ILMO. (a) SR.

(a) SECRETÁRIO (a) DA CORDENADORIA MUNICIPAL DE

DEFESA DO CONSUMIDOR E DA CIDADANIA – PROCON DO ESTADO DE
PERNAMBUCO/PE.

AUTO DE CONSTATAÇÃO Nº: 217/2022

JB COMERCIO E PADARIA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida

no endereço R ALICE GOMES, n° 568, Bairro CAMPO GRANDE – RECIFE, CEP:
52.031-212, inscrita no CNPJ nº 41.073.297/0001-00, representada por seu sócio
JOÃO BATISTA DOS SANTOS, brasileiro, CPF nº 732.705.634-34, casado, por
intermédio de sua advogada e bastante procuradora (procuração em anexo), vem
mui respeitosamente, apresentar sua IMPUGNAÇÃO nos termos seguintes:

O Impugnante foi autuado por o Procon do Recife, segundo consta no

aludido auto de infração datada em 23/05/22, a suposta infração alega que foi
verificado 2 (dois) tipos de produtos fora da validade, tais como 7 (sete) bandejas de
frangos e 4 (quatro) pizzas tamanho médio fabricação da casa. Porém, esses
produtos são embalados no próprio estabelecimento.

Os frangos são adquiridos da fabrica Sadia, embalados pelos funcionários

em bandejas e pesados de acordo com o quilo do produto, conforme demonstra nas
fotos anexadas, o erro que ocorreu foi onde o funcionário digitou a data de
fabricação 21/05/22 e a data de validade também em 21/05/22, mas não se
encontrava fora da validade, apenas houve um erro humano realizado pelo
funcionário do setor de embalagens. Ademais o prazo de validade para
permanecer com o Frango em pedaços mantendo congelado após ser
reembalados conforme determinação da ANVISA, todos os alimentos, após abertos,
deve ser utilizado no máximo 30 dias, sendo assim o produto poderia ficar a venda
até o dia 21/06/22.

As pizzas que são fabricadas pelo próprio estabelecimento foram

embaladas também pelo mesmo funcionário, porém no dia da atuação o
estabelecimento tinha acabado de colocar as pizzas à venda, mas o funcionário
esqueceu-se de colocar as etiquetas com as datas de fabricação e de validade, só
que nenhum dos produtos que foram recolhidos pelo fiscal estavam fora da
validade.

É de Salutar que essas informações descritas no ato de atuação não foram

descritas conforme o caso concreto, pois de acordo com o que foi narrado acima os
produtos estavam dentro da validade. Relegá-los é olvidar o que há de mais
elementar para a boa guarda e zelo que preza o estabelecimento aos interesses
sociais.

Inegavelmente, o Auto de infração ora impugnado está eivado de vícios, não

atendendo aos requisitos, quais sejam: finalidade, forma, motivo e objeto, devendo,
portanto ser declarado nulo de pleno direito.

Razão pela qual, deve tal decisão ser reformulada "in totum" a fim de que se
apresente em conformidade o que foi explanado pela Impugnante,

Assim, resulta a conclusão de que não há pela Impugnante a prática de

nenhuma conduta lesiva ao Consumidor, bem como nenhuma conduta contrária ao
que estabelece a Lei 8.078/90, sendo também suficientemente demonstrada a sua
afastabalidade ao presente caso.

DOS PEDIDOS:

Diante do exposto, roga-se vênia deste Órgão, requer que os fundamentos

ora utilizados sejam acatados em sua plenitude, até mesmo porque, os argumentos
trazidos na atuação do Procon, não são os cabíveis à espécie, posto que a
realidade fática é outra, vez que em nenhum momento constatou-se quaisquer
fundamentos que merecessem a pretendida punição.

Outrossim, roga-se vênia sejam acolhidos os termos de IMPUGNAÇÃO EM

MATÉRIA DE DEFESA, que sejam analisados por estes r. Órgão por razões que
fogem à realidade do Impugnante, a fim de que reste a mesma desvinculada do
ônus de pagamento de multa pecuniária, posto que insubsistente de fundamentação
fática e legal se apresenta.

NESTES TERMOS,

PEDE DEFERIMENTO.

Recife/PE, 31 de Maio de 2022.

DRA JANAINA MORAIS DO N. PESSOA

  OAB/PE Nº 40.647