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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

BACHARELADO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS


DEPARTAMENTO DE ECONOMIA - DECON

MIZAEL SILVA

ANÁLISE ECONÔMICA DO MERCADO DE TRABALHO


NO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECIFE
2021

1
Sumário

Introdução 3

Mercado de Trabalho de Minas Gerais 4

Desenvolvimento:

Taxa de participação 5

Nível de desocupação
6

Taxa de desocupação 8

Taxa de subocupação 10

Rendimento Nominal 12

Rendimento Real 13

Rotatividade 14

Desalentados 16

Considerações Finais 18

Bibliografia 19

2
Introdução

O mercado de trabalho é uma das áreas na economia das mais influentes sobre o
bem-estar dos indivíduos no seu dia a dia. Afinal, poucas coisas são mais importantes para
as pessoas do que seus empregos (ou a falta destes), com seus benefícios – salários e
previdência – e custos – tempo e intensidade no trabalho – associados.

Este trabalho visa a realizar uma análise do mercado de trabalho do estado de Minas
Gerais, a partir da trajetória de seus principais indicadores no período compreendido entre
2012.01 a 2020.01. O objetivo é identificar as mudanças estruturais pelas quais o mercado
de trabalho mineiro passou, como também o intenso impacto econômico das medidas de
contenção da pandemia da Covid-19. O trabalho também terá dados dos indicadores a nível
Brasil e do estado de São Paulo para efeito comparativo de evolução e desempenho.

3
Mercado de Trabalho Minas Gerais

O estado de Minas Gerais dispõe de 131 agências de atendimento do Sine, distribuídas em


123 municípios. No ano de 2015, foram registrados pela BG-IMO 26.033 trabalhadores
colocados frente a 1.840.051 admitidos computados pelo Caged. No ano seguinte, o
número de trabalhadores colocados pelo Sine foi maior, correspondendo a 27.157 usuários
em uma fatia menor de admitidos – 1.591.099 indivíduos. Em 2017, o número de
trabalhadores colocados apresentou consecutivo crescimento, correspondendo a 34.919
trabalhadores frente a 1.620.892 admitidos. No ano seguinte, a taxa de colocados pelo Sine
apresentou ligeiro decrescimento, equivalente a 34.114 trabalhadores colocados em um
contexto de 1.713.719 admitidos. A partir desses indicadores, e tendo por base o período
analisado, é possível sustentar que o serviço de intermediação de mão de obra oferecido
pelo Sine apresentou taxa de efetividade média igual a 1,82%, entre 2015 e 2018.

No que se refere ao perfil do público, no ano de 2015, foram inscritos 371.682 trabalhadores
nas unidades do Sine do estado de Minas Gerais; em 2016, esse número caiu para
246.194; em 2017, foram 216.720 inscritos; em 2018, esse número apresentou nova queda,
ficando estabelecido em 191.850. Percebe-se uma redução anual, em média, de cerca de
20% em relação a 2015 no que diz respeito ao quantitativo de trabalhadores inscritos nas
unidades de atendimento. O decrescimento ao longo dos anos observados acompanha os
anos em que o fechamento de postos de trabalho foi mais intenso – o que indica um caráter
cíclico da política pública.

4
Desenvolvimento:

Taxa de participação

Trata-se de um indicador do tamanho relativo da força de trabalho. Isto é, indica com


precisão o volume da oferta de trabalho imediatamente disponível na economia.

Taxa de participação = PEA/PIA.

Podemos verificar que a taxa de participação da força de trabalho em Minas Gerais foi
superior a média do Brasil durante todo o período analisado; destaque para o período de
2020 onde ocorreu uma queda acentuada em virtude das medidas de isolamento por causa
do covid 19.

5
Nível de desocupação

Este indicador mede o percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas que


estão em idade de trabalhar. Logo, esse indicador compreende aquelas pessoas que
apesar de estar em idade ativa, não necessariamente estão trabalhando ou procurando
emprego, por não ser sua prioridade, por exemplo. Cabe destacar que este indicador pode
acabar subestimado por ter uma abrangência maior por utilizar a PIA.

Quando considerado o período de 2012.01 a 2020.01, o estado de Minas Gerais manteve


um nível de desocupação relativamente estável com pequenas oscilações no período que
vai de 2012.01 a 2014.04 variando em torno de 4%, nível inclusive ao do país na época. A
partir de 2015.01 este nível começa aumentar chegando próximo a 9% em 2017.01; este
comportamento esteve em consonância no nível de desocupação do Brasil. A partir de
2018.01, há um claro descasamento deste indicador em relação ao nível nacional,
chegando a uma taxa de 6% aproximadamente; a partir de 2019.04 esse nível voltou a
patamares semelhantes a 2017, em virtude das medidas restritivas advindas da pandemia
por Covid-19;

6
Na comparação com o estado de São Paulo, Minas Gerais manteve nível de desocupação
inferior durante toda a série analisada. Destaque para o período que vai de 2018.02 a
2019.04 onde os níveis estiveram por volta de 6% contra 9% para o estado de São Paulo.

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Taxa de desocupação

De acordo com o IBGE, a taxa de desocupação é a porcentagem de pessoas na força de


trabalho que estão desempregadas. A taxa de desocupação, como quase todas as variáveis
econômicas no Brasil, tem um alto grau de sazonalidade. Isso porque, no último trimestre
de todos os anos, aumenta o número de contratações para as festas de final de ano, de
modo que sempre se encontra uma taxa menor de desocupados nesses meses. Passadas
estas, a taxa de desocupação aumenta rapidamente no primeiro trimestre do ano seguinte.

Tp=Desocupados/PEA

A taxa de desocupação do estado Mineiro seguiu trajetória semelhante durante grande


parte do período analisado quando comparada ao Brasil; a partir de 01.2018 houve uma
redução significativa da desocupação no estado, vindo aumentar apenas a partir de
01.2020.

8
Quando comparamos com o Estado de São Paulo podemos verificar uma trajetória
ascendente semelhante durante a maior parte do período; durante o ano de 2016 e a partir
do segundo trimestre de 2017 a taxa de desocupação de Minas foi significativamente
menor; esta diferença foi minimizada a partir do primeiro trimestre de 2020.

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Taxa de Subocupação

Esta taxa classifica aquelas pessoas que estão já trabalhando mas deseja encontrar uma
ocupação alternativa à que possui e nela se engajar.

Na taxa de subocupação, o Estado de Minas mantém níveis superiores ao do Brasil em


praticamente toda a série analisada, chegando alcançar uma taxa de quase 8% para o
período do 03.2015 e 9% no período compreendido entre 02.2018 a 02.2019; a partir de
01.2020 as duas taxas tiveram valores semelhantes.

10
Quando comparamos com o Estado de São Paulo, o estado mineiro manteve taxas muito
superiores de subocupação durante toda a série analisada.

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Rendimento Nominal

Trata-se da soma dos rendimentos brutos habitualmente recebidos de todas as pessoas


ocupadas.

Ao analisarmos as informações do gráfico verificamos que na média o rendimento nominal


por tipo de atividade para o estado de Minas Gerais (empregado, empregador, conta
própria) é menor quando comparado ao rendimento médio do Brasil. Destaque para a
atividade de empregador cujo nível salarial está abaixo da média nacional.

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Rendimento Real

É a soma dos rendimentos brutos recebidos pelas pessoas deduzindo-se a variação no


índice de preços.

Obs: Para cálculo do valor real, é utilizado o deflator da média do último trimestre de coleta
divulgado.

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Rotatividade

Rotatividade da mão de obra é um indicador que calcula o mínimo entre o total de


admissões e o total de desligamentos ocorridos na economia num período, dividido pelo
número médio de empregados nesse período.

Podemos ver uma queda muito acentuada no período de março e abril, o que
correspondente ao período mais rígido das medidas de isolamento e distanciamento social.
Isso acarretou uma baixíssima atividade econômica no período.

14
Para o ano de 2020 vemos que o número de admitidos sofreu uma queda brusca no
período entre março e abril; posteriormente voltou a se recuperar atingindo um nível
superior aos desligamentos; esse movimento pode ser explicado pelas políticas adotadas
no âmbito do governo federal e estadual para a manutenção dos empregos, como por
exemplo o benefício emergencial, além de linhas de crédito para as empresas.

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Desalentados

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por
uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito
jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido
trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.

O nível de desalentados subiu muito a partir do ano de 2015, chegando a um patamar de


mais de 7% no terceiro trimestre de 2020, tanto em Minas quanto a nível Brasil; a partir do
quarto trimestre de 2020 o nível de desalentados diminuiu significativamente para o estado
mineiro chegando próximo de 6%.

16
Quando comparado ao estado paulista, Minas Gerais manteve durante toda a série
analisada taxa muito superior de desalentados.

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Considerações finais

Durante toda a série analisada nenhuma crise prejudicou tanto o mercado de trabalho como
surgimento do novo coronavírus; a pandemia trouxe trouxe um impacto gigantesco sobre a
população do Brasil como um todo refletindo numa perda de bem estar para muitas famílias
e trabalhadores; esperamos que com o avanço da vacinação e retomada da economia os
índices do mercado de trabalho voltem a normalidade, propiciando um restabelecimento da
economia no país.

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Bibliografia

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/pesquisa/44/0?tipo=grafico&indicador=47082

http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/10000/1/bmt_68__servico_intermediacao.pdf

https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9173-pesquisa-nacional-por-amostra-de
-domicilios-continua-trimestral.html?=&t=series-historicas

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