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Bacharelado em Direito
SUMÁRIO
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MINI CURRÍCULO DO PROFESSOR:
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Prof. Marcos Alexandre Oliveira
- Mestrando em Educação
- Bacharel em Direito;
- Professor no Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos - IPEBJ na Pós-Graduação em Criminologia, desde
2016;
- Professor no Curso de Pós-Graduação em Direito Público da Faculdade Zumbi dos Palmares desde 2017;
- Professor no Curso de Pós-Graduação em Direito Empresarial da Faculdade Zumbi dos Palmares desde 2018;
- Professor no Curso de Graduação Bacharelado em Direito da Faculdade Zumbi dos Palmares desde 2017;
- Cursou Estudos Sociais / História na antiga FZL Faculdade da Zona Leste (hoje UNICID) e Letras na Universidade
de São Paulo-USP
- Jornalista por mais de 20 anos, por 10 atuou como roteirista, repórter e apresentador dos programas da IPC TV
Afiliada da Rede Globo no Japão;
- Desde 2011 é responsável pela Assessoria de Imprensa na Comunicação da Superintendência da Polícia Técnico-
Científica do Estado de São Paulo e Analista do Serviço Estadual de Informações ao Cidadão - SIC - SPTC;
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- Em 2004 Recebeu o Prêmio Prod-USP de Comunicação Responsável da Universidade de São Paulo ECA-USP;
- Durante quatro anos foi Professor de Cursinhos Preparatórios para Concursos Públicos em Carreiras Policiais;
LINKEDIN: https://www.linkedin.com/in/marcos-alexandre-oliveira-88716221/
BLOG: https://blogmarcosalexandre.wordpress.com
INTRODUÇÃO
Acompanhe:
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apenas talvez, uma pálida contribuição para Concursos Públicos mas acima de tudo,
para a compreensão sistêmica do arcabouço jurídico. Por favor, nos acompanhe nesta
Caminhada e Bons Estudos neste Segundo Bimestre.
Com essa divisão em mente, já podemos, após ter conhecido o MITO (falo das
Origens, das explicações que o homem antigo dá ao Mundo Fenomênico, com os
Deuses (Mitologia Grega, Egípcia, Nórdica, Africana, Oriental, etc., etc., etc.) e na
Filosofia Clássica que no Ocidente encontra sua principal representante nas ideias dos
pensadores (que não eram bem “filósofos” no sentido que damos hoje) Pré-Socráticos,
e aí vêm Sócrates, Platão e Aristóteles, apenas para citar não os mais importantes que
isso ainda hoje se discute, mas os que marcam as principais ideias, avançar, pulando
muito, para uma nova visão de mundo entre várias visões.
Quando os Gregos são dominados pelos Romanos, um povo que surge através
do mito de Rômulo e Remo e de outra versão pela Obra “A Eneida”, de Virgílio, que
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conta que com o fim da Guerra de Tróia os sobreviventes e depois o herói Enéias vai
fundar o que se tornaria Roma, o mundo muda de novo. O Helenismo com todas as
suas características e a Filosofia Grega vai entrar em contato com a praticidade
Romana e pensadores vão organizar o Direito Romano, oferecer uma divisão entre o
Público e o Privado, se vê surgir figuras que se desenvolveriam no futuro como Parquet,
o Promotor de Justiça e mesmo a figura do Advocatus, que também deriva e se imbrica
do Parakletus grego e evolui de grandes oradores como Marco Túlio Cícero só para
citar um, vão se formando.
Mas, avançando muito como recurso didático, o Século III D.C., o Imperador
Constantino I “libera” o antes proibido e perseguido culto dos Cristãos (e se apropria) e
abre espaço para que surja uma nova Religião, que vai desembocar na Igreja Católica
Apostólica Romana.
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TEOCENTRISMO
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superficial diante do pouco espaço para aprofundamentos).
Aí vem Plotino que vai aprofundando outra coisa, a ideia de Deus, mas não bem
o “Deus dos Cristãos”, ou “Deuses”, o do “Divino”, tratando de temas como
transcendência, unidade, e aí chegando em uma “emanação do Divino” que resultou no
surgimento do Mundo. É diferente da Cosmogonia de Hesíodo e outras tentativas de
explicar como o Mundo foi criado, como surgiram os animais, o homem, enfim... Essas
cosmogonias se apegam bem aos mitos, aos deuses para explicar por histórias a
Criação. Plotino como todo “bom” filósofo mais investiga, questiona, que responde, mas
perguntando oferece sua visão filosófica. E aqui, ao final, vai retomar várias ideias
sobre “alma” (lembra de Platão, etc., etc.) e “bem”, “virtude”, etc., etc. e aí a coisa se
complica...
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Apesar de Santo Agostinho ter vivido nos últimos anos da Idade Antiga - que
termina com a queda do Império Romano, no ano de 476 -, Agostinho (354-430) foi o
mais influente pensador ocidental dos primeiros séculos da Idade Média (476-1453).
Não desconsiderando as contribuições de Dionísio e Anselmo, São Tomás de Aquino
(1221-1274) vai, junto com Agostinho, dar uma fundamentação ao Teocentrismo
Cristão que domina o mundo ocidental, com Deus no centro de tudo. Aquino tenta
conciliar os valores da fé com os valores da razão, em resumo, e diz através de suas
obras que entre fé e razão Deus não reconhece divergências e chega a mesmo a tratar
de outro assunto fulcral: além das provas dadas pelo filósofo Anselmo, traz mais duas
das cinco provas da existência de Deus. Aí, se vê que se a fé e a razão estão juntas,
não haveria contradição e, portanto, o que a Igreja afirmasse, seria sempre racional,
sempre “de Deus”, SEMPRE “o certo”. Nem se precisa falar aqui as atrocidades
cometidas em nome da intolerância que levou a morte de inúmeras pessoas que
discordavam dessa visão de mundo e que todo o Direito levava essa marca.
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para o Céu”; relíquias sagradas (amuletos, a maior parte inventados ou falsificados) e
malversação dos poderes eclesiásticos na vida privada e pública e toda a sorte de
abusos no Direito o qual interpretavam muitas vezes aplicavam e não raro,
confirmavam, pois tinha a Igreja a última palavra em tudo, na prática.
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“…os seres humanos, de uma maneira geral, julgam mais pelo
que vêem e ouvem do que pelo que sentem. Todos vêem o que
pareces ser, mas poucos realmente sentem o que és.” (Ibid., p.
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Maquiavel não apresenta o mundo como ele “deveria ser”, mas na sua visão,
como ele se apresenta...
Ainda neste contexto religioso – agora nem tanto após citar Maquiavel – mas
igualmente político, Thomas More ou Tomas Morus mais ou menos na mesma época
de Maquiavel, chanceler e político mas na Inglaterra, rompe mais uma vez com a
religião, desta vez com a Anglicana, que era a religião oficial após o seu Rei Henrique
VII abandonar o Catolicismo cujo Papa não autorizou seu divórcio e novo casamento
(entre outros motivos de Estado e de Poder mais importantes, mas essa foi a
“desculpa”). Discordar do Rei levou-o a ser preso, condenado e decapitado. Mas suas
obras, dentre elas Utopia (uma tradução seria “lugar que não existe”), em que Morus
retoma as ideias de Platão sobre a República e extrapola em uma ficção, um romance
filosófico, comparando a sociedade ideal e suas leis com o que os ingleses viviam em
sua época, influencia até hoje o Direito, as Leis, a Civilização. Tão avançada é a obra,
que discute até mesmo o “Direito a eutanásia”, o “Direito” de “tirar a própria vida” em um
suicídio assistido, quando o doente terminal não encontrasse na ciência cura ou meios
de amenizar sua dor (!). E não só isso, Morus já debatia que o respeito aos Direitos das
pessoas deficientes deveria ser o mesmo em comparação com o dos não-deficientes. E
isso por volta de 1.500 (!)
Sem desmerecer Galileu Galilei cuja obra é imensa no campo das Ciências
(várias ciências) aqui surge um assunto diretamente ligado ao que viria a ser a Filosofia
do Direito: o foco na HERMENÊUTICA, na INTERPRETAÇÃO, começando com a
“heresia” de propor a “interpretação da Bíblia”, retornando às questões entre ciência e
fé. Bom, não dava para dar certo, ainda mais em plena “Idade das Trevas” e por esta e
outras questões, como afirmar que a Terra girava em torno do Sol (ao contrário do que
entendia a Igreja, autoridade “máxima” em qualquer, qualquer, qualquer assunto) o que
irritou ainda mais a Igreja, Galileu, diante da ameaça de ser executado, queimado na
fogueira em praça pública, resolver voltar atrás em muitas de suas afirmações.
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No entanto, a semente já havia sido lançada: se a Bíblia podia e devia ser
INTERPRETADA, se havia uma HERMENÊUTICA a ser aplicada aos textos sagrados,
que dirá dos TEXTOS DO DIREITO (que não estavam assim nada separados...). A
ideia da AUTORIDADE dos autores também foi mais reforçada, o que hoje nos chega
como a DOUTRINA, que ademais, tem origem nesse contexto religioso...
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Com toda essa investigação, Thomas Hobbes vai discutir se o homem
é um “animal social “e o que o leva a viver em sociedade e se essa vida em
sociedade implica no estabelecimento de regras, leis, e que tipo de leis. E dá uma
explicação muito própria para QUEM vai IMPOR as LEIS: o ESTADO, que ele em “O
Leviatã”, compara a um monstro que se deixado sem controles, toma tudo e todos,
exagera, e toma a liberdade, o corpo, o dinheiro, tudo de todos, em nome de si mesmo:
O Estado. Que é governado pelo Príncipe (nome geral a (aos) Governante (s)...
Lembrou-se de Maquiavel? Pois então... Apesar disso, Hobbes é tipo como defensor do
absolutismo, grosso modo, um forte poder político central, contrário a John Locke, outro
filósofo muito importante, mas que pregava o liberalismo, no qual o Estado não teria
tanto poder assim, sendo não o Estado o principal, a população, o povo, e que o
Governante não teria poder por “DIREITO DIVINO”, mas concordava com Hobbes no
conceito seguinte:
O CONTRATO SOCIAL
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pensadores começa a mudar lentamente o pensamento mundial e vai desembocar em
um precursor de “um novo Humanismo”, com David Hume.
Hume chega mesmo a propor que o filósofo, acima de tudo, seja homem,
HUMANO, e isso pelos anos de 1.700. Analisando o contexto da sociedade ocidental e
sobretudo europeia, Hume diz, mesmo, com outras palavras que não há necessidade
logica de que no futuro valham as mesmas leis do passado (Fato, Valor e Norma de
Miguel Reale?). Hume vai ticar em pontos de causa-efeito (nexo de causalidade,
ahá!!!) escolhas morais baseadas em sentimentos e comportamentos humanos sob o
olhar da ética.
Mas note um viés que vai abandonando aos poucos a religião, sobretudo a
religião cristã católica (e mesmo a protestante) e buscando um novo olhar “humanístico”
e de LAICIDADE, defendido pelos pensadores:
ILUMINISTAS
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KANT E O IMPERATIVO CATEGÓRICO – NORMA FUNDAMENTAL
-
FIQUE ATENTO: Em PROCESSO CONSTITUCIONAL (Disciplina EAD do Bacharelado
em Direito da Faculdade Zumbi dos Palmares, já falamos da PIRÂMIDE NORMATIVA,
que tem “base” – perdão do trocadilho – nas ideias de KANT abordada por Hans Kelsen
(1881 – 1973) que entre outras proposições, vai defender que o Direito é
um ordenamento (jurídico) hierarquicamente estruturado, no qual uma norma deriva
seu sentido jurídico de uma norma imediatamente superior, de modo que a condição
de pertencimento de uma norma a dado sistema jurídico é sua validação por outra
norma, sendo a NORMA FUNDAMENTAL, em termos gerais, a “Constituição” de um
Estado, a sua NORMA FUNDAMENTAL.
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A PIRÂMIDE NORMATIVA
Mas voltando a Kant, ele foi tão longe que discutiu entre outras coisas "qual a
melhor forma de Estado?", o " estado de paz" e concluiu, entre outros, que a
constituição republicana é o melhor instrumento para a paz. Sendo essa constituição
para garantir liberdade, igualdade e obediência a uma única lei. Pigou?
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uma noção de "meritocracia, se interpretado levianamente, pois que qualquer obstáculo
pode ser transposto por qualquer homem para que ele se realize plenamente na
sociedade. Sabemos, por experiência, que não é bem assim...
Mas Fitche deu provas de que estava comprometido com o estudo e com a vida.
Um de seus discípulos foi por ele defendido com veemência ao se tornar réu por dizer
que o ateísmo não se confunde com imoralidade. Ou seja, há religiosos imorais e
virtuosos que não acreditam necessariamente em Deus. Mais que religião a polêmica
tangencia a separação entre Estado e Igreja (Estado Laico, como o nosso pela CF) e a
liberdade individual do homem, de consciência e crença sem falar na liberdade de
expressão (também na nossa CF, hoje...). Resultado: foi despedido da Universidade de
Jena. Recomeçou. Voltou a lecionar desta vez na Universidade de Berlim e chegou a
reitor (!). E depois bateu de frente contra Napoleão Bonaparte em sua sanha ditatorial
em "Discurso a Nação Alemã” e morreu com pouco mais de 50 anos, de cólera, talvez
contraída de sua mulher, enfermeira voluntária que adoeceu tratando de soldados
feridos em hospitais militares. Entre suas proposições, a do CONCEITO, que já se disse
muitas vezes que Direito é CONCEITO, traz que "toda afirmação envolve uma negação;
toda tese envolve uma antítese". Pense nisso na sua Prova de Exame da Ordem,
segunda fase, quando for redigir sua Peça Profissional, por exemplo...
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PRINCÍPIOS DA FILOSOFIA DO DIREITO SEGUNDO HEGEL
Segundo HEGEL:
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Ilustração: edição alemã contemporânea de Princípios da Filosofia do Direito, livro de Georg Wilhelm Friedrich Hegel
publicado em 1820.
Mas não vamos avançar tanto, que a culpa não é de Hegel ou Nietzschepelo
massacre (Holocausto) de mais de 6 milhões de judeus “em nome do... Estado”...
Hummm mas quando da Primeira e Segunda Guerra mundiais houve quem pegasse (e
usasse e abusasse) a crítica de Hegel a uma Liga das Nações ou algo do tipo no que
ele diz que não há um espírito da humanidade, mas um espirito dos povos, de nações
individualizadas e mais: que apesar da GUERRA ter todas as suas consequências
nefastas que nem se precisa aqui elencar, a guerra seria também a "saúde espiritual
dos povos", pois além de inevitável através da oposição a um inimigo, o povo reforça
sua autodeterminação e seus próprios valores...
Para não dizer que os filósofos ocidentais foram os únicos a pensar tudo isso
que vimos até agora, é importante destacar que lá em outros locais (Ásia, África,
Oriente Médio, etc., etc.) outros pensadores "pensavam" isso ou aquilo. Mas em uma
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visão etcnocentrista e eurocêntrica parece que só na Europa ou no Ocidente tem
filósofos, o que não é verdade. E aí, Arthur Schopenhauer vai se aprofundar, entre
outras coisas, na sabedoria védica (Índia, Ásia, e sua contribuição também inclui a ideia
de que o indivíduo mesmo se julgando livre, é na verdade determinado por instintos
biológicos determinados e fundamentais. Pescou aqui que quando se fala em fatores
biológicos nas leis tem fundamento? E que não se pode esquecer que a parte biológica
interfere na parte volitiva, da vontade do agente?
Já Soren Kierkegaard ao falar de novo desde foco no homem, diz que na fé,
convivem paradoxalmente o máximo de "egoísmo" (interesse pessoal, individual e de
decisão do próprio indivíduo) e o amor a Deus, o que cria uma Ética própria, a Ética do
Cristianismo por exemplo (que deveria a Ética ser uma só, diferente da Moral que são
várias) ou ao menos os critérios de Ética são relativizados. Pense aqui na "Ética do
Protestantismo" e as ideias conflitantes entre "ser pobre é vontade de Deus", "tudo é
vontade de Deus", "ser rico é pecado" e outros pensamentos que são desconstruídos.
POSITIVISMO CIENTÍFICO
Como assim por dizer que cada conhecimento passa por estes três estágios
diversos para se aperfeiçoar.
Sob risco de simplificar demais, mas para avançar, a fase teológica ela dos
mitos, das crenças, de religião. O metafísico significa pequeno avanço com substituição
dos agentes sobrenaturais por forças abstratas e a terceira fase já positiva, seria a o
estado definitivo da inteligência humana. Bom, o Positivismo vai se tornar um
movimento vasto e heterogêneo que vai surgir no século XIX na França e se difunde
por todo o Ocidente se tornando a principal tendência de pensamento. O método
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positivista implica em uma hierarquia das ciências, com a Física como a principal e,
combatendo a filosofia tradicional que diz ser ligada ao abstracionismo e ao
dogmatismo. O Positivismo prega o determinismo (uma tentativa de determinar as
coisas "em si mesmas") o materialismo e o reducionismo, decompondo todo o saber em
partes simples, mecânicas e materiais.
Ademais, ciência, ciência, ciência como hoje a conhecemos deve muito a essa
ênfase na experiência, nos experimentos repetidos diversas vezes e mensurados de
forma rigorosa que Comte populariza com o Positivismo, até mesmo o Direito para se
adequar, passa a buscar explicações mais no campo da Física, da Matemática, da
Biologia, de ciências de "hierarquia superior" ou algo assim na ideia do Positivismo.
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“comunismo” como “trabalho livremente associado” como meio de ter uma sociedade
sem classes atribuindo ao proletariado a missão de através de uma revolução colocar
isso tudo para funcionar mudando o estado das coisas. Ufa!
SAIBA MAIS: Uma linguagem jovem e clara. Muitas vezes é preciso debater
“política” para entender as engrenagens do mundo. Sem “politizar” ou buscar
“polarizar”, Acesse:
https://www.politize.com.br/comunismo-o-que-e/
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Mas os detratores já pensaram de cara na "ditadura do proletariado", do operário,
do trabalhador surgindo. Tamanha foi a influência dessas ideias que varreram o mundo
foi a Revolução Russa de 1917, lá na frente o surgimento da hoje extinta União
Soviética, a Cortina de Ferro separando os países comunistas dos outros, a Guerra Fria
(conflito dissimulado entre países ) e mais grave a Ditadura mortal de Stalin, na Rússia,
que matou milhões de opositores ou nem tão opositores assim e a Ditadura de Mao
Tse-Tung, que com sua Revolução Cultural na China e suas ações políticas levaram a
morte, de FOME, milhões de pessoas. Ainda há reflexos do comunismo - que alguns
dizem que perdeu o sentido original dado por Marx, Trotsky e Lenin - que resultou em
Cuba (mas é ou outro caso aqui Pós Fidel Castro e que merece mais investigação para
não ser leviano), Coreia do Norte e por aí vai...
Para considerar, surgiria (se é que na prática não se visse isso desde a
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Antiguidade com os Estrangeiros, o Escravo Africano (e outros) baseado nessas ideias
até mesmo um "Direito Penal do Autor" no qual a pessoa é punida não pelo que faz,
não por suas ações e sim pelo que ela é! Portanto SER homossexual, judeu, negro, etc.
já seria crime por si só. além disso abria precedente de punir a pessoa mesmo ANTES
do cometimento de qualquer crime e que evolui ou se tergiversa para um... DIREITO
PENAL DO INIMIGO.
FIQUE ATENTO (A): Não vamos entrar nessa seara, mas vale a pena conhecer
Cesare Lombroso e sua antropologia criminal que vai dar na Escola Positiva do Direito
Penal no positivismo evolucionista cuja obra O Homem Delinquente (L’uomo
Delinquente) em nesta altura e também lembrar da FRENOLOGIA
https://cerebromente.org.br/n01/frenolog/frenquak_port.htm que se propunha a
determinar “a índole criminosa pela aparência e características das pessoas”, entre
outras afirmações. E vale cotejar com a Escola Clássica do Direito Penal, com um de
seus expoentes, Cesare Beccaria, principal representante do iluminismo penal e da
Escola Clássica do Direito Penal.
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diante do que os pensadores até aqui apresentados neste pequeno LIVRO DIDÁTICO
para formular seus conceitos e debater assunto tão importante e atual na Sociedade.
Realmente vale a leitura!
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Mais uma vez segundo Miguel Reale, “Filósofo autêntico, e não mero espectador
de sistemas é, como o verdadeiro cientista, um pesquisador incansável, que procura
sempre renovar as perguntas formuladas, no sentido de alcançar respostas que sejam
condições das demais.
A Filosofia do Direito tem como objetos comuns com a Ciência do Direito, a Teoria
Geral do Direito e a Doutrina Jurídica, mas difere delas por seu método filosófico.
Aristóteles já dizia que a Lei é um parâmetro de Justiça, mas não sua totalidade.
Uma das origens mais aceitas do emprego da palavra “Filosofia”, do grego filo,
gostar, amar, etc. e sofia, também do grego, saber, em tradução livre... atribui-se a
Pitágoras (VI a.C.) e quer dizer amor pela sabedoria.
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O termo Filosofia do Direito surge pela primeira vez no século XIX como sinônimo
de Direito Natural na obra do jurista Gustav Hugo (1764-1844), mas era mais um nome
da Disciplina que um conceito.
Foi um filósofo, Friedrich Hegel, e não um jurista, que construiu um sistema filosófico
tendo o Direito como peça central, ao publicar em 1820 seu livro Princípios da Filosofia
do Direito. Antes de Hegel não surgiu nenhum sistema filosófico que encarasse o
Direito em face de toda a sociedade e coerente com as outras ciências. Mas algumas
ideias de Hegel, por outro prisma, já haviam sido apresentadas, como o de “guerra
justa” pelo Direito, como “um mal necessário”, por Hugo Grócio (1583-1645), em obras
como De Jure Belli ac Pacis ("Sobre a Lei de Guerra e Paz").
Se entende que há uma Filosofia do Direito propriamente dita e uma Filosofia do
Direito impropriamente dita que se encontra nos textos filosóficos escritos ao longo da
História da Filosofia, sempre de uma forma ou outra discutindo questões jurídico-
normativas - e a normatividade social – que é a essência do Direito.
SAIBA MAIS:
⚫ defendeu o utilitarismo, a teoria ética proposta inicialmente por seu padrinho, Jeremy
Bentham, defensor do liberalismo político
⚫ jurista e filósofo
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⚫ um dos mais importantes teóricos da Retórica no século XX
⚫ Também em sua obra com o mesmo nome, destaca que “A lógica jurídica é o
conjunto de técnicas de raciocínio que permitem ao julgador conciliar, em cada caso, o
respeito ao Direito e a aceitabilidade da solução encontrada”
⚫ seu livro “Império da Lei”, apresenta o Direito como integridade na qual os juízes
interpretam a lei em termos de princípios morais consistentes
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Panóptico
⚫ Direitos deviam ser explícitos em um sistema legal, e a sociedade ideal concilia a
felicidade do indivíduo com o bem-estar coletivo
GUSTAV RADBRUCH: (1878-1949)
⚫ político, jurista e professor de Direito alemão
⚫ jusnaturalista, representante da filosofia de valores de origem neokantiana, defensor
da relatividade dos juízos de existência e valor
⚫ concebe a filosofia do Direito como a consideração valorativa do Direito e defende o
Direito como uma relação entre justiça, fim e segurança social
⚫ Direito positivo, assegurado pela lei e pelo poder, tem preeminência mesmo quando
seu conteúdo seja injusto, a não ser que a lei positiva contradiga a justiça em uma
medida tão insuportável que a lei, enquanto “Direito incorreto”, deva ceder à “justiça”
⚫ Justiça legal e Direito supralegal.
HERBERT LIONEL ADOLPHUS HART OU H. L. A. HART (1907-1992)
⚫ magistrado britânico
⚫ liberal
⚫ defensor do Estado Democrático
⚫ defensor da tolerância e da liberdade
⚫ positivista moderado
⚫ reconhece que o Direito é um fenômeno cultural modelado pela linguagem
JOHN RAWLS (1921-2002)
⚫ professor de filosofia política na Universidade de Harvard
⚫ filósofo político, teórico da democracia liberal
⚫ busca conciliar equidade social, eficácia econômica e liberdade política
⚫ prioridade do justo sobre o bem
⚫ plena equidade, com as desigualdades econômicas e sociais devem ser corrigidas
com a abdicação consciente de privilégios materiais legítimos em favor dos
desassistidos
HANNAH ARENDT: (1906-1975)
⚫ uma filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX
⚫ cientista política, defensora do pluralismo político, da democracia direta
⚫ denunciou o totalitarismo como banalização do terror, da polícia como ação e
processo dirigidos à conquista da liberdade.
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⚫ “É na esfera política e pública que realizamos nossa condição humana”, afirma
Arendt
JÜRGEN HABERMAS:(1929-)
⚫ filósofo e sociólogo alemão que participa da tradição da teoria crítica e do
pragmatismo
⚫ concebe que os interesses (técnicos, comunicativos e emancipatórios) são
estruturados por processos de aprendizagem e compreensão mútua
⚫ crítico do tecnicismo e cientificismo e defensor do consenso e da discussão racional
como fundamentos da legitimidade da autoridade política
SÍNTESE
Eu também leria (e li, nem que fosse para saber um pouco mais) Zygmunt
Bauman, Erich Fromm, Sigmund Freud, Wilhelm Reich, Osho, Sirdar Ikbal Ali Shah,
Djamila Ribeiro, Silvio de Almeida e a popularização absolutamente não depõe contra
eles, pelo contrário, talvez leve ao “mais pensar” em benefício de todos, Leandro Karnal
e Mário Sérgio Cortella, entre inúmeros outros que por falta de tempo e espaço e
desculpem o esquecimento sempre reparável, Bertrand Russel, Jean Paul-Sartre, o
inescapável Michel Foucault e John Dewey, com a sua máxima: “A verdade é aquilo
que funciona”.
Um texto que vai usar a Cultura Pop e Quadrinhos para falar justamente dessa
questão DIREITO X TOLERÂNCIA RELIGIOSA X CONCURSOS X LEI... Vá por mim...
Leia.
CONCLUSÃO
Esperamos que o aluno tenha obtido uma visão geral dos assuntos mais
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importantes sobre A Filosofia do Direito e possa com este material, nossas videoaulas e
demais materiais didáticos, sem prejuízo da consulta à Bibliografia indicada, obter
sucesso na execução dos Exercícios e Atividades propostas bem como nas Avaliações
Teóricas e Práticas.
Horácio
BIBLIOGRAFIA:
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BAZZARIAN, Jacob. O Problema da Verdade. São Paulo, Círculo do Livro, 1980.
FROMM, Erich. A arte de amar. Tradução Eduardo Brandão. São Paulo: Martins
Fontes, 2000.
GALLO, Silvio; KOHAN, Walter Omar. Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1992
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STOKES, Philip. Filosofia, Os Grandes Pensadores. Belo Horizonte, MG: Edic,
2009
UBALDO, Nicola. Antologia Ilustrada de Filosofia. São Paulo, SP: Globo, 2005
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