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10/11/2021 14:01 CULTURA DOS CITROS

CULTURA DOS CITROS


ALVES,
P.R B.
MELO, B.
 
 
 
SUMARIO
 
 
. Introdução       
. Classificação botânica
. Descrição botânica
. Utilização
. Valor nutritivo
. Principais produtores
pomelo   
. Principais produtores de
laranja
. Principais produtores de tangerina
. Principais produtores de lima
ácida
. Principais importadores
. Principais produtores do
Brasil (laranja)
. Produção de mudas
. Planejamento do pomar
. Divisão dos talhões
. Clima
. Solo
. Características botânicas
. Irrigação
. Fertirrigação
. Fertilizantes utilizados na
fertirrigação
. Calagem e adubação dos citros
. Análise de solo
. Análise foliar
. Calagem
. Adução NPK
.
Micronutrientes essenciais aos outros
. Doenças
. Moléstias causadas por vírus
. Moléstias bacterianas dos
citros
. Principais pragas e seu
controle
. Colheita
. Cuidados na colheita e no
transporte
. Materiais necessários para a
colheita
. Manejo pós colheita
. Mercado & perspectiva
. Comercialização
. Referencias bibliográficas
 
                                 
1 –
INTRODUÇÃO
 
De origem asiática, as plantas
cítricas foram introduzidas no Brasil pelas primeiras expedições
colonizadoras,
provavelmente na Bahia. Entretanto aqui, com melhores condições para vegetar e
produzir
do que nas próprias regiões de origem, as citrinas se expandiram para
todo o país. A citricultura
brasileira, que detém a liderança mundial, têm se
destacado pela promoção do crescimento sócio-
econômico, contribuindo com a
balança comercial nacional e principalmente, como geradora direta e
indireta de
empregos na área rural.
                      O
estado de Minas Gerais ocupa o quarto lugar no cenário nacional entre os
maiores Estados
produtores de citros do país e, pelo seu tamanho e variedade
agroclimática, possibilita uma citricultura
diversificada e, de certo modo,
regionalizada, com a produção de ótimas frutas frescas.
 
2 – CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA
 
            Os citros
têm origem nas regiões tropicais e subtropicais do Continente Asiático e no
Arquipélago
Malaio.
 
Famílias:

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a)      Meliáceas
b)      Simaruláceas
c)       Rutáceas
 
Espécies:
Citrus
sinensis Osbek – laranja doce
C.
deliciosa Tenore – mexirica do Rio
C.
limonia Osbek – limão cravo
C. reshui Nortex-tan – tangerina Cleópatra
C. paradisi – pomelo
C. sunki Nortex Jan – tangerina sunki
C. reticulada Blanco – tangerina pokan, cravo
C. medica – cidra
C. reticulada sinensis – tangerina murcot
C. fortunella spp. – tangerina murcot
C.
aurantifolia swingle – lima ácida galego
C. máxima
– toranja
C.
latifolia Tanaka – lima ácida tarti
C.
aurantium – laranja azeda
Poncirus
trifoliata – limão azedo
C. limon
Burn – limão siciliano
 
3 – DESCRIÇÃO BOTÂNICA
 
Caule:  tronco
cilíndrico,  com ramificação normal.
Quando novo apresenta coloração verde e a medida
que a planta envelhece esta
coloração passa para o marrom. Os galhos e os ramos menores suportam a
copa. A
madeira é dura, compacta  e de coloração
amarelo-claro.
 
Raízes
São do tipo pivotante atingindo 60cm na vertical e até
2m na horizontal   .
 
Folhas
São
persistentes, verde-claro quando novas e passam para o verde
mais escuro a medida que
envelhecem. Variam  de simples a
compostas, unifoliatas, com limbos inteiros.
Sua forma é elíptica, oval ou
lanciolada e, de aspecto coreácea.
 
Flor
São
inflorescências solitárias ou agrupadas definidas ou não, do tipo
cacho ou sub-tipo corimbo.
Apresentam pedúnculo curto, liso e articulado. São pequenas, hermafroditas e
apresentam coloração branca.
 
Fruto
São hesperidium,
podendo ser globulosos ou subglobulosos.
Dividem-se em pericarpo e sementes.
 
4 –
UTILIZAÇÃO
 
O fruto é consumido na forma “in natura”, porém, 50 a 55%
é industrializado para a produção de suco. O
caule das plantas podem ser
utilizados na forma de lenha. Algumas espécies são utilizadas na produção
de
ácido cítrico e também na produção de matéria-prima para a indústria farmacêutica.
 
5 –
VALOR NUTRITIVO – composição química
 
Composição Quantidade em %
Água 86 a
92%
Açúcar 5 a 8%
Pectina 1 a
2%

Lipídeos 0,2 a
0,5%
Minerais 0,5 a
0,9%
Nitrogenados 0,7 a
0,8%
Óleos 0,2 a
0,2%
Vitaminas, outros

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6 – PRINCIPAIS PRODUTORES MUNDIAIS (em %)
Países %
     
    Brasil 21,86  
    USS 17,21  
    China 8,51  
Espanha 5,74

     
    México 4,77  
    Itália 3,71  
    Egito 3,09  
    Turquia 2,21  
Marrocos 1,57

     
    Argentina 2,46  
Produção mundial: 53 milhões de toneladas
 
7 – PRINCIPAIS PRODUTORES DE LARANJA
(milhões/ton.)
 
§         
Brasil               16,1
§         
USA                 10,9
§         
China               4,7
§         
México  2,2
§         
Espanha           2,2
 
8 – PRINCIPAIS PRODUTORES DE TANGERINA
(milhões/ton.)
 
§         
Japão: 2,3 m t
§         
Espanha: 1,2 m t
§         
Brasil: 0,46 m t
 
9 – PRINCIPAIS PRODUTORES DE LIMA ÁCIDA
(milhões/ton.)
§         
Espanha: 0,73
§         
Itália: 0,69
§         
Brasil: 0,53
 
10 – PRINCIPAIS PRODUTORES DE POMELO (milhões/ton.)
§         
USA: 2,5
§         
México: 0,38
§         
Israel: 0,36
§         
Brasil: 0,24
 
11 – PRINCIPAIS IMPORTADORES
§         
USA                                         Japão
§         
CEE                                         Rússia
 
 
12 – PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES DO BRASIL (LARANJA)
 
Estado Área (há) Produção (t) Rend. (t/há)
SP 758.200 94.800,00 127,1
BA 58.544 3.798,13 75,4
MG 54.422 4.382,47 80,5

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RJ 43.999 2.792,55 63,4


PR 11.496 793.571 69
GO 88.000 1.058.400 98
  5.997 523.456 87,2
Obs.: Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba 48% da produção de MG, num
total de 30.800 há.
 
 
13 –
PRODUÇÃO DE MUDAS
 
Atualmente, os órgãos controladores da
fitossanidade em citros preconizam a produção em
ambientes protegidos, porém,
ainda ocorrem alguns viveiros a céu aberto porém, já sujeitos ao
impedimento
para comercialização das mudas produzidas.
     1.  Borbulheira:
depende da finalidade e do tipo da exploração. Geralmente eliminam as expansões
indesejáveis.
     2.  Porta enxertos:
principais características:
§         
Conservar as características
§         
Cavalo e porta enxertos de sementes numa espécie
§         
Afinidade e congeneidade.

     3. Porta enxertos mais utilizados


§         
Limão cravo
§         
Tangerina cleópatra
§         
Tangerina sunki
§         
Limão volkamericano (incompatível com laranja pêra)
§         
Poncirus trifoliata
 
     4. Gêneros afins com citros
§         
Clymenia
§         
Fortunella
§         
Euromocitrus
§         
Poncirus Trifoliata
§         
Microcitrus
 
 
     5.  Outros híbridos
afins
§         
Orangelo – laranja + pomelo
§         
Tangelo – tangerina + pomelo
§         
Citrange – trifoliata + laranja
§         
Limequats – lima ácida 
+ kunkat
§         
Citrumelo – trifoliata + pomelo
§         
Citrangequat – citrange + kunkat
     6. 
Obtenção de sementes
§         
Corte do fruto maduro
§         
Retirada das sementes
§         
Despolpamento
§         
Secagem à sombra
§         
Armazenamento quando necessário     
7.  Sementeiras
§         
1 kg de sementes = 1.500 sementes
 
      8. 
Canteiros
§         
adubação
§         
espaçamento
§         
semeadura
§         
cobertura do canteiro
§         
sombreamento
§         
aclimatação e transplantio
 
      9. 
Viveiros
§         
preparo do solo
§         
irrigação
§         
adubações, mediante análise do solo
§         
espaçamento, linha simples: 1 x 0,3 m
   linha dupla: 1 x 0, 5 x
0,3 m
§         
controle de plantas daninhas e tratos
fitossanitários.

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     10. 
Enxertia
A realização da
enxertia necessita dos seguintes materiais:
§         
porta enxerto, ferramentas e fitas ou
fitilhos.
§                 
Etapas: desbrota, enxertia geralmente
realizada em “T” invertido, amarrio de enxerto,
pegamento, desamarrio, corte do
porta-enxerto, formação da muda, aclimatação e
comercialização.     
11.  Cultivares
§         
Para laranja (83%)
 
11.1  Precoce: Hamlim,
Piralima, Baia, Baianinha, sanguinea.
 
11.2 
Semiprecoce: Barão, Westin, Rubi.
 
11.3  Tardia: Pera,
Valência, Natal, Lima Tardia, Folha murcha.
 
§         
Lima ácida e Limão Verdadeiro
11.4  Lima ácida Taiti
11.5  Lima ácida Galego
11.6  Siciliano
11.7  Limão Verdadeiro
 
§         
Para Tangerinas
11.8  Precoce: cravo
11.9  Semi precoce:
mexerica Rio
11.10 
Tardia: Ponkan, Tangor Murcot
11.11  Outras: Dancy,
Satsuma, King, Cristal, África do Sul ou Express.
 
§         
Para Pomelos:
Red Bulsh. (vermelho), Marsh seedless (amarelo), Rubi
(vermelho).
 
14 - PLANEJAMENTO DO POMAR
 
1- Definir o que plantar,
levando em conta dois aspectos fundamentais: o econômico e o técnico.
 
1.1- Econômico:
prevenção da evolução da procura no mercado interno e externo e suas
respectivas
rentabilidades.
 
1.2- Técnico: escolha das espécies e variedades a serem
cultivadas bem como o local, observando sempre
as circunstâncias adversas, como
as condições climáticas.
 
2- Drenagem
atmosférica:  são prejuízos devido às
baixas temperaturas em conjunto aos movimentos do
ar que são verificados em
noites calmas e de céu limpo, o  que
resulta na substituição das camadas de ar
em contato com o solo por outras
camadas (geadas).
 
3- Escolha da região
e da área para o plantio:
escolher solo
arejado com topografia que permita a drenagem atmosférica, que sejam solos
profundos e
que principalmente apresentem leve declividade. O perfil do solo
escolhido atende melhor a cultura se
apresentar as seguintes características
físicas:
3.1 – Argila: com
diâmetro menor que 0,02 mm
3.2 – Limo: com
diâmetro entre 0,02 e 0,2 mm
3.3 – Areia fina:
com diâmetro ente 0,02 e 0,2
3.4 – Areia grossa:
com diâmetro entre 0,2 e 2 mm.
 
Os elementos grosseiros com diâmetro maior que 2 para
manter a disponibilidade de água, sendo esta de
qualidade igual a:           
            Na < 05
      Na+Mg+Ca  
 
 
 
 
 
4 – Divisão dos
talhões
 

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            Os talhões devem ser divididos em


gleba de 20 a 25 há, de acordo com a rede de irrigação e o
trânsito. A
densidade de plantio deve ser estabelecida considerando-se a espécie, a
variedade, o  porta-
enxerto, a textura e
a profundidade do solo, as características 
do clima e os tratos culturais que deverão
ser empregados no pomar. A
densidade de plantas na área pode ser obtida através da seguinte fórmula:
 
 
Nº = 2 . A / C (I
+  P )                    
          
        
Onde: nº = número de
plantas
S = área;
C = distância entre
duas plantas na mesma linha;
 I  =
distância entre as linhas;
 P = distância entre os talhões.
 
 
CLIMA
 
                      A
exigência de água dos citros situa-se entre 1900-2400mm, com um mínimo ao redor
de
1300mm; a falta de chuvas ou a distribuição inadequada podem limitar a
produção: os rendimentos
máximos são, em geral, obtidos em áreas irrigadas.
           
            As
exigências de temperatura são as seguintes:
 
            Mínima: 10ºC
            Ótima:              20-30ºC
Máxima:           35ºC
 
A Tabela
abaixo resume as condições de clima que prevalecem nas principais regiões
produtoras
brasileiras.
 
Condições gerais de clima nos
estados produtores.¹
  Região  
Condição SP, MG, RJ BA,
SE RS
Altitude (m) 0-600
(500) 100-1300 50-100
Chuva      
(mm/ano) 1200-1800
(1400) 1200-1300 1200-1600
(mm/primavera-verão) 1000 700 1000
Temperatura(ºC)      
            Média 21 25 19
            Média mínima 9 10 4
            Média máxima 36 38 30
Umidade relativa do ar (%) 77 80 77
¹ Números entre parênteses =
médias.
 
 
 
SOLO
 
            Considerações
abrangentes sobre solos para citros foram feitas por RODRIGUEZ (1984). STOLF
(1987) deu atenção às propriedades físicas, particularmente à possibilidade de
compactação.
            OLIVEIRA
(1986) resumiu muito bem as exigências edáficas das plantas cítricas:
“(1) o
sistema radicular dos citros apresenta grande proporção nos 40-60 cm
superiores,
podendo se aprofundar até 5m;
(2) são
sensíveis à acidez e muito exigentes em magnésio e principalmente cálcio;
(3)
crescem bem em solos com ampla variação textural, porém são os de textura média
(em
torno de 20% de argila) os mais adequados;
(4)
nenhuma característica do solo é mais essencial para os citros do que a boa
drenagem;
raramente são encontrados bons pomares com plantas crescendo
satisfatoriamente em menos de
100 cm de solo bem drenado;
(5) são
plantas de folhas persistentes ao longo do ano, requerendo, portanto, água
continuamente;
(6) a
fertilidade (natural) do solo, para citros, é menos importante que as
características físicas.”
 

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                      Os teores de argila ajudam a


entender: drenagem e armazenamento de água e
possibilidade de compactação e,
junto com o teor de matéria orgânica (C %) os valores para
soma de bases (S). A
saturação em alumínio (m), tanto na superfície como em profundidade,
conseqüência do baixo teor de cálcio no complexo de troca, representa uma
“compactação
química” ao crescimento das raízes, portanto, menor possibilidade
de aproveitar água e
nutrientes do solo ou do adubo aplicado: compare-se a
Terra Roxa Estruturada com o Latossolo
Vermelho Amarelo e as Areias Quartzosas.
 
CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS
 
            As plantas cítricas são verdes
durante o ano todo, não apresentando período de repouso
e podendo viver vários
séculos (SMITH, 1966ª). Apresentam dois ciclos anuais de crescimento:
 
            De
primavera    = crescimento vegetativo e
floral;
            De
verão                      =
principalmente vegetativo.
                      O crescimento dos brotos termina com
3-9 folhas expandindo-se quase
simultaneamente. As folhas podem persistir
durante 1-3 anos, havendo então num mesmo ramo
folhas de ciclos diferentes. Uma
planta adulta apresenta 50 mil a 100 mil folhas, produzindo na
primavera 10 mil
flores, das quais somente 1.000 aproximadamente podem chegar à maturação
que se
completa entre 8 a 15 meses depois do florescimento. Temperaturas maiores que
35ºC
durante 1-3 dias podem causar abortamento das flores.
            De
acordo com ERICKSON (1968) são necessários 2,3 m² de folhas para produzir 1 kg
de fruta em plantas com 9 anos de idade. No Japão foi estimado que devem
existir 25 folhas para
nutrir 1 fruto. O índice de área foliar (IAF) mais
adequado está ao redor de 7 (7 m² de folhas
para cada m² da área da copa
projetada.
                      As raízes apresentam baixa
capacidade de absorção de nutrientes, o que tem sido
atribuído ao pequeno
número de pêlos absorventes. Mostram alta necessidade de oxigênio,
embora
alguns porta-enxertos, como trifoliata, sejam menos exigentes. A distribuição e
a
quantidade de raízes depende do porta-enxerto, da copa, da idade e das
condições do solo.
Laranjeiras adultas (10-23 anos de idade) têm cerca de 90%
das raízes na profundidade de 60
cm. Entre 75 a 99% das raízes encontram-se na
área compreendida num raio de 2 m a partir do
tronco (MONTENEGRO, 1960).
            Embora as plantas possam viver
dezenas de anos, mais de 1 século, a vida útil varia
entre 20 e 30 anos,
aproximadamente.
 
IRRIGAÇÃO
 
            Estima-se
que existam hoje 30 milhas de laranjais irrigados no estado de São Paulo
(1998). O
primeiro grande projeto de irrigação na citricultura paulista foi
instalado no inicio da década de 70, por
iniciativa da Fazenda Sete Lagoas, no
município de Conchal, em área de 2.200 há de laranjeiras natal,
valência, pêra
e murcote. Nos últimos seis anos grandes empresas, assim como pequenos e médios
citricultores, têm contribuído para o aumento da área irrigada.
 
            Registram-se
resultados positivos na irrigação de pomares de laranja em muitas propriedades,
mas verificam-se também casos de insucesso. Com freqüência atribui-se o
fracasso ao equipamento e não
à falta de experiência do operador do equipamento
no manejo da água.
 
            Ao
analisar tecnicamente os projetos de irrigação de laranja que deram errado,
observa-se que,
na maioria das vezes, o problema foi o desconhecimento da hora
certa de iniciar a irrigação e também da
quantidade de irrigação necessária.
 
            Convém
saber que altas produtividades em pomares de laranja dependem da emissão de
floradas
intensas na área. E a indução fisiológica da florada na planta
baseia-se na falta de água (déficit hídrico)
no solo ou na ocorrência de baixas
temperaturas ambientais.
 
            Na
região do mar Mediterrâneo (Espanha, Israel, etc.), por exemplo, a indução
floral da laranja é
comandada pelas baixas temperaturas no inverno. Quando
chega a primavera, todas as variedades
tendem a florescer simultaneamente e o
escalonamento da produção para suprir a demanda anual só
pode ser obtido pela
utilização conjugada de variedades precoces, médias e tardias.
           
            Já
na região da Flórida, nos Estados Unidos, a indução floral pode ser comandada
tanto pelas
temperaturas baixas no inverno, quanto pelo déficit hídrico no
solo, dependendo das condições climáticas
de cada ano. Isso confere à região maior
capacidade de floradas defasadas no tempo.
 
            Nas
zonas citrícolas tradicionais do Brasil, localizadas no centro-oeste do estado
de São Paulo
(Bebedouro, Matão, São José do Rio Preto, etc), o que comanda a
emissão floral é somente o déficit

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hídrico no solo, porque as temperaturas de


inverno não são suficientemente baixas. Já na região sudeste
do Estado de SP
(Itapetininga, Pilar do Sul, São Miguel Arcanjo, etc), tanto as baixas
temperaturas de
inverno e o déficit hídrico no solo, poderão comandar a emissão
floral de acordo com as condições
climáticas de cada ano agrícola. Assim, quem
tenha comprado um equipamento de irrigação e comece a
irrigar tão logo pare de
chover, corre o risco de reduzir a produtividade de seus pomares, se o déficit
hídrico não tiver sido suficiente para induzir a floração, principalmente na
região centro-oeste de SP. Em
suma, água fora de hora mais atrapalha do que
ajuda o produtor a colher mais.
 
            A
experiência do manejo da irrigação em pomares de laranja mostra ser impossível
oferecer uma
recomendação pronta e acabada sobre a conduta a seguir, à maneira
de uma receita de bolo, porque as
condições climáticas variam de ano para ano.
A estratégia de irrigação que funciona em um ano mais seco
pode não servir para
ano mais úmido. Outros fatores também influenciam: posição do talhão na área,
combinação variedade-porta-enxerto, profundidade do sistema radicular e tipo de
solo.
 
A solução técnica para o manejo
racional da irrigação em pomares está no monitoramento rigoroso da
umidade do solo.
A introdução recente no Brasil do tensiômetro digital de punção tem contribuído
para
assegurar o sucesso da irrigação em citros. O que diferencia a nova
tecnologia em tensiômetros é a alta
precisão do leitor digital, associado ao
baixo custo de instalação em larga escala do equipamento.
 
 
FERTIRRIGAÇÃO, RECURSO PODEROSO.
 
            A
irrigação localizada, além de possibilitar a aplicação de adubos por seu
intermédio,
mostra vantagens inesperadas, como a melhor convivência das plantas
com o amarelinho.
 
            O
grande interesse pela irrigação localizada se deve especialmente à economia de
água, energia
elétrica e mão-de-obra, além do substancial aumento de
produtividade e qualidade das frutas por ela
proporcionado. Verificou-se também
que pomares irrigados de forma localizada convivem melhor com a
clorose
variegada dos citros (CVC).
 
            Suas
principais vantagens podem ser assim relacionadas:
- Economia de fatores de
produção, como água e energia elétrica, por haver o umidecimento de apenas
parte do volume do solo (quando comparado aos sistemas de irrigação não
localizada).
- Por ser a água levada
diretamente à zona das raízes, perdas por percolação ou evaporação são mínimas.
- Desestímulo ao crescimento de
plantas invasoras por supressão da irrigação nas entrelinhas da cultura.
- Garantia de precisão no
fornecimento de água e distribuição uniforme, graças à evolução dos
equipamentos, como emissores autocompensáveis, válvulas hidráulicas e filtros.
- Alta eficiência no
fornecimento de água, alcançando facilmente 90% no gotejamento e 85% na
microaspersão (contra 60 a 70% da aspersão convencional).
 
            Essas
características criam as condições necessárias para a aplicação de
fertilizantes via água de
irrigação – fertirrigação -, que constitui a maior
vantagem do sistema e a mais poderosa ferramenta para
a condução da cultura.
 
Fertilizantes utilizados na fertirrigação
Nitrogenados
Sólidos Líquidos
Nitrato de amônio Uran
Nitrato de cálcio Sulfuran
Nitrato de potássio  
Uréia  
Sulfato de amônio  
Potássicos
Sólidos
Cloreto de potássio
(branco em pó)  
Sulfato de potássio  
Nitrato de potássio  
Fosfatados
Sólidos Líquidos
MAP purificado Ácido fosfórico

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Calagem
e adubação dos citros
 

Critérios
e Recomendação da Calagem e Adubação dos Citros
 
            Dada
a relação entre a disponibilidade dos nutrientes no solo, sua concentração no
tecido vegetal,
o crescimento e a produção de frutos, estudos desenvolvidos no
Brasil, desde a década de 60, têm trazido
contribuições significativas para o
estabelecimento de padrões de interpretação e de manejo do estado
nutricional
dos citros através das análises químicas de solo e de folhas.
 
            Análise de solo
                  
            A
amostragem de solo para os citros é feita em glebas ou talhões homogêneos
quanto a cor e
textura do solo, posição no relevo e manejo do pomar, idade das
árvores, combinações de copa e porta-
enxerto e produtividade. As amostras de
solo devem ser coletadas na faixa de adubação, nas
profundidades de 0-20cm, com
o intuito de recomendar a adubação e calagem, e 20-40cm, com o
objetivo de
diagnosticar barreiras químicas ao desenvolvimento das raízes, ou seja,
deficiências de Ca
com ou sem excesso de Al+3. Recomenda-se a coleta
de pelo menos 20 subamostras que comporão a
amostra representativa do talhão a
ser encaminhada para o laboratório. As amostras, com cerca de
250cm3,
devem ser secas ao ara e acondicionadas em sacos ou caixas de papel. A época
mais apropriada
para coleta é de fevereiro a abril, garantindo-se um intervalo
mínimo de 60 dias após a última adubação.
Para garantir maior eficiência e representatividade
da amostragem, a coleta das subamostras deve ser
feita com trados do tipo
holandês, sonda ou similares.
            Os
padrões de fertilidade do solo com base na amostragem da camada de 0-20cm foram
obtidos
com curvas de calibração das análises de macro (Quadro 1) e
micronutrientes (Quadro 2) no solo,
específicas para citros.
 
QUADRO 1 – Padrões de fertilidade para a interpretação de
resultados de análise de solo para citros(1)
Classes
de teores P-resina K Mg Saturação
por
(mg/dm3) (1)
(mmol/dm )3 (1)
(mmol/dm )3 bases (%)

         
Muito baixo <6 <0,8 - <26
         
Baixo 6-12 0,8-1,5 <4 26-50
         
Médio 13-30 1,6-3,0 4-8 51-70
         
Alto <30 <3,0 <8 <70
(1)   
Esta é a nova representação, pelo Sistema Internacional de
Unidades (SI). Os resultados
expressos em mmol/dm3 (milimos de carga por
decímetro cúbico) são dez vezes maiores do que
os expressos em meq/100cm3,
usados anteriormente.
 
 
 
 
 
 
 
QUADRO 2 – Interpretação de resultados de análise de solo
para S e micronutrientes
Classes
de S-SO4 B Cu Mn Zn
teores 3 (mg/dm 3) (mg/dm 3) (mg/dm 3) (mg/dm3)
(mg/dm )
           
Baixo <5 <0,20 <0,3 <1,5 <0,7
           
Médio 5-10 0,20-0,60 0,3-1,0 1,5-5,0 0,7-1,5
           
Alto >10 >0,60 >1,0 >5,0 >1,5
 
            Análise  foliar
 

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10/11/2021 14:01 CULTURA DOS CITROS

                      Os
teores totais obtidos com a análise foliar não dependem unicamente da
disponibilidade do
nutriente no solo, pois estão sujeitos à influência de
vários outros fatores como taxa de crescimento do
tecido vegetal, idade da
folha, combinações copa e porta enxerto, e interações com outros nutrientes.
                      Os
teores de N, P e K diminuem com a idade da folha, enquanto os de Ca, por
exemplo,
aumentam nas folhas mais maduras. Também, não se dispõe de informações
precisas para interpretar os
resultados da análise foliar de forma diferenciada
para combinações de copas e porta-enxertos
específicas. Pelos motivos citados,
as folhas coletadas para análise devem apresentar a mesma idade e
provir de
plantas cultivadas em condições semelhantes.
                      A
amostragem é feita coletando-se a terceira ou quarta folha a partir do fruto,
geradas na
primavera, com aproximadamente seis meses de idade, normalmente de
fevereiro e março, em ramos
com frutos de 2cm a 4cm de diâmetro. Recomenda-se
amostrar pelo menos 25 árvores em áreas de no
máximo dez hectares. Coletam-se
quatro folhas não danificadas por árvore, uma em cada quadrante e na
altura
mediana, no mínimo 30 dias após a última pulverização. As amostras devem ser
acondicionadas em
sacos de papel ou plásticos e guardadas em geladeira, à
temperatura aproximada de 5ºC, até o envio
para o laboratório, num período
inferior a dois dias após a coleta no campo.
 
            Calagem
 
            A
avaliação da acidez do solo para a recomendação de calagem para citros é feita
por meio da
determinação da acidez tampão (H+AI), da soma de bases (Ca+Mg+K) e
da capacidade de troca catiônica
(CTC) a pH 7,0 (Sistema IAC de análise de
solo).
            A
necessidade de calcário é calculada para elevar a saturação por bases (V) a 70%
na camada
superficial do solo (0-20cm de profundidade). Este valor corresponde
a pH 5,5 determinado em solução
de CaCl2. Recomenda-se também o
manejo da calagem para elevar e manter os níveis de Mg no solo em
pelo menos
4mmol/dm3 ou, idealmente, 8mmol/dm3. A produção máxima de
laranjas foi observada para
valores de V de 60% e Mg no solo ao redor de 9,0
mmol/dm3. O cálculo da calagem é feito com a
seguinte fórmula: 
 
 
 
 
 
 

  CTC(V -V )
2 1
10 PRNT
NC =                           em que:
 
NC        =
necessidade de calagem, t/há;
CTC      = capacidade
de troca de cátions, mmol/dm3;
V1         = saturação por bases atual do solo, da
camada arável de 0-20 cm, %;
V2         =
saturação por bases desejada para os citros, %;
PRNT    = poder
relativo de neutralização total do calcário.
 
                      Para
culturas perenes, como os citros, é importante fazer a correção da acidez antes
da
implantação do pomar, com a incorporação mais profunda possível do calcário.
Além disso, recomenda-se
a aplicação de uma quantidade adicional de calcário
(250g/m de sulco) no sulco, onde serão colocadas as
mudas, junto ao P, para
estimular o crescimento do sistema radicular.
 
            Adubação NPK
 
            Trabalhos
realizados no Brasil permitiram, pela primeira vez, fazer a calibração da
análise de solo
para P e K em citros, com base na extração com resina de troca
iônica. Os resultados mostraram que a
análise de solo é uma excelente
ferramenta para o diagnóstico da disponibilidade desses elementos para
os
citros. Os limites das faixas de interpretação de teores (muito baixo, baixo,
médio etc) para o K são
semelhantes aos usados para as culturas anuais, mas,
para o P, os valores para culturas perenes são um
pouco mais baixos. Existe uma
correlação bastante estreita entre os níveis de P no solo e a produção
relativa
de frutos de árvores adultas. A resposta da produção de frutos à adubação com K
é também
bastante significativa. O incremento da produção é maior para valores
muito baixos e baixo de K no solo,
definidos de acordo com os padrões de
fertilidade do solo.
            As
tabelas de recomendação da adubação N, P e K para os citros são divididas em
três fases na
cultura: plantio, árvores jovens (até cinco anos de idade) e
árvores adultas (em produção).
                      Na
implantação do pomar, recomenda-se a aplicação apenas de P nos sulcos, em doses
que
variam de 20 a 80g de P2O5/m linear de sulco, junto
com o calcário.

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10/11/2021 14:01 CULTURA DOS CITROS

            Para
a fase de formação, as doses de N, P2O5 e K2O
recomendadas levam em conta a idade do
pomar e os resultados da análise de solo
para P e K para atender às necessidades de crescimento da copa
e ao início de
produção de frutos (Quadro 3).
           
QUADRO 3 – Recomendações de adubação para citros em
formação, por idade e em função da análise do
solo(1)
P-resina K
trocável
(mg/dm3) (mmol/dm³)
Idade N
0-5 6-12 13-30 >30 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
(anos) (g/planta)
P2O5 K2O
(g/planta) (g/planta)
0-1 80 0 0 0 0 20 0 0 0
                   
1-2 160 160 100 50 0 80 60 0 0
                   
2-3 200 200 140 70 0 150 100 50 0
                   
3-4 300 300 210 100 0 200 140 70 0
                   
4-5 400 400 280 140 0 300 210 100 0
(1) Para a variedade de laranja ‘Valência’ reduzir as
doses de K em 20%.
 
Resultados
recentes da pesquisa mostraram que na fase de formação, a resposta dos citros à
adubação com Pé maior para copas enxertadas em tangerineira ‘Cleópatra’, em
comparação ao limoeiro
‘Cravo’ e ao citrumelo ‘Swingle’. A calibração dos
teores de P no solo parece distinta daquela na fase de
produção de frutos. O
nível crítico para as árvores jovens é superior aos 20mg/dm3
reportado para
árvores ser limitado a um volume menor de solo, e a absorção de
P ocorrer principalmente por difusão
desse elemento. Também há resultados que
indicam que nesta mesma fase de condução dos citros no
campo (antes de cinco
anos de idade), a resposta de copas em citrumelo ‘Swingle’ à adubação com K
seja
maior em comparação a outros porta enxertos. Daí, provavelmente, uma
explicação para o fato de o
citrumelo ‘Swingle’ induzir frutas com boa
qualidade de suco.
No caso
dos citros em produção, as doses de nutrientes recomendadas foram determinadas
a
partir de curvas de calibração para máxima produção econômica dos citros, em
função dos teores foliares
de N, P e K no solo. Nesta fase, doses distintas são
recomendadas para laranjas e lima ácida ‘Tahiti’, e
limões, tangerinas e tangor
‘Murcote’. Ainda nessa fase, é importante levar em consideração a
produtividade
esperada para a definição das doses de fertilizantes a adicionar aos citros,
uma vez que
plantas mais produtivas extraem e exportam quantidades maiores de
nutrientes. Em média, uma tonelada
de frutos de laranja contém 2,4kg de N e
2,0kg de K, além do que é necessário para a formação e
desenvolvimento do
restante da planta.
A análise
do solo não fornece parâmetros para a adubação nitrogenada dos citros, pois
ainda não
se dispõe de métodos adequados para avaliar a disponibilidade de N no
solo. No entanto, o teor de N
foliar tem mostrado, em pesquisas feitas no
Brasil, ser um bom indicador para ajustar as doses de N
definidas, conforme a
produção pendente de frutos. Para teores acima de 28g de N/kg a resposta à
produção de frutos é praticamente inexistente. No caso de limões, o teor
adequado de N nas folhas
parece ser menor que aqueles em laranjas e situa-se em
torno de 22g de N/kg.
Os citros
armazenam uma grande quantidade de N na biomassa, que pode ser redistribuída,
principalmente para órgãos em desenvolvimento como folhas e frutos. Por este
motivo, a redução da
adubação com N pode não afetar a produção de frutos de
imediato, contudo, quando as doses de N forem
inferiores às recomendadas, as
árvores podem sofrer uma gradativa redução da densidade e crescimento
da copa,
que, consequentemente, acarretará em perdas na produção de frutos em anos
posteriores.
O manejo
dos adubos nitrogenados é importante para garantir a eficiência de uso do N.
Com as
práticas recomendadas para o controle do mato no pomar, por meio de
herbicidas ou roçadeira, evitando
o uso de grades, os fertilizantes são
aplicados na superfície do solo, às vezes sobre resíduos de plantas.
Nessas
condições, a uréia, fonte de N mais comum no Brasil, está sujeita a perdas por
volatilização de
amônia se não ocorrer chuva ou irrigação em até dois dias após
a aplicação, para incorporar o fertilizante
ao solo. Avaliações de campo têm
mostrado que as perdas por volatilização podem variar de 15% a 45%
do N
aplicado à superfície do solo como uréia.
O ajuste
da adubação nitrogenada com base na análise de folhas é muito importante, pois
a falta
ou excesso de N interfere no tamanho e na qualidade dos frutos.
A
adubação com P em citros vinha sendo negligenciada no Brasil em função de dados
obtidos em
outros países que sugeriam que esta cultura era pouco responsiva a
esse elemento. Essa informação não
levava em conta que em muitas regiões
produtoras no exterior, os citros são cultivados em solos
desenvolvidos a
partir de sedimentos ricos em P e que os solos no Brasil são, em geral,
deficientes nesse

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10/11/2021 14:01 CULTURA DOS CITROS

nutriente. Resultados obtidos têm mostrado respostas


expressivas a P em pomares adultos cultivados em
solos pobres.
            Para
as aplicações de adubo na superfície, deve-se utilizar fontes de P solúveis em
água. Além
disso, devido à baixa mobilidade do P nos solos, é recomendável
fazer a incorporação do adubo, com o
calcário, uma vez por ano, especialmente
nos solos nos quais a deficiência de P pode ser limitante.
Também, a melhor
oportunidade de incorporar P ao solo é na fase de implantação do pomar.
            A
adubação é feita na época das águas, período de maior demanda das plantas. O
parcelamento
das doses de N e K em três ou quatro aplicações durante o ano
aumenta a eficiência da adubação, por
evitar perdas de nutrientes no solo com a
água de drenagem, o que ocorre principalmente em solos
arenosos, e por adequar
a demanda de nutrientes em diferentes períodos de desenvolvimento dos citros
(do florescimento à maturação dos frutos). Para pomares em produção aplicam-se
de 30% a 40% do N e
K na época do florescimento, e o restante é dividido entre
os meses de outubro a março do ano seguinte.
O P pode ser aplicado em dose
única nos meses de agosto e setembro.
 
Micronutrientes Essenciais aos
Citros
 
1.
INTRODUÇÃO
 
                      A
nutrição dos citros apresenta aspectos de grande importância que devem ser
considerados
atentamente para que seja proporcionado um bom desenvolvimento das
plantas. É necessário que haja
um bom equilíbrio entre as quantidades dos
diferentes nutrientes, para atender às exigências das plantas.
            São
aceitos como principais macronutrientes em peso o carbono – C, oxigênio – O e
hidrogênio –
H que as plantas retiram do ar e da água e que constituem cerca de
95% do seu peso. Os outros 5%
compõem-se de: macronutrientes minerais que somam
cerca de 4,5% do peso total e 0,5%
correspondendo a micronutrientes, que entram
em quantidades bem menores, na nutrição. São seis os
macronutrientes minerais
mais importantes: nitrogênio – N, fósforo – P, potássio – K, cálcio – Ca,
magnésio – Mg e enxofre – S. São também seis, os micronutrientes essenciais
para os citros: zinco – Zn,
boro – B, manganês – Mn, cobre – Cu, ferro – Fé e
molibdênio – Mo.
            Cada
um dos nutrientes tem, em associação com outros ou isoladamente, funções
específicas que
influenciam o comportamento das plantas quanto a seu
crescimento, produção de frutas e sua qualidade
interna e externa, longevidade,
resistência a pragas e moléstias, etc. Para exemplificar, o nitrogênio, que
é
considerado o nutriente mineral mais importante para os citros, quando está em
deficiência, provoca a
diminuição ou até, em casos mais graves, a paralisação de
crescimento das plantas, culminando com o
secamento das extremidades dos ramos
e, em conseqüência, prejuízos sérios à produção de frutas.
 
2. MICRONUTRIENTES
 
                      Tratando
especificamente dos micronutrientes, embora sua quantidade em peso seja muito
reduzida, eles exercem funções enzimáticas importantes e participam ativamente
do metabolismo dos
citros.
            A
seguir são apresentadas as características que permitem reconhecer visualmente
a deficiência
de cada micronutriente, bem como as funções que desempenham no complexo
nutricional. Já que os
sintomas descritos referem-se à falta acentuada do
micronutriente, isto indica que as plantas com tais
sintomas estão sofrendo a
carência apontada.
            A
fim de conhecer a tendência da falta de dado nutriente, antes que haja um
desequilíbrio grave
para a nutrição dos citros, é usada a diagnose foliar. Esta
diagnose apresenta, dentro de alguns
parâmetros que tem sido determinados, a
possibilidade de serem tomadas medidas acauteladoras, com o
suprimento do
nutriente, ou nutrientes, em falta.
 
2.1.
ZINCO – Zn
 
- Funções: É elemento essencial para a vida
das plantas embora não sejam bem claras suas
funções. Suas carência provoca uma
queda acentuada da clorofila, o que leva a pensar que ele interfere
na sua
produção. É Geralmente aceito que o zinco participa da formação de auxinas de
crescimento e da
ativação de enzimas estimulando o crescimento vegetativo,
tamanho das folhas e sua cor verde.
            - Sintomas de
carência: Com a falta de zinco há redução de tamanho das brotações
novas e
das folhas. Há clorose acentuada do limbo, em faixas entre as nervuras.
Em casos agudos, aparece o
aspecto de “zebradas”. Os internódios são curtos. Há
tufos de folhinhas. Há redução de botões, ocorrendo
pequena produção de frutos
de tamanho reduzido, de casca lisa, pálidos e com pouco suco.
2.2. BORO
 
            - B no solo: Tem sido
encontrado B no solo na faixa de 2 a 100ppm o que, por si só, tem pouco
valor
para saber de sua disponibilidade. Ele se encontra no solo como parte de alguns
silicatos. Alguns
fatores influem na sua disponibilidade, sendo importantes a
acidez ou a alcalinidade do solo, a quantidade
de colóides, a matéria orgânica,
o cálcio e outros. É mais comum a deficiência de boro nas plantas em

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10/11/2021 14:01 CULTURA DOS CITROS

solos
naturalmente ácidos, em que o B foi lavado; em solos arenosos; em solos
alcalinos; em solos pobres
em matéria orgânica, etc.
            A
faixa de segurança entre a deficiência e o excesso d B é pequena. A toxidez é
tão grave quanto
a sua falta, manifestando-se nas folhas por um amarelecimento
das pontas, que se estende para as
margens. Mais tarde pode haver a formação de
resinas na face inferior seguindo-se queda de grande
número delas com grave
deperecimento e até morte de plantas.
                      Algumas
práticas culturais podem interferir na disponibilidade de B às plantas: a) a água
de
irrigação com 0,10 a 0,20ppm de B dificulta o aparecimento da deficiência,
mas se o conteúdo de B for
maior que 0,75ppm, os citros podem mostrar toxidez;
b) adubações orgânicas freqüentes reduzem a
deficiência de B; c) o salitre do
Chile (nitrato de sódio contém impurezas das quais o B faz parte, podendo
diminuir a deficiência de B; d) o mesmo acontece em São Paulo, com os calcários
sedimentares da região
de Limeira – Piracicaba – Rio Claro nos quais são
encontrados alguns micronutrientes; e) as calagens
pesadas podem interferir na
utilização do B pelas plantas, tornando-o insolúvel.
 
2.3. MANGANÊS – Mn
 
            Funções: O manganês ocupa posição
semelhante à do zinco na nutrição das plantas, quanto à
quantidade. Sua função
não é bem conhecida, mas parece ser necessário para a síntese da clorofila. O
Mn
parece exercer também função catalítica, ajudando na atividade respiratória
das plantas, na translocação
do ferro, etc.
            Sintomas de carência: Em folhas de
tamanho normal, com maior freqüência nas partes mais
sombreadas das plantas,
aparecem cloroses entre as nervuras, menos acentuadas do que as de zinco.
Seria
como que uma leve deficiência de zinco, sem redução do tamanho das folhas.
            Mn no solo: O Mn ocorre nos solos
normalmente na forma de óxidos. Compostos de Mn, como o
dióxido de Mn,
apresentam baixa disponibilidade às plantas, diminuindo a acidez do solo, a
solubilidade do
Mn decresce, tornando-se pouco disponível, com pH acima de 6,5.
Certas condições do solo podem
influenciar a deficiência de Mn, a saber: solos
de aluvião derivado de material calcário; solos calcários mal
drenados e com
alto teor de matéria orgânica, solos muito arenosos e pobres originalmente em
Mn, etc.
            Algumas
práticas culturais influenciam na disponibilidade de Mn no solo: a) calagens
exageradas
neutralizando a acidez no solo, comumente originam deficiência de Mn
por sua insolubilização; b) a
queima de matéria orgânica em solos ricos em
cálcio, produz alcalinidade que induz a deficiência de Mn;
c) em solos muito
ácidos, o excesso de Mn livre causa toxidez, com prejuízos à produção.
            REUTHER
e outros (1954) na Flórida constataram que após 15 anos de adubações
continuadas de
citros em solo arenoso, com fórmulas contendo manganês, era
comum encontrar excesso do nutriente na
camada de solo de 0 – 30 cm de
espessura, da ordem de 670 a 900kg de Mn por hectare.
 
2.4. COBRE – Cu
 
            Funções: Dentre
os micronutrientes, o cobre participa na nutrição dos citros em doses
reduzidas,
em torno de 5 a 10 ppm nas folhas. Sua função é também pouco
conhecida, admitindo-se ser do tipo
catalítico como a do manganês, ajudando em
outras funções de planta.
            Sintomas de carência:
É comum, na carência de cobre, aparecer uma folhagem de cor verde
escuro, com brotos tenros, angulosos, em forma de S, com folhas gigantes. Com o
prosseguimento da
carência, as brotações novas aparecem com a coloração verde
amarelada, param de crescer e perdem as
folhas. Aparecem bolsas de goma nos
ramos novos, o que também tem ocorrido em plantas muito jovens
em viveiros.
Quando há produção de frutos, eles podem apresentar sintomas de goma
externamente, na
casca, com fendilhamentos transversais, ou longitudinais, e na
parte estilar, antes mesmo dos sintomas
foliares. Tais frutos geralmente
apresentam formações de goma junto às sementes, paralisam
precocemente seu
desenvolvimento e caem antes de amadurecer. A casca dos frutos é grossa e a
quantidade de suco é reduzida. O florescimento de plantas carentes em cobre é
abundante, há bom
pegamento de frutinhos, mas ocorre grande queda deles no verão,
ainda verdes.
            Os
sintomas de goma nos ramos e nos frutos são comuns em laranjeiras; para as
tangerineiras
são restritos aos frutos, enquanto que nos limoeiros são
praticamente ausentes nos frutos.
            Um
excesso de cobre pode provocar toxidez, o que é agravado em solos ácidos e de
baixo teor de
matéria orgânica. Os sintomas mais claros de excesso de cobre
aparecem no sistema radicular, com raízes
pardacentas, curtas e grossas; a
folhagem apresenta-se também bronzeada.
            Cobre
no solo: REUTHER E LABANAUSKAS (1966) relataram que o conteúdo normal de cobre
em
solos de mais de 100 pomares de citros na Flórida (Estados Unidos) variou de
50 a 250ppm, nos
primeiros 15cm de solo, enquanto em solos virgens a  variação era de 1 a 10ppm. Em solos arenosos
da
costa Atlântica, o mais comum é de 3 a 15ppm. Normalmente o subsolo contém
menos cobre que o solo
superficial, mais pode haver exceções. Em solos de
reação alcalina o cobre se insolubiliza e as plantas não
podem aproveitá-lo.
            Algumas
práticas culturais podem influenciar na disponibilidade de cobre no solo: a)
irrigação com
água alcalinizante; b) adubações com altas doses de nitrogênio e
o acúmulo de fósforo com adubações
fosfatadas continuadas, podem causar
deficiências de cobre.
 

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10/11/2021 14:01 CULTURA DOS CITROS

 
 
2.5. FERRO – Fe
 
            Funções: O ferro é elemento essencial
para a formação de clorofila, embora não faça parte dela.
            Sintomas de carência: Com a falta de
ferro, as folhas jovens tornam coloração amarelada, bem
pálida, permanecendo
verdes todas as nervuras. Fica bem destacada uma malha de nervuras verdes, em
um limbo verde amarelado, mais claro, é comum a deficiência de ferro em solos
alcalinos, ricos em
carbonato de cálcio e mais úmidos, quando o nutriente é
pouco assimilado pelas plantas, embora esteja
presente em abundância. Nos solos
ácidos de São Paulo, que contém teores razoáveis de ferro, não têm
sido
verificados sintomas de deficiência desse nutriente. A deficiência de ferro
continuada causa redução
no número e tamanho das folhas, com a morte de ramos
novos. Nos casos mais graves os frutos podem
ficar amarelados, precocemente.
            Em
condições normais de cultivo dos pomares, não ocorrem prejuízos por excesso de
ferro. Um
excesso desse nutriente pode reduzir a assimilação de fósforo.
            Ferro
no solo: O ferro se encontra no solo na forma de óxidos e outros sais, em
quantidades que
atendem às necessidades das plantas, dependendo de sua
solubilidade, que é reduzida fortemente em
solos alcalinos.
            Algumas
práticas culturais em outros fatores influenciam negativamente a
disponibilidade de ferro
no solo: a) solos calcários e mal drenados; b) alta
concentração de metais pesados em solos ácidos,
especialmente zinco, manganês,
cobre ou níquel; presença de fungos e ou nematóides no solo.
           
2.6 MOLIBDÊNIO – Mo
 
                      Funções: O molibdênio é o
micronutriente exigido em menores quantidades pelos citros,
entrando na
composição das folhas apenas com cerca de 0,1 a 1,0 parte por milhão. É, no
entanto,
necessário para a redução biológica dos nitratos que antecede a
formação das proteínas.
            Sintomas de carência: Aparecem nas
folhas manchas amareladas de forma circular, grandes,
entre as nervuras. Na
face inferior das folhas estas manchas se tornam resinosas, com um halo
amarelado. As folhas afetadas contém baixos teores de cálcio e magnésio,
enquanto o potássio é alto.
Somente em casos severos, podem aparecer manchas
grandes, pardacentas, com halo amarelado,
externas, sem afetar o albedo, nos
frutos.
            Molibdênio no solo: JOHNSON (1966)
relatou que em análises de mais de 500 amostras de solo
o valor médio de 2,5ppm
é o normal.
                      O
molibdato, como ánion, é fortemente absorvido por minerais e colóides de solo,
quando a
acidez apresenta pH abaixo de 6,0.
            Em
solos altamente podsolizados o Mo pode estar em níveis baixos e pouco
disponível, por efeito
da acidez elevada.
            Algumas
práticas culturais podem afetar a disponibilidade do Mo: a) calagem em solos
ácidos,
pode ser benéfica; b) o manganês poderá induzir a deficiência de Mo,
por serem elementos antagônicos
entre si; c) as plantas cítricas têm respondido
à adubação com molibdênio na Flórida, Estado Unidos.
 
3. CORREÇÃO DE DEFICIÊNCIAS DE MICRONUTRIENTES
 
            As
deficiências de micronutrientes podem ocorrer de duas maneiras principais: pela
falta real do
micronutriente no solo em quantidade suficiente à necessidade das
plantas; ou por estarem em baixa
disponibilidade para as plantas, sob
influência de alguns fatores. No primeiro caso é imprescindível o
fornecimento
do nutriente às plantas, enquanto, no segundo, a disponibilidade do nutriente
pode ser
melhorada quando for modificada a causa do seu não aproveitamento. É o
caso do excesso de cobre e
manganês; ou do cálcio, que ao elevar o pH do solo
pode ocasionar deficiências de ferro e de zinco; ou do
excesso de fósforo no
solo, causando problemas na assimilação de cobre; etc.
            De
qualquer maneira, o fornecimento do micronutriente problema deve atender mais
rapidamente
às necessidade da planta, com benefícios para o seu desenvolvimento
e produção.
 
3.1. ÉPOCA
 
            A
recomendação usual é a aplicação de micronutriente, em pulverização sobre a
folhagem, na
primavera e no verão, após o florescimento e com enfolhamento
abundante.
 
3.2. MÉTODOS
 
            De
maneira geral, a aplicação de micronutrientes é feita por pulverização sobre a
folhagem. Como
a quantidade de micronutriente exigida pelas plantas é bastante
reduzida, a fim de evitar problemas de
toxidez com excesso de um dado
nutriente, ou mesmo, de antagonismo entre eles, em geral não é
recomendada a
adubação sistemática de micronutrientes junto com macronutrientes, por períodos
prolongados, no solo. É conhecido o problema devido ao uso prolongado de cobre
em fórmulas de

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adubação na citricultura da Flórida, Estados Unidos. A


acumulação desse nutriente no solo levou a
problemas de toxidez para as
plantas, com graves prejuízos ao seu comportamento (REUTHER & SMITH,
1954).
            As
aplicações de micronutrientes no solo são de efeito menor e mais lento, devido
à pequena
movimentação que eles têm no solo. Por outro lado, a correção da
deficiência via solo poderá ser mais
duradoura. SMITH e RASMUSSEN (1959)
constataram que a aplicação de Zn e de Mn misturados na
primeira camada de solo
a 0 – 20cm de profundidade, em doses relativamente altas de 50g a 500g dos
sais, por planta, supriram a deficiência desses micronutrientes, por vários
anos.
            O
B na forma de bórax ou de ácido bórico, pode ser aplicado, tanto na folhagem
quanto no solo,
mas convém fazer somente uma aplicação, uma só vez por ano,
para evitar problemas de toxidez. O
excesso de B pode ser atenuado com a
aplicação de calcário ao solo e pela adubação nitrogenada.
            A
aplicação de Mo no solo não tem dado bom resultado para corrigir sua
deficiência. Ela deverá
ser corrigida com pulverização foliar de molibdato de
sódio.
                      A
deficiência de Fé em solos calcários não tem sido corrigida satisfatoriamente
com o uso de
quelatos, ao contrário dos solos ácidos, em que é sempre mais
fácil. Todas as tentativas de fornecer ferro
via foliar não tem dado bons
resultados. Os quelatos via solo são ainda a melhor forma de corrigir a
deficiência desse micronutriente.
 

DOENÇAS
 
DOENÇAS
CAUSADAS POR FUNGOS
 
Verrugose:
                      Manchas
salientes, irregulares, corticosas que nas laranjas doces se localizam quase
que
exclusivamente nas frutas, sendo raras nas folhas. As lesões de coloração
amarelada depreciam o valor da
fruta. Em limão-cravo ocorre também nas folhas.
A infecção nas frutas ocorre quando ainda estão
pequenas e os tratamentos
preventivos com fungicidas adequados tem dado excelentes resultados.
 
Melanose:
            Pequenas
lesões arredondadas de cor escura que ocorrem em galhos, folhas e frutos. Como
a
verrugose deprecia o valor da fruta, deve ser combatida com pulverização de
produto à base de cobre,
após uma poda de limpeza de galhos secos.
 
Rubelose:
                      Manifesta-se
pelo rompimento da casca e morte dos galhos; examinados, mostram-se estar
revestidos pelo fungo, que se apresenta inicialmente como leve camada clara e
que se torna amarelada
ou salmão. Seu controle se realiza através de eliminação
dos galhos secos e uso de uma pasta à base de
cobre para proteger os cortes.
Bons resultados tem sido conseguidos, efetuando-se o pincelamento dos
ramos
afetados com Carbolineum (produto utilizado para preservação de madeira).
Inclusive em estágio
inicial da doença desnecessário torna-se cortar o ramo
atacado pois este deverá se recuperar.
 
Gomose:
            Ataca a
casca, a parte interna do tronco, raízes e ramos das plantas. Geralmente o
fungo invade a
planta na região próxima ao solo, e que foi acidentalmente
ferida por ferramentas. O local doente solta a
casca e deixa escorrer uma goma
escura. As partes afetadas deverão ser raspadas e pinceladas com uma
calda à
base de cobre a 3%, ou mesmo carbolineum que também tem sido utilizado com bons
resultados.
 
MOLÉSTIAS CAUSADAS POR VÍRUS
 
                      As
principais são: a sorose, a xiloporose e a exocorte. Não há meio de controle.
Devem ser
prevenidas pelo uso de borbulhas rigorosamente selecionadas, tiradas
de plantas sadias.
 
Sorose
                      Pequenas
pústulas aparecem nos ramos e galhos principais, normalmente quando as plantas
atingem cerca de 10 a 15 anos.
            Essas
erupções vão aumentando e chegam a descascar. Há exsudação de goma quando a
doença
se torna severa. A planta degenera lentamente, ficando improdutiva e
sendo necessária a sua eliminação.
            Por
ser uma doença que normalmente se manifesta em planta adulta e considerando o
quadro
anterior, ao observar-se a alta incidência da sorose, pode-se avaliar o
perigo para citricultores que
investem vultosas quantias nos seus pomares,
quando estes podem estar contaminados, sem, entretanto,
mostrarem ainda os
sintomas.
Xiloporose:
            É aparentemente
uma doença pouco importante para a citricultura paulista. O vírus produz, na
planta atacada, deformação no lenho. Há a formação de depressões profundas no
lenho e
correspondentes projeções salientes desenvolvendo-se na parte interna
da casca. Há acúmulo de goma

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10/11/2021 14:01 CULTURA DOS CITROS

nos tecidos de casca que certamente prejudicam a


circulação dos nutrientes, e a planta assim paralisa o
seu crescimento. A
laranja Barão é altamente contaminada e o porta-enxerto do limoeiro cravo é
sensível.
Assim deve-se evitar a enxertia da primeira no segundo.
 
Exocorte:
                      Afeta
somente o limoeiro-cravo, Poncirus trifoliata e seus híbridos, que são
geralmente
empregados como porta-enxerto. Quando variedades contaminadas são
enxertadas nesses cavalos, o
vírus provoca o aparecimento do escamamento e
erupções na casca do porta-enxerto. Esse dano causado
à casca interfere no
desenvolvimento normal do sistema radicular e as plantas paralisam o
desenvolvimento. Com exceção da variedade Pêra (8,4% contaminada), as demais
variedades de
importância comercial estão fortemente contaminadas.
                      Os
sintomas dessa virose manifestam-se quando as plantas ainda são jovens, havendo
casos
raros de sintomas em mudas ainda no viveiro.
 
Leprose:
            É causado
por um vírus disseminado por um ácaro de coloração alaranjada intensa a
vermelho,
que apresenta corpo achatado, de tamanho reduzido, cerca de 0,3 mm, 4
pares de patas e movimentos
lentos.
            Os
sintomas podem aparecer em ramos, folhas e frutos. Nas folhas aparecem manchas
claras
com halo claro característico e o centro quase sempre necrosado. Nos
frutos verdes aparecem manchas
verde-claras, rodeadas por um anel amarelado que
sobressai da cor verde da parte roxa infectada do
fruto. Com o amadurecimento
deste, tais manchas tornam-se pardas ou escurecidas, ligeiramente
deprimidas,
de tamanho variável, às vezes com pequenas rachaduras. Os frutos, quando
atacados, ficam
bastante depreciados ou mesmo inutilizados para o mercado de
frutas frescas pela sua aparência
repugnante. Nos ramos provocam manchas que se
transformam em pústulas salientes, dando-se,
finalmente, a soltura da casca.
Evita-se a disseminação da leprose controlando-se o “ácaro da leprose”,
com
pulverizações de enxofre molhável a 0,3-0,7% ou clorobenzilato a 0,12% ou ainda
dicofol a 0,15%,
além de outros acaricidas específicos.
 
“Tristeza”:
                      Não foi
incluída no citado levantamento por ser também e principalmente transmitida por
um
inseto, que é o pulgão-preto (Toxoptera
citricidus). Assim, é de se esperar que todas as nossas plantas
cítricas
estejam contaminadas por essa virose. Face ao abandono do uso do porta-enxerto
de laranja
azeda, altamente sensível à “tristeza”, as plantas hoje contaminadas
ainda vivem satisfatoriamente
segundo os graus de intensidade do ataque.

            Entretanto, no caso de ataque forte


do vírus da “tristeza” em plantas de laranja-pera em qualquer
de seus cones e
independentemente do porta-enxerto, seus ramos geralmente mostram sintomas de
“caneluras” (“stem pitting”)
associadas com a presença de goma nos tecidos. Paralisação no crescimento
e
produção de frutos pequenos e descoloridos são sintomas adicionais nas plantas
atacadas. Limoeiro
galego e pomeleiros também são sujeitos aos mesmos sintomas,
razão da pequena longevidade dessas
espécies de plantas cítricas.  Não há medidas de prevenção, em virtude da
presença do inseto vetor, que
transmite o vírus de árvore a árvore, como também
pela borbulha, na ocasião da “enxertia”.
            Evidentemente, as doenças de
vírus constituem hoje o maior flagelo da citricultura. O único meio
de
controlá-las é a prevenção. Assim, somente deve-se adquirir mudas cítricas dos
viveiristas que tenham
seu viveiros legalmente registrados no Instituto
Biológico e apresentem o “Certificado de Sanidade de
Estabelecimento Agrícola”.
 

DOENÇAS BACTERIANAS DOS CITROS


 
CANCRO CÍTRICO
                      A
literatura registra cinco formas diferentes de cancro cítrico (Stall &
Civerolo, 1991). As
principais diferenças entre essas formas da doença são a
gama de hospedeiros, a severidade e a
sintomatologia. A forma Asiática, também
conhecida como cancro ou cancrose A, é a mais amplamente
disseminada e a mais
severa das doenças.
            O
cancro cítrico, causado por Xanthomonas
axonopodis pv. Citri (Hasse, 1915) Vauterin et al.
1995, é originário da
Ásia e a primeira descrição da doença foi feita em 1912, quando de sua
introdução
na Flórida, Estados Unidos, por meio de mudas de citros originárias
do Japão (Agrios, 1997). A doença é
encontrada em pelo menos 30 países, sendo
endêmica em todos aqueles produtores da Ásia e em vários
outros da América do
Sul, como Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai (Feichtenberger et al., 1997 e
Amorim & Bergamin Filho, 1999).
                      No
Brasil, a primeira observação de ocorrência do cancro cítrico deu-se em 1957,
por A. A.
Bitancourt, no município de Presidente Prudente (SP), segundo Rossetti
et al. (1982). Disseminou-se para

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10/11/2021 14:01 CULTURA DOS CITROS

outras regiões paulistas e outros estados,


como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná,
Santa Catarina e
Rio Grande do Sul (Feichtenberger, et al., 1997 e Cosave, 2000)
                      O
cancro cítrico tem causado graves prejuízos à citricultura brasileira é um dos
fatores
responsáveis pela recente queda na safra de laranja, cuja produção
vinha numa curva ascendente até
atingir o pico de 428 milhões de caixas, na
safra 1997/1998. No período 1998/1999, caiu para 330
milhões de caixas. O
processamento na industria caiu de 318 milhões de caixas para 279 milhões, o
que
significa cerca de 500 mil toneladas de suco a menos. O reflexo imediato é
a queda na movimentação do
porto de Santos, menos divisas para o país e perda
de espaço no mercado internacional, entre outros
fatores (Fundecitrus, 2001).
            O
cancro cítrico causa lesões locais em folhas, frutos e ramos, as quais são
levemente salientes,
corticosas, da cor de palha ou pardacentas. Nas folhas, as
lesões são salientes e correspondentes nas
duas faces, circundadas por um halo
amarelo que desaparece, quando as lesões ficam mais velhas. Nos
frutos, elas
podem atingir de 2 a 10mm. Os frutos atacados geralmente caem antes de atingir
a
maturação final. Nos frutos verdes, observa-se o anel claro que rodeia as
lesões, o qual desaparece com o
seu amadurecimento. As lesões podem-se juntar
tomando grandes áreas e provocar o rompimento da
casca, o que torna os frutos
imprestáveis para o comércio. Nos ramos, as lesões podem-se unir formando
crostas, que provocam a morte deles quando atingem grandes áreas. Ataques
severos da doença podem
provocar desfolha com conseqüente depauperamento de
plantas, e queda prematura de frutos. Alguns
sintomas causados por outros
patógenos podem ser confundidos com os sintomas do cancro cítrico, sendo
importante uma diferenciação segura desses sintomas.
            A
disseminação a curtas distancias se dá, principalmente, por chuvas e ventos,
mas o principal
agente disseminador é o próprio homem, por meio do transito indiscriminado
de pessoas pelos pomares,
materiais de colheita e de veículos. A longas
distancias, a disseminação ocorre por meio de material de
propagação doente.
 
CLOROSE
VARIEGADA OU AMARELINHA
 
            Tem sido
constatada em pomares do Norte do Estado de São Paulo desde 1987 (Rossetti et
al.,
1990).
            Caracteriza-se
pela presença de manchas cloróticas nas folhas, que evoluem para uma clorose
variegada. Inicialmente, os sintomas manifestam-se em um ramo da planta, mas
posteriormente toda a
planta é afetada. As plantas produzem frutos pequenos e
endurecidos, e tornam-se praticamente
improdutivas.
                      São
afetadas plantas de laranja doce das cultivares Natal, Pêra, Hamlin, Seleta e
Valência
enxertadas sobre limão ‘Cravo’, tangerina ‘Cleópatra’ e limão
‘Volkameriano’. Aparentemente, plantas de
lima ácida Tahiti e tangerinas não
apresentam sintomas (Rossetti et al., 1990).
                      No
pomar, a doença ocorre inicialmente em plantas ao acaso, porém passa a ocorrer
em
reboleiras. As plantas mostram os primeiros sintomas dos três aos cinco anos
de idade. A doença progride
rapidamente e, em dois a três anos após a primeira
constatação do problema, o pomar torna-se
praticamente improdutivo. Sintomas de
clorose variegada têm sido observados também em plantas de
viveiros.
            A
causa da doença ainda não foi determinada. Entretanto, a bactéria Xylella fastidiosa Wells et al
tem sido consistentemente
encontrada em tecidos vasculares de folhas e ramos de plantas cítricas com
clorose variegada (Leite & Leite, 1991).
                      Algumas
medidas devem ser adotadas para prevenir a introdução da doença no pomar. A
recomendação básica é a utilização de material propagativo sadio, proveniente
de plantas matrizes
registradas ou de plantas selecionadas de pomares sem
histórico da doença.

PRINCIPAIS
PRAGAS E SEU CONTROLE

            As pragas dos citros são fatores


limitantes à produção. Ocorrem desde a formação das mudas até
a implantação e
condução do pomar e podem comprometer o desenvolvimento e a produtividade das
plantas ou mesmo inviabilizar economicamente a cultura.

ÁCAROS
ASSOCIADOS À CULTURA

ÁCARO DA FALSA FERRUGEM

Descrição
                      Este
ácaro tem aspecto vermiforme, assemelha-se a uma pequena vírgula, mede cerca de
0,15mm de comprimento e tem coloração amarelo-clara.

Sintomas
            Em função
do ataque, as cascas dos frutos das laranjas doces tornam-se escurecidas,
enquanto
que as cascas dos limões, limas etc, tomam a coloração prateada. Nas
folhas aparecem manchas escuras

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denominadas “manchas de graxa”. O ataque deste


ácaro pode provocar o desfolhamento antecipado das
plantas.

Prejuízos
            Os frutos
escurecidos pelo ataque de P. oleivora ficam depreciados para o consumo in natura.
Podem também ficar menores e
murchos, características que afetam o processo de comercialização. Altas
infestações determinam o definhamento progressivo da planta, comprometendo a
vida útil do pomar. Em
viveiros provocam o surgimento de “manchas de graxas”
nas folhas.
            A freqüência de amostragem
deve ser semanal e pode ser quinzenal durante o período do ano em
que as
condições de temperatura e umidade são menos favoráveis. O controle deve ser
efetuado quando
10% dos frutos amostrados no talhão apresentarem 30 ou mais
ácaros.
                      As recomendações da CATI
(1991) para a determinação do índice de infestação e nível de
controle do ácaro
da falsa ferrugem para a cultura paulista são baseadas no perfil do agricultor
e tipo de
mercado. Para a determinação do nível de infestação, quando apenas se
considera a presença ou ausência
do ácaro, deve-se examinar ao acaso três
frutos ou seis folhas, localizadas na periferia da copa, fazendo
duas leituras
com lupa em cada estrutura amostrada. O índice de infestação é determinado
anotando-se o
número de frutos ou folha em que foi constatada a presença do
ácaro.

            O
controle é recomendado quando:
            a) em 20% dos frutos ou folhas
vistoriados for observada a presença do ácaro, se a produção for
comercializada
in natura;
            b) em 30% dos frutos ou folhas
inspecionados for observada a presença do ácaro, se a produção
for destinada a
indústria.

ÁCARO DA LEPROSE

Descrição
                      São
ácaros achatados de coloração avermelhada. As fêmeas apresentam manchas
escuras,
medem cerca de 0,3mm de comprimento; os machos são menores e não
apresentam manchas.

Sintomas
                      Ao
contrário de P. oleivora este ácaro
distribui-se principalmente na parte interna da copa.
Provoca o aparecimento de
manchas marrons nas folhas, circundadas por um anel claro e, nos frutos
ainda
verdes, manchas pardacentas circundadas por halo amarelado. Nos ramos surgem
lesões
amareladas que vão se tornando salientes e corticosas.

ÁCAROS
DE IMPORTÂNCIA SECUNDÁRIA

            No Brasil
ocorrem outras espécies de ácaros em plantas cítricas. Flechtmann (1983) cita
como
pragas secundárias as seguintes:

            -
Ácaro purpúreo – Panonychus citri (McGregor,
1916)
                                               (Acarina-Tetranychidae)
            - Ácaro branco – Polyphagotarsonemus latus (Banks, 1904)
                                               (Acarina
– Tarsonemidae)
            - Ácaro das gemas – Eriophyes sheldoni (Ewing, 1937)
                                               (Acarina
– Eriophydae)
            - Ácaro mexicano – Tetranychus mexicanus (McGregos, 1950)
                                               (Acarina
– Teranychidae)
            - Ácaro texano – Eutetranychus banksi (McGregor, 1944)
                                               (Acarina
– Tetranychidae)
            - Ácaro amarelo – Lorryia formosa (Cooreman, 1958)
                                               (Acarina
– Tydeidae)
            Dentre estas espécies o ácaro
purpúreo, o ácaro branco é o ácaro-das-gemas são os mais
freqüentes nos pomares
e nos viveiros de citros.

Alguns produtos indicados para


controle de ácaros em citros.
Dose Formulação
e Período
de Classe
Nome
(g i.a./100 I concentração carência tóxico-
técnico
de água) (g i.a./kg ou I) (dias) lógica

  
Ácaro da falsa ferrugem        

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10/11/2021 14:01 CULTURA DOS CITROS

   Abameclim² 0,36 CE 18 7 I
   Bromopropilato 20,0 CE 500 21 III
   Enxofre³ 320,0 PM 800 Livre IV
   Oxido de lenbulatina 30,0 SC 500 14 III
   Quinometionato 25,0 PM 250 14 III
   Cihexatim4 25,0 PM 500 30 III
 
Carbossulfam 10,0 CE 250 7 I
   Etiom 75,0 CE 500 15 I

  
Ácaro da leprose        

1,5 PM 500 30 III


   Hexitiazox5
40,0 SC 500 14 III
   Oxido de fembulatina
25,0 PM 500 30 III
   Cihexatim4 15,0 CE 300 28 III
   Fenpropatrim5 37,5 CE 500 21 III
   Bromopropilato 30,0 PM 250 14 II
   Quinometionato
       
  
Acaro purpúreo
25,0
PM 500 30 III
   Cihexatim4 CE 500 15 I
   Etlhion 100,0
     
  
Ácaro branco
 
PM 800 Livre IV
   Enxofre³
400,0
 
¹I: altamente tóxico; II:
medianamente tóxico; III: pouco tóxico; IV: praticamente atóxico.
²Usar sempre associado a óleo mineral (dose:250ml/100l água). Primeiro misturar
o produto e o óleo, a
seguir colocar a mistura no tanque de pulverização. Após
sua diluição, o produto deve ser aplicado no
mesmo dia.
³Não aplicar em condições de temperatura superiores a 30ºC. Observar intervalo
mínimo de 20 dias para
pulverização com óleo mineral.
4Não aplicar em mistura com óleo emulsionável. Não pulverizar na
presença de brotação nova sob
condições de alta temperatura e seca prolongada.
5Não dever ser reaplicado num período de 12 meses.

COCHONILHAS

                      São
insetos pequenos que formam colônias e permanecem a maior parte do tempo
fixados à
superfície do caule, ramos, folhas, frutos e até raízes das plantas
cítricas. As cochonilhas recobertas por
escamas ou carapaças, devido ao aspecto
distinto que cada espécie apresenta, são conhecidas por:
cabeça-de-prego, escama-vírgula,
escama-farinha, pardinha e picuinha.

COCHONILHAS DE CARAPAÇA

CABEÇA-DE-PREGO

Descrição
            As fêmeas
apresentam carapaça de forma circular, convexa e de cor violácea escura,
medindo
cerca de 2mm de diâmetro. As colônias são formadas geralmente na página
inferior das folhas.

Sintomas
            Esta
cochonilha deprecia os frutos para comércio in natura devido à dificuldade de remoção das
escamas aderidas à
casca. É acentuada a ocorrência em plantas em viveiros, pomares em formação e
pomares domésticos.

Controle
            Deve ser
feito com pulverizações de óleo mineral mais inseticidas nas reboleiras de
ataque.

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10/11/2021 14:01 CULTURA DOS CITROS

Alguns
produtos indicados para controle de cochonilhas.

Nome Dose Formulação e Período de Classe


Técnico¹ (g i.a./100 I concentração carência tóxico-
de água) (g i.a./kg ou I) (dias) lógica²
Óleo mineral emulsionável³ 760 – 1600 CE 756 Livre IV
Dimetoato 60 CE 400 3 I
Diazinon 60 CE 600 14 II
Metidation 40 CE 400 28 I
Vamidotion 24 CE 300 30 II
 
ESCAMA-VÍRGULA
 
Descrição
                      Este
coccídeo possui escama semelhante a virgula ou marisco. A escama da fêmea é
curva e
mede cerca de 3mm de comprimento, enquanto que a do macho é reta e
menor. A coloração varia de
marrom clara a marrom violácea.
 
Sintomas
            Os frutos
infestados são depreciados para o mercado interno e imprestáveis para
exportação, pois
apresentam manchas verdes nas áreas onde as cochonilhas se
fixam.
            As
folhas ficam manchadas de amarelo e encarquilhadas. Quando o ataque é severo
pode ocorrer
a queda de frutos e folhas, bem como a morte de ramos mais novos.
 
Controle
            Inseticidas
indicados para controle desta praga encontram-se na acima.
ESCAMA-FARINHA
            As fêmeas
apresentam a forma de concha alongada de coloração marrom. A escama do macho é
como um pequeno casulo branco notando-se no dorso três carenas longitudinais.
Os machos formam
aglomerações, dando as plantas o aspecto de terem as partes
atacadas pulverizadas de branco.
 
Sintomas
            São
ectoparasitas, infestando folhas, frutos, ramos e tronco. Sugam a seiva
debilitando a planta e
inoculando toxinas, e prejudicam a qualidade dos frutos.
Devido Pa secreção de uma substancia
açucarada, propiciam o desenvolvimento de
fungos (Capnodium sp.) causadores da fumagina, além de
atrair formigas que
contribuem para a sua multiplicação. Altas infestações no tronco ocasionam o
fendilhamento longitudinal da casca podendo levar à morte quando o ataque for
em plantas
 
Controle
            Nas
folhas e frutos pode ser feita pulverização com óleo emulsionável. No tronco e
nos ramos
recomenda-se o pincelamento com a seguinte formula:
            1,0
kg de enxofre molhável
            3,0
kg de cal hidratada
            0,5
kg de sal de cozinha
            10,0
litros de água
 
PARDINHA
 
            O
macho adulto é alado e a fêmea é revestida por uma carapaça quase circular,
achatada e de
coloração pardo-amarelada clara, levemente avermelhada na parte
central, com 2 a 3mm de diâmetro.
 
PICUINHA
 
            Atualmente
é considerada uma das principais pragas da citricultura paulista, em função dos
danos
que provoca e pelas dificuldades de controle.
 

COCHONILHAS DESPROVIDAS DE CARAPAÇAS


 
            Ocorre
também, outro grupo de cochonilhas, denominado sem carapaça, no qual
destacam-se
pela importância as seguintes: cochonilha branca, cochonilha verde
e cochonilha-de-placas.
 
 
COCHONILHA BRANCA
 

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10/11/2021 14:01 CULTURA DOS CITROS

Descrição
            A fêmea
adulta é recoberta por uma secreção branca, pulverulenta, formando 17 apêndices
de
cada lado, dos quais os dois últimos são maiores. Tem corpo oval, de
coloração pardo-avermelhada e
mede de 3 a 5mm de comprimento.
 
COCHONILHA VERDE
 
Descrição
                      São
coccídeos de forma oval, achatados e de consistência mole. Medem cerca de 5mm
de
comprimento e tem coloração verde-clara. As espécies diferenciam-se pela
presença de pontuações
escuras no dorso de C. hesperidium.
 
PULGÃO
 
Descrição
            São
insetos sugadores, pequenos, medindo 1,5 a 2mm de comprimento, com formato
periforme,
de coloração marrom na forma jovem e preta nos adultos. Vivem em
colônias compostas por fêmeas
ápteras. Quando as colônias tornam-se muito
populosas, surgem formas aladas que irão colonizar outros
órgãos ou plantas.
 
Prejuízos
            Sugam a
seiva continuamente, causando o encarquilhamento das folhas e brotos novos,
podendo
ocasionar redução no desenvolvimento da planta. São vetores do vírus
que ocasiona a doença
denominada “tristeza dos citros” e, ainda, pelo excesso
de líquido açucarado que excretam, ocasionam o
desenvolvimento de fungos
causadores de fumagina, que escurece as folhas e reduz a capacidade
fotossintética das plantas.
 

BICHO-FURÃO
 
BICHO-FURÃO
 
Descrição
                      O
inseto adulto é um microlepidoptero acinzentado, com 17mm de envergadura. A
postura é
efetuada na superfície dos frutos. As larvas, inicialmente
marrom-claras, penetram em frutos verdes e
maduros, construindo galerias
internas e alimentando-se da polpa. Quando completamente desenvolvidas
medem
cerca de 18mm de comprimento, são branco-acinzentadas, com oito estrias
longitudinais de
pontuações negras dispostas simetricamente sob o corpo. O
ciclo de vida completa-se entre 12 e 20 dias.
 
 
Prejuízos
            Segundo
Pinto (1986), muitos frutos caem das plantas contendo a lagarta no seu
interior. Essa
queda deve-se especialmente a infecções secundárias, originadas
por fungos e bactérias que penetram
através da perfuração efetuada pela
lagarta. Esses microrganismos promovem a decomposição da região
do fruto
próxima ao orifício de penetração da larva.
            Os
nematóides do gênero Meloidogyne geralmente
não completam o ciclo de vida em citros, o
que é atribuído à impossibilidade de
estabelecerem sítios de alimentação (Orion & Cohn, 1975). M.
javanica tem sido a espécie mais
freqüentemente encontrada associada a citros (Inserra et al., 1978),
sendo que
sua reprodução na cultura foi observada apenas na Califórnia.
                      No
Brasil, as espécies de Meloidogyne não
têm causado danos às plantas cítricas. Porém, M.
javanica foi observada em diferentes porta-enxertos cítricos que
têm como copa a laranjeira ‘Hamlin’
(Citrus
sinensis Osbeck) e a laranjeira ‘Pera’(C. sinensis)( Sharma & Genu,
1982a; 1982b). Em outros
países produtores, as infecções também são raras e de
limitada importância econômica (Inserra et al.,
1978).
                      A
espécie Pratylenchus coffeae, constatada
no estado de São Paulo, é de ocorrência bastante
restrita.
                      Neste
capítulo será dada ênfase à espécie T. Semipenetrans,
por ser considerada a mais
disseminada e importante para a citricultura
nacional.
 
COLHEITA
 
                      A
operação de colheita deve ser realizada com o uso de equipamentos apropriados e
sob
condições climáticas adequadas. O ponto ideal do fruto para o início da
colheita depende do destino deste,
que pode ser para o consumo in natura ou para a indústria de suco.
Em ambas as situações são
necessários cuidados para se obter produtos de boa
qualidade.
 

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PONTO DE
COLHEITA
 
                      Ao
contrário dos frutos climatéricos, como a banana, a maçã e o abacate, os quais
podem
completar a maturação durante o armazenamento ou transporte, os frutos
cítricos devem ser colhidos
quando estiverem fisiologicamente desenvolvidos e
maduros. A maturação caracteriza-se pelo aumento
gradual de suco, decréscimo de
teor de acidez, aumento dos sólidos solúveis e desenvolvimento da cor,
aroma e
sabor.
            Existem
alguns métodos que indicam o estado de maturação dos frutos, a saber:
            Coloração da casca. Normalmente as
plantas sob clima mais ameno apresentam frutas com
coloração da casca mais
intensa do que aqueles conduzidas sob clima quente. Na colheita, e aconselhável
que as laranjas apresentem pelo menos 50% da superfície da casca corada: os
limões e limas ácidas
devem apresentar cascas lisas e brilhantes e as
tangerinas no mínimo 5% da superfície corada, com
exceção da tangerina
‘Murcote’ e ‘Dancy’ que exigem maior percentagem de coloração.
                       Número de dias desde plena floração até a maturação. Variável
em função dos fatores
climáticos, do manejo e das cultivares; para as laranjas
varia de sete a oito meses nas cultivares precoces
e de 11 a 12 meses nas
tardias.
            Quantidade de suco. Determinada a
partir de amostras representativas coletadas no pomar (12
a 15 frutos); a
extração do suco é feita utilizando-se espremedor manual ou centrífuga
elétrica. O
percentual de suco é calculado em relação ao peso total das frutas
amostradas. É desejável teor de suco
superior a 40% para as laranjas, 30% para
os limões e limas ácidas e 35% para as tangerinas.
                      Relação acidez/sólidos solúveis. É o
melhor método de medir o estado de maturação dos
frutos; com o amadurecimento,
a um decréscimo gradativo de ácidos e um acréscimo de açúcares. Os
açúcares, ou
sólidos solúveis, são determinados em refratômetros, e os resultados expressos
em graus
brix; a acidez é obtida pela titulação da amostra de suco com
hidróxido de sódio 0,1 N.
            A
relação acidez/sólidos solúveis (ratio) é
obtida dividindo-se a percentagem de sólidos solúveis
pela percentagem de
acidez total. Essa relação pode variar de 6 a 20, sendo ideal a faixa
compreendida
entre 11 e 14.
 
CUIDADOS NA COLHEITA E NO TRANSPORTE
 
Tanto os
frutos para consumo in natura quanto
aqueles destinados à indústria de suco, devem
ser colhidos com o máximo
cuidado. Injúrias na casca, favorecem o desenvolvimento de fungos, reduzem
o
período de armazenamento, e causam perda do óleo contido nela. Frutos batidos
podem sofrer
transformações físico-químicas, que acarretam redução no período
de armazenamento e na qualidade do
suco.
Para que
a operação de colheita se faça com menores danos aos frutos, recomendam-se as
seguintes precauções:
-           
colher os frutos em sacolas de lona com fundo aberto,
preso por ganchos;
-           
manter os colhedores com as unhas aparadas para evitar
injúrias aos frutos;
-           
manter as caixas de colheita limpas, sem a presença de
materiais estranhos
como areia ou pedregulhos;
-           
evitar a coleta de frutos molhados ou orvalhados;
-           
evitar a coleta de frutos, utilizando-se varas ou ganchos;
-           
manter os frutos colhidos em local ventilado e sombreado.
 
MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A COLHEITA:
 
Na
operação da colheita, dependendo da cultivar e da idade das plantas, são
necessários os
seguintes equipamentos:
-           
Sacolas de lona, com fundo falso;
-           
Caixas de madeira ou plástico, com capacidade para 25 a
40,8kg;
-           
Tesouras com lâminas curtas, pontas arredondadas, e molas
que as conservem
aberta, especialmente para a colheita de tangerinas;
-           
Caixões (bins) com capacidade para 400kg, quando as frutas
são destinadas à
indústria;
-           
Escadas leves e resistentes.
 
MANEJO PÓS-COLHEITA
 
O
transporte dos frutos pode ser feita em caixa, à granel em vagões, caminhões ou
navios. Na
colheita, geralmente são usados ‘sacos de colheita’ apropriados, dos
quais os frutos passam para as
caixas que serão transportadas para o armazém de
acondicionamento ou descarregados a granel. Os
frutos destinados à indústria,
normalmente sofrem apenas uma lavagem, cuja finalidade é livrá-los de
impurezas
prejudiciais à indústria (pedras, galhos, areia, folhas, etc.). Os frutos para
consumo in natura
sofrem, também, a
lavagem, para limpá-los de resíduos aderidos à casca, cochonilhas e fumagina,
com
água aquecida (45ºC) e agitação constante promovida por palhetas na
presença de detergentes especiais.

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Após a lavagem os frutos recebem o


polimento, posteriormente são calibrados, classificados e embalados
de acordo
com seu destino (mercado interno ou externo), seguindo normas e padrões do
Ministério da
Agricultura, os frutos devem ser classificados em grupos, classes
e tipos.
 
 
 MERCADO & PERSPECTIVAS
 
            O
Brasil, maior exportador mundial de suco de laranja, tem nas cotações da Bolsa
de Nova York o
principal balizador dos preços domésticos. O consumo interno da
fruta não é desprezível, pelo contrário.
Mas para cada laranja produzida para
consumo in natura, produzem-se três
para a indústria. Enquanto
não se equilibrar essa proporção, a Bolsa de Nova
York continuará apontando se o produtor colherá com
lucro ou prejuízo.
            Desde
o final de 1996, o mercado esteve frouxo. As cotações do suco não alcançavam a
média
histórica. Os citricultores brasileiros amargavam prejuízos ou mal
obtinham o suficiente para cobrir os
custos de produção. Em fevereiro de 1998,
iniciou-se uma virada nas cotações. A safra seria reduzida,
anunciava-se, em
aproximadamente 20%. Mais tarde, a estimativa foi revista e amais recente
avaliação
dá conta de uma colheita mais de 30% inferior à de 1997.
                      As
razões da redução são várias. Fala-se em uma tendência natural a uma variação
da
produtividade, com uma safra boa alternando-se com outra ruim. Também se
apontam condições
climáticas desfavoráveis – temperaturas muito elevadas e
déficit hídrico – na época da florada. Tratos
culturais pouco rigorosos,
sobretudo adubações insuficientes, são arrolados, justificados pelo desânimo
dos produtores com os preços baixos. Finalmente atribui-se a quebra a doenças,
como a CVC
(amarelinho) e o cancro cítrico, e ao ataque de pragas.
            O
mercado foi mais agitado em agosto de 1998, com a divulgação das primeiras
estimativas da
safra norte-americana. As avaliações indicavam também uma
redução da ordem de 10%, causada por
condições climáticas desfavoráveis na
florada. Em conseqüência disso, houve nova rodada de alta no
mercado
internacional. As projeções dão conta de um mercado em alta pelo menos até
meados de 1999,
em função da redução dos estoques internacionais.
            A
quebra da produção brasileira não afetou o mercado internacional de fruta in natura, porquanto
nosso país não tem
participação significativa nele. Ainda assim, as exportações espanholas
aumentaram.
Normalmente a Espanha supre 40% do mercado mundial de laranjas
frescas.
            Talvez
os bons preços da laranja se mantenham por algum tempo, mas o produtor deve
manter-
se alerta. A valorização do produto é a passageira e a atividade
continua requerendo cada vez mais
profissionalismo. O enfoque constante na
redução de custos e no aumento da produtividade é exigência
básica para permanecer
nesse mercado a longo prazo.
 
 
COMERCIALIZAÇÃO:
Pode se
dar das seguintes maneiras:
·                 
Produção própria da indústria;
·                 
Fruta para indústria;
·                 
Venda da fruta na planta ou no “pé”;
·                 
Fruta para galpão de embalagens e varejistas;
·                 
Por consignação;
·                 
Consórcio ou pool;
·                 
Pelo produtor diretamente nos Ceasas;
·                 
Feiras livres, supermercados, sacolões e ambulantes, etc.
  
 
MAIORES PAÍSES PRODUTORES
 
Suco Concentrado de Laranja – Balanço Mundial
Toneladas Métricas – 65º Brix
Países 1991/92 1992/93 1993/94 1994/95 1995/96 1996/97 1997/98**
PRODUÇÃO 2.015.178 2.162.447 2.128.370 2.204.937 2.298.272 2.583.998 n.d.
   Brasil 1.145.000 1.118.000 1.126.000 1.085.000 1.152.000 1.360.000 n.d.
  
Estados 661.495 858.678 801.891 894.239 913.070 1.029.000 1.130.000
Unidos
  
México 14.000 25.000 36.000 65.000 45.000 40.000 41.000
   Espanha 33.000 24.000 25.000 48.000 59.000 39.000 43.000
   Itália 49.248 38.475 34.628 30.780 36.936 33.858 32.319
Fonte: USDA – Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos
 
 
 
 

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