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Escola Estadual Dom Aquino Corrêa – Juruena, MT.

Língua Portuguesa – 3º ano A, B/Ensino Médio.


Aposto e Vocativo: 4º Bimestre

1. De acordo com a tirinha de Calvin, no primeiro quadrinho, quando ele diz “Mãe,
consegui um papel na peça da escola!”, a vírgula foi utilizada para:

a) separar o aposto;
b) separar o sujeito do predicado;
c) separar o vocativo;
d) separar o substantivo do verbo;
e) separar o sujeito do objeto.

Leia o texto abaixo:


Jogar limpo
Argumentar não é ganhar uma discussão a qualquer preço. Convencer alguém de
algo é, antes de tudo, uma alternativa à prática de ganhar uma questão no grito ou na
violência física – ou não física. Não física, dois pontos. Um político que mente
descaradamente pode cativar eleitores. Uma publicidade que joga baixo pode
constranger multidões a consumir um produto danoso ao ambiente. Há manipulações
psicológicas não só na religião. E é comum pessoas agirem emocionalmente, porque
vítimas de ardilosa – e cangoteira – sedução. Embora a eficácia a todo preço não seja
argumentar, tampouco se trata de admitir só verdades científicas – formar opinião
apenas depois de ver a demonstração e as evidências, como a ciência faz. Argumentar é
matéria da vida cotidiana, uma forma de retórica, mas é um raciocínio que tenta
convencer sem se tornar mero cálculo manipulativo, e pode ser rigoroso sem ser
científico.
Lingua Portuguesa. São Paulo, ano 5, n. 66. abr. 2011 (adaptado).

2. No fragmento, opta-se por uma construção linguística bastante diferente em


relação aos padrões normalmente empregados na escrita. Trata-se da frase “Não física,
dois pontos”. Nesse contexto, a escolha por se representar por extenso o sinal de
pontuação que deveria ser utilizado:

a) enfatiza a metáfora de que o autor se vale para desenvolver seu ponto de vista sobre a
arte de argumentar.
b) diz respeito a um recurso de metalinguagem, evidenciando as relações e as estruturas
presentes no enunciado.
c) é um recurso estilístico que promove satisfatoriamente a sequenciação de ideias,
introduzindo apostos exemplificativos.
d) ilustra a flexibilidade na estruturação do gênero textual, a qual se concretiza no
emprego da linguagem conotativa.
e) prejudica a sequência do texto, provocando estranheza no leitor ao não desenvolver
explicitamente o raciocínio a partir de argumentos.
Deixar gente morrer é perversidade e cinismo
1
A política de refugiados da Europa é cínica: 2deixar morrer para espantar os
outros, para que 3eles não queiram vir para cá também. Sim, essa 4é a política europeia e
também da Alemanha. A 5 Europa apoia ditaduras e governantes corruptos, 6vende
armas para governos e milícias opressores, 7dita regras econômicas que contribuem
para 8aumentar a fome mundo afora e se nega a assumir 9sua responsabilidade pelas
consequências disso. 10 Há muito que a política europeia só busca 11uma coisa: defender,
de uma forma imediatista, egoísta 12e burra, seus próprios interesses.
13
É claro que a Europa não tem como abrigar 14todos os refugiados do mundo
(atualmente são 50 15milhões – o maior número desde a Segunda Guerra 16Mundial!) –
esse é um argumento usado por gente 17mesquinha, que acha que lugar de refugiado
é 18qualquer lugar, menos aqui. Mas a Europa pode 19fazer muito mais. E ela não pode
simplesmente 20 deixar que pessoas morram em sua porta.
21
A Europa tem é que assumir sua 22responsabilidade, mudar sua política
externa,  ajudar a combater os problemas nas suas origens 24(ao invés de fomentá-los!),
23

o que não seria tarefa 25 fácil e nem da Europa sozinha. Mas, enquanto isso, 26é
necessária uma atitude imediata de respeito pela 27vida humana e que a Europa pratique
o que ela mesma 28prega. É hora de salvar vidas!

ROSENKRANZ, Gustl. Quanto vale uma vida humana? Disponível em:


<http://www.contioutra.com/quanto-vale-uma-vida-humana-por-gustl-rosenkranz>. Acesso em: 2 abr.
2016.

3. De acordo com o texto, há uma oração com função de aposto na alternativa

(a) “Sim, essa é a política europeia e também da Alemanha.” (ref. 3-4).


(b) “que contribuem para aumentar a fome mundo afora” (ref. 7-8).
(c) “defender de uma forma imediatista, egoísta e burra, seus próprios interesses.
(ref. 11-12).
(d) “esse é um argumento usado por gente mesquinha” (ref. 16-17).
(e) “É hora de salvar vidas!” (ref. 28).

Leia o poema abaixo:


O Bicho
Manuel Bandeira

01  Vi ontem um bicho


02  Na imundície do pátio
03  Catando comida entre os detritos.

04  Quando achava alguma coisa,


05  Não examinava nem cheirava:
06  Engolia com voracidade.

07  O bicho não era um cão,


08  Não era um gato,
09  Não era um rato.

10  O bicho, meu Deus, era um homem.

BANDEIRA, M. Poesias completas.4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986.


4. De acordo com o uso do vocativo no último verso do poema “O bicho, meu
Deus, era um homem” (Ref. 10), atente para as seguintes afirmações:

I. O vocativo usado no verso em destaque revela que o poeta se mostrou indiferente à


cena retratada
II. O vocativo “meu Deus” assume, no contexto do poema, um duplo sentido: o de apelo
e, ao mesmo tempo, o de acusação ao ente evocado.
III. Pelo uso do vocativo, o poeta, para mostrar o quão religioso ele é, evoca a figura de
Deus como forma de oração e súplica.
IV. O vocativo utilizado no verso em análise destaca o impacto emocional do poeta por
ver a degradação do homem colocado em nível inferior ao dos animais, como o cão, o
gato e o rato.

Está correto somente o que se diz em:


a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) II e IV.

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