 3: narrador-personagem do texto é:

Sem a mãe, a casa veio a ser um lugar provi- a) raiva.


sório. Uma estação com indecifrável plataforma, onde b) alegria.
espreitávamos um cargueiro para ignorado destino. c) repulsa.
Não se desata com delicadeza o nó que nos amarra d) tristeza.
à mãe. Impossível adivinhar, ao certo, a direção do
e) egoísmo.
nosso bilhete de partida. Sem poder recuar, os trilhos
corriam exatos diante de nossos corações imprecisos.
Os cômodos sombrios da casa – antes bem-aventu-
3. Releia o trecho:
“Afiando a faca no cimento frio da pia, ela cor-
rança primavera – abrigavam passageiros sem linha
tava o tomate vermelho, sanguíneo, maduro, como se
do horizonte. Se fora o lugar da mãe, hoje ventilava
degolasse cada um de nós.”
obstinado exílio. Oito. A madrasta retalhava um to-
mate em fatias, assim finas, capaz de envenenar a
As palavras em destaque estão ligadas ao
todos. Era possível entrever o arroz branco do outro
substantivo “tomate”. Elas são classificadas como:
lado do tomate, tamanha a sua transparência. Com a
saudade evaporando pelos olhos, eu insistia em justi-
a) artigos.
ficar a economia que administrava seus gestos. Afian-
do a faca no cimento frio da pia, ela cortava o tomate b) adjetivos.
vermelho, sanguíneo, maduro, como se degolasse cada c) numerais.
um de nós. Seis. d) pronomes.
QUEIRÓS, Bartolomeu C. de. Vermelho Amargo. São Paulo: Cosac Naify, e) locuções adjetivas.
2011.

1. Após a leitura, podemos dizer que este texto:

a) é escrito em estrofes e versos.


b) é considerado uma notícia de jornal.
c) é considerado uma crônica jornalística.
d) apresenta elementos verbais e não verbais.
e) faz jogos de palavra que misturam a prosa
e a poesia.

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO 1 ENSINO FUNDAMENTAL | 6º ANO | CADERNO 2 - LÍNGUA PORTUGUESA


Leia o texto para responder às questões de 4 a 9: – E quem quer saber de história?
– Imaginou o mundo?
O homem que queria eliminar a memória – Feliz, tranquilo. Só de futuro [...].
Entrou no hospital, mandou chamar o
melhor neurocirurgião. Disse que era caso Glossário:
de vida e morte. Não se sabe como, o melhor Ética – conjunto de princípios, normas e regras que devem
neurocirurgião foi atendê-lo [...]. ser seguidos para que se estabeleça um comportamento
O médico: moral exemplar.
– Sim?
– Quero me operar. Quero que o senhor tire um BRANDÃO, Ignácio de Loyola. O homem que queria eliminar a memória. In:
RAMOS, Graciliano. et al. Contos brasileiros, 1. 20. ed. São Paulo: Ática, 2011.
pedaço do meu cérebro. Para gostar de ler, v. 8. Adaptado.
– Um pedaço do cérebro? Por que vou tirar um
pedaço do seu cérebro? 4. No texto de Ignácio de Loyola Brandão, a fala dos
– Porque eu quero. personagens aparece pelo:
– Sim, mas precisa me explicar. Justificar.
– Não basta eu querer? a) discurso direto, em que a fala vem entre
– Claro que não. aspas.
– Não sou dono do meu corpo? b) discurso direto, em que a fala é marcada
– Em termos. por hífen.
– Como em termos? c) discurso indireto, em que a fala é marcada
– Bem, o senhor é e não é. Há certas coisas que por hífen.
o senhor está impedido de fazer. Ou melhor; eu
d) discurso indireto, em que a fala aparece
é que estou impedido de fazer no senhor.
pelo narrador.
– Quem impede?
– A ética, a lei. e) discurso direto, em que a fala é introduzida
– A sua ética manda também no meu corpo? por travessões.
[...]
– Olha, a gente vai ficar o dia inteiro nesta
discussão boba. E não tenho tempo a perder. 5. Com base na leitura do texto, pode-se afirmar
Por que o senhor quer cortar um pedaço do que as personagens:
cérebro?
– Quero eliminar a minha memória. a) discutem sobre uma possível operação
– Para quê? para eliminar a memória.
[...] b) conversam sobre o procedimento cirúrgico
– Não quero mais lembrar de nada. Só isso. As que será realizado.
coisas passaram, passaram. Fim! c) debatem sobre princípios éticos na
– Não é tão simples assim. Na vida diária, medicina.
o senhor precisa da memória. Para lembrar d) conversam sobre dificuldades em comum.
pequenas coisas. Ou grandes. Compromissos, e) dialogam sobre o futuro da sociedade.
encontros, coisas a pagar.
– É tudo isso que vou eliminar. Marco numa
agenda, olho ali e pronto. 6. Qual é o conflito do conto?
– Não dá para fazer isso, de qualquer modo. A
medicina não está tão adiantada assim. a) O fato de o médico se recusar a fazer
– Em lugar nenhum posso eliminar a minha cirurgias de alto risco.
memória? b) A vontade do médico de também retirar
– Que eu saiba não. um pedaço do cérebro.
– Seria muito melhor para os homens. O dia
c) O fato de a personagem principal estar
a dia. O dia de hoje para a frente. Entende o
doente e procurar um médico.
que eu quero dizer? Nenhuma lembrança ruim
ou boa, nenhuma neurose. O passado fechado, d) O fato de o médico realizar cirurgias contra
encerrado. Definitivamente bloqueado. Não a vontade dos seus pacientes.
seria engraçado? Não se lembrar sequer do que e) A vontade do paciente de remover um
se tomou no café da manhã? E para que quero pedaço do cérebro responsável pela
me lembrar do que tomei no café da manhã? memória.
– Se todo mundo fizesse isso, acabaria a
história.

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO 2 ENSINO FUNDAMENTAL | 6º ANO | CADERNO 2 - LÍNGUA PORTUGUESA


7. Releia o trecho: 9. Releia o trecho:
“– Não sou dono do meu corpo? “[...] O médico:
– Em termos. – Sim?
– Como em termos? – Quero me operar. Quero que o senhor tire um
– Bem, o senhor é e não é. Há certas coisas que pedaço do meu cérebro.
o senhor está impedido de fazer. Ou melhor; eu é que – Um pedaço do cérebro? Por que vou tirar um
estou impedido de fazer no senhor. pedaço do seu cérebro?
– Quem impede? – Porque eu quero. [...]”
– A ética (I), a lei.
– A sua ética manda também no meu corpo (II)? Sobre as palavras destacadas no trecho, pode-se
[...]” afirmar que são

a) variáveis, pois são artigos.


As palavras em destaque podem ser classificadas b) variáveis, pois são verbos.
como: c) invariáveis, pois são adjetivos.
d) invariáveis, pois são substantivos.
a) (I) substantivo concreto; (II) substantivo e) invariáveis, pois são locuções adjetivas.
comum.
b) (I) substantivo abstrato; (II)
concreto.
substantivo 10. Leia a frase:
– Se você mandar matar esta galinha, nunca mais
c) (I) substantivo concreto; (II) substantivo comerei galinha na minha vida!
abstrato.
d) (I) substantivo composto; (II) substantivo A alternativa que representa a frase acima
comum. transformada em discurso indireto, com sentido
e) (I) substantivo simples; (II) substantivo equivalente, é:
composto.
a) A menina mandou a mãe não matar a
8. Releia o trecho a seguir: galinha.
“[...] O passado fechado, encerrado. Definitiva- b) A menina disse que nunca mais comeria
mente bloqueado. Não seria engraçado? Não se lem- galinha.
brar sequer do que se tomou no café da manhã? E c) A menina pediu à mãe que não matasse a
para que quero me lembrar do que tomei no café da galinha.
manhã? [...]” d) A menina disse que, se a mãe matasse a
galinha, ela ficaria triste.
Qual palavra pode substituir a expressão em e) A menina disse para a mãe que, se ela
destaque no trecho? matasse a galinha, nunca mais comeria
galinha.
a) “noturno”.
b) “adoçado”.
c) “matutino”.
d) “com leite”.
e) sem açúcar.

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO 3 ENSINO FUNDAMENTAL | 6º ANO | CADERNO 2 - LÍNGUA PORTUGUESA

Você também pode gostar