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Apostila Ps-Colheita Ano 2019 - Atualizada
Apostila Ps-Colheita Ano 2019 - Atualizada
APONTAMENTOS E PRÁTICAS DE
FISIOLOGIA PÓS-COLHEITA DE
FRUTOS E HORTALIÇAS
1. INTRODUÇÃO
• Os fatores pré-colheita e colheita são componentes vitais no estudo
da fisiologia pós-colheita de frutos e hortaliças;
• O agronegócio de frutas e hortaliças representa em média mais de
30% do PIB nacional, gera mais de 35% de empregos e representa
mais de 40% das exportações;
• O Brasil é o décimo maior consumidor de frutas e hortaliças;
• A terceira maior potencia mundial, atrás apenas da China e da Índia;
• Frutos e hortaliças não apresentam colesterol e são fontes de
calorias. Apresentam: vitaminas, minerais, fibras e energia.
Satisfazem as exigências e apelos sensoriais (visão, paladar, olfato e
tato);
• Consumidores estão mais exigentes em produtos saudáveis, de
qualidade e com segurança alimentar;
• Os produtos vegetais são perecíveis e apresentam metabolismo ativo,
exigindo manuseio adequado;
• As perdas desde a colheita até o consumidor ainda são elevadas, em
torno de 50% para alguns produtos;
• Recursos humanos estão sendo necessários nas áreas da
bioquímica, fisiologia e tecnologia pós-colheita de frutas e hortaliças;
• Há necessidade do desenvolvimento e utilização de métodos e
técnicas específicas para muitos produtos;
• Já possuímos classificação, padronização e embalagens adequadas
para mais de 30 produtos;
• O aumento da vida útil (prolongamento da vida de prateleira) dos
produtos e manutenção da qualidade (metabolismo respiratório e
refrigeração) são os aspectos mais relevantes;
• Melhoramento genético, produtos transgênicos, resistência a
doenças e pragas, manutenção da qualidade, cadeia de
comercialização e armazenamento, são as principais áreas de
pesquisas;
• Sistema de produção integrado para favorecer o programa de
rastreabilidade (certificação de origem do produto);
• Garantir a segurança alimentar aos consumidores internos e
aumentar as exportações.
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6. MATURAÇÃO
• Etapa intermediária entre o final do desenvolvimento e o início da
senescência do fruto.
• Processo normal e irreversível podendo, entretanto ser retardado.
• É uma seqüência de mudanças na cor, “flavor” e textura, tornando
os frutos apropriados para o consumo “in natura” e/ou
industrialização.
• Principais mudanças que ocorrem durante a maturação:
Desenvolvimento das sementes
Mudanças na cor
Mudanças na taxa respiratória
Produção de etileno
Mudanças na permeabilidade dos tecidos
Mudanças na textura
Mudanças químicas nos carboidratos, ácidos orgânicos, proteínas,
fenólicos, pigmentos, pectinas, etc.
Produção de substâncias voláteis
Formação de ceras na casca.
7. AMADURECIMENTO
• É um evento dramático na vida de um fruto – ele transforma um
órgão vegetal maturo fisiologicamente, embora não comestível em
um produto sensorialmente atrativo (aparência, cor, sabor, aroma e
textura agradáveis).
• Determina o término do desenvolvimento e o início da senescência de
um fruto. É um evento irreversível.
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8. SENESCÊNCIA
• Período subseqüente ao desenvolvimento do fruto, durante o qual o
crescimento cessou e os processos bioquímicos de envelhecimento
substituem as trocas químicas do amadurecimento. São processos
que conduzem à morte dos tecidos. A senescência aumenta a
probabilidade de morte. Ela envolve reações degradativas, que
determinam o aumento da pereciblidade do fruto. Nessa fase se
observa a invasão de patógenos secundários seguida da liberação
das sementes de seu invólucro natural, para garantir a continuidade
da espécie.
9. MATURIDADE FISIOLÓGICA
• É o estádio de desenvolvimento (figura 01) no qual uma planta ou
parte dela possui os pré-requisitos básicos para utilização pelos
consumidores em função de uma proposta particular (ex: tomate –
mudanças na cor e textura podem ser colhidos no estádio verde
maturo ou “breaker”; milho doce – sementes uniformemente
desenvolvidas e suculentas; hortaliças folhosas, flores e raízes –
colhidas durante o crescimento vegetativo).
Pré-maturação
(3) (início do período de
consumo, mas ainda imaturo)
Amadurecimento
Senescência
(5) (reações degradativas)
(6) (não utilizável
para o consumo
Tempo
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12.TRANSPIRAÇÃO
• Transpiração é a perda de água na forma de vapor, por meio de um
órgão vegetal (estômatos, lenticelas, cutículas, pedúnculos e regiões
de inserção do pedúnculo ao fruto).
• A água perdida de frutos e hortaliças à medida que eles crescem na
planta; eles podem reduzir um volume durante o calor e perder a
turgescência parte do dia, mas recuperam sua umidade à noite.
• Após a colheita, o mecanismo de reposição da água perdida pela
transpiração pela planta mãe deixa de existir.
• Para frutos e hortaliças comercializadas por peso, esse aspecto é um
importante fator econômico (ex: maracujá e folhosas).
• Perdas de umidade de 5 a 10% promovem um visível enrugamento,
resultado da perda de turgescência dos tecidos.
• Frutos e hortaliças devem ser pré-resfriados antes do
armazenamento a baixas temperaturas, sendo às vezes essencial a
embalagem do produto por meio de filmes semipermeáveis.
• A perda de peso de frutos e hortaliças durante o armazenamento
depende do tamanho, maturidade, composição e estrutura,
atmosfera ambiente, temperatura de armazenamento, umidade
relativa, velocidade do ar no armazenamento, espessura de
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13.2. Carboidratos
• No amadurecimento usualmente ocorre degradação de
polissacarídeos (celulose, amido e pectina/açúcares: sacarose,
glicose e frutose), alterando a textura e sabor do produto. Hidrolise
do amido e solubilização das protopectinas.
• Em frutos tropicais os teores de carboidratos variam de 10 a 25%.
• A degradação de substâncias pécticas e hemicelulose enfraquecem a
parede celular e as forças coesivas entre as células.
• A protopectina insolúvel é gradualmente quebrada a frações de
menor peso moleculares (solubilização), mais solúveis em água. O
amaciamento dos frutos (perda de firmeza) esta diretamente
relacionada com a degradação de substâncias pécticas
(poligalacturonase e pectinaesterase).
• A celulose sofre pouca variação estrutural com o amadurecimento.
Em algumas hortaliças, a qualidade e aceitação pelo consumidor
reduzem com o aumento da estrutura fibrosa da celulose.
13.3. Ácidos orgânicos
• Os ácidos orgânicos geralmente reduzem após a colheita e durante o
amadurecimento à medida que são respirados ou convertidos a
açúcares. Eles são uma fonte de reserva de energia no período de
maior atividade metabólica que ocorre no amadurecimento.
• Ocorrem em solução livres ou como sais. O potássio é o cátion mais
comum.
• Existem exceções, como a banana (ácido málico) e o abacaxi, onde
níveis altos são obtidos no estádio pleno do amadurecimento.
• Os ácidos predominantes nos tecidos vegetais são o cítrico (abacaxi,
carambola, fruta-do-conde, goiaba, mamão manga e maracujá) e o
málico (banana e caju).
13.4. Compostos nitrogenados
• As proteínas e aminoácidos livres são constituintes menores de
frutos e, como é bem conhecido, não desempenham nenhum papel
na determinação da qualidade comestível.
• Na fase climatérica de muitos frutos, ocorre uma redução nos
aminoácidos livres, que geralmente reflete um incremento na síntese
protéica.
• Durante a senescência, o nível de aminoácidos livres incrementa
refletindo uma degradação de enzimas e redução da atividade
metabólica.
13.5. Voláteis
• O aroma desempenha um importante papel no desenvolvimento da
qualidade comestível ótima na maioria dos frutos (aroma). Estão
presentes em pequenas quantidades apenas uma fração de uma
parte por milhão.
• Principal volátil formado é o etileno (50 – 75%), embora não
contribua para o aroma dos frutos.
• Componentes voláteis de frutos e hortaliças (aroma e intensidade do
“flavor”): ésteres, éteres, cetonas, álcoois, lactonas, acetais,
hidrocarbonetos e alguns fenóis.
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1. INTRODUÇÃO
• Necessidade fundamental de organizar os fatores de produção (terra,
capital e trabalho).
• O que? Como? Quando e quanto produzir? Como e para quem
vender?
• A fruticultura é uma atividade que não permite aventura.
• É necessário conhecer as exigências climáticas, culturais, época de
plantio, necessidades hídricas, nutrição mineral, manejo do solo,
poda, porta-enxerto, irrigação, identificação de pragas e doenças,
uso correto de agrotóxicos, cuidados pré e pós-colheita e aspectos
de comercialização são fundamentais, para se obter o sucesso com
este tipo de atividade.
• Devem-se programar cuidados especiais desde o campo até o
momento da colheita.
• Os fatores ambientais ou climáticos, também são de grande
importância.
• Deve-se caracterizar o sistema de produção (consumo,
armazenamento ou para processamento).
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2.4. Precipitação
• Em regiões onde as precipitações são abundantes e bem
distribuídas não há necessidade de irrigação.
• Para regiões onde a irregularidade temporal e espacial das chuvas é
característica, as irrigações complementares são indispensáveis.
• Fruteiras se desenvolvem e produzem com chuvas bem distribuídas
com precipitações em torno de 800 a 1500 mm.
• A necessidade hídrica e distribuição são fundamentais nos estádios
de crescimento e desenvolvimento de fruteiras (brotação,
florescimento, frutificação).
• O excesso de chuvas é prejudicial durante a floração e no período
que antecede a colheita.
2.5. Umidade relativa
• A UR influi na fisiologia das árvores e nas condições fitossanitárias
dos frutos produzidos.
• UR acima de 80% reduz a transpiração, entretanto quando
associada às altas temperaturas, podem favorecer o aparecimento
de doenças fúngicas.
• De maneira geral a faixa de UR mais favorável ao cultivo de
fruteiras, situa-se entre 50 e 80%.
• Os estádios em que as espécies frutíferas ficam sensíveis ao estresse
hídrico, são identificados, basicamente por grande atividade
fisiológica e meristemática.
2.6. Irrigação
• Em regiões onde as condições edáficas são favoráveis, porém as
chuvas são insuficientes ou mal distribuídas a utilização da
irrigação se faz necessária.
• A estimativa da quantidade é um fator fundamental para o
planejamento, dimensionamento e escolha do tipo de sistema de
irrigação, para o manejo da água ao longo do ciclo fenológico da
planta.
3. PRÁTICAS CULTURAIS
1. Solo
• Os solos para fruteiras devem apresentar uma boa permeabilidade
um alto potencial de produção, obtendo-se assim elevadas
produtividade e rentabilidade.
• Devem ser evitados solos pesados, mal drenados, excessivamente
argilosos ou arenosos, impermeáveis, ácidos e rasos.
• De maneira geral, espécies frutíferas se desenvolvem muito bem em
solos profundos, permeáveis e bem drenados.
• Quanto a textura, solos de textura média são ideais.
• A argila deve situar-se em torno de 20-30%.
• O pH do solo mais favorável situa-se em torno de 5,5 a 6,0, para a
maioria das fruteiras.
• A presença de matéria orgânica é de importância considerável.
• As características físicas dos solos recebem mais importância que
suas condições de fertilidade.
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2. Topografia
• Áreas onduladas ou encostas com declive não muito acentuado são
as mais adequadas.
• É fundamental selecionar um local com elevação favorável e bem
exposto ao sol.
3. Escolha e aquisição de materiais propagativos
• A qualidade das sementes e de mudas ou de materiais propagativos
é de fundamental importância para a formação de pomares sadios e
produtivos.
4. Poda
• são necessários conhecimentos relativos à própria planta e a
cultivar;
• Objetivos da poda:
a) desenvolver ramificações primárias fortes e bem inseridas;
b) manter o crescimento equilibrado com a produção;
c) estimular a formação de ramos novos e gemas de flor, assegurando
uma boa distribuição de gemas na copa da árvore;
d) melhorar a qualidade e o tamanho dos frutos e uniformizar seu
amadurecimento;
e) livrar a árvore de ramos fracos, secos e “ladrões”, daqueles atacados
por pragas e doenças;
f) Controlar a altura da planta.
5. Releio
• Quando a frutificação está desuniforme ou excessiva, torna-se
necessário realizar o raleio que consiste na remoção dos frutos em
excesso.
• O número de frutos por planta resulta em redução de tamanho e
alterações em suas características organolépticas.
• Objetivos do raleio:
a) aumentar o tamanho dos frutos;
b) melhorar a coloração e a qualidade dos frutos;
c) reduzir a quebra de galhos;
d) melhorar o vigor da árvore;
e) evitar a produção alternada;
f) tornar plantas mais resistentes às baixas temperaturas;
g) eliminar frutos portadores de danos físicos ou atacados por pragas
ou doenças;
h) aumentar a eficiência dos tratamentos fitossanitários;
i) reduzir custos da colheita.
6. Adubação e correção do solo
• De maneira geral, os solos apresentam acidez elevada, altos teores
de elementos tóxicos e baixa fertilidade natural.
• A adubação e calagem são práticas comuns e necessárias.
• A amostragem do solo é uma das fases mais críticas de um
programa de adubação baseada na análise do solo.
• A aplicação de adubo orgânico é importante para espécies frutíferas.
• A calagem tem o objetivo de elevar o pH, enriquecer o solo com Ca e
Mg e, neutralizar o alumínio e/ou manganês, quando em níveis
tóxicos para a planta.
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1. INTRODUÇÃO
• “O que vaza pelos furos da panela não alimenta ninguém, não se faz
húmus da terra e nem riqueza potencial: está jogado ao léu”.
• Perda pós-colheita é qualquer mudança na quantidade ou qualidade
de um produto após a colheita que compromete seu uso pretendido
ou reduz seu valor.
• Perda significa qualquer redução na disponibilidade (oferta) do
alimento para o consumidor.
• Verifica-se grande dificuldade de se determinar com precisão em
termos quantitativos a perda pós-colheita de frutos e hortaliças.
Logo, atualmente, é impossível substanciar satisfatoriamente estas
perdas numa base nacional ou internacional.
• Cereais e leguminosas possuem perdas em torno de 10%, enquanto
que para produtos mais perecíveis são de aproximadamente 20%.
• Perdas para culturas individuais são menores e variam de 0,5 a
100%.
• Banana as perdas são da ordem de 20 a 80% e em mamão de 40 a
100%.
• A utilização de manuseio adequado e uso de tecnologias apropriadas
são fundamentais para a redução ou eliminação das perdas pós-
colheita.
• Algumas vantagens da eliminação ou redução das perdas em pós-
colheita:
1. Aumento no suprimento de alimentos, sem aumentos na área de
cultivo, capital, água, energia, etc.;
2. Eliminação dos custos e energia destinados na produção,
armazenamento, transporte, comercialização de produtos
perdidos;
3. Redução da matéria orgânica em decomposição (poluição);
4. Melhor satisfação do consumidor com aumento da qualidade dos
produtos ofertados;
5. Aumento da vida útil dos produtos gerados no armazenamento.
2. ESTIMATIVAS DE PERDAS
• No Brasil os índices podem chegar a 30% ou mais da produção;
• Principais causas das estimativas de perdas no Brasil e países
emergentes em desenvolvimento:
a) Falta de recursos humanos qualificado;
b) Falta de tecnologias próprias do plantio a comercialização;
c) Manuseio inadequado dos produtos colhidos;
d) Incidência de pragas e doenças;
e) Deficiência de infra-estrutura no setor agrícola.
• As perdas estão presentes desde a colheita, preparação de mercado,
armazenamento, transporte, varejo ou na mesa do consumidor.
• Principais causas: doenças, desordens fisiológicas, danos mecânicos
e sobre-amadurecimento.
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4. TIPOS DE PERDAS
• Existe grande dificuldade em se distingui o alimento danificado do
alimento perdido.
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5. CAUSAS DE PERDAS
5.1. Causas primárias: afetam diretamente o alimento. Biológicas:
decorrentes do consumo do alimento por roedores, pássaros, insetos,
macacos, etc. Microbiológicas: danos por fungos e bactérias nos
alimentos durante o armazenamento. Causando deterioração, defeitos e
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h) Tratamentos térmicos
• O uso de tratamentos térmicos no controle de deteriorações pós-
colheita de frutos e hortaliças é atrativo visto que o tratamento
controla organismos que já tenham penetrado no fruto bem como
aqueles que se encontram na superfície.
• Tratamentos térmicos de frutos e hortaliças são comparáveis à
pasteurização de produtos lácteos.
• Comercialmente o tratamento térmico é aplicado em mamão,
pêssegos e nectarinas.
• O tratamento por imersão em água quente: controle de podridão em
citros, tratamento quaternário contra mosca das frutas, controle de
doenças em manga e mamão e escurecimento interno em abacaxi.
• A imersão de nectarinas por 1,5 minutos a 52ºC reduz em cerca de
70% as deteriorações dos frutos.
• Pêssegos por 35 min em água a 49ºC ou 1,5 min a 52ºC, controla a
podridão marrom (Monilinia fructicola) e podridão por rhizopus
(Rhizopus stolonifer).
• A utilização de água clorada durante o pré-resfriamento é essencial
na prevenção a recontaminação dos frutos tratados.
• Existem 3 métodos usados no tratamento térmico de produtos
agrícolas: água quente, vapor quente e ar quente.
• Imersões em água quente têm sido geralmente utilizadas para o
controle de fungos patogênicos.
• O vapor quente (40 a 50ºC) é utilizado para matar ovos e larvas de
insetos (quarentena) antes da comercialização.
• O ar quente pode ser aplicado em uma câmara aquecida com
circulação forçada de ar.
i) Sistema de manuseio e embalagem
• Utilizar pessoal treinado, mão-de-obra de qualidade.
• A colheita deve ser realizada nas horas mais frescas do dia. Os
produtos devem ser deixados à sombra e levados rapidamente
(sacos, caixas ou baldes limpos e com superfície lisa) para a casa de
embalagem (seca, arejada, limpa e fresca).
• Deve-se fazer seleção dos frutos pelo grau de maturação, ou defeitos
após a colheita.
• Alguns produtos devem ser lavados ou escovados para remoção de
partículas de solo ou materiais estranhos.
• Produtos lavados devem ser secos para evitar o desenvolvimento de
microorganismos.
• A remoção do excesso de umidade de bulbos e raízes (cebola, alho,
batata, batata doce, inhame e mandioca) é designada de cura, deve
ser realizada antes do armazenamento, ainda no campo.
• Algumas hortaliças devem passar pela operação de Toalete.
• Ceras podem ser aplicadas em algumas frutas.
• Os frutos e hortaliças devem ser classificados de acordo com as
exigências do mercado.
• A embalagem correta controla as perdas em até 50% de frutos e
hortaliças de efeitos adversos da luz, oxigênio, umidade, temperatura
e microorganismos.
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1. INTRODUÇÃO
• As embalagens são recipientes utilizados visando a contenção,
proteção, comercialização de determinado produto, de forma
conveniente para facilitar o manuseio, transporte, distribuição ou
armazenamento, com o mínimo de dano aos produtos vegetais;
• As embalagens devem permitir a continuidade dos processos
metabólicos dos produtos vegetais, com o mínimo de interferência;
• Proteção e conservação são fatores indispensáveis nas embalagens;
• Para cada produto o transporte, cuidados e métodos são diferentes;
• As embalagens afetam a comercialização e as perdas em pós-colheita;
• Principais funções: contenção, proteção, transporte, conservação,
informação e comercialização;
• Atualmente as indústrias de embalagens estão em crescimento;
• Variam bastante: materiais (madeira, papelão, plásticos, fibras
têxteis, etc.), formas, tamanhos, resistências e flexibilidade;
• As embalagens somente mantêm a qualidade inicial dos produtos;
• Transporte, embalagem e armazenamento adequados são
indispensáveis para o sucesso da manutenção da boa qualidade
inicial dos produtos;
• Produtos “in natura” podem ser transportados pelos sistemas:
terrestres, marítimo, fluvial e aéreo. O transporte terrestre é o mais
utilizado;
• A infra-estrutura e equipamentos são de fundamental importância
para a comercialização;
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5. EMBALAGENS CONVENCIONAIS
• As embalagens para o consumidor podem ser: sacos de papel, filme
plástico, algodão ou malha plástica, bandejas moldadas de papelão
ou plástico, caixas dobráveis de papelão, com janela plastificada ou
divisões individualizadas, cestas pequenas redondas ou retangulares,
de plástico ou madeira e cumbucas plásticas transparentes.
• A embalagem deve ser sempre a melhor e adequada para manter a
boa qualidade inicial dos produtos vegetais, evitando danos,
deteriorações e rejeição pelo consumidor.
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7. EMBALAGEM INDICADORA
• É um tipo de embalagem ativa dotada de sistema indicador (interno
ou externo) do histórico do produto e “avalia” a sua qualidade
mediante o monitoramente da vida útil. Geralmente indicam
mudanças na coloração ou na emissão de voláteis antes da
deterioração do produto. Os sistemas “inteligentes” incluem
indicadores de tempo, temperatura, composição de gases, selagem ou
fechamento e qualidade do produto.
9. LEGISLAÇÃO
• O Programa Brasileiro de Modernização da Horticultura visa
normatizar e regulamentar toda a cadeia de produção e
comercialização de produtos hortícolas in natura, para cada tipo de
produto;
• A SARC/ANVISA/INMETRO (Instrução normativa nº 009 de 12 de
novembro de 2002) estabelece uma série de requisito, no sentido de
regulamentar o acondicionamento, manuseio e comercialização
destes produtos, em embalagens próprias;
• O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento verifica as
informações a respeito da classificação do produto;
• O Ministério da Saúde verifica os aspectos higiênicos e sanitários;
• O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(INMETRO) verifica os aspectos relativos às embalagens
(quantitativos).
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1. INTRODUÇÃO
• A preservação e conservação de produtos perecíveis são diferentes
daquele realizado em alimentos duráveis.
• A vida pós-colheita pode ser tão curta quanto um dia ou tão longa
quanto, vários meses.
• O armazenamento de frutos e hortaliças é importante para balancear
as flutuações do mercado entre a colheita e a comercialização diária,
ou em longo prazo, para aumentar o período de comercialização.
• O grau de perecibilidade do produto esta relacionado com a sua fase
de desenvolvimento (ex: morangos são mais perecíveis,
desenvolvimento rápido) que maçãs com desenvolvimento lento.
2. OBJETIVOS DO ARMAZENAMENTO
a) redução da atividade biológica do produto;
b) redução do crescimento de microorganismos;
c) redução da perda de água.
3. PROBLEMAS DE ARMAZENAMENTO
• A deterioração durante o armazenamento é função de processos
fisiológicos endógenos ou por ataque de patógenos, podendo ser
agravados por danos físicos.
• Principais causas de perdas durante o armazenamento:
a) deterioração fúngica;
b) brotamento no final do período de dormência;
c) danos por insetos.
• Cuidados na colheita e utilização de tratamentos apropriados de
armazenamento minimizam as perdas devido a danos físicos,
fisiológicos e patológicos.
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4. TIPOS DE ARMAZENAMENTO
4.1. Armazenamento temporário: para produtos altamente perecíveis.
4.2. Armazenamento em médio prazo: realizado de 1 a 6 semanas,
visando o momento oportuno para a comercialização (manga, couve-
flor, tomate, repolho, etc.).
4.3. Armazenamento prolongado: os produtos são armazenados no auge
do período de produção e comercializados continuamente, durante o
resto do ano (laranjas, maçãs, peras, abóboras, morangos, batatas,
cenouras, alhos, cebolas, etc.).
5. RESFRIAMENTO E REFRIGERAÇÃO
• Limitações da refrigeração para redução de perdas de alimentos:
a) Produtos tropicais são suscetíveis a injúrias fisiológicas (“chilling
injury”);
b) Custo do armazenamento refrigerado.
• Outras técnicas podem agir como aliadas: acondicionamento de
frutos e hortaliças à sombra e resfriamento.
6. MANUSEIO E EMBALAGEM
• Reduções drásticas no índice de perdas podem ser atingidas com a
melhoria no manuseio e embalagem em todos os estádios da colheita
ao consumo.
• Reduções no tempo entre a colheita e o consumo, devido à melhoria
no transporte e sistemas de comercialização, podem reduzir as
perdas.
7. NÍVEIS DE PERDAS
• No setor de pós-colheita comercial, os níveis mínimos de perda são
aqueles que podem ser determinados por um bom gerenciamento do
custo mínimo ao mesmo tempo em que a qualidade do produto é
assegurada.
• As implicações socioculturais das perdas de alimentos e sua
prevenção são considerações fundamentais em qualquer programa
de conservação de alimentos.
• Os fatores sazonais influenciam consideravelmente na produtividade
da cultura e nas suas perdas pós-colheita.
• Principais problemas no setor de frutos e hortaliças:
a) sistemas de produção inadequado;
b) flutuações sazonais no fornecimento de frutos e hortaliças;
c) preços muito altos ou muitos baixos;
d) perdas pós-colheita dos produtos agrícolas;
e) facilidade de comercialização e armazenamento insuficientes;
f) baixo capital e produção de pequenos produtores.
• Os problemas pós-colheita devem ser visualizados em cada etapa do
manuseio do produto, para se identificar as dificuldades específicas
e se achar soluções.
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8. CONTROLE DE PERDAS
• As perdas podem ocorrer em qualquer parte da cadeia de
comercialização, desde a colheita até o consumo.
• Etapas básicas que visam minimizar as perdas em produtos
perecíveis:
a) condução adequada da cultura (cuidados pré-colheita);
b) manutenção da integridade física e fisiológica do órgão destacado da
planta, porém, ainda VIVO;
c) prolongamento da vida natural por manipulação de estado fisiológico
do material ou pela provisão de condições atmosféricas ótimas;
d) seleção do material para armazenamento (sadio e maturidade ideal).
• As perdas podem ser reduzidas através de vários mecanismos físicos
e químicos e também, pelo uso imediato do produto ou seu
processamento.
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Controle
• Principais meios utilizados para tentar minimizar as injúrias pelo
frio:
a) aquecimento intermitente
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1. INTRODUÇÃO
• A conservação de frutos e hortaliças em condições de atmosfera
modificada ou controlada compreende o armazenamento realizado
sob condições de composição atmosférica diferente daquela presente
na atmosfera do ar normal (78% N2; 21% O2 e 0,03% CO2).
• Os produtos são organismos VIVOS e sua vida útil pós-colheita e
limitada por reações bioquímicas catabólicas, que culminam com a
senescência e morte dos tecidos.
• Os níveis de N2, O2, CO2, CO e C2H4, podem ser manipulados de
modo a reduzir a taxa de deterioração da maioria dos frutos e
hortaliças.
3. EFEITOS BENÉFICOS DA AC E DA AM
a) Retarda a senescência (amadurecimento);
b) Redução da sensibilidade do fruto a ação do etileno, que ocorre a
níveis de O2 abaixo de 8% e/ou CO2 a níveis acima de 1%;
c) Diminuição de certas desordens fisiológicas tais como “chilling
injury” vários produtos;
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4. EFEITOS PREJUDICIAIS DA AC E DA AM
a) Iniciação ou agravamento de certas desordens fisiológicas tais como
(manchas pretas no interior de batatas, manchas marrons em
legumes e no centro de maçãs e pêras);
b) Amadurecimento irregular de frutos de banana, pêra e tomate (O2
abaixo de 2% ou CO2 acima de 5%);
c) Sensibilidade a podridão pode aumentar quando o produto está
fisiologicamente injuriado pelas baixas concentrações de O2, ou altas
de CO2.
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CO2 para vários produtos não pode ultrapassar níveis entre 2 e 5%,
sob o risco de causar injúrias.
• A maioria dos filmes disponíveis atualmente no mercado não atende
de maneira satisfatória as exigências de frutos e hortaliças frescas,
principalmente, para produtos com alta taxa respiratória.
• O fluxo de O2 deve ser priorizado, visto ser esse o fator
fisiologicamente mais ativo e por ser o mais crítico para a maioria
dos produtos.
• O controle da temperatura é essencial para se obter os benefícios
desejados da AM.
• A baixa permeabilidade de muitos filmes ao vapor de água resulta
em uma atmosfera interna com alta umidade, o que se torna um
problema devido à condensação na superfície.
• Principais vantagens da utilização das AM:
1) retardamento do amadurecimento e início da senescência;
2) proteção contra os efeitos nocivos de baixas temperaturas
(“chilling injury”);
3) redução da perda de água via transpiração e do murchamento;
4) mantêm a qualidade sensorial e nutricional do produto.
• Principais desvantagens da utilização das AM:
1) pode ocorrer fermentação (O2 < 2%) e CO2 (> 20%), “off flavors” e
modificações na textura;
2) pode ocorrer condensação de água;
3) aumento no custo;
4) monitoramento: embalagem, temperatura e qualidade do produto.
1. INTRODUÇÃO
Os hormônios vegetais possuem a capacidade de promover, inibir
e modificar as diferentes respostas fisiológicas, atuando em pequenas
concentrações. Estas substâncias causam alterações fisiológicas e/ou
morfológicas, influenciando em processos como: germinação,
crescimento vegetativo, florescimento, frutificação, senescência e
abscisão. A ação dos hormônios vegetais depende das condições
ambientais de acordo com as características e potencialidades genéticas
das plantas.
O conhecimento a respeito dos locais de produção, biossíntese,
via de transporte, estrutura química, mecanismos de ação e efeitos
fisiológicos dos diferentes grupos de hormônios vegetais, é de
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2. CONCEITOS BÁSICOS
Hormônio vegetal ou fitohormônio é um composto orgânico e
não nutriente de ocorrência natural, produzido na planta, o qual a
baixas concentrações (10-4M), promove, inibe ou modifica processos
morfológicos e fisiológicos do vegetal. São exemplos: ácido indolilacético
– IAA, ácido giberélico – GA, zeatina, etileno e o ácido abscísico - ABA.
Reguladores ou biorreguladores vegetais são substâncias
sintéticas que, aplicadas exogenamente, possuem ações similares aos
grupos de hormônios vegetais conhecidos (auxinas, giberelinas,
citocininas, inibidores e etileno). Temos como exemplos: ácido
naftalenacético - NAA, 6-benzilamino purina – BA.
Retardadores vegetais são substâncias sintéticas que possuem a
capacidade de inibir o crescimento do meristema subapical. Retardam a
alongação e a divisão celular no meristema subapical ou, retardam a
dominância apical, como o cloreto 2-cloroetil trimetilamônio (CCC,
Chlormequat, Cicocel), Paclobutrazol, Mepiquat, Uniconazole, ácido
succínico-2, 2-dimetilhidrazida (SADH, daminozida).
Inibidores vegetais são substâncias naturais (ácido abscísico –
ABA) ou sintéticas (hidrazida maleica - MH) que causam a inibição do
meristema apical.
Bioestimulantes vegetais referem-se à mistura de reguladores
vegetais ou de reguladores vegetais com outros compostos de natureza
bioquímica diferente (aminoácidos, nutrientes, etc.). Essas substâncias
são eficientes quando aplicadas em pequenas doses (9000 mg L-1),
favorecendo o bom desempenho dos processos vitais da planta,
permitindo assim a obtenção de maiores e melhores colheitas. Podendo
ainda, em condições ambientais adversas garantir o rendimento das
mesmas.
4. ETILENO (C2H4)
• O etileno hormônio volátil produzido, provavelmente, por todos os
vegetais.
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5. AUXINAS
• As auxinas participam ativamente do crescimento em alongação das
células do fruto.
• O ácido 3-indolacético (AIA) é a mais ativa dentre as naturais. O
ácido indolbutírico (IBA), indolpropiônico (IPA), ácidos α e β
naftalenoacético, ácidos benzóicos e clorofenoxiacéticos são
produtos de ação auxínica.
• As sementes e seu número são fontes de auxinas agindo
positivamente no tamanho e na forma final do fruto (ex: uva – existe
relação positiva entre número de sementes e o tamanho das bagas;
morango – a localização das “sementes” frutos, aquênios) controla a
forma final.
• A maioria dos frutos apresenta grande dependência das sementes
como produtora de auxinas, que agem no crescimento. Entretanto
outros exibem dependência menor ou nula.
• As auxinas sintéticas aplicadas em figo aceleram o processo e a
maturação do fruto.
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6. GIBERELINAS
• As giberelinas também participam do crescimento dos frutos.
• As sementes jovens são ricas em giberelinas.
• As giberelinas estão envolvidas na promoção do crescimento
longitudinal, indução de enzimas hidrolíticas nas sementes em
germinação, promoção da formação e desenvolvimento de frutos,
retardam a senescência, aumentam a síntese de carotenóides e
reduzem a firmeza dos tecidos.
• As giberelinas podem retardar as transformações metabólicas
promovidas pelo etileno durante a maturação e amadurecimento.
• Em certos frutos, como as bagas (uva), aplicações de GA3 (ácido
giberélico) estimulam o crescimento.
• GA3 + auxina, provoca frutos de tomate duas vezes maior em
comparação a aplicações isoladas desses reguladores vegetais.
• Ácido giberélico induz a formação de frutos partenocárpicos (maçã,
pêra, pêssego, figo, damasco, amêndoa e frutos cítricos), entretanto
de tamanhos menores.
• Em goiabas ocorre prolongação da vida útil de 5 a 12 dias.
• Ácido giberélico pode induzir o retorno da cor verde da casca de
frutos cítricos, enquanto estão ligados à árvore (laranja “valência”),
devido à reversão dos cromoplastos para cloroplastos.
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7. CITOCININAS
• As citocininas estão presentes particularmente em sementes e
frutos jovens, onde a divisão celular é rápida e intensa.
• As citocininas têm efeito semelhante às giberelinas, mas agem na
atividade e síntese protéica.
• A cinetina (6-furfurilaminopurina ou 6-furfurilaminopurina) é o
composto mais ativo, mas não ocorre naturalmente em vegetais. A
zeatina é a natural mais expressiva.
• Principais efeitos fisiológicos: promoção da divisão e diferenciação
celular, manutenção da integridade das membranas e retardo do
processo de senescência.
• São retardadores naturais da senescência, adiando o aparecimento
da cor verde e o aparecimento da cor típica do fruto da laranjeira.
• Citocininas atrasam a destruição da clorofila, a hidrólise de
proteínas e a senescência da casca de pimentão e pepino.
• Tomates podem ter sua maturação adiada quando tratadas com
citocininas.
• Aplicações em limas ácidas proporcionam uma menor degradação
do ácido ascórbico (vit. C).
• Aplicação de isopentiladenosina possui um efeito inibidor da
maturação (abacate, maçã e tomate), devido a suprimir a produção
de etileno endógeno.
• Aplicações de citocininas nas concentrações de 5, 10 e 20ppm
resultam no aumento da vida útil (vida-de-prateleira) de couve-flor,
alface, rabanete, cebola, repolho, broto de brócolis, mostarda verde,
aipo, cebolinha verde e aspargos.
8. ÁCIDO ABSCÍSICO
• O ABA (terpenóide) esta relacionado diretamente com a senescência
em certos frutos climatéricos e não climatéricos.
• Antes ou durante ao amadurecimento os níveis endógenos de ABA
aumentam.
• Tratamentos com ABA podem acelerar os processo de
amadurecimento e senescência de frutos.
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9. RETARDADORES E INIBIDORES
• A hidrazida maléica (MH), cloreto de cloro colina ou cloreto (2-
cloroetil) trimetilamônio (CCC ou Tuval ou Cicocel ou Chlormequat)
e ácido succínico–2,2-dimetilhidrazida (SADH, Alar, daminozide, B-
nine), são retardantes do crescimento.
• A hidrazida maléica é inibidora do brotamento durante o
armazenamento de cebolas, rabanetes, batata doce, nabo, cenoura e
batatas.
• O Alar e o CCC reduzem a senescência de olerícolas folhosas, no
tratamento pós-colheita.
• Entre os inibidores temos: cicoheximida, actinomicina-D, a vitamina
K e o óxido de etileno.
• O tratamento de frutos de tomates verdes em uma atmosfera,
contendo 0,75% de óxido de etileno por aproximadamente 20h,
retardou o amadurecimento e a produção de etileno por 5 a 21 dias.
Resumo
• A auxina endógena retarda a senescência através da neutralização
do efeito estimulante do etileno e do ABA.
• As citocininas e giberelinas retardam a senescência atuando
isoladamente ou em conjunto com a auxina, dependendo do tipo de
fruto.
• Declínio no nível endógeno de auxina, citocininas ou giberelinas e
um aumento na concentração de aba, podem conduzir a um
aumento na atividade das hidrolases e conseqüentemente, no início
do amadurecimento.
• ABA pode acelera a senescência, estimulando a produção do etileno.
• O etileno estar diretamente relacionado com o amadurecimento dos
frutos, principalmente, dos climatéricos.
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1. INTRODUÇÃO
• Crescente aumento no consumo de produtos hortícolas no mercado
interno exige avanços nas tecnologias de pós-colheita.
• Principais dificuldades em relação ao mercado externo: falta de
regularidade na produção; carência de adequação dos atributos de
qualidade dos nossos produtos às preferências dos consumidores.
• Objetivo da fisiologia e bioquímica pós-colheita: manutenção da
qualidade dos produtos e o prolongamento de sua vida útil.
2. RESPIRAÇÃO E ETILENO
• A respiração é o processo responsável pelas transformações
energéticas de degradação e de síntese dos novos compostos.
• Funções da respiração: sobrevivência dos tecidos, manutenção da
organização celular, crescimento, manutenção da permeabilidade e
integridade das membranas e, transporte de metabólitos.
• Respiração aeróbica dos carboidratos: via glicolítica, ciclo de Krebs e
a cadeia transportadora de elétrons.
• Respiração anaeróbica: fermentação (acetaldeído e etanol).
• Fatores que afetam: espécie, cultivar, tecido, temperatura,
concentração dos gases (O2, CO2, C2H4), UR e injúrias mecânicas
dos tecidos.
• Quanto mais elevada for à atividade respiratória, menor será o
período de vida útil do produto vegetal.
• O etileno (C2H4) hormônio volátil, produzido por todas as plantas e
seus órgãos, também conhecido como o hormônio do
amadurecimento, esta envolvido diretamente na vida útil do
produto.
3. ÍNDICES DE MATURIDADE
• São importantes na decisão de quando um determinado produto
deve ser colhido (decisão de colheita) visando proporcionar certa
flexibilidade na comercialização e para assegurar a manutenção da
qualidade comestível do produto pelos consumidores.
• A maturidade à colheita depende das necessidades do mercado, do
período de transporte ou das necessidades de armazenamento.
• Colheita precoce (amadurecimento comprometido); colheita tardia
(perdas irreversíveis).
• A maioria dos produtos atinge sua melhor qualidade comestível
quando amadurecem na planta (exceções: abacate e banana).
Entretanto, isso nem sempre é possível.
3.1. Maturidade fisiológica e hortícola
• Os frutos usualmente são colhidos na maturidade fisiológica, ou
seja, completamente desenvolvidos.
• As hortaliças são colhidas na maturidade hortícola ou comercial.
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1. INTRODUÇÃO
• Qualidade: “conjunto de características que diferenciam
componentes individuais de um mesmo produto e que têm
significância na determinação do grau de aceitação desse produto
pelo consumidor”.
• Qualidade também pode ser “o grau de excelência baseado num
número de atributos do produto que basicamente determinam o
nível de conveniência para o uso concreto e predeterminado”.
• Pode ser expressa pela integridade, frescor, “flavor” e textura,
propriedades físicas, químicas ou estéticas, organoléticas e
nutricionais.
• È um conjunto de muitas propriedades ou características
particulares de cada produto. Engloba propriedades sensórias
(textura, sabor, aroma, aparência), valor nutritivo e multifuncional
(componentes químicos), propriedades mecânicas, presença ou
ausência de defeitos.
• A qualidade depende do objetivo de seu uso (consumo in natura,
armazenamento ou processamento).
• Qualidade “ótima”: é atingida num determinado grau de
desenvolvimento e/ou amadurecimento, onde a composição de
atributos físicos e componentes químicos tem o máximo de
aceitação pelo consumidor. Neste particular, produtores, colhedores,
embaladores, transportadores, comerciantes, agentes, etc. devem
possuir conhecimentos técnicos e de manuseio de cada produto.
• O fundamento básico para a manutenção das características de
qualidade e do prolongamento da vida útil é ter consciência de que
as diferentes partes do vegetal são VIVAS, também após a colheita.
Necessitando de manuseio pós-colheita adequado.
2. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE
• A avaliação deve ser realizada em todos os segmentos do campo até
a comercialização. Utilizando-se procedimentos subjetivos e/ou
objetivos.
2.1. Avaliações subjetivas
• VISUAL: forma conveniente de avaliação. Está sujeita a erros por
preferência ou propensão do indivíduo. Podem-se utilizar escalas
numéricas (cor, tamanho, defeitos, etc.).
• SENSORIAL: realizada por um painel de analistas treinados para
julgar os atributos de qualidade ou defeitos, atribuindo notas.
Avalia-se doçura, amargor, acidez, adstringência, cor, firmeza e
“flavor”.
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3. ATRIBUTOS DA QUALIDADE
• Os requisitos de qualidade se relacionam com o mercado de destino:
armazenamento, consumo ao natural ou processamento.
• Categorias de atributos: sensoriais, nutricionais e segurança.
• Produtores: aparência, rendimento de produção e resistência a
doenças.
• Distribuidores e comerciantes: aparência (firmeza) e potencial de
conservação.
• Consumidores: atributos sensoriais.
• Industriais: rendimento da matéria prima, a cor, o “flavor”, a
textura, o valor nutricional e a segurança.
3.1. SENSORIAIS
APARÊNCIA
• Fator mais importante do ponto de vista da comercialização.
• Avalia o grau de frescor, tamanho, forma, cor, higiene, maturidade e
ausência de defeitos.
• Causas de defeitos na colheita e pós-colheita: danos mecânicos e
microorganismos no produto.
• Para frutos e hortaliças os principais parâmetros físicos são:
textura, peso, forma (diâmetro: comprimento), espessura da casca e
o número de sementes (alguns frutos), a relação polpa/casca ou
polpa/caroço e o rendimento em suco ou polpa.
Tamanho e forma
• Afeta a escolha, manuseio, potencial de armazenamento, seleção e
destino final.
• O tamanho é avaliado pela dimensão ou pelo volume e a forma, ou
por características peculiares da espécie ou cultivar.
• Podem-se utilizar peneiras, esteiras rolantes, medições com
paquímetro ou calibradores. Atualmente utiliza-se visor mecânico
associado a computadores.
• Para produtos hortícolas pode ser estabelecido o número de
unidades por unidade de peso ou por embalagem.
• Para frutos, geralmente, o diâmetro é utilizado como índice de
maturidade.
• O conjunto diâmetro longitudinal (comprimento) e o transversal
fornecem uma idéia da forma do produto. Ex: pêssego – diâmetro
transversal menor 5,0 cm – refugo; 5,0 a 6,0 cm – primeira; maior
de 6,0 cm – extra. Laranja (exportação/suco) diâmetro de 5,5; 7,0;
8,2 e 9,5 cm.
• A forma é critério para destingir diferentes cultivares de uma mesma
espécie (ex: maçã, banana, mangas).
Peso e gravidade
• É uma característica varietal.
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a) Acidez
• Decorrente de mudanças na concentração dos ácidos orgânicos
durante o desenvolvimento do fruto.
• Acidez é usualmente determinada por titulometria, através da
neutralização do extrato do suco com solução de hidróxido de sódio
0,l N, utilizando-se fenolftaleina como indicador.
• Geralmente os teores de acidez não excedem 1,5 a 2,0%, com raras
exceções (limão e espinafre = 3,0%; laranja lima “Serra de água”
com teores cerca de 10x inferiores aos das laranjas comuns).
• O pH pode também expressar a concentração de ácidos no suco
celular.
b) Doçura
• O teor de açúcares (glicose, frutose e sacarose) atinge o máximo no
final da maturação.
• O teor de sólidos solúveis (SS) é utilizado como uma medida indireta
do teor de açúcares, pois os açúcares constituem 85-90% do SS.
• Valores variam de 2 a 25%, com valores médios entre 8 a 14%,
sofrendo variações devido à espécie, o cultivar, o estádio de
maturação e o clima.
• A determinação dos SS é uma técnica simples, podendo ser
realizada no próprio campo (refratômetro), é expresso em
percentagem ou em graus Brix (ºB).
• A relação Sólidos Solúveis (SS) e a Acidez tTitulável (AT) - “Ratio” =
(SS/AT) é utilizada como critério de avaliação do sabor, obedecendo
a teores mínimos. Ex: laranjas e tangerinas – a relação SS/AT deve
ser de 10:1 e 9:1, respectivamente, desde que o teor de SS seja igual
ou superior a 9%.
c) Adstringência
• A adstringência tende a desaparecer ou diminuir com o avanço da
maturação.
• Os taninos (fenólicos) são responsáveis por essa característica.
d) Aroma
• As substâncias voláteis são as responsáveis pelo aroma (ésteres,
aldeídos, álcoois, cetonas e lactonas).
• O aroma é percebido pelo estímulo químico de sítios no epitélio
olfativo promovido por substâncias voláteis em concentrações
mínimas.
• O aroma usualmente é estabelecido subjetivamente.
3.2. RENDIMENTO DA MATÉRIA PRIMA
a) Proporção entre as partes constituintes
• A proporção entre epicarpo (casca); o mesocarpo (polpa) e o
endocarpo (caroço) são de interesse em alguns frutos.
• Os componentes mais utilizados são: a relação polpa/caroço e a
relação polpa/casca, como por exemplo: pêssego, nectarina, manga
e abacate (caroço); banana (polpa/casca).
b) Rendimento em suco e número de sementes
• Importante para produtos destinados à indústria (ex: laranja,
mínimo de 40% de suco) e cítricos (número de sementes x
processamento).
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6. AVALAIAÇÃO DA QUALIDADE
• Para o consumo in natura os atributos sensórias, a forma e o
tamanho são os principais aspectos.
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1. INTRODUÇÃO
• Nas últimas décadas, as populações de classe média e média alta,
experimentaram mudanças consideráveis nos hábitos alimentares.
• Principais fatores de mudança:
a) participação da mulher no mercado de trabalho;
b) aumento do valor aquisitivo;
c) avanço no uso de tecnologia na indústria de alimentos;
d) aumento no número de produtos prontos para o consumo
(embalados de forma atrativa e com características sensoriais
adequadas ao paladar do brasileiro);
e) aumento do uso dos sistemas “self-service”e de “fast foods”;
f) aumento de hábitos visando redução do estresse, manutenção da
aparência jovem, hábitos mais saudáveis e o consumo diário de
alimentos naturais como frutos e hortaliças.
• Conseqüência: aumento do mercado e da demanda por vegetais
levemente processados, proporcionando o surgimento de produtos
convenientes, ou seja, produtos frescos que podem ser preparados e
consumidos em pouco tempo.
• O processamento mínimo de frutos e hortaliças é uma tecnologia
alternativa para a redução das perdas pós-colheita desses produtos
perecíveis e que pode contribuir para um maior desenvolvimento da
agroindústria no País.
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1. INTRODUÇÃO
• Aumento significativo no consumo de frutas no Brasil e no exterior;
• Qualidade de vida;
• Rentabilidade do mercado frutícola;
• Principais: abacate, abacaxi, banana, manga, laranja, limão, maçã,
mamão, melão e uva;
• Perdas na ordem de 20 a 50%;
• Redução das perdas é necessária: o processamento mínimo é uma
ótima alternativa (manga e mamão em fatias ou cubos, morango limo
e sem pedúnculo, melancia em cubos ou pedaços, melão em cubos
ou cilindros, citrus descascados ou em gomos);
• Falta sincronismo entre o aumento na produção e as inovações
tecnológicas em pós-colheita (aumento na comercialização e redução
nas perdas)
• Poucas pesquisas e grupos de pesquisa em pós-colheita;
• Necessidade de fixação de alguns conceitos básicos.
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DÉCADA HISTÓRICO
60 Surgimento de alguns trabalhos na érea
Início do intercâmbio e treinamento de técnicos brasileiros
no exterior
70 • Formação de recursos humanos
• Caracterização química e física de matérias-primas
• Verificação de épocas ideais de colheita para maior
rendimento
80 Qualidade
Armazenamento
90 Associação do armazenamento refrigerado ao controle e
modificação da atmosfera, retardadores do
amadurecimento, etc.
Patologia pós-colheita e mecanismos de resistência
Bioquímica: enzimas, parede celular, açúcares, vitaminas,
etc.
Início de estudos em biologia celular e molecular
Início dos estudos com frutas minimamente processadas.
Mini-
Classe In natura mamente Conservado Irradiado Desidratado Conservado
de processado pelo frio pelo calor
conservação
Qualidade Quase Pouco Pouco Pouco ou Totalmente
do produto Fresco fresco modificado modifica- totalmente modificado
do modificado
Não requer Requer Requer Requer Requer Requer
processa- processa- processa- processa- processa- processa-
Processo e mento ou mento mento e mento e mento e mento e
método de métodos mínimo e conservação conserva- desidratação conservação
conservação de métodos de pelo frio, ção por pelo calor
conserva- conserva- congelamen irradiação
ção ção to, refrigera- /
ção pasteuri-
zação
Requer Requer Normalmen- Estável a
temperatu- refrigera- te estável a temperatu-
Pode ou Requer ras de ção ou temperatu- ras ambiente
Vida útil não estar temperatu- congela- pode ser ras
refrigerado ras de mento ou estável a ambiente
refrigera- refrigeração tempera-
ção turas
ambiente
Requer
Pode ou Requer Requer Requer Requer Embalagem
Embalagem não estar embalagem embalagem embala- embalagem fechada
embalado gem hermetica-
mente
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• Problemas associados:
a) Obtenção e manutenção de produtos de alta qualidade (práticas de
cultivo, ponto de colheita, manuseio, padrões, armazenamento, vida
útil);
b) Carga genética (genes que controlam a qualidade, mecanismo
enzimático, plantas transgênicas);
c) Estádio de maturação na colheita;
d) Colheita e manuseio (danos mecânicos);
e) Locais apropriados: unidade de processamento, atacadista, varejista e
local de consumo;
f) Manutenção da cadeia de frio;
g) Aspectos visuais e firmeza;
h) Aumentar vida útil é o desafio dos fisiologistas na pós-colheita;
• Algumas soluções:
• Refrigeração, emprego de agentes quelantes (EDTA), ácido ascórbico,
eritrobato de sódio e ácido cítrico, adição de antimicrobianos
naturais (vanilina) e incorporação de sais de cálcio;
• Tecnologia de embalagens: importante na manutenção da umidade,
evita danos mecânicos, alteração microbiana e mecanismos
catalíticos dos tecidos;
• Uso de materiais poliméricos rígidos, semi-rígidos e flexíveis;
• Uso de cloro como sanificante (120 ppm) para retardar a alteração
microbiana;
• Estudos da ecologia microbiana;
• Sistemas de APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de
Controle);
• Considerações finais: mesmo com número reduzido de grupos de
trabalho, verificam-se grandes possibilidades de crescimento, mas
alguns estudos e linhas de pesquisas devem ser implementadas:
a) Efeito dos danos mecânicos (descasque e corte x manual), com
ênfase para a respiração e produção de etileno;
b) Emprego de antioxidantes naturais no controle do escurecimento;
c) Adição de sais de cálcio (cloreto e lactato) x manutenção da textura;
d) Avaliar adição de agentes naturais no controle microbiano;
e) Estudo de diferentes tipos de embalagens e temperaturas de
armazenamento;
f) Utilização de películas comestíveis (ex: amido), como cobertura dos
frutos cortados;
g) Desenvolver estudos para maior conhecimento da microflora
predominante em frutas minimamente processadas.
1. INTRODUÇÃO
• A nível mundial: alface, agrião, espinafre e outras folhosas, cenoura,
aipo, couve-flor, brócolis, cebola, repolho e saladas mistas;
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• Principais necessidades:
a) Estudos dos efeitos fisiológicos e qualitativos (respiração, etileno,
atividade enzimática e microorganismos, etc.);
b) Garantir a qualidade (sensorial, nutricional e segurança do
alimento);
c) Fatores pré-colheita e colheita;
d) Técnicas de conservação;
e) Treinamento: técnicos e produtores
• O sucesso depende:
a) Qualidade da matéria prima (genética, cultivar, sanidade das
sementes, substratos, qualidade da água, fertilizantes, tratos
culturais e fitossanitários, ponto e método de colheita);
b) Manejo sanitário do produto;
c) Sistema de embalagens;
d) Sistemas de cadeia de frio;
• Uso de temperaturas adequadas: temperaturas próximas de 0ºC
podem ser utilizadas; supermercados de 5 a 10ºC; Uso de atmosfera
modificada (AM) e atmosfera controlada (AC), com 3 a 8% de O2 e de
3 a 10% de CO2.
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2. TIPOS DE PRODUTOS
• São os mais variados possíveis:
• Cenoura: descascada, fatiada em palitos, pedaços, rodelas ou ralada
• Vagens: cortadas
• Aipo: palitos, fatias (sem folhas)
• Batata: descascada e fatiada
• Pepino: fatiado, metades, rodelas
• Couve-flor: floretes, individuais, com ou sem talo
• Brócolis: floretes individuais, com ou sem talo
• Repolho: cortado
• Beterraba: descascada e ralada, cortada, fatiada
• Milho verde; descascado e cortado
• Alface: limpa, sem miolo, inteira, picada em tiras ou pedaços
• Cogumelos: fatiados
• Espinafre: limpo, aparado (folhas individuais)
• Tomate: fatiado, metades, picado
• Cebola: fatiada, em anéis, picadas
• Maçã: descascada e sem miolo; sem miolo, fatiada
• Laranja: descascada, cortada em fatias ou gomos
• Kiwi: descascado e fatiado
• Abacaxi: descascado e fatiado; em pedaços, cilindro descascado e
sem miolo
• Pêssegos: descascado, fatiado ou em metades
• Morango: lavados, sem o talo e fatiados
• Melões: bolas, pedaços ou fatias com ou sem casca
• Uvas: lavadas e sem pedúnculo
• Saladas: misturas de uma larga variedade de hortaliças ou frutos.
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4.1. Colheita
• A colheita manual propicia a seleção acurada da maturidade (mão de
obra, coordenação das operações, transporte, embalagem e demanda
de mercado).
• Deve ser realizada no estádio adequado de maturação de acordo com
o produto.
• A falta de uniformidade dificulta a colheita e reduz a qualidade do
produto processado.
4.2. Processamento no campo
• Deve-se realizar a inspeção do produto pelo tamanho, defeitos e grau
de maturação.
• A seleção a seco no campo remove a sujidade.
• Os insetos podem ser removidos por jato de água (spray).
• Retirada de partes do vegetal não utilizada no processamento.
• Manter todos os utensílios e equipamentos limpos.
4.3. Transporte
• O transporte do campo para o local de processamento deve ser o
mais rápido possível em horários de temperatura amena.
• Veículos limpos, ventilados, cobertos e para longas distâncias,
refrigerados.
• Utilizar caixas ou caixotes de plástico.
4.4. Recepção (seleção, pesagem e classificação) da matéria-prima
• Na chegada à unidade de processamento, deve-se colocar o produto
numa câmara refrigerada para retirar o calor de campo ou para
manter a baixa temperatura.
• Realizar seleção da matéria-prima (peso e tamanho).
• Fatores de classificação: tamanho, forma, firmeza, corte da
superfície, ausência de doenças, sabor e aroma (“flavor”) e grau de
maturação.
4.5. Limpeza e lavagem da matéria-prima
• A higienização corresponde à etapa de eliminação de agentes
causadores de doenças (limpeza e desinfecção).
• A limpeza envolve a retirada de materiais estranhos da matéria-
prima, equipamentos e recipientes.
• Pode-se realizar a lavagem de alguns produtos com detergente e/ou
água clorada (coliformes – Escherichia coli). Tempo de imersão varia
de 10 a 15’.
• Deve-se fazer o enxágüe com água somente tratada para a remoção
das sujidades e do resíduo do detergente.
• Alguns produtos como cebola e batata, a limpeza a seco é mais
indicada.
4.6. Desinfecção da matéria-prima
• Devem-se utilizar agentes com atividade antimicrobiana. Os clorados
que liberam cloro ativo (ácido hipocloroso, hipocloríto de sódio e
dicloroisocianurato).
• Não é permitido o uso de alvejantes (soda cáustica, perfumes, etc.).
• A desinfecção com água clorada é uma das etapas mais importantes
do processamento.
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• Utiliza-se uma cuba ou tanque com água clorada com 100 a 200ppm
de cloro ativo, pelo tempo de 10 a 15’.
• Realizar enxágüe final com água potável com 2 a 5ppm de cloro
(água tratada comum).
• O produto estar pronto para o descascamento
4.7. Descascamento
• Pode ser manual ou mecânico.
• O descascamento manual é lento, oneroso e causa perda de parte do
produto.
• O mecânico é feito por meio químico ou por vapor sob alta pressão.
• Ex; lixívia por soluções alcalinas (NaOH ou KOH) em pêssegos, pêras
e tomates.
• Ex: raízes, tubérculos e bulbos (mecânico ou lixívia).
• Cuidado para evitar danos ao produto.
• Pode-se realizar as aparas e retiradas do miolo ou talos, antes do
corte.
4.8. Redução do tamanho (corte)
• Finalidade é obter produtos com forma definida e tamanho uniforme.
• O corte causa dano mecânico às células dos produtos.
• Os produtos cortados devem ser imediatamente refrigerados a 4ºC
após o corte.
• Devem-se utilizar facas afiadas, finas e de aço inoxidável.
• Centrifugas de alta velocidade com lâminas ou facas de corte
horizontal ou vertical, são equipamentos de corte.
• Após o corte, os produtos podem ou não ser lavados com água
clorada e imersos ou pulverizados com soluções de aditivos químicos
(conservantes ou preservativos).
4.9. Desinfecção e preservação química
• Após o corte a desinfecção do produto, pode ser realizada com água
clorada (100 a 150ppm de cloro ativo/L, em água com pH=7; 5 a 10L
de água clorada/kg de produto; temperatura da água igual a 4ºC
(resfriamento após o corte); tempo de imersão de 2 a 5’.
• Para melhorar a estabilidade durante o armazenamento e a
distribuição dos produtos, aditivos químicos (naturais ou sintéticos)
são incorporados para retardar o crescimento superficial de
leveduras, mofos e bactérias, bem como para manter as
características de qualidade (cor, sabor, aroma e textura).
• Aditivos químicos mais utilizados:
a) Antioxidantes: ácidos cítrico, ascórbico, isoascórbico, eritórbico e
EDTA (ácido etileno-diamino-tetracético), evitam o escurecimento
enzimático, a perda do sabor e do aroma, o amaciamento e a perda
da qualidade nutricional.
b) Acidulantes: ácido cítrico, málico, lático, tartárico, etc., abaixam o
pH para produtos onde a deterioração microbiana é rápida.
c) Agentes quelantes: EDTA na forma de ácido dissódico ou cálcio
dissódico, para promover a cor, o flavor e a retenção da textura, eles
ligam-se a metais e atuam na prevenção de reações oxidativas.
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HORTALIÇAS FRUTAS
Cultivo Cultivo
Colheita Colheita
Transporte Transporte
Recepção e Inspeção Recepção e Inspeção
Seleção Seleção
Classificação Classificação
Estocagem Estocagem
Lavação Lavação
Descascamento Sanitização 1
Corte Descascamento
Enxágüe Corte
Sanitização 1 Sanitização 2
Sanitização 2 Drenagem
Centrifugação Embalagem
Embalagem Refrigeração
Refrigeração Distribuição
Distribuição
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1. INTRODUÇÃO
• A camada celular rompida, imediatamente ativa uma série de
respostas fisiológicas e bioquímicas de alta complexidade.
• As respostas podem ser rápidas ou imediatas (emanação de voláteis
e síntese de fenólicos) ou respostas lentas (reações biossintéticas,
com formação de barreiras estruturais).
• Após a injúria, inicialmente, ocorre um “caos” celular. Todavia, de 3
a 4 dias o fechamento da ferida ocorre.
• Principais fatores de influencia nas respostas são: a espécie, ou
cultivar, a idade fisiológica do tecido, a profundidade da lesão, as
condições de armazenamento (temp., UR, gases) e a atividade de
elicitores.
• As respostas do tecido à injúria mecânica ou ao ataque de
patogênos, pode ser de 3 tipos: 1) Autolise e morte das células na
superfície ferida; 2) Há reforço da parede celular com material
fenólico + divisão e proliferação celulares e 3) Além da autolise e
morte, há rediferenciação das células do parênquima (ligno-
suberizada).
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4. OXIDAÇÃO LIPÍDICA
• O termo lipoxigenase é dado a um grupo de enzimas que catalisam a
degradação de ácidos graxos poliinsaturados livres ou ligados, com
formação de radicais livres e estes, na presença de oxigênio, formam
hidroperóxidos. Posteriormente, há formação de vários compostos
que contribuem para o desenvolvimento de odores e sabores
desagradáveis, bem como incremento e perda do valor nutritivo dos
produtos vegetais.
5. BIOSSÍNTESE DE FENÓLICOS
• O metabolismo fenilpropanóide com síntese de compostos fenólicos,
atua na reestruturação dos tecidos e manutenção da integridade
celular, atuam como antibióticos (fitoalexinas), formam uma barreira
química, propiciando resistência ao ataque de microorganismos.
• Os fenólicos contribuem para as características do sabor e cor
(amarela, vermelha ou púrpura) de muitos produtos.
• O estresse causado pelas injúrias mecânicas causa modificações no
metabolismo fenólico.
• A fenilalanina amônia (FAL) é uma enzima chave no metabolismo
fenólico e tem sua atividade aumentada pela presença do etileno.
• A FAL leva à produção de compostos responsáveis por modificações
de cor, sabor, aroma e textura dos produtos, 12 a 24 horas após a
injúria.
• O etileno também estimula a síntese da lignificação dos tecidos
injuriados.
1. INTRODUÇÃO
• Com o ferimento (corte), ocorre modificação na permeabilidade das
membranas e desorganização celular, permitindo o contato direto
das enzimas oxidativas e hidrolíticas com os seus substratos.
• As Polifenoloxidases (PPO), Peroxidases (POD), Lipoxigenases estão
associadas com modificações na coloração e no “flavor”.
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2. COLORAÇÃO
• A mudança de coloração é um dos maiores problemas na
preservação dos produtos minimamente processados (reações de
escurecimento).
• Fenólicos
• O etileno ativa o metabolismo fenilpropanóide, induzindo a síntese
de compostos fenólicos que são oxidados formando pigmentos
escuros e causando alterações indesejáveis na cor, no sabor e na
textura dos produtos processados.
• Antocianinas
• São pigmentos hidrossolúveis de coloração variando do azul à
púrpura encontrado em frutos e hortaliças.
• A degradação das antocianinas ocorre devido ao aumento de
temperatura e da atividade enzimática das glicosidases e
polifenoloxidases (antocianases).
• Clorofila e carotenos
• A perda da cor verde pelos tecidos é decorrente da degradação da
estrutura química das clorofilas.
• Agentes degradantes: clorofilase, mudança de pH, sistemas
oxidativos e foto-oxidação.
• O etileno também afeta negativamente a coloração verde dos tecidos
vegetais, por induzir o aumento da atividade das clorofilases.
• Os carotenóides protegem a clorofila da foto-oxidadação, eles são
destruídos pela ação da lipoxigenase.
3. TEXTURA
• A perda da firmeza dos produtos vegetais minimamente processados
é decorrente das modificações na estrutura da parede celular pela
ação de numerosas enzimas, entre as quais as pectinases
(pectinametilesterase – PME e poligalacturonase-endo e exo – PG)
celulases e B-galactosidases.
• As degradações da celulose, hemicelulose e pectinas das paredes
celulares são os principais fatores responsáveis pela perda de
firmeza dos tecidos vegetais após o processamento.
• A adição de cloreto de cálcio e manutenção de baixas temperaturas
(inferior a 5ºC) pode minimizar o amaciamento dos tecidos.
4. AROMA E “FLAVOR”
• Em resposta ao dano físico ou ferimento, os tecidos vegetais
sintetizam uma série de compostos secundários: fenólicos simples,
fenilpropanóides, terpenóides, alcalóides, ácidos graxos de cadeia
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5. VALOR NUTRITIVO
• O descascamento e o corte aceleram as reações degradativas,
notadamente as hidrolíticas e as oxidativas.
• A exudação da seiva celular, a imersão dos tecidos em soluções
aquosas e a lavagem dos produtos, propiciam condições ideais para
a lixiviação de vitaminas e minerais. Entretanto, a biodisponibilidade
deve ser levada em consideração.
• Vitaminas: a estabilidade é afetada por fatores diversos como o pH
do meio, presença de luz, oxigênio e temperatura.
• Minerais: a composição mineral dos vegetais é afetada pela
fertilidade do solo, genética e o ambiente no qual se desenvolve.
• Os vegetais são fontes de cálcio (folhas), fósforo, potássio e ferro.
• Alguns minerais presentes nos frutos e hortaliças podem contribuir
para a perda de qualidade no processamento mínimo, por atuarem
como cofatores enzimáticos ou por catalisarem reações oxidativas
(cobre, ferro, magnésio, cálcio e fósforo).
1. INTRODUÇÃO
• As desordens ou distúrbios fisiológicos compreendem as alterações
de origem não patogênica que ocorrem em decorrência de
modificações no metabolismo normal, ou da integridade estrutural
de seus tecidos. Altera a aparência, sabor e odor (“flavor”), causando
perda de qualidade e aceitação.
• Representa perdas de origem fisiológica anormal, afetando,
principalmente, a qualidade dos produtos vegetais alterando o sabor
(“flavor”) e a aparência.
• Principais fatores: condições climáticas desfavoráveis antes da
colheita, deficiências nutricionais, condições adversas ou
inadequadas de temperatura de armazenamento e condições de
estresse (luz, água, temperatura, gases, etc).
• É um fenótipo que mostra um desequilíbrio bioquímico relacionado
com a presença ou ausência de um fator essencial.
• Reduz a qualidade e a aceitação dos produtos vegetais.
2. CATEGORIAS
2.1. Os resultantes de transformações internas, como os estádios de
desenvolvimento e a senescência.
2.2. Os resultantes de condições externas desfavoráveis.
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3. SINTOMAS
• Os sintomas são múltiplos e variam de acordo com o produto,
mesmo sendo o distúrbio procedente de uma mesma causa.
• A área afetada em frutos pode ser a casca, áreas da polpa, ou sua
parte central interna.
• Em hortaliças podem afetar parcial ou totalmente folhas raízes,
caules, bulbos, etc.
• Os sintomas podem ocorrer em nível de pré-colheita, durante a
colheita ou após o armazenamento (pós-colheita).
• Os eventos metabólicos que conduzem ao aparecimento dos
sintomas não são completamente elucidados na maioria dos casos.
• As desordens podem conduzir: à morte das células tanto na polpa
como na casca, defeitos na maturação e formação de componentes
voláteis (sabores e odores estranhos).
• Muitas vezes os sintomas aparecem após um longo período de
latência do distúrbio, dificultando sua identificação no início.
• Alterações ultra estruturais mais comuns: a) citoplasma delgado com
plastídios veiculados; b) vacúolos contendo uma massa opaca,
considerada como de polifénóis e c) células com tonoplasto rompido,
com mistura do conteúdo com o citoplasma.
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↓ Deficiência de Cálcio ↓
Alteração na estrutura Aumento da
da parede celular microviscosidade das
membranas
↓
↓ Alteração da
permeabilidade da
membrana
↓
Decréscimo na rigidez Perda da
da parede celular compartimentação
→ ←
Desordens
fisiológicas
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1) RUGOSIDADE (“russeting”)
• Os frutos apresentam manchas irregulares de coloração marrom-
clara e epiderme áspera, principalmente, próximo à cavidade
pistilar. Com o crescimento do fruto, a cutícula racha-se, expondo
as células subcuticulares aos fatores externos. Essas células
formam um tecido corticiforme, resultando em “russeting”.
• Baixas temperaturas, presença de umidade sobre o fruto, má
nutrição e defensivos agrícolas, favorecem o a rugosidade.
• Controle: 1) evitar aplicação de cobre, enxofre e dodine logo após a
floração; 2) utilizar variedades menos suscetíveis e 3) evitar excesso
de adubação nitrogenada.
2) PONTUAÇÃO AMARGA (“bitter pit”)
• Ocorre nos últimos estádios (pré-colheita) de desenvolvimento de
frutos de maçã (‘Gala’ e ‘Golden Delicious’) e pêras, e mais
freqüentemente durante o armazenamento ou transporte.
• Inicialmente pequenas depressões circulares avermelhadas, dão
aparência de tecido encharcado, finalmente ficam marrons ou
pretas.
• O “bitter pit” caracteriza-se pelo colapso das células em regiões
externas do córtex, causando depressões na epiderme, as quais se
estendem até a polpa, na forma de áreas necróticas de cor marrom
escura.
• As células afetadas podem conter grãos de amido (inibição de
hidrolise e não produção de sacarose).
• A necrose é resultado da transpiração excessiva, seguida por uma
ação osmótica entre as células contendo amido e as células
contendo açúcares solúveis. As células secam e morrem.
• O “bitter pit” tem sido associado a um inadequado suprimento de
cálcio durante o desenvolvimento dos frutos. O estresse hídrico e a
desproporção entre os nutrientes: cálcio, magnésio, potássio e
fósforo, agravam os sintomas.
• Condições que favorecem: a) tempo quente e estresse hídrico
próximo a maturidade da fruta (redução na translocação de cálcio);
b) colheita precoce (redução na translocação de cálcio); c) frutas
grandes; d) poda excessiva; e) excesso de nitrogênio e/ou potássio; f)
falta de cálcio na fruta; g) atraso e lentidão no resfriamento pós-
colheita; h) falta ou calagem mal realizada e i) temperaturas
elevadas no armazenamento.
• Como controle, recomenda-se aplicar cálcio por meio de
pulverizações quinzenais com cloreto de cálcio a 0,5 – 0,7%, a partir
de um mês após a plena floração.
• Em pós-colheita, antes do armazenamento, recomenda-se
tratamento dos frutos, por imersão ou pulverização, com solução de
cloreto de cálcio (2,0 – 2,5%). A utilização de atmosfera controlada e
coberturas de cera diminuem a incidência da desordem.
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PLANTA SENSÍVEL
AO “CHILLING
INJUTY”
↓
ESTRESSE
↓
RESPOSTA PRIMÁRIA: modificação na fase lipídica das membranas
↓ ↓
Efeito irreversível Efeito reversível
↓
MANIFESTAÇÃO DA • Descoloração
DESORDEM • Depressões
superficiais
(“surface
pitting”)
• Colapso interno
• Perda da
capacidade de
amadureciment
o
• Extravasamento
de solutos
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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QUESTIONÁRIOS
QUESTIONÁRIO 01:
1. Comentar a importância da pós-colheita de frutos e hortaliças
para no desenvolvimento do agronegócio e das exportações no
Brasil.
2. Apresentar e discutir dois conceitos de frutos e hortaliças.
3. Diferenciar crescimento de desenvolvimento, exemplificando.
4. Discutir as etapas do desenvolvimento fisiológico dos frutos.
5. Comentar a regulação e os padrões do crescimento em frutos.
Apresentar gráficos.
6. Comentar as principais mudanças durante a maturação,
amadurecimento e senescência dos frutos.
7. Discutir as taxas respiratórias em frutos climatéricos e não
climatéricos. Apresentar gráficos.
8. Comentar quatro fatores externos que afetam a fisiologia e a
qualidade em pós-colheita.
9. Qual a importância de se conhecer os mecanismos da
senescência.
10. Apresentar as etapas da respiração aeróbica dos
carboidratos, enfocando locais, produtos, funções e balanço
energético. Qual sua importância na manutenção da qualidade
e vida útil dos produtos vegetais.
11. Defina transpiração. Qual sua importância na manutenção
da qualidade e aumento da vida útil de produtos vegetais.
12. Definir e exemplificar quando necessário: colheita, taninos,
adstringência, alimento funcional, aroma, deficiência hídrica,
respiração celular, calor de campo, morte celular, legume,
verdura e vagem.
QUESTIONÁRIO 02:
1. Discuta os fatores ambientais: luz, temperatura, umidade
relativa e precipitação na qualidade dos produtos vegetais.
2. Discuta três funções da poda em fruteiras importantes para a
pós-colheita.
3. Comentar três aspectos importantes do raleio para a pós-
colheita de frutos.
4. Quais são os critérios de essencialidade dos nutrientes
minerais. Exemplifique.
5. Comentar dois efeitos de cada macronutriente mineral na
qualidade dos produtos vegetais.
6. Comentar dois aspectos de cada micronutriente mineral na
qualidade dos produtos vegetais.
7. Defina: nutriente mineral, deficiência mineral, clorose e
necrose e diagnose visual.
QUESTIONÁRIO 03:
1. Discutas quatro fatores que afetam as perdas em pós-coheita.
2. Comentar os tipos de perdas em pós-colheita.
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QUESTIONÁRIO 04:
1. Quais são as principais funções das embalagens de produtos
vegetais.
2. Comentar cinco características básicas das embalagens.
3. Quais as vantagens da padronização das embalagens.
4. Comentar os principais cuidados durante as operações de
embalagem e transporte de produtos vegetais.
5. Quais os cuidados básicos durante o transporte de produtos
refrigerados.
6. Defina: palete (“pallet”), contêiner (“container”), revestimento
comestível, cura, enceramento (“waxing”), vida útil e vida de
prateleira (“shelf life”).
QUESTIONÁRIO 05:
1. Quais são os objetivos básicos do armazenamento de produtos
agrícolas.
2. Comentar os principais problemas durante o armazenamento.
3. Quais são os cuidados durante o resfriamento de produtos
vegetais.
4. Comentar quatro fatores importantes durante o
armazenamento refrigerado.
5. Tecer comentários sobre o “chilling injury” (causas, sintomas
e controle).
6. Defina: calor vital, cadeia de frio, refrigeração, resfriamento e
congelamento.
QUESTIONÁRIO 06:
1. Comentar as vantagens da utilização da atmosfera
controlada e da atmosfera modificada.
2. Explique as estratégias utilizadas para se obter as
modificações nas atmosferas controladas e modificadas.
3. Comentar as desvantagens na utilização da AC e da AM.
4. Definir atmosfera modificada ativa e passiva.
5. Comentar os efeitos das alterações atmosféricas em relação
ao etileno.
6. Comentar resumidamente os efeitos das alterações na
atmosfera sobre a qualidade de frutos e hortaliças.
7.
8. Apresente exemplos e comente a utilização comercial da
atmosfera controlada.
9. Apresente exemplos e comente a utilização comercial da
atmosfera modificada.
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QUESTIONÁRIO 07:
1. Comentar as vantagens da aplicação do etileno em pós-
colheita.
2. Apresentar as desvantagens do uso e da ação de etileno em
pós-colheita.
3. Estabeleça a rota de biossíntese do etileno.
4. Comentar aplicações de auxinas, giberelinas, citocininas, ABA
e cálcio em pós-colheita.
5. Comentar o uso de 1-MCP e AVG em pós-colheita de frutos e
hortaliças.
6. Comentar o uso dos retardadores e inibidores em pós-
colheita.
7. Defina: hormônio vegetal, regulador vegetal, antagonismo,
sinergismo, clorofilase, climatério, desverdecimento,
amaciamento, adestringência, ACC sintase e absorvedores de
etileno.
QUESTIONÁRIO 08:
1. Discutir os principais objetivos da fisiologia pós-colheita de
frutos e hortaliças.
2. Definir e tecer comentários sobre: maturidade hortícola e
maturidade fisiológica.
3. Defina e discuta a importância do ponto de colheita na
manutenção da qualidade e vida útil de produtos vegetais.
4. Como avaliar subjetivamente a qualidade de produtos
vegetais.
5. Discuta os atributos de qualidade de produtos vegetais.
6. Qual a importância da segurança alimentar para a pós-
colheita.
7. Como podemos avaliar a qualidade de produtos vegetais.
8. Discuta quatro fatores básicos que afetam a qualidade dos
produtos vegetais.
9. Escolha uma fruta ou hortaliça e estabeleça critérios e
procedimentos para: a) determinação do ponto de colheita; b)
procedimentos e cuidados durante a colheita e em pós-
colheita, c) transporte, d) armazenamento e e)
comercialização.
QUESTIONÁRIO 09:
1. Defina o que são Produtos Minimamente Processados
(PMP).
2. Quais as vantagens dos PMP.
3. Comentar as desvantagens e/ou dificuldades dos PMP.
4. Comentar quatro alterações fisiológicas que ocorrem em
produtos processados minimamente.
5. Comentar quatro modificações nos atributos de qualidade
dos PMP.
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QUESTIONÁRIO 10:
1. O que são desordens ou distúrbios fisiológicos.
2. Comentar as categorias dos distúrbios fisiológicos.
3. Discutir os principais sintomas dos distúrbios fisiológicos.
4. Comentar a ação do cálcio no surgimento de desordens
fisiológicas.
5. Comentar seis causas e controles de desordens fisiológicas em
diferentes frutos.
6. Comentar causas e efeitos da manifestação da desordem pelo
frio (“chilling injury”) em frutos e hortaliças
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Introdução
Na fase de crescimento, parte dos açúcares é utilizada para a
síntese de amido (reserva), componentes da parede celular, síntese de
substâncias pécticas e para conversão em outros açúcares e
biossíntese. O teor de amido pode ser utilizado como indicador do grau
de maturação (ex. banana, maçã, tomate e pêra). Com o andamento da
maturação o teor de açúcares (glicose, frutose e sacarose) aumenta até
o completo amadurecimento e o teor de amido diminui.
Objetivo
Demonstrar a conversão de amido em açúcares simples durante a
maturação até o amadurecimento de frutos.
Materiais
- Frutos verdes, “de vez” e maduros de banana;
- Solução de iodo 2% (solução indicadora de I2KI - lugol= I2 + KI);
- Placas de “Petri”;
- Estilete;
- Conta gotas.
Procedimento
Com o auxílio de um estilete corte três discos de cada fruto de
banana em diferentes estádios de maturação, separando-os em três
grupos: 1) frutos verdes; 2) frutos “de vez” e 3) frutos maduros. Coloque
os discos em placas de “Petri” identificadas. Com a pipeta adicione de
duas a quatro gotas da solução de iodo no centro dos discos. Observar
após alguns minutos o surgimento da coloração azulada intensa (quase
preta), resultado da reação entre o amido e a solução de iodo (solução
de iodo-iodeto de potássio), o que evidencia a presença de amido nos
discos oriundos dos frutos verdes e “de vez”.
Resultados
Nos frutos maduros a conversão (hidrólise) do amido em açúcares
simples e solúveis é evidente. O que fornece as boas características nos
frutos maduros (sabor adocicado). Nos frutos verdes o teor de amido é
bastante elevado o que favorece a reação com a solução de iodo
(coloração azulada intensa). Nos discos dos frutos maduros, apenas
traços de amido poderão causar pequenas estrias azuladas.
Perguntas
a) Quais as principais mudanças na composição química dos frutos
durante a maturação?
b) O que é amadurecimento?
c) O que ocorre com os pigmentos durante a maturação até o
amadurecimento completo dos frutos?
d) Comentar as etapas do desenvolvimento fisiológico dos frutos?
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Introdução
A transpiração é a perda de vapor de água, via estômatos,
cutícula e lenticelas, em função do gradiente de pressão de vapor de
água entre os dois sistemas (vegetal e ambiente). A redução quantitativa
de água via transpiração causa perda de turgescência (turgor),
comprometendo a aparência dos produtos vegetais (firmeza), com
conseqüente perda de qualidade comercial. A hidratação dos tecidos
vegetais é de fundamental importância para a manutenção da qualidade
dos produtos vegetais.
Objetivo
Observar a importância do conteúdo de água (turgescência) na
manutenção da qualidade pós-colheita e aceitação comercial de
produtos vegetais.
Materiais
- Balança analítica;
- Hortaliças folhosas: couve, alface, coentro ou cebolinha;
- Bandejas, sacos plásticos, etiquetas, termômetro e câmara refrigerada.
Procedimento
Separar três lotes (molho ou maço) da hortaliça folhosa
selecionada. Pesar individualmente os produtos em balança de precisão.
Acondicioná-los em bandejas identificadas. Submeter os produtos
vegetais aos tratamentos: 1) condição ambiente (laboratório); 2) câmara
refrigerada à 15ºC e 3) câmara refrigerada à 15ºC produtos
acondicionados em sacos plásticos. Após quatro e sete dias realizar
novas pesagens dos frutos e hortaliças. Comparar os valores obtidos e a
qualidade (aparência) dos produtos antes e após o armazenamento,
calculando-se também a perda de peso (massa) em percentagem.
Resultados
As hortaliças acondicionadas em condição ambiente (laboratório)
apresentarão perda de turgescência (perda de massa) acentuada em
relação aos lotes acondicionados sob refrigeração. Os produtos sob
refrigeração acondicionados em sacos plásticos apresentarão melhor
qualidade e menor perda de massa. A perda de aparência dos produtos
(sem turgescência) após quatro dias será um fator negativo, no que se
refere à qualidade comercial e aceitação pelo consumidor.
Perguntas
a) Defina turgescência.
b) Qual a importância da turgescência para as hortaliças folhosas e
frutos suculentos?
c) Como evitar ou atenuar a perda de água, via transpiração, em
hortaliças?
d) Quais os efeitos da refrigeração e do acondicionamento em sacos
plásticos no controle da perda de água em produtos vegetais?
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Introdução
A perda de vapor de água nos produtos vegetais ocorre devido à
diferença de gradiente de pressão de vapor de água entre os dois
sistemas (vegetal e ambiente). É possível estimar a perda quantitativa
de água, via transpiração, por meio de pesagens sucessivas ou por
diferença entre os valores iniciais e finais, após um período de
armazenamento. A manutenção da qualidade e da aparência é de
fundamental importância para a comercialização de frutos suculentos e
hortaliças folhosas.
Objetivo
Quantificar a perda de água via transpiração em frutos após
período de armazenamento.
Materiais
- Balança analítica;
- Frutos: tomate e laranja; bandejas plásticas, etiquetas, termômetro e
cera de carnaúba.
Procedimento
Separar três lotes de no mínimo um fruto de cada espécie
selecionada e pesá-los. Acondicionar cada lote em uma bandeja plástica
identificada. Submeter os lotes aos tratamentos: 1) frutos armazenados
em condição ambiente (laboratório); 2) aplicação de cera de carnaúba
somente na região do cálice dos frutos e armazenamento em condição
ambiente e 3) aplicação de cera de carnaúba em todo o fruto e
armazenamento em condição ambiente. Após quatro e sete dias realizar
a novas pesagens comparando os valores iniciais e finais. Calcular a
perda de massa (água) em percentagem: % de perda de massa = (MI –
MF/MI). 100, onde: MI = massa inicial (g); MF = massa final (g).
Comparar também a aparência dos frutos.
Resultados
Os frutos acondicionados em condição ambiente (1) e com
tratamento com a cera de carnaúba apenas na região do cálice (2)
apresentarão perda de turgescência acentuada em relação aos frutos
tratados completamente com a cera (3). A cera age como anti-
transpirante preservando o turgor dos frutos. Os frutos tratados com
cera na região do cálice (2) apresentarão menor perda de água em
comparação ao tratamento 1.
Perguntas
a) Nos frutos, quais os locais de maiores perdas de vapor de água para a
atmosfera?
b) Qual a importância prática da utilização de barreiras físicas que
evitem a perda da água em frutos e hortaliças?
c) Comentar alternativas para evitar a perda da turgescência em
produtos vegetais.
d) Como a temperatura e a umidade relativa no armazenamento
influenciam na transpiração dos frutos e hortaliças?
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Introdução
A temperatura certamente é um dos fatores ambientais mais
importantes na conservação de frutos e hortaliças. O aumento de
temperatura causa aumento de respiração, transpiração e perdas
quantitativas e qualitativas dos produtos vegetais. De maneira geral, a
redução de temperatura favorece o aumento da vida útil, aumentando o
tempo de armazenamento e comercialização. Os frutos respondem de
diferentes formas a variações de temperatura em função de sua
fisiologia, estádio de crescimento e composição química, dentre outros
aspectos. A Lei de “Van’t Hoff” relata que a velocidade das reações
biológicas pode aumentar de duas a três vezes para cada 10ºC de
aumento de temperatura (Q10).
Objetivo
Demonstrar os efeitos de diferentes temperaturas no controle da
maturação de frutos.
Materiais
- Frutos “de vez“ de banana e/ou tomate (climatéricos);
- Frutos verdes de lima ácida e/ou laranja (não climatéricos);
- Termômetros de mercúrio e câmara refrigerada;
- Bandejas plásticas e balança semi-analítica.
Procedimento
Separar dois lotes dos frutos selecionados com no mínimo um
fruto colocá-los bandejas identificadas. Os frutos de cada lote devem ser
pesados individualmente antes de submetê-los aos tratamentos: 1)
temperatura ambiente (laboratório) e 2) câmara refrigerada à
temperatura de 10ºC. Avaliar os frutos (massa, coloração e firmeza)
após quatro e sete dias de armazenamento. Se possível deve-se registrar
e monitorar as temperaturas nos dois ambientes.
Resultados
Os frutos acondicionados sob refrigeração terão seu processo de
maturação retardado, devido à diminuição da respiração e da
biossíntese e ação do etileno, principalmente, para os frutos
climatéricos (banana e tomate). A transpiração também sofre reduções
em condições de refrigeração. Poderá ocorrer, perda de massa
significativa nos frutos em ambientes mais aquecidos (laboratório). A
maturação destes frutos ocorrerá, também mais rapidamente.
Perguntas
a) Por que os frutos acondicionados em temperatura ambiente
amadurecem mais rapidamente, em comparação à refrigeração?
b) Explique as razões do melhor controle da maturação dos frutos
armazenados sob refrigeração.
c) Explique o comportamento dos frutos não climatéricos (lima ácida e
laranja) nos ambientes avaliados.
d) Qual a importância prática da refrigeração e do controle da
maturação dos frutos e hortaliças?
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Introdução
Dentre os atributos de qualidade a coloração dos produtos
vegetais é certamente o mais atrativo. Os produtos vegetais apresentam
uma grande diversidade de cores (verde, vermelho, amarelo, laranja,
púrpura, roxo, etc.) aspecto muito importante na determinação dos
estágios de desenvolvimento fisiológico destes produtos. Os pigmentos
são os responsáveis por esta diversidade de cores. Em hortaliças
folhosas a coloração é determinante na comercialização e aceitação por
parte do consumidor, geralmente a coloração verde é característica dos
produtos comercializados na maturidade hortícola.
Objetivo
Demonstrar a mudança de coloração (verde/amarelo) em
hortaliças folhosas e discutir o comprometimento na comercialização.
Materiais
- Hortaliças folhosas: couve, brócolis, coentro, cebolinha ou rúcula;
- bandejas plásticas;
- Sacos plásticos;
- Câmara refrigerada.
Procedimento
Separar quatro lotes (molho ou maço) de cada hortaliça
selecionada. Submeter os lotes aos seguintes tratamentos: 1)
acondicionado em saco plástico, em condição ambiente (laboratório); 2)
acondicionado em saco plástico, sob refrigeração a 10ºC; 3) em
bandejas, sem acondicionado em saco plástico, em condição ambiente
(laboratório); 4) em bandejas, sem acondicionado em saco plástico, sob
refrigeração a 10ºC. Realizar anotações diárias relacionadas à mudança
de coloração, perda de turgescência e massa, presença de
microrganismos, etc., em todos os tratamentos durante quatro dias.
Resultados
As hortaliças armazenadas em sacos plásticos em condição de
refrigeração (2) conseguirão manter a coloração verde e a turgescência
por mais tempo em relação aos outros tratamentos. Os tratamentos em
condição ambiente (1 e 3), rapidamente perderão a coloração verde
(amarelecimento) e a turgescência (mais flácidos). O tratamento 4
manterá a coloração verde e o turgor por mais tempo que 1 e 3, mas
inferior a 2.
Perguntas
a) Quais são os principais pigmentos presentes nos frutos e hortaliças?
b) Como a redução da temperatura interfere na expressão dos
pigmentos durante a maturação dos produtos vegetais?
c) Explique como o confinamento de hortaliças folhosas, sob
refrigeração, aumenta a vida útil destes produtos.
d) Em hortaliças folhosas quais são as características mais importantes
em termos de comercialização?
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Introdução
A formação de clorofila nos leucoplastos em batatas ocorre
quando os tubérculos ficam expostos à luz natural solar ou artificial
durante o armazenamento ou comercialização. Quanto maior o tempo
de exposição maior a intensidade da coloração verde. A solanina um
alcalóide de sabor amargo e tóxico ao homem é formado nos tecidos
verdes. Os produtos com esta desordem fisiológica não devem ser
consumidos. Para evitar tal desordem os tubérculos não devem ser
colocados, durante o armazenamento ou comercialização, em contato
com a luz (natural e/ou artificial) por muito tempo.
Objetivo
Demonstrar a formação da solanina (esverdecimento ou
“greening”) em batatas sujeitas à exposição à luz natural ou artificial
durante o armazenamento.
Materiais
- Tubérculos de batatas ou cenouras recém colhidas;
- Luz artificial ou natural;
- Bandejas plásticas;
- Câmara escura.
Procedimento
Separar dois lotes de tubérculos cada um com no mínimo três
unidades, acondicionados em bandejas. Submeter os lotes aos
seguintes tratamentos: 1) exposição à luz (natural ou artificial) e 2)
armazenamento em câmara escura. Manter os lotes de 7 a 14 dias nas
condições 1 e 2. Após este período comparar os tubérculos observando
onde houve a formação de solanina (coloração verde).
Resultados
As batatas armazenadas à luz (natural ou artificial) apresentarão
áreas com coloração verde (esverdecimento ou esverdeamento) em
função da formação da solanina, os tornando inviáveis para a
comercialização e consumo.
Perguntas
a) Comentar maneiras de evitar o aparecimento do esverdeamento em
tubérculos.
b) Quais os problemas do aparecimento deste distúrbio fisiológico em
batatas e cenouras?
c) Após quanto tempo, aproximadamente, de exposição os tubérculos
começaram a apresentar áreas de coloração verde?
d) Pode-se consumir os tubérculos com este distúrbio fisiológico? Por
quê?
Introdução
As perdas em pós-colheita são bem maiores em países em
desenvolvimento. As perdas são devidas, principalmente, aos danos
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Questionário proposto:
Entrevistador (a): _____________________________________________________
Número do questionário:______
Data da Entrevista: _____/_____/____________
AREA DA PESQUISA
Município / Estado (a):________________________________________________
1 - IDENTIFICAÇÃO DO VENDEDOR/COMERCIANTE:
1.1 Entrevistado (a):___________________________________________________
Cargo ou função:______________________________________________________
2 - INFORMAÇÕES SOBRE A COMPRA E VENDA DO PRODUTO
SELECIONADO
2.1 Onde compra o produto para a venda? ( ) Ceasa ( ) produtor rural
( ) outro___________________________________
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Introdução
As embalagens têm por função proteger os produtos vegetais
contra danos e/ou condições ambientais adversas (ex: temperatura,
ventos, umidade, etc.). A embalagem deve contribuir para a
conservação, comercialização e redução das perdas pós-colheita.
Existem os mais diversos materiais, formas, tipos, finalidades,
tamanhos e tecnologias, neste campo da pós-colheita. Somente
produtos de qualidade devem ser embalados.
Objetivo
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Introdução
As embalagens têm por finalidade proteger os produtos durante o
manuseio contra danos mecânicos e/ou perdas. As variações
ambientais (temperatura, umidade relativa, luz, etc.) podem causar
grandes perdas na qualidade inicial dos produtos vegetais. A utilização
de embalagens adequadas minimiza ou evita tais prejuízos.
Objetivo
Demonstrar as vantagens da utilização de embalagem na
manutenção da qualidade inicial de produtos vegetais.
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Materiais
- Frutos de boa qualidade de banana, tomate, cenoura ou laranja;
- Hortaliças folhosas de boa qualidade: alface, couve, brócolis ou
coentro;
- Sacos plásticos;
- Câmara de refrigeração;
- Termômetros de mercúrio;
- Bandejas plásticas.
Procedimento
Separar quatro lotes de cada fruto e hortaliça selecionados com
no mínimo uma unidade cada. Submetê-los aos seguintes tratamentos:
1) sem embalagem em condição ambiente (laboratório); 2)
acondicionados em sacos plásticos em condição ambiente (laboratório);
3) acondicionados em sacos plásticos em condição de refrigeração à
10ºC e 4) sem embalagem em condição de refrigeração à 10ºC. Registrar
a qualidade inicial dos produtos antes da instalação do ensaio (ex:
massa fresca). Realizar avaliações nos atributos de qualidade dos
produtos selecionados após quatro dias e sete dias da instalação.
Resultados
Os frutos e hortaliças armazenados em condições de refrigeração
e acondicionados em sacos plásticos (3) terão uma melhor manutenção
de suas qualidades iniciais. Apenas a refrigeração (4) sem embalagem,
já favorece a manutenção da qualidade. Os produtos armazenados em
condições de laboratório (1 e 2) perderão gradativamente os atributos de
qualidade comercial (coloração, massa fresca, turgescência, frescor e
firmeza).
Perguntas
a) Quais as principais funções das embalagens para produtos vegetais?
b) Quais os requisitos de uma boa embalagem?
c) O que ocorreu com os produtos não embalados em sacos plásticos?
d) Por que os produtos embalados em sacos plásticos e refrigerados
apresentaram melhores condições de conservação e utilização?
Introdução
Atmosfera modificada (AM) é um dos métodos mais utilizados
visando manter a qualidade dos produtos vegetais e aumentar a vida
útil, sendo utilizada na maioria dos casos associada à refrigeração. A
AM tende a reduzir a concentração de O2 e elevar a de CO2, reduzindo
assim a taxa de respiração, transpiração, biossíntese de etileno e o
crescimento de microrganismos. Neste sistema passivo não há controle
sobre as concentrações dos gases envolvidos. Geralmente são utilizados
filmes plásticos (poliméricos) para atingir o objetivo desejado. Pode-se
ter atmosfera modificada passiva e a atmosfera modificada ativa.
Objetivo
Demonstrar a utilização e o efeito da atmosfera modificada
passiva na manutenção da qualidade de frutos.
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Materiais
- Frutos “de vez” de banana, tomate, manga ou mamão;
- Hortaliças: couve, brócolis, cebolinha ou alface;
- Bandejas de poliestireno expandido, filmes plásticos e sacos plásticos;
- Etiquetas, balança analítica e câmara refrigerada.
Procedimento
Separar seis lotes de no mínimo um fruto cada um e seis lotes
(maço) da hortaliça selecionada. Em balança analítica obter o peso
(massa) inicial de cada lote. Submeter os produtos vegetais aos
seguintes tratamentos em condição ambiente (laboratório): 1) sem
atmosfera modificada – controle 1; 2) AM – saco plástico; 3) AM –
bandeja mais filme plástico. Em condição refrigerada (10 º ou 15ºC): 4)
sem atmosfera modificada – controle 2; 5) AM – saco plástico e 6) AM –
bandeja mais filme plástico. Identificar todos os tratamentos. Após
quatro e sete dias realizar a pesagens, observar os estádios de
maturação e atributos de qualidade dos produtos vegetais.
Resultados
Os frutos e hortaliças armazenados em AM em condição de
refrigeração terão um maior controle da maturação, transpiração,
aumento da vida útil e manutenção da qualidade. Os produtos vegetais
sem AM, em condição ambiente, irão amadurecer e envelhecer
(senescência) mais rapidamente, em comparação à refrigeração. Em
condição refrigerada, os produtos sem AM apresentaram melhor
qualidade em relação a condição ambiente.
Perguntas
a) Quais as vantagens da utilização da AM em produtos vegetais?
b) Quais as desvantagens da utilização da AM em produtos vegetais?
c) Explique por que ocorrem alterações nas concentrações dos gases
CO2 e O2 dentro da AM.
d) Por que a AM mais a refrigeração é mais eficiente na manutenção da
qualidade e aumento da vida útil dos produtos vegetais?
Introdução
O amadurecimento de frutos é um processo complexo que envolve
várias alterações bioquímicas, morfológicas e anatômicas. Vários
hormônios vegetais estão envolvidos no processo de maturação. O
etileno é com certeza o que mais influencia neste processo. Ele induz a
respiração climatérica em muitos frutos. As auxinas também podem
participar desse processo, principalmente, em altas concentrações. As
citocininas e o ácido giberélico, em geral retardam a maturação dos
frutos. A maturação dos frutos pode ser controlada pela ação de substâncias
reguladoras do crescimento.
Objetivo
Demonstrar o efeito de reguladores vegetais sobre a maturação de
frutos climatéricos e não climatéricos.
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Materiais
- Frutos verdes e completamente desenvolvidos de bananeira (Musa
spp.) e tomate (Lycopersicum esculentum Mill.) {climatéricos} e, lima
‘Tahiti’ (Citrus aurantifolia Swing) e laranja (Citrus sinensis (L.) Osbeck)
{não climatéricos};
- Recipientes grandes (capacidade 1 a 2 L) de vidro ou de plástico;
- Sacos de papel e de plástico de capacidade de 1 a 2 kg;
- Pincel atômico e etiquetas;
- Água destilada;
- Soluções aquosas de ácido giberélico (10% de GA3) 100 mg L-1,
ethephon (720 g L-1) 360, 720, 1080 e 1540 mg L-1 e Stimulate® 20 mL
L-1.
Procedimento
Pese 1,0 g de Pró-Gibb (ácido giberélico) 10% e complete ao
volume de 1000 mL. Use 0,5 mL de Ethrel (720 g L-1) em 1L de água
para conseguir a solução de 360 mg L-1; 1 mL de Ethrel em 1L de água
para se conseguir uma solução de 720 mg L-1; use 1,5 mL de Ethrel em
1 L de água para se conseguir uma solução de 1080 mg L-1; use 2 mL
de Ethrel em 1 L de água para conseguir uma solução de 1540 mg L-1.
Use 20 mL de Stimulate® diluído em um litro de água. Selecione pelo
menos dois frutos por tratamento. Submeter os frutos selecionados aos
seguintes tratamentos: 1) imersão pôr 20 minutos em água (controle);
2) imersão pôr 20 minutos nas soluções em soluções de ethephon; 3)
imersão pôr 20 minutos em solução de ácido giberélico; 4) imersão por
20 minutos em solução de Stimulate®; 5) acondicione os frutos em
sacos de polietileno transparente; 6) acondicione frutos em sacos de
papel. Após os tratamentos nas soluções devem-se deixar os frutos
secarem a sombra por 5 minutos. Em seguida todos os tratamentos de
imersão (1, 2, 3 e 4) devem ser embalados em sacos de papel
identificados. Observar após sete e quatorze dias as diferenças nos
estádios de maturação e atributos de qualidade.
Resultados
Os frutos climatéricos (banana e tomate) tratados com ethephon
amadurecerão precocemente em relação aos outros tratamentos.
Tratamentos com giberelina, Stimulate® e confinamento em saco de
polietileno atrasarão o amadurecimento dos frutos em relação ao
controle. Para os frutos não climatéricos (lima e laranja) os tratamentos
com ethephon, podem provocar o amarelecimento da casca
(desverdecimento).
Perguntas
a) Pôr quê o ethephon acelera a maturação dos frutos?
b) Como a giberelina e o Stimulate® atrasam o amarelecimento?
c) O que faz o confinamento em saco plástico atrasar a maturação dos
frutos?
d) O que são frutos climatéricos e não climatéricos? Exemplifique.
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Introdução
A utilização de substâncias reguladoras vegetais em pós-colheita
vem apresentando resultados promissores, em relação à conservação,
armazenamento, controle da maturação de produtos vegetais e, agem
também sobre o crescimento vegetal, inibição e ativação da biossíntese
e ação do etileno, dentro outros efeitos. As auxinas (ex: ácido
naftalenacético), ácido giberélico (GA), Stimulate®, citocininas,
Aminoetoxivinilglicina (AVG) e 1-metilciclopropeno (1-MCP), são alguns
exemplos destas substâncias.
Objetivo
Demonstrar a ação de substâncias reguladoras do crescimento na
retenção da senescência em cítricos.
Materiais
- Frutos verdes de lima ácida Tahiti;
- Solução de ácido giberélico (20% - 2 g de Pró-Gibb em solução);
- Solução de Stimulate® (20mL L-1);
- Recipientes plásticos, bandejas plásticas, Etiquetas.
Procedimento
Separar quatro lotes do fruto com no mínimo duas unidades
cada. Submeter os lotes aos seguintes tratamentos: 1) sem imersão em
água ou solução; 2) imersão em solução de ácido giberélico por 20
minutos; 3) imersão em solução de Stimulate® por 20 minutos e 4)
imersão em água por 20 minutos. Após os tratamentos armazenar em
condição ambiente (laboratório) em bandejas plásticas de 7 a 14 dias.
Realizar observações e anotações diárias em relação à coloração,
turgescência, firmeza e aparência. Se possível registrar por meio de
fotografias digitais.
Resultados
Os frutos não tratados com reguladores vegetais 1 e 4
apresentarão coloração amarelada (início da senescência) mais
rapidamente que os frutos tratados com as soluções de ácido giberélico
(2) e Stimulate® (3). Estas substâncias conseguem deter o
desverdecimento (senescência) mantendo os frutos por mais tempo com
a coloração verde (comercialmente aceitável). Caso os tratamentos
fossem armazenados sob refrigeração, os resultados seriam ainda mais
favoráveis.
Perguntas
a) Como agem as substâncias reguladoras do crescimento na retenção
do amarelecimento em limões?
b) Por que os frutos não tratados com os reguladores ficaram amarelos
mais rapidamente?
c) Qual a importância comercial de tratamentos desta natureza?
d) O que é senescência?
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Introdução
A utilização de substâncias reguladoras vegetais em pós-colheita
vem apresentando muitos resultados promissores, em relação à
conservação, armazenamento, antecipar e retardar a maturação de
frutos e hortaliças, coloração, firmeza, crescimento, inibição e ativação
da biossíntese e ação do etileno, etc. O ácido naftalenacético (NAA),
ácido giberélico (GA), Stimulate®, citocininas, Aminoetoxivinilglicina
(AVG), 2,4-D, IBA, etileno (Ethephon – ácido 2-cloetilfosfônico) e 1-MCP,
são alguns exemplos destas substâncias.
Objetivo
Demonstrar a ação de substâncias reguladoras vegetais sobre o
amadurecimento de tomates.
Materiais
- Frutos “de vez” e verdes de tomates;
- Solução de ácido giberélico – GA3 (20%);
- Solução de Stimulate® (20mL L-1);
- Recipientes plásticos;
- Bandejas plásticas;
- Etiquetas.
Procedimento
Separar quatro lotes do fruto selecionado com no mínimo duas
frutas cada lote e estádio de maturação. Submeter os lotes aos
seguintes tratamentos: 1) sem imersão em água ou solução; 2) imersão
em solução de ácido giberélico por 20 minutos; 3) imersão em solução
de Stimulate® por 20 minutos e 4) imersão em água por 20 minutos.
Após os tratamentos armazenar os frutos acondicionados em bandejas
plásticas de 9 a 18 dias, em condição ambiente (laboratório). Realizar
observações e anotações a cada três dias em relação à coloração,
turgescência, firmeza e aparência. Se possível registrar por meio de
fotografias digitais.
Resultados
Os frutos tratados não tratados (1) e não tratados com os
reguladores de crescimento (4), apresentarão coloração amarelada
(quebra de cor) mais rapidamente que os frutos tratados com as
soluções de ácido giberélico (2) e Stimulate® (3). Estas substâncias
conseguem deter a maturação mantendo os frutos por mais tempo com
a coloração verde. Caso os tratamentos fossem armazenados sob
refrigeração, os resultados seriam ainda mais favoráveis.
Perguntas
a) Como agem as substâncias reguladoras do crescimento na retenção
da maturação em frutos?
b) Por os frutos não tratados com os reguladores ficaram amarelados
mais rapidamente?
c) Qual a importância comercial de tratamentos desta natureza?
d) O que é maturação e amadurecimento?
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Introdução
A utilização de substâncias reguladoras vegetais em pós-colheita
vem apresentando muitos resultados promissores, em relação à
conservação, armazenamento, antecipar e ou retardar a maturação de
frutos e hortaliças, afetam a coloração, firmeza, crescimento,
biossíntese e ação do etileno. As auxinas, citocininas e ácido giberélico
possuem ações opositoras ao etileno durante a maturação de produtos
vegetais.
Objetivo
Demonstrar a ação de substâncias reguladoras vegetais sobre a
pós-colheita de frutos.
Materiais
- Frutos “de vez” e verdes de tomate e banana e, limão;
- Solução de ácido giberélico 10%;
- Solução de Stimulate® (20 mL L-1);
- Solução de Ethrel® (2,0 mL L-1);
- Recipientes plásticos, bandejas plásticas e etiquetas.
Procedimento
Separar quatro lotes dos frutos selecionados com um ou dois
frutos cada lote. Submeter os lotes aos seguintes tratamentos: 1) sem
imersão em água ou solução; 2) imersão em solução de ácido giberélico
por 20 minutos; 3) imersão em solução de Stimulate® por 20 minutos;
4) imersão em água por 20 minutos e 5) imersão em solução de Ethrel®
por 20 minutos. Após os tratamentos armazenar os frutos
acondicionados em bandejas plásticas identificadas durante 4 e 7 dias,
em condição ambiente (laboratório). Realizar observações e anotações
diárias em relação à coloração, turgescência, firmeza e aparência. Se
possível registrar por meio de fotografias digitais.
Resultados
Os frutos tratados não trat ados (1) e não tratados com os
reguladores de crescimento (4), apresentarão coloração amarelada
(quebra de cor) mais rapidamente que os frutos tratados com as
soluções de ácido giberélico (2) e Stimulate® (3). Estas substâncias
conseguem deter a maturação mantendo os frutos por mais tempo com
a coloração verde. Caso os tratamentos fossem armazenados sob
refrigeração, os resultados seriam ainda mais favoráveis.
Perguntas
a) Como agem algumas substâncias reguladoras do crescimento na
retenção da maturação em frutos?
b) Por os frutos tratados com a solução de Ethrel® ficaram amarelados
mais rapidamente?
c) Qual a importância comercial de tratamentos desta natureza?
d) Como as soluções de ácido giberélico e Stimulate® agiram sobre
maturação dos frutos?
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Introdução
A exposição de produtos vegetais ao etileno exógeno leva a uma
degradação da clorofila (coloração verde) pela ação da clorofilase. O
desverdecimento é uma prática utilizada em frutos cítricos e bananas
(climatização) visando melhor comercialização. Em câmaras a
concentração do etileno deve ser baixa (ex: 1 a 5 mL L-1, 28 a 29ºC e UR
entre 90 a 95%), em curto espaço de tempo, seguido de ventilação com
ar fresco. Esta prática favorece a comercialização dos produtos, devido à
aparência de maduro dos produtos vegetais.
Objetivo
Demonstrar o método do desverdecimento em frutos com a
utilização do etileno.
Materiais
- Frutos de coloração verde de laranja ou limão e banana;
- Solução de etileno (Ethrel 1080 mg L-1: use 2 mL de Ethrel em 1 L de
água);
- Recipientes plásticos;
- Sacos de papel;
- Sacos plásticos e bandejas plásticas.
Procedimento
Separar quatro lotes de cada produto vegetal selecionado com no
mínimo um fruto. Submeter os lotes aos seguintes tratamentos: 1)
imersão em água durante 20 minutos; 2) imersão na solução de Ethrel
durante 20 minutos; 3) acondicionamento em sacos de papel; 4)
acondicionamento em sacos plásticos. Colocar os frutos tratados em
bandejas identificadas e manter em condição ambiente (laboratório)
durante quatro a sete dias. Após este período observar os atributos de
qualidade dos frutos (coloração, firmeza, perda de massa, odores, sabor,
etc.), comparando os tratamentos.
Resultados
Os frutos tratados com a solução de etileno (2) apresentarão
coloração amarelada mais cedo em relação aos frutos imersos em água
(1) após alguns dias da instalação. Os frutos de banana (climatéricos)
acondicionados em sacos plásticos (4) ou sacos de papel (3), também
poderão apresentar coloração amarelada, em função do confinamento e
aumento da respiração dos frutos (etileno endógeno). Comportamento
este não será registrado nos frutos de laranja ou limão (não
climatéricos).
Perguntas
a) Como age o etileno na perda da coloração verde em frutos?
b) Qual a importância prática da aplicação de etileno em frutos?
c) Como controlar a ação do etileno endógeno na mudança de coloração
em frutos e hortaliças?
c) Como explicar a mudança de coloração nos frutos confinados em
sacos plásticos e de papel, sem imersão na solução de etileno?
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Introdução
Danos mecânicos são ferimentos ou lesões (abrasões, cortes,
rupturas ou amassamentos) que ocorrem nos tecidos vegetais,
provocados por forças externas. Podem ocorrer em qualquer etapa da
cadeia de comercialização (colheita até o consumidor). Eles provocam
reduções significativas nos atributos de qualidade dos produtos
vegetais, podendo causar até a perda total do produto. Existe muita
dificuldade em estimar estes tipos de perdas em pós-colheita em função
da complexidade entre os processos envolvidos.
Objetivo
Demonstrar os efeitos de danos mecânicos, em pós-colheita, sobre
a qualidade de frutos.
Materiais
- Frutos “de vez”: manga, mamão ou tomate;
- Faca ou estilete e lixa de ferro;
- bandejas plásticas;
- Etiquetas;
- Caneta de retroprojetor (preta ou vermelha).
Procedimento
Separar quatro lotes do fruto selecionado com no mínimo um
fruto cada. Submeter os lotes aos seguintes tratamentos: 1) sem
nenhum dano físico; 2) dano físico por abrasão (utilizar a lixa de ferro);
3) dano físico por corte (utilizar faca ou estilete) e 4) dano por impacto
(queda do produto de uma altura de 1 metro). Se possível fotografar os
tratamentos antes, durante e após do ensaio. Os danos devem ser
suaves e superficiais, delimitando as regiões danificadas em cada fruto
(caneta de retroprojetor). Armazenar em condição ambiente (laboratório)
e observar após quarto e sete dias. Observar as alterações nos atributos
de qualidade dos frutos.
Resultados
Os frutos que sofreram danos mecânicos (2, 3 e 4) apresentarão
perdas de qualidade comercial, nutricional e/ou presença de agentes
patogênicos (ataque por microrganismos) após o período de
armazenamento. Os danos mecânicos ou físicos provocam perda de
qualidade e comercialização dos produtos vegetais.
Perguntas
a) Quais os tipos de danos que podemos encontrar em produtos
vegetais?
b) Como podemos evitar ou atenuar as perdas em pós-colheita oriundas
de danos mecânicos?
c) Qual a influencia dos espaços gasosos intercelulares na manifestação
de danos mecânicos?
d) Em sua opinião, onde ocorrem os maiores índices de perdas por
danos físicos na cadeia de comercialização?
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Introdução
Danos mecânicos causados por ferimentos causam perda de
integridade física das estruturas do tecido vegetal. Mudanças
fisiológicas ocorrem tais como divisão celular, aumento da respiração,
liberação de substâncias e produção de etileno, principalmente, em
frutos climatéricos. O etileno é conhecido como o “hormônio do
amadurecimento”. Sua biossíntese pode ser desencadeada em
condições de estresse. Frutos climatéricos danificados amadurecem
mais rapidamente, favorecendo redução da qualidade comercial e a vida
útil do produto.
Objetivo
Demonstrar que em frutos climatéricos danificados a produção
endógena de etileno é antecipada e, conseqüentemente o seu
amadurecimento.
Materiais
- Frutos “de vez” de banana, tomate, manga ou mamão;
- Faca, estilete, bandejas plásticas e etiquetas, lixa de ferro e câmara de
refrigeração.
Procedimento
Separar seis lotes do fruto selecionado com no mínimo um fruto
cada. Submeter os lotes aos tratamentos: 1) frutos intactos sem
nenhum dano mecânico, em condição ambiente (laboratório); 2) frutos
danificados por corte, em condição ambiente (laboratório); 3) frutos
danificados por abrasão, em condição ambiente (laboratório); 4) frutos
intactos sem nenhum dano mecânico, sob refrigeração a 10ºC; 5) frutos
danificados por corte, sob refrigeração a 10ºC; 6) frutos danificados por
abrasão, sob refrigeração a 10ºC. Após aplicação dos tratamentos,
colocar os lotes em bandejas plásticas identificadas e mantê-los
armazenados. Após quatro e sete dias comparar os tratamentos quanto
ao estágio de maturação e atributos de qualidade.
Resultados
Os frutos danificados dos tratamentos (2, 3, 5 e 6) de maneira
geral irão apresentar alterações relacionadas ao amadurecimento mais
rapidamente. Todavia, os tratamentos 5 e 6 terão o amadurecimento
mais lentamente instalado, devido à condição de refrigeração. Os frutos
intactos (1 e 4) amadureceram mais lentamente, principalmente os
armazenados sob refrigeração (4). Podridões poderão ser observadas nos
locais das lesões, causando perda de qualidade e redução da vida útil.
Perguntas
a) Quais são os efeitos do etileno sobre a maturação dos frutos?
b) Quais os efeitos benéficos da refrigeração?
c) Se fossem utilizados frutos não-climatérios no mesmo estádio de
maturação o que poderia ocorrer?
d) Quais as vantagens da utilização do etileno no amadurecimento de
frutos.
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Introdução
Nos tecidos vegetais danificados enzimas oxidativas como as
polifenoloxidases (PFO) e peroxidases (POD) podem atuar sobre
substratos fenólicos na presença do oxigênio, formando quinonas
(coloração vermelha a marrom-avermelhada). A polimerização forma
macromoléculas escuras designadas de melanoprotéinas (melaninas ou
melanoidinas), responsáveis pelo escurecimento dos tecidos. Agentes
redutores (ex: ácido ascórbico) podem causar a inativação das PFO
evitando o escurecimento enzimático (melaninas).
Objetivo
Demonstrar a reação de escurecimento enzimático e a produção
de melaninas, em frutos sujeitos a quebra da integridade física.
Materiais
- Frutos de bananas (“de vez”), batata, maça ou pêra;
- Faca ou lâmina, bandejas plásticas, ácido ascórbico (suco de limão);
- Câmara refrigerada.
Procedimento
Separar seis lotes da fruta selecionada com um fruto cada.
Submeter os lotes aos seguintes tratamentos: 1) frutos intactos sem
nenhum dano físico, armazenados em condição ambiente (laboratório);
2) frutos intactos sem nenhum dano físico, armazenados sob
refrigeração à 10ºC; 3) frutos cortados em quatro partes, armazenados
em condição ambiente (laboratório); 4) frutos cortados em quatro
partes, armazenados em refrigerador a 10ºC; 5) frutos cortados em
quatro partes, armazenados em refrigerador à 10ºC, com suas áreas de
corte colocadas em contato com ácido ascórbico (suco de limão) e 6)
frutos cortados em quatro partes, em condição ambiente (laboratório),
com suas áreas de corte colocadas em contato com ácido ascórbico
(suco de limão). Observar imediatamente após os cortes e diariamente
todos os tratamentos registrando o aparecimento de coloração escura,
principalmente, nos frutos danificados, durante 3 dias.
Resultados
Nos frutos que sofreram cortes (3 e 4) a coloração escura
(escurecimento enzimático) irá se desenvolver rapidamente após o corte.
Nos frutos cortados, mas tratados com ácido ascórbico (5 e 6) não
ocorrerá o escurecimento enzimático evidente, devido à ação do anti-
oxidante na inativação da PFO ou redução das quinonas. A refrigeração
favorece a conservação dos frutos e diminuição do escurecimento
enzimático.
Perguntas
a) Comentar as reações de escurecimento enzimático (PFO e POD).
b) Quais problemas o escurecimento enzimático pode trazer na
manipulação de produtos vegetais com esta predisposição.
c) O escurecimento enzimático depende de quais fatores para sua ação?
d) Apresente maneiras de atenuar este distúrbio fisiológico.
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Introdução
Quando ocorrem ferimentos nos tecidos vegetais, enzimas
oxidativas como as polifenoloxidases (PFO) e peroxidases (POD) podem
atuar sobre substratos fenólicos na presença do oxigênio, formando
quinonas (coloração vermelha a marrom-avermelhada). Posteriormente,
a polimerização forma macromoléculas escuras designadas de
melanoprotéinas (melaninas ou melanoidinas), responsáveis pelo
escurecimento dos tecidos, após reações com aminoácidos e proteínas.
È desejável uma baixa atividade da PFO para o consumo ou para o
processamento. A utilização de agentes redutores (ex. ácido ascórbico)
pode causar a inativação das PFO ou redução das quinonas, evitando o
escurecimento enzimático (melaninas).
Objetivo
Demonstrar a reação de escurecimento enzimático, produção de
melaninas, em frutos sujeitos a quebra da integridade física.
Materiais
- Frutos de bananas (“de vez”), batata, maça ou pêra;
- Faca ou lâmina;
- Bandejas plásticas;
- Ácido ascórbico (suco de limão);
- Câmara refrigerada.
Procedimento
Separar dois lotes da fruta selecionada com um ou dois frutos
cada. Submeter os lotes aos seguintes tratamentos: 1) frutos cortados
em quatro partes, armazenados em refrigerador a 15ºC; 2) frutos
cortados em quatro partes, armazenados em refrigerador à 15ºC, com
suas áreas de corte colocadas em contato com ácido ascórbico (suco de
limão). Observar imediatamente após os cortes e diariamente todos os
tratamentos registrando o aparecimento de coloração escura,
principalmente, nos frutos danificados, durante 3 dias.
Resultados
Nos frutos que sofreram cortes a coloração escura (escurecimento
enzimático) irá se desenvolver rapidamente após o corte. Nos frutos
cortados, mas tratados com ácido ascórbico não ocorrerá o
escurecimento enzimático evidente, devido à ação anti-oxidante do
ácido ascórbico na inativação da PFO ou redução das quinonas. A
refrigeração favorece a conservação dos frutos e diminuição do
escurecimento enzimático.
Perguntas
a) Apresente o esquema das reações de escurecimento enzimático de
fenóis pelas enzimas PFO e POD.
b) Quais problemas o escurecimento enzimático pode trazer na
manipulação de produtos vegetais com esta predisposição.
c) O escurecimento enzimático depende de quais fatores para sua ação?
d) Apresente maneiras de atenuar este distúrbio fisiológico.
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Introdução
Adstringência (adstringere = apertar, estreitar, prender...) ocorre
quando substâncias fenólicas solúveis em água (taninos) formam
complexos com as proteínas e glicoproteínas do epitélio mucoso,
induzindo uma diminuição lubrificante (precipitação) e a sensação de
adstringência na boca. Frutos como banana, caqui, caju e maçã ainda
verdes apresentam esta característica quando degustados. Em
pequenas proporções (ex: uvas pigmentadas) este aspecto pode
contribuir para o aroma e sabor (“flavor”) apreciáveis em vinhos. A
perda da adstringência ocorre com o amadurecimento natural ou
induzido, em função da coagulação ou condensação ou polimerização
dos taninos, tornando-os insolúveis.
Objetivo
Demonstrar a presença da adstringência em frutos verdes e sua
perda com a antecipação do amadurecimento.
Materiais
- Frutos verdes (“de vez”) de banana, caqui, caju ou maçã;
- Solução de etileno: Ethephon (720 g L-1) 1080 mg L-1 (2,0 mL L-1);
- Bandejas plásticas;
- sacos plásticos;
- Etiquetas.
Procedimento
Separar quatro lotes do fruto selecionado com no mínimo um
fruto cada. Submetê-los aos seguintes tratamentos: 1) controle (sem
nenhum tratamento de imersão); 2) imersão em água durante 20
minutos; 3) imersão solução de etileno durante 20 minutos e 4)
acondicionamento em sacos plásticos fechados. Avaliar diariamente até
quatro dias após a instalação. Observar os atributos de qualidade
sensorial (degustação) antes da instalação e ao final do ensaio.
Resultados
Os frutos tratados com solução de etileno (3) amadurecerão mais
rapidamente com perda da adstringência, mudança de coloração e
amaciamento da polpa. Os frutos controle (1) e submetidos à imersão
em água (2) amadurecerão mais lentamente. Os frutos acondicionados
em sacos plásticos também apresentarão amadurecimento satisfatório.
Perguntas
a) Comentar outras maneiras de perder a adstringência em frutos?
b) Como a aplicação de etileno contribui para a perda da adstringência?
c) A adstringência é decorrente de qual reação química?
d) O que são taninos?
Introdução
A desordem fisiológica pelo frio, dano pelo frio, injúria por baixas
temperaturas ou (“chilling injury”), ocorre quando produtos de origem
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Introdução
O ponto de congelamento dos produtos vegetais é levemente
inferior a 0ºC. Neste processo ocorre formação de cristais de gelo nos
tecidos vegetais. Para evitar este tipo de dano deve-se utilizar a
Temperatura Mínima de Segurança (TMS). Para produtos de origem
tropical a TMS varia de 8º a 12ºC e para os de origem temperada de 3º a
4ºC. O congelamento causa desidratação, colapso das células e
liberação de odores fortes. É letal quando ocorre de forma intracelular.
Após o descongelamento dos produtos ocorre exudação de líquido, com
perda de firmeza e aspecto de encharcado.
Objetivo
Apresentar os efeitos danosos do congelamento sobre os atributos
de qualidade de frutos e hortaliças.
Materiais
- Frutos: banana, tomate, abacate ou mamão;
- Hortaliças: pepino, quiabo ou batata;
- Bandejas plásticas;
- Freezer.
Procedimento
Separar lotes de frutos e hortaliças selecionadas, com no mínimo
um produto cada. Colocá-los em bandejas e armazená-los em
refrigerador (freezer) a uma temperatura inferior a -2ºC durante três
dias. Para melhor comparação manter lotes dos produtos escolhidos em
condição de refrigeração (15ºC). Após este período retirar os produtos
congelados e deixá-los em condição ambiente (laboratório). Após o total
descongelamento observar e comparar os tratamentos: textura, firmeza,
presença de odores, liberação de líquidos, integridade dos tecidos
(atributos de qualidade).
Resultados
Os produtos submetidos ao processo de congelamento
inicialmente apresentarão um aspecto de muita rigidez e mudanças de
coloração (marrom ou preta). Após o descongelamento será visível a
falta de firmeza, enrugamento e a presença de líquidos nos tecidos
vegetais (encharcados). Os produtos mantidos em refrigeração seguiram
o processo de maturação normalmente.
Perguntas
a) Quais os principais danos causados pelo congelamento prolongado?
b) Explique por que as células desidratam durante o período de
congelamento?
c) Qual a diferença de dano pelo frio e dano por congelamento?
d) Quando o congelamento deve ser utilizado e quais suas vantagens?
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Introdução
Hortaliças minimamente processadas passam por modificações
físicas marcantes {higienização, descascamento, cortes (picados,
fatiados, torneados ou ralados) e tratamentos de preservação}, mas
mantêm o aspecto de recém colhido (frescor). Os aspectos mais
importantes na obtenção de produtos desta natureza são: utilização de
matéria prima de ótima qualidade, higienização e a manutenção da
cadeia de frio. O processamento mínimo é uma tecnologia alternativa
para a redução das perdas pós-colheita de produtos perecíveis e que
pode contribuir para um maior desenvolvimento da agroindústria.
Objetivo
Realizar uma simulação de fluxograma básico para o
processamento mínimo de hortaliças.
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HORTALIÇAS
Cultivo
Colheita
Transporte
Recepção e Inspeção
Seleção
Classificação
Estocagem
Lavação
Descascamento
Corte
Enxágüe
Sanitização 1
Sanitização 2
Centrifugação
Embalagem
Refrigeração
Distribuição
Perguntas
a) Quais as vantagens do processamento mínimo de hortaliças?
b) Quais as desvantagens do processamento mínimo de hortaliças?
c) Quais as maiores dificuldades na implementação do processamento
mínimo de hortaliças?
d) O sucesso do processamento mínimo de hortaliças depende de quais
aspectos?
Introdução
Frutas minimamente processadas passam por alterações físicas
(higienização, descascamento, cortes e tratamentos de preservação),
mas mantêm o aspecto de recém colhido (frescor). Todavia, não são
nutricionalmente iguais ao produto integro e fresco. Os aspectos mais
importantes na obtenção de produtos desta natureza são: utilização de
matéria prima de ótima qualidade, higienização e manutenção da cadeia
de frio. O processamento mínimo é uma tecnologia alternativa para a
redução das perdas pós-colheita de produtos perecíveis.
Objetivo
Realizar uma simulação de fluxograma básico para o
processamento mínimo de frutas.
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FRUTAS
Cultivo
Colheita
Transporte
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Recepção e Inspeção
Seleção
Classificação
Estocagem
Lavação
Sanitização 1
Descascamento
Corte
Sanitização 2
Drenagem
Embalagem
Refrigeração
Distribuição
Perguntas
a) Quais as vantagens do processamento mínimo de frutas?
b) Quais as desvantagens do processamento mínimo de frutas?
c) Quais as maiores dificuldades na implementação do processamento
mínimo de frutas?
d) O sucesso do processamento mínimo de frutas depende de quais
aspectos?
Introdução
Frutas minimamente processadas passam por alterações físicas
(higienização, descascamento, cortes e tratamentos de preservação),
mas mantêm o aspecto de recém colhido (frescor). Os aspectos mais
importantes na obtenção de produtos desta natureza são: utilização de
matéria prima de ótima qualidade, higienização e manutenção da cadeia
de frio. O processamento mínimo é uma tecnologia alternativa para a
redução das perdas pós-colheita.
Objetivo
Realizar uma simulação de fluxograma básico para o
processamento mínimo de frutas cítricas.
Materiais
- Frutas cítricas em ótimo estado de maturação para o consumo;
- Detergente neutro, água clorada, escovas, caixas plásticas
higienizadas, câmara de refrigeração, cloro ativo, facas de aço
inoxidável, luvas de plástico, bacias plásticas higienizadas, bandejas de
poliestireno expandido, filme de cloreto de polivinila (PVC), avental,
toucas, mascaras e luvas.
Procedimento
Adquirir frutas com ótima qualidade e em estado ideal de
maturação. Descartar os frutos com defeitos, fora do padrão ou com
incidência de podridão. Lavagem os frutos selecionados em detergente
neutro e água clorada a 5ºC (100 a 200 mg L-1 de cloro livre).
Sanitização em água clorada (100 a 200 mg L-1 de cloro livre) por
aproximadamente 10 minutos. Descascamento manual com facas
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Introdução
Produtos vegetais minimamente processados passam por
modificações físicas marcantes {higienização, descascamento, cortes
(picados, fatiados, torneados ou ralados) e tratamentos de preservação},
mas mantêm o aspecto de recém colhido (frescor). Após as modificações
físicas os produtos ficam mais suscetíveis ao extravasamento de
material intracelular, ataques de microrganismos e aos processos de
deterioração, o que afeta negativamente a sua conservação e tempo de
comercialização.
Objetivo
Demonstrar que produtos vegetais após o processamento mínimo
possuem tempo de vida útil mais curto.
Materiais
- Frutos, raízes e tubérculos: cenoura, batatas, pimentão, tomate ou
beterraba;
- Hortaliças folhosas: couve, coentro, alface, espinafre ou cebolinha;
- Facas e ralador, bandejas plásticas, filme ou sacos plástico, solução
sanitizante (150 a 200 mg L-1 de cloro ativo), escorredor, refrigerador e
etiquetas.
Procedimento
Separar seis lotes do fruto, raiz ou tubérculo selecionado com no
mínimo duas unidades cada e seis molhos (maço) da hortaliça
selecionada. Submeter os lotes aos seguintes tratamentos: 1) sem
nenhuma modificação física (integro) em condição ambiente
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