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ILUSTRÍSSIMO (A) SENHOR (A) SUPERINTENDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE

METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL – INMETRO – DO ESTADO


DE SANTA CATARINA
Processo administrativo Inmetro - SC nº: XXXXXXXXXXX (A. I nºs: XXXX; XXXX, XXXXX; e
XXXXXX).

XXXXXXXXX LTDA - EPP, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº XX. XXX.
XXX/XXXX-XX, com sede à Rua XXXXX, nº XX, bairro, Cidade/SC, CEP XXXX, representado
nesse ato por seu só cio-gerente XXXXXXX, brasileiro, divorciado, empresá rio, portador do
RG nº XXX, inscrito no CPF sob nº XXXX, residente e domiciliado na Avenida XXXX, nº XXXX,
bairro XXX, Cidade/SC, CEP XXXXX, por seu procurador infra-assinado, o qual possui
endereço indicado no rodapé, eletrô nico renanferrariadv@hotmail.com, conforme
procuraçã o anexa, vem mui respeitosamente perante a presença de Vossa Excelência,
apresentar DEFESA ADMINISTRATIVA, com fundamento no art. 5º da CRFB/88, na Lei
9.933/99 e demais outros dispositivos legais aplicados ao presente, no processo Inmetro –
SC nº XXXXXXX, que lhe move o INMETRO/SC, pelas razõ es de fato e direito abaixo
indicadas:

I – DOS FATOS E DO MÉRITO:


O Senhor Agente Fiscal, em inspeçã o realizada na data de 1º de dezembro de 2016,
entendeu que 4 (quatro) produtos fabricados pela empresa XXXXXXXX LTDA – EPP
restaram reprovados, por compreender que a “Cuca Caseira” nã o estava preenchendo os
requisitos mínimos do critério “individual” (produto nº 1); que o “Pã o de Sanduíche” estava
com dupla indicaçã o quantitativa (produto nº 2); que a “Rosca” e o “Sonho” estavam sem
qualquer indicaçã o quantitativa (produtos nºs 3 e 4), tudo nos termos dos Laudos anexos.
Este fato é muito estranho à empresa, uma vez que durante os quase 25 (vinte e cinco) anos
de sua existência sempre primou pela qualidade de seus produtos, tanto é que tais
produtos já haviam sido submetidos a outros exames de ó rgã os distintos, os quais restaram
devidamente aprovados, inclusive pelo mesmo Ó rgã o Processante, que fiscaliza o
estabelecimento empresarial anualmente.
Analisando-se os laudos embasadores do presente procedimento administrativo, constata-
se que dos aproximadamente 190 (cento e noventa) produtos fabricados pela empresa e
fiscalizados, somente 4 (quatro) apresentaram reprovaçã o.
O produto nº 1, nos termos do Laudo nº XXXXX, apresentou quantidade inferior à exigida,
conforme quadro “abaixo do mínimo”, pois o conteú do nominal era de 238g, porém,
efetivamente era de 228,5g.
Já o produto nº 2, conforme Laudo nº XXXX, apresentou dupla indicaçã o, uma de 500g
(indú stria) e outro de 392g (ponto de venda). Ocorre, Nobre Julgador, que nã o houve
nenhum prejuízo ao consumidor, eis que os clientes estavam adquirindo produto com
maior quantidade do que a indicada pela empresa. O prejuízo residiria no ato de expor à
venda produto em quantidade menor daquela indicada, pois, realmente, o produto pesa
500g.
Veja Ilustríssimo, o controle de qualidade da empresa é rigoroso, mas, por uma fatalidade,
os produtos submetidos a exame perante este r. Ó rgã o nã o foram aprovados, uma
verdadeira surpresa para a empresa, que sempre orienta seus colaboradores a
manusearem a produçã o e embalamento dos produtos de forma correta.
É de se salientar que a empresa, no intuito de melhor atender seus consumidores e evitar
problemas com a fiscalizaçã o, determinou já em 60 (sessenta) dias que as embalagens que
acondicionam os produtos fossem alteradas, conforme documento anexo.
A empresa, com o intuito de comprovar suas alegaçõ es, coloca o produto e sua nova
embalagem retro citados à disposiçã o deste Douto Ó rgã o, para efetuar novos exames e
perícias, se necessá rio for.
II – DO DIREITO E DA TEMPESTIVIDADE:
Conforme art. 8º da Lei 9.933/99 e Resoluçã o nº 08/06 do Conselho Nacional de
Metrologia, Normalizaçã o e Qualidade Industrial – CONMETRO, faz jus o Notificado à
apresentaçã o de defesa administrativa no prazo de 10 (dez) dias para exercer o
contraditó rio e a ampla defesa constitucionalmente assegurados.
Ademais, verifica-se que a presente defesa é tempestiva, vez que a notificaçã o se deu no dia
18 de janeiro de 2017, via correio, sendo que o prazo final encerra-se no dia 29 de janeiro
do mesmo ano.
Doravante, como já mencionado acima, de 190 produtos que a empresa fabrica/expõ e à
venda apenas 4 (quatro) foram reprovados.
Outrossim, as irregularidades constatadas pelo Senhor Agente Fiscal nã o beiram a
gravidade, consubstanciando-se em infraçõ es leves – quiçá ínfimas ao consumidor –, eis
que a suposta conduta irregular do Autuado nã o lhe trouxe NENHUMA vantagem
econô mica, muito menos prejuízos ao consumidor, pois estes nã o arcaram com valores a
maior adquirindo menos do que o exposto à venda.
III – DOS PEDIDOS:
Isto posto, haja vista que por mera fatalidade os produtos submetidos a exame restaram
reprovados, bem como porque nã o houve prejuízo ao consumidor e vantagem à empresa,
além de apenas 4 dos 190 produtos terem sido reprovados, requer-se que eventual pena
pecuniá ria seja convertida em advertência ou, nã o sendo o entender do Ilustríssimo
Julgador, que seja aplicada em seu grau mínimo, tudo em homenagem aos princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade.
Nestes termos,
pede deferimento.
Cidade/SC, 25 de janeiro de 2017

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RENAN PEREIRA FERRARI
OAB/SC 47.052

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