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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC

UMA FORMA RACIONAL


DE DISTRIBUIR E
FORNECER ENERGIA
1
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC

2
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC

• Esta apresentação refere-se a circuitos fechados de:


• água quente;
• água refrigerada;
que utilizam caldeiras ou chillers em regime de caudal constante.

• Não serão considerados:


• circuitos abertos;
• circuitos torres de arrefecimento;
• circuitos solares
• circuitos para geotermia
• ...

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
• Nos sistemas de AVAC a energia térmica – “frio” ou “calor” - é
produzida no local onde tem que ser... porque não há outro pior,
sendo seguidamente encaminhada até aos consumidores, através de
uma rede de tubagem;

• Nas instalações de AVAC existem, classicamente, três ”veículos” de


transporte da energia, que circulam dentro das tubagens:
• Ar
• Água/ “Água glicolada”
• Fluídos frigorigénios

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Ao usar a água como “veículo” de transporte e distribuição
de energia térmica, pretende-se:
• optimizar a distribuição e a entrega da energia necessária
ao tratamento ambiental de cada “espaço”;

• confinar a presença do fluído frigorigéneo e/ ou


combustíveis a um número reduzido de pontos, se possível a
um só local;
• criar as condições de base, indispensáveis, para que o
sistema de controlo proporcione um elevado nível de
conforto aos utilizadores;
• minimizar os espaços destinado às instalações técnicas.
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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Esquema de Princípio

AHU ”Coil loop” AHU AHU Baterias locais


recuperador de calor

Radiadores

M M M M

”Fan coils”

”Chiller”
Bomba de Calor

Bomba principal
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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC

• Todos os sistemas hidráulicos têm


três “departamentos”

• “Departamento” de produção
• Chillers
• Caldeiras
• Permutadores de calor
• ...

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
VARIAÇÃO DO CAUDAL COM A
POTÊNCIA NOS “GERADORES”

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC

• “Departamento” de distribuição
• Rede de tubagens
• Bombas
• Válvulas
• Colectores hidráulicos
• Separadores hidráulicos/ garrafas
hidráulicas
• Purgadores e separadores de ar
• Filtros e separadores de lixo/
partículas
• Vasos de expansão
• Tratamento de água
• ...

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Tipos de Bombas

End Suction End Succion

“Split Case”

Em linha rotor seco Em linha rotor húmido Em linha geminadas e V.V.


e com variador Em linha rotor seco
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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Tipos de Bombas

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HIDRÁULICA NOS
SISTEMA DE AVAC • O rendimento da bomba depende do seu ponto de
Rendimento da bomba funcionamento.
• Por norma uma bomba “grande”, terá melhor
rendimento que uma bomba “pequena”
RPM
HZ 55 65
100% 75
80
81
90% 80
75
80%
70
70% 65
60%
50%

25%

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Bombas em Paralelo e em Série
Bombas em paralelo Bombas em série

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Bombas, Lei das afinidades/ Lei das Bombas/ Lei dos Ventiladores
• Alterar a velocidade de rotação de uma bomba altera Ex.: Redução da velocidade de rotação para metade,
o seu ponto de funcionamento e performances... do valor original

æn ö æ 1450 ö
Qx = Qn × çç x ÷÷ = 12 × ç ÷=6 [m3/h]
n
è nø è 2900 ø

2 2
æn ö æ 1450 ö
H x = H n × çç x ÷÷ = 40 × ç ÷ = 10 [m]
n
è nø è 2900 ø

3 3
æn ö æ 1450 ö
Px = Pn × çç x ÷÷ = 2,6 × ç ÷ = 0.33 [kW]
n
è nø è 2900 ø

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Válvulas, Kvs (parâmetro característico das válvulas)

• O Kvs, é o parâmetro característico da válvula e define-se como:


“Caudal que atravessa a válvula [m3/h] quando está toda aberta e
sujeita a uma pressão diferêncial de 1 bar”

𝑉 = 𝐾$% ∆𝑃

• O Kvs permite calcular o caudal que atravessa a válvula, quando está


toda aberta, caso conheçamos a perda de carga. Ou a perda de carga
na válvula se conhecermos o caudal.
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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Válvulas, curvas características

• Diferentes tipos de válvula, têm


distintas curvas características,
destinando-se a utilizações
especificas e gerando
diferentes perdas de carga!

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Válvulas e Filtros Y
Tipo de válvula DN Kvs Fonte DP
(Pa)
Válvula de cunha/ adufa 65 411 Crane 85
Válvula globo 65 63 Crane 3,628
Válvula de borboleta (aberta a 80º) 65 240 Crane 250
Válvula de macho esférico 65 593 Crane 41
Válvula de retenção tipo:
Disco simples/ "swing" 75 VELAN 2,560
65
Disco partido 109 VELAN 1,212
Pistom com mola 39 VELAN 9,467
Válvula de balanceadora (STAF) 65 85 IMI-TA 1,993
Válvula de Borboleta Válvula de controlo de pressão diferêncial
Válvula de Cunha DN 65 Kvs= 240 (STAP) 65 36 IMI-TA 11,111
Válvula de controlo de duas vias de I.P.M.
DN 65 Kvs= 411 Kvs máximo 65 63 HORA 3,628
Kvs mínimo 50 HORA 5,760
Válvula triplo efeito com Kvs variável
Kvs máximo 65 65.4 IMI-TA 3,367
Kvs mínimo 25.5 IMI-TA 22,145
Filtro tipo Y 65 91 Crane 1,739
Separador partículas 65 122 Spirotech 967
Separador ar 65 122 Spirotech 967

Válvula Macho Esférico Válvula Globo Separador ar e partículas


Separador hidráulico
65
65
122
500
Spirotech
MAGRA
967
29
DN 65 Kvs= 593 DN 65 Kvs= 63
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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Válvulas e Filtros Y
Tipo de válvula DN Kvs Fonte DP
(Pa)
Válvula de cunha/ adufa 65 411 Crane 85
Válvula globo 65 63 Crane 3,628
Válvula de borboleta (aberta a 80º) 65 240 Crane 250
Válvula de macho esférico 65 593 Crane 41
Válvula de retenção tipo:
Disco simples/ "swing" 75 VELAN 2,560
65
Disco partido 109 VELAN 1,212
Piston com mola 39 VELAN 9,467
Válvula de retenção disco simples Válvula de balanceadora (STAF) 65 85 IMI-TA 1,993
DN 65 Kvs= 75 Válvula de controlo de pressão diferêncial
(STAP) 65 36 IMI-TA 11,111
Válvula de controlo de duas vias de I.P.M.
Kvs máximo 65 63 HORA 3,628
Kvs mínimo 50 HORA 5,760
Válvula triplo efeito com Kvs variável
Kvs máximo 65 65.4 IMI-TA 3,367
Kvs mínimo 25.5 IMI-TA 22,145
Filtro tipo Y 65 91 Crane 1,739
Separador partículas 65 122 Spirotech 967
Separador ar 65 122 Spirotech 967
Separador ar e partículas 65 122 Spirotech 967
Separador hidráulico 65 500 MAGRA 29
Válvula de retenção disco partido
18
DN 65 Kvs= 109
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Válvulas e Filtros Y

Tipo de válvula DN Kvs Fonte DP


(Pa)
Válvula de cunha/ adufa 65 411 Crane 85
Válvula globo 65 63 Crane 3,628
Válvula de borboleta (aberta a 80º) 65 240 Crane 250
Válvula de macho esférico 65 593 Crane 41
Válvula de retenção tipo:
Disco simples/ "swing" 75 VELAN 2,560
65
Disco partido 109 VELAN 1,212
Piston com mola 39 VELAN 9,467
Válvula de balanceadora (STAF) 65 85 IMI-TA 1,993
Filtro Y Válvula de controlo de pressão diferêncial (STAP) 65 36 IMI-TA 11,111
Válvula de controlo de duas vias de I.P.M.
DN 65 Kvs= 65 Válvula balanceadora Kvs máximo 65 63 HORA 3,628
Kvs mínimo 50 HORA 5,760
DN 65 Kvs= 65 Válvula triplo efeito com Kvs variável
Kvs máximo 65 65.4 IMI-TA 3,367
Kvs mínimo 25.5 IMI-TA 22,145
Filtro tipo Y 65 91 Crane 1,739
Separador partículas 65 122 Spirotech 967
Separador ar 65 122 Spirotech 967
Separador ar e partículas 65 122 Spirotech 967
Válvula de retenção de piston Separador hidráulico 65 500 MAGRA 29
DN 65 Kvs= 39 19
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Purgadores, separadores de ar e vasos de expansão

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC

• “Departamento” dos consumidores


• Baterias Ar/ Água
• Radiadores
• Convectores
• Permutadores de calor
• Tecto radiante
• Chão radiante
• ...

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
CAUDAL vs POTÊNCIA NA BATERIA CAUDAL vs POTÊNCIA NOS GERADORES

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Bypass
VARIAÇÃO DE CAUDAL NO PRIMÁRIO, SECUNDÁRIO E BYPASS
EM FUNÇÃO DO Nº DE CHILLERS EM FUNCIONAMENTO

120

100

80
CAUDAL DE ÁGUA (%)

Primário (%)

60 Bypass (%)

Secundário (%)

40

20

0
1 1 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4
NÚMERO DE CHILLERS EM SERVIÇO
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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC

Em situação alguma os três “departamentos” podem ser vistos como independentes uns dos outros!
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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Tipo de sistema
• Existem diversas formas de classificar sistemas hidráulicos
• No entanto iremos somente referir as duas mais conhecidas:

• Sistemas de caudal constante


• Fazem uso de:
• Válvulas de controlo de três vias;
• Bombas de caudal constante.
• Não admitem factor de simultaneidade
• A pressão no interior da instalação é mais ou menos constante ao longo do tempo
• Por norma o DT na água é sempre inferior ao ideal:
• a temperatura de retorno aos chillers tende a ser mais baixa que o ideal
[por cada grau a menos de entrada de água no chiller o consumo eléctrico aumenta cerca de
4% (dados dos fabricantes)]
• a temperatura de retorno às caldeiras tende a ser mais alta que o pretendido
• São razoavelmente simples e baratos de construir e manter
• São energeticamente “maus”

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Tipo de sistema

Sistemas de caudal constante (válvulas de três vias misturadoras)

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Válvulas de três vias misturadoras

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Tipo de sistema
• Sistemas de caudal variável
• Fazem uso de:
• válvulas de controlo de duas vias;
• Bombas de caudal constante ou variável.
• Admitem factor de simultaneidade
• A pressão no interior da instalação varia ao longo do tempo
• Por norma o DT na água é próximo do ideal
[por cada grau a menos de entrada de água no chiller o consumo eléctrico aumenta cerca de
4% (dados dos fabricantes)]
• São algo mais complicados de projectar e construir (fundamentalmente no referente ao
sistema de controlo) que os sistemas de caudal constante
• São bons do ponto de vista do rendimento energético
• São fáceis de manter e conduzir

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Válvulas de duas vias

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Tipo de sistema

Sistemas de caudal variável (válvulas de duas vias)

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Simultaneidade
• Consideremos um edifício com, por
exemplo, “muitas” fachadas
• Consideremos que a carga térmica
predominante resulta da radiação solar
• Durante o período da manhã as salas
situadas na fachada Este tem maior carga
térmica que as salas situadas na fachada
Oeste
• À tarde, obviamente passa-se o
contrário...

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Simultaneidade

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Simultaneidade
• Se considerarmos que a carga
térmica do “piso” é igual à soma
das cargas máximas de todas as
salas, independentemente da hora
a que estas se verificam.
• A carga a considerar será de 46 kW;
• Neste caso e para um sistema de
frio (DT= 5K) no troço de tubagem
a terá que passar um caudal de
7,91 m3/h e a tubagem deverá ser
DN 65;
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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Simultaneidade
• Consideremos, agora, que a carga
térmica a considerar no piso
corresponde não à hora de maior carga
nas salas ou fachadas, per si, mas há
hora em que a carga é máxima no piso
visto como um todo (no nosso caso 16
horas)

• Agora, para o mesmo sistema, a


potência térmica será de 34 kW, no
tramo de tubagem a passarão 5,85
m3/h e a tubagem deverá ser DN 50;

• Em ambas as situações, as cargas


térmicas, o caudal de água e as
tubagens, sala-a-sala serão
consideradas sempre com os seus 34
valores máximos.
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Simultaneidade
• Do que acabamos de dizer, resulta • Ao rácio entre o caudal total no tramo a,
que, há duas maneiras, legitimas, de calculado em regime de caudal variável e
calcular a potência do chiller, o em regime de caudal constante, chama-
caudal de água nos tramos da se “SIMULTANEIDADE”:
tubagens de distribuição (a, b, c, d) e
os respectivos diâmetro: 𝑉.456758 $5:;á$=8
𝑆𝑖𝑚𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑒𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑉.456758 >?@%A5@A=

1. Ou como o somatórios de todos os


valores individuais máximos “sala-a- • No presente caso
sala”, o que conduz a sistemas de caudal
constante que usam válvulas de três
vias; B,DE FE/H
𝑆𝑖𝑚𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑒𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = = 73,7%
I,JK FE/H
1. Ou como o valor máximo no “espaço” -
como um todo - independentemente do
que se passa em cada uma das “salas”, o
que conduz a sistemas de caudal
variável, que usam válvulas de duas vias.
35
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Independência Hidráulica

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistemas com válvulas de três vias
SISTEMA COM UM GERADOR DE ENERGIA SISTEMA COM N GERADORES DE ENERGIA

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistemas com válvulas de três vias
• Caso se queira parar, por exemplo o Chiller II, porque não
necessitamos de toda a potência gerada pelos dois chillers, o que se
irá passar?
(Para simplificar consideramos que os dois chillers são iguais)
• O sistema é de velocidade constante, logo, não podemos parar a bomba do
chiller II
• A água entra no Chiller I a 12 e sai a 7 ºC
• A água entra no chiller II a 12 e sai 12 ºC
• O que implica que a água vai para a instalação a 9,5 ºC e não a 7 ºC como
pretendido (mais 35,7%)
• Como para desumidificar necessitamos da água a 7 ºC, o sistema irá funcionar
mal!

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistemas com válvulas de três vias
EER vs Temperatura de Retorno

• Como nenhum dos chillers pode ser


parado, caso não haja carga térmica
a combater a temperatura de retorno
baixa substancialmente à entrada do
colector de retorno (as válvulas de
três vias fecham a via que alimenta a
bateria) o que reduz
significativamente o “Energy
Eficiency Rate” - EER - do chiller.

• Se a temperatura de retorno passar


de 12 a 9 ºC, o EER, baixa de 4,65
para cerca 3,8
39
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistemas com válvulas de duas vias
Um bypass independente

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistemas com válvulas de duas vias
Bombas só no primário

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistemas com válvulas de duas vias
VARIAÇÃO DE CAUDAL NO PRIMÁRIO, SECUNDÁRIO E
BYPASS
120
EM FUNÇÃO DO Nº DE CHILLERS EM FUNCIONAMENTO

100

80
CAUDAL DE ÁGUA (%)

Primário (%)
60
Bypass (%)

Secundário (%)
40

20

0
1 1 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4
NÚMERO DE CHILLERS EM SERVIÇO
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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
VÁLVULA ENTRE COLECTORES

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistemas com válvulas de duas vias
Bombas só no primário

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistemas com válvulas de duas vias
Bombas só no primário

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Válvulas de controlo
Conjugação Válvula de Controlo Bateria
Situação Ideal

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Válvulas, Kvs
• Para as válvulas de controlo - clássicas - os valores dos Kvs produzidos seguem a
série de Reynard:
Kvs: 0,25 0,4 0,63 1,0 1,6 2,5 4,0 6,3 10 12,5 16 20 25 31,5 40...

• Consideremos uma válvula que é atravessada por 15 m3/h e que deve provocar
uma perda de carga de 18 kPa (0,18 bar). O Kvs, calculado, desta válvula é 35,36

• Como só existem os Kvs acima (não há valores intermédios) as válvulas são, por
norma sobredimensionadas...

• No nosso caso, escolhemos Kvs= 40 e a válvula produzirá um DP= 14,1 kPa (se
tivéssemos usado o Kv= 31,5 a perda de carga seria de 22,7 kPa... o que podia
não ser “simpático” para a bomba e para os custos de bombagem)
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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Válvulas de controlo
A curva característica da válvula de controlo O que é a autoridade de uma válvula de controlo?
só é, a representada nos slides 15 e 46 caso a
autoridade da válvula, b, seja igual ou
superior a 50% (0,5)

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Autoridade da válvula de controlo

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Gama de Regulação da Válvula de Controlo
Antes de prosseguir, convém ainda fazer conhecimento com mais um parâmetro definidor das
válvulas de controlo
• Intervalo de Regulação (Ra) - Rácio entre o caudal máximo e mínimo que a válvula consegue
controlar
• Por norma Ra tem um valor entre os 25 e 30, mas há casos em que é igual a 100
• Se Ra= 25 então o caudal mínimo controlável será 4% do caudal máximo que a válvula
pode controlar. Com 4% de caudal a bateria entrega cerca de 10% da sua potência
• Na realidade o Intervalo de Regulação” é função da autoridade, b, da válvula e para a
calcular usamos a expressão:

• Se, por exemplo a autoridade fosse de 50%, o caudal mínimo controlado seria de 5,16%
(emissão de 20%), mas se só fosse de 20%, o caudal mínimo controlável passaria a ser de
8,9% (emissão de 35%).
• Onde qmax corresponde a 100% do caudal nominal na válvula não sobredimensionada50
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistemas com válvulas de duas vias
Bombas no primário e no secundário

51
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistemas com válvulas de duas vias
Bombas no primário e no secundário

• O caudal no primário
(produção) tem que ser
sempre superior ao
caudal no secundário
(distribuição)

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistemas com válvulas de duas vias
Bombas no primário e no secundário

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
GARRAGA HIDRÁULICA

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
GARRAGA HIDRÁULICA

DEPÓSITO NÃO SERVE


GARRAFA HIDRÁULICA
DE GARRAFA HIDRÁULICA

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistemas com válvulas de duas vias
Bombas no primário e no secundário

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistemas com válvulas de duas vias
Bombas no primário e no secundário

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistemas com válvulas de duas vias
Bombas no primário e no secundário

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistemas com válvulas de duas vias
Bombas no primário C. Constante e no secundário C. Variável

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Bombas de velocidade variável
Diferentes colocações da sonda de pressão diferêncial

60
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Rendimento do motor
• O rendimento do motor depende da classe de motor IE 3 ou IE 2 (antigas EFF1 e EEF 2) e da carga.
• Uma carga abaixo de 25% significa uma queda no rendimento

Divisão de perdas Rendimento à velocidade


num motor nominal em função da carga

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Rendimento do variador de velocidade

Rendimento do Variador (Conversor de frequência)


98

50 Hz
96

Rendimento %
45 Hz
94 40 Hz
35 Hz

92

90

88
0 25 50 75 100 125
Potência ao Veio %

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Rendimento Bomba + Motor + Variador

hd x hm x hp = ht
P4
Potência
Hidráulica Rede de abastecimento

Variador
P1
Potência à rede
Pump
Motor

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Bombas de velocidade variável
Diferentes tipos de controlo

Curva P. Pressão Pressão Pressão Pressão Cont. V.


diferêncial diferêncial diferêncial
diferêncial auto proporcion
proporcion al proporcion
const. constante constante al (calculada) al (medida) temp. constante
Bombas principais
Bomba shunt caldeira
Bomba filtragem
Circuitos mistura
Superficies de aqueciemento
Recuperador de calor
Produção AQS
Recirculação AQS
Manutenção de pressão

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Bombas de velocidade variável
Diferentes tipos de controlo

1.Sem controlo
2.Pressão constante 100

3.Pressão proporcional (calculada)


80

Potência Consumida [%]


4.Pressão proporcional (medida) 1.
5.Controlo através da temperatura 60
H

40 2.

3.
20 4.

5.
0
0 20 40 60 80 100
25% 100% Q
Caudal [%]

65
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Consumidores/ Unidades Terminais

• Em condições de
funcionamento nominal
todos os terminais e
geradores de energia têm
que receber o caudal de
projecto

66
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Consumidores/ Unidades Terminais

67
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Consumidores/ Unidades Terminais

68
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Equilibragem
• A forma racional de garantir que cada terminal e cada gerador de energia
(chiller, caldeira, ...) recebe o “seu” caudal de projecto, é balancear
hidraulicamente a instalação

• O balanceamento hidráulico, efectivo, implica o uso de uma série de


“ferramentas”:
1. correcto dimensionamento do sistema
2. divisão do sistema em sub-sistemas, quando e se necessário
3. uso de válvulas equilibradoras
4. uso de bombas de velocidade variável em conjugação com válvulas de limitação de DP,
quando necessário
5. caso seja necessário, uso de um método coerente de balanceamento
6. possibilidade de efectivamente medir os caudais

69
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Equilibragem
TEMPO DE ARRANQUE DA INSTALAÇÃO
• Se o sistema não estiver balanceado os seus tempos de arranque serão muito
superiores, ao que seria necessário caso o sistema estivesse balanceado

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Equilibragem

• Ao desviarmo-nos da temperatura
ambiente, média, pretendida para o
edifício, aumentamos os custos
energéticos do sistema:
• Ciclo de arrefecimento (Verão)
• Menos 1 ºC mais 12 a 18 % de energia
• Ciclo de aquecimento (Inverno)
• Mais 1 ºC mais 6 a 11 % de energia

71
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Equilibragem

72
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Consumidores/ Unidades Terminais

• A pressão diferêncial que


se exerce sobre cada uma
das válvulas de controlo
não deve sofrer grandes
variações

73
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Controlo do DP nos terminais

74
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Controlo do DP nos terminais

75
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Controlo do DP nos terminais

76
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Kvs Infinitamente variável

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HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Sistema de controlo Anel de controlo “ideal”
/

• Um anel de controlo tipo é composto pelo:


• sensor
• controlador, que recebe o sinal proveniente
do sensor, compara-o com o setpoint, U, e
envia um sinal de comando ao actuador
• actuador, que tem uma resposta linear
• válvula de controlo, que deve ter uma curva
característica do tipo “Igual Percentagem
Modificada”
• bateria ar/ água, que, como sabemos, não
tem uma característica linear (ver slide nº 46)
• espaço a ser climatizado e controlado, que é
afectado por perturbações diversas.

78
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
ANEL DE CONTROLO
Perturbações exteriores

Parâmetros exteriores que têm Parâmetros interiores que têm


influência nas necessidades térmicas influência nas necessidades térmicas

Outras zonas

Radiação solar
Iluminação Iluminação

Equipamentos Ocupantes
Vento Eléctricos

79
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC
Anel de controlo

80
HIDRÁULICA NOS SISTEMA DE AVAC

OBRIGADO PELO
VOSSO TEMPO E
ATENÇÃO
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FIM
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