ESTRUTURA BACTERIANA

Originado do latim, o termo procarionte refere-se a organismo unicelulares que

não possuem um núcleo bem definido e nem organelas citoplasmáticas, como
retículos endoplasmáticos, complexos de golgi, mitocôndrias e lisossomos. Dessa
forma, as bactérias são as principais representantes do grupo de microrganismo
procariontes, nesse sentido as bactérias possuem um citoplasma rico em moléculas
de ribossomos e moléculas de DNA extracromossomal denominadas de plasmídeo.
Externamente as bactérias possuem uma parede celular rica em
peptidoglicano, polissacarídeos e por glicocálix (matriz celular formada por
glicoproteínas e glicolipídios). Na parede celular é perceptível a presença de flagelos,
que permitem a mobilidade da célula bacteriana como também serve como sensores
mecânico para a detecção de alterações no meio externo. Além da presença de
flagelos existe a presença de estruturas de fixação denominadas fímbrias (pili), que
realizam a adesão das bactérias em superfícies ou em outras células.

REPRODUÇÃO BACTERIANA
Em relação a reprodução, as células bacterianas se reproduzem por
cissiparidade, logo a partir da duplicação do material genético, a parede celular da
bactéria irá formar septos que vão se desenvolver e separar, formando assim duas
bactérias. Por ser um processo de reprodução assexuada que não permite a
manutenção da variabilidade genética, as bactérias possuem processos de absorção e
compartilhamento de DNA extracromossomal(plasmídeos). Dessa maneira, através do
processo de conjugação, as bactérias são capazes de absorver plasmídeos de outras
bactérias por pontes citoplasmáticas e por fímbrias sexuais. Porém, além do processo
de conjugação, existem outros dois processos, o processo de transformação e o
processo de transdução.
No processo de transformação, as células bacterianas realizam a absorção de
plasmídeos de outras bactérias que sofrem lise ou morte celular. Já no caso da
transdução, as moléculas de DNA extracromossomal são transferidas para outra
bactéria através de um vírus(bacteriófago).

CLASSIFICAÇÃO E MORFOLOGIA DAS BACTÉRIAS

Quanto a classificação, as bactérias podem ser classificadas de acordo com a
sua morfologia e a coloração Gram. Nisso, as bactérias variam de forma e tamanho,
elas podem ser separadas em três tipos morfológicos: cocos, bacilos e espiralados.
Na classificação com a coloração Gram, através de um teste clinico a base de
corantes é possivel separar as bactérias em dois grupos (gram-positivas e gram-
negativas). Durante o teste as bactérias são fixadas com um corante cristal violeta que
é precipitado com iodo (lugol), o excesso de corante violeta é retirado por lavagem
com descorante a base de álcool ou cetona. Em seguida é aplicado um contracorante
vermelho (safranina) para corar as células que não foram coradas.
As bactérias que ficaram coradas em roxo são Gram-positivas, logo por
possuírem uma camada grossa de peptidoglicano, elas são capazes de reter o
corante. No caso das bactérias Gram-Negativas, por possuírem uma camada fina de
peptidoglicano, elas não conseguem reter o corante roxo e acabam retendo o corante
vermelho.

FORMAÇÃO DE ESPOROS
Algumas bactérias Gram-positivas em condições adversas, como privação de
nutrientes são capazes de entrar em estado dormentes. Com a formação desse
estado dormente, a célula bacteriana se transforma em um esporo desidratado que
possui as mínimas quantidades de ribossomos, proteínas e material genético para a
manutenção da sobrevivência. Esses esporos são comuns nas bactérias dos gêneros
Bacillus e Clostridium, sendo capazes de resistir a diversos fatores ambientais
(radiação, calor e pH) e permitir a sobrevivência dessas bactérias durante séculos e
até mesmo em processos de desinfecção.

TRANSMISSÃO DAS BACTÉRIAS

A transmissão das bactérias patogênicas ocorre principalmente nas
mucosas(respiratória, gastrointestinal, urinária e genital ).Assim, a transmissão pode
acontecer por meio da ingestão, respiração de partículas bacterianas e ferimentos na
pele que permitem a invasão microbiana.