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Índice
1 OBJECTIVOS 7
Índice de tabelas
A maior parte dos investidores da Bolsa investe em função das notícias do dia
seguinte ou de rumores ou tão somente baseado numa análise fundamental do
contexto sócio-económico e mesmo político em que a empresa em questão se
insere. Por exemplo, o simples facto de ser anunciado que a taxa de
desemprego nos Estados Unidos está a aumentar significativamente, posiciona
o mercado numa tendência de descida (bearish). Caso o mercado saiba que os
lucros de um dado título são acima das expectativas imediatamente reage e faz
subir a cotação do título. São neste tipo de notícias que a maior parte dos
investidores baseia a sua estratégia de investimento. Mas existe um outro tipo
de análise essencial para quem está de uma forma profissional no mercado: a
Análise Técnica.
1. Estudo da economia
2. Estudo do sector de actividade em que a empresa está envolvida
Comecemos por avaliar o primeiro ponto. Não há nenhuma empresa que possa
dissociar a estratégia do negócio face à envolvente macro-económica. A
evolução da inflação, do índice do desemprego, das taxas de juro, do mercado
cambial são indicadores que influenciam a actividade da empresa
decisivamente. E note-se que não são apenas os indicadores do país onde a
empresa se insere. Com a globalização, as empresas podem ser afectadas por
indicadores de outros países que se encontram a milhares de quilómetros de
distância da empresa e que até podem não ter qualquer relação directa com a
empresa. Por exemplo: caso as taxas de juro aumentem, a cotação das
empresas em bolsa tenderá a diminuir pois o endividamento das empresas
tenderá a aumentar. Essa é a reacção típica do mercado de capitais.
Segundo ponto: o sector de actividade. A empresa pode ser bem gerida, ter
óptimos rácios mas se a envolvente no sector de actividade for negativa, o
mercado de capitais geralmente reage e penaliza a empresa em Bolsa. Um
exemplo: o sector da construção civil e obras públicas em Portugal está um
pouco estagnado após o boom de obras a que o país assistiu no seguimento
da realização da Expo. Os concursos públicos diminuíram e consequentemente
as empresas deste sector ressentem-se. Basta olhar por exemplo o caso da
Mota & Companhia. Outro exemplo: a indústria tabaqueira nos Estados Unidos
tem sido penalizada em Bolsa pela perspectivas de que os inúmeros processos
em tribunal contra empresas do sector venham a provocar a atribuição de
elevadas indemnizações a pessoas que sofrem de cancro. Outro exemplo:
analise-se a evolução das cotações das empresas do sector da Banca em
Portugal. É perceptível que o início do processo de concentração acelerou os
rumores, as OPAs, as contra-OPAs e as parcerias. Consequência imediata:
alguns títulos tiveram valorizações muito grandes (o BANIF por exemplo) sem
que nada aparentemente o justificasse.
Tendência
Suporte
Momento
Pressão vendedora/compradora
Para identificar se a pressão está dos lado dos Bulls (Compradores) ou dos
Bears (vendedores), o analista técnico socorre-se da análise do volume
associado ao título.
Gráfico 7 - Candlestick
Para que isto aconteça basta por exemplo, que o mercado reaja à divulgação
de uma notícia ou de um rumor!!!
Mas qual deve ser a média móvel a utilizar? Essa resposta depende
basicamente do tipo de peso que se pretende dar às cotações. No caso de
uma média móvel simples, todas as cotações do título têm o mesmo peso ao
longo do tempo. No caso da triangular, é dado mais peso às cotações que
estão a meio do período de análise. No caso da exponencial é dado mais peso
às cotações mais recentes. Por norma, é utilizada a média móvel exponencial
que produz melhores resultados na maior parte das situações.
Tendência N dias
Muito curto-prazo 5 a 13 dias
Curto-prazo 14 a 25 dias
Médio-prazo 50 a 100 dias dias
Longo-prazo 100 a 200 dias
Intersecções dos gráficos: uma regra do MACD é vender sempre que o seu
gráfico passe para baixo do gráfico da sua linha de trigger. Da mesma forma,
um sinal de compra é emitido sempre que o seu gráfico passa para cima da
sua linha de triger (Gráfico 15).
Se por acaso a linha S/D estiver a descer e um dado índice do mercado (por
exemplo, o PSI-20) estiver a testar novos máximos, é provável que venha a
ocorrer uma correcção no índice e por consequência no mercado.
Note-se que neste caso a tendência da linha S/D é de descida pronunciada que
vai de encontro à queda a que o mercado assistia.
O RSI é um oscilador que foi criado por Welles Wilder em Junho de 1978. Este
oscilador é muito popular entre os analistas técnicos devido aos seus bons
resultados.
O valor do RSI pode variar entre 0 e 100. Sempre que o seu valor esteja acima
de 70, o RSI entrou na zona de OverBought. Sempre que caia abaixo dos 30
pontos, caiu na zona de OverSold. Note-se no entanto que alguns traders
preferem definir a zona de overbought acima dos 80 e a zona de oversold
acima dos 20 pelos melhores resultados que daí poderão advir. Caberá a cada
analista definir esses pontos em função dos resultados obtidos. Esses valores
poderão inclusive ser ajustados título a título, novamente em função dos
resultados obtidos.
Tipo de média móvel do %D: este parâmetro define que tipo de média móvel
(Exponencial, simples, triangular ou outra) a utilizar no cálculo do %D
Como exemplo tome-se como referência um título X que variou nos últimos 10
dias entre os 4 Euros e os 6 Euros. Suponha-se que a cotação de fecho hoje
foi de 5 Euros. Então o valor de %K seria o seguinte:
O valor de 50% significa que o valor de fecho hoje encontra-se a meio entre o
intervalo de variação do título nos últimos 10 dias que estava situado no
intervalo [4;6]. Por exemplo, se a cotação de fecho hoje fosse de 4.5 Euros,
então o %K valeria:
Após o cálculo do %K, ter-se-à que calcular a média móvel do %K que nos
dará o %D.
a. Sumolis: após rumores que davam conta de uma OPA sobre o capital da
Sumolis, a cotação deste título subiu dos 7.5 Euros aos 22.5 Euros em
poucos dias. Tão rápida quanto a subida, foi a descida até perto dos 12
Euros.
(Sum = somatório)
Iremos nos próximos pontos analisar alguns dos gráficos padrões que podem
ser identificados na evolução da cotação de um título. Comecemos pelo padrão
gráfico «Cabeça e Troncos».
Mal se atinge o novo máximo instala-se uma pressão vendedora que pretende
tomar mais valias desta nova subida. A consequência imediata é a nova queda
da cotação do título.
Durante esta nova tendência de queda das cotações pode acontecer que seja
penetrada a linha de pescoço. Nesta situação é usual que os bulls tentem que
as cotações subam novamente e quebrem a linha de pescoço. Caso tal não
suceda, é muito provável que as cotações caiam rapidamente e com forte
volume.
Linha Horizontal Superior: neste gráfico padrão deverão existir pelo menos dois
pontos de máximos que unidos constituem uma linha horizontal. Esses pontos
deverão ter uma cotação aproximada e alguma distância entre eles. No período
de tempo que os separa deverá existir um ponto de mínimo.
4 pontos: para se traçar uma linha de tendência são necessários pelo menos
dois pontos. Para termos um triângulo simétrico são precisas duas linhas pelo
que no total precisaremos de pelo menos 4 pontos. No gráfico acima, a linha
superior é formada pelos pontos 2,4 e 6 enquanto que a linha inferior é formada
pelos pontos 1, 3 e 5.
Volume: à medida que o triângulo converge para o seu vértice, o volume tende
a diminuir reflectindo um período de consolidação das cotações.
Duração: tipicamente, um triângulo simétrico pode ter uma duração que irá de
poucas semanas até alguns meses.
3.11.6 O rectângulo
Tendência: este tipo de padrão não define uma tendência quer de subida ou
descida porque é um padrão neutro. A tendência já deverá existir antes que o
padrão ocorra para que estejamos na continuação de uma tendência. Por
exemplo, no gráfico acima representado, a tendência é de descida sendo
possível identificar dois rectângulos que definem dois momentos de
consolidação antes que a cotação continue a cair.
Linha de suporte: neste tipo de gráfico existe uma linha de suporte (linha
vermelho) que deverá ser rompida após o terceiro pico. É normal que após o
breakout, a linha de suporte se torne na linha de resistência.
Este tipo de formação é uma formação tipicamente formada por três mínimos
seguidos do rompimento da linha de resistência. Note-se que este padrão é um
padrão de longo prazo que geralmente se forma ao longo de vários meses.
Linha de resistência: neste tipo de gráfico existe uma linha de resistência que
deverá ser rompida após o terceiro mínimo (círculo a preto). É normal que após
o breakout, a linha de resistência se torne na linha de suporte.
a. Os picos devem estar separados por cerca de uma mês. Se forem muito
próximos podem apenas ser parte de uma linha de resistência
b. O valor mínimo (C) entre os dois máximos deve ter uma cotação pelo menos
10% inferior ao valor dos picos. Caso isso não ocorra, a pressão vendedora
poderá não estar a aumentar por forma a que ocorra o rompimento do suporte.
Em termos de elementos que compõem este gráfico padrão (Gráfico 33) temos
o seguinte:
Máximo entre os mínimos (C): entre os dois mínimos ocorre um máximo que
poderá ter uma cotação superior em 10% ao valor dos mínimos. O volume
geralmente aumenta em torno do máximo mas revela-se inconsequente para
que ocorra um breakout pelo que a cotação volta a cair.
Segundo mínimo (B): o segundo mínimo deverá ter uma cotação semelhante à
do primeiro ainda que se admita que haja uma ligeira diferença em torno dos
3%.
a. Os mínimos devem estar separados por cerca de uma mês. Se forem muito
próximos podem apenas ser parte de uma linha de suporte
b. O valor máximo entre os dois mínimos deve ter uma cotação pelo menos
10% superior ao valor dos mínimos. Caso isso não ocorra, a pressão
compradora poderá não estar a aumentar, por forma a que ocorra o
rompimento da resistência.
c. Distinguir os falsos breakouts do breakout verdadeiro: poderá acontecer um
primeiro rompimento da linha de resistência sem que isso signifique que se deu
uma inversão de tendência na cotação do título.
Subida: a parte direita do gráfico é aonde o título passa um período bullish com
uma tendência de subida bem definida.
a. Tendência inicial: este tipo de formação tem uma tendência inicial de subida
que se deverá formar durante um período de 3 a 6 meses.
a. Tendência inicial: este tipo de formação tem uma tendência inicial de descida
que se deverá formar durante um período de 3 a 6 meses.
Em termos gráficos (Gráfico 37), o padrão pode ser identificado pelos seguintes
elementos:
b. Segunda fase de subida: após uma primeira fase de subida das cotações, o
título entra num nova fase eminentemente especulativa em que a inclinação da
linha de tendência cresce abruptamente, mais de 50% face à inclinação da
primeira linha de tendência de subida. Nesta fase, a cotação deverá atingir um
pico de cotação especulativa.
a. Linha de tendência: são necessários pelo menos dois pontos para traçar
uma linha de tendência. No caso de um canal de tendência bullish, a linha de
tendência é traçada ligando dois pontos de mínimo. No caso de um canal de
tendência bearish, a linha de tendência é traçada ligando dois pontos de
máximo.
Como se pode ver pelo gráfico 40, o ADX assume valores num intervalo
compreendido entre 0 e 100. Na prática, porém, raramente se registam valores
superiores a 60. Por outro lado, enquanto valores inferiores a 20 traduzem uma
Repare-se, neste sentido, que o indicador não permite classificar uma qualquer
tendência como bullish ou bearish. A sua função é simplesmente inferir sobre o
peso/força de um determinado comportamento de mercado.
Consequentemente, um registo superior a 40 pode estar associado a uma
tendência de alta ou de baixa.
Finalmente, vale a pena referir que o ADX pode também ser utilizado como um
instrumento privilegiado no que toca a identificar uma eventual oscilação de
mercado como o início (ou fim) de uma nova tendência. Assim, por exemplo, se
o ADX revela um fortalecimento a um nível abaixo de 20 e, subsequentemente,
o indicador começar a registar valores superiores a 20, isso pode significar que
estamos a assistir à formação de uma nova tendência. Recorrendo à mesma
lógica, se o ADX começar a evidenciar um enfraquecimento acima de 40 e,
ulteriormente, se mover para valores inferiores a esse mesmo nível, então é
provável que a actual tendência deixe de se verificar, passando o mercado a
caracterizar-se por uma fase de “trading”, isto é, passamos a assistir às (já
mencionadas) deslocações “laterais” inerentes a uma fase em que não se
observam quaisquer tendências (“non-trending”).
Desenvolvido por Donald Lambert, o Commodity Channel Index (CCI) foi criado
com o objectivo de tornar mais simples a identificação de períodos cíclicos no
valor dos activos. Por outras palavras, o cálculo deste indicador parte do
pressuposto de que:
O factor constante assume o valor de 0.0015 por uma simples razão: pretende-
se confinar 70% a 80% das observações a um intervalo compreendido entre (–
100 e +100). Deste modo, o indicador CCI flutua à volta de zero e a
percentagem de valores incluídos no referido intervalo vai depender do número
de períodos temporais considerados. Quer isto dizer que:
Metodologia
Note-se também que o número de períodos poderá ser alterado para melhor se
ajustar à análise em curso. Assim, enquanto o CMF a 21 dias constitui uma boa
forma de representar as pressões de compra e venda numa base mensal, a
utilização de um período temporal mais alargado estará menos sujeita a
variações ou, pelo contrário, um período temporal mais curto estará mais de
acordo com uma análise semanal.
Uma vez feita esta abordagem inicial, podemos então concluir que o Chaikin
Money Flow é «bullish» quando assume um valor positivo e «bearish» quando
é negativo.
Sinais de Acumulação
Decomposição
Cada modelo tem o seu peso relativo, como se pode verificar na figura 1.
Cada modelo tem o seu peso relativo, como se pode verificar na figura 2.
Aplicação
Volume Oscillator (%) - PVO = [(Vol 12day EMA - Vol 26day EMA)/Vol 12day
EMA] x 100
Aplicação
Existem 3 maneiras diferentes através das quais o PVO pode ser utilizado para
detectar períodos em que o volume se expande ou contrai:
Nota: sendo definido por 3 variáveis, o PVO poderá assumir, por exemplo, os
seguintes valores: PVO (12,26,9): a 1ª variável refere-se à EMA de volume
curta, a 2ª refere-se à EMA de volume longa e, por último, a 3ª diz respeito à
linha de sinal (podendo também assumir uma posição curta ou longa). Da
diferença entre o PVO e a sua linha de sinal resulta o histograma (a área sólida
acima e abaixo de zero). Aqueles que não quiserem utilizar o histograma, terão
apenas que igualar a 3ª variável a 1.
Assim, se a diferença entre máximo e mínimo for grande, tudo indica que será
utilizada como «true range». Se tal não acontecer, poder-se-á recorrer a uma
das outras fórmulas, especialmente se o valor de fecho for maior do que o
máximo actual (ou menor do que o mínimo).
Exemplo:
Vejamos agora o gráfico 49, baseado nos valores registados (na folha de
cálculo) entre 23 de Outubro e 7 de Dezembro de 2000, e a forma como são
calculados os valores para os dias 15 e 16:
b. Quanto mais afastado do topo (ou mais próximo da base) estiver o valor
de fecho, mais perto de -100 (logo, mais pequeno) estará o indicador;
Fórmula:
%R = [(maior dos máximos–valor de fecho)/(maior dos máximos–menor
dos mínimos)*(-100)]
Introduzido em 1993 pelo Chicago Board Options Exchange, o VIX não é mais
do que uma medida ponderada da volatilidade implícita em 8 opções de
compra e venda (OEX put and call options). Mais concretamente, o peso
atribuído a essas 8 opções de compra e venda (ou 8 «puts» e «calls») é
definido de acordo com o tempo restante e com a posição das mesmas, ou
seja, «in the money» ou «out of the money». O resultado obtido dá lugar a uma
hipotética opção composta, a qual se encontra «at-the-money» e sob um prazo
de 30 dias até expirar - recorde-se que uma opção «at-the-money» significa
que o preço de exercício e o preço do activo se igualam. Conclui-se, desta
forma, que o VIX representa a volatilidade implícita nesta (hipotética) opção
composta.
Exemplo:
Aplicação
Note-se que os sinais «contrários» gerados pelo VIX e pelo mercado nos
permitem também formar expectativas relativamente ao curto prazo. Assim, um
forte sentimento de satisfação ou «overly bullish» é interpretado como
«bearish» pelos defensores da teoria do contrário – os «contrarians». Pela
mesma lógica, um sentimento de pânico generalizado ou «overly bearish» é
visto como «bullish». Se o mercado se encontra numa fase de acentuado
declinio e o VIX permanece inalterado ou diminui em valor, podemos ser
levados a acreditar que o declínio ainda se vai manter por mais algum tempo.
Da mesma forma, se o mercado está em forte expansão e o VIX aumenta em
valor, isso poderá significar que o crescimento verificado poderá ainda persistir.
Metodologia
Exemplo:
Interpretação
O seu criador advoga que quando as linhas Aroon (de subida e de descida)
assumem valores cada vez mais baixos e próximos é sinal de que assistimos a
um período de consolidação e de que não existe uma clara tendência (ver
consolidação no gráfico 53).
Quando a linha Aroon de subida cai para baixo de 50, é sinal de que a actual
tendência perdeu o seu balanço de subida. Similarmente, se a linha Aroon de
descida cair abaixo de 50, a actual tendência de quebra também perdeu
"momentum".
No gráfico abaixo, cada barra de "Preço pelo Volume" tem um limite vertical de
5 pontos. A maior barra é a que tem como limites 27.5 e 32.5. O comprimento
da barra é determinado pela soma das barras de volume dos dias em que o
encerramento ocorreu entre 27.5 e 32.5.
A cor verde aponta para o volume dos dias em que o preço subiu e a cor
vermelha aponta para o volume dos dias em que o preço caiu.
Interpretação
Este indicador não dá qualquer sinal de compra ou venda, mas antes uma ideia
geral sobre os preços que o activo tem tendência a cotar mais dias ou que
geram maiores volumes de transacção. Este é um ponto importante, dado que
3.23 TRIN
Gráfico 55 - TRIN
3.24 Desvio-padrão
- calcular o preço médio, que é soma dos preços dos 20 períodos a dividir pelo
número de períodos (2246.06/20 = 112.30);
- para cada período, subtrair o preço médio ao preço de fecho, obtendo assim o
desvio para cada período (-3.30, -9.24...);
Interpretação
Já neste activo (Gráfico 57), apesar de os preços serem idênticos aos do activo
anterior, os desvios-padrão são também maiores. Até final de Dezembro, o
desvio-padrão estava abaixo de 5. Após a subida acentuada de Dezembro, o
desvio-padrão subiu para cima de 15. Desde então, ficou-se pelo 10 e nos
períodos mais avançados no tempo ficou acima de 17. Conclusão: este activo é
bem mais arriscado do que o primeiro, logo pode possibilitar resultados
maiores (quer negativos, quer positivos) a quem o transaccione.
Conclusão
Recordo-me bem dos tempos em que a Cimpor não saía dos 16 euros (entre
Junho de 1999 e Maio de 2000), tempos em que a volatilidade do título era tão
reduzida, que tornavam os títulos da cimenteira dos menos atractivos do
mercado. Em menos de 1 ano a cotação da Cimpor mais que duplicou...
O OPA é a subtracção da média móvel mais longa à média móvel mais curta.
O gráfico que resulta deste cálculo forma o oscilador que flutua acima e abaixo
de 0, conforme as diferenças entre as médias móveis. Se a média móvel mais
curta está acima da média móvel mais longa então o indicador é positivo. Caso
a média móvel de período mais longo seja superior à de período mais curto,
então o indicador será negativo.
O Histograma OPP
Tal como no caso dos sinais "bullish", o Oscilador de Chaikin também gera 2
tipos de sinais "bearish": a divergência negativa e o "crossover bearish" da
linha central. Os dois sinais em simultâneo representam também uma garantia
da sua fiabilidade. O seguinte gráfico mostra um sinal "bearish" recente que
coincidiu com uma quebra de um suporte a nível de preço da acção.
Podemos também confirmar que a divergência negativa (Gráfico 66) não é tão
acentuada como a positiva no gráfico anterior, mas é detectável. As
divergências que cobrem longos períodos de tempo são, por vezes, difíceis a
nível psicológico, já que uma pessoa nunca sabe qual o momento certo para
entrar no título.
3.27 StochRSI
De acordo com estes dois autores, o RSI pode situar-se abaixo de 20/30 e
acima de 70/80 durante largos períodos de tempo sem se encontrar em
situação "oversold"/"overbought". Assim, para aumentarem a sensibilidade na
forma que como o RSI fica "overbought" ou "oversold" foi criado o StochRSI.
Estocástico:
%K = 100 x ((Preço de fecho mais recente - mínimo (n))/ (Máximo (n) - Mínimo
(n))
"Crossovers" da linha central: alguns traders procuram por cortes da linha 0.50
(a linha central) para confirmar os sinais e reduzir o perigo de inversões. Uma
subida de uma zona oversold para cima de 0.50 constituiria um sinal de compra
que não seria anulado quando passasse para baixo de 0.50. Analogamente,
uma quebra de uma zona "overbought" para baixo de 0.50 constituiria um sinal
de venda, que apenas seria anulado quando este subisse para cima de 0.50.
Tentar comprar o título em subidas acima de níveis "oversold" provaria ser uma
estratégia errada. Houve retrocessos em Março e Maio que resultariam em
Um ZigZag estabelecido em 10% com base em barras OHLC traça uma linha
que apenas inverte depois de uma mudança de 10% ou superior de um
máximo para um mínimo. Todos os movimentos menores do que 10% seriam
ignorados. Se uma acção transaccionar de um mínimo de 100 para um máximo
de 109, o Zig Zag não traça uma linha porque o movimento é menor do que
10%. Se a acção subisse para um máximo de 110, então o ZigZag traçaria uma
linha de 100 até 110. Se a acção continuasse a subir até aos 112, esta linha
seria extendida para 112 (100 para 112). O ZigZag não inverteria até que a
acção descesse 10% ou mais, do seu novo máximo. Caso esse máximo fosse
112, a acção teria de cair 11.2 pontos para os 100.8, de forma a que o ZigZag
invertesse e despoletasse uma nova linha.
Elliott Wave: O ZigZag pode ser utilizado para identificar ondas nas contagens
de Elliott. (Nota: o objectivo deste artigo não é explicar a Teoria das Ondas de
Elliott Wave
No exemplo acima (Gráfico 68) o Zig Zag foi estabelecido nos 15%. Todos os
movimentos de preço de 15% ou superiores foram "desenhados" e todos os
inferiores a 15% foram ignorados. Uma grande subida tomou lugar em Outubro
de 1999, formando uma estrutura de 5 ondas que durou até meados de 2000.
Dentro desta grande estrutura, outras ondas mais pequenas também podem
ser decifradas.
Gráfico 69 - Retracements
O Zig Zag traça uma linha baseada numa variação percentual mínima no
preço. A mudança de preço pode basear-se no preço de fecho, no máximo, no
mínimo, na abertura e em alguns programas pode até basear-se na diferença
entre o máximo e o mínimo.
Grand Supercycle
Supercycle
Cycle
Primary
Intermediate
Minor
Minute
Minuette
Sub-Minuette
3.31 Formações
A análise de padrões pode parecer acessível, mas não é, de todo, uma tarefa
simples. Schabacker afirma:
Alguns analistas podem ter classificado o gráfico 73 como uma formação "head
and shoulders" com a "neckline" (linha de pescoço por volta de 17.50. Se esta
análise é robusta permanece aberto a debate. Apesar de o activo ter quebrado
Neste capítulo explicaremos a "cup with handle". A "cup with handle" (chávena
com asa) é uma formação de continuação "bullish", que se distingue por um
período de consolidação seguido por um "breakout". Tal como o próprio nome
indica, existem dois períodos na formação: a "chávena" e a "asa". A "chávena
forma-se após uma subida e assemelha-se a um fundo arredondado (Gráfico
75). Quando se completa o período de formação da "chávena", os preços
começam a transaccionar em tendência lateral, e a "asa" é formada. Um
"breakout" subsequente do intervalo de preços que define a "asa" assinala a
continuação da tendência de alta anterior.
"Asa": depois dos valores mais altos no lado direito da "chávena", existe um
pequeno «pullback» que forma a "asa". Por vez, esta asa assemelha-se a uma
"flag" ou "pennant" (a ver no próximo artigo) com inclinação negativa, por
outras é apenas uma curto "pullback". A "asa" representa a consolidação final
que antecede o grande "breakout" e pode retroceder até 1/3 do avanço da
"chávena" antes deste "breakout". Quanto mais pequena for esta retracção,
mais "bullish" é a formação e significante é o "breakout". Por vezes, é prudente
esperar para que o preço ultrapasse a linha de resistência estabelecida pelo
topo da "chávena".
Volume: o volume deverá ser elevado durante a subida ou descida que forma o
"flagpole". Volume elevado fornece legitimidade ao movimento brusco e
repentino que cria o "flagpole". Uma subida/descida do volume acima/abaixo do
nível de resistência/suporte dá credibilidade e validade à formação e aumenta a
probabilidade de continuação.
3.32 Candlesticks
Figura 6 - Candlestick
As "candlesticks" são formadas com o uso de quatro preços, o de abertura, o
máximo, o mínimo e o preço de fecho. Sem os preços de abertura, os gráficos
de "candlesticks" são impossíveis de desenhar. Se o encerramento é superior à
abertura, uma "candle" transparente (normalmente branca) é disposta e caso o
encerramento seja inferior à abertura então uma "candle" preenchida
(normalmente preta) é disposta em cima do gráfico. A parte preenchida da
Em termos gerais, quanto mais comprido for o corpo, mais intensa é a pressão
Figura 8 - Mazubozu
3.32.2 Doji
Apesar de um doji com uma abertura e fecho iguais ser considerado mais
robusto, é mais importante capturar a essência da "candlestick". Os Doji
evidenciam indecisão e luta entre compradores e vendedores. Quando os doki
se desenham significa que nem os "bulls" nem os "bears" conseguiram tomar
controlo da sessão e que um ponto de inversão pode estar a desenvolver-se.
Doji e Tendência
Os doji com sombras compridas ("long legged doji") - figura 14 - têm tal como
o seu nome indica somras superiores e inferiores compridas e cujo
comprimento é praticamente idêntico. Estes doji reflectem uma grande
indecisão no mercado. Os "Long-legged doji" indicam que os preços
transaccionaram muito acima e muito abaixo do preço de abertura, mas que
fecharam praticamente nesse nível. Ou seja, após muita actividade tanto dos
"bulls" como dos "bears", o resultado final mostra que não há grandes
mudanças relativamente à abertura.
Os "Dragon fly doji" formam-se quando a abertura, máximo e fecho são iguais,
formando, portanto, o mínimo uma comprida sombra inferior. A candlestick
resultantes assemelha-se a "T". Os Dragon fly doji indicam que os vendedores
dominaram a sessão desde o início, mas que no final os compradores puxaram
os preços novamente para o nível da abertura, o máximo da sessão.
Os "Gravestone Doji"
Uma "long upper" e "lower shadow" indica que tanto os Bears como os Bulls
tiveram os seus momentos altos durante o jogo, mas que nenhum conseguiu
criar ascendente, terminando a partida num empate.
Com uma longa candlestick branca assume-se que os preços subiram a maior
parte da sessão. No entanto, a sequência entre o máximo e mínimo pode
indicar que existiu mais volatilidade. O exemplo acima mostra precisamente
isso, duas sequências que formariam a mesma candlestick. A primeira
sequência (figura 17) mostra dois pequenos movimentos e um grande
movimento: uma pequena quebra após a abertura para formar o mínimo, uma
grande subida para formar o máximo e um pequeno declínio para formar o
encerramento. A segunda sequência mostra três movimentos acentuados: uma
grande subida logo após a abertura no topo da qual se forma o máximo, uma
forte quebra para formar o mínimo e uma grande subida para formar o
encerramento. A primeira sequência ilustra uma pressão compradora forte e
sustentada e é considerada mais "bullish". A segunda sequência reflecte mais
volatilidade e alguma pressão vendedora. Estes são apenas dois exemplos e
existem centenas de potenciais combinações que podem resultar na mesma
"candlestick". Ainda assim, as "candlesticks" oferecem informações valiosas
Star
Figura 21 - Hammer
A "shooting star" (figura 21) é um sinal bearish que se forma após uma
tendência de subida que culmina numa "star" (ver capítulo anterior), daí o seu
nome. Uma "shooting star" pode marcar uma inversão de tendência ou um
nível de resistência e forma-se após um gap up na abertura, um avanço
durante a sessão e um encerramento bem longe dos máximos da sessão. A
candlestick resultante tem uma longa sombra superior e um pequeno corpo real
(preto ou branco, conforme o encerramento fica abaixo ou acima da abertura,
respectivamente). Depois de uma subida acentuada (a que corresponde a
sombra superior), a capacidade dos "bears" para forçar uma quebra dos preços
levanta a "bandeira amarela". De forma a indicar claramente uma inversão, a
sombra superior deverá ser relativamente comprida, pelo menos o dobro do
tamanho do corpo. Antes de ser tomada qualquer decisão de compra ou de
venda, será necessária uma confirmação "bearish" posterior, que poderá vir na
forma de um "gap down" ou de uma longa candlestick preta (acompanhada de
forte volume).
Uma Morning Doji Star (gráfico 82) é uma formação composta por 3
candlesticks que se forma após uma tendência de quebra e que marca o
potencial ponto de inversão.
Tal como o seu nome indica, o "bullish engulfing pattern" é "bullish" e indica
que os "bulls" tomaram o controlo aos "bears". A primeira "candlestick" é preta,
indicando que os "bears" estiveram na liderança e que forçaram o activo a
encerrar abaixo da abertura. No período seguinte, os "bears" ainda estavam a
controlar na abertura e arrastaram o activo para a desvalorização. No entanto,
os "bulls" recuperaram mais tarde e conseguiram catalisar uma subida do
mesmo. De facto, a subida é tão poderosa que a abertura do dia anterior é
ultrapassada e a candlestick resultante engole a candlestick anterior.
Hammer (R)
Spinning Top
Como podemos observar no gráfico 83, o título acima cotou num tranding
range entre os 58 e os 75 euros durante cerca de 4 meses no início de 2000. O
suporte de 58 foi estabelecido no início de Janeiro e a resistência de 75 no final
do mesmo mês. Em Março, a cotação caiu para o nível de suporte anterior,
formou um "long legged doji" e mais tarde um "spinning top" (círculo vermelho).
Spinning Top
Hammer (1)
Tendência prevalecente
Para aqueles que querem ir mais longe, estes três aspectos podem ser
combinados de forma a obter-se o sinal decisivo. Procure formações de
candlesticks de inversão "bullish" em activos a transaccionar perto de níveis de
suporte, apresentado divergências positivas e sinas de pressão compradora.
Bullish Harami
Hammer
Morning Star
A formação morning star também já foi abordada num artigo. É formada por
três candlesticks: uma grande preta, uma pequena branca ou preta (que pode
vir na forma de doji) em "gap down" relativamente à anterior e uma grande
candlestick branca. Segue-se mais um exemplo (gráfico 96):
Após cair de cerca de 182 para baixo de 120, este papel formou uma "morning
doji star" e subsequentemente subiu para cima de 160 em apenas 3 dias. Estes
são fortes sinais de inversão de tendência e já não requerem confirmação
"bullish" posterior após a candlestick branca do terceiro dia. Após a subida para
cima de 160, formou-se um "pullback" de três semanas e formou-se um
"piecing pattern" (seta vermelha) que foi confirmado com um grande "gap up".
Em Abril, a cotação desta empresa caiu para baixo da sua média móvel
exponencial de 20 dias e começou por encontrar suporte por volta dos 35. A
partir de 17 de Abril, a acção começou a formar uma base, mas um claro
padrão de inversão tardou a aparecer. Apenas no final de Maio é que se
formou um "bullish abandoned baby". Depois disso, foi sempre a subir.
Tal como existem muitos padrões de inversão bullish, também existem várias
formações de inversão "bearish". Destacamos apenas os mais relevantes
(entre parêntesis consta o número de candlesticks que forma cada padrão):
Confirmação Bearish
Tendência prevalecente
Shooting Star
Após uma subida marcada por uma grande candlestick branca, a empresa
formou uma "shooting star" acima de 90 (oval vermelha) – gráfico 103. A
formação bearish foi confirmada com o gap down na sessão seguinte.
Bearish Harami
Após um gap up e uma rápida subida até 30, a acção formou um harami
bearish (oval vermelha) – gráfico 104. Este harami consiste numa candlestick
preta com corpo comprida e numa pequena candlestick preta. O declínio dois
dias depois confirmou o harami bearish e a acção caiu para perto de 20.
Neste caso, o harami é constituído por uma grande candlestick branca e por
uma comprida candlestick preta (oval vermelha) – gráfico 105. A longa
candlestick branca confirmou a direcção da tendência. Contudo, a acção abriu
em gap down no dia seguinte e transaccionou entre limites mais próximos. A
quebra nos três dias seguintes confirmou a formação como bearish.
Evening Star
Esta candlestick também pode ser um doji, caso em que a formação seria uma
"evening doji star".
Neste caso (gráfico 107), o bearish abandoned baby marca uma forte inversão,
que levou os papéis em questão de cerca de 57.5 para 47.5. Apesar de a
abertura e o fecho não serem exactamente iguais, o pequeno corpo da
candlestick do meio captura a essência do doji. Indecisão é reflectida no
pequeno corpo real e nas diminutas sombras. Adicionalmente, a candlestick do
meio está separada por gaps, o que enfatiza a inversão.
John Murphy foi o analista técnico da CNBC-TV durante sete anos no popular
programa "Tech Talk" e foi o autor dos aclamados livros "Technical Analysis of
the Financial Markets", "Intermarket Technical Analysis" e "The Visual Investor",
sendo que o primeiro da lista é considerado por muitos a bíblia da análise
técnica.
Comece por analisar gráficos mensais e semanais durante vários anos. Uma
visão a larga escala dos mercados possibilita uma melhor visualização das
tendências de longo prazo. Apenas após a identificação da tendência de longo
prazo é que deve passar à análise dos gráficos diários e intraday.