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Curso de Jornalismo – UFT

Disciplina: sociologia
Aluno: Júlia Müller Geraldo
Texto: Aron, R. 1999. Max Weber. In: As etapas do pensamento
sociológico (p. 447 a 458).
RESENHA
1.0 Introdução
Max Weber é um sociólogo clássico alemão do século XIX. Ele é um dos
pensadores a iniciar o processo das reflexões filosóficas tratando de outras
temáticas que ainda não haviam sido abordadas. Ele era um professor,
apaixonado por política, já foi jornalista e também conselheiro do príncipe.

Os estudos do Weber se pautam em 4 obras: a) o estudo epistemológicos e


filosóficos do espírito, e ele como objeto; b) estudos econômicos do mundo
antigo; c) trabalhos de sociologia da religião, e d) o tratado de sociologia
intitulado “Economia e sociedade”.

2.0 Teoria da ciência


Nesta teoria, Weber discute sobre 4 outros tipos de ação, que são elas:

- A ação racional com relação a um objetivo é aquela em que temos um objetivo


e usamos da racionalidade para alcança-la, e esta, gera lucro, ganhos pessoais.
Por exemplo, só invisto tempo e dinheiro em uma empresa porque sei que ela
trará um retorno financeiro para mim.

- A ação racional com relação a um valor é quando um indivíduo permanece fiel


a uma ideia, independente dos riscos que o acometerá. Esta ação converge com
as crenças, seja elas religiosas ou políticas, por exemplo.

- Ação afetiva é a ação ditada conforme o humor do sujeito. Não está implícito
um sistema de valores, apenas uma ação agida por impulso. Posso estar em um
momento de raiva e bater em alguém, como posso fazer algo que não queria
para minha mãe, porque amo ela.

- E, por último, a ação tradicional é aquela estabelecida por costumes, hábitos e


crenças, já está enraizado no sujeito há muito tempo.
A ação social é um conceito que tenta justificar as ações que tomamos e
o modo como agimos em uma sociedade. É uma ação que o sujeito realiza, mas
que tem como base o observador, o que um outro sujeito irá pensar.

O mundo moderno tem como característica a racionalidade, e o sociólogo,


por sua vez, se dedica a estudar essa categorização da razão, o nível de
independência entre sociedade e política, as normas e as condutas.

Para ele, a ação de um cientista é racional em relação ao seu objetivo, ou


seja, os estudos focados em seu objeto, e é racional em relação a um valor, e
este valor é a verdade. A racionalização apresenta duas características que
comandam o alcance da verdade científica, entre elas está o não-acabamento
essencial e a objetividade. Ele defende que o cientista não pode projetar seus
próprios valores na investigação em que está comandando, diferente das
ciências humanas, que são ciências pautadas em respostas de valores, em sua
forma teórica. A ciência da natureza e a ciência humana se difere,
principalmente, nesse quesito, mas elas apresentam também características
semelhantes, sendo elas as compreensivas, as históricas e se orientam para a
cultura.

Na ciência humana, tem-se a compreensão pois temos uma consciência,


sabemos compreender porque um motorista para no sinal vermelho, ou porque
alguém chega atrasado quando não tem um meio de locomoção e o tempo não
está favorável, por exemplo. Na ciência da natureza é preciso passar pela
experiência para então compreendê-la, logo, ela é mediata. O objetivo específico
da ciência da natureza é a validade universal, ou seja, não está carregada por
julgamentos e crenças humanas, apenas aquilo que é real e provado.

Weber difundia duas questões, o julgamento de valor e a relação com os


valores. Os julgamentos de valores são pessoais e subjetivos. Eu posso achar
bom a liberdade de expressão, como também posso não achar tão importante,
logo é pautada nos interesses individuais. Já na relação com os valores, não
traçamos um juízo de valor, apenas usamos um objeto, como por exemplo, a
liberdade individual, e estudamos ela, sem emitir algum julgamento.

O sociólogo dizia que devemos nos distanciar do objeto para traçarmos


um estudo imparcial, e não dotado de emoções. Ele se apõe a Durkheim ao dizer
que nenhuma ciência deve dizer aos homens como viver, e se opõe a Marx ao
dizer que nenhuma ciência deve ensinar às sociedades como se organizar. Para
ele, a ciência Marxista é falsa pois a ciência humana e social apresenta um ponto
de vista parcial, mas é incapaz de prever o futuro. Weber, diferente de Durkheim,
acredita que o ser humano tem liberdade de escolha, e não que suas ações são
moldadas pela sociedade. Realizamos uma ação por alguma justificativa, seja
por afeto, visando o lucro, ou por uma tradição.

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