Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Eixo – Didática
Agência Financiadora: CAPES- Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior
Resumo
1
Estudante do 5º ano de Graduação do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Londrina. Bolsista do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID. E-mail: aninhaalopees@gmail.com.
2
Estudante do 3º ano de Graduação do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Londrina. Bolsista do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID. E-mail: brenda_s.2@hotmail.com.
3
Estudante do 4º ano de Graduação do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Londrina. Bolsista do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID. E-mail: luanasilvestrerodrigues@gmail.com.
4
Graduada em Pedagogia e Pós-graduada em Gestão Escolar pela Faculdade Catuaí- PR e Educação Especial:
Atendimento às necessidades especiais pela Faculdade Iguaçu- PR. Professora da rede municipal de Londrina /
PR e da rede municipal de Cambé/ PR. Supervisora do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
- PIBID Pedagogia UEL. E-mail: vivianebernardesarruda@gmail.com.
ISSN 2176-1396
13233
Introdução
Nesse sentido, o planejamento assume um papel reflexivo, pois, a partir desse meio, o
professor pode se orientar, se dirigir aos alunos, e corrigir os seus erros. Jesus e Germano
(2013), entendem o ato de planejar como uma condução do trabalho educativo. Assim, o
planejamento irá interferir no ato da intencionalidade, valorizando a intenção de programar,
documentar e orientar.
O planejar pode ser feito individualmente por cada professor ou de modo participativo,
ele pode passar por mudanças no decorrer das aulas e deve ser desenvolvido diferentemente
para cada turma, respeitando as especificidades de cada criança, atentando-se também a faixa
etária atendida. Se faz necessário lembrar, que o planejamento é flexível e pode sofrer
alterações no ato de sua execução, como quando surgem imprevistos inesperados, em que, os
objetivos podem não ser atingidos conforme o planejado.
Araújo (2010) qualifica o planejamento participativo, quando há a participação do
supervisor ou coordenador pedagógico, sendo eles essenciais para ajuda da construção do
planejamento e para que ele seja realizado constantemente em aula, “pois, desta forma,
13236
havendo cumplicidade entre esses profissionais haverá maior segurança para que esta linha de
trabalho pedagógico tenha êxito” (ARAÚJO, 2010, p. 13).
Jesus e Germano (2013, p. 4), afirmam que é preciso,
fundamentais.
O documento fala a respeito da flexibilidade dos projetos, pois este não é única fonte
de apropriação de conhecimentos e saberes da instituição, devido ao fato da criança aprender
também por meio de todas as atividades diárias, além de vivenciar inúmeras outras
experiências, que não precisam obrigatoriamente estarem relacionadas ao projeto da turma,
como jogos e brincadeiras. Para definir o projeto da turma, o professor deve ouvir e observar
as crianças, conhecendo seus interesses, para posteriormente fazer um levantamento dos
saberes e conhecimentos que se enquadram no projeto de escolha (ARRUDA et al, 2016).
De acordo com esse referencial, é importante compreender que o professor utiliza os
saberes apropriados pelas crianças para definir suas ações após os primeiros anos de vida,
pois inicialmente, o professor se embasa primordialmente na teoria, conforme se aumenta a
idade das crianças e consequentemente a apropriação de conhecimento, a teoria vai abrindo
espaço para se aliar com saberes das crianças.
Assim como em todas as áreas da vida, para alcançar os objetivos traçados para a
educação infantil, é necessário realizar o planejamento, para isso, é preciso conhecer
previamente as especificidades da faixa etária a ser trabalhada, portanto, além de ser
indispensável o domínio teórico/metodológico do professor, é preciso que este, ao planejar
tenha antecipadamente estudado e refletido a respeito dos conteúdos e saberes (ARRUDA et al,
2016).
Todas as atividades e ações vivenciadas pelas crianças dentro da instituição devem
possuir intencionalidade pedagógica, portanto, o planejamento deve compreender toda a
rotina da criança dentro da instituição, desde a chegada até a saída, pois:
envolvem a ação docente e, portanto, proporcionam a aprendizagem. Esta estrutura, tem como
objetivo auxiliar a prática docente, podendo ser alterada de acordo com as necessidades da
instituição.
O primeiro conceito desta estrutura consiste na acolhida, ou seja, a chegada das
crianças, que segundo o documento, não devem ficar ociosas, portanto o professor deve
planejar visando à interação delas com os pares e com objetos. Em seguida, a estrutura
apresenta a necessidade de objetivos específicos, ou seja, um ou dois objetivos a serem
alcançados pelas crianças por meio das experiências vivenciadas, visando garantir e favorecer
o seu desenvolvimento. Além de estarem de acordo com as especificidades da criança (faixa
etária) os objetivos necessitam estar relacionados aos saberes e conhecimentos e a avaliação,
sendo que, o objetivo nesta estrutura de planejamento se refere ao que a criança é capaz de
fazer ou poderá fazer, tendo o professor como um adulto mais experiente, para mediar as
experiências vivenciadas no dia a dia da Instituição de Educação Infantil.
A escola deve buscar proporcionar à criança a apropriação de saberes e conhecimentos
sociais e historicamente acumulados pertinentes à faixa etária atendida, ou seja, os conteúdos
fundamentais, que se dividem em conteúdos de formação operacional (constituição de novas
habilidades) e formação teórica (conhecimentos científicos).
Consecutivamente a estrutura apresenta as experiências, estas que devem ser
selecionadas e organizadas com intencionalidade pelos professores, devem ser selecionadas
partindo das necessidades e dos interesses das crianças, pensando nas suas especificidades.
As experiências propostas para a criança, de acordo a rede municipal deve-se fazer referência
à teoria histórico-cultural, além de se relacionarem com os objetivos do planejamento. O
professor precisa estar ciente da abrangência deste conceito.
Pensando na organização do planejamento, a estrutura elenca também a importância
da metodologia, que consiste no trajeto a ser seguido, na descrição da proposta, na forma de
organização, ou seja, deve-se traçar os planos de ação, levantando questionamentos e
problematizações, visando deixar o seu planejamento o mais claro possível, para que se
necessário, outro profissional o aplique. É preciso acrescentar também um levantamento dos
materiais a serem utilizados como recurso, e suas quantidades, além de ponderar também a
respeito da organização do tempo que considera necessário para a atividade, e qual o espaço
viável para a experiência.
Logo em seguida, o documento aborda a importância do registro, o professor necessita
propiciar o registro por parte da criança, possibilitando a utilização de diferentes linguagens e
13239
conclusiva, relacionando-se diretamente com os objetivos propostos, pois é por meio dela que
ocorre a verificação do alcance dos objetivos.
A Educação Infantil tem como principal finalidade o desenvolvimento integral da
criança. A partir disto, a avaliação deve ser vista como meio de conquista desta intenção, pois
como Luckesi (1995, p.81) coloca, a mesma “deve ser assumida como um instrumento de
compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno. ” Ela por sua vez, tem
o intuito de direcionar as práticas pedagógicas a fim de acompanhar o trajeto de vida da
criança, pois, segundo Hoffmann (2012, p. 13): neste percurso “[...] ocorrem mudanças em
múltiplas dimensões com a intenção de favorecer o máximo possível seu desenvolvimento”.
Torna-se importante compreender que a ação de acompanhamento deve possuir
constância e assiduidade, por certo então, este ato deve ser frequente e sistemático, sendo
necessária a utilização de diversos instrumentos avaliativos, possibilitando assim um maior
detalhamento das aprendizagens, como: observação, análise e registro (BARBOSA; HORN,
2008).
Isso se dá por meio de um processo de investigação constante, onde o professor deve
respeitar a singularidade e a individualidade de cada criança, para que esta se desenvolva
integralmente. “A observação é uma das técnicas que o professor dispõe para melhor
conhecer seus alunos, identificando suas dificuldades e avaliando seu avanço nas várias
atividades realizadas e seu progresso na aprendizagem” (HAIDT, 2011, p.224)
Desta maneira, a avaliação ocorre “mediante acompanhamento e registro do
desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino
fundamental” (BRASIL, 1996, p.22).
Os instrumentos avaliativos excedem o objetivo de acompanhamento de
aprendizagens, e podem ser compreendidos também como referencial para auto avaliação
docente, servindo como documentação do processo pedagógico, instigando uma reflexão da
própria formação e prática. (BARBOSA; HORN, 2008).
Portanto, as intencionalidades das crianças devem ser registradas pelo professor, pois,
ao acompanhá-las, o mesmo poderá perceber os avanços e/ou dificuldades de seus alunos.
Além de garantir ao professor uma boa organização sob suas propostas.
Barbosa e Horn (2008), ressaltam a importância dos instrumentos de planejamento,
acompanhamento e registro para a elaboração de uma documentação pedagógica coerente e
qualificada. As autoras citam, detalhadamente, alguns destes instrumentos, elencando a
magnitude e abrangência desses para o processo avaliativo.
A variedade destes instrumentos é ampla, abrange as anotações individuais de cada
criança como registro de frases, manifestações, brincadeiras, pensamentos, registro de suas
particularidades afetivas, e também as próprias interpretações pessoais do professor enquanto
docente. As anotações do professor, com base em entrevistas, em conversas, em fotografias, e
em depoimentos dos pais, também são de fundamental importância para esse processo.
Outro instrumento relevante para a avaliação da educação Infantil é o uso do portfólio,
que de acordo com as autoras, consistem em pastas que guardam as atividades e os trabalhos
produzidos pela criança, possibilitando uma análise periódica da aprendizagem, com as
crianças e com os pais, proporcionando uma discussão a respeito dos progressos pessoais de
cada criança, além de possibilitar a constatação, por parte do professor, da área que se deve
trabalhar para desenvolver as potencialidades, os avanços, auxiliando na superação de
obstáculos e consequentemente propondo novos desafios, contribuindo para a verificação dos
avanços significativos.
É imprescindível também compreender que o portfólio, não consiste apenas em uma
seleção de atividades para se guardar, pois, segundo Barbosa; Horn (2008) para a criação
deste “é preciso apreciar, analisar, interpretar, construir sentidos, planejar o futuro, criar uma
narrativa final. ” Nele devem estar expressas uma variedade de vozes, dos pais, das crianças e
dos professores, além de se fazer necessário a transformação dos eventos coletivos em
experiências singulares, mostrando particularidades.
Contudo, se faz necessário, ao fim de cada intervenção e experiência, dentro do
próprio planejamento, um registro avaliativo elaborado pelo professor, em forma de texto,
concluindo sua ação em determinada atividade, consistindo em uma descrição sobre o
desenvolvimento da criança no ambiente escolar, nesta descrição, deve-se compreender os
avanços e conquistas da criança em relação aos saberes e conhecimentos, e aos objetivos
propostos.
13242
Considerações finais
decorrer das propostas e poderá perceber as dificuldades e progressos de cada uma, além de
fazer com que o mesmo reflita ao que se refere a sua prática.
Contudo, todo planejamento é avaliação, o mesmo se torna um aprendizado constante,
ressalta-se aí a necessidade de pesquisa e estudo, essencialmente a respeito do
desenvolvimento infantil, afim de subsidiar o trabalho do professor e a qualidade do ensino
destinado às crianças.
REFERÊNCIAS
contemporâneos e alternativas necessárias [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo:
Cultura Acadêmica, 2010. 191 p. ISBN 978-85-7983-103-4.