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São Paulo
2021
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São Paulo
2021
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BANCA EXAMINADORA
___________________________________________
Prof.ª Dra. Patrícia Tuma Martins Bertolin
Universidade Presbiterana Mackenzie
_____________________________________________
Prof.ª Dra. Mariana Chies Santiago Santos
NEV-USP
_____________________________________________
Prof.ª Dra. Ana Claudia Pompeu Torezan Andreucci
Universidade Presbiterana Mackenzie
5
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
Gender and childhood are rarely placed under the same perspective, making
the panoramas of childhood in gender and gender studies in childhood
studies unusual. In the second group, the adultcentric view still prevails, with
the perspective focused on the research expectations of adults in the social
constructions that permeate childhood. Through bibliographical research, it
was established, as a starting point, that patriarchal domination also affects
children in the logic of power relations, remaining in a lower position than
adults, as well as women in relation to men. In order to recognize the
importance and specificities of Early Childhood, in 2013, Bill No. 6.998 was
proposed to discuss the guidelines for the elaboration of public policies aimed
at this public. In the analysis of the discussions, amendments and
propositions of this Project, attention was focused on the relevance of gender
issues in the discussions raised; whether the gender category would be
considered as a factor in the elaboration of public policies for Early Childhood.
Next, we analyzed the advances in girls' rights in Brazil, from the perspective
of the Sustainable Development Goals (SDGs), elaborated by the United
Nations in 2015 – also known as the 2030 Agenda. Thus, it was possible to
unveil the advances from the gender perspective in the guidelines for Early
Childhood and the Brazilian position in the fulfillment of the 2030 Agenda, in
search of a more accessible and egalitarian society.
SUMÁRIO
Introdução...................................................................................................................10
1. Gênero, Primeira Infância e Dominação......................................................... 14
2. O PL nº 6.998/2013: gênero importa?............................................................. 23
2.1. Justificativa .....................................................................................................35
2.1.1. Emendas..........................................................................................................39
2. 1. 2. Substitutivo......................................................................................................43
2. 1. 3. Emendas ao Substitutivo................................................................................50
2. 2. Primeira Infância e Gênero: por que não combinariam? .................................60
3. As Meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: um olhar sobre os
direitos das meninas.................................................................................................. 70
3.1. Adultocentrismo, Patriarcado e Primeira Infância ........................................... 89
3.1.1. O Direito de Participar: linguagens para a liberdade........................................ 94
Considerações Finais ................................................................................................ 99
Referências ..............................................................................................................102
10
INTRODUÇÃO
1
Também autor de contos como A Pequena Sereia, O Soldadinho de Chumbo, O Patinho Feio e A Branca
de Neve.
2
SANMAX, Bel. As origens da história de Frozen. Disponível em:
https://blog.saraiva.com.br/frozen/#:~:text=Na%20f%C3%A1bula%20original%20de%20Hans,o%20seu%
20reino%20de%20gelo.. Acesso em 17.06.2021.
11
3
CIFALI, Ana Claudia; CHIES-SANTOS, Mariana; ALVAREZ, Marcos César. Justiça Juvenil no Brasil
– continuidades e rupturas. In: Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 32, n. 3, sep-dec. 2020,
p. 197-228.
4
ANDREUCCI, Ana Claudia Pompeu Torezan; CARACIOLA, Andrea Boari. ECA como uma rede
principiológica: a interpretação construtiva dos direitos da criança e do adolescente, e a compreensão
teleológica da Lei Menino Bernardo. In: Estudos sobre a violência contra a criança e do
adolescente. (Org.) PIRES, Antonio Cecílio Moreira [et al.]. São Paulo: Libro, 2016, p. 171.
12
5
MÉNDEZ, Emilio García. Infância, lei e democracia: uma questão de justiça. In: Revista Brasileira
Adolescência e Conflitualidade, n. 8, 2013, p.p. 1-22.
6
MARCHI, Rita de Cássia. Gênero, infância e relações de poder: interrogações epistemológicas. In:
Caderno Pagu, n. 37, jul-dec 2011, p. 389.
7
NASCIMENTO, Claudia Terra do Nascimento; BRANCHER, Vantoir Roberto; OLIVEIRA, Valeska
Fortes de. A construção social do conceito de infância: algumas interlocuções históricas e sociológicas.
In: Revista Olhar do Professor, p. 5.
8
MARCHI, Rita de Cássia. Gênero, infância e relações de poder: interrogações epistemológicas. In:
Caderno Pagu, n. 37, jul-dec 2011, p. 391.
15
9
MARCHI, Rita de Cássia. Gênero, infância e relações de poder: interrogações epistemológicas. In:
Caderno Pagu, n. 37, jul-dec 2011, p. 392.
10
Utilizando-se dos estudos de Jenks, Rita de Cássia Marchi destaca o impacto da socialização: “Tal
como a educação formal, a socialização é um processo violento e doloroso no sentido, muito político,
de que todas as pessoas são constrangidas a se tornar determinadas categorias de ser em vez de
outras..” (JENKS, 2002:203 apud MARCHI, Rita de Cássia. Gênero, infância e relações de poder:
interrogações epistemológicas. In: Caderno Pagu, n. 37, jul-dec 2011, p. 394.).
11
MARCHI, Rita de Cássia. Gênero, infância e relações de poder: interrogações epistemológicas. In:
Caderno Pagu, n. 37, jul-dec 2011, p. 395.
16
12
BEAUVOIR, S. O segundo sexo: fatos e mitos. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1980, p. 661.
13
Segundo Saffioti, “gênero” não diz respeito apenas a uma categoria social, mas também histórica,
sendo que cada autora feminista enfatiza aspectos diferentes de gênero, ainda que haja o consenso
da construção social (SAFFIOTI, Heleieth I. B. Gênero, patriarcado e violência. Editora Perseu Abramo,
2004, pp. 44-45).
14
MARCHI, Rita de Cássia. Gênero, infância e relações de poder: interrogações epistemológicas. In:
Caderno Pagu, n. 37, jul-dec 2011, p. 399.
17
A força da ordem masculina pode ser aferida pelo fato de que ela não precisa
de justificação: a visão androcêntrica se impõe como neutra e não tem
necessidade de se enunciar, visando sua legitimação. A ordem social
funciona como uma imensa máquina simbólica, tendendo a ratificar a
dominação masculina na qual se funda: é a divisão social do trabalho,
distribuição muito restrita das atividades atribuídas a cada um dos dois sexos,
de seu lugar, seu momento, seus instrumentos; é a estrutura do espaço,
opondo o lugar de assembleia ou de mercado, reservados aos homens, e a
casa, reservada às mulheres (...)
15
BOURDIEU, Pierre. A Dominação Masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Editora, 2002.
16
Idem.
17
Ibidem.
18
SAFFIOTI, H. I. B. Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero. In: Cadernos Pagu,
n. 16, 2001, p. 116.
19
Idem, p.119.
18
20
Bourdieu assim a define: “A violência simbólica institui-se por meio da adesão que o dominado não
pode deixar de conceder ao dominador (logo, à dominação), uma vez que ele não dispõe para pensá-
lo ou pensar a si próprio, ou melhor, para pensar sua relação com ele, senão de instrumentos de
conhecimento que ambos têm em comum e que, não sendo senão a forma incorporada da relação de
dominação, mostram esta relação como natural; ou, em outros termos, que os esquemas que ele
mobiliza para se perceber e se avaliar ou para perceber e avaliar o dominador são o produto da
incorporação de classificações, assim naturalizadas, das quais seu ser social é o produto” (BOURDIEU,
Pierre. A Dominação Masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Editora, 2002).
21
BOURDIEU, Pierre. A Dominação Masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Editora, 2002.
22
BEAUVOIR, S. O segundo sexo: fatos e mitos. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1980, p. 267.
23
Ibidem, p. 269.
19
24
WEBER, Max. Estruturas do Poder. In: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos
e Científicos Editora S.A., 1982, p. 192.
25
Idem, p. 188.
26
Ibidem, p. 191.
27
WEBER, Max. A Sociologia da Autoridade Carismática. In: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro:
LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1982, p. 283.
20
28
WEBER, Max. In: Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Vol. 2. São
Paulo: Editora Universidade de Brasília, 1999, p. 193.
29
WEBER, Max. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. São Paulo: Editora
Universidade de Brasília, 1999, p. 235.
21
30
BEAUVOIR, S. O segundo sexo: fatos e mitos. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1980, p. 267.
31
SAFFIOTI, H. I. B. Gênero, patriarcado e violência. Editora Perseu Abramo, 2004, p. 106.
32
SAFFIOTI, H. I. B. Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero. In: Cadernos Pagu,
n. 16, 2001, p. 115.
33
De acordo com Saffioti, “A ordem das bicadas na sociedade humana é muito complexa, uma vez que
resulta de três hierarquias/ contradições – de gênero, de etnia e de classe. O importante a reter consiste
no fato de o patriarca, exatamente por ser todo poderoso, contar com numerosos asseclas para a
implementação e a defesa diuturna da ordem de gênero garantidora de seus privilégios”. (SAFFIOTI,
H. I. B. Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero. In: Cadernos Pagu, n. 16, 2001,
p. 117).
34
SAFFIOTI, H. I. B. Gênero, patriarcado e violência. Editora Perseu Abramo, 2004, pp. 17-18.
22
35
SAFFIOTI, H. I. B. Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero. In: Cadernos Pagu,
n. 16, 2001, p. 123.
36
SAFFIOTI, H. I. B. Gênero, patriarcado e violência. Editora Perseu Abramo, 2004, p. 35.
23
37
MENDEZ, Emílio Garcia. Infância, lei e democracia: uma questão de justiça. In: Revista Brasileira
Adolescência e Conflitualidade, n. 8, 2013, p. 5.
38
Cifali, Chies-Santos e Alvarez, em referência a outro trabalho de Emílio Garcia Mendez, acrescentam
uma etapa anterior às mencionadas, compreendida entre o século XIX até 1919, resgatando que a
responsabilidade penal de crianças – a partir de sete anos de idade - e adolescentes era equiparada a
dos adultos. (CIFALI, Ana Claudia; CHIES-SANTOS, Mariana; ALVAREZ, Marcos César. Justiça
Juvenil no Brasil – continuidades e rupturas. In: Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 32, n.
3, Sep-Dec. 2020, p. 198).
39
Após a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que os reconheceram como pré-requisito para
a paz, a justiça e a democracia, foi entendido que crianças e adolescentes – na sua condição de seres
humanos - também são detentoras de todos os direitos humanos. (Os Direitos das Crianças e dos
Adolescentes. Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/os-direitos-das-criancas-e-dos-
24
adolescentes>. Acesso em 17.12.2020). Assim, em 1959, a Assembleia Geral das Nações Unidas
aprovou a Declaração dos Direitos da Criança, em decorrência de discussões que vinham ocorrendo
desde a década de 1920. (Declaração dos Direitos da Criança. 1959. Disponível em: <
http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Crian%C3%A7a/declaracao-dos-direitos-da-
crianca.html>. Acesso em 18.12.2020.
40
Esta Convenção foi resultado de uma década de trabalhos preparatórios, tendo sido ratificado por
196 países, com a exceção dos Estados Unidos. Ela consiste num tratado internacional de direitos
humanos da criança e do adolescente, reconhecendo este público como em fase de desenvolvimento
e sujeito à proteção, cuidados e assistência especiais, reafirmando o caráter igualitário de direitos entre
todos os membros que compõem a família humana. (Convenção sobre os Direitos da Criança. 1989.
Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/convencao-sobre-os-direitos-da-crianca>. Acesso em
17.12.2020.
41
MENDEZ, Emílio Garcia. Infância, lei e democracia: uma questão de justiça. In: Revista Brasileira
Adolescência e Conflitualidade, n. 8, 2013, p. 9.
25
42
MENDEZ, Emílio Garcia. Infância, lei e democracia: uma questão de justiça. In: Revista Brasileira
Adolescência e Conflitualidade, n. 8, 2013, p. 4.
43
ANDREUCCI, Ana Claudia Pompeu Torezan; CARACIOLA, Andrea Boari. ECA como uma rede
principiológica: a interpretação construtiva dos direitos da criança e do adolescente, e a compreensão
teleológica da Lei Menino Bernardo. In: Estudos sobre a violência contra a criança e do adolescente.
(Org.) PIRES, Antonio Cecílio Moreira [et al.]. São Paulo: Libro, 2016, p.180.
26
44
Deputado titular em exercício no mandato 2019-2023, Osmar Terra se filiou ao Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB) em 1986 e, atualmente, está no MDB, embora tenha iniciado sua
atuação política no Partido Comunista do Brasil. Médico com especialização em Saúde Perinatal,
Educação e Desenvolvimento do Bebê, dentre outras funções, o então deputado já exerceu cargos do
Executivo municipal e estadual, além de estar em seu sexto mandato como Deputado Federal pelo Rio
Grande do Sul, tendo atuado em prol da Primeira Infância desde 2000. In: BIOGRAFIA DO DEPUTADO
FEDERAL OSMAR TERRA – PORTAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. Disponível em:
<camara.leg.br/deputados/73692/biografia>. Acesso em: 15.08.2021; SAID, FLÁVIA. Quem é Osmar
Terra, o ex-comunista de Bolsonaro que faz sombra a Mandetta. Disponível em:
https://congressoemfoco.uol.com.br/saude/quem-e-osmar-terra-o-ex-comunista-de-bolsonaro-que-faz-
sombra-a-mandetta/. Acesso em: 15.08.2021; TERRA, Osmar. Disponível em: <
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/terra-osmar>. Acesso em: 15.08.2021.
27
Data Andamento
45
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Projeto de Lei nº 6.998, de 2013. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_autores?idProposicao=604836>. Acesso em:
30.04.2021.
28
2.1. Justificativa
36
46
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Proposição íntegra. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1214724&filename=Tramit
acao-PL+6998/2013>. Acesso em: 30.04.2021.
47
Dentre os membros da Frente Parlamentar pela Primeira Infância, a Deputada Jandira Feghali se
destaca por estar em seu quinto mandato como Deputada Federal pelo Rio de Janeiro, tendo passagem
também pelo Legislativo estadual e do Executivo municipal. Filiada ao Partido Comunista do Brasil (PC
do B) desde 1981, a Deputada tem formação como médica com especialização em Cardiopediatria,
tendo relevante participação em frentes que envolvem os direitos da mulher, da criança e do
adolescente e dos direitos humanos em geral. In: BIOGRAFIA DA DEPUTADA FEDERAL JANDIRA
FEHGALI – PORTAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/deputados/74848/biografia>. Acesso em: 15.08.2021; FEHGALI, Jandira.
Disponível em: <http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/feghali-jandira>. Acesso
em: 15.08.2021.
48
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Proposição íntegra. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1214724&filename=Tramit
acao-PL+6998/2013>. Acesso em: 30.04.2021.
37
Com este objetivo, o Projeto buscou uma aproximação ainda maior entre a
legislação vigente – a partir de 1988 - e a formulação de políticas públicas voltadas
para este público específico, com a prioridade que lhe é devida: crianças são crianças
e não “mini adultos”.
(...)
49
“A divisão sexual do trabalho é a forma de divisão do trabalho social decorrente das relações sociais
de sexo; esta forma é adaptada historicamente e a cada sociedade. Ela tem por características a
destinação prioritária dos homens à esfera produtiva e das mulheres à esfera reprodutiva e,
simultaneamente, a apreensão pelos homens das funções de forte valor social agregado (políticas,
religiosas, militares, etc...)”. KERGOAT, Danièle. Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo.
In: HIRATA, Helena et. al. (org). Dicionário Crítico do Feminismo. S.P.: Ed. Unesp, 2009, p.p. 67-80.
50
BERTOLIN, Patricia Tuma Martins. Direito e mudança social: o direito como instrumento para a
promoção da igualdade de gênero no Brasil. In: Revista da Faculdade de Direito da Universidade São
Judas Tadeu, n. 2, 2014, p.p. 33-39.
38
É por meio da educação infantil que a criança irá desenvolver suas habilidades
afetivas, sociais e comunicativas; aprenderá a acessar as estruturas do pensamento
e interagirá com os desafios e possibilidades que o meio educacional lhe
proporcionará, associando sua experiência de vida com as novas situações que lhe
serão postas. Assim, a criança será incluída verdadeiramente na cultura humana
como sujeito e não um mero objeto.
51
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Proposição íntegra. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1214724&filename=Tramit
acao-PL+6998/2013>. Acesso em: 30.04.2021.
39
2.1.1. Emendas
52
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Emendas presentadas – PL 6998/2013. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_emendas?idProposicao=604836&subst=0>. Acesso
em: 30.04.2021.
40
=> PL
6998/2013
53
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Proposição íntegra. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1239126&filename=EMC+1
/2014+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
54
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Proposição íntegra. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1240728&filename=EMC+2
/2014+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
55
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Proposição íntegra. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1240730&filename=EMC
+3/2014+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
42
56
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Proposição íntegra. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1240733&filename=EMC+4
/2014+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
57
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Proposição íntegra. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1240736&filename=EMC+5
/2014+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
58
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Proposição íntegra. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1241677&filename=EMC+6
/2014+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
59
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Proposição íntegra. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1241679&filename=EMC+7
/2014+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
60
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Proposição íntegra. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1241684&filename=EMC+8
/2014+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
61
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Proposição íntegra. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1241685&filename=EMC+9
/2014+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
43
2.1.2. Substitutivo
62
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Proposição íntegra. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1241687&filename=EMC+1
0/2014+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
63
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Proposição íntegra. 2013. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1287143&filename=SBT+1
+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013. Acesso em: 01.05.2021.
44
manutenção das temáticas relativas à infância no mesmo diploma legal, evitando sua
dispersão em diversos textos e dando o devido destaque às matérias relativas à
Primeira Infância, ainda que num capítulo específico na Parte Especial do código – o
que não criaria a ruptura lógica temida. Já os que pendiam para a criação de uma lei
específica para a Primeira Infância, entendiam que a lei própria traria mais visibilidade
para a temática e facilitaria a criação de políticas próprias para esse público, ao invés
de permanecer como um “nicho” apartado no ECA.
Para garantir uma visão ampla da situação das políticas para a Primeira
Infância, é necessária a integração de políticas setoriais e nacional, seguindo
diretrizes e abrangendo todas as crianças em sua especificidade. Políticas meramente
verticalizadas acabam por fragmentar o atendimento infantil perdendo a eficácia do
atendimento integral e multissetorial. O Projeto de Lei ainda cita exemplos
considerados de sucesso na articulação de políticas, como o programa Brasil
Carinhoso, no âmbito nacional, os programas Mãe Coruja Pernambucana e PIM –
Primeira Infância Melhor, nos âmbitos estaduais, e o programa Primeiríssima Infância,
existente no município de São Paulo.
64
No relatório “Dar à luz na sombra: Condições atuais e possibilidades futuras para o exercício da
maternidade por mulheres em situação de prisão”, divulgado em 2015, pelo Ministério da Justiça, as
pesquisadoras Ana Gabriela Braga e Bruna Angotti apontaram que raros são os estabelecimentos
prisionais que proporcionam uma estrutura adequada para a relação materno-infantil, não suprindo a
necessidade de toda essa população. Ainda, os locais que o possuem são precários, favorecendo as
violações de direitos maternos e infantis, assim como as varas criminais – que não consideram as
situações familiares das encarceradas para a concessão de medidas cautelares – e as varas da
Infância e Juventude – que desconsideram a condição de presas para as mães nos processos de
destituição de guarda e poder familiar. (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, Secretaria de Assuntos
Legislativos. Dar à luz na sombra: condições atuais e possibilidades futuras para o exercício da
maternidade por mulheres em situação de prisão. Brasília: Ipea, 2015).
48
65
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Projeto de Lei nº 6.998, de 2013. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1287143&filename=SBT+1
+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 30.04.2021.
49
66
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Emendas Apresentadas – PL 6998/2013. 2013. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_emendas?idProposicao=604836&subst=1. Acesso
em: 30.04.2021.
51
=> PL
6998/2013
=> PL ao § 3º do mesmo
6998/2013 artigo: Inteiro teor
67
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Emendas Apresentadas – PL 6998/2013. 2013. Disponível em:
<https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1290050&filename=ESB+
1+PL699813+%3D%3E+SBT+1+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
55
68
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Emendas Apresentadas – PL 6998/2013. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1290533&filename=ESB+2
+PL699813+%3D%3E+SBT+1+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
69
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+PL699813+%3D%3E+SBT+1+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
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57
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2+PL699813+%3D%3E+SBT+1+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
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58
90
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91
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Emendas Apresentadas – PL 6998/2013. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1291250&filename=ESB+2
5+PL699813+%3D%3E+SBT+1+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
92
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Emendas Apresentadas – PL 6998/2013. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1294237&filename=SBT-
A+1+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021
93
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Emendas Apresentadas – PL 6998/2013. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1294229&filename=PRR+2
+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
59
94
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Emendas Apresentadas – PL 6998/2013. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1294229&filename=PRR+2
+PL699813+%3D%3E+PL+6998/2013>. Acesso em: 01.05.2021.
60
As discussões de gênero têm reclamado, cada vez mais, seu lugar na História.
Joan Scott inicia seu texto “Gênero: uma categoria útil de análise histórica” citando a
seguinte definição de gênero95 constante num dicionário:
"Gênero (gender), s., apenas um termo gramatical. Seu uso para falar de
pessoas ou criaturas do gênero masculino ou feminino, com o significado de
sexo masculino ou feminino, constitui uma brincadeira (permissível ou não,
dependendo do contexto) ou um equívoco " (Fowler, Dictionnary of Modem
English Usage, Oxford 1940).
95
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. In: Educação e Realidade, n. 20, v. 2,
Jul - dec 1995. p. 71.
96
BUCCI, Maria Paula Dallari. O conceito de política pública em direito. In: Direito administrativo e
políticas públicas. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 11.
97
Ibidem, p. 3.
61
98
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Projeto de Lei nº 6.998, de 2013. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_autores?idProposicao=604836>. Acesso em:
01.05.2021.
99
Idem.
62
100
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. In: Educação e Realidade, n. 20, v.
2, Jul - dec 1995, p. 72.
101
SAFFIOTI, Heleieth I. B. Gênero, patriarcado e violência. Editora Perseu Abramo, 2004, pp. 44-45.
102
Idem, p. 100.
103
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. In: Educação e Realidade, n. 20, v.
2, Jul - dec 1995, p. 77.
63
Nas versões modificadas pelos estúdios Walt Disney, os relatos dos contos
originais foram adoçados, mas os estereótipos sobressaltam: meninas são
princesas lindas, brancas, ricas, magras e geralmente loiras, mães morrem
cedo ou abandonam seus filhos, pais não sabem criar filhos sozinhos e logo
de casam, madrastas são morenas e más, meio-irmãos são cruéis, princesas
sempre são salvas por príncipes ricos, brancos, fortes, e o bem sempre vence
o mal sem grande esforço, pois basta ser bonita e esperar o príncipe
encantado.
104
SAFFIOTI, Heleieth I. B. Ontogênese e filogênese do gênero: ordem patriarcal de gênero e a
violência masculina contra mulheres. Série Estudos e Ensaios – Ciências Sociais. FLACSO-Brasil,
jun./2009, p. 6.
105
SAFFIOTI, Heleieth I. B. Gênero, patriarcado e violência. Editora Perseu Abramo, 2004, pp. 34-35.
106
SAAD, Martha Solange Scherer. Proteção à criança e ao adolescente e seus reflexos nas relações
paterno-filiais. In: Estudos sobre a violência contra a criança e do adolescente. (Org.) PIRES, Antonio
Cecílio Moreira [et al.]. São Paulo: Libro, 2016, pp. 230-231.
107
SAFFIOTI, Heleieth I. B. Gênero, patriarcado e violência. Editora Perseu Abramo, 2004, p. 54.
64
108
SAFFIOTI, Heleieth I. B. Gênero, patriarcado e violência. Editora Perseu Abramo, 2004, p. 77.
109
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. In: Educação e Realidade, n. 20, v.
2, Jul - dec 1995, p. 79.
110
BEAUVOIR, S. O segundo sexo: fatos e mitos. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1980, p. 59.
111
GILLIGAN, Carol. Joining the resistance. Polity Press, 2011, p. 15.
65
112
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. In: Educação e Realidade, n. 20, v.
2, Jul - dec 1995, p. 82.
113
GILLIGAN, Carol. Joining the resistance. Polity Press, 2011, p. 159-160.
66
feminino, abarcando a estipulada conduta feminina: mulheres calam sua voz, suas
opiniões sinceras, para prezar pelos relacionamentos.
Observa-se como as relações sociais são estruturadas desde a Primeira
Infância, moldando os pilares da cultura e a manutenção do status quo.
Apesar do reconhecimento sobre a importância de políticas voltadas para a
Primeira Infância como forma de investimento estatal, considerando-se as
particularidades de cada grupo, os parlamentares não consideraram pertinente
considerar o marcador de gênero em sua receita de sucesso.
Mais interessante é a constatação pelos parlamentares brasileiros que a
Primeira Infância é um momento de construção “das bases da personalidade
humana”114, mas não consideraram pertinente a elaboração de políticas e ações que
reconheçam e trabalhem com os conceitos de gênero que contribuirão para a
formação da identidade da criança. Não obstante, ainda consideram que o projeto
contempla a integralidade dos direitos das crianças, considerando a diversidade das
infâncias brasileiras115. Como falar que todos os direitos foram contemplados, se o
direito à identidade não foi garantido? Por que não reconhecer as peculiaridades que
meninas enfrentam, que podem gerar privação de seus direitos no futuro? Deixar de
abordar as questões de gênero na Primeira Infância significa garantir um acesso
desigual e assimétrico aos direitos pelas crianças; nos dizeres de Emílio Garcia
Mendez116, “nenhum direito reflete melhor a realidade do que os direitos especiais que
partem, paradoxalmente, do reconhecimento da impossibilidade de universalizar, na
prática, políticas sociais básicas (saúde e educação para todos)”.
O acesso a direitos como a educação, o combate ao trabalho infantil, acesso
à alimentação saudável e proteção à violência e negligência são alguns dos que
sofrem direta influência pela escolha de não abordar questões de gênero desde a
Primeira Infância.
Numa pesquisa realizada em 2013, as autoras Zuleica Pretto e Mara C. de S.
Lago identificaram as discussões sobre gênero e infância nas revistas feministas
brasileiras, tendo a publicado na Revista Ártemis. Em sua pesquisa, as autoras
114
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Projeto de Lei nº 6.998, de 2013. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_autores?idProposicao=604836>. Acesso em:
05.05.2021.
115
Idem.
116
MENDEZ, Emílio Garcia. Infância, lei e democracia: uma questão de justiça. In: Revista Brasileira
Adolescência e Conflitualidade, n. 8, 2013. p. 8.
67
identificaram que tem sido negada à infância a oportunidade de exercer sua cidadania
epistemológica117, como o foi por muito tempo para as mulheres, para que saia do
local de objeto passivo, de incapacidade. O debate sobre a intersecção gênero e
geração é recente, pois infância e juventude tem ficado longe das pautas dos
movimentos, por serem consideradas “sem sexo e gênero”118, mostrando uma postura
adultocêntrica também no feminismo.
Examinando o trabalho de Ana Lucia Faria, as autoras destacaram que a
primeira infância foi o primeiro recorte geracional a surgir nos estudos feministas a
partir da década de 1970, em especial devido à conquista do direito à creche. Isso
permitiu um novo olhar sobre a infância, sobre os locais que ela ocupada na esfera
pública.
Já ao analisarem o trabalho de Luzinete Minella, que investigava os estudos
feministas sobre infância na década de 1990, observaram as desigualdades e
hierarquias de gênero que sobrepunham os meninos às meninas, gerando
invisibilidade nos papeis sociais desenvolvidos. Dos artigos analisados, poucos
abordaram a questão da infância, sendo sua maioria focada na questão da educação.
Ao final de sua pesquisa, Pretto e Lago apontam a escassez de trabalhos que
focam infância e as relações de gênero, com uma tendência adultocêntrica nos
estudos de gênero. Ademais, a interdisciplinaridade e a interseccionalidade são as
principais chaves para descolonizar a infância, ou seja, ter como abordagem
metodológica o protagonismo infantil, que não trate a criança como mero objeto de
estudo, mas como agentes na construção das relações de gênero119.
Ao se falar de “direitos das meninas”, cumpre uma observação: as políticas
públicas costumam abordar o marcador “mulheres” e o marcador “criança e
adolescente”, mas não há a intersecção entre ambos. As políticas voltadas para
mulheres possuem um caráter adultocêntrico120, enquanto aquelas voltadas para o
público infanto-juvenil não adota um recorte de gênero. Ressalta-se que não se trata
117
PRETTO, Zuleica; LAGO, Mara C. de S. Reflexões sobre infância e gênero a partir de publicações
em revistas feministas brasileiras. In: Revista Ártemis, v. XV, n. 1, jan-jul 2013, p. 57.
118
Idem, p. 58.
119
PRETTO, Zuleica; LAGO, Mara C. de S. Reflexões sobre infância e gênero a partir de publicações
em revistas feministas brasileiras. In: Revista Ártemis, v. XV, n. 1, jan-jul 2013, p.p. 67-68.
120
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-e-os-objetivos-de-desenvolvimento-
sustentavel/>. Acesso em: 10.05.2021.
68
121
Este Projeto justifica sua proposição com base nos direitos da mulher e na divisão sexual do trabalho.
Apesar da boa intenção dos deputados propositores, em momento algum a Primeira Infância é
mencionada, exemplificando o viés adultocêntrico.
69
Não basta a mera criação de leis que tratem sobre igualdade e protagonismo
infantil, se as políticas públicas perpetuam o viés adultocêntrico e patriarcal. A grande
divergência temporal entre a licença maternidade e a paternidade são exemplos da
não concretização de direitos. Por esses motivos, o investimento em políticas sociais
na Primeira Infância é a verdadeira ação de sucesso para o Estado.
70
122
BUCCI, Maria Paula Dallari. O conceito de política pública em direito. In: Direito administrativo e
políticas públicas. São Paulo: Saraiva, 2002, p.p. 2-3.
123
CERQUEIRA, Daniel; BUENO, Samira (coord.). Atlas da Violência de 2020. Brasil: Ipea, 2020, p. 31.
71
124
CARVALHO, Paulo Gonzaga Mibielli de; BARCELLOS, Frederico Cavadas. Os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio – ODM: uma avaliação crítica. IBGE: Rio de Janeiro, 2015, p. 7.
125
Idem, p. 11.
126
INDICADORES BRASILEIROS PARA OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
Disponível em: https://odsbrasil.gov.br/. Acesso em 04.07.2021.
72
Os ODS foram elaborados com base nos ODM, mas de forma a completá-los
e atender aos desafios não enfrentados; seguem as três dimensões do
desenvolvimento sustentável: ambiental, social e econômica, atingindo todas as
atividades de desenvolvimento. De forma plural, foram elaborados com base na
participação da população mundial, por meio de consultas públicas, inclusive
contando com a participação de crianças e adolescentes127.
Um dos objetivos estipulados – o Objetivo 5 -, herança dos ODM, foi em
relação ao alcance da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as meninas
e mulheres. De acordo com o relatório Meninas e os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável – Uma análise da situação das Meninas no Brasil128, elaborado pela ONG
Plan International Brasil, a definição deste objetivo específico reconhece que meninas
e meninos possuem os mesmos direitos, mas não o acessam da mesma maneira,
mantendo as meninas numa posição de desvantagem. O relatório foi elaborado com
o objetivo de ajudar as organizações, governos e sociedade em geral a perceber que
a superação das desigualdades não será plena se não enfrentar as questões que
afetam as meninas129, pois as questões que afetam as mulheres têm sua origem na
127
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-e-os-objetivos-de-desenvolvimento-
sustentavel/>. Acesso em: 10.05.2021.
128
Este relatório foi elaborado em 2017.
129
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-e-os-objetivos-de-desenvolvimento-
sustentavel/>. Acesso em: 10.05.2021.
73
130
FORTALECIMENTO DA REDE ESTRATÉGIA ODS. Disponível em: < https://www.fadc.org.br/o-
que-fazemos/fortalecimento-da-rede-estrategia-ods>. Acesso em 05.06.2021.
74
Passando para a análise dos ODS, com base no relatório mencionado, nos
primeiros dois objetivos, nota-se que a maior taxa de redução da pobreza e da
desnutrição reside na Primeira Infância. Entre os anos 1991 e 2014, a pobreza reduziu
de 26,9% para 2,3% dentre aqueles de 0 a 3 anos de idade e de 15,6% para 2,3%
dentre o público de 4 a 5 anos de idade, de acordo com os dados coletados pelo Pnad,
do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário131. Ademais, os dados coletados
pelo Censo 2010132 – último realizado - apontam que 70,8% da população que vive
na extrema pobreza é composta por negros e 50,5% corresponde ao público feminino.
Uma das políticas responsáveis pela redução da pobreza neste período diz
respeito ao Plano Brasil Sem Miséria, em que se destaca o Programa Bolsa Família,
que atendia, na época do relatório, mais de 14 milhões de famílias, sendo 93% delas
chefiadas por mulheres. Somado às políticas de crédito para as mulheres (Programa
de Assistência Técnica e Expansão Rural e o crédito Crescer), este programa
demonstra sua contribuição para o empoderamento feminino, sua autonomia e
desenvolvimento. Entretanto, trata-se de mais uma política adultocêntrica, uma vez o
recorte de gênero foi realizado, mas não foi possível qualificar o impacto dessa política
na vida e no empoderamento das meninas, ou seja, de que forma esses programas
também podem apoiar as meninas em seus processos de empoderamento e
desenvolvimento.
No que concerne à desnutrição infantil (Objetivo 2), não foram identificadas
discrepâncias relevantes entre meninos e meninas na Primeira Infância, sendo que,
desde a instituição do Programa Bolsa Família, a desnutrição em 58% até 2012133. O
Objetivo 3, que trata sobre o bem-estar de toda as pessoas, tem como metas a
redução dos índices de mortalidade materna – incluindo as meninas a partir de 10
anos de idade -, de recém-nascidos e crianças de até 5 (cinco) anos, além da redução
da mortalidade em decorrência epidemias, de transmissíveis, e assegurar o acesso à
saúde sexual e reprodutiva. Também estabelece a promoção da saúde mental, bem-
estar e políticas de planejamento familiar. Apesar de ainda existir variação no número
de mortalidade materna entre 10 e 14 anos, os índices de mortalidade infantil e na
131
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-e-os-objetivos-de-desenvolvimento-
sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
132
Idem.
133
Ibidem.
75
infância (até 5 anos de idade) sofreram grade queda entre 1990 e 2012, tendo
conseguido reduzir suas taxas em 68,4%134.
O Objetivo 4 trata sobre educação igualitária, de qualidade e livre para
meninos e meninas, desde a Primeira Infância, possibilitando seu acesso desde a
Educação Infantil. Uma das metas estabelecidas se refere à eliminação das
disparidades de gênero na educação, para garantir a igualdade de acesso em todos
os níveis de formação. Uma conceituação mais ampla de educação é encontrada em
uma das metas deste objetivo, como aquela capaz de proporcionar conhecimentos e
habilidades necessárias para um desenvolvimento sustentável, para a promoção da
igualdade de gênero, dos direitos humanos, promoção de uma cultura de paz e de
não-violência, da cidadania global e da diversidade cultural, prezando por um estilo
de vida sustentável.
De forma geral, o Brasil apresenta certa paridade nas matrículas escolares
entre meninos e meninas desde os primeiros anos de vida, com pouquíssimas
discrepâncias no decorrer da vida escolar básica. De fato, no ensino superior, a
presença feminina chega a ser 40% maior que a masculina135. Apesar da paridade de
acesso à educação entre meninas e meninos, este dado não se reflete na vida adulta:
as mulheres ainda ocupam postos de trabalho inferiores, padecem de reconhecimento
em pesquisa e são minoria em algumas áreas, como a de exatas, além de ocuparem
menos cargos de liderança.
A título de exemplo, pode-se observar as conclusões de Patrícia Bertolin, em
seu trabalho “Mulheres na Advocacia”136. De acordo com a autora, as mulheres têm
ocupado mais de 50% dos quadros da seccional paulista da Ordem dos Advogados
do Brasil. Entretanto, o topo da carreira não é ocupado nem por 30%, constatando
que há um teto de vidro na ascensão profissional nos grandes escritórios de
advocacia, formado, principalmente, pela maternidade – esta seria incompatível com
o exercício da profissão, em razão das longas jornadas de trabalho e da necessidade
de estar constantemente à disposição da clientela.
134
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-e-os-objetivos-de-desenvolvimento-
sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
135
Idem.
136
BERTOLIN, Patricia Tuma Martins. Feminização da advocacia e ascensão das mulheres nas
sociedades de advogados. In: Cadernos de Pesquisa, v. 47, n. 163, 2017, p.p. 16-42.
76
137
GOVERNO COMEMORA AUMENTO DA REPRESENTATIVIDADE FEMININA NA POLÍTICA.
Disponível em: < https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2021/janeiro/governo-comemora-
aumento-da-representatividade-feminina-na-politica>. Acesso em: 04.07.2021.
138
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-e-os-objetivos-de-desenvolvimento-
sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
139
APRESENTAÇÃO. Disponível em: https://www.escolasempartido.org/quem-somos/. Acesso em
02.06.2021.
77
Importante destacar que este movimento retomou sua força na última década,
tendo se tornado o Projeto de Lei nº 2.974/2014, apresentado na Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) pelo então deputado estadual Flavio
Bolsonaro (PP). Também houveram iniciativas no âmbito federal, como o Projeto de
Lei nº 867/2015 – conhecida como Lei da Mordaça -, proposto pelo deputado federal
Izalci Lucas (PSDB/DF). Em contrapartida, foi sancionada a Lei da Escola sem
Mordaça (Lei nº 99.277/2021), proposta pelos deputados Carlos Minc (PSB) e André
Ceciliano (PT), em 2021, garantindo a autonomia de estudantes e educadores nas
relações educacionais143.
Já em São Paulo, em 2017, o então vereador paulistano Fernando Holiday
(DEM) se dirigiu a duas escolas da rede municipal de ensino de São Paulo para, em
seu entendimento, fiscalizar os conteúdos desenvolvidos em sala de aula,
investigando se nesses haveria doutrinação ideológica144. A ação do vereador foi
respondida pelo então deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), membro titular da
140
SOBRE NÓS. Disponível em: https://www.escolasempartido.org/quem-somos/. Acesso em
02.06.2021.
141
OBJETIVOS. Disponível em: https://www.escolasempartido.org/quem-somos/. Acesso em
02.06.2021.
142
Idem, ibidem.
143
RESPOSTA AO ‘ESCOLA SEM PARTIDO’, LEI ‘ESCOLA SEM MORDAÇA’ É SANCIONADA NO
ESTADO DO RIO. Disponível em: < https://extra.globo.com/noticias/rio/resposta-ao-escola-sem-
partido-lei-escola-sem-mordaca-sancionada-no-estado-do-rio-25025426.html>. Acesso em
24.06.2021.
144
VEREADOR FERNANDO HOLIDAY ENTRA EM ESCOLAS PARA ‘PATRULHAR’ PROFESSORES.
Disponível em: < https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2017/04/fernando-holiday-entra-em-
escolas-para-patrulhar-professores/>. Acesso em 24.06.2021.
78
145
IDDH DENUNCIA PROGRAMA ESCOLA SEM PARTIDO À ONU. Disponível em: <
https://iddh.org.br/iddh-denuncia-programa-escola-sem-partido-a-onu/>. Acesso em: 24.06.2021.
146
ONU ALERTA PARA IMPACTOS DO PROJETO ESCOLA SEM PARTIDO NA EDUCAÇÃO
BRASILEIRA. Disponível em: < https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2017-04/onu-alerta-
para-impactos-do-projeto-escola-sem-partido-na-educacao?amp>. Acesso em: 24.06.2021.
79
para que revisasse os projetos de lei que abordam o Escola Sem Partido. Ainda
segundo o Alto Comissariado, é função das autoridades brasileiras assegurarem que
os projetos estejam em acordo com as normativas internacionais de direitos humanos
e a própria Constituição.
Por não definir o que seria a doutrinação ideológica e política, educação moral
e propaganda político-partidária, a proposta legislativa deixa esses conceitos num
âmbito subjetivo, a depender da interpretação de pais ou autoridades. Ademais, este
projeto poderia retirar das salas de aula as discussões sobre diversidade e direitos
das minorias – o que ocorreu. O Alto Comissariado apontou sua preocupação com a
retirada do termo orientação sexual da BNCC, por não dispensarem esforços para
combater a discriminação no ambiente escolar, inclusive aquelas relativas à
orientação sexual. Esta discussão será retomada no Objetivo 10.
Seguindo o relatório elaborado pela Plan International Brasil, o Objetivo 5 se
refere ao empoderamento de aprendizagem de meninas e mulheres e ao alcance da
igualdade de gênero. Para evitar repetições de discussões constantes em outros
objetivos, os autores do relatório focaram nas metas referentes às violências sofridas
por meninas, em especial a sexual, o casamento infantil, a mutilação genital feminina,
além de avaliar a consideração do trabalho doméstico e de cuidados pela
disponibilização de serviços públicos de infraestrutura e políticas públicas de proteção.
Outra meta importante é a garantia de participação feminina nas esferas de liderança
política, pública e econômica147, tal qual o fortalecimento das políticas e legislação que
tratem sobre igualdade de gênero.
Neste objetivo, não há recortes específicos para a Primeira Infância. Destaque
para, na meta referente às políticas e legislação, todas as legislações citadas mantêm
um caráter adultocêntrico, com foco nas ações de redução das desigualdades
relativas às mulheres adultas. Assim, os autores do relatório deixam a indagação:
“Será que processos de emancipação, empoderamento e autonomia de mulheres e
mães refletem na vida de meninas e filhas, ajudando a romper com o ciclo geracional
produtor de violências e desigualdades?”148
147
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
2017. Disponível em: <https://plan.org.br/as-meninas-e-os-objetivos-de-desenvolvimento-
sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
148
Idem.
80
149
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
2017. Disponível em: <https://plan.org.br/as-meninas-e-os-objetivos-de-desenvolvimento-
sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
150
Idem.
151
Ibidem.
152
Ibidem.
153
Ibidem.
81
154
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
2017. Disponível em: <https://plan.org.br/as-meninas-e-os-objetivos-de-desenvolvimento-
sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
155
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Disponível em: <https://www.gov.br/mec/pt-br/acesso-a-
informacao/institucional/secretarias/secretaria-de-educacao-basica/programas-e-acoes-1>. Acesso
realizado em 05.06.2021.
82
Uma vez que a mulher pode ser criança, jovem ou idosa, negra, branca ou
indígena, apresentar ou não alguma deficiência, ser imigrante ou estar em
situação de rua, dentre outras particularidades, a mulher é cuidada por todo
o Ministério, de forma transversal e integrada.
A promoção, a proteção, a defesa e o enfrentamento a violações dos direitos
das mulheres consideram, portanto, a integralidade da mulher, na perspectiva
da família e da sociedade, buscando o fortalecimento de seus vínculos
familiares e sociais e a promoção da solidariedade intergeracional.
156
SECRETARIA NACIONAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES. Disponível em: <
https://www.gov.br/mdh/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/secretaria-nacional-de-
politicas-para-mulheres>. Acesso em: 25.06.2021.
157
A FORÇA DA MULHER BRASILEIRA IMPULSIONANDO O PAÍS. Disponível em: <
https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/politicas-para-mulheres>. Acesso em: 25.06.2021.
158
11º PRÊMIO CONSTRUINDO A IGUALDADE DE GÊNERO. Disponível em: <
http://www.igualdadedegenero.cnpq.br/igualdade.html>. Acesso em: 25.06.2021.
159
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável –
uma análise da situação das meninas no Brasil. 2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-
e-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
83
160
O MAPA QUE REGISTRA PROJETOS DA ESCOLA SEM PARTIDO NO PAÍS. Disponível em: <
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/11/12/O-mapa-que-registra-projetos-da-Escola-sem-
Partido-no-pa%C3%ADs>. Acesso em: 25.06.2021.
161
MPF DIZ QUE ESCOLA SEM PARTIDO É INCONSTITUCIONAL E IMPEDE O PLURALISMO.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-07/mpf-diz-que-escola-sem-
partido-e-insconstitucional-e-impede-o-pluralismo. Acesso em: 24.06.2021.
162
Idem.
84
163
ESCOLA SEM PARTIDO: AÇÃO É JULGADA INCONSTITUCIONAL PELO STF. Disponível em:
https://prioridadeabsoluta.org.br/noticias/escola-sem-partido-acao-insconstitucional-stf/. Acesso em:
25.06.2021.
164
STF JULGA AÇÃO SOBRE ESCOLA SEM PARTIDO NESTA SEXTA-FEIRA. Disponível em: <
https://artigo19.org/2020/04/16/stf-julga-acao-sobre-escola-sem-partido-nesta-sexta-feira/>. Acesso
em: 25.06.2021.
85
165
MPF DIZ QUE ESCOLA SEM PARTIDO É INCONSTITUCIONAL E IMPEDE O PLURALISMO.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-07/mpf-diz-que-escola-sem-
partido-e-insconstitucional-e-impede-o-pluralismo. Acesso em: 24.06.2021.
166
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável –
uma análise da situação das meninas no Brasil. 2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-
e-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
86
167
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável –
uma análise da situação das meninas no Brasil. 2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-
e-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
168
Idem.
169
Ibidem.
170
Ibidem.
171
Em razão desta decisão do Governo Federal, o Governo do Maranhão ingressou no STF solicitando
a realização do Censo ainda em 2021. Em 14 de maio de 2021, o plenário do Supremo Tribunal Federal
decidiu pela obrigatoriedade de realização do Censo Demográfico em 2022 (COMUNICADOS.
Disponível em: https://www.ibge.gov.br/novo-portal-destaques.html?destaque=30747. Acesso em
05.07.2021).
87
por questões orçamentárias -, os índices podem ter sofrido alterações nos últimos 10
anos, havendo, portanto, uma defasagem relevante de dados mais recentes.
Também foram destacadas metas referentes ao consumo de drogas por
crianças e adolescentes, mas não houve recorte na Primeira Infância, ainda que a
pesquisa tenha apontado um consumo maior dessas substâncias por meninas. Em
relação ao sistema socioeducativo – que contempla somente adolescentes e jovens –
os dados do SINASE de 2017172, demonstraram que 5% da população socioeducativa
em privação ou restrição de liberdade era feminina, sendo os meninos também
maioria no cumprimento de medidas em meio aberto.
O último Objetivo define ações para revitalizar e implementar a parceria global
para o desenvolvimento sustentável, com metas voltadas para o desenvolvimento de
capacidades por meio do apoio internacional, para as parcerias multissetoriais, que
possibilitem o compartilhamento de experiência, conhecimento, tecnologia e recursos
financeiros para o pleno desenvolvimento de todos os objetivos em todos os países,
bem como o apoio para o desenvolvimento de capacidades para países em
desenvolvimento, fomentando a disponibilidade de dados de alta qualidade,
atualizados e confiáveis, desagregados por “renda, gênero, idade, raça, etnia, status
migratório, deficiência, localização geográfica e outras características relevantes em
contextos nacionais”173. Esta última meta estipulava 2020 como horizonte para sua
concretização.
De início, os autores do relatório identificaram uma falha na última meta
destacada. A desagregação dos dados voltada para as políticas públicas ou sistemas
jurídicos para grupos específicos não existe ou é de difícil acesso nas bases públicas.
Dessa forma, a meta ainda não fora cumprida pelo Brasil, que precisa aprimorar seu
sistema de monitoramento, avaliação e divulgação de dados.
Até 2016, o Brasil era signatários dos seguintes acordos internacionais,
envolvendo direitos da criança e do adolescente, identificados em estudo avaliativo
de cumprimento realizado pela Secretaria Nacional de Proteção dos Direitos da
Criança e do Adolescente (SNPDCA):
172
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável –
uma análise da situação das meninas no Brasil. 2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-
e-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
173
Idem.
88
174
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável –
uma análise da situação das meninas no Brasil. 2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-
e-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
175
Idem.
89
176
SANTIAGO, Flávio; FARIA, Ana Lúcia Goulart de. Para além do adultocentrismo: uma outra
formação docente descolonizadora é preciso. In: Educação e Fronteiras On-line, v. 5, n. 13, jan – abr
2015, p.p. 72-85.
90
177
BUCCI, Maria Paula Dallari. O conceito de política pública em direito. In: Direito administrativo e
políticas públicas. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 1.
178
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável –
uma análise da situação das meninas no Brasil. 2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-
e-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
179
Idem.
91
180
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável –
uma análise da situação das meninas no Brasil. 2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-
e-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
181
WAISELFISZ, J.J. Mapa da violência 2013: homicídios e juventude no Brasil. Brasília: Secretaria-
Geral da Presidência da República, 2013, pp. 80-81. Disponível em: <
http://flacso.org.br/files/2020/03/mapa2013_homicidios_juventude.pdf>. Acesso em: 26.nov.2020.
182
O relatório precede a promulgação da “Lei do Feminicídio”, promulgada em 2015.
92
19,8% dos agressores são pais ou responsáveis, sendo que este índice fica acima
dos 80% nos primeiros anos de vida.
De acordo com o relatório “Meninas e os Objetivos de Desenvolvimento”183:
183
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável –
uma análise da situação das meninas no Brasil. 2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-
e-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
184
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável –
uma análise da situação das meninas no Brasil. 2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-
e-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
185
CERQUEIRA, Daniel; BUENO, Samira (coord.). Atlas da Violência de 2020. Brasil: Ipea, 2020, p. 34.
186
SAFFIOTI, Heleieth I. B. Gênero, patriarcado e violência. Editora Perseu Abramo, 2004, p. 19
93
Para Freud, e hoje para muitos de seus seguidores, os relatos das mulheres, que
frequentavam seu consultório, sobre abusos sexuais contra elas perpetrados
por seus pais eram fantasias derivadas do desejo de serem possuídas por
eles, destronando, assim, suas mães. [...] Contudo, o escrito de Freud
transformou-se em bíblia e a criança perdeu a credibilidade.
Na fase da infância, em 82% dos casos os agressores contra meninas foram os pais,
sendo mãe com a maior concentração (42,4%) do que o pai (29,4%). Mas,
para avaliar esse dado é preciso considerar que a função do cuidado e da
criação é tributada historicamente às mulheres, que acabam convivendo mais
tempo com as crianças, sobretudo nas famílias monoparentais, em sua
maioria formada pelo sexo feminino. Portanto, a mãe aparecer com um
percentual mais elevado precisa ser ponderado a partir dessa constatação
187
AZEVEDO, Maria Amélia ; GUERRA, Viviane Nogueira de Azevedo (Org.). Crianças vitimizadas : a
síndrome do pequeno poder. São Paulo: Iglu Editora Ltda, 1989, p. 56.
188
Ibidem, p. 56.
189
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável –
uma análise da situação das meninas no Brasil. 2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-
e-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
94
na lei, a mudança nos costumes ainda se faz necessária, por serem eles os
responsáveis pela perpetuação da tradição, como destaca Smanio190: “a violência é
muitas vezes um comportamento aprendido”.
A violência de gênero se apresenta não somente contra mulheres, mas
também contra crianças e adolescentes de ambos os sexos. O comportamento
dominante se apresenta não só como adultocêntrico, como androcêntrico, ou seja,
seu foco está na perspectiva do homem adulto. No exercício de seu poder patriarcal,
o homem recebe uma forma de autorização social para corrigir eventuais “desvios”
por meio da violência191, ou seja, a violência é o instrumento para a perpetuação do
poder (dominação-exploração). A antropóloga Rita Segato, em seus estudos sobre
violência de gênero na América Latina192, sintetiza a importância do combate e
prevenção à violência de gênero da seguinte maneira:
190
SMANIO, Gianpaolo Poggio. Violência doméstica contra crianças e adolescentes, e políticas
públicas – a Lei Menino Bernardo. In: Estudos sobre a violência contra a criança e do adolescente.
(Org.) PIRES, Antonio Cecílio Moreira [et al.]. São Paulo: Libro, 2016, p. 220.
191
SAFFIOTI, Heleieth I.B. Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero. In: Cadernos
Pagu, n. 16, 2001, p.p. 115-136.
192
SEGATO, Rita Laura. Las estructuras elementales de la violencia: contrato y status en la etiología
de la violência. Brasília: Universidade de Brasília, 2003, p. 4
95
193
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Projeto de Lei nº 6.998, de 2013. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_autores?idProposicao=604836>. Acesso em:
30.04.2021.
194
SANTIAGO, Flávio; FARIA, Ana Lúcia Goulart de. Para além do adultocentrismo: uma outra
formação docente descolonizadora é preciso. In: Educação e Fronteiras On-line, v. 5, n. 13, jan – abr
2015, p. 78.
195
Idem, p. 79.
196
Ibidem, p. 77.
96
entre si, expondo as suas relações com o mundo, bem como os processos
de negociação, reinvenções, resistências criadas entre si e nas relações com
os/as adultos/as, explicitando os movimentos de construção das culturas
infantis, descolonizando a visão adultocêntrica que carregam sobre si. 197
197
SANTIAGO, Flávio; FARIA, Ana Lúcia Goulart de. Para além do adultocentrismo: uma outra
formação docente descolonizadora é preciso. In: Educação e Fronteiras On-line, v. 5, n. 13, jan – abr
2015. p. 79.
198
MARCHI, Rita de Cássia. Gênero, infância e relações de poder: interrogações epistemológicas. In:
Cadernos Pagu, n. 37, 2011, p.p. 387-406
199
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Projeto de Lei nº 6.998, de 2013. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_autores?idProposicao=604836>. Acesso em:
30.04.2021.
200
ANDREUCCI, Ana Claudia Pompeu Torezan; JUNQUEIRA, Michelle Asato. Crianças visíveis e
direito à voz como direito humano fundamental: contributos jurídico-sociais do marco legal da primeira
infância para o desenho de políticas públicas participativas no Brasil. In: Cadernos de Dereito Actual,
n. 7, 2017, p. 302.
201
Ibidem, p. 300.
97
202
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Projeto de Lei nº 6.998, de 2013. 2013. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_autores?idProposicao=604836>. Acesso em:
30.04.2021.
203
Idem.
204
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável –
uma análise da situação das meninas no Brasil. 2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-
e-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021.
98
205
PARA ESPECIALISTAS, PANDEMIA AUMENTA A IMPORTÂNCIA DOS ODS. 2020. Disponível
em: https://www.tce.sp.gov.br/observatorio/para-especialistas-pandemia-aumenta-importancia-ods.
Acesso em 01.06.2021.
99
CONSIDERAÇÕES FINAIS
206
PLAN INTERNATIONAL BRASIL. As meninas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável –
uma análise da situação das meninas no Brasil. 2017. Disponível em: < https://plan.org.br/as-meninas-
e-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 01.06.2021
101
207
MARCHI, Rita de Cássia. Gênero, infância e relações de poder: interrogações epistemológicas. In:
Caderno Pagu, n. 37, jul-dec 2011, p. 309.
102
REFERÊNCIAS
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CÂMARA DOS DEPUTADOS. Emendas Apresentadas – PL 6998/2013. 2013.
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3>. Acesso em: 01.05.2021.
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