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SIMPLES NACIONAL NA CONTABILIDADE

Ana Paula Nascimento Dias¹


Diogo Soares Gonçalves¹
Jéssica Saling¹
Sabrina Soares da Silva Pinheiro¹
Tifany Graeff¹
Arilio Silva Junior²

1. INTRODUÇÃO

Simples Nacional, veio para ajudar ou dificultar a contabilidade? Mais à frente


veremos como é feito o cálculo do recolhimento e como ele é dividido em diferentes
impostos. Antes de determinar a alíquota em que a indústria se encontra devemos saber
em qual anexo a nossa empresa se encaixa. A partir desta informação iremos pegar o
faturamento dos últimos 12 meses e enquadrar a empresa em uma alíquota que irá
multiplicar o faturamento e assim saberemos o valor de arrecadação que devemos pagar.
Tendo essa parte calculada vamos multiplicar pelo nosso faturamento mensal. Mas quanto
de lucro uma empresa precisa ter para entrar para o Simples Nacional? Para onde vai a
arrecadação das empresas?

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Vamos começar dando ênfase na palavra faturamento, se formos procurar,


iremos obter o resultado como sendo “ato ou efeito de faturar” (DICIO). E faturar
como conhecemos bem, é ganhar dinheiro. Tendo essa informação podemos entender
como o faturamento irá afetar o valor no imposto que a empresa deverá pagar em que
área deve se enquadrar.
De acordo com TORRES (2022), no Anexo III do Simples Nacional temos
alguns exemplos de atividades como: agências de viagens, escritórios de
contabilidade, escolas e outras agências. A tabela abaixo mostra as diferentes faixas
dentro do Anexo III.
1 Ana Paula Nascimento Dias; 1Diogo Soares Gonçalves; 1Jéssica Saling;; 1 Sabrina Soares da Silva Pinheiro; 1
Tifany Graeff
2 Arilio Silva Junior
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – (FLC10702ADG) – Prática do Módulo II –
27/05/2022
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FONTE: CONTABILIZEI. ANEXO 3 – Tabela Simples Nacional 2018 – Serviços

Como podemos ver é a partir da receita bruta de 12 meses que iremos


enquadrar a empresa a uma alíquota. Se a empresa tiver um faturamento de até R$180.000,00
nos últimos 12 meses, ela irá se encaixa na 1ª Faixa, assim tendo uma alíquota de 6,00%. A
Lei Complementar nº 123/2006 fala sobre a base de calculo do Simples Nacional, mais
precisamente o Art. 18:

Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa de pequeno


porte, optante pelo Simples Nacional, será determinado mediante aplicação das
alíquotas constantes das tabelas dos Anexos I a VI desta Lei Complementar sobre a
base de cálculo de que trata o § 3o deste artigo, observado o disposto no § 15 do art.
3o. (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
§ 1o Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita
bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração.
§ 2o Em caso de início de atividade, os valores de receita bruta acumulada constante
das tabelas dos Anexos I a VI desta Lei Complementar devem ser
proporcionalizados ao número de meses de atividade no período. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
§ 3o Sobre a receita bruta auferida no mês incidirá a alíquota determinada na forma
do caput e dos §§ 1o e 2o deste artigo, podendo tal incidência se dar, à opção do
contribuinte, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, sobre a receita recebida
no mês, sendo essa opção irretratável para todo o ano-calendário.

Depois de se adequar a determinada faixa de acordo com o faturamento, será feito o


cálculo mensal para assim fazer o pagamento de “... todos os impostos Federais, Estaduais e
Municipais, incluindo a carga previdenciária (CPP), ...” (MAGALHÃES, 2017, p.10). Na
tabela a seguir conseguimos ver as porcentagens de cada imposto de acordo com a faixa.
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FONTE: CONTABILIZEI. Percentual de Repartição dos Tributos

Temos que ter em mente que na 1a faixa é um faturamento de até R$180.000, ou seja,
seja não importa se a empresa faturar R$20.000 ou R$150.000 a porcentagem de imposto vai
ser a mesma. Então consulte seu contador para ver se é viável entrar para o Simples Nacional
ou não.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Como podemos perceber nas tabelas anteriores, o Simples Nacional veio para
melhorar a forma de como é tributada os impostos das micro e pequenas empresas. Assim
sendo dividida em anexos e faixas para melhor se adequar a alíquota com o faturamento
dos últimos 12 meses. Nesse contexto é melhor para as empresas pois a alíquota é menor.
Assim evitando o fechamento por ter tributos muito altos para serem pagos. Mas vendo de
uma forma mais detalhada tem a questão de a empresa que ter menos faturamento, ter a
mesma porcentagem de imposto que uma empresa que tem um faturamento maior.
No olhar da contabilidade tendo em vista a visão da simplicidade para apuração de
impostos, seria interessante trazer à tona a questão do imposto único. Mas como cada
Estado tem seus percentuais de impostos, é improvável para nossa atualidade.

4. REFERÊNCIAS
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BRASIL. LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006. Disponível


em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm. Acessado dia 09/03/2022.

FATURAMENTO. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2020.


Disponível em: <https://www.dicio.com.br/risco/>. Acesso em: 19/05/2022.

MAGALHÃES, Dayanne R.J. Tributação simples nacional: Anexo III. 2017. 21 p. Trabalho


de conclusão de curso (Bacharelando em Ciências Contábeis) - Centro Universitário de
Anápolis, Goiás, 2017. DOI pdf. Disponível em:
http://45.4.96.19/bitstream/aee/5731/1/Trabalho%20de%20Conclus%C3%A3o%20de
%20Curso-%20Dayanne.pdf. Acesso em: 9 mar. 2022.

TORRES, Vitor. Anexo III Simples Nacional: Tabela completa de atividades 2022.
Disponível em: www.contabilizei.com.br. Acesso em 09 mar. 2022.

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