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Cultura Dos Citros
Cultura Dos Citros
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10/11/2021 14:01 CULTURA DOS CITROS
a) Meliáceas
b) Simaruláceas
c) Rutáceas
Espécies:
Citrus
sinensis Osbek – laranja doce
C.
deliciosa Tenore – mexirica do Rio
C.
limonia Osbek – limão cravo
C. reshui Nortex-tan – tangerina Cleópatra
C. paradisi – pomelo
C. sunki Nortex Jan – tangerina sunki
C. reticulada Blanco – tangerina pokan, cravo
C. medica – cidra
C. reticulada sinensis – tangerina murcot
C. fortunella spp. – tangerina murcot
C.
aurantifolia swingle – lima ácida galego
C. máxima
– toranja
C.
latifolia Tanaka – lima ácida tarti
C.
aurantium – laranja azeda
Poncirus
trifoliata – limão azedo
C. limon
Burn – limão siciliano
3 – DESCRIÇÃO BOTÂNICA
Caule: tronco
cilíndrico, com ramificação normal.
Quando novo apresenta coloração verde e a medida
que a planta envelhece esta
coloração passa para o marrom. Os galhos e os ramos menores suportam a
copa. A
madeira é dura, compacta e de coloração
amarelo-claro.
Raízes
São do tipo pivotante atingindo 60cm na vertical e até
2m na horizontal .
Folhas
São
persistentes, verde-claro quando novas e passam para o verde
mais escuro a medida que
envelhecem. Variam de simples a
compostas, unifoliatas, com limbos inteiros.
Sua forma é elíptica, oval ou
lanciolada e, de aspecto coreácea.
Flor
São
inflorescências solitárias ou agrupadas definidas ou não, do tipo
cacho ou sub-tipo corimbo.
Apresentam pedúnculo curto, liso e articulado. São pequenas, hermafroditas e
apresentam coloração branca.
Fruto
São hesperidium,
podendo ser globulosos ou subglobulosos.
Dividem-se em pericarpo e sementes.
4 –
UTILIZAÇÃO
O fruto é consumido na forma “in natura”, porém, 50 a 55%
é industrializado para a produção de suco. O
caule das plantas podem ser
utilizados na forma de lenha. Algumas espécies são utilizadas na produção
de
ácido cítrico e também na produção de matéria-prima para a indústria farmacêutica.
5 –
VALOR NUTRITIVO – composição química
Composição Quantidade em %
Água 86 a
92%
Açúcar 5 a 8%
Pectina 1 a
2%
Lipídeos 0,2 a
0,5%
Minerais 0,5 a
0,9%
Nitrogenados 0,7 a
0,8%
Óleos 0,2 a
0,2%
Vitaminas, outros
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6 – PRINCIPAIS PRODUTORES MUNDIAIS (em %)
Países %
Brasil 21,86
USS 17,21
China 8,51
Espanha 5,74
México 4,77
Itália 3,71
Egito 3,09
Turquia 2,21
Marrocos 1,57
Argentina 2,46
Produção mundial: 53 milhões de toneladas
7 – PRINCIPAIS PRODUTORES DE LARANJA
(milhões/ton.)
§
Brasil 16,1
§
USA 10,9
§
China 4,7
§
México 2,2
§
Espanha 2,2
8 – PRINCIPAIS PRODUTORES DE TANGERINA
(milhões/ton.)
§
Japão: 2,3 m t
§
Espanha: 1,2 m t
§
Brasil: 0,46 m t
9 – PRINCIPAIS PRODUTORES DE LIMA ÁCIDA
(milhões/ton.)
§
Espanha: 0,73
§
Itália: 0,69
§
Brasil: 0,53
10 – PRINCIPAIS PRODUTORES DE POMELO (milhões/ton.)
§
USA: 2,5
§
México: 0,38
§
Israel: 0,36
§
Brasil: 0,24
11 – PRINCIPAIS IMPORTADORES
§
USA Japão
§
CEE Rússia
12 – PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES DO BRASIL (LARANJA)
Estado Área (há) Produção (t) Rend. (t/há)
SP 758.200 94.800,00 127,1
BA 58.544 3.798,13 75,4
MG 54.422 4.382,47 80,5
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10.
Enxertia
A realização da
enxertia necessita dos seguintes materiais:
§
porta enxerto, ferramentas e fitas ou
fitilhos.
§
Etapas: desbrota, enxertia geralmente
realizada em “T” invertido, amarrio de enxerto,
pegamento, desamarrio, corte do
porta-enxerto, formação da muda, aclimatação e
comercialização.
11. Cultivares
§
Para laranja (83%)
11.1 Precoce: Hamlim,
Piralima, Baia, Baianinha, sanguinea.
11.2
Semiprecoce: Barão, Westin, Rubi.
11.3 Tardia: Pera,
Valência, Natal, Lima Tardia, Folha murcha.
§
Lima ácida e Limão Verdadeiro
11.4 Lima ácida Taiti
11.5 Lima ácida Galego
11.6 Siciliano
11.7 Limão Verdadeiro
§
Para Tangerinas
11.8 Precoce: cravo
11.9 Semi precoce:
mexerica Rio
11.10
Tardia: Ponkan, Tangor Murcot
11.11 Outras: Dancy,
Satsuma, King, Cristal, África do Sul ou Express.
§
Para Pomelos:
Red Bulsh. (vermelho), Marsh seedless (amarelo), Rubi
(vermelho).
14 - PLANEJAMENTO DO POMAR
1- Definir o que plantar,
levando em conta dois aspectos fundamentais: o econômico e o técnico.
1.1- Econômico:
prevenção da evolução da procura no mercado interno e externo e suas
respectivas
rentabilidades.
1.2- Técnico: escolha das espécies e variedades a serem
cultivadas bem como o local, observando sempre
as circunstâncias adversas, como
as condições climáticas.
2- Drenagem
atmosférica: são prejuízos devido às
baixas temperaturas em conjunto aos movimentos do
ar que são verificados em
noites calmas e de céu limpo, o que
resulta na substituição das camadas de ar
em contato com o solo por outras
camadas (geadas).
3- Escolha da região
e da área para o plantio:
escolher solo
arejado com topografia que permita a drenagem atmosférica, que sejam solos
profundos e
que principalmente apresentem leve declividade. O perfil do solo
escolhido atende melhor a cultura se
apresentar as seguintes características
físicas:
3.1 – Argila: com
diâmetro menor que 0,02 mm
3.2 – Limo: com
diâmetro entre 0,02 e 0,2 mm
3.3 – Areia fina:
com diâmetro ente 0,02 e 0,2
3.4 – Areia grossa:
com diâmetro entre 0,2 e 2 mm.
Os elementos grosseiros com diâmetro maior que 2 para
manter a disponibilidade de água, sendo esta de
qualidade igual a:
Na < 05
Na+Mg+Ca
4 – Divisão dos
talhões
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Calagem
e adubação dos citros
Critérios
e Recomendação da Calagem e Adubação dos Citros
Dada
a relação entre a disponibilidade dos nutrientes no solo, sua concentração no
tecido vegetal,
o crescimento e a produção de frutos, estudos desenvolvidos no
Brasil, desde a década de 60, têm trazido
contribuições significativas para o
estabelecimento de padrões de interpretação e de manejo do estado
nutricional
dos citros através das análises químicas de solo e de folhas.
Análise de solo
A
amostragem de solo para os citros é feita em glebas ou talhões homogêneos
quanto a cor e
textura do solo, posição no relevo e manejo do pomar, idade das
árvores, combinações de copa e porta-
enxerto e produtividade. As amostras de
solo devem ser coletadas na faixa de adubação, nas
profundidades de 0-20cm, com
o intuito de recomendar a adubação e calagem, e 20-40cm, com o
objetivo de
diagnosticar barreiras químicas ao desenvolvimento das raízes, ou seja,
deficiências de Ca
com ou sem excesso de Al+3. Recomenda-se a coleta
de pelo menos 20 subamostras que comporão a
amostra representativa do talhão a
ser encaminhada para o laboratório. As amostras, com cerca de
250cm3,
devem ser secas ao ara e acondicionadas em sacos ou caixas de papel. A época
mais apropriada
para coleta é de fevereiro a abril, garantindo-se um intervalo
mínimo de 60 dias após a última adubação.
Para garantir maior eficiência e representatividade
da amostragem, a coleta das subamostras deve ser
feita com trados do tipo
holandês, sonda ou similares.
Os
padrões de fertilidade do solo com base na amostragem da camada de 0-20cm foram
obtidos
com curvas de calibração das análises de macro (Quadro 1) e
micronutrientes (Quadro 2) no solo,
específicas para citros.
QUADRO 1 – Padrões de fertilidade para a interpretação de
resultados de análise de solo para citros(1)
Classes
de teores P-resina K Mg Saturação
por
(mg/dm3) (1)
(mmol/dm )3 (1)
(mmol/dm )3 bases (%)
Muito baixo <6 <0,8 - <26
Baixo 6-12 0,8-1,5 <4 26-50
Médio 13-30 1,6-3,0 4-8 51-70
Alto <30 <3,0 <8 <70
(1)
Esta é a nova representação, pelo Sistema Internacional de
Unidades (SI). Os resultados
expressos em mmol/dm3 (milimos de carga por
decímetro cúbico) são dez vezes maiores do que
os expressos em meq/100cm3,
usados anteriormente.
QUADRO 2 – Interpretação de resultados de análise de solo
para S e micronutrientes
Classes
de S-SO4 B Cu Mn Zn
teores 3 (mg/dm 3) (mg/dm 3) (mg/dm 3) (mg/dm3)
(mg/dm )
Baixo <5 <0,20 <0,3 <1,5 <0,7
Médio 5-10 0,20-0,60 0,3-1,0 1,5-5,0 0,7-1,5
Alto >10 >0,60 >1,0 >5,0 >1,5
Análise foliar
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Os
teores totais obtidos com a análise foliar não dependem unicamente da
disponibilidade do
nutriente no solo, pois estão sujeitos à influência de
vários outros fatores como taxa de crescimento do
tecido vegetal, idade da
folha, combinações copa e porta enxerto, e interações com outros nutrientes.
Os
teores de N, P e K diminuem com a idade da folha, enquanto os de Ca, por
exemplo,
aumentam nas folhas mais maduras. Também, não se dispõe de informações
precisas para interpretar os
resultados da análise foliar de forma diferenciada
para combinações de copas e porta-enxertos
específicas. Pelos motivos citados,
as folhas coletadas para análise devem apresentar a mesma idade e
provir de
plantas cultivadas em condições semelhantes.
A
amostragem é feita coletando-se a terceira ou quarta folha a partir do fruto,
geradas na
primavera, com aproximadamente seis meses de idade, normalmente de
fevereiro e março, em ramos
com frutos de 2cm a 4cm de diâmetro. Recomenda-se
amostrar pelo menos 25 árvores em áreas de no
máximo dez hectares. Coletam-se
quatro folhas não danificadas por árvore, uma em cada quadrante e na
altura
mediana, no mínimo 30 dias após a última pulverização. As amostras devem ser
acondicionadas em
sacos de papel ou plásticos e guardadas em geladeira, à
temperatura aproximada de 5ºC, até o envio
para o laboratório, num período
inferior a dois dias após a coleta no campo.
Calagem
A
avaliação da acidez do solo para a recomendação de calagem para citros é feita
por meio da
determinação da acidez tampão (H+AI), da soma de bases (Ca+Mg+K) e
da capacidade de troca catiônica
(CTC) a pH 7,0 (Sistema IAC de análise de
solo).
A
necessidade de calcário é calculada para elevar a saturação por bases (V) a 70%
na camada
superficial do solo (0-20cm de profundidade). Este valor corresponde
a pH 5,5 determinado em solução
de CaCl2. Recomenda-se também o
manejo da calagem para elevar e manter os níveis de Mg no solo em
pelo menos
4mmol/dm3 ou, idealmente, 8mmol/dm3. A produção máxima de
laranjas foi observada para
valores de V de 60% e Mg no solo ao redor de 9,0
mmol/dm3. O cálculo da calagem é feito com a
seguinte fórmula:
CTC(V -V )
2 1
10 PRNT
NC = em que:
NC =
necessidade de calagem, t/há;
CTC = capacidade
de troca de cátions, mmol/dm3;
V1 = saturação por bases atual do solo, da
camada arável de 0-20 cm, %;
V2 =
saturação por bases desejada para os citros, %;
PRNT = poder
relativo de neutralização total do calcário.
Para
culturas perenes, como os citros, é importante fazer a correção da acidez antes
da
implantação do pomar, com a incorporação mais profunda possível do calcário.
Além disso, recomenda-se
a aplicação de uma quantidade adicional de calcário
(250g/m de sulco) no sulco, onde serão colocadas as
mudas, junto ao P, para
estimular o crescimento do sistema radicular.
Adubação NPK
Trabalhos
realizados no Brasil permitiram, pela primeira vez, fazer a calibração da
análise de solo
para P e K em citros, com base na extração com resina de troca
iônica. Os resultados mostraram que a
análise de solo é uma excelente
ferramenta para o diagnóstico da disponibilidade desses elementos para
os
citros. Os limites das faixas de interpretação de teores (muito baixo, baixo,
médio etc) para o K são
semelhantes aos usados para as culturas anuais, mas,
para o P, os valores para culturas perenes são um
pouco mais baixos. Existe uma
correlação bastante estreita entre os níveis de P no solo e a produção
relativa
de frutos de árvores adultas. A resposta da produção de frutos à adubação com K
é também
bastante significativa. O incremento da produção é maior para valores
muito baixos e baixo de K no solo,
definidos de acordo com os padrões de
fertilidade do solo.
As
tabelas de recomendação da adubação N, P e K para os citros são divididas em
três fases na
cultura: plantio, árvores jovens (até cinco anos de idade) e
árvores adultas (em produção).
Na
implantação do pomar, recomenda-se a aplicação apenas de P nos sulcos, em doses
que
variam de 20 a 80g de P2O5/m linear de sulco, junto
com o calcário.
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Para
a fase de formação, as doses de N, P2O5 e K2O
recomendadas levam em conta a idade do
pomar e os resultados da análise de solo
para P e K para atender às necessidades de crescimento da copa
e ao início de
produção de frutos (Quadro 3).
QUADRO 3 – Recomendações de adubação para citros em
formação, por idade e em função da análise do
solo(1)
P-resina K
trocável
(mg/dm3) (mmol/dm³)
Idade N
0-5 6-12 13-30 >30 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
(anos) (g/planta)
P2O5 K2O
(g/planta) (g/planta)
0-1 80 0 0 0 0 20 0 0 0
1-2 160 160 100 50 0 80 60 0 0
2-3 200 200 140 70 0 150 100 50 0
3-4 300 300 210 100 0 200 140 70 0
4-5 400 400 280 140 0 300 210 100 0
(1) Para a variedade de laranja ‘Valência’ reduzir as
doses de K em 20%.
Resultados
recentes da pesquisa mostraram que na fase de formação, a resposta dos citros à
adubação com Pé maior para copas enxertadas em tangerineira ‘Cleópatra’, em
comparação ao limoeiro
‘Cravo’ e ao citrumelo ‘Swingle’. A calibração dos
teores de P no solo parece distinta daquela na fase de
produção de frutos. O
nível crítico para as árvores jovens é superior aos 20mg/dm3
reportado para
árvores ser limitado a um volume menor de solo, e a absorção de
P ocorrer principalmente por difusão
desse elemento. Também há resultados que
indicam que nesta mesma fase de condução dos citros no
campo (antes de cinco
anos de idade), a resposta de copas em citrumelo ‘Swingle’ à adubação com K
seja
maior em comparação a outros porta enxertos. Daí, provavelmente, uma
explicação para o fato de o
citrumelo ‘Swingle’ induzir frutas com boa
qualidade de suco.
No caso
dos citros em produção, as doses de nutrientes recomendadas foram determinadas
a
partir de curvas de calibração para máxima produção econômica dos citros, em
função dos teores foliares
de N, P e K no solo. Nesta fase, doses distintas são
recomendadas para laranjas e lima ácida ‘Tahiti’, e
limões, tangerinas e tangor
‘Murcote’. Ainda nessa fase, é importante levar em consideração a
produtividade
esperada para a definição das doses de fertilizantes a adicionar aos citros,
uma vez que
plantas mais produtivas extraem e exportam quantidades maiores de
nutrientes. Em média, uma tonelada
de frutos de laranja contém 2,4kg de N e
2,0kg de K, além do que é necessário para a formação e
desenvolvimento do
restante da planta.
A análise
do solo não fornece parâmetros para a adubação nitrogenada dos citros, pois
ainda não
se dispõe de métodos adequados para avaliar a disponibilidade de N no
solo. No entanto, o teor de N
foliar tem mostrado, em pesquisas feitas no
Brasil, ser um bom indicador para ajustar as doses de N
definidas, conforme a
produção pendente de frutos. Para teores acima de 28g de N/kg a resposta à
produção de frutos é praticamente inexistente. No caso de limões, o teor
adequado de N nas folhas
parece ser menor que aqueles em laranjas e situa-se em
torno de 22g de N/kg.
Os citros
armazenam uma grande quantidade de N na biomassa, que pode ser redistribuída,
principalmente para órgãos em desenvolvimento como folhas e frutos. Por este
motivo, a redução da
adubação com N pode não afetar a produção de frutos de
imediato, contudo, quando as doses de N forem
inferiores às recomendadas, as
árvores podem sofrer uma gradativa redução da densidade e crescimento
da copa,
que, consequentemente, acarretará em perdas na produção de frutos em anos
posteriores.
O manejo
dos adubos nitrogenados é importante para garantir a eficiência de uso do N.
Com as
práticas recomendadas para o controle do mato no pomar, por meio de
herbicidas ou roçadeira, evitando
o uso de grades, os fertilizantes são
aplicados na superfície do solo, às vezes sobre resíduos de plantas.
Nessas
condições, a uréia, fonte de N mais comum no Brasil, está sujeita a perdas por
volatilização de
amônia se não ocorrer chuva ou irrigação em até dois dias após
a aplicação, para incorporar o fertilizante
ao solo. Avaliações de campo têm
mostrado que as perdas por volatilização podem variar de 15% a 45%
do N
aplicado à superfície do solo como uréia.
O ajuste
da adubação nitrogenada com base na análise de folhas é muito importante, pois
a falta
ou excesso de N interfere no tamanho e na qualidade dos frutos.
A
adubação com P em citros vinha sendo negligenciada no Brasil em função de dados
obtidos em
outros países que sugeriam que esta cultura era pouco responsiva a
esse elemento. Essa informação não
levava em conta que em muitas regiões
produtoras no exterior, os citros são cultivados em solos
desenvolvidos a
partir de sedimentos ricos em P e que os solos no Brasil são, em geral,
deficientes nesse
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solos
naturalmente ácidos, em que o B foi lavado; em solos arenosos; em solos
alcalinos; em solos pobres
em matéria orgânica, etc.
A
faixa de segurança entre a deficiência e o excesso d B é pequena. A toxidez é
tão grave quanto
a sua falta, manifestando-se nas folhas por um amarelecimento
das pontas, que se estende para as
margens. Mais tarde pode haver a formação de
resinas na face inferior seguindo-se queda de grande
número delas com grave
deperecimento e até morte de plantas.
Algumas
práticas culturais podem interferir na disponibilidade de B às plantas: a) a água
de
irrigação com 0,10 a 0,20ppm de B dificulta o aparecimento da deficiência,
mas se o conteúdo de B for
maior que 0,75ppm, os citros podem mostrar toxidez;
b) adubações orgânicas freqüentes reduzem a
deficiência de B; c) o salitre do
Chile (nitrato de sódio contém impurezas das quais o B faz parte, podendo
diminuir a deficiência de B; d) o mesmo acontece em São Paulo, com os calcários
sedimentares da região
de Limeira – Piracicaba – Rio Claro nos quais são
encontrados alguns micronutrientes; e) as calagens
pesadas podem interferir na
utilização do B pelas plantas, tornando-o insolúvel.
2.3. MANGANÊS – Mn
Funções: O manganês ocupa posição
semelhante à do zinco na nutrição das plantas, quanto à
quantidade. Sua função
não é bem conhecida, mas parece ser necessário para a síntese da clorofila. O
Mn
parece exercer também função catalítica, ajudando na atividade respiratória
das plantas, na translocação
do ferro, etc.
Sintomas de carência: Em folhas de
tamanho normal, com maior freqüência nas partes mais
sombreadas das plantas,
aparecem cloroses entre as nervuras, menos acentuadas do que as de zinco.
Seria
como que uma leve deficiência de zinco, sem redução do tamanho das folhas.
Mn no solo: O Mn ocorre nos solos
normalmente na forma de óxidos. Compostos de Mn, como o
dióxido de Mn,
apresentam baixa disponibilidade às plantas, diminuindo a acidez do solo, a
solubilidade do
Mn decresce, tornando-se pouco disponível, com pH acima de 6,5.
Certas condições do solo podem
influenciar a deficiência de Mn, a saber: solos
de aluvião derivado de material calcário; solos calcários mal
drenados e com
alto teor de matéria orgânica, solos muito arenosos e pobres originalmente em
Mn, etc.
Algumas
práticas culturais influenciam na disponibilidade de Mn no solo: a) calagens
exageradas
neutralizando a acidez no solo, comumente originam deficiência de Mn
por sua insolubilização; b) a
queima de matéria orgânica em solos ricos em
cálcio, produz alcalinidade que induz a deficiência de Mn;
c) em solos muito
ácidos, o excesso de Mn livre causa toxidez, com prejuízos à produção.
REUTHER
e outros (1954) na Flórida constataram que após 15 anos de adubações
continuadas de
citros em solo arenoso, com fórmulas contendo manganês, era
comum encontrar excesso do nutriente na
camada de solo de 0 – 30 cm de
espessura, da ordem de 670 a 900kg de Mn por hectare.
2.4. COBRE – Cu
Funções: Dentre
os micronutrientes, o cobre participa na nutrição dos citros em doses
reduzidas,
em torno de 5 a 10 ppm nas folhas. Sua função é também pouco
conhecida, admitindo-se ser do tipo
catalítico como a do manganês, ajudando em
outras funções de planta.
Sintomas de carência:
É comum, na carência de cobre, aparecer uma folhagem de cor verde
escuro, com brotos tenros, angulosos, em forma de S, com folhas gigantes. Com o
prosseguimento da
carência, as brotações novas aparecem com a coloração verde
amarelada, param de crescer e perdem as
folhas. Aparecem bolsas de goma nos
ramos novos, o que também tem ocorrido em plantas muito jovens
em viveiros.
Quando há produção de frutos, eles podem apresentar sintomas de goma
externamente, na
casca, com fendilhamentos transversais, ou longitudinais, e na
parte estilar, antes mesmo dos sintomas
foliares. Tais frutos geralmente
apresentam formações de goma junto às sementes, paralisam
precocemente seu
desenvolvimento e caem antes de amadurecer. A casca dos frutos é grossa e a
quantidade de suco é reduzida. O florescimento de plantas carentes em cobre é
abundante, há bom
pegamento de frutinhos, mas ocorre grande queda deles no verão,
ainda verdes.
Os
sintomas de goma nos ramos e nos frutos são comuns em laranjeiras; para as
tangerineiras
são restritos aos frutos, enquanto que nos limoeiros são
praticamente ausentes nos frutos.
Um
excesso de cobre pode provocar toxidez, o que é agravado em solos ácidos e de
baixo teor de
matéria orgânica. Os sintomas mais claros de excesso de cobre
aparecem no sistema radicular, com raízes
pardacentas, curtas e grossas; a
folhagem apresenta-se também bronzeada.
Cobre
no solo: REUTHER E LABANAUSKAS (1966) relataram que o conteúdo normal de cobre
em
solos de mais de 100 pomares de citros na Flórida (Estados Unidos) variou de
50 a 250ppm, nos
primeiros 15cm de solo, enquanto em solos virgens a variação era de 1 a 10ppm. Em solos arenosos
da
costa Atlântica, o mais comum é de 3 a 15ppm. Normalmente o subsolo contém
menos cobre que o solo
superficial, mais pode haver exceções. Em solos de
reação alcalina o cobre se insolubiliza e as plantas não
podem aproveitá-lo.
Algumas
práticas culturais podem influenciar na disponibilidade de cobre no solo: a)
irrigação com
água alcalinizante; b) adubações com altas doses de nitrogênio e
o acúmulo de fósforo com adubações
fosfatadas continuadas, podem causar
deficiências de cobre.
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2.5. FERRO – Fe
Funções: O ferro é elemento essencial
para a formação de clorofila, embora não faça parte dela.
Sintomas de carência: Com a falta de
ferro, as folhas jovens tornam coloração amarelada, bem
pálida, permanecendo
verdes todas as nervuras. Fica bem destacada uma malha de nervuras verdes, em
um limbo verde amarelado, mais claro, é comum a deficiência de ferro em solos
alcalinos, ricos em
carbonato de cálcio e mais úmidos, quando o nutriente é
pouco assimilado pelas plantas, embora esteja
presente em abundância. Nos solos
ácidos de São Paulo, que contém teores razoáveis de ferro, não têm
sido
verificados sintomas de deficiência desse nutriente. A deficiência de ferro
continuada causa redução
no número e tamanho das folhas, com a morte de ramos
novos. Nos casos mais graves os frutos podem
ficar amarelados, precocemente.
Em
condições normais de cultivo dos pomares, não ocorrem prejuízos por excesso de
ferro. Um
excesso desse nutriente pode reduzir a assimilação de fósforo.
Ferro
no solo: O ferro se encontra no solo na forma de óxidos e outros sais, em
quantidades que
atendem às necessidades das plantas, dependendo de sua
solubilidade, que é reduzida fortemente em
solos alcalinos.
Algumas
práticas culturais em outros fatores influenciam negativamente a
disponibilidade de ferro
no solo: a) solos calcários e mal drenados; b) alta
concentração de metais pesados em solos ácidos,
especialmente zinco, manganês,
cobre ou níquel; presença de fungos e ou nematóides no solo.
2.6 MOLIBDÊNIO – Mo
Funções: O molibdênio é o
micronutriente exigido em menores quantidades pelos citros,
entrando na
composição das folhas apenas com cerca de 0,1 a 1,0 parte por milhão. É, no
entanto,
necessário para a redução biológica dos nitratos que antecede a
formação das proteínas.
Sintomas de carência: Aparecem nas
folhas manchas amareladas de forma circular, grandes,
entre as nervuras. Na
face inferior das folhas estas manchas se tornam resinosas, com um halo
amarelado. As folhas afetadas contém baixos teores de cálcio e magnésio,
enquanto o potássio é alto.
Somente em casos severos, podem aparecer manchas
grandes, pardacentas, com halo amarelado,
externas, sem afetar o albedo, nos
frutos.
Molibdênio no solo: JOHNSON (1966)
relatou que em análises de mais de 500 amostras de solo
o valor médio de 2,5ppm
é o normal.
O
molibdato, como ánion, é fortemente absorvido por minerais e colóides de solo,
quando a
acidez apresenta pH abaixo de 6,0.
Em
solos altamente podsolizados o Mo pode estar em níveis baixos e pouco
disponível, por efeito
da acidez elevada.
Algumas
práticas culturais podem afetar a disponibilidade do Mo: a) calagem em solos
ácidos,
pode ser benéfica; b) o manganês poderá induzir a deficiência de Mo,
por serem elementos antagônicos
entre si; c) as plantas cítricas têm respondido
à adubação com molibdênio na Flórida, Estado Unidos.
3. CORREÇÃO DE DEFICIÊNCIAS DE MICRONUTRIENTES
As
deficiências de micronutrientes podem ocorrer de duas maneiras principais: pela
falta real do
micronutriente no solo em quantidade suficiente à necessidade das
plantas; ou por estarem em baixa
disponibilidade para as plantas, sob
influência de alguns fatores. No primeiro caso é imprescindível o
fornecimento
do nutriente às plantas, enquanto, no segundo, a disponibilidade do nutriente
pode ser
melhorada quando for modificada a causa do seu não aproveitamento. É o
caso do excesso de cobre e
manganês; ou do cálcio, que ao elevar o pH do solo
pode ocasionar deficiências de ferro e de zinco; ou do
excesso de fósforo no
solo, causando problemas na assimilação de cobre; etc.
De
qualquer maneira, o fornecimento do micronutriente problema deve atender mais
rapidamente
às necessidade da planta, com benefícios para o seu desenvolvimento
e produção.
3.1. ÉPOCA
A
recomendação usual é a aplicação de micronutriente, em pulverização sobre a
folhagem, na
primavera e no verão, após o florescimento e com enfolhamento
abundante.
3.2. MÉTODOS
De
maneira geral, a aplicação de micronutrientes é feita por pulverização sobre a
folhagem. Como
a quantidade de micronutriente exigida pelas plantas é bastante
reduzida, a fim de evitar problemas de
toxidez com excesso de um dado
nutriente, ou mesmo, de antagonismo entre eles, em geral não é
recomendada a
adubação sistemática de micronutrientes junto com macronutrientes, por períodos
prolongados, no solo. É conhecido o problema devido ao uso prolongado de cobre
em fórmulas de
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DOENÇAS
DOENÇAS
CAUSADAS POR FUNGOS
Verrugose:
Manchas
salientes, irregulares, corticosas que nas laranjas doces se localizam quase
que
exclusivamente nas frutas, sendo raras nas folhas. As lesões de coloração
amarelada depreciam o valor da
fruta. Em limão-cravo ocorre também nas folhas.
A infecção nas frutas ocorre quando ainda estão
pequenas e os tratamentos
preventivos com fungicidas adequados tem dado excelentes resultados.
Melanose:
Pequenas
lesões arredondadas de cor escura que ocorrem em galhos, folhas e frutos. Como
a
verrugose deprecia o valor da fruta, deve ser combatida com pulverização de
produto à base de cobre,
após uma poda de limpeza de galhos secos.
Rubelose:
Manifesta-se
pelo rompimento da casca e morte dos galhos; examinados, mostram-se estar
revestidos pelo fungo, que se apresenta inicialmente como leve camada clara e
que se torna amarelada
ou salmão. Seu controle se realiza através de eliminação
dos galhos secos e uso de uma pasta à base de
cobre para proteger os cortes.
Bons resultados tem sido conseguidos, efetuando-se o pincelamento dos
ramos
afetados com Carbolineum (produto utilizado para preservação de madeira).
Inclusive em estágio
inicial da doença desnecessário torna-se cortar o ramo
atacado pois este deverá se recuperar.
Gomose:
Ataca a
casca, a parte interna do tronco, raízes e ramos das plantas. Geralmente o
fungo invade a
planta na região próxima ao solo, e que foi acidentalmente
ferida por ferramentas. O local doente solta a
casca e deixa escorrer uma goma
escura. As partes afetadas deverão ser raspadas e pinceladas com uma
calda à
base de cobre a 3%, ou mesmo carbolineum que também tem sido utilizado com bons
resultados.
MOLÉSTIAS CAUSADAS POR VÍRUS
As
principais são: a sorose, a xiloporose e a exocorte. Não há meio de controle.
Devem ser
prevenidas pelo uso de borbulhas rigorosamente selecionadas, tiradas
de plantas sadias.
Sorose
Pequenas
pústulas aparecem nos ramos e galhos principais, normalmente quando as plantas
atingem cerca de 10 a 15 anos.
Essas
erupções vão aumentando e chegam a descascar. Há exsudação de goma quando a
doença
se torna severa. A planta degenera lentamente, ficando improdutiva e
sendo necessária a sua eliminação.
Por
ser uma doença que normalmente se manifesta em planta adulta e considerando o
quadro
anterior, ao observar-se a alta incidência da sorose, pode-se avaliar o
perigo para citricultores que
investem vultosas quantias nos seus pomares,
quando estes podem estar contaminados, sem, entretanto,
mostrarem ainda os
sintomas.
Xiloporose:
É aparentemente
uma doença pouco importante para a citricultura paulista. O vírus produz, na
planta atacada, deformação no lenho. Há a formação de depressões profundas no
lenho e
correspondentes projeções salientes desenvolvendo-se na parte interna
da casca. Há acúmulo de goma
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PRINCIPAIS
PRAGAS E SEU CONTROLE
ÁCAROS
ASSOCIADOS À CULTURA
Descrição
Este
ácaro tem aspecto vermiforme, assemelha-se a uma pequena vírgula, mede cerca de
0,15mm de comprimento e tem coloração amarelo-clara.
Sintomas
Em função
do ataque, as cascas dos frutos das laranjas doces tornam-se escurecidas,
enquanto
que as cascas dos limões, limas etc, tomam a coloração prateada. Nas
folhas aparecem manchas escuras
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Prejuízos
Os frutos
escurecidos pelo ataque de P. oleivora ficam depreciados para o consumo in natura.
Podem também ficar menores e
murchos, características que afetam o processo de comercialização. Altas
infestações determinam o definhamento progressivo da planta, comprometendo a
vida útil do pomar. Em
viveiros provocam o surgimento de “manchas de graxas”
nas folhas.
A freqüência de amostragem
deve ser semanal e pode ser quinzenal durante o período do ano em
que as
condições de temperatura e umidade são menos favoráveis. O controle deve ser
efetuado quando
10% dos frutos amostrados no talhão apresentarem 30 ou mais
ácaros.
As recomendações da CATI
(1991) para a determinação do índice de infestação e nível de
controle do ácaro
da falsa ferrugem para a cultura paulista são baseadas no perfil do agricultor
e tipo de
mercado. Para a determinação do nível de infestação, quando apenas se
considera a presença ou ausência
do ácaro, deve-se examinar ao acaso três
frutos ou seis folhas, localizadas na periferia da copa, fazendo
duas leituras
com lupa em cada estrutura amostrada. O índice de infestação é determinado
anotando-se o
número de frutos ou folha em que foi constatada a presença do
ácaro.
O
controle é recomendado quando:
a) em 20% dos frutos ou folhas
vistoriados for observada a presença do ácaro, se a produção for
comercializada
in natura;
b) em 30% dos frutos ou folhas
inspecionados for observada a presença do ácaro, se a produção
for destinada a
indústria.
ÁCARO DA LEPROSE
Descrição
São
ácaros achatados de coloração avermelhada. As fêmeas apresentam manchas
escuras,
medem cerca de 0,3mm de comprimento; os machos são menores e não
apresentam manchas.
Sintomas
Ao
contrário de P. oleivora este ácaro
distribui-se principalmente na parte interna da copa.
Provoca o aparecimento de
manchas marrons nas folhas, circundadas por um anel claro e, nos frutos
ainda
verdes, manchas pardacentas circundadas por halo amarelado. Nos ramos surgem
lesões
amareladas que vão se tornando salientes e corticosas.
ÁCAROS
DE IMPORTÂNCIA SECUNDÁRIA
No Brasil
ocorrem outras espécies de ácaros em plantas cítricas. Flechtmann (1983) cita
como
pragas secundárias as seguintes:
-
Ácaro purpúreo – Panonychus citri (McGregor,
1916)
(Acarina-Tetranychidae)
- Ácaro branco – Polyphagotarsonemus latus (Banks, 1904)
(Acarina
– Tarsonemidae)
- Ácaro das gemas – Eriophyes sheldoni (Ewing, 1937)
(Acarina
– Eriophydae)
- Ácaro mexicano – Tetranychus mexicanus (McGregos, 1950)
(Acarina
– Teranychidae)
- Ácaro texano – Eutetranychus banksi (McGregor, 1944)
(Acarina
– Tetranychidae)
- Ácaro amarelo – Lorryia formosa (Cooreman, 1958)
(Acarina
– Tydeidae)
Dentre estas espécies o ácaro
purpúreo, o ácaro branco é o ácaro-das-gemas são os mais
freqüentes nos pomares
e nos viveiros de citros.
Ácaro da falsa ferrugem
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Abameclim² 0,36 CE 18 7 I
Bromopropilato 20,0 CE 500 21 III
Enxofre³ 320,0 PM 800 Livre IV
Oxido de lenbulatina 30,0 SC 500 14 III
Quinometionato 25,0 PM 250 14 III
Cihexatim4 25,0 PM 500 30 III
Carbossulfam 10,0 CE 250 7 I
Etiom 75,0 CE 500 15 I
Ácaro da leprose
COCHONILHAS
São
insetos pequenos que formam colônias e permanecem a maior parte do tempo
fixados à
superfície do caule, ramos, folhas, frutos e até raízes das plantas
cítricas. As cochonilhas recobertas por
escamas ou carapaças, devido ao aspecto
distinto que cada espécie apresenta, são conhecidas por:
cabeça-de-prego, escama-vírgula,
escama-farinha, pardinha e picuinha.
COCHONILHAS DE CARAPAÇA
CABEÇA-DE-PREGO
Descrição
As fêmeas
apresentam carapaça de forma circular, convexa e de cor violácea escura,
medindo
cerca de 2mm de diâmetro. As colônias são formadas geralmente na página
inferior das folhas.
Sintomas
Esta
cochonilha deprecia os frutos para comércio in natura devido à dificuldade de remoção das
escamas aderidas à
casca. É acentuada a ocorrência em plantas em viveiros, pomares em formação e
pomares domésticos.
Controle
Deve ser
feito com pulverizações de óleo mineral mais inseticidas nas reboleiras de
ataque.
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Alguns
produtos indicados para controle de cochonilhas.
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Descrição
A fêmea
adulta é recoberta por uma secreção branca, pulverulenta, formando 17 apêndices
de
cada lado, dos quais os dois últimos são maiores. Tem corpo oval, de
coloração pardo-avermelhada e
mede de 3 a 5mm de comprimento.
COCHONILHA VERDE
Descrição
São
coccídeos de forma oval, achatados e de consistência mole. Medem cerca de 5mm
de
comprimento e tem coloração verde-clara. As espécies diferenciam-se pela
presença de pontuações
escuras no dorso de C. hesperidium.
PULGÃO
Descrição
São
insetos sugadores, pequenos, medindo 1,5 a 2mm de comprimento, com formato
periforme,
de coloração marrom na forma jovem e preta nos adultos. Vivem em
colônias compostas por fêmeas
ápteras. Quando as colônias tornam-se muito
populosas, surgem formas aladas que irão colonizar outros
órgãos ou plantas.
Prejuízos
Sugam a
seiva continuamente, causando o encarquilhamento das folhas e brotos novos,
podendo
ocasionar redução no desenvolvimento da planta. São vetores do vírus
que ocasiona a doença
denominada “tristeza dos citros” e, ainda, pelo excesso
de líquido açucarado que excretam, ocasionam o
desenvolvimento de fungos
causadores de fumagina, que escurece as folhas e reduz a capacidade
fotossintética das plantas.
BICHO-FURÃO
BICHO-FURÃO
Descrição
O
inseto adulto é um microlepidoptero acinzentado, com 17mm de envergadura. A
postura é
efetuada na superfície dos frutos. As larvas, inicialmente
marrom-claras, penetram em frutos verdes e
maduros, construindo galerias
internas e alimentando-se da polpa. Quando completamente desenvolvidas
medem
cerca de 18mm de comprimento, são branco-acinzentadas, com oito estrias
longitudinais de
pontuações negras dispostas simetricamente sob o corpo. O
ciclo de vida completa-se entre 12 e 20 dias.
Prejuízos
Segundo
Pinto (1986), muitos frutos caem das plantas contendo a lagarta no seu
interior. Essa
queda deve-se especialmente a infecções secundárias, originadas
por fungos e bactérias que penetram
através da perfuração efetuada pela
lagarta. Esses microrganismos promovem a decomposição da região
do fruto
próxima ao orifício de penetração da larva.
Os
nematóides do gênero Meloidogyne geralmente
não completam o ciclo de vida em citros, o
que é atribuído à impossibilidade de
estabelecerem sítios de alimentação (Orion & Cohn, 1975). M.
javanica tem sido a espécie mais
freqüentemente encontrada associada a citros (Inserra et al., 1978),
sendo que
sua reprodução na cultura foi observada apenas na Califórnia.
No
Brasil, as espécies de Meloidogyne não
têm causado danos às plantas cítricas. Porém, M.
javanica foi observada em diferentes porta-enxertos cítricos que
têm como copa a laranjeira ‘Hamlin’
(Citrus
sinensis Osbeck) e a laranjeira ‘Pera’(C. sinensis)( Sharma & Genu,
1982a; 1982b). Em outros
países produtores, as infecções também são raras e de
limitada importância econômica (Inserra et al.,
1978).
A
espécie Pratylenchus coffeae, constatada
no estado de São Paulo, é de ocorrência bastante
restrita.
Neste
capítulo será dada ênfase à espécie T. Semipenetrans,
por ser considerada a mais
disseminada e importante para a citricultura
nacional.
COLHEITA
A
operação de colheita deve ser realizada com o uso de equipamentos apropriados e
sob
condições climáticas adequadas. O ponto ideal do fruto para o início da
colheita depende do destino deste,
que pode ser para o consumo in natura ou para a indústria de suco.
Em ambas as situações são
necessários cuidados para se obter produtos de boa
qualidade.
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PONTO DE
COLHEITA
Ao
contrário dos frutos climatéricos, como a banana, a maçã e o abacate, os quais
podem
completar a maturação durante o armazenamento ou transporte, os frutos
cítricos devem ser colhidos
quando estiverem fisiologicamente desenvolvidos e
maduros. A maturação caracteriza-se pelo aumento
gradual de suco, decréscimo de
teor de acidez, aumento dos sólidos solúveis e desenvolvimento da cor,
aroma e
sabor.
Existem
alguns métodos que indicam o estado de maturação dos frutos, a saber:
Coloração da casca. Normalmente as
plantas sob clima mais ameno apresentam frutas com
coloração da casca mais
intensa do que aqueles conduzidas sob clima quente. Na colheita, e aconselhável
que as laranjas apresentem pelo menos 50% da superfície da casca corada: os
limões e limas ácidas
devem apresentar cascas lisas e brilhantes e as
tangerinas no mínimo 5% da superfície corada, com
exceção da tangerina
‘Murcote’ e ‘Dancy’ que exigem maior percentagem de coloração.
Número de dias desde plena floração até a maturação. Variável
em função dos fatores
climáticos, do manejo e das cultivares; para as laranjas
varia de sete a oito meses nas cultivares precoces
e de 11 a 12 meses nas
tardias.
Quantidade de suco. Determinada a
partir de amostras representativas coletadas no pomar (12
a 15 frutos); a
extração do suco é feita utilizando-se espremedor manual ou centrífuga
elétrica. O
percentual de suco é calculado em relação ao peso total das frutas
amostradas. É desejável teor de suco
superior a 40% para as laranjas, 30% para
os limões e limas ácidas e 35% para as tangerinas.
Relação acidez/sólidos solúveis. É o
melhor método de medir o estado de maturação dos
frutos; com o amadurecimento,
a um decréscimo gradativo de ácidos e um acréscimo de açúcares. Os
açúcares, ou
sólidos solúveis, são determinados em refratômetros, e os resultados expressos
em graus
brix; a acidez é obtida pela titulação da amostra de suco com
hidróxido de sódio 0,1 N.
A
relação acidez/sólidos solúveis (ratio) é
obtida dividindo-se a percentagem de sólidos solúveis
pela percentagem de
acidez total. Essa relação pode variar de 6 a 20, sendo ideal a faixa
compreendida
entre 11 e 14.
CUIDADOS NA COLHEITA E NO TRANSPORTE
Tanto os
frutos para consumo in natura quanto
aqueles destinados à indústria de suco, devem
ser colhidos com o máximo
cuidado. Injúrias na casca, favorecem o desenvolvimento de fungos, reduzem
o
período de armazenamento, e causam perda do óleo contido nela. Frutos batidos
podem sofrer
transformações físico-químicas, que acarretam redução no período
de armazenamento e na qualidade do
suco.
Para que
a operação de colheita se faça com menores danos aos frutos, recomendam-se as
seguintes precauções:
-
colher os frutos em sacolas de lona com fundo aberto,
preso por ganchos;
-
manter os colhedores com as unhas aparadas para evitar
injúrias aos frutos;
-
manter as caixas de colheita limpas, sem a presença de
materiais estranhos
como areia ou pedregulhos;
-
evitar a coleta de frutos molhados ou orvalhados;
-
evitar a coleta de frutos, utilizando-se varas ou ganchos;
-
manter os frutos colhidos em local ventilado e sombreado.
MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A COLHEITA:
Na
operação da colheita, dependendo da cultivar e da idade das plantas, são
necessários os
seguintes equipamentos:
-
Sacolas de lona, com fundo falso;
-
Caixas de madeira ou plástico, com capacidade para 25 a
40,8kg;
-
Tesouras com lâminas curtas, pontas arredondadas, e molas
que as conservem
aberta, especialmente para a colheita de tangerinas;
-
Caixões (bins) com capacidade para 400kg, quando as frutas
são destinadas à
indústria;
-
Escadas leves e resistentes.
MANEJO PÓS-COLHEITA
O
transporte dos frutos pode ser feita em caixa, à granel em vagões, caminhões ou
navios. Na
colheita, geralmente são usados ‘sacos de colheita’ apropriados, dos
quais os frutos passam para as
caixas que serão transportadas para o armazém de
acondicionamento ou descarregados a granel. Os
frutos destinados à indústria,
normalmente sofrem apenas uma lavagem, cuja finalidade é livrá-los de
impurezas
prejudiciais à indústria (pedras, galhos, areia, folhas, etc.). Os frutos para
consumo in natura
sofrem, também, a
lavagem, para limpá-los de resíduos aderidos à casca, cochonilhas e fumagina,
com
água aquecida (45ºC) e agitação constante promovida por palhetas na
presença de detergentes especiais.
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