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05/06/2023, 11:26 UNP - Salgado Filho - 765

3.1. Plano de carreira  


 
Independente de vivenciarmos uma situação boa ou ruim no mercado de trabalho, a realidade e as exigên-
cias da sociedade do conhecimento vão muito além disso. Cada vez mais, todos os indivíduos se sentem na
obrigação de melhorar sua produtividade, não por medo de perder o emprego ou a renda, mas em especial,
para segurar a qualidade de vida tanto almejada, seja financeira ou emocional.
 
Mudanças, portanto, exigem que as pessoas repensem suas carreiras. Existe no mercado, hoje, vários profis-
sionais que podem colaborar para isso, como também muitos recursos para quem decide replanejar sua car-
reira por conta própria.
 
No novo milênio, os trabalhadores não podem depender unicamente do planejamento de carreira elaborado
pelas organizações, uma vez que esta parceria vem sofrendo alterações.
 
As empresas buscam profissionais prontos, ou preparam somente para atender às suas especificidades. Bus-
car complementos para preencher as demandas do mercado de trabalho é de exclusividade de cada
profissional.
Chiavenato (2004) complementa que a estrutura de cargos que acompanhava a velha estrutura organizacio-
nal tradicional e burocrática ou a homogeneização das práticas de Recursos Humanos que era necessária
para padronizar comportamentos em uma organização rígida e inflexível, foi válida e até eficiente para uma
época que já passou. Hoje, as necessidades organizacionais são totalmente diferentes. As empresas são ori-
entadas pelo mercado, e assim seus profissionais também devem segui-lo.
 
Dentro deste contexto, é necessário conhecer a importância do plano de carreira, por meio do planejamento
de carreira, desenvolvimento profissional e busca de adaptação referente às mudanças dos empregos, das
profissões e do mercado de trabalho mundial. Case e Botelho (2001),  ainda reforçam que "pouquíssimas
pessoas terão a 'sorte' de progredir sem planejamento, mas 'sorte' não é um fator que possa ser considerado,
quando se fala de carreira" (p. 46).
 
É importante que o profissional não deixe que a empresa decida por ele, esta confiança depositada pode tra-
zer danos irreparáveis. A responsabilidade de gerenciar sua carreira deve ser sempre do próprio colaborador. 
Drucker (1992) enaltece que "o planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras
de decisões presentes" (p. 42). Há necessidade de prever este futuro, uma vez que ele só existirá quando as
ações acontecem no presente. Ninguém irá planejar sua carreira melhor que você.
 
FIGURA 10 - Plano de carreira 
 

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Fonte: SEOTERRA, 123RF.
 
Cada profissional é um ser único, com suas características pessoais, valores, limitações, preferências, metas
e objetivos de vida. Nem todos querem as mesmas profissões e os mesmos cargos dentro das empresas. E
isso é magnífico! As diferenças pessoais é o que há de mais interessante no ser humano. Nem sempre se
consegue ter a profissão dos sonhos, aquela que se sonha desde a infância, mas buscar um trabalho que
seja prazeroso é obrigação de todos, afinal passamos a maior parte do nosso dia e de nossas vidas nele.
 
Esta é etapa mais delicada de tudo o que temos visto até agora. A partir desse momento, o processo se inicia
com o jogo da verdade, afinal não podemos enganar a nós mesmos, caso contrário nosso Plano de Carreira
não terá validade nenhuma. Assim tudo aqui implica em mudanças de comportamento, reestruturação da ro-
tina, revisão dos relacionamentos, tanto com a empresa como também com amigos e família.
 
É fundamental que aqui o profissional tenha em mente que caminho quer seguir, só assim sairá da teoria e
dará início a prática na busca de resultados efetivos.
 
Um Plano de Carreira (PC) não é apenas para uso profissional, uma vez que não separamos a vida pessoal
da profissional, o ser humano é um só. Assim, o PC se baseia em um conjunto de ações que tem por objetivo
orientar cada indivíduo sobre os melhores caminhos a seguir, baseados naquilo que o profissional já tenha
percorrido e o que ainda pretende alcançar, não só dentro da empresa, mas pensando também fora dela.
 
Dutra (2002) coloca que:
 
a carreira deve ser pensada, portanto, como uma estrada que está sempre sendo construída pela
pessoa e pela empresa. Desse modo, se olharmos para frente, vamos ver o caos a ser ordenado e,
quando olhamos para trás, enxergamos a estrada que já construímos (p. 103). 
 
Quando devemos pensar em elaborar um plano de carreira?

Quando está iniciando sua carreira profissional ou já está há algum tempo nela sem perspectiva de
crescimento. Também quando se faz parte de uma empresa que não tem um Plano de Carreira ade-
quado. Em situações de desemprego ou mesmo de mudança radical da situação existente na qual se
sente insatisfeito.
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Quando se está desempregado ou mesmo pela vontade de mudança na perspectiva de uma nova pro-
fissão. Também pela possível extinção da profissão atual, e ainda pela aposentadoria e quer se aventu-
rar em uma nova profissão.

Quando se está com dificuldade de ascensão profissional na busca de promoções dentro da empresa.
Ou quando se tem seu próprio negócio, mas não está progredindo como gostaria. Ou tem seu próprio
negócio, mas quer voltar a trabalhar com carteira assinada.

Todo plano de carreira tem suas especificidades, o importante é adaptá-lo a cada situação. O que não se
pode é deixar de usá-lo, não acreditando na sua eficiência e chegar a resultados tão surpreendentes.
 
Videoaula: Plano de carreira
 

07:02

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