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FACULDADE ZACARIAS DE GÓES

ELISAMA QUEIROZ DOS SANTOS

FATORES QUE PROMOVEM FALÊNCIA DAS MICRO E PEQUENAS


EMPRESAS NA CIDADE DE TAPEROÁ, ESTADO BAHIA, NOS ANOS
DE 2017 Á 2019.

Valença-Bahia
2020
ELISAMA QUEIROZ DOS SANTOS

FATORES QUE PROMOVEM FALÊNCIA DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS


NA CIDADE DE TAPEROÁ, ESTADO BAHIA, NOS ANOS DE 2017 Á 2019.

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade


Zacarias de Góes, como requisito para obtenção do grau de
Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Cristóvão Pereira Pinto

Valença- Bahia
2020
ELISAMA QUEIROZ DOS SANTOS

FATORES QUE PROMOVEM FALÊNCIA DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS


NA CIDADE DE TAPEROÁ, ESTADO BAHIA, NOS ANOS DE 2017 Á 2019.

Trabalho de conclusão de curso de graduação em Ciências


Contábeis, Faculdade Zacarias de Góes, como requisito
para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovado em ____ de Dezembro de 2020.


Nota ______

BANCA EXAMINADORA

______________________________________
Cristóvão Pereira Pinto – Orientador
Bacharel em Ciências Contábeis
Especialista em Consultoria Tributaria

______________________________________
Luziane Assunção
Bacharel em Ciências Contábeis
Pós-graduada em Gestão Publica
Especialista em Auditoria e Consultoria Contábeis

______________________________________
Osmando Barbosa
Licenciado em Matemática
Bacharel em Economia
Pós-Graduado em Mídias Educacionais, Metodologia da Matemática e da Física,
Gestão Financeira
Mestre em Matemática
AGRADECIMENTOS
A principio, agradeço a Deus por me proporcionar a oportunidade de iniciar os
estudos, e permanecer com saúde e estabilidade emocional. Agradeço sem segundo lugar aos
meus pais, por terem acredito no meu potencial e por terem investido em mim.

Este segundo paragrafo eu dedico a todos os meus colegas que formarão comigo, há
uns que desistiram, aos alunos da turma de administração, os quais fui colega por quatro
semestres, pois estes foram pessoas essenciais para que eu pudesse chegar até essa fase dos
estudos. Ao inicio do primeiro semestre eu descobrir um gravidez não planejada, e esses
colegas me ajudaram de uma forma muito. Em especial agradeço a Carine Andrade, pelo
companheirismo e amizade que levaremos da faculdade para vida; á Geice Assis, Yanna,
Luana, Diego, Elifelete e toda turma que organizou um lindo chá de fraldas para mim. Sou
grata também ao colega Jose Filho, que sempre me ajudou compartilhando seu conhecimento.

Sou grata á Professora Luziane Assunção, por „‟pegar no meu pé‟‟, fazendo de mim
um aluna mais comprometida. Agradeço também ao Professor Cristovão Pereira, por toda
colaboração na construção deste trabalho de conclusão e pelas aulas divertidas que tivemos,
com ensinamentos que serão para vida. Para finalizar, gostaria de agradecer a todo o corpo de
funcionários da faculdade, que sempre lutaram para que eu pudesse adquirir a melhor
qualidade de ensino e que atenderam muito bem as minhas necessidades.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 6
2 REVISÃO DE LITERATURA 7
2.1 IMPORTÂNCIA DAS MPES 7
2.2 PERFIL DOS EMPREENDEDORES 7
2.3 TENDÊNCIAS DOS EMPREENDIMENTOS 8
2.4 COMO A CONTABILIDADE E SUAS FERRAMENTAS AJUDARIAM A 8
REVERTER O ALTO NÚMERO DE FALÊNCIA
3 METODOLOGIA 9
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 9
5 CONCLUSÃO 15
REFERÊNCIAS 16
APÊNDICE 18
FATORES QUE PROMOVEM FALÊNCIA DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
NA CIDADE DE TAPEROÁ, ESTADO BAHIA, NOS ANOS DE 2018 E 2019.

Elisama Queiroz dos Santos1


Cristovão Pereira Pinto2

RESUMO

O presente trabalho visa definir alguns fatores que levam Micro e Pequenas Empresas (MPE)
a encerrar seus empreendimentos. Estudar esse tema é de grande importância para a economia
interna de um munícipio, e para a economia nacional, já que, maior parte das empresas
brasileiras se encaixa no regime de micro e pequenas empresas. O estudo aqui apresentado
refere-se a cinco MPEs, que fecharam as portas no ano de 2017 á 2019, na cidade de Taperoá-
Bahia. A metodologia aplicada utilizou de método descritivo, para coletagem de dados, em
entrevistas aos gestores. Os resultados da pesquisa foram convertidos em figuras, estes foram
de suma importância para realçar as falhas administrativas que levam o fechamento das
empresas participantes e possibilitar uma conclusão segura sobre o tema proposto.

Palavras- chave: Empreendimento. Falência. Economia.

ABSTRACT

The present work aims to define some factors that lead MSEs to close their ventures. Studying
this topic is of great importance for the internal economy of a municipality, and for the
national economy, since most Brazilian companies fit into the regime of micro and small
companies. The study presented here refers to five MSEs, which closed their doors in 2017 to
2019, in the city of Taperoá-Bahia. The applied methodology used a descriptive method, for
data collection, in interviews with managers. The results of the research were converted into
figures, these were of paramount importance to highlight the administrative failures that lead
to the closing of the participating companies and enable a safe conclusion on the proposed
theme.

Key words: Enterprise. Bankruptcy. Economy.

1
Graduanda em Ciências Contábeis pela Faculdade Zacarias de Góes. E-mail: zama-queiroz@live.com
2
Professor do Curso de Ciência Contábeis, Bacharel em Ciências Contábeis, especialista em Consultoria
Tributaria
6

1 INTRODUÇÃO

O valor das Micro e Pequenas Empresas (MPE) para economia, é assunto


indiscutível, sabe-se que este grupo é um grande gerador de riquezas para a economia
brasileira, pois correspondem a 30% no Produto Interno Bruto (PIB), são responsáveis por
mais da metade dos empregos formais, além da participação no pagamento de impostas. Entre
2016 a 2019, elas foram as responsáveis por gerar cerca de 13,5 milhões de empregos (FGV;
SEBRAE, 2020).
Na mesma intensidade que são importantes para a economia do país, as micros e
pequenas empresas (MPE) enfrentam dificuldades em se manterem ativas no mercado por um
longo prazo. Com a obtenção dessas informações, apareceu o seguinte questionamento, quais
as principais causas de falências das MPEs na cidade de Taperoá-Ba?
As razões que levam á falência de uma empresa pode derivar de muitos
acontecimentos (altas despesas, baixa demanda, falta de capital, altos encargos tributários,
falta de conhecimento no que está empreendendo, possíveis crises econômicas
nacional/local), sendo assim, não é possível atribuir o fechamento de diversas empresas a um
só fator (REEN, 2016).
No Brasil, predomina o empreendedorismo por necessidade e o empreendedorismo
por oportunidade. Diante disso, surgiu a seguinte hipótese: A necessidade de obter renda, por
diversas vezes, é a responsável pelo surgimento de novos negócios. Em situações como essa,
é natural que o empreendedor dê início suas atividades com falta de conhecimento
administrativo. Consequentemente, tal atitude pode gerar a falta de planejamento financeiro e
orçamentário; a falta de análise de mercado, o que pode ser fatal a continuidade de uma
empresa.
Segundo uma pesquisa divulgada no site do SEBRAE, somente 15% das empresas
entrevistadas procuraram sua contabilidade para elaborar um plano de negócio, 23%
procuraram apoio para gestão financeira e só 25% deles buscaram recomendações para
melhoria de seus negócios. O profissional contador tem como objetivo de zelar da saúde
financeira da empresa, isso inclui auxiliar na elaboração de planejamentos (financeiro,
marketing, tributário, estratégico) e em tomada de decisões, também compete ao contador
fornecer informações financeiras que norteiem sobre a lucratividade da empresa, se há risco
ou não no capital de giro, qual o momento certo de ampliação dos negócios, dentre outros..
Apesar de ser por vezes subutilizada, a contabilidade pode ser a peça chave para diminuir
riscos e falência de microempresas (SEBRAAE, 2016).
7

Este estudo tem como objetivo geral entender os fatores que contribuem para a
falência de micro e pequenas empresas no município de Taperoá-BA e como objetivo
especifico, levantar informações sobre o número de falência das micro e pequenas empresas,
na cidade, nos anos de 2018 e 2019; Identificar os fatores, e compreender como a
participação mais assídua da contabilidade, pode contribuir para que as MPEs continuem em
pleno funcionamento.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A IMPORTÂNCIA DAS MPES
“Em 2016, existiam, no Brasil, 20 998 empresas de alto crescimento, que ocuparam
2,7 milhões de pessoas assalariadas, pagaram R$ 70,7 bilhões em salários e outras
remunerações, fato esse, que reforça o valor nas MPEs na economia nacional. ” (IBGE, 2018).
Para Franco (2003), as MPEs são importantes para a economia, pois gera alto
numero de empregos, gera renda e consequentemente gera melhor qualidade de vida para
população.
Segundo Teixeira (2015 ), as MPEs são responsáveis, aproximadamente, por 52% de
todos os trabalhadores urbanos do país, resultando em prováveis 13 milhões de empregos com
carteira assinada no Brasil.
“Os pequenos negócios são importantes para o país, pois são geradores de emprego
e renda. Os mesmos têm sido alvo de estudos no meio acadêmico e a partir disto
percebe-se a dificuldade em definir o que é uma microempresa e uma pequena
empresa.” (COSTA; 2015).
Para um país emergente, como o Brasil, é de suma importância a efetividade das
micro e pequenas empresas, pois é uma grande área produtora de empregos, tal ação, que
proporciona ao pais, um melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Segundo pesquisas realizadas pelo IBGE, no ano de 2010 havia cerca de 18.748
habitantes, em 2020 o número estimado subiu para 21.253 moradores. (IBGE, 2020)
Sensos do IBGE revelam que no ano 2018, o salário médio mensal era de 2.1 salários
mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de
4.7%. (IBGE,2020)
51,8% da população de Taperoá-Ba, sobrevive com até meio salário mínimo mensal,
dados referente ao ano de 2018. (IBGE, 2020)
2.2 PERFIL DOS EMPREENDEDORES
“Os brasileiros estão deixando de ser empreendedores por necessidade e estão se
tornando empreendedores por oportunidade, se atentando as demandas e as oportunidades”
(BARBOSA, 2016, p. 11).
8

“No Brasil durante o período de 2014 a 2016 os empreendedores com baixa


escolaridade é o grupo bastante ativo, o que se entende que, a falta de oportunidade no
mercado de trabalho está criando empreendedores por necessidade” (CALDAS, 2016).
Em 2016 houve uma grande evolução no perfil de escolaridade e aqueles com
experiência em pós-graduação empreenderam mais que os demais grupos. Mesmo
com o aumento do nível de escolaridade, a crise econômica e o constante aumento
da taxa de desemprego que chegou a 12% no último trimestre de 2016 influenciou
muito na adesão desse grupo a atividade empreendedora. Ou seja, nem sempre o
nível alto de escolaridade implica num empreendedorismo por
oportunidade (SEBRAE, 2016).

2.3 TENDÊNCIA DOS EMPREENDIMENTOS


Os motivos da falência de micro e pequenas no Brasil, geralmente, são fatores
internos. Isso significa dizer que, o motivo da falência, são gerados por erros administrativos
(CAMARGO; RIBEIRO, 2017, p. 225).
A mortalidade empresarial está associada a um conjunto de fatores, sendo os quatro
principais: a falta de clientes, a falta de capital de giro, a carga tributária elevada e a
localização inadequada que, à medida que se acumulam, elevam as chances do
negócio ser mal sucedido. Por esse motivo, torna-se importante analisar os motivos
apontados pelos empresários como razões para o fracasso. (REEN, 2015).
„‟ Estudos mais aprofundados sobre a falência das MPEs é de extrema importância,
para diminuição dos impactos sócias e econômicos no Brasil, já que essas empresas servem de
fermento para a economia nacional ‟‟ (BARBOSA, 2016, p. 11)
2.4 COMO A CONTABILIDADE E SUAS FERRAMENTAS AJUDARIAM A REVERTER
O ALTO NÚMERO DE FALÊNCIA.
Fazer uma boa administração tributária desde o começo pode fazer toda a
diferença no sucesso do seu negócio (ENDEAVOR, 2015).
Uma forte razão para a utilização de Planejamento Estratégico é a de que a
concorrência está fazendo este tipo de planejamento, e a empresa que deixar de se
manter a par dessa tecnologia gerencial estará em desvantagem (FAESB, 2015).

O planejamento é um instrumento administrativo, que permite entender os


acontecimentos, traçando objetivos e determinando ações a serem
aproveitadas pela empresa para construção do futuro da organização. As
empresas precisam elaborar um planejamento estratégico que atenda as
necessidades dos clientes, e auxilie a tomada de decisões. (BRUM; ROSA,
2018)
As pequenas e médias empresas (PMEs) precisam decidir cuidadosamente o
momento da inovação e a estratégia de entrada no mercado associada para iniciar a mudança.
(BOUNCKEN; PESCH; KRAUS, 2015).
É a contabilidade que tem por objetivo apurar os resultados econômicos do exercício
social de uma empresa, aplicando as normas tributárias junto com o conceito da contabilidade.
(BAMPI; SILVA, 2018)
O contador, por vezes é visto como o responsável calcular impostas e
as demais áreas fiscais, no entanto, a contabilidade tem o objetivo
9

muito mais amplo, que é gerar informações que auxiliam na tomada


de melhores decisões para a empresa. (ESPEJO; VAZ, 2015).
É importante a comunicação entre o gestor e o contador, pois é o contador, a pessoa
que melhor auxiliará nas tomadas de decisões. (BENETTI, OLIVEIRA, 2016, p. 192)
3 METODOLOGIA
A pesquisa que, neste trabalho esta sendo apresentado, possui a natureza descritiva,
pois, tem como objetivo encontrar indicativos de falência de micro e pequenas empresas na
cidade de Taperoá, na Bahia.
Para fazer a coleta das informações, foi elaborado um questionário, que foi realizado
em forma de entrevista, direcionado a cinco gestores/empreendedores que fecharam seus
negócios, sendo assim, será uma pesquisa com fontes primarias e qualitativas.
A pesquisa apresentada, possui termo de consentimento assinada pelos entrevistados,
no qual é detalhado a natureza e objetivo do estudo, bem como sua publicação.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O estudo de campo foi realizado na cidade de Taperoá-Ba, abordando cinco
empresas de diferentes segmentos. Os formulários foram aplicados, entre 8 de setembro a 21
de setembro. Após a apuração os dados foram tabulados e através deles foram elaborados
gráficos.
A figura 1 representa o segmento das empresas entrevistadas.

20%
AUTO-PEÇAS

40%
CONFECÇÃO

DISTRIBUIDORA DE
20% BEBIDAS
ALIMENTÍCIO

20%

Fonte: Autor (2020)


O gráfico acima representa o segmento das empresas participantes da pesquisa,
sendo predominante, a área alimentícia, possuindo 40% do gráfico, que representa uma loja
10

de milk-shak e um mercadinho. Os outros 60% do gráfico é divido entre uma loja de


autopeças, que ao longo do tempo tornou-se uma loja também de som automotivo; uma loja
de roupas e uma distribuidora de bebidas.
A figura 2 representa o ano de abertura das empresas.

ANO DE ABERTURA E FECHAMENTO


ANO DE ABERTURA ANO DE FECHAMENTO

2019
2018 2018 2018
2017 2017 2017
2014

2010
2007

LOJA DE AUTO-PEÇAS DISTRIBUIDORA LOJA DE MILK MERCADINHO


CONFECÇÕES DE BEBIDAS SHAKE

Fonte: Autor (2020)


Este gráfico retrata o ano de inauguração e o ano em que cada empreendimento
fechou as portas, mas não esta sendo considerada a baixa no CNPJ. Sendo que na imagem, a
cor azul esta representado o ano de abertura e as barras em cor laranja, esta sendo
representado o ano de fechamento.
Analisando o gráfico e realizando um calculo da media, percebe-se que a media de
sobrevivência das empresas no município de Taperoá- Bahia, nos anos de 2017 á 2019, foi de
de 5,16 anos, com base neste estudo.
Nota-se também, a partir da imagem acima, que os empreendimentos com maior
durabilidade foram o que comercializava produtos essenciais, sendo ele o mercadinho, e o
outro foi a loja de confecções, a única empresa pesquisada, que realizou um planejamento
financeiro e estratégico, junto ao profissional.
A figura 3 representa o ano de abertura das empresas.
11

HOUVE PLANEJAMENTO ?

40%
SIM NÃO

60%

Fonte: Autor (2020)


Aos participantes da pesquisa, foi questionado se houve algum tipo de planejamento
antes da abertura do negocio, 60% dos entrevistados responderam que não houve nenhum tipo
de planejamento e que abriram o empreendimento por necessidade de obter renda. 40% dos
entrevistados responderam que sim, realizaram um planejamento antes da abertura do
negocio.
40% corresponde a 2 das 5 empresas entrevistadas. Sendo elas, a loja de milk shake e
a loja de confecções. A Srª Mirla, responsável pela loja de confecções, relata que antes de
abrir o seu ponto comercial, fez um estudo junto ao seu contador, onde analisaram o quanto
deveria ser investido, os períodos mais lucrativos e como se preparar para os baixos picos de
venda. Já a loja de milk-shake, realizou um planejamento interno, onde os sócios se reuniram,
estudaram e estabeleceram preços aos produtos, margens de lucro, tendo em vista o poder de
consumo do município. Obtendo essa informação, nota-se que apenas uma empresa procurou
ajuda profissional para elaboração do plano de negocio.
A figura 4 representa os fatores internos que levaram as empresas a fecharem as
portas.
12

FATORES INTERNOS

FALTA DE
PLANEJAMENTO
22% FINANCEIRO
34% INADIPLÊNCIA

FALTA DE ESTUDO DE
MERCADO
22%

FALTA DE CAPACITAÇÃO
22%

Fonte: Autor (2020)


Este gráfico representa o ponto de vista dos gestores, na questão que diz respeito aos
motivos internos que contribuíram para a falência de suas empresas, sendo notório que todos
eles apresentavam mais que um motivo.
34% dos gestores declararam uma má administração financeira; onde usam o que
deveria ser investido, para fins pessoais; não conhecendo suas receitas ; despesas e receitas,
falta de capital de giro.
22% afirmaram que a forma de pagamento oferecida aos clientes (crediário), gerou
uma alta inadimplência.
Outros 22% , também afirmam que pela necessidade, abriu um negocio, no qual já
possuía experiência, mas não analisaram se seria viável abrir em uma cidade onde a
população não possui poder aquisitiva para adquirir tais produtos, sendo assim, nota-se que a
falta de estudo de mercado, foi um fator interno negativo para a empresa.
22% dos gestores queixaram-se da falta de capacitação pessoal em gerir o próprio
negocio, fator esse que abrange a falta de busca pelo conhecimento, falta de profissionalismo
e mau atendimento ao cliente.
A figura 5 representa os fatores externos que levaram as empresas a fecharem as
portas.
13

FATORES EXTERNOS

14% SITUAÇÃO
FINANCIERA DO
MUNICIPIO
FALTA DE COSUMIDOR

29% 57%
MUDANÇA DE
ESTAÇÃO

Fonte: Autor (2020)


57% representa a situação financeira do município como fator externo mais
prejudicial, na perspectiva dos gestores. Maior parte deles relatam que, nos anos de 2017 ao
final do ano de 2018, a maior fonte de renda da população, a prefeitura, havia demitido muitos
funcionários e atrasado diversos salários, por esse motivo, todo o comercio sofreu a falta da
circulação do dinheiro.
A cor azul, que condiz a 14% do gráfico, representa a loja de milk-shakes, que abriu
as portas em fevereiro de 2017 em pleno funcionamento, mas com a chegada do inverno,
reduziu 80% das venda, para a gestora Srª Wellen, esse foi um dos motivos que contribuiu
para fechamento do seu negocio.
A falta de consumidor, representada por 29% do gráfico, diz respeito aos seguintes
aspectos; a falta de consumidor para comprar produtos não essenciais, como peças de carro,
aparelhos de som, milk-shake; roupas novas.
A figura 6 representa o ponto de vista dos gestores, sobre o tema „‟atitudes que
poderiam reverter o processo de falência”.
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PONTO DE VISTA DOS GESTORES

PLANEJAMENTO
FINANCEIRO
19% ESTUDO DE MERCADO
31%
CAPACITAÇÃO
PROFISSIONAL
12%
INCENTIVO FISCAL

INJEÇÃO DE CAPITAL
13%
19%
6% ACOMPANHAMENTO
PROFISSIONAL

Uma das perguntas realizada aos gestores, tem como objetivo, descobrir, quais
atitudes eles acreditam, que poderia ser tomadas para reverter o fechamento do negócio, e o
gráfico acima representa o ponto de vista de cada um.
19% dos participantes, disseram que o uso inadequado do capital, foi um agravante
para a existência duradoura do empreendimento. Eles acreditam que se houve um uso correto
do capital, a falência poderia ser evitada. Outros 12% arrependem-se do alto investimento,
comparado ao baixo poder de compra do município, na período de abertura/funcionamento,
sendo visível a falta de estudo de mercado. 13% queixaram-se da falta conhecimento
administrativo e falta de interesse pelo empreendimento que escolheram investir.
Um dos cinco gestores, relata na entrevista, que o alto custo de funcionamento legal
da empresa e os altos impostos sobre os produtos, levaram ao aumento inesperado da
mercadoria. No seu ponto de vista, menor tributo sobre os produtos, contribuiria para melhor
vendagem das mercadorias. 19% acreditam que uma injeção de capital, salvaria o seu
negocio.
E 31% (5/5 participantes), acreditam que cometeram erros administrativos, e 4 deles,
admitem que não recorreram á um profissional para elaborar um plano estratégico de negócio
e nenhum deles buscar ajuda durante a crise financeira da empresa. Portanto, acreditam que
uma relação mais assídua com seus contadores, poderia ter revertido o processo de
fechamento.
15

5 CONCLUSÃO
Com o levantamento das informações discorrida na pesquisa, pode-se afirmar que os
principais fatores contribuinte para falência das empresas em Taperoá-Bahia, nos anos de
2017 á 2019, foram; falta de planejamento financeiro, uso incorreto do capital de giro, falta de
estudo de mercado e as condições limitadas de compra, da população local, tendo em vista
que a maior parte dos trabalhadores sobrevivem com meio salário. Pode-se considerar como
principais fatores, a falta de conhecimento em técnicas administrativas, junto a falta de poder
de consumo da população taperoense.
Por ser uma empresa pequena, essas firmas tem como administrador, o próprio
empreendedor/proprietário, que assumiram esse papel com pouco ou nenhuma noção de
negocio. O estudo de caso mostrou que a empresa com maior tempo de mercado, foi a Loja de
Confecções, e nota-se que foi a única a realizar um planejamento estratégico, junto ao
contador da empresa. Já a distribuidora de bebidas e a loja de milk-shake, que não possuíam
relacionamento com a contabilidade, tiveram o menor tempo de funcionamento.
Este estudo possibilitou a compressão do quão o profissional contador esta sendo
subutilizado, estando associado apenas ao setor fiscal. No enquanto, esta pesquisa realçou a
importância do assíduo relacionamento entre gestores e o contador, para a continuidade de
uma entidade, seja ela, pequena, media ou grande empresa. Essa interação pode ser utilizada
no momento da elaboração do planejamento financeiro da entidade, no estudo de mercado,
nas analises de risco e de investimento, na administração tributaria, a traçar objetivos,
elaboração de planos estratégicos e assim, será possível diminuir as falhas administrativas que
levam a falência e ainda auxiliar no crescimento da mesma.
16

REFERÊNCIAS

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planejamento estratégico para as pequenas empresas. FAESB, 2015. Disponível em
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Acesso em: 14 Jun. 2020, 15:54.

BENETTI, Juliana; OLIVEIRA, Bruna. Importância do profissional da contabilidade na


gestão de micro e pequenas empresas localizadas em chapeco/sc. Revista Tecnoligica
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17

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18

APÊNDICE - QUESTIONÁRIO APLICADO AOS GESTORES

1. Qual o ramo do seu empreendimento?

2. Qual a data de abertura e fechamento da empresa?

3. Quantos anos a empresa permaneceu aberta e quais os anos foram mais difíceis da
empresa?

4. Antes da abertura da empresa, foi feito algum tipo de planejamento?

5. Quais os fatores internos contribuíram para o fechamento do negocio?

6. Quais fatores externos contribuíram para a falência do negocio?

7. Relate como foi o processo de abertura até o dia de fechamento. ( Considerando:


Planejamentos realizados, estudo de mercado, período mais lucrativo, crises, investimentos,
decisão da declaração de falência, entre outros.)

8. Em sua opinião, quais atitudes que poderiam ser tomadas para reverter no processo de
falência.
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