Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
org
ISSN 2177-3548
[1] [2] Universidade Estadual de Londrina | Título abreviado: Análise do Comportamento e Acompanhamento Terapêutico | Endereço para correspondência:
Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Londrina. Rodovia Celso Garcia Cid,
PR 445, Km 380, Campus Universitário. Caixa Postal 10.011 Cep 86.057- 970. Londrina, PR | Email: otaviobeltra@hotmail.com | DOI: 10.18761/PAC.2016.034
Uma das explicações para muitas falhas relativas a classes de comportamentos, assim como “envolvi-
definir conceitos e resolver problemas na Psicologia mento” se refere a interações comportamentais en-
parece estar relacionada ao uso que cientistas e psi- tre indivíduos e ambientes.
cólogos fazem de metáforas e construtos (Skinner, Os dados de uma ciência deveriam guiar os
1977). Os psicólogos estudam relações entre or- cientistas para a formulação de definições operacio-
ganismo e ambiente, porém utilizam explicações nais de termos, por meio de observações, de proce-
mentalistas e internalistas para se referir a essas re- dimentos de manipulação e de passos lógicos (que
lações e seus constituintes (Skinner, 1977). Tais ex- se interpõem entre as observações e os procedi-
plicações, por sua vez, são utilizadas como objetivo mentos de manipulação) (Skinner, 1961). Isso sig-
de estudos psicológicos e têm afastado psicólogos nifica que há necessidade científica em desenvolver
da possibilidade de analisar e produzir resultados definições operacionais dos termos, em detrimen-
a partir de dados sobre as relações entre organis- to do uso da linguagem vernacular (semelhante à
mo e ambiente. A problemática aqui está no fato de utilizada no «senso comum») (Skinner, 1961). No
que, segundo Skinner, não há nenhuma evidência entanto, apesar dos recursos conceituais e tecnoló-
de que o mundo mental se relaciona com as va- gicos produzidos na Análise do Comportamento e,
riáveis das quais os comportamentos são função, apesar do Acompanhamento Terapêutico ser uma
diferentemente das perspectivas cognitivistas ou prática comum entre analistas do comportamento,
psicodinâmicas (como a Psicanálise) que aceitam e esse fazer também parece ainda não estar claramen-
estudam esta possibilidade. te definido na própria Análise do Comportamento.
Um dos tipos de intervenção realizados por Como exemplo, o Acompanhamento Terapêutico
psicólogos que têm atendido pessoas com transtor- tem sido definido por analistas do comportamento
nos psiquiátricos, deficiência física, dependentes como um fazer auxiliar e subordinado ao de um
químicos, crianças e adolescentes com dificuldades psicólogo clínico e/ou de uma equipe, com exe-
no processo de escolarização e idosos no enfrenta- cução de procedimentos indicados por esses pro-
mento de situações decorrentes do envelhecimento, fissionais, sendo também um «importante elo»
é denominado Acompanhamento Terapêutico. Do entre a família, o cliente e demais pessoas envol-
ponto de vista da Psicologia, de modo geral, essa vidas (Zamignani, Kovac, & Vermes, 2007). Essa
intervenção pode ser considerada um dos exemplos definição tem como requisito a aceitação de que a
da problemática apontada por Skinner (1977). Isto “subordinação” do acompanhante terapêutico em
por se tratar de um fazer em que comumente se uti- uma equipe deve ser uma de suas características
liza recursos conceituais explicativos internalistas, definidoras. Esse requisito é um exemplo de uma
com uso frequente de metáforas, na maioria das ve- característica (“subordinação” do acompanhante
zes, vinculados a propostas psicanalíticas. Segundo terapêutico) que não define explicitamente o nú-
Nogueira (2009), por exemplo, o Acompanhamento cleo do fazer do Acompanhamento Terapêutico,
Terapêutico deve ser definido como um fazer que uma vez que indica apenas o tipo de relação a ser
possibilita ao cliente a construção de novas referên- estabelecida entre o acompanhante terapêutico e o
cias para além da equipe multidisciplinar, por meio psicólogo, sem fazer referência aos comportamen-
de um setting não determinado (diversos ambientes tos constituintes desse fazer.
e contextos), com o envolvimento de diferentes in- A segunda característica ainda presente na de-
divíduos, não necessariamente pertencentes a uma finição de Acompanhamento Terapêutico a partir
equipe multidisciplinar (o que é denominado “Rede da perspectiva analítico-comportamental e que
Terapêutica”). Além dessas características, segundo a afasta do pensamento de Skinner (1977) está
o autor, é um fazer ligado à “identificação” e “ma- na manutenção do uso de metáforas. Expressões
nejo de laços com o ‘Outro’“ (conceito utilizado tais como importante “elo” (Zamignani, Kovac, &
por Lacan para se referir aos efeitos da incidência Vermes, 2007) ou “ferramenta” para “prevenir” que
da linguagem sobre indivíduos) (Nogueira, 2009). os pacientes se tornem “pacientes críticos” (Cruz,
Nesse exemplo, “construção de novas referências” Lima & Moraes, 2003) têm sido utilizadas para fa-
pode ser considerada uma metáfora para designar zer referência a relações entre organismo e ambien-
te e seus constituintes. Além dos problemas com o perfil profissional dos acompanhantes terapêuti-
uso de metáforas, outras definições apresentadas cos de uma determinada localidade, como o Brasil.
por analistas do comportamento fazem referên- Na Psicologia, apesar das diferentes contribuições
cia ao Acompanhamento Terapêutico como uma teóricas, conceituais e práticas para a definição do
forma de intervenção e/ou complemento de um Acompanhamento Terapêutico, ainda parece haver
tratamento multidisciplinar (Vianna & Sampaio, a necessidade de um exame mais acurado das va-
2003) ou ainda como uma técnica de intervenção riáveis que compõem ou que participam de even-
(Balvedi, 2003). Esses exemplos ilustram a fal- tos comportamentais envolvidos nesse fazer. No
ta de delimitação, sistematização e consenso em presente artigo objetivou-se caracterizar de forma
propostas para a definição do Acompanhamento crítica as diferentes contribuições da Psicologia e
Terapêutico do ponto de vista analítico-compor- da Análise do Comportamento para a definição de
tamental. Sugerem também a falta de estudos na Acompanhamento Terapêutico, problematizando as
Análise do Comportamento que objetivem a iden- características que têm sido utilizadas por pesquisa-
tificação e análise dos comportamentos constituin- dores como definidoras deste fazer no Brasil. Além
tes desse fazer, o que possibilitaria a proposição de disso, defende-se que a Análise do Comportamento
uma definição mais consistente com a perspectiva e a Programação de Ensino possuem recursos para
analítico-comportamental. contribuir com uma definição mais precisa do fazer
O Acompanhamento Terapêutico ocorre por Acompanhamento Terapêutico na Psicologia, por
meio de intervenções em ambiente natural do meio de tecnologias de identificação e derivação de
cliente e apresenta algumas particularidades que comportamentos.
exigem um repertório clínico bastante sofisticado
e um exame acurado das variáveis que o envolvem
(Zamignani, Kovac, & Vermes, 2007). Esse fazer Acompanhamento Terapêutico:
tem acontecido desde a década de 1980 no Brasil origens e produção científica na
e tem trazido benefícios a clientes que não desen- Psicologia
volveram ou que apresentam dificuldades ao emitir
comportamentos necessários para desempenharem A prática que vem sendo denominada por Acompa-
tarefas da vida cotidiana, e que em geral, para um nhamento Terapêutico no Brasil teve suas origens
bom prognóstico, necessitam de vários atendimen- no século XX e em derivações de propostas psica-
tos semanais realizados por diferentes especialistas nalíticas. Seus pressupostos surgiram a partir da
(e.g. psiquiatra, psicólogo e/ou fonoaudiólogo) pa- criação e atribuição de novas funções para agentes
ralelamente com o serviço de Acompanhamento de saúde mental, originadas em movimentos polí-
Terapêutico (Zamignani, 1997; Zamignani & tico-ideológicos, como o movimento Antipsiquia-
Wielenska, 1999). Portanto, o Acompanhamento tria, liderado por Laing e Cooper na Inglaterra, na
Terapêutico tem sido utilizado para atender diver- década de 1960; a Psiquiatria Democrática, repre-
sos casos e em variadas situações, como exemplo, sentada por Basaglia na Itália, nas décadas de 1970
em dificuldades no desempenho escolar, em casos e 1980; e a Psicoterapia Institucional, caracterizada
que envolvem drogadição e em situações psiquiá- por Oury e Guattari na França, na década de 1950
tricas graves. (Nogueira, 2009). Esses movimentos contestaram o
As variáveis que envolvem o repertório clí- tratamento psiquiátrico realizado no modelo hospi-
nico necessário para intervenções por meio do talocêntrico e possibilitaram o surgimento de novas
Acompanhamento Terapêutico podem ser exami- modalidades de tratamento como as comunidades
nadas de diferentes formas, contando com varia- terapêuticas, o hospital-dia e, posteriormente, o
dos procedimentos e a partir de diferentes teorias Acompanhamento Terapêutico (Nogueira, 2009;
e conceitos. Como exemplo, pode-se caracterizá- Simões & Kirschbaum, 2005).
-las por meio da história do Acompanhamento Os serviços originados a partir de contesta-
Terapêutico, da descrição dos comportamentos ções ao modelo hospitalocêntrico possibilitaram
relacionados a esse fazer, ou ainda de acordo com o surgimento, nos Estados Unidos e na Europa,
o Acompanhamento Terapêutico surgiu de deri- lizada (48,8%) foi a Psicanálise; e 79,1% dos estudos
vações de propostas psicanalíticas e movimentos tratavam de relatos de experiência. Embora essa re-
político-ideológicos, com funções em oposição à visão sistemática realizada por Santos et al. tenha
internação e que atuou e atua em uma espécie de sido significativa em indicar de forma quantitativa
setting “ambulante” (Alvarenga, 2006; Araújo, 2005; as produções sobre Acompanhamento Terapêutico
Neto, Pinto, & Oliveira, 2011; Pitiá & Santos, 2006); na pós-graduação brasileira, o estudo não indicou
(b) como fazer, atuando em casos que envolvem di- especificamente o que tem sido produzido por esses
versas temáticas, como a inclusão, a drogadição, o estudos, o que envolveria uma análise qualitativa e
alcoolismo, a depressão pós-parto, pacientes com que poderia indicar demandas específicas de estu-
diagnóstico psiquiátrico e pacientes com transtor- dos e pesquisas nessa área.
nos orgânicos (Fujihira, 2006; Fraguas & Berlinck, Outro estudo bibliográfico realizado nos
2001; Londero & Pachecho, 2006; Marinho, 2009; anos 2000 foi o de Simões e Kirschbaum (2005),
Neto & Amarante, 2013; Palombini, 2006; Sereno, que analisou a produção científica sobre o
2006; Silva & Silva, 2006); e (c) a partir de seu per- Acompanhamento Terapêutico no Brasil de 1960
fil profissional no Brasil, que em geral é um fazer a 2003. Os autores destacaram que nesses estudos,
exercido por estudantes, por meio de estágios, onde em geral, há uma «preocupação com o estabeleci-
o acompanhante terapêutico é percebido como mento de funções e objetivos que determinavam a
coadjuvante no tratamento, mas com papel ativo, especificidade do trabalho de Acompanhamento
de grande importância e que atua "diretamen- Terapêutico (...)» (p. 395), destacando como ca-
te" no ambiente em que o paciente está inserido racterísticas principais do Acompanhamento
(Figueiredo, 2009; Kischbaum & Rosa, 2003; Marco Terapêutico: o setting ampliado, o diálogo com a
& Calais, 2012; Nogueira, 2009). família e o trabalho em equipe. Nesse estudo, dife-
Nos anos 2000, o Acompanhamento Terapêuti- rentemente do realizado por Santos et al. (2015), os
co tem sido descrito na literatura como um fazer al- autores optaram por um procedimento qualitativo,
ternativo à internação, que abarca funções terapêu- que obteve resultados que parecem corroborar os
ticas (Alvarenga, 2006; Chaui-Berlinck, 2010; Neto estudos de Kirschbaum e Rosa (2003) e Londero e
& Amarante, 2013; Neto, Pinto, & Oliveira, 2011; Pacheco (2006), demonstrando a demanda de ca-
Silva & Silva, 2006; Zamignani, Kovac, & Vermes, racterização dos comportamentos constituintes do
2007); e funções sociais, como a inclusão (Fraguas Acompanhamento Terapêutico.
& Berlinck, 2001; Fujihira, 2006; Sereno, 2006) e a Em suma, o Acompanhamento Terapêutico tem
garantia de direitos (Chauí-Berlinck, 2010; Muyla- sido descrito na literatura como um fazer: que não
ert, 2006; Neto & Amarante, 2013; Neto, Pinto, & possui teoria, procedimentos e normas éticas pró-
Oliveira, 2011; Palombini, 2006; Silva & Silva 2006). prios (embora essas sejam características necessárias
Na década de 2010, o primeiro estudo que objeti- para sua execução); e não privativo de alguma área
vou realizar uma revisão sistemática sobre a produ- do conhecimento e profissão. Ambas características
ção científica a respeito do Acompanhamento Tera- contribuem para o aumento de dificuldades na pres-
pêutico, na pós-graduação brasileira, foi publicado tação de serviços e na elaboração de uma definição
por Santos et al. (2015). Nesse trabalho, o grupo de para a atuação de profissionais. Essas dificuldades,
autores examinou 43 teses e dissertações concluídas por sua vez, parecem ter indicado a necessidade
entre os anos de 2000 e 2011 disponíveis no Banco de elaboração de estudos que caracterizassem o
de Teses e Dissertações da Coordenação de Aper- Acompanhamento Terapêutico. Essas caracteriza-
feiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). ções foram realizadas de diferentes maneiras (e.g.
Os resultados obtidos indicaram que: 62,8% das historicamente; indicando características deste fazer;
referências analisadas foi produzida entre 2007 e ou traçando um perfil profissional dos acompanhan-
2011; 41,9% delas classificadas pela CAPES como tes terapêuticos) e foram importantes por caracte-
pertencentes no banco de dados à categoria de «Psi- rizar esse fazer em três funções principais: (a) sua
cologia» e 25,6% à categoria de «Tratamento e pre- função terapêutica; (b) sua função social; e (c) sua
venção psicológica»; a abordagem teórica mais uti- participação na garantia de direitos (do cliente).
Uma problemática existente e possivelmente que ocorrem (Zamignani, Kovac, & Vermes, 2007).
oriunda da variedade teórica, conceitual e de apli- Esses fazeres se assemelham com os realizados por
cações do Acompanhamento Terapêutico está no modificadores do comportamento. A Modificação
fato de que os estudos realizados sobre essa temá- do Comportamento era composta por procedimen-
tica, em geral, têm indicado que as característi- tos de observação, avaliação e demonstração de
cas principais do Acompanhamento Terapêutico relação de determinação entre variáveis compor-
são: o setting ampliado, o diálogo com a família tamentais. Esses procedimentos ocorriam em con-
e o trabalho em equipe. Essas três características junto com a transposição ou adaptação de conheci-
parecem se referir às funções do Acompanhante mentos produzidos em pesquisa básica para uso em
Terapêutico (terapêuticas, sociais e de garantia contextos e ambientes não controlados (Barcellos &
de direitos) e a situações e contextos nos quais o Haydu, 1998; Londero & Pacheco, 2006; Marco &
Acompanhante Terapêutico deve atuar (como no Calais, 2012).
setting ampliado, no diálogo com a família e no A Modificação do Comportamento surgiu
trabalho em equipe), mas não explicitam clara- diante de um contexto científico em que os estudos
mente o que esse profissional tem que ser capaz de eram realizados baseados principalmente no pa-
fazer (seus comportamentos) e que caracterizaria radigma respondente. Isso perdurou das décadas
essas funções nesses contextos. de 1920 a 1940 (Barcellos & Haydu, 1998) e teve
seu início atribuído ao experimento de Watson e
Rayner (1920), os quais demonstraram o condicio-
Aproximações entre fazeres da namento do “medo”, no experimento com o meni-
Análise do Comportamento e o no Albert. Um dos fatores contextuais para o surgi-
Acompanhamento Terapêutico mento da Modificação de Comportamento foram
as constantes críticas da Psicologia e da Psiquiatria
A Análise do Comportamento pode contribuir ao tratamento tradicional em relação ao compor-
para o desenvolvimento do Acompanhamento tamento tido como “anormal”, a partir de aborda-
Terapêutico por meio de exames de variáveis que gens psicodinâmicas como a Psicanálise (Caballo,
compõem ou que participam de eventos compor- 1996). Diante disso e do crescente desenvolvimen-
tamentais e que estão envolvidas nesse fazer. Outra to e influência das ciências biológicas e físicas à
contribuição está na aplicação de procedimentos de Psicologia, teorias da aprendizagem e seus princí-
avaliação e análise de comportamentos realizadas pios, como os investigados por Pavlov, Thorndike,
por meio da Modificação do Comportamento, da Watson, Hull, Guthrie e Skinner, ganharam um no-
Análise do Comportamento Aplicada e da Terapia tável destaque em intervenções. Em grande parte,
Comportamental. Essas contribuições podem ser por seu comprometimento científico evidenciado
exemplificadas a partir do uso de procedimentos em suas características: a transposição do modelo
de avaliação e de observação de comportamentos de laboratório para a situação clínica, o rigor da
"diretamente" no ambiente em que ocorrem e de produção de conhecimentos para atender a comu-
procedimentos de avaliação e demonstração de nidade científica e a prestação de serviços com vis-
relações de determinação entre variáveis compor- tas à promoção de melhoras sociais significativas
tamentais. O destaque para a necessidade de que (Baer, Wolf, & Risley, 1968).
o comportamento-alvo de intervenção tenha rele- Ao longo das décadas, pesquisas em diferentes
vância social e que as intervenções à que será sub- temáticas foram realizadas pela comunidade cientí-
metido sejam oriundas de pesquisas básicas, assim fica da Análise do Comportamento: como na déca-
como a possibilidade de pesquisas aplicadas, que da de 1930, envolvendo princípios preditivos e pro-
ocorrem em contexto natural também parecem posições teórico-conceituais e na década de 1940,
exemplos de contribuições a serem consideradas. envolvendo o paradigma operante e estudos reali-
O Acompanhamento Terapêutico exige proce- zados em infra-humanos, o que pareceu ter con-
dimentos de observação e de avaliação de compor- duzido o enfoque principal dos estudos da década
tamentos realizados diretamente no ambiente em posterior, muito marcada pelas contribuições para
p. 160) e “que apresenta-se como um elo entre tros ambientes, como a casa do cliente, e/ou a escola
terapeuta, cliente, família e demais pessoas en- (Zamignani, Kovac, & Vermes, 2007). Em conso-
volvidas, levantando dados importantes para nância com isso, pesquisas aplicadas vinham sendo
a análise funcional” (Carvalho, 2002, p. 43) realizadas objetivando desenvolver tecnologia para
(Zamignani, Kovac, & Vermes, 2007, p. 34-35). trabalho em ambiente natural (partindo da premis-
sa de que produziriam maior chance de generali-
Essa definição abarca características que fo- zação de resultados obtidos durante a intervenção)
ram inicialmente utilizadas na então denomina- (e.g. Asmus et al., 1999; Handleman, 1979; Neef,
da Modificação do Comportamento e na Análise Iwata, & Page, 1978). Essas pesquisas contribuí-
do Comportamento Aplicada, como a utilização ram para o desenvolvimento do Acompanhamento
de procedimentos de observação, avaliação e de- Terapêutico (Cassas, 2013), que parece suprir algu-
monstração de relações de determinação entre mas limitações de profissionais clínicos em atender
variáveis comportamentais, a necessidade de que demandas extra-consultório, como exemplos: a dis-
o comportamento-alvo de intervenção tenha rele- ponibilidade de horário necessária para os atendi-
vância social e conte com intervenções oriundas mentos, os deslocamentos necessários (para ir até o
de pesquisas básicas e que, na prática, ocorrem em local necessário), a obtenção de dados diretamente
contexto natural. Ainda nessa definição, os autores observados para realização de análises funcionais
indicam que o contexto clínico, quando não sufi- e a comunicação mais frequente com agências de
ciente para a resolução de uma problemática, leva controle, como a escola e a família.
o clínico a buscar no Acompanhante Terapêutico Para os analistas do comportamento há uma
um auxiliar para a realização do serviço. Portanto, diferenciação entre o terapeuta analista do com-
partindo da definição de Zamignani, Kovac e portamento e o acompanhante terapêutico, pois
Vermes (2007), pode-se hipotetizar que a defini- os acompanhantes terapêuticos cumprem a fun-
ção do Acompanhamento Terapêutico na Análise ção de auxiliar ou complementar o trabalho de
do Comportamento está relacionada a três fato- outro terapeuta ou de uma equipe multiprofis-
res principais: (a) o surgimento de procedimentos sional (Balvedi, 2003; Cruz, Lima & Moraes,
de intervenção em contexto natural, por meio da 2003; Oliveira, 2000; Vianna & Sampaio, 2003;
Modificação do Comportamento; (b) a delimita- Zamignani, Kovac, & Vermes, 2007; Zamignani
ção da Análise do Comportamento, por meio da & Wielenska, 1999). As contingências que deter-
Análise do Comportamento Aplicada e (c) o sur- minam essa distinção parecem ligadas a aspectos
gimento da Terapia Comportamental, em inter- da formação profissional pois, em geral, esse fazer
venções realizadas em setting clínico tradicional, é exercido por estudantes ou terapeutas recém-
em gabinete. -formados e a questões sociais e econômicas que
As contribuições da Análise do Comportamento guiam o Acompanhamento Terapêutico para “uma
para o Acompanhamento Terapêutico no Brasil pa- espécie de estágio remunerado no qual ele acom-
recem ter surgido em um momento em que houve panha de perto o trabalho de um terapeuta expe-
um aumento no número de profissionais que atu- riente que o supervisiona” (Zamignani, Kovac, &
avam em setting clínico em detrimento do número Vermes, 2007, p. 34). Essa distinção é importante
de profissionais que realizavam atendimentos em por indicar que o Acompanhamento Terapêutico,
ambientes e contextos naturais de seus clientes. Por na perspectiva de analistas do comportamento,
outro lado, as demandas de atendimentos extra- parece um fazer diretamente ligado à formação do
-consultório, em casos de desenvolvimento atípico, psicólogo. Isso, por sua vez, implica em considerar
por exemplo, parecem ter enfatizado a necessidade que é preciso criar condições, durante a formação
de "retorno" desses profissionais a intervenções em profissional, para que os comportamentos consti-
ambiente natural. Isso porque os profissionais que tuintes desse fazer sejam desenvolvidos. Portanto,
atuavam exclusivamente na clínica identificaram identificar essas classes de comportamentos se faz
que, para obter maior eficácia em tratamentos, cer- importante por possibilitar a caracterização, deli-
tos procedimentos teriam que ser aplicados em ou- mitação e sistematização desse fazer profissional,
endê-las, também, a partir de diferentes graus de o que possilitou avaliar a pertinência dessas classes,
complexidade. Isso porque as classes de comporta- realizar proposições com a finalidade de amenizar
mentos constituintes de qualquer fazer profissional equívocos presentes na linguagem utilizada para se
variam em complexidade (Kienen, 2008). Como referir a elas, bem como em problemáticas decor-
exemplo, tomemos duas classes de comportamen- rentes desses equívocos, além de caracterizar fun-
to necessárias para um caso de Acompanhamento ções sociais e científicas de profissionais e permitir
Terapêutico: “orientar os pais” e “criar condições a capacitação de indivíduos que necessitam lidar
que gerem sucesso na execução de tarefas escolares” com comportamentos envolvidos nessas funções.
(Pergher & Velasco, 2007). No exemplo, embora No caso do Acompanhamento Terapêutico, a
“criar condições que gerem sucesso na execução de utilização de procedimentos de identificação e de-
tarefas escolares” pareça ser mais complexo do que rivação de comportamentos a partir de literatura
“orientar os pais”, para “orientar” é necessário que sobre esse tipo de fazer, pode auxiliar na elabo-
o profissional seja capaz de “identificar” e “avaliar” ração de uma definição e em sua delimitação. A
componentes-problemas. “Orientar os pais” pode seguir será apresentado um exemplo para ilustrar
ser um dos constituintes de “criar condições que o potencial desse tipo de procedimento, inician-
gerem sucesso na execução de tarefas escolares”, do com a transcrição de um trecho do texto de
mas requer que sua complexidade seja analisada. Oliveira (2000) que apresenta uma definição para
Explorar esse aspecto relativo à complexidade das o Acompanhamento Terapêutico:
classes de comportamentos é importante por possi-
bilitar identificar comportamentos que necessitam “O AT serve de elo entre o profissional ou a
ser desenvolvidos como pré-requisito para o desen- equipe responsável e a família. Dessa forma, o
volvimento de outros comportamentos. AT pode reforçar adequadamente os esforços
Pesquisas que objetivam caracterizar classes tanto do cliente quanto de sua família, orien-
de comportamentos constituintes do fazer de dife- tar o cliente em suas tarefas diárias, garantido o
rentes agentes sociais têm sido realizadas por meio exercício das atividades programadas; realizar
de procedimentos de identificação e derivação de o levantamento de dados da relação familiar e
comportamentos, especialmente a partir de litera- de contingências da vida do paciente, através
tura a respeito do fenômeno investigado. O estudo de observação participante; repassar os dados
de Kienen (2008), por exemplo, buscou delimitar novos, levantados através da observação ao pro-
o fazer do psicólogo como um profissional capaci- fissional ou equipe responsável pelo caso, para
tador de diferentes agentes sociais (pais, cônjuges, a análise das novas contingências percebidas e
profissionais da área da saúde, líderes empresa- assim traçar novos procedimentos e técnicas ca-
riais etc.) para que eles possam aprender a inter- bíveis ao caso” (Oliveira, 2000, p. 257).
vir sobre comportamentos. Santos, Kienen, Viecili,
Botomé e Kubo (2009) examinaram as classes de Nesse trecho, é possível identificar referência
comportamentos constituintes da formação do psi- aos três componentes que constituem comporta-
cólogo a partir do que está proposto nas Diretrizes mentos: classes de estímulos antecedentes, classes
Curriculares para os Cursos de Graduação em de respostas e classes de estímulos consequentes.
Psicologia. Moskorz (2011) investigou os compor- Como classes de estímulos antecedentes, pode-se
tamentos presentes na interação entre psicotera- destacar: Cliente, esforços do cliente, esforços da
peuta e cliente, aprofundando o exame feito por família, atividades programadas, profissional ou
Zamignani (2007). Luiz (2008) sistematizou as clas- equipe responsável pelo caso, tarefas diárias do
ses de comportamentos constituintes de “projetar cliente. Como classes de respostas: Reforçar ade-
a vida profissional”. De Luca (2008) caracterizou quadamente os esforços tanto do cliente quanto
a classe “avaliar a confiabilidade de informações”. de sua família; orientar o cliente em suas tarefas
Esses são exemplos de estudos que objetivaram ca- diárias garantindo o exercício das atividades pro-
racterizar e sistematizar classes de comportamentos gramadas; realizar o levantamento de dados da re-
constituintes de algum fazer, a partir da literatura, lação familiar e de contingências da vida do pacien-
te, através de observação participante; e repassar exemplo, a classe “realizar o levantamento de da-
os dados novos, levantados através da observação dos da relação familiar e de contingências da vida
ao profissional ou equipe responsável pelo caso. do paciente, através de observação participante”
Por fim, como referências às classes de estímulos poderia ser substituída por “coletar dados de inte-
consequentes, é possível observar: a garantia do rações comportamentais entre membros da família
exercício das atividades programadas, e duas de- do cliente por meio de observações participantes”.
corrências do comportamento do acompanhante Essa expressão parece destacar mais claramente o
terapêutico que são classes de comportamentos tipo de ação a ser executada pelo acompanhante
que deverão ser emitidos pelo profissional ou equi- terapêutico. Por sua vez, essa classe de respostas
pe responsável pelo caso: análise de novas contin- poderia, ainda, ser decomposta em outras classes
gências percebidas e traçar novos procedimentos e menos abrangentes, tais como “coletar dados so-
técnicas cabíveis ao caso. Nesses dois últimos casos, bre contingências de reforçamento que envolvem
os estímulos consequentes de classes de respostas o paciente”, “observar interações comportamentais
do acompanhante terapêutico poderiam ser mais entre membros da família do cliente”, assim como
claramente descritas como: possiblidade de análise classes relativas a avaliar, caracterizar e identificar
de novas contingências percebidas, possibilidade esses mesmos dados e essas mesmas interações.
de que novos procedimentos sejam traçados, pos- Vale destacar ainda que, além de propor a subs-
sibilidade de novas técnicas cabíveis ao caso sejam tituição de alguns termos, é possível, a partir do tre-
traçadas. Porém, mesmo explicitando aspectos re- cho destacado, propor a derivação de outros com-
lativos aos três componentes de comportamentos, ponentes de classes de comportamentos que podem
as expressões utilizadas para fazer referência aos ser inferidos a partir das informações apresentadas.
comportamentos do acompanhante terapêutico Como exemplo, é possível destacar consequências
parecem não deixar clara a sua função. Isso porque tais como: Dados comunicados para membros da
são mantidas metáforas (“serve de elo”, “através”, equipe ou ao responsável pelo caso; dados sobre in-
“percebidas”, entre outras) e uma ênfase às classes terações comportamentais da família do cliente ob-
de respostas que o acompanhante terapêutico deve tidos; exercício das atividades programadas garan-
emitir (“reforçar”, “orientar”, “realizar”, “através de tido; interações comportamentais entre membros
observação participante”, “repassar os dados no- da família do cliente identificadas, caracterizadas,
vos”). Uma maneira de explicitar mais claramen- avaliadas, observadas, entre outras.
te as classes de comportamentos destacadas nesse Como ilustrado aqui, procedimentos de identi-
trecho seria substituir os termos vagos, metafóri- ficação e derivação de classes de comportamentos
cos ou imprecisos por termos mais claros, conci- a partir da literatura sobre o fenômeno investiga-
sos, objetivos e precisos3, levando em consideração do possibilitam aumentar a clareza a respeito dos
a função dessas classes de comportamentos. Como comportamentos definidores da atuação do acom-
panhante terapêutico. Esse procedimento, além da
3 Objetividade se refere à linguagem utilizada para descrever
identificação de componentes de comportamentos,
os componentes que fazem referência a variáveis observáveis possibilita a operacionalização dos termos, aumen-
(direta ou indiretamente) (De Luca, 2008, 2013); tando a clareza a respeito dos comportamentos de-
A concisão é um critério que define que a linguagem não deve finidores desse fazer profissional. Ao realizarmos
apresentar palavras ou expressões desnecessárias (De Luca, um procedimento de identificação e derivação de
2008, 2013);
Clareza define que a linguagem utilizada deve ser de fácil
componentes de comportamentos (seus compo-
compreensão, indicando variáveis constituintes de compor- nentes e classes de comportamentos) no trecho de
tamentos (de seus componentes e/ou de uma classe de com- Oliveira (2000), podemos identificar referências
portamentos) (De Luca, 2008, 2013); a diversas classes de comportamentos relativas a
Precisão é um critério relacionado às medidas das variáveis identificar, caracterizar, avaliar, observar e intervir
de comportamentos (de seus componentes e/ou de classes de
comportamentos), fazendo referência à amplitude dos valo-
(sobre interações comportamentais, por exemplo).
res das variáveis (quanto menor a amplitude, mais precisa a Após identificação, derivação e avaliação das ex-
informação é) (De Luca, 2008, 2013). pressões apresentadas no trecho, é possível propor,
inclusive, uma nova versão de redação desse, com mento terapêutico. Tanto a dificuldade em realizar
uma terminologia mais consistente. Neste caso, o verificações de eficácia de procedimentos adotados,
trecho poderia ser substituído por: “O acompa- quanto a ausência de documentos norteadores (re-
nhante terapêutico serve como mediador de re- ferentes ao trabalho do psicólogo como acompa-
lações comportamentais entre o profissional ou a nhante terapêutico), são problemáticas relaciona-
equipe responsável pelo caso e a família do cliente. das às características utilizadas como definidoras
De seus comportamentos decorrem a possibilidade do Acompanhamento Terapêutico.
de análise de contingências e de desenvolvimento A definição de Acompanhamento Terapêutico
de procedimentos e técnicas que serão utilizadas utilizada por analistas do comportamento pressu-
nesse caso. Portanto, trata-se de um fazer respon- põe que esse fazer se define pela intervenção so-
sável por identificar, caracterizar, avaliar, observar, bre contingências de reforçamento em ambiente
coletar e comunicar (para a equipe ou profissional natural. Porém, o acompanhante terapêutico tem
responsável pelo caso) dados sobre contingências sido considerado um profissional subordinado ao
de reforçamento que envolvem o cliente e sobre in- psicólogo clínico e sem uma especificação clara
terações comportamentais entre membros de sua dos comportamentos constituintes de seu fazer.
família. Também são funções do Acompanhante Essa definição a partir da subordinação restringe
Terapêutico aumentar a probabilidade do cliente e o trabalho de psicólogos, à medida que não con-
de sua família executarem adequadamente as ati- sidera o trabalho de psicólogos acompanhantes
vidades programadas, orientar o cliente em suas terapêuticos que são parte de uma equipe onde
atividades diárias e analisar, avaliar, caracterizar e não há subordinação de um psicólogo a outro, ou
identificar: relações comportamentais entre o pro- em equipes onde o acompanhante terapêutico é
fissional (ou a equipe responsável pelo caso) e a o único psicólogo. Ademais, há o uso de metáfo-
família do cliente; as atividades programas e a pro- ras ou de componentes de comportamentos (e/ou
babilidade do cliente e de sua família executarem componentes de classes de comportamentos) ao
essas atividades.”. invés de classes de comportamentos constituintes
Os exemplos apresentados não têm a preten- e definidoras deste fazer.
são de esgotar o exame do trecho transcrito, nem A Análise do Comportamento como ciência, e
tampouco definir, por si só, a atuação do acompa- a Programação de Ensino como uma subárea des-
nhante terapêutico. Trata-se tão somente de ilus- ta ciência, possuem recursos teórico-conceituais
trar a possibilidade de uso de procedimentos de- e tecnológicos para contribuir com uma melhor
rivados dos trabalhos que têm sido realizados com definição do fazer Acompanhamento Terapêutico
Programação de Ensino como forma de definir na Psicologia. Como exemplos, há a possibilidade
mais claramente as atuações requeridas do acom- de identificar as classes de comportamentos cons-
panhante terapêutico. tituintes do Acompanhamento Terapêutico, bem
como identificar seus diferentes graus de abran-
gência, tal como realizado em estudos que objeti-
Considerações finais varam descobrir classes de comportamentos com-
ponentes de fazeres, profissões e funções sociais
Na Psicologia, como na Análise do Comportamento, (Botomé, 1997; De Luca, 2008; Kienen, 2008; Luiz,
há falta de consenso quanto à definição do fazer de- 2008; Moskorz, 2011; Santos et al., 2009). Nesses
nominado Acompanhamento Terapêutico, de suas estudos, os autores utilizaram a tecnologia de iden-
características e suas funções. Isso contribui para a tificação e derivação de comportamentos, a partir
manutenção de lacunas na prestação de serviços, de aspectos constituintes desses comportamentos,
como a dificuldade em realizar verificações de efi- que possibilitou que os comportamentos fossem
cácia de procedimentos adotados por acompanhan- submetidos à avaliação experimental e/ou à cons-
tes terapêuticos e a ausência de documentos nor- trução de relações entre esses aspectos (sínteses
teadores compostos por diretrizes para a atuação comportamentais), por meio de procedimentos de
profissional do psicólogo por meio do acompanha- ensino (Kienen, Kubo, & Botomé, 2013).
bre o repertório do AT. IN I. Londero (Org.) Zamignani, D. R.; Kovac, R., & Vermes, J. S. (2007).
Acompanhamento terapêutico: Teoria e técnica A clínica de portas abertas: Experiências e fun-
na terapia comportamental e cognitivo – com- damentação do acompanhante terapêutico e da
portamental (pp. 37-49). São Paulo: Editora prática clínica em ambiente extraconsultório.
Santos. São Paulo: ESETec.
Sereno, D. (2006). Acompanhamento terapêuti- Zamignani, D. R., & Wielenska, R. C. (1999).
co e educação inclusiva. Psychê, 18(10), 167- Redefinindo o papel do acompanhante tera-
179. Disponível em: http://pepsic.bvsalud. pêutico. In R.R. Kerbauy, & R.C. Wielenska.
org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415- (Orgs.), Sobre comportamento e cognição:
-11382006000200016&lng=pt&tlng=pt Psicologia comportamental e cognitiva da refle-
Silva, A. S. T. da., & Silva, R. N. da. (2006). A emer- xão teórica à diversidade na aplicação (Vol. 4,
gência do acompanhamento terapêutico e as pp. 157-165). Santo André: ARBytes.
políticas de saúde mental. Psicologia: Ciência Watson, J. B., & Rayner, R. (1920) Conditioned
e profissão, 26(2), 210-221. DOI: http://dx.doi. emotional reactions. Journal of Experimental
org/10.1590/S1414-98932006000200005 Psychology, 3(1), 1-14. DOI: http://dx.doi.
Simões, C. H. D., & Kirschbaum, D. I. R. (2005). org/10.1037/0003-066X.55.3.313
Produção científica sobre o acompanhamen-
to terapêutico no Brasil de 1960 a 2003: Uma
análise crítica. Revista Gaúcha de Enfermagem,
26(3), 392-402. Disponível em: http://seer.ufrgs.
br/index.php/RevistaGauchadeEnfermagem/
article/view/4569/2496
Skinner, B. (1977). Why I am not a cogniti-
ve psychologist. Behaviorism, 5(2), 1-10.
Disponível em: http://www.jstor.org/
stable/27758892?origin=JSTOR-pdf
Skinner, B. F. (1961). The operational analysis of
psychological terms. In Cumulative Record. (pp.
272-286). Appleton: New York. (Publicação
original: Psychological Review (1945), 52, 270-
277).
Vianna, A. M., & Sampaio, T. P. de A. (2003).
Acompanhamento terapêutico: Da teoria à prá-
tica. In M. Z. S. Brandão et al. (org). Sobre com-
portamento e cognição: A história e os avanços, a
seleção por consequências em ação (Vol. 11, pp.
285-193). Santo André: ESETec
Zamignani, D. R. (1997). O trabalho de acompa-
nhamento terapêutico: A prática de um analis-
ta do comportamento. Revista Biociências, 3(1),
77-90.
Informações do Artigo
Zamignani, D. R. (2007). O desenvolvimento de um
sistema multidimensional para a categoriza- Histórico do artigo:
ção de comportamentos na interação terapêu- Submetido em: 13/09/2016
tica (Tese de doutorado). Universidade de São Primeira decisão editorial: 28/11/2016
Paulo, São Paulo. DOI: 10.11606/T.47.2008.tde- Aceito em: 13/03/2017
21052009-091808 Editor: Nicodemos B. Borges