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SAÚDE
PLANEJAMENTO E GESTÃO DE CARREIRA
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93p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-534-4
CDD 658.3128
SUMÁRIO
3 AUTOCONHECIMENTO ...........................................................................................................31
CONCLUSÕES....................................................................................................................................90
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 91
1 CARREIRA: PLANEJAMENTO E GESTÃO
Um emprego é uma atividade profissional que gera recursos para pagar as contas
que vencem ao final de cada mês. Uma carreira é uma série de decisões que um
profissional vai tomando, ao longo de sua vida profissional, para que as contas ao
final do mês incomodem cada vez menos. Emprego é uma atividade presente,
carreira é a preparação do futuro. Um emprego sempre está na dependência de
decisões que são tomadas pela empresa. Uma carreira depende principalmente de
decisões pessoais. Empregos são temporários, carreiras são permanentes.
Mas não é necessário ficar mudando de empresa para construir uma carreira. Uma
carreira inteira pode ser desenvolvida dentro de uma só empresa. Cada mudança de
função que implique em mais responsabilidades e melhor salário é um passo adiante
na carreira. Por outro lado, ter trabalhado em várias empresas, mas executando
trabalhos semelhantes em todas elas, não é carreira. É uma sequência de empregos
encadeados, o que significa que o próximo emprego será muito parecido com o
último emprego.
José está aborrecido. Faz 15 anos que começou a trabalhar feito um mouro e pouca
coisa mudou, faz sempre a mesma coisa e a remuneração pouco varia. Há muito tempo
5
terminou o Ensino Médio e fez um ou dois cursos para reciclar. Nada mais. Mas há algo
inquietante na sua vida, quando olha para trás não consegue perceber grandes conquistas: nem
financeiras, nem profissionais e nem pessoais. Não consegue entender porque chegou até agora
sem ter algo de relevante para contar. E, para piorar, seus filhos estão exigindo um pouco mais
de sua capacidade financeira e José não consegue dar nem mesmo uma educação razoável
para eles. Tem a sensação de que deixou a vida levá-lo, sem que tivesse feito um
planejamento. Mesmo trabalhando há oito anos na empresa atual se sente fora do mercado e
teme ser demitido e não encontrar mais nada. Angustia-se quando alguns amigos, na mesma
faixa etária dele, apontam dificuldades para entrar no mercado de trabalho e vencer o
desemprego. Tem vivido uma fase de insegurança e frustração.
O dilema de José poderia ter sido evitado se, no início da sua vida de trabalho, tivesse
feito um planejamento de carreira.
Planejar significa conseguir meios de realizar algo, construir alguma coisa, adquirir um
bem. Portanto, é preciso saber o que é este algo, esta coisa, este bem. Por que tudo começa por
um objetivo. Planejar é mais do que fazer planos, e estes últimos nós fazemos todos os
momentos: “ano que vem troco o carro”, “mês que vem começo o regime”, “no próximo ano faço
um curso” e etc. Plano é algo que se pretende, mas não há um compromisso para cumpri-lo.
Segue aquela história: um dia, ano que vem, daqui a seis meses. É vago e costuma ficar no
discurso.
Com certeza nosso José teve muitos planos, mas não realizou porque não se
comprometeu em efetivar cada um deles. Portanto: “Planejamento é um processo de estabelecer
objetivos e determinar o que deve ser feito para alcançá-los”. Há muito tempo as empresas usam
de ferramentas e estratégias para planejar a sua atuação no mercado. Planejam o quanto
querem crescer, os mercados que querem atingir, os custos que pretendem cortar, as receitas
que desejam auferir e assim por diante.
Mesmo que muitos o chamem de aventureiro, Klink não considera suas viagens
aventuras e, sim, resultados de um planejamento prévio de: rotas, tempos, ventos, recursos,
preparo físico, psicológico. Nada pode fugir ao planejamento, por que isto pode custar vidas. Ele
não é um navegador: é um planejador que navega. (MUSSAK, 2003). Mas como fazer um
planejamento? Vamos aos passos:
1º. Definir o “O quê?” - afinal como planejar querer uma coisa, sem ter ideia do que é essa
coisa. É o objetivo: O que quero fazer? Alcançar? Ser? E por aí vai. O “o quê” nada mais
é do que o alvo. Como é um lugar para chegar, deve ser tangível, palpável e então nada
de abstrações: quero ser feliz, um dia acho um grande amor. Responda: Dá para saber
o dia que irá encontrar o grande amor? Não! Objetivo é: Dia 30 de Março de 2010, às
18h00, caso com o meu grande amor. Desde que já se tenha este grande amor, é óbvio.
Outro exemplo: um dia vou ser chefe. Um dia está muito longe. Agora: dentro de dois
anos quero ocupar uma função de gestão nesta ou em outra empresa. Se já tem este
prazo, o importante é definir o como chegar lá.
2º. Definir o “Por quê?” - Conhecer o “Por quê?” é tão importante quanto o “O quê?” O 8
porquê valida um objetivo. Por que quero ser gestor daqui dois anos? Por que quero
status? Por que minha família deseja? Por que será importante para a consolidação da
carreira? É uma expectativa minha ou dos outros.
3º. Definir o “Como?” - nesta fase o projeto começa a ter vida, a existir. Neste momento, se
você sabe o que quer, por que quer, o como chegar é a distância entre onde se está e o
objetivo. O como diminui esta distância. Saber “como” é o mesmo que saber “quantos
passos faltam para se atingir o resultado”.
6º. Definir “Quais recursos?” – Esta complementa a anterior, saber o quanto precisará de
recurso para atingir é tão importante quanto saber de onde estes serão retirados. O que
pode parecer pouco no início do planejamento pode pesar com o tempo à medida que
outros compromissos são assumidos paralelamente. O planejamento não envolve
somente o quanto, mas também as fontes e as contingências caso um fato inesperado
ocorra.
1) Definir os objetivos;
2) Verificar qual é a situação atual em relação aos objetivos;
3) Desenvolver premissas relativas às condições;
4) Analisar as alternativas de ação;
10
5) Escolher a melhor entre as várias alternativas;
6) Implementar o plano e avaliar os resultados.
“Se você não sabe para onde está indo, então qualquer estrada levará você lá” (Carroll).
Resta saber se este “lá” é o lugar que você desejou. Provavelmente não...
1.3 PROCESSO DE PLANEJAMENTO DE CARREIRA
Agora que já temos uma ideia do que seja planejamento, vamos entender o passo a
passo deste processo no que tange à carreira profissional (WHITE, 2008):
Ao longo deste curso, iremos desdobrar cada um dos elementos do planejamento. Por
enquanto, estamos apontando o quão é importante entendermos que sem esses conceitos fica
difícil saber por onde começar. Como um plano de carreira pode surgir em momentos diferentes
das nossas vidas, ainda daremos enfoque sobre faixa etária e o que se espera da nossa carreira
em cada uma dessas faixas, gestão de carreira e empregabilidade, o perfil dos profissionais de
hoje, responsabilidade sobre sua carreira e mudanças.
2 FASES DA CARREIRA: O QUE SE ESPERA DA CARREIRA AOS 20, 30, 40 E AOS 50
ANOS DE IDADE
15
E a morte da carreira, é possível? Sim, mas pode ocorrer em qualquer fase caso não
haja o compromisso de: alimentar, cuidar, movimentar. As pessoas que não se atentam às
tendências e permitem a estagnação estão condenadas a “morrerem” profissionalmente e serem
excluídas do mercado de trabalho. Os elementos essenciais para evitar morte da carreira, além
do que já discorrido, são: atenção às novas tecnologias, velocidade da informação, globalização,
serviços e conhecimento.
Outra visão de fases de carreira, segundo James Cabrera e Charles Albrecht Jr., da
Drake Beam Morin (apud Amaro, 2002), uma das maiores empresas de consultoria de carreira
do mundo, a carreira de um profissional se define em quatro momentos:
Conquistador: Vai dos 20 aos 30 anos, quando o profissional está no início de carreira e
objetiva ganhar dinheiro para pagar sua graduação, pós-graduação, cursos de idiomas e
aperfeiçoamento, além de querer conquistar sua independência e ter seu próprio lar,
automóvel etc. Nesta fase, o profissional não é tão seletivo e corre mais riscos na busca
de novas oportunidades. Como é o início da inserção no mercado de trabalho, o
profissional ainda está “testando” as oportunidades que aparecem. Para a maioria das
pessoas é uma estágio mais operacional.
Maturidade: Vai dos 30 aos 45 anos, quando a tendência a desafios diminui e o
profissional preocupa-se mais com a qualidade de vida, segurança e as necessidades
familiares. Esta é a fase de consolidação da carreira e o profissional encara cada
oportunidade como um projeto. Este profissional é capaz de avaliar seus resultados
frente ao que foi planejado e admite possíveis falhas ao alcançar as metas
estabelecidas.
18
Pináculo: Vai dos 45 até 55 anos, quando o profissional deve atingir o cume da carreira.
Em razão da experiência, do conhecimento adquirido e da situação financeira, este
profissional encontra-se no período mais gratificante. As pessoas que conseguem
chegar nesta fase com uma situação confortável planejaram, ajustaram e realinharam a
carreira quando necessário e chegam a este estágio com sentimento de satisfação e de
realização. Mas é preciso cuidado para não deixar que ela impeça o aprimoramento com
cursos, palestras e reciclagens, mantendo assim o nível de competência.
Fruição: Fruição significa desfrute, o profissional já deve estar com mais de 55 anos.
Pode ser a melhor fase de toda a carreira, desde que a pessoa tenha se antecipado aos
fatos e planejado sua vida. É aquele período em que a pessoa pode aproveitar tudo o
que conquistou na vida, sem se preocupar com desafios ou dinheiro.
Mas, sabemos que a realidade não nos mostra um “conta tão redonda”. A maioria das
pessoas que passaram dos 35 anos de idade e não fizeram um planejamento, vivem em um mar
de incerteza. Acima dos 40 anos podem viver num desespero. Não falamos desta forma como se
fosse algo definitivo, mas podemos dizer que quanto maior for nossa idade, a conta pelo não
preparo na juventude pode ser muito difícil de pagar. Se fizermos um paralelo entre a visão de
Farias e James Cabrera e Charles Albrecht Jr., a comparação poderia ser:
Quadro Comparativo entre as visões de Farias e James Cabrera e Charles Albrecht Jr.
Lógico que variações podem ocorrer, alguns poderão atingir essas fases em idades
diferentes, porém as referências são estas. Com estas referências podemos entender que para
cada faixa etária é necessário o atendimento a essas expectativas, porque estes perfis são
dados que as empresas fornecem.
Nos anos 80, havia abundância de empregos industriais bem remunerados em setores
de: siderurgia, automóveis, borracha para os diplomados em escolas técnicas, secundárias,
dotados de aptidões mínimas. Um jovem nesta época, formado em uma escola técnica,
conseguia uma colocação imediata e com bom salário em uma empresa de siderurgia, por
exemplo.
Outra situação: uma pessoa com ensino médio, nesta mesma época, poderia arrumar
um emprego em um banco, como escriturário. Quem já passou dos 30 anos de idade pode se
recordar da quantidade de “caixas” que existiam nos bancos. As exigências da época?
Basicamente: datilografia. Mas estes empregos desapareceram (assim como a profissão
Datilógrafo) à medida que as empresas mudaram suas formas de trabalho, os empregos fabris
deram lugar às automatizações, robôs e outros. (Robbins, Administração: Mudanças e
Perspectivas, 2003).
O impacto do desenvolvimento tecnológico, a globalização das economias, as
profundas mudanças radicais nas empresas modificaram completamente a forma de conquistar
um emprego. Essas mudanças aceleradas no mundo do trabalho transformaram do perfil do
trabalhador exigido pelas empresas de vários segmentos. Além disso, ocorreu também o fim do
contrato vitalício entre empregador e empregado, onde as empresas ofereciam pelo menos
alguma segurança no emprego em troca de desempenho adequado e algum sinal de fidelidade.
Atualmente isso já não ocorre mais, com o advento dos novos modelos de gestão 20
como o downsizing, eliminação dos níveis hierárquicos, rightsizing, demissões e reestruturações,
o que se espera é que cada trabalhador busque sua empregabilidade. Em outras palavras, é
preciso que cada indivíduo não fique preso a apenas um emprego, a uma única empresa ou a
uma só trajetória de carreira. O que importa agora é possuir competências competitivas exigidas
para encontrar trabalho quando for necessário, onde quer que haja uma oportunidade que possa
ser aproveitada. (MALSCHITZKY, 2010).
Os profissionais de hoje devem preocupar-se mais com competitividade,
conhecimento, educação. Nesse sentido deve orientar-se para: flexibilidade, criatividade,
informação, comunicação, responsabilidade, empreendedorismo, socialização e tecnologia.
(MUSSAK, 2003).
O antigo O novo
Cargos fabris eram de baixa qualificação, mas Cargos de baixa qualificação são mal pagos.
bem remunerados.
Jack Welch (Welch, 2005), em seu livro “Paixão por Vencer”, diz: “Emprego certo:
encontre-o e nunca mais trabalhará”. Mas será que existe emprego certo? Como o mundo do
trabalho é cheio de altos e baixos, ao aceitar uma oportunidade você se depara com situações
das quais gosta ou não gosta, e essa situação se repetirá até o momento em que conseguir
achar um lugar que “se pareça com você”.
Por isso o planejamento é importante, pode lhe dar o direito a escolhas. Mas como
fazer a melhor escolha? Como buscar o emprego certo? É um tanto complicado ensinar como
achar o emprego certo, mas é possível indicar quando está no emprego errado. Observe a
tabela, retirada na íntegra do livro de Welch:
Se ao ler a tabela proposta por Welch, você se identificou mais com a coluna dos
preocupados, é bom pensar em Mudanças. Vamos entender os principais motivos para as
pessoas quererem mudar de emprego.
imperativo para que o trabalho em equipe saia a contento. Além disso, empresas que cultivam a
competitividade acabam tomadas por sentimentos que minam a motivação dos funcionários,
como raiva, medo e inveja.
Falta de novos desafios: Os jovens são os principais acometidos deste problema.
Chegam à empresa com muita vontade de fazer acontecer e buscam a superação a todo o
momento. Para estes e outras inúmeras pessoas, desenvolver as mesmas atividades, lidar com
rotinas é uma penitência.
Perda de respeito com relação ao chefe: Trabalhar diariamente com uma pessoa
e ter que receber ordens de alguém que não se tem respeito não é fácil.
A empresa não tem futuro: A escolha por este motivo para troca de emprego
inicia a partir da percepção de que os negócios de empresa estão ruins e com poucas chances
de melhora.
Falta de perspectiva: É importante ressaltar que quando não há perspectivas de
crescimento, ou os cargos mais interessantes ou pertencem a familiares ou simplesmente não
existem, as possibilidades de crescimento se esgotam.
Qualidade de Vida: Muitas pessoas, por terem uma carga de trabalho muito
pesada, com pouco tempo destinado à família e a si mesmo, acreditam que a mudança de
emprego é a melhor saída. Na maioria dos casos procuram novas oportunidades com salários
24
mais baixos, mas com compensação em qualidade de vida.
Abaixo segue um roteiro básico para decidir ou avaliar se a troca é válida, ou seja, está
no momento certo (Avediani, 2009):
1º Análise:
25
26
Pesquisa: O preparo para uma entrevista começa com uma pesquisa sobre a
empresa, ramo, atividade, missões, valores, porte, etc. Procure toda informação
necessária para fortalecer os seus argumentos no momento da entrevista.
Atenção: Não queira mostrar para seu entrevistador que sabe mais do que ele,
não dispute. Use as informações com bom-senso.
Preparando-se para as perguntas da entrevista: Também exige trabalho e
pesquisa. Desenvolva uma lista de possíveis perguntas, existem livros que
discorrem sobre este assunto. A internet também fornece este tipo de
informações. Cuidado! Não decore as respostas, responder de forma artificial
compromete a sua credibilidade. Autenticidade é a palavra.
2.5 OFERTAS DE EMPREGO: BUSCA E ANÁLISE
Valores são os conceitos, ideias que temos a respeito de coisas, situações, pessoas. O
que acreditamos ser certo ou errado, o que nos leva a tomar decisões ou fazer julgamentos.
Sabemos usá-los, mas não sabemos descrevê-los, não identificamos. Estão enraizados dentro
da gente, foram plantados pela nossa cultura, religião, família e não nasceram de nós.
Decisões são tomadas de forma errada porque existe a crença em “valores distorcidos”
que não trarão felicidade. A felicidade não vem de fora para dentro e sim de dentro para fora.
Não se pode esperar que o mundo diga o que te faz feliz: só quem pode te dar esta resposta é
você! Baseado nas suas crenças reais, o que é seu, o que está dentro de você, isto é, o que é
natural, sem a influência de nada e ninguém.
Um exercício a ser feito para dar início à identificação dos valores é pensar em vários
aspectos da vida, tais como: família, trabalho, relacionamento, espiritualidade. Quais são os
valores centrais em cada uma destas áreas? Tente enumerar pelo menos cinco princípios
relacionados a estes fatores. Quando queremos identificar valores, precisamos pensar naquilo 32
que praticamos e não o que só deixamos no discurso:
1.
2.
3.
Família
4.
5.
1.
2.
3.
Trabalho
4.
5.
1.
2.
3.
Relacionamento
4.
5.
1.
Espiritualidade 2.
3.
4.
5.
O autoconceito reflete o modo peculiar com que cada indivíduo organiza suas metas
pessoais, suas competências, suas crenças e seus valores.
33
Sabemos que os pontos fortes e fracos são resultados da nossa personalidade. Uma
pessoa demonstra sua personalidade por meio de suas atitudes, ou seja, com seu
comportamento a pessoa revela como ela é, portanto, fazer uma autoavaliação quanto às
características pessoais e de personalidade pode fazer com você possa fazer uma escolha mais
assertiva no campo profissional.
Sede de controle: algumas pessoas creem que são donas do próprio destino e outras se
sentem como mais uma na multidão, acreditando que aquilo que acontece na sua vida é sorte ou
acaso. O primeiro tipo foi chamando de internalizado e o segundo de externalizado. As pessoas
com comportamento externalizado são menos satisfeitas e envolvidos com seus cargos e suas
funções; essa insatisfação pode ser explicada por indivíduos que consideram ser pouco dotados
de controle sobre os resultados organizacionais.
Os internalizados, por sua vez, já acham que os resultados das organizações estão
diretamente ligados às suas ações. Os internalizados são mais ativos, mais empenhados em
controlar o ambiente, no entanto, os externalizados são mais complacentes e dispostos a
obedecer a ordens. Como consequência, os internalizados têm melhor desempenho, ocupam
funções e executam tarefas mais sofisticadas, e os externalizados já se sentem melhor em
cargos rotineiros e nos quais o sucesso dependa somente da obediência às ordens. E você, é
externalizado ou internalizado? 34
Avalie sua sede de controle no teste abaixo. Foi retirando do livro de Robbins
(Administração: Mudanças e Perspectivas, 2003) e é uma avaliação de autoconhecimento sobre
seu locus de controle:
Instruções: Leia as declarações a seguir e indique se você concorda mais com a opção A ou B.
A B
Quando se sabe lidar com as pessoas, é Eu tenho pouca influência sobre o modo
6 6
realmente muito fácil conduzi-las. como as outras pessoas se comportam;
As notas que tiro decorre de meus Às vezes sinto que tenho pouco a ver
7 7
próprios esforços; a sorte tem pouco ou com as notas que obtenho.
nada a ver com isso.
FONTE: Robbins, adaptado de Rotter, J. B: External Control and Internal Control, 1971.
36
3.2 TIPOS DE PERSONALIDADE
Tipo A: São movidas pela urgência. São pessoas que se esforçam agressiva e
incessantemente em realizar mais e no menor tempo possível. Estão sempre correndo
contra o tempo e fazem mais de uma atividade de uma só vez. Estão sempre em
movimento, andando, comendo depressa, são impacientes com o ritmo das coisas,
fazem várias coisas ao mesmo tempo, não conseguem relaxar e curtir o lazer e são
orientados por números.
Tipo B: Esses são tranquilos. Totalmente opostos aos anteriores, raramente estão
envolvidos em um esforço crônico e incessante de realizar sempre em mais em menos
tempo. Nunca sofrem de uma sensação de urgência, não tem necessidade de expor
seus feitos, são divertidos e relaxados e fazem isso sem culpa.
37
A capa da revista Você S/A de maio de 2009 enfatizava a importância da comunicação:
“O principal desafio na carreira hoje é se comunicar direito”. Parece óbvio, mas se comunicar
bem é fazer a mensagem chegar até o ouvinte, sem distorções do conteúdo:
Escolher as palavras certas e falar com clareza. Aprender a escutar e entender o que
as outras pessoas dizem. Estar atento aos gestos, aos movimentos e às expressões
que revelam mais sobre alguém do que as palavras. Essas atitudes formam a receita
básica de uma comunicação eficiente, algo fundamental para quem pretende ter um
bom desempenho no trabalho. (Revista Você S/A, maio de 2009, p 46.).
Para falar: Você precisa ser claro, para isso é necessário conhecer o ouvinte. Fale a
língua dele. Todo o seu discurso deve ser adaptado à faixa etária, formação, interesses
e expectativas do ouvinte. Falar bonito é ótimo, falar claramente é necessário. Duas
personalidades foram eleitas pela sua capacidade de se comunicar: Lula falava a
linguagem dos trabalhadores e as pessoas sentiam que podiam confiar nele. Obama é
outro exemplo. Como você acha que um negro mulçumano poderia ser eleito nos EUA?
Comunicando-se bem as pessoas confiavam no seu discurso.
Para ouvir: Evite tirar conclusões precipitadas. Ouça até o fim, isso ajuda o
entendimento. Guarde a informação, perguntar algo que já foi dito é um sinal claro de
falta de atenção. Se a memória não é boa, anote. Seja empático, tenha interesse pelas
pessoas. Estimule-as a darem ideias e sugestões.
Escrever: é muito diferente do que falar. Quem escreve deve respeitar as regras
mínimas de construção das frases. Outro dia fomos testemunha de como saber escrever
pode dizer muito sobre você. Estava acontecendo uma situação em uma operação de
uma multinacional. Vários e-mails tinham sito enviados questionando aquela situação,
até que um chegou à caixa postal de um supervisor e ele respondeu prontamente: “Isso
não é da minha ossada”. Imagine o impacto desta resposta em toda a empresa, já que
várias áreas estavam envolvidas no processo. Se ele tivesse escrito alçada, teria
passado despercebido, mas ossada fez dele o assunto dos corredores. Então, a
primeira forma de aprender a escrever é ler. Depois de redigir suas mensagens, releia
suas mensagens antes de enviá-las. Peça ajuda a outras pessoas.
Corpo: Uma posição inclinada para frente, braços e olhar em direção a quem está
ouvindo demonstra interesse. Por outro lado, ombros caídos, braços fechados e corpo
inclinado para trás podem indicar o efeito contrário ou reatividade, defensividade.
Sugerimos a leitura do livro “O Corpo Fala”, de Allan e Barbara Pease.
Voz: Tom, volume e entonação são os elementos que fazem a grande diferença no
discurso. Imagine alguém dizendo: “Vamos lá pessoal, vamos arrebentar!”, com voz
baixa e fraca. Não tem ser humano que acredite nesta “empolgação toda”. Agora
imagine a mesma frase dita com energia e em um tom alto. Modifica completamente a
recepção e a reação dos ouvintes. O interessante é saber usar os elementos
adequando-os a cada situação.
Para medir como está sua comunicação, sugerimos o teste abaixo, retirado da Revista
Você S/A, de maio de 2009.
Responda as questões de acordo com a forma que você realmente se comporta e não como
acha que deveria ser.
A B C
1. Ao se preparar para falar você leva em conta as aspirações
(benefícios financeiros, segurança e prestígio) e o perfil dos
ouvintes (nível hierárquico, conhecimento sobre o assunto e
faixa etária).
Ou seria melhor dizer: o que motiva você? Dinheiro? Reconhecimento? Poder? Status?
Liberdade? As pessoas têm motivações diferentes e igualmente existe uma quantidade de
teorias que explicam a motivação. Chiavenato assevera que as três premissas que explicam o
comportamento humano no campo motivacional são:
A Pessoa
Necessidade
Estímulo Objetivo
Tensão
Desconforto
A motivação começa quando surge uma necessidade, a partir deste momento se inicia
o ciclo motivacional. A necessidade é a força motriz e provocadora do comportamento. Toda vez
que surge uma necessidade, esta rompe o estado de equilíbrio do organismo e gera o
desconforto, levando o indivíduo a agir com intuito de descarregar esta tensão. Se a ação
geradora do comportamento for eficaz, a necessidade é satisfeita e retorna-se ao estado de
equilíbrio. Dentro do ciclo motivacional nem sempre a necessidade é satisfeita, pode ser
frustrada ou compensada.
42
A hierarquia das Necessidades de Maslow
a) Fatores higiênicos: são os fatores que estão fora da pessoa, mas ela pode interferir.
Higiênico é o mínimo que se pode esperar em um ambiente de trabalho. Dentro dos
fatores higiênicos podemos citar: condições de trabalho e conforto, políticas da
organização e administração, relações com o supervisor, competência técnica do
supervisor, salário e remuneração, segurança no cargo e relação com os colegas.
b) Fatores motivacionais: Esses fatores são intrínsecos, estão dentro do indivíduo, envolve
sentimentos de: realização, autoestima, liberdade de decisão, reconhecimento, liberdade
para decidir.
A abordagem e Herzberg e Maslow apresenta pontos de concordância que permitem e enfatizam
que os fatores motivacionais são desprezados ou negligenciados pela empresa na tentativa de
obter elevados índices de produtividade e desempenho.
A motivação
Relação percebida entre produtividade e Recompensas
de produzir é
alcance de objetivos.
função
Capacidade de influenciar sua produtividade. Relação entre expectativas e
recompensas
45
a) Expectativa: uma perspectiva de esforço-desempenho. Maior esforço levará a bom
desempenho.
b) Instrumentalidade: a percepção de desempenho-resultado. Bom desempenho levará a
determinados resultados ou recompensas.
c) Valência: O valor da recompensa.
Teoria ERC
Essa teoria foi proposta por Clayton Alderfer e afirma que existem três grupos de
necessidades centrais – Existência, Relacionamento e Crescimento –, daí ERC. O grupo
existência diz respeito aos mesmos itens de Maslow que se referia a necessidades fisiológicas e
de segurança. Relacionamento diz respeito ao desejo de manter relações interpessoais. Estes
desejos de sociabilidade e status exigem interação com os outros e correspondem em Maslow à
necessidade de associação e autoestima. Crescimento é um desejo intrínseco de
desenvolvimento pessoal e com autorrealização.
David McClelland dedicou grande parte de sua carreira a três necessidades que ele
considerava como fontes particulares de motivação:
Realização: conforme já falamos, é a necessidade de se realizar, esforçar-se para ser
bem-sucedido.
Afiliação: Desejo de amizade e relações interpessoais;
Poder: de fazer os outros se comportarem de maneira que, em outras circunstâncias,
não se comportariam.
Instruções: Para cada uma das 15 declarações seguintes, circule o número que mais se
aproxima daquilo que você sente. Considere suas respostas no contexto de seu cargo atual ou
experiência anterior ao trabalho. Resultado no final deste módulo.
Discordo Concordo
Totalmente Totalmente
47
1. Eu me esforço muito para melhorar o meu 1 2 3 4 5
desempenho no trabalho.
4. Gosto de desafios.
Uma equipe de trabalho gera sinergia positiva mediante o esforço coordenado para
alcançar um objetivo e, por esse motivo, as empresas têm recentemente estruturado seus
processos de trabalho em torno das equipes. Mas não é fácil desenvolver uma equipe com
48
sinergia positiva e orientada para o resultado. Apesar dos resultados serem medidos pelo
desempenho do grupo, ainda dentro das equipes há competitividade individual que pode
atrapalhar o processo de desenvolvimento das mesmas. E você, tem habilidades para trabalhar
em equipe?
3. Se você quer que alguma coisa seja bem feita, você mesmo
1 2 3 4 5 6 7
deve fazê-la.
6. A vitória é tudo. 1 2 3 4 5 6 7
7 51
3
Administração empobrecida
(1,1). .Empenho de esforço Administração autoritária
mínimo para conseguir (9,1). A eficiência nas
2 realizar o trabalho exigido. É operações resulta da
apropriado manter os organização de condições de
membros na organização trabalho, de tal forma que os
elementos humanos
interfiram em grau mínimo.
1
1 2 3 4 5 6 7 8 9
52
S F ? R N
O fator decisão para as organizações tem um peso relevante. Como tudo acontece
com velocidade é necessário que as decisões sejam tomadas rapidamente e de forma assertiva.
Mas cada pessoa tem seu próprio estilo de decisão. O modelo dos estilos de decisão identifica
quatro diferentes abordagens. Foi criado para ser usado por gerentes e aspirantes, mas sua 55
estrutura pode ser usada para qualquer tomador individual de decisão.
Seu principal fundamento é o reconhecimento de que as pessoas diferem segundo
duas dimensões. A primeira refere-se ao modo de pensar: algumas são lógicas e racionais,
outras são intuitivas e criativas. A outra se refere à tolerância à ambiguidade: algumas pessoas
buscam minimizar a ambiguidade, enquanto outras conseguem processar muitos pensamentos
ao mesmo tempo. Destas duas dimensões são definidos quatro tipos de tomada de decisão:
diretivo, analítico, conceitual e comportamental.
Alta
Tolerância à Ambiguidade
Analítico Conceitual
Diretivo Comportamental
Baixa
Modo de pensar
Racional Intuitivo
Analítico: São tolerantes à ambiguidade, buscam informações mais que os diretivos, são
cautelosos e dotados de adaptação a situações novas. 56
Embora estes quatro estilos de decisão sejam diferentes, a maioria das pessoas pode
apresentar características que podem recair em mais de uma. Então, o que se deve levar em
consideração é o estilo dominante, qual estilo é mais aplicado nas situações de decisão. E, você,
sabe qual é o seu estilo de decisão?
Autoconhecimento: Qual é o seu estilo de decisão?
Instruções:
2. Dê notas às suas quatro respostas, inserindo um desses números em cada campo das colunas I a IV.
3. Em uma determinada linha NÃO repita nenhum número. Por exemplo, os números que você poderia
usar para responder determinada pergunta poderiam figurar na linha como 8-2-1-4, MAS NÃO como 8-8-
1-4.
4. Ao responder às perguntas, pense em como você NORMALMENTE age em sua situação de trabalho.
5. Use a primeira coisa que vier à sua mente ao responder a pergunta. Suas respostas devem refletir
como você sente as perguntas e como você prefere fazer, não o que você acha que poderia ser a coisa
certa a fazer.
6. Não há nenhum limite de tempo para responder às perguntas e não há resposta certa ou errada.
60
Autoconhecimento: Até que ponto você é bom para lidar com mudança associada ao
trabalho?
C – Eu não teria uma reação de um tipo ou de outro diante dessa característica, ou ela seria
igualmente agradável e desagradável;
Declaração Resposta
Parece haver muito pouca relação em meu trabalho entre a qualidade de meu
desempenho e meu salário e benefícios adicionais.
Como tenho de fazer uma reunião em que todas as pessoas que se reportam a
mim estejam presentes, minha secretária leva quase um dia inteiro para
encontrar um horário em que todos nós estejamos disponíveis.
A formação universitária que obtive para me preparar para este tipo de trabalho
agora é obsoleta e provavelmente deverei voltar a estudar.
Toda semana viajo e passo pelo menos uma noite fora da minha cidade.
Eu tenho muitas ideias sobre como fazer as coisas funcionarem melhor, mas não
tenho nenhuma influência direta nas políticas da empresa ou nas políticas de
recursos humanos que governam minha divisão.
O computador que tenho em meu escritório pode ser monitorado nos escritórios
de meus chefes sem meu conhecimento.
Na Revista Você S/A de março de 2009, em uma matéria sobre opção de escolher
uma carreira técnica ou gerencial, a indicação leva em conta a forma como você se comporta
(Manso, 2009):
63
Você deve investir na carreira gerencial se:
Chegamos ao fim deste módulo acreditando que estas informações são importantes
para quem quer dar um rumo na sua carreira, ou que quer dar uma guinada em sua vida
profissional. Poderíamos explanar sobre uma série de comportamentos desejáveis e que as
empresas buscam, mas os especificados aqui são as qualidades que podem te colocar na linha
de frente na preferência das empresas.
Ao desenvolver estes aspectos, as suas chances de conseguir êxito na vida pessoal e
profissional são maiores. Outros aspectos também interessantes aliados a estes poderão
fortalecer ainda mais as possibilidades de promoção ou resultados positivos em um processo
seletivo. Descubra seus limites, desejos, medos e aspirações sinceras. O ideal seria identificar o
seu perfil, ou seja, identificar seus comportamentos e verificar quais profissões se encaixam
melhor em você.
3.9 RESULTADO DOS TESTES
Marque um ponto para cada uma das seguintes escolhas: 1B, 2A, 3A, 4B, 5B, 6A, 7A, 8A, 9B e
64
10A. Eles podem ser interpretados da seguinte forma:
8-10 = sede de controle muito interno.
6-7 = sede de controle moderadamente interna.
5 = misto
3-4 = sede de controle moderadamente externa
1-2 = sede de controle muito externa
7 1 2 5
8 5 2 1
Autoconhecimento: O que motiva você?
1 2 3
65
4 5 6
7 8 9
10 11 12
13 14 15
Inverta as pontuações para os itens 1 a 10, 12 e 18 a 20. (Ou seja, 1=7; 2=6; 3=5; 5=3 e
assim por diante). Agora, some suas respostas para calcular seus pontos. Sua
pontuação total estará entre 20 e 140.
Quanto mais alta ela for, maior sua orientação coletivista e, portanto, as pontuações
altas são mais compatíveis com a grande participação na equipe.
66
Autoconhecimento: Até que ponto você é orientado para o poder?
Para obter sua pontuação de orientação para o poder, some os números que você
circulou nas perguntas 1, 3, 4, 5, 9 e 10. Para as outras quatro questões, inverta os
números que você circulou: 5 se torna 1, 4 é 2, 2 é 4, e 1 é 5. Some os 10 números para
calcular seus pontos.
Autoconhecimento – Até que ponto você é bom para lidar com mudança
associada ao trabalho?
Marque 4 pontos para cada A, 3 para cada B, 2 para cada C, 1 para cada D e 0 para
cada E. Compute o total, divida por 24 e arredonde para uma casa decimal. Embora os
resultados não pretendam ser mais do que sugestivos, quanto mais alta sua pontuação,
mais à vontade você parecerá estar com a mudança. O autor do teste sugere que você
analise os pontos como se fossem conceitos médios. Dessa maneira, uma nota 4,0
equivale a um A, 2,0 equivale a um C e as notas abaixo de 1 equivalem à “bomba”.
67
4 MARKETING PESSOAL E NETWORKING
O sucesso da empresa não é determinado pelo produto, mas pelo consumidor. Mais
uma vez, colocando a pessoa como produto principal, observa-se que o indivíduo não pode se
posicionar como um elemento isolado, mas sim como benefícios que traz para a sociedade
consumidora do seu trabalho e ideias. Para se determinar o sucesso de nossas ações, é
necessário olhar a satisfação de quem compra o produto.
Marketing Pessoal pode ser definido como uma estratégia individual para atrair e
desenvolver contatos e relacionamentos interessantes do ponto de vista pessoal e profissional,
dar visibilidade a características, habilidades e competências relevantes na perspectiva da
aceitação e do reconhecimento por parte de outros. Mas afinal, como posso fazer meu o
marketing pessoal?
Convenções é tudo que aceito como consentimento geral, como forma de proceder e
agir. Nem sempre são regras formais, mas todo mundo está acordado que aquela é uma forma
errada ou certa de agir, falar, se comportar. Não precisamos dizer a ninguém que em uma igreja
não se entra de biquíni. Todos nós temos uma ideia do que se usa em uma determinada ocasião
e isso vira regra.
Mas, existe um padrão que é aceitável por boa parte das pessoas. É por isso que
cultivar boas maneiras, seguindo cuidadosamente o protocolo social, é o grande segredo para
ter um marketing sólido e eficiente.
COMO AS PESSOAS NOS ENXERGAM
Filtro da percepção
Uma declaração de missão deve conter os seguintes aspectos: Quem é você? O que
representa para as outras pessoas? Qual seu legado? Qual o significado de sua vida? O que
você é agora, no presente. Um exemplo de missão: “Tornar as pessoas felizes” (Walt Disney).
Você consegue enxergar Walt Disney como algo longe da alegria? Não, só conseguimos
relacionar Disney e o seu mundo com: entretenimento, diversão, alegria, cor, etc. Esta é a marca
da Disney (Vamos falar sobre construção de marcas logo mais).
A visão indica onde você quer estar, ou como você quer estar dentro de um
determinado tempo. Não chega a ser um objetivo específico, mas deve representar um ponto de
referência, com poder de manter a motivação e o sentido durante o tempo em que você estiver
se dedicando a chegar lá:
Uso do tempo de forma correta: Definir as prioridades do que é necessário ser feito e
ter o controle destas ações é um caminho duro. Mas não priorizar nada acaba tornando o
caminho árduo e penitente. Para fazer isso é preciso saber fazer a distinção entre importante e
urgente, estabelecer a diferença entre os dois é crucial para instituir prioridades coerentes. A
falta de organização e determinação das prioridades faz com se perca a maior parte do tempo
“apagando incêndios”, ou seja, tratamento de urgências. Mas tudo que é urgente, com certeza foi
negligenciado. A atividade vai sendo procrastinada e postergada até chegar o limite e então sua
resolução se torna urgente. O trabalho e a atenção às coisas importantes, mas não urgentes,
garantirão que as mesmas serão “bem tratadas” e resolvidas por completo, evitando com que se
tornem urgentes no futuro, e provavelmente não serão “bem tratadas”, o que comprometerá a
credibilidade de quem executou. E se compromete a credibilidade, compromete a imagem
pessoal.
72
O benefício do estudo: Estudar e buscar novos conhecimentos faz com que o indivíduo
sempre esteja preparado para novos desafios, ato comum a pessoas que buscam sucesso.
Segundo Davidson, até quando se viaja, a negócios ou a lazer, deve-se aproveitar esse tempo
para reflexões e busca de novos conhecimentos. O conhecimento pode ser adquirido a partir de
muitas fontes. Na era da informação, estas estão distribuídas em todos os meios e cada vez a
velocidade de entrada de novas mudanças, inovações é cada vez maior. Educação e
treinamento têm que ser contínuos. Não existe forma de recuperar um dia sem aprendizado.
(FALCONI, 2004)
A imagem e as atitudes pessoais: contam, e muito, para uma pessoa que pratica
marketing pessoal, pois explicita a característica do produto chamada pessoa. Sobre imagem
temos os seguintes aspectos:
Ética
Do caráter SER
200 anos 70 anos
Da personalidade A - PARECER
Caráter Personalidade
Integridade;
Humildade;
Fidelidade;
SER
Temperança;
Coragem;
Justiça;
A Ética da Personalidade considera como características para o sucesso:
Personalidade;
Imagem Pública; PARECER
Atitudes; APARECER
Comportamentos;
Habilidades e técnicas para a interação humana. 74
Aplicando estes na nossa vida profissional, com certeza você já deve ter ouvido: “Não
basta ser honesto, é necessário parecer honesto”. Não basta ser competente, é preciso parecer
competente. O poder da imagem é tão grande que uma imagem ruim pode te impedir de
participar de um processo seletivo ou ser excluído de um grupo, mesmo que você preencha
todos os requisitos da vaga. Pode parecer preconceito, mas é só lembrar-se das convenções e
das percepções. Esses dois elementos configuram a impressão e mesmo que você não acredite
“a primeira impressão é a que fica”.
Para cada ambiente, um tipo de roupa. Um escritório de advocacia exige trajes formais,
uma empresa de publicidade pode ser flexível e usar trajes menos formais. Mas, qualquer que
seja o ambiente exige bom-senso e cuidado. O mesmo se aplica a acessórios: prefira os
delicados. Use preferencialmente os “pés guardados”, com calçados fechados e bem tratados.
Seu cabelo, unhas e pele podem ser entendidas como acessórios! O asseio pessoal será
avaliado pela aparência de sua barba, pelo cuidado com suas unhas e cabelo.
Postura: Diz respeito à sua linguagem corporal, gestual e voz. Para entendermos o poder da
linguagem corporal de acordo com as pesquisas, esse é a porcentagem de impacto de uma
mensagem sobre o ouvinte: 7% - Verbal (o que a pessoa diz ou escreve), 38% - Vocal (tom de
75
voz, inflexões e outros sons) e 55% - Não Verbal (gestos e movimentos). (WEEIL e
TOMPAKOW, 2001).
Sobrancelhas:
Olhos: “Os olhos conversam tanto quanto as línguas que utilizamos, são “as janelas da alma”.
Lábios:
Mãos:
Fechadas = agressão, ódio, insegurança.
Abertas = afastar o perigo, a ameaça ou oferecer, concordar.
Mãos cruzadas para trás = não se concorda com o alvo da discussão.
Mãos na frente da boca = deseja falar algo, mas não sabe como fazer.
Mãos sobre a mesa = dedicado aos negócios ou querendo negociar.
Mãos juntas sobre o colo ou estômago = um gesto de proteção.
Mãos nos quadris = chamar a atenção, provocativo ou duro, entretido ou ansioso para 76
entrar no assunto principal.
Mãos nos bolsos = estar em contato com o próprio corpo, reconfortador, busca de
equilíbrio frente a uma possível insegurança.
Afrouxar o colarinho = pode ser sinal de que foi pego em uma mentira.
Coçar o pescoço/coçar o nariz = indica dúvida ou incerteza.
Esfregar o olho = tentativa de bloquear a falsidade, dúvida ou mentira que vê, ou evitar
olhar para a pessoa para quem está contando a mentira.
Esfregar o queixo = é um sinal de que o ouvinte está tomando uma decisão.
Pegar na orelha = demonstração adulta de que não está de acordo com o que está
sendo dito.
Mão apertada = firmeza, coragem, não há restrições.
Mão frouxa = fraqueza, receio, medo de ser envolvida.
Aperto de mão com invasão de território (uso da mão esquerda segurando o braço) = a
mão esquerda de quem toma a iniciativa do aperto de mão representa uma invasão da
zona do receptor
Inclinação do corpo:
Para frente = interessado em alguém ou algo
Contrária = desinteresse
Sentar-se na beira da cadeira = quer levantar-se e ir embora ou não está à vontade
Somando tudo:
Dar um aperto de mão frouxo, sorriso sem graça, desviar demais o olhar do seu
interlocutor e manter o seu corpo inclinado para trás na defensiva. Esses gestos
somados indicam insegurança.
Andar cabisbaixo, posturas subservientes: ombros caídos, olhar para baixo, costas
curvadas, expressão de desamparo. Esses gestos indicam subserviência.
Olhar altivo, nariz empinado, queixo erguido, indicam superioridade.
Gestos exagerados com as mãos também não são bons, se não souber o que fazer com
elas, tente descansá-las no colo de forma relaxada.
Braços cruzados e corpo recuado para trás indicam discordância. Preste atenção no seu
interlocutor e perceba qual está sendo sua receptividade. 77
Poderíamos enumerar uma série de gestos, mas indicamos a leitura do livro “O Corpo
Fala”, mencionado nas Referências Bibliográficas deste curso, para que você conheça a
importância da linguagem corporal, pois ela grita e fala muito mais que mil palavras.
Imagine a seguinte situação: Paulo está em busca de um vendedor para a sua loja.
José e Pedro se apresentaram como candidatos. Ao adentrar a loja de Paulo, José entrou
olhando para baixo, apresentava os ombros caídos e seu aperto de mão foi frio e frouxo. Paulo
pediu para José aguardar. Logo, depois Pedro chegou com ar confiante, sorridente, passos
firmes e apertou a mão de Paulo com firmeza. Avalie você: Quem obteve a melhor impressão de
Paulo? O processo seletivo para Paulo começou na entrada dos dois candidatos na loja.
Obviamente, José foi descartado pela sua postura. Sem chances para argumentos.
A voz
Com relação à voz devemos nos atentar ao volume. Falar alto pode parecer
agressividade, falta de educação. Falar baixo demais pode indicar insegurança. Use o tom
indicado para cada momento. Se estiver querendo motivar as pessoas e agitar o ambiente, o tom
de voz deve ter energia. Se estiver “dando uma bronca”, deve usar um tom firme, porém
educado. O uso do tom de voz deve ser adequado ao ambiente e à situação. Com relação à
imagem e postura, essas dicas podem ajudar e muito quem está planejando sua carreira. Outro
aspecto sobre imagem e postura será indicado no próximo tópico: Etiqueta no Trabalho.
4.5 ETIQUETA NO TRABALHO
No café: Regra número 1 das conversas no café: segure até o fim para não falar mal de
ninguém. “Na avaliação de desempenho, os chefes veem esse comportamento como algo
péssimo”, diz Júlio Sérgio Cardozo, consultor de gestão, de São Paulo. Nesse caso, o melhor é
dizer diretamente suas queixas ao interessado. Assim, quando alguém tiver algo de ruim a falar
sobre você, vai lembrar-se de fazer o mesmo.
No café 2: Não conte sua vida privada no café. As paredes no trabalho não têm apenas olhos –
ouvidos também.
Correção básica: Antes de enviar e-mails, releia-os. Ou, se estiver complicado demais, peça
para alguém ler. Erros de português, embora a língua esteja em desuso entre muitos executivos,
queimam seu filme demais. “Falar português perfeito é ponto essencial para qualquer
profissional”, diz a consultora de imagem corporativa Renata Mello, de São Paulo.
Sustentabilidade: Por mais que você não se interesse por sustentabilidade, não dá para
assumir que hoje você não liga para o assunto. É básico em termos de carreira. Por isso,
desligue o computador, separe o lixo, não peça mais impressões do que você precisa e diga que
é “verde” até o fim.
Comemoração discreta: Noivou, ganhou um carro novo ou ganhou uma bolada na loteria? Vale
o mesmo. Se você quiser comemorar entre seus mais próximos, chame todos para um almoço e
conte a novidade. Mas não fique fazendo festa a cada minuto.
Existe vida lá fora: Se o seu fim de semana foi divertido e você quer compartilhar com as
pessoas mais próximas, tudo bem, mas não conte em alto e bom som para todo mundo as
coisas que fez. Além de despertar a inveja dos colegas que ficaram em casa solitários, sem
amigos, dá a impressão de que você ainda está com a cabeça fora do escritório... Ainda!
79
Festa de trabalho: No evento da empresa, beber demais e ser o último a sair, já cambaleando,
pega muito mal. Festa de firma não é festa, é trabalho. Sua imagem continua sendo monitorada
por todos os que trabalham com você (dificilmente vai ter um big boss dançando sem sapatos).
Decoração: Cuidado com as fotos na sua baia: você de sunga branca no Réveillon só é legal
para sua mãe ver. Na sua mesa ou baia, coloque uma foto da família ou sua mesmo, mas nada
muito espalhafatoso ou que chame a atenção demais. Discrição é o melhor negócio.
Por dentro da net: Entenda de tecnologia: não saber o que é uma rede social, como funciona o
iTunes ou o Facebook, enfim, coisas básicas para a sobrevivência nesse mundo tecnológico, faz
você parecer saído do Jurassic Park. Fique em dia.
Nada de “meiar”: No restaurante, mesmo que você esteja com o chefe, nem pense em dividir a
conta, caso você tenha feito o convite. Banque tudo. Mais que isso, sempre dê caixinha e nunca
reclame que o confit de pato está caro. Afinal, seus convidados devem valer o preço da conta.
Convites: Se você vai fazer uma comemoração e não quer chamar todos, tem o direito. Mas
deixe claro aos convidados que é um evento íntimo. Se alguém entre os que não foram
convidados perguntar (não deveria, mas sempre tem quem faça isso), aja naturalmente. Diga
que você só chamou os mais próximos e familiares.
Você entre os grandes: Um pouco de conhecimento geral sobre esse mundo corporativo é
bom. Saber quem são Murdoch, Steve Jobs e outros nomes dos negócios mundiais pode não
mudar sua vida, mas melhora sua conversa. E, mais que isso, inclui você na rodinha dos
chefões, que estão sempre falando dos grandes. (CORRÊA: Revista VOCÊ S/A, 2008, edição
125).
Débora Trevisan, também da Revista Você S/A, assevera que cada área tem sua etiqueta,
observe o artigo. (Texto retirado na íntegra).
“Os mandamentos de etiqueta que regem o mundo corporativo não são claros sempre. Embora
existam regras básicas que se aplicam bem em ambientes tradicionais e formais, como é o caso
do setor financeiro, e em lugares mais informais, onde uma conduta formal e “certinha” demais
pode soar estranho. ‘Além disso, como no Brasil essas regras de relacionamento e etiqueta são
mais flexíveis do que em países europeus, por exemplo, a possibilidade de errar aumenta’, diz a
consultora de etiqueta corporativa Licia Egger. Por isso, entender o clima do setor em que você
está – ou do meio que tem de circular com mais frequência – sempre ajuda a não cometer
errinhos e se adequar ao lugar. Veja o que não fazer:
81
Antes de agir, olhe em volta e veja o que as pessoas estão fazendo para saber o que é bem
aceito, para não destoar dos colegas nem ser visto como puxa-saco.
Comercial: Profissionais da área de vendas costumam passar boa parte do tempo fora do
escritório. O manual para eventos ou reuniões continua o mesmo do ambiente corporativo. O
que deve ganhar atenção são os encontros fortuitos com clientes fora do horário e ambiente de
trabalho, já que a rede de relacionamentos costuma ser grande. ‘Cumprimentar a pessoa e sair
de perto é de bom tom. Se o cliente puxar assunto, estique o papo um pouco mais. Já falar sobre
trabalho... Só mesmo se ele começar’, diz Bob Eugênio, presidente da agência Eugênio, de
marketing, de São Paulo”. (TREVISAN, 2009, p.)
E mais...
Celular: Não saia da sala e deixe seu celular tocando ou vibrando e incomodando os outros. E
mais: cuidados com os toques!
MSN, Orkut e Skype: Principalmente o Orkut, evite abri-lo no ambiente corporativo. Com relação
ao MSN e Skype, muitas empresas utilizam estas ferramentas para diminuir seus custos com
82
comunicação. Mas, atenção: é para o trabalho. O mais interessante é que se criem contas
diferentes para a empresa e particular.
De uma forma muito simples podemos dizer que Ética no Trabalho diz respeito ao seu
compromisso moral com a empresa. Normalmente, as empresas possuem o seu Código de
Conduta, que explicita a forma com que ela deseja, e por que não dizer exige, que seus
colaboradores procedam em seu ambiente. Como assevera Leão, 2009:
Ética é uma ciência que estuda a moral, procurando avaliá-la criticamente para
chegar a valores sustentáveis e universais. Essa ciência é um ramo da filosofia que
tem como objetivos maiores o bom e o bem. As organizações em geral precisam de
códigos de conduta que possam ir além dos valores e costumes individuais de seus
colaboradores, a fim de conseguirem firmar, de maneira uníssona, a imagem de
empresas sérias e elegíveis no nicho de mercado em que atuam. (LEÃO, 2009,
p.106).
Para que se seja ético no trabalho é preciso, antes de tudo, ser honesto em qualquer
situação. Outras qualidades são consideradas importantes para o exercício de qualquer
profissão, tais como: competência, sigilo, prudência, coragem, compreensão, perseverança,
humildade, responsabilidade, otimismo, solidariedade, comprometimento, respeito,
transparência, excelência etc. 83
O tão famoso Q. I. (Quem Indica) ganhou um novo nome e está muito mais elaborado:
networking. É comum se ouvir: “Só entra naquela empresa quem for indicado do chefe”. Ou: “Só
entra lá quem é peixe”. Há muitos que discordam que Q. I. é o mesmo que networking, mas a
diferença é tênue. Se você tem um bom contato em uma empresa, ele pode até não te indicar
para o chefe, mas pode te informar da oportunidade.
Hoje há inúmeros artigos e livros sobre rede de relacionamentos e todos indicam a
forma de se criar um networking eficaz. Para White (2009): “Uma rede de contatos é muito
semelhante a um jardim. Antes de plantar, o canteiro deve estar rico em nutrientes e o solo deve
ser preparado para que as plantas possam crescer”. Ainda White, para nutrir um jardim é
necessário:
Ficar atento à sua atitude: Sua atitude é positiva? Possui disposição para enriquecer
relacionamentos?
Desenvolver habilidades de relacionamento humano: Você sabe ouvir? Possui empatia?
Você transmite confiança? Aceita ajuda com cortesia?
Compromete-se com o seu próprio aperfeiçoamento? Você é orientado para seu
autodesenvolvimento?
84
Para Bottoni (2009): “No mundo corporativo, networking é uma palavrinha estratégica.
Quem sabe usá-lo tem mais chances de se recolocar no mercado, criar novas oportunidades de
negócios, contratar gente e descobrir o que as outras empresas estão fazendo”. Acredito que
estas orientações já demonstram a importância do networking. Ignorá-lo ou não dar o devido
valor a esta ferramenta é desperdiçar a sua essência, que é: oferecer apoio, orientação, direção
e conselhos que poderão durar uma carreira inteira.
E, por último, um texto bem-humorado de Max Gehringer a respeito de Networking:
Amigos que são amigos trocam sentimentos. Amigos profissionais trocam cartões de
visita. Uma amizade dura para sempre. Uma amizade profissional é uma relação de
curto prazo e dura apenas enquanto um estiver sendo útil ao outro. Amigos de
verdade estão no coração. Amigos profissionais estão em uma planilha. É bom ter
uma penca de amigos profissionais. É isso que, hoje, chamamos networking, um
círculo de relacionamentos puramente profissional. Mas é bom não confundir uma
coisa com a outra. Amigos profissionais são necessários. Amigos de verdade,
indispensáveis. Algum dia – e esse dia chega rápido –, os únicos amigos com quem
poderemos contar serão aqueles poucos que fizemos, quando amizade era coisa de
amadores e não de profissionais. (GEHRINGER, ano, p.2008).
Imagem Lapidada
Criar uma marca pessoal consistente pode ajudá-lo a ser reconhecido com mais
facilidade por suas qualidades profissionais. A construção da imagem corporativa para um
profissional é muito semelhante à da marca de uma empresa ou de um produto. Em primeiro
lugar, a marca precisa refletir para o mundo aquilo que o produto ou pessoa, neste caso, de fato,
é em essência. Em outras palavras, na hora de criar a sua marca, você precisa comunicar aquilo
que você sabe, tem ou pode oferecer ao chefe, à empresa ou ao cliente.
Um banco tradicional, por exemplo, dificilmente ficaria bem tentando vender a imagem 87
de uma empresa de internet moderninha, ou vice-versa. Com as pessoas, ocorre o mesmo. Se
você tem um perfil conservador, dificilmente conseguirá parecer natural falando gírias e vestindo
jeans e tênis. O inverso é igualmente verdadeiro. Por essas e outras é que os especialistas no
assunto são unânimes ao afirmar que todo bom trabalho de construção de marca começa com
um processo de autoconhecimento.
Quem não se conhece suficientemente bem pode cometer o erro de vender um
conceito que não consegue entregar na prática, diz Dennis Giacometti, presidente da agência de
propaganda de branding “Giacometti Propaganda”, de São Paulo. Veja a seguir as principais
dicas para descobrir suas características mais marcantes e divulgá-las com eficiência.
Discurso Adequado
Autoconhecimento
Antes de criar sua marca pessoal, é preciso conhecer bem suas características, sua
motivação, seu potencial e seu diferencial. Ou seja, é preciso saber muito bem quem você é
antes de identificar a marca e a mensagem que quer passar para o mercado. Segundo os
especialistas, uma marca pessoal eficiente não pode ser apenas uma casca que o profissional
veste quando convém. A marca pessoal é resultado do conjunto de fala, imagem e ação de uma
pessoa, diz Silvio Celestino, diretor da Enlevo, consultoria de marketing estratégico e pessoal, de
São Paulo. Portanto, é fundamental que sua marca tenha consistência e reflita, de fato, o que
tem a oferecer de melhor.
Excelência e Referência
Outro item essencial para construir uma marca pessoal eficiente é conhecer muito
bem o meio em que você está. Converse com colegas de trabalho ou amigos de outras
companhias, do setor em que atua e dos concorrentes. Além de ter conhecimento, o profissional
precisa saber verbalizá-lo. Por exemplo, ofereça ajuda a colegas que tenham dificuldades em 88
uma área que você conhece bem. É uma boa forma de fazer marketing pessoal. Quem divulga
bem sua marca muitas vezes consegue se tornar referência em algum assunto.
Plano de Negócios
O objetivo que este curso propôs era oferecer uma análise sobre o planejamento de
sua carreira e sua importância para a vida. Este trabalho buscou ser um guia com orientações
primordiais para quem deseja ter um plano de carreira e conseguir chegar o mais próximo
possível dos seus objetivos profissionais. Planejar a carreira é fornecer condições para poder 90
visualizar o futuro, quem não se planeja pode chegar “lá”, mas este lá pode ser qualquer lugar e
neste caso pode haver muita frustração.
Discorremos sobre o que as empresas esperam de você em cada faixa etária e ainda
informamos que as carreiras são como organismos vivos: nascem, crescem, amadurecem e
morrem. Aqui o morrer não é um fim definitivo, mas pode ser perpetuação. Apontamos ainda
sobre o autoconhecimento. Sem este elemento não há planejamento que possa ter sucesso.
Como planejar aonde chegar, se não se sabe aonde quer chegar?
E por fim falamos da imagem, como este elemento é importante para a criação de uma
marca – VOCÊ – que venha ser sinônima de comprometimento, competência, dedicação e
habilidades. Um verdadeiro patrimônio e um tesouro valioso para as empresas. Esperamos que
este trabalho tenha enriquecido sua jornada e que você possa daqui para frente se direcionar
firmemente ao futuro. Não será fácil, mas as recompensas são imensuráveis. Boa Sorte!
REFERÊNCIAS
AVEDIANI, R. É hora de mudar? São Paulo: Revista Você S/A, 2009. 129 ed. p. 20-31.
91
CHIAVENATO, I. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 8. ed. São Paulo:
Atlas. 2006.
CORRÊA, F. Imagem lapidada. São Paulo: Revista Você S/A, 2009. p. 62-63.
CORRÊA, F. Sem filme queimado. São Paulo: Revista Você S/A, 2008.
COVEY, S. R. Os sete hábitos de pessoas muito eficazes. São Paulo: Nova Cultural, 1989.
DAVIDSON, J. P. Faça o seu marketing pessoal e profissional . São Paulo: Madras, 2000.
FALCONI, V. O valor dos recursos humanos na era da informação. São Paulo: INDG, 2004.
LEÃO, C. Ética, o que é e como se aplica. São Paulo: Revista Você S/A, 2009.
MALSCHITZKY, N. (s.d.). A importância da orientação de carreira na empregabilidade.
Disponível em:
<http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/IIseminario/organizacoes/organiacoes_16.pdf>. Acesso em:
18 abr. 2010.
MANSO, U. A. Não quero ser chefe. São Paulo: Revista Você S/A, 2009.
p. 48-51.
92
MUSSAK, E. Metacompetência: uma nova visão de trabalho e da realização pessoal. São
Paulo: Gente, 2003.
TREVISAN, D. A etiqueta para cada área. São Paulo: Revista Você S/A, 2009.
WEEIL, Pierre; TOMPAKOW, Roland. O corpo fala. São Paulo: Vozes, 2001.