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LEI DE KIRCHHOFF - ENGC29

∗ †
Leonardo Magalhães,Romildo Andrade,Vitoria Heleni∗

Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação, Engenharia Elétrica, UFBA, Salvador,
Bahia, Brasil

Emails: magalhaes.leonardo@ufba.br, romildo.andrade@ufba.br, vitoria.heleni@ufba.br

1 Análise de malhas: duas malhas: No circuito da Figura 3, criamos


A análise de malhas fornece outra maneira para re- uma supermalha, excluindo a fonte de corrente e
solver circuitos usando as correntes de malha como quaisquer elementos a ela associados em série (Fi-
variáveis de circuito. Usar essas correntes em vez gura 3)
das correntes de elementos como variáveis reduz o
número de equações que devem ser resolvidas ma-
tematicamente. A análise nodal aplica a LKC (Lei
de Kirchhoff para corrente) para encontrar as ten-
sões em cada um dos nós do circuito, enquanto a
análise de malhas aplica a LKT (Lei de Kirchhoff
para tensão) para determinar as correntes desco-
nhecidas. Esta análise não é tão genérica quanto Figura 2
a análise nodal porque é aplicável apenas a um
circuito planar, que pode se desenhado em uma
plano sem ramos cruzados entre si; caso contrá-
rio torna-se um circuito não planar. Um circuito
pode ter ramos cruzados e ainda assim ser planar
se puder ser redesenhado no plano. Uma Malha
é um laço que não contém nenhum outro laço em
seu interior.
Na Figura abaixo, os caminhos ’abefa’ e ’bc- Figura 3
deb’ são malhas, porém o trecho ’abcdefa’ não é
uma malha. A corrente através de uma malha é
Como mostrado na Figura 3, uma superma-
conhecida como corrente de malha. Nessa análise
lha é criada com a periferia de duas malhas, se
o interesse é aplicar a LKT para determinar as
o circuito tiver duas ou mais supermalhas que se
correntes de malha no circuito.
interceptam, elas devem ser combinadas para for-
mar uma supermalha maior. A supermalha per-
mite aplicar a LKT como qualquer outra malha
mesmo não conhecendo a tensão em uma fonte de
corrente, logo

Figura 1

2 Análise de malhas com fontes de corrente:


Aplicar a análise de malhas a circuitos contendo Figura 4
fontes de corrente pode, em princı́pio, parecer
complicado. Porém, sua aplicação na verdade é
mais simples, uma vez que fontes de corrente re-
duz a quantidade de equações. Considere os dois
casos a seguir:
3 Análise nodal e de malhas por inspeção:
1. Quando existe uma fonte de corrente ape-
nas em uma malha: No circuito da Figura 2. Fa- Se um circuito com fontes de corrente indepen-
zendo i2 = - 5 A e escrevendo uma equação de dentes tiver N nós que não são de referência, as
malha para a outra malha de maneira usual, isto equações nó-tensão podem ser escritas em termos
é: -10+4i1+6(i1-i2)=0 =>i1=-2A das condutâncias, através da matriz de condutân-
2. Quando a fonte de corrente existe entre cias, como sendo:
ou simplesmente: Gv = i

Figura 5

Onde:
Gkk = Soma das condutâncias conectadas ao
nó k.
Gkj = Gjk = Negativo da soma das condu-
tâncias diretamente conectadas aos nós k e j, k
j.
vk = Tensão (desconhecida) no nó k.
ik = Soma de todas as fontes de corrente in-
dependentes diretamente conectadas ao nó k, com
correntes que entram no nó sendo tratadas como
positivas.
Referências
[1] R. C. de Figueiredo Pinto. Análise nodal e
análise de malhas. In Métodos de Análise, Fe-
vereiro 2020.

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