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Estática das Estruturas I - prof° Giovanni Pellizzer

Linhas de influência para estruturas isostáticas

1. Introdução
As linhas de influência (LI) estão ligadas a análise de estruturas submetidas a ação
de cargas móveis e acidentais. Exemplos de estruturas submetidas a cargas
móveis: pontes rodoviárias e ferroviárias, pórticos industriais que suportam
pontes rolantes.
Os esforços internos variam agora não só com a magnitude das cargas, mas
também com o seu ponto de aplicação ao longo da estrutura. É fundamental
identificar qual é o ponto de aplicação da carga que gera os maiores valores de
esforços internos, para assim, posteriormente, dimensionar a estrutura.
O procedimento geral e objetivo para determinar as posições de cargas móveis e
acidentais que provocam valores extremos de determinado esforço interno em
uma seção transversal de uma estrutura é feito com o auxílio das linhas de
influência.
O traçado das linhas de influência permite obter as chamadas “envoltórias limites”
de esforços internos, que são necessárias para o dimensionamento de estruturas
submetidas a cargas móveis ou acidentais. Essas “envoltórias limites” de esforços
internos descrevem, para um conjunto de cargas permanentes e cargas móveis ou
acidentais, os valores máximos e mínimos dos esforços internos (momento fletor,
esforço cortante e esforço normal) em todas as seções transversais da estrutura.
As envoltórias são, em geral, obtidas por interpolação de valores máximos e
mínimos, respectivamente, de esforços internos calculados em um determinado
número de seções transversais ao longo da estrutura.

2. Linhas de influência
Uma LI descreve a variação de um determinado efeito em uma dada seção
transversal da estrutura em função da posição de uma força vertical (orientada
para baixo) e unitária que percorre a estrutura. A Figura 1.1 mostra a LI de
momento fletor em uma seção S indicada:

Capítulo 1 - Linhas de influência para estruturas isostáticas___________________________ 1


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Figura 1.1

Nessa figura a carga =1 é posicionada em um ponto da estrutura que possui


coordenada igual a x (a partir do apoio da esquerda) e uma coordenada do eixo y
representa o valor do momento fletor na seção S em função da coordenada x
( = ( )).

Exemplo
Vamos agora exemplificar o cálculo do momento fletor máximo e mínimo na seção
S da viga apresentada na Figura 1.1. Consideramos que na viga agem dois tipos de
carregamento: o permanente ( ) e o acidental ( ).
O carregamento permanente, constituído do peso próprio da estrutura, é
representado por uma força uniformemente distribuída , agindo ao longo de toda
a viga, conforme a Figura 1.2:

Figura 1.2

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Considerando que o momento fletor em S é função da posição x de uma força


concentrada unitária, ou seja, ( ), o valor do momento fletor em S devido ao
carregamento permanente ( ) pode ser obtido por integração do produto da
força infinitesimal por ( ) ao longo da estrutura:

( )= ( )

O carregamento acidental de ocupação é representado por uma força


uniformemente distribuída que, por ser acidental, pode atuar parcialmente ao
longo da estrutura, conforme indicado na Figura 1.3.

Figura 1.3

O que procura-se são as posições que a carga deve assumir para que o momento
fletor em S seja maximizado e minimizado. Neste caso, o valor máximo do
momento fletor em S devido a carga acidental (( ) á ) é obtido quando a carga
está posicionada sobre ordenadas positivas da linha de influência de momentos
fletores, conforme a Figura 1.4.

Figura 1.4

De maneira análoga, o valor mínimo do momento fletor em S devido a carga


acidental (( ) í ) é obtido quando a carga está posicionada sobre ordenadas
negativas da linha de influência de momentos fletores, conforme a Figura 1.5.

Capítulo 1 - Linhas de influência para estruturas isostáticas___________________________ 3


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Figura 1.5
Assim, os valores máximo ( ) á e mínimo ( ) í podem ser obtidos por
integração do produto de ( ) por nos trechos positivos e negativos
respectivamente:

( ) á = ( ) + ( )

( ) í = ( )

Finalmente, os valores máximos e mínimos de momento fletor na seção S


provocados pelo carregamento acidental e permanente são:
( ) á = +( ) á

( ) í = +( ) í

Observe que:
• O valor máximo final de um determinado esforço interno em uma seção
transversal pode não ser positivo, assim como o valor mínimo final pode
não ser negativo. Isso depende da magnitude dos valores da carga acidental
e permanente .
• Quando os valores máximos e mínimos de um esforço interno em uma
seção transversal têm o mesmo sinal, o esforço interno utilizado no
dimensionamento é aquele com a maior magnitude.
• Quando os valores máximos e mínimos de um esforço interno em uma
seção transversal possuírem sinais opostos, ambos podem ser esforços a
serem considerados no dimensionamento (esforços dimensionantes).

3. Linhas de influência para viga biapoiada com balanços


Expressões analíticas para linhas de influência em estruturas isostáticas podem ser
obtidas a partir do equilíbrio explícito da estrutura submetida a uma força unitária

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( =1) que possui ponto de aplicação segundo uma coordenada x. Considere a


seguinte viga biapoiada com balanços:

Figura 1.6

Queremos obter a LI na seção S para o esforço cortante e para o momento fletor.


Consideraremos dois casos:
• Carga =1 aplicada a esquerda de S, ou seja, < ;
• Carga =1 aplicada a direita de S, ou seja, > .
Primeiramente, impondo o equilíbrio para a estrutura como um todo podemos
obter as reações de apoio, conforme apresentado na seguinte figura e equações:

Figura 1.7

+↻ ! = 0 ⟹ ( = 1) − &' ( = 0 ⟹ &' =
(
(−
+↻ ' = 0 ⟹ ( = 1)(( − ) + &! ( = 0 ⟹ &! =
(
Impondo agora o equilíbrio para a parte a esquerda da seção S:

Figura 1.8

(−
+↑ *+ = 0 ⟹ −1−, =0⟹, =−
( (

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(− (
+↻ =0⟹- . − ( = 1)( − ) − =0⟹ = − − +
( ( (
(− 1
⟹ = /1 − 0 = - .=
( ( (
Impondo agora o equilíbrio para a parte a direita da seção S:

Figura 1.9

− +(
+↑ *+ = 0 ⟹ , − ( = 1) + =0⟹, =− +1=
( ( (
1
+↻ =0⟹− 1 + ( = 1)( − ) + =0⟹ = − +
( (
(( − ) ( (
= − + = − − + =− + = (− + ()
( ( ( ( ( (
As LIs para os valores das reações de apoio podem ser traçadas a partir das
equações de &! e &' . A LI para a reação de apoio em A está representada na
seguinte figura:

Figura 1.10

A LI para a reação de apoio em B está representada na seguinte figura:

Figura 1.11

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Da mesma forma, pode-se traçar as LIs para os esforços cortantes e momentos


fletores para a seção transversal S a partir das equações obtidas:

Figura 1.12

Figura 1.13

Na Figura 1.12, que representa a linha de influência de esforço cortante na seção S


( , ), é interessante notar que a LI é composta por duas retas paralelas: a
primeira passa pelo apoio da esquerda (ponto A) e por um ponto no apoio da
direita deslocado de -1 para cima. A segunda reta passa pelo apoio da direita
(ponto B) e por um ponto no apoio da esquerda deslocado de +1 para baixo. A LI é
obtida com trechos dessas duas retas, com uma descontinuidade unitária na seção
S.
Na Figura 1.13, que representa a linha de influência de momento fletor na seção S
( ), é interessante notar que a LI é traçada com base em duas retas ligando os
apoios a pontos deslocados para baixo de , no primeiro apoio, e de 1, no segundo
apoio. As duas retas se interceptam exatamente na posição da seção S.

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Para seções transversais localizadas nos balanços da viga biapoiada, as LIs são
obtidas facilmente impondo o equilíbrio no trecho em balanço, conforme a Figura
1.14.

Figura 1.14

+↑ *+ = 0 ⟹ −( = 1) − , = 0 ⟹ , = −1

+↻ = 0 ⟹ −( = 1)( − ) − =0⟹ = −

Assim, a partir das equações de , e , traçam-se as respectivas LIs:

Figura 1.15

Observe que para cargas aplicadas nos balanços da viga, entre o extremo do
balanço e a seção S, as LIs possuem valores não nulos, enquanto que no restante da
viga as LIs possuem valores nulos.

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4. Envoltórias de esforços internos em viga biapoiada com balanços


As envoltórias de esforços internos, conforme já comentado anteriormente, são
gráficos que expressam como variam os valores mínimos e máximos de um
determinado esforço interno nas seções transversais da estrutura.
Não existem expressões analíticas para as envoltórias. Os valores das envoltórias
são obtidos buscando-se posições críticas para as cargas móveis que conduzam a
valores máximos e mínimos de esforços internos nas diversas seções transversais
da estrutura. Assim, as envoltórias são traçadas por interpolação de valores
calculados em seções transversais selecionadas (a cada metro, a cada 3 metros,
etc).
Surgem, então, duas questões a serem respondidas:
• 1ª: Como determinar o posicionamento das cargas acidentais e móveis para
obter os valores mínimo e máximo de um determinado esforço interno em
uma determinada seção transversal?
• 2ª: Como calcular os valores mínimo e máximo?
Essas duas questões são respondidas por meio da utilização de LIs. Para ilustrar a
ideia apresenta-se o seguinte exemplo:

Figura 1.16

Para a estrutura apresentada na Figura 1.16 pede-se para determinar as


envoltórias contendo os valores mínimos e máximos dos esforços cortante e
momento fletor, considerando o efeito conjunto de carga permanente e da carga
móvel.
As envoltórias serão traçadas por interpolação de valores calculados nas seções
transversais indicadas na figura (2, 456 , 4789 , :, ;, <, *56 , *789 , =). Antes de
começar a calcular as envoltórias cabe um comentário a respeito dos dois tipos de
carga atuando na estrutura:

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• A carga permanente (igual a 20 kN/m nesse caso) corresponde as cargas


que atuam na estrutura na maior parte do tempo de vida útil prevista para a
mesma, como por exemplo o peso próprio da estrutura, que foi linearizado
para efeitos de análise estrutural.
• A carga móvel, que é o veículo de projeto (também chamado de trem-tipo) é
um carregamento idealizado para representar em projeto os efeitos dos
veículos principais e secundários de uma estrada rodoviária ou ferroviária.
No exemplo o veículo de projeto tem dois eixos, representados pelas duas
forças concentradas de 10 kN e 20 kN. A carga móvel uniformemente
distribuída de 10 kN/m corresponde a chamada carga de multidão e
representa os veículos secundários que trafegam sobre a ponte. A carga de
multidão tem um comportamento de carga acidental, isto é, ela pode ser
interrompida em trechos da viga para minimizar ou maximizar um
determinado efeito. A determinação das cargas móveis foge ao escopo deste
curso. Maiores informações podem ser obtidas em normas técnicas
apropriadas.
Considerando primeiramente o efeito da carga permanente na estrutura, vamos
obter os diagramas de esforço cortante e momentos fletores.

1°Passo: Obtenção das reações de apoio (equilíbrio da estrutura como um todo)

Figura 1.17

Por simetria, sabemos que &' = &> , assim:

+↑ *+ = 0 ⟹ &' + (&> = &' ) − 20 ⋅ (3 + 12 + 3) = 0 ⟹ 2&' = +360 ⟹

&' = &> = 180DE

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2°Passo: Equilíbrio do trecho 2/456

Figura 1.18

+↑ *+ = 0 ⟹ −20 ⋅ 3 − &' 56 = 0 ⟹ &' 56 = −60DE

3
+↻ ' 56 = 0 ⟹ −20 ⋅ 3 ⋅ − ' 56 =0⟹ ' 56 = −90DEH
2

3°Passo: Equilíbrio do nó B

Figura 1.19

+↑ *+ = 0 ⟹ −60 + 180 − &' 789 = 0 ⟹ &' 789 = 120DE

+↻ ' = 0 ⟹ −90 + ' 789 =0⟹ ' 789 = 90DEH

4°Passo: Equilíbrio do trecho 4789 / :

Figura 1.20

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+↑ *+ = 0 ⟹ 120 − 20 − ,( ) = 0 ⟹ ,( ) = −20 + 120

+↻ = 0 ⟹ 120 − 90 − 20 − ( )=0⟹ ( ) = −10 + 120 − 90


2
Neste trecho, a coordenada x onde ocorre o momento fletor extremo é calculada
conforme:
( )
= 0 ⟹ −20 + 120 = 0 ⟹ = 6H

Calculando-se os valores dos esforços internos para alguns pontos notáveis no


trecho:
,( = 0) = 120DE; ,( = 3H) = 60DE; ,( = 6H) = 0
,( = 9H) = −60DE; ,( = 12H) = −120DE
á = ( = 6H) = −10 ⋅ 6 + 120 ⋅ 6 − 90 = 270DEH
( = 0) = −90DEH; ( = 3H) = 180DEH
( = 9H) = 180DEH; ( = 12H) = −90DEH

5°Passo: Diagramas de esforços solicitante


Lembrando que a equação diferencial que governa o comportamento de barras à
flexão é a equação de Navier:
K( ) ( )
=
<
E pelo equilíbrio do elemento sabe-se que:
( )
= ,( )

E que:
,( )
= ( )

Logo, como ( ) é de grau zero, sabe-se que ,( ) é do primeiro grau e que ( )é


do segundo grau.
Assim, são traçados os diagramas de esforços internos:

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Figura 1.21

Agora vamos calcular os valores mínimos e máximos para o esforço cortante, nas
seções selecionadas, provocadas pela carga móvel. Para cada uma das seções
transversais são traçadas as LIs de esforço cortante com base nos procedimentos
descritos na seção 3. Para cada LI traçada posiciona-se a carga móvel sobre as
ordenadas negativas para obter-se os máximos, conforme já descrito na seção 2. Os
valores extremos (maiores valores em módulo) são obtidos quando a força
concentrada do veículo de projeto com maior intensidade (no caso, 20 kN) está
posicionada sobre a maior ordenada (em módulo) da LI. No exemplo, isto é fácil,
pois existem somente duas forças concentradas no trem-tipo e as LIs são
relativamente simples. A pesquisa da posição crítica para um trem-tipo mais
complexo (mais eixos por exemplo) e para LIs com mais variações de sinais,
inclusive com trechos curvos, é uma tarefa relativamente trabalhosa que,
normalmente, é feita com o auxílio de programas de computador.
Apresentam-se os cálculos seção a seção a seguir.

Seção 2

Figura 1.22

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(,! )L. í . = 20 ⋅ (1,00) = −20,00DE


(,! )L. á . = 0

Seção 456

Figura 1.23

L. .
/,'NOP 0 = 10 ⋅ (−1,00) + 20 ⋅ (−1,00) + 10 ⋅ (−1,00 ⋅ 3) = −60,00DE
í
L. .
/,'NOP 0 =0
á

Seção 4789

Figura 1.24

L. . 1
Q,'RST U = 20 ⋅ (−0,25) + 10 ⋅ -−0,25 ⋅ 3 ⋅ . = −8,75DE
í 2
L. . 1 1
Q,'RST U = 20 ⋅ (1,00) + 10 ⋅ (0,75) + 10 ⋅ -0,25 ⋅ 3 ⋅ . + 10 ⋅ -1 ⋅ 12 ⋅ .
á 2 2
= 91,25DE

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Seção :

Figura 1.25

1 1
(,W )L. í . = 20 ⋅ (−0,25) + 10 ⋅ (0) + 10 ⋅ -−0,25 ⋅ 3 ⋅ . + 10 ⋅ -−0,25 ⋅ 3 ⋅ .
2 2
= −12,50DE
1 1
(,W )L. á . = 20 ⋅ (0,75) + 10 ⋅ (0,5) + 10 ⋅ -0,25 ⋅ 3 ⋅ . + 10 ⋅ -0,75 ⋅ 9 ⋅ .
2 2
= 57,50DE

Seção ;

Figura 1.26

1 1
(,X )L. í . = 20 ⋅ (−0,5) + 10 ⋅ (−0,25) + 10 ⋅ -−0,5 ⋅ 6 ⋅ . + 10 ⋅ -−0,25 ⋅ 3 ⋅ .
2 2
= −31,25DE

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1 1
(,X )L. á . = 20 ⋅ (0,5) + 10 ⋅ (0,25) + 10 ⋅ -0,25 ⋅ 3 ⋅ . + 10 ⋅ -0,5 ⋅ 6 ⋅ .
2 2
= 31,25DE

Seção <

Figura 1.27
1 1
(,Y )L. í . = 20 ⋅ (−0,75) + 10 ⋅ (−0,50) + 10 ⋅ -0,75 ⋅ 9 ⋅ . + 10 ⋅ -−0,25 ⋅ 3 ⋅ .
2 2
= −57,50DE
1 1
(,Y )L. á . = 20 ⋅ (0,25) + 10 ⋅ (0) + 10 ⋅ -0,25 ⋅ 3 ⋅ . + 10 ⋅ -0,25 ⋅ 3 ⋅ .
2 2
= 12,50DE

Seção *56

Figura 1.28

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L. . 1
/,>NOP 0 = 20 ⋅ (−1,0) + 10 ⋅ (−0,75) + 10 ⋅ -−1,00 ⋅ 12 ⋅ . + 10
í 2
1
⋅ -−0,25 ⋅ 3 ⋅ . = −91,25DE
2
L. . 1
/,>NOP 0 = 20 ⋅ (0,25) + 10 ⋅ (0) + 10 ⋅ -0,25 ⋅ 3 ⋅ . = 8,75DE
á 2

Seção *789

Figura 1.29

L. .
Q,>RST U =0
í
L. .
Q,>RST U = 20 ⋅ (1,00) + 10 ⋅ (1,00) + 10 ⋅ (1,00 ⋅ 3) = 60DE
á

Seção =

Figura 1.30

(,Z )L. í . = 0
(,Z )L. á . = 20 ⋅ (1,00) = 20DE

Fazemos agora, por meio de uma tabela, a composição dos esforços internos
(esforços cortantes neste caso) gerados pela carga permanente e pela carga móvel:

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Carga móvel
Envoltória (kN)
Seção Carga permanente (kN) (kN)

Mín. Máx. Mín. Máx.


2
0,00 -20,00 0,00 -20,00 0,00

456 -60,00 -60,00 0,00 -120,00 -60,00


4789
120,00 -8,75 91,25 111,25 211,25
:
60,00 -12,50 57,50 47,50 117,50
;
0,00 -31,25 31,25 -31,25 31,25

< -60,00 -57,50 12,50 -117,50 -47,50

*56 -120,00 -91,25 8,75 -211,25 -111,25

*789 60,00 0,00 60,00 60,00 120,00

= 0,00 0,00 20,00 0,00 20,00

Com os valores da tabela podemos traçar a envoltória de esforços cortantes para a


viga:

Envoltória - Esforços cortantes


300,00

200,00

100,00
Q (kN)

0,00
0,00 3,00 6,00 9,00 12,00 15,00 18,00
-100,00

-200,00

-300,00
x (m)

Cortantes máximos Cortantes mínimos

Figura 1.31

Agora vamos calcular os valores mínimos e máximos para o momento fletor nas
seções selecionadas provocadas pela carga móvel para, assim, traçar a envoltória

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de momentos fletores para a viga. O processo de cálculo é análogo a aquele


apresentado para o esforço cortante. A principal diferença é que as envoltórias de
momentos fletores não têm descontinuidades nos apoios das vigas e, além disso, os
valores de momento fletor nas extremidades dos balanços (seções 2 e =) são
sempre nulos.
Fazendo o cálculo seção a seção:
Seção 4

Figura 1.32

1
( ') í
L. .
= 20 ⋅ (−3,00) + 10 ⋅ (0) + 10 ⋅ -−3,00 ⋅ 3 ⋅ . = −105,00DEH
2
( ') á
L. .
=0

Seção :

Figura 1.33

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1 1
( W) í
L. .
= 20 ⋅ (−2,25) + 10 ⋅ (0) + 10 ⋅ -−2,25 ⋅ 3 ⋅ . + 10 ⋅ -−0,75 ⋅ 3 ⋅ .
2 2
= −90DEH
1
( W) á
L. .
= 20 ⋅ (2,25) + 10 ⋅ (1,50) + 10 ⋅ -2,25 ⋅ 12 ⋅ . = 195DEH
2

Seção ;

Figura 1.34

1
( X) í
L. .
= 20 ⋅ (−1,50) + 10 ⋅ (0) + [10 ⋅ -−1,50 ⋅ 3 ⋅ .\ ⋅ 2 = −75DEH
2
1
( X )L. á . = 20 ⋅ (3,00) + 10 ⋅ (1,50) + 10 ⋅ -3,00 ⋅ 12 ⋅ . = 255DEH
2

Seção <

Figura 1.35

Capítulo 1 - Linhas de influência para estruturas isostáticas___________________________ 20


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1 1
( Y) í
L. .
= 20 ⋅ (−2,25) + 10 ⋅ (0) + 10 ⋅ -−0,75 ⋅ 3 ⋅ . + 10 ⋅ -−2,25 ⋅ 3 ⋅ .
2 2
= −90DEH
1
( Y) á
L. .
= 20 ⋅ (2,25) + 10 ⋅ (1,50) + 10 ⋅ -2,25 ⋅ 12 ⋅ . = 195DEH
2

Seção *

Figura 1.36

1
( >) í
L. .
= 20 ⋅ (−3,00) + 10 ⋅ (0) + 10 ∙ -−3,00 ⋅ 3 ⋅ . = −105DEH
2
( >) á
L. .
=0

Fazemos agora, por meio de uma tabela, a composição dos esforços internos
(momentos fletores neste caso) gerados pela carga permanente e pela carga móvel:
Carga Carga móvel (kNm) Envoltória (kNm)
Seção permanente
(kNm) Mín. Máx. Mín. Máx.
2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
4 -90,00 -105,00 0,00 -195,00 -90,00
: 180,00 -90,00 195,00 90,00 375,00
; 270,00 -75,00 255,00 195,00 525,00
< 180,00 -90,00 195,00 90,00 375,00
* -90,00 -105,00 0,00 -195,00 -90,00
= 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Capítulo 1 - Linhas de influência para estruturas isostáticas___________________________ 21


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Com os valores da tabela podemos traçar a envoltória dos momentos fletores para
a viga:

Envoltória - Momentos fletores


x (m)
-300,00

-200,00

-100,00
0,00 3,00 6,00 9,00 12,00 15,00 18,00
0,00
M (kNm)

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

Momentos máximos Momentos mínimos

Figura 1.37

Capítulo 1 - Linhas de influência para estruturas isostáticas___________________________ 22

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