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Doença de Newcastle
Doença de Newcastle
INTRODUÇÃO
A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral, aguda, altamente contagiosa, que
acomete aves silvestres e comerciais, com sinais respiratórios, freqüentemente seguidos por
manifestações nervosas, diarréia e edema da cabeça. A manifestação clínica e a mortalidade
variam segundo a patogenicidade da cepa viral. Essa patogenicidade pode variar de muito alta
(amostra velogênica), para intermediária (amostra mesogênica) até muito baixa (amostra
lentogênica). O agente viral pertence à Família Paramyxoviridae, Gênero Avulavirus. A DNC é
considerada uma doença de distribuição mundial (figura 1).
EPIDEMIOLOGIA
O vírus da doença de Newcastle infecta diferentes espécies de aves domésticas tais como
galinhas e perus, assim como aves silvestres e ornamentais, mas os sintomas e gravidade da
doença podem variar entre uma espécie e outra. Portanto, não pode ser descartado o risco de que
o vírus, apesar de não patogênico em uma espécie, venha a causar doença grave em outra. O
Paramyxovirus aviário do sorotipo 1 (APMV-1) infecta aproximadamente 236 espécies de pássaros
selvagens e ornamentais, além de espécies de aves domésticas, incluindo pombos, os quais
podem transmitir o vírus.
O potencial para transportar e disseminar certos microrganismos patogênicos pelas aves é
um consenso. Aves migratórias podem estar envolvidas na dispersão dos microrganismos como
seu carreador biológico, mecânico ou carreador de ectoparasitos hematófagos infectados. A
introdução do VDN em lotes de aves comerciais por aves migratórias e aves silvestres tem sido
documentada. Aves nativas ou aves silvestres de vida livre podem ser responsáveis pela difusão
direta ou indireta de agentes infecciosos para aves comerciais susceptíveis.
A infecção pode ocorrer através da inalação ou ingestão, sendo que o vírus está presente
no ar exalado pelas aves, nas fezes e em toda parte da carcaça da ave durante a infecção aguda e
na morte. A contaminação de outras aves pode ocorrer por meio de aerossóis e pela ingestão de
água ou comida contaminada. Há controvérsias quanto à transmissão vertical do vírus.
1) viscerotrópico e velogênico ou também conhecido como “forma de Doyle”, que causa doença
severa e fatal, com alta mortalidade em galinhas (figura 2). Os principais sinais são apatia,
diarréia esverdeada e lesões hemorrágicas, principalmente nos intestinos;
3) outros patótipos já menos patogênicos são os vírus classificados como mesogênicos, ou “forma
de Beaudette”, que podem causar apenas leves sinais respiratórios nas aves, queda de postura
em poedeiras e, eventualmente, podem ocorrer também sintomas nervosos. A mortalidade das
aves é normalmente baixa e mais comum em aves jovens;
4) lentogênicos, ou “forma de Hitchner” são comumente usadas como cepas vacinais e podem
causar sinais respiratórios brandos em aves jovens, dependendo da cepa vacinal utilizada;
5) há ainda um último tipo, não patogênico, conhecido como entérico assintomático, que não causa
sinais ou lesões nas aves e também tem sido utilizado como cepa vacinal. Portanto, nem todas as
cepas do vírus de Newcastle causam doença.
DIAGNÓSTICO (Histopatologia/Sorologia/Isolamento
Viral)
Lesões microscópicas podem variar consideravelmente e também podem apresentar
pequeno valor no diagnóstico da DN, não existe lesões patognomônicas para qualquer uma das
formas da doença de Newcastle. Vírus que apresentam baixa patogenicidade produzem infeções
clinicamente inaparentes com ausência ou o mínimo de lesões, enquanto que outros patotipos
produzem sinais clínicos variados da doença.
A confirmação do isolamento viral é feita por testes de inibição da
hemaglutinação (HI), que permitem também o diagnóstico diferencial do vírus de influenza
aviária.
O diagnóstico do vírus pode ser realizado ainda pela inoculação de macerados de órgãos
de aves suspeitas em ovos embrionados ou por testes moleculares, como RT-PCR.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Os principais diagnósticos diferencias são: Bronquite Infecciosa, Pneumovirose,
Laringotraqueíte, Influenza Aviária, Encefalomielite, Doença de Marek (apenas pela paralisia) e
Coriza Aviária.
PREVENÇÃO
O controle da DNC se baseia em biossegurança (rígida seguridade), uso de vacinas e
detecção precoce de lotes infectados (monitoria laboratorial para vigilância). Esta enfermidade
pode ser controlada pelo sacrifício das aves infectadas ou vacinando somente reprodutoras e
poedeiras comerciais, sem vacinar os frangos de corte ou, ainda, vacinando toda a população
avícola.
Em muitos países, incluindo o Brasil, a doença vem sendo controlada em plantéis
comerciais através da vacinação, com vacinas aprovadas e com controle de qualidade. Em alguns
estados brasileiros são vacinadas apenas as matrizes, para transferência de imunidade passiva às
progênies. A queda completa do nível de anticorpos, que ocorre até a idade de abate de frangos
de corte, tem sido utilizada como uma forma de verificar se há vírus circulando em determinada
região.
PRAZO
CODIGO EXAMES
DIAS
NEWCASTLE NDV - HI
A06 4
Material: Sangue total ou soro.
PACOTE CHECK UP BASICO FRANGO DE CORTE
Exames: IBD- ELISA, IBV- ELISA, NDV- H.I., MG-S.A.R.
A46 4
, MS- S.A.R. , PUL - S.A.R.
Material: 25 amostras de Sangue Total ou Soro
SOROPERFIL DE FRANGO DE CORTE (Avaliação de desafios da
Granja e Plano Vacinal)
A47 Exames: IBD- ELISA , IBV- ELISA, NDV- H.I. , MG- S.A.R. , MS- 4
S.A.R., PUL - S.A.R.
Material: Amostras de soro em 3 fases.
MONITORIA SANITÁRIA CONTRATADA DE FRANGO DE CORTE
A60 Exames: IBD, IBV, NDV. 4
Material: Amostras de soro
MONITORIA SANITÁRIA CONTRATADA DE MATRIZES- PESADAS
Exames: MG, MS, PUL + IBD, IBV, NDV + Análise Microbiológica de
A62 4
Água
Material: Amostras de soro + Amostra de água
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