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Cálculo Diferencial e Integral I

Professor: Rogério Mol

Universidade Federal de Minas Gerais

1o semestre /2019
Informações gerais

I Professor: Rogério Mol (sala 4097, ICEx)


Informações gerais

I Professor: Rogério Mol (sala 4097, ICEx)


I Bibliografia:
Cálculo, Volume 1. James Stewart. 8a ed. Cengage Learning.
Informações gerais

I Professor: Rogério Mol (sala 4097, ICEx)


I Bibliografia:
Cálculo, Volume 1. James Stewart. 8a ed. Cengage Learning.
I Programa do curso:
I Funções de R em R
I Limites e continuidade
I Derivadas
I Integrais
Informações gerais

I Professor: Rogério Mol (sala 4097, ICEx)


I Bibliografia:
Cálculo, Volume 1. James Stewart. 8a ed. Cengage Learning.
I Programa do curso:
I Funções de R em R
I Limites e continuidade
I Derivadas
I Integrais
I Datas das provas:
I 1a prova: 14/09 (sábado)
I 2a prova: 19/10 (sábado)
I 3a prova: 16/11 (sábado)
I 4a prova (suplementar): 23/11 (sábado)
I Exame especial: 30/11 (sábado)
I Haverá uma prova de 2a chamada logo após a data da 3a prova.
Cálculo Diferencial e Integral

A teoria matemática conhecida como Cálculo Diferencial e Integral


(ou simplesmente Cálculo) trata de dois problemas básicos:
Cálculo Diferencial e Integral

A teoria matemática conhecida como Cálculo Diferencial e Integral


(ou simplesmente Cálculo) trata de dois problemas básicos:
I encontrar a reta tangente a uma curva (cálculo de velocidades)
Cálculo Diferencial e Integral

A teoria matemática conhecida como Cálculo Diferencial e Integral


(ou simplesmente Cálculo) trata de dois problemas básicos:
I encontrar a reta tangente a uma curva (cálculo de velocidades)
→ derivada
Cálculo Diferencial e Integral

A teoria matemática conhecida como Cálculo Diferencial e Integral


(ou simplesmente Cálculo) trata de dois problemas básicos:
I encontrar a reta tangente a uma curva (cálculo de velocidades)
→ derivada
I calcular a área de uma região curvilı́nea
Cálculo Diferencial e Integral

A teoria matemática conhecida como Cálculo Diferencial e Integral


(ou simplesmente Cálculo) trata de dois problemas básicos:
I encontrar a reta tangente a uma curva (cálculo de velocidades)
→ derivada
I calcular a área de uma região curvilı́nea
→ integral
Cálculo Diferencial e Integral

A teoria matemática conhecida como Cálculo Diferencial e Integral


(ou simplesmente Cálculo) trata de dois problemas básicos:
I encontrar a reta tangente a uma curva (cálculo de velocidades)
→ derivada
I calcular a área de uma região curvilı́nea
→ integral
I Como veremos, os dois problemas estão interligados
Cálculo Diferencial e Integral

A teoria matemática conhecida como Cálculo Diferencial e Integral


(ou simplesmente Cálculo) trata de dois problemas básicos:
I encontrar a reta tangente a uma curva (cálculo de velocidades)
→ derivada
I calcular a área de uma região curvilı́nea
→ integral
I Como veremos, os dois problemas estão interligados
I O Cálculo incorpora à matemática o estudo da noção de infinito
→∞
Isaac Newton (1642-1727)
Gottfried Leibniz (1646-1716)
Cálculo Diferencial e Integral

I Newton e Leibniz, de forma independente, sistematizaram e


estruturaram vários resultados de natureza infinitesimal já
conhecidos em sua época, criaram métodos gerais e algoritmos.
Ambos são considerados criadores do Cálculo Diferencial e Integral.
Números
I Números naturais:

N = {0, 1, 2, 3, 4, . . .}

Surgem no processo de contagem.


Números
I Números naturais:

N = {0, 1, 2, 3, 4, . . .}

Surgem no processo de contagem.


I Números inteiros:

Z = {. . . − 4, −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, . . .}

Obtidos dos naturais pela inclusão dos inversos aditivos.


Números
I Números naturais:

N = {0, 1, 2, 3, 4, . . .}

Surgem no processo de contagem.


I Números inteiros:

Z = {. . . − 4, −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, . . .}

Obtidos dos naturais pela inclusão dos inversos aditivos.


I Números racionais:
m
Q = {r = ; m, n ∈ Z com n 6= 0}.
n
Obtidos dos inteiros pela inclusão dos inversos multiplicativos dos
números não nulos.
Exemplos:
1 3 2 −2 2 5
= , − = = , = 5.
2 6 5 5 −5 1
Números reais

I Existem números que não são racionais. Esses números são


chamados de irracionais Exemplos:

2 = 1, 41422356... π = 3, 14159265...
Números reais

I Existem números que não são racionais. Esses números são


chamados de irracionais Exemplos:

2 = 1, 41422356... π = 3, 14159265...

I Esses números, por outro lado, são “aproximados” por números


racionais:
√ 14 141
2 : a1 = 1, a2 = 1, 4 = , a3 = 1, 41 = , ...
10 100
Números reais

I Existem números que não são racionais. Esses números são


chamados de irracionais Exemplos:

2 = 1, 41422356... π = 3, 14159265...

I Esses números, por outro lado, são “aproximados” por números


racionais:
√ 14 141
2 : a1 = 1, a2 = 1, 4 = , a3 = 1, 41 = , ...
10 100
31 314
π : b1 = 3, b2 = 3, 1 = , b3 = 3, 14 = , ....
10 100
Números reais

I Existem números que não são racionais. Esses números são


chamados de irracionais Exemplos:

2 = 1, 41422356... π = 3, 14159265...

I Esses números, por outro lado, são “aproximados” por números


racionais:
√ 14 141
2 : a1 = 1, a2 = 1, 4 = , a3 = 1, 41 = , ...
10 100
31 314
π : b1 = 3, b2 = 3, 1 = , b3 = 3, 14 = , ....
10 100
I O conjunto dos números reais R é construı́do pelo “completamento”
do conjunto dos números racionais Q, adjuntando todos os números
que são limites de sequências de números racionais. (R é um “corpo
ordenado completo”).
Números reais: ordem

I Identificamos o conjunto de números reais R com uma reta


orientada, na qual um ponto é escolhido como origem,
correspondendo a 0 ∈ R.
Números reais: ordem

I Identificamos o conjunto de números reais R com uma reta


orientada, na qual um ponto é escolhido como origem,
correspondendo a 0 ∈ R.
I Temos uma decomposição R = R− ∪ {0} ∪ R+ onde:
R− : números reais negativos;
R+ : números reais positivos.
Números reais: ordem

I Identificamos o conjunto de números reais R com uma reta


orientada, na qual um ponto é escolhido como origem,
correspondendo a 0 ∈ R.
I Temos uma decomposição R = R− ∪ {0} ∪ R+ onde:
R− : números reais negativos;
R+ : números reais positivos.
I Introduzimos em R uma noção de ordem “<” da seguinte forma:

a < b se e somente se b − a é positivo

Dizemos: “a é menor que b”.


Também escrevemos: b > a e dizemos “b é maior que a”.
Números reais: ordem

I Identificamos o conjunto de números reais R com uma reta


orientada, na qual um ponto é escolhido como origem,
correspondendo a 0 ∈ R.
I Temos uma decomposição R = R− ∪ {0} ∪ R+ onde:
R− : números reais negativos;
R+ : números reais positivos.
I Introduzimos em R uma noção de ordem “<” da seguinte forma:

a < b se e somente se b − a é positivo

Dizemos: “a é menor que b”.


Também escrevemos: b > a e dizemos “b é maior que a”.
I Também usamos as seguinte notações:
a ≤ b se e somente se a < b ou a = b (“menor ou igual”)
a ≥ b se e somente se a > b ou a = b (“maior ou igual”)
Intervalos

I Sejam a, b ∈ R com a < b. Os seguintes conjuntos são chamados de


intervalos:
Intervalos

I Sejam a, b ∈ R com a < b. Os seguintes conjuntos são chamados de


intervalos:
(a, b) = {x ∈ R; a < x < b} (intervalo aberto)
Intervalos

I Sejam a, b ∈ R com a < b. Os seguintes conjuntos são chamados de


intervalos:
(a, b) = {x ∈ R; a < x < b} (intervalo aberto)
[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b} (intervalo fechado)
Intervalos

I Sejam a, b ∈ R com a < b. Os seguintes conjuntos são chamados de


intervalos:
(a, b) = {x ∈ R; a < x < b} (intervalo aberto)
[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b} (intervalo fechado)
[a, b) = {x ∈ R; a ≤ x < b}
Intervalos

I Sejam a, b ∈ R com a < b. Os seguintes conjuntos são chamados de


intervalos:
(a, b) = {x ∈ R; a < x < b} (intervalo aberto)
[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b} (intervalo fechado)
[a, b) = {x ∈ R; a ≤ x < b}
(a, b] = {x ∈ R; a < x ≤ b}
Intervalos

I Vamos introduzir a notação ∞ (infinito). Não é um número real!


São também intervalos os seguintes
Intervalos

I Vamos introduzir a notação ∞ (infinito). Não é um número real!


São também intervalos os seguintes
(a, ∞) = {x ∈ R; x > a} (intervalo aberto)
Intervalos

I Vamos introduzir a notação ∞ (infinito). Não é um número real!


São também intervalos os seguintes
(a, ∞) = {x ∈ R; x > a} (intervalo aberto)
[a, ∞) = {x ∈ R; x ≥ a} (intervalo fechado)
Intervalos

I Vamos introduzir a notação ∞ (infinito). Não é um número real!


São também intervalos os seguintes
(a, ∞) = {x ∈ R; x > a} (intervalo aberto)
[a, ∞) = {x ∈ R; x ≥ a} (intervalo fechado)
(−∞, b) = {x ∈ R; x < b} (intervalo aberto)
Intervalos

I Vamos introduzir a notação ∞ (infinito). Não é um número real!


São também intervalos os seguintes
(a, ∞) = {x ∈ R; x > a} (intervalo aberto)
[a, ∞) = {x ∈ R; x ≥ a} (intervalo fechado)
(−∞, b) = {x ∈ R; x < b} (intervalo aberto)
(−∞, b] = {x ∈ R; x ≤ b} (intervalo fechado)
Intervalos

I Vamos introduzir a notação ∞ (infinito). Não é um número real!


São também intervalos os seguintes
(a, ∞) = {x ∈ R; x > a} (intervalo aberto)
[a, ∞) = {x ∈ R; x ≥ a} (intervalo fechado)
(−∞, b) = {x ∈ R; x < b} (intervalo aberto)
(−∞, b] = {x ∈ R; x ≤ b} (intervalo fechado)
(−∞, ∞) = R
Desigualdades

I A desigualdade (relação de ordem) satisfaz as seguintes regras:


Desigualdades

I A desigualdade (relação de ordem) satisfaz as seguintes regras:


1. Se a < b então a + c < b + c;
2. Se a < b e c < d então a + c < b + d;
3. Se a < b e c > 0 então ac < bc;
4. Se a < b e c < 0 então ac > bc;
5. Se 0 < a < b e então 1/a > 1/b.
Inequações

I Exemplo. Resolva 4 ≤ 3x − 2 < 13.


Inequações

I Exemplo. Resolva 4 ≤ 3x − 2 < 13.


I Solução. Temos

4 ≤ 3x − 2 ⇒ 3x ≥ 4 + 2 = 6 ⇒ x ≥ 2

e
3x − 2 < 13 ⇒ 3x < 13 + 2 = 15 ⇒ x < 5.
A solução é:
{x ∈ R; 2 ≤ x < 5} = [2, 5).
Inequações

I Exemplo. Resolva x 2 − 5x + 6 ≤ 0.
Inequações

I Exemplo. Resolva x 2 − 5x + 6 ≤ 0.
I Solução. As raı́zes da equação de 2 grau x 2 − 5x + 6 = 0 são

x =2 e x = 3.

A expressão x 2 − 5x + 6 é negativa “entre as raı́zes”, ou seja, em

(2, 3) = {2 < x < 3}

e positiva “fora das raı́zes”, ou seja, em

(−∞, 2) ∪ (3, ∞) = {x < 2 ou x > 3}.

Portanto a solução é

[2, 3] = {2 ≤ x ≤ 3}.
Inequações

I Exemplo. Resolva x 3 + 3x 2 > 4x.


Inequações

I Exemplo. Resolva x 3 + 3x 2 > 4x.


I Solução. Temos

x 3 + 3x 2 > 4x ⇒ x 3 + 3x 2 − 4x > 0 ⇒ (x 2 + 3x − 4)x > 0.

Basta então analisarmos os sinais das expressões x 2 + 3x − 4 (esta é


uma função de segundo grau) e x e usarmos o fato de que produtos
de números com mesmo sinal é positivo e com sinais diferentes é
negativo.
Inequações
I O diagrama de sinais de (x 2 + 3x − 4)x > 0 é:

+++ ----- +++

-4 1

----- +++++

--- +++ --- +++

-4 0 1

Portanto a solução é

(−4, 0) ∪ (1, ∞) = {−4 < x < 0} ∪ {x > 1}.


Valor absoluto

I O valor absoluto ou módulo de um número real a ∈ R é definido


da seguinte forma:
(
a, se a ≥ 0;
|a| =
−a, se a < 0.
Valor absoluto

I O valor absoluto ou módulo de um número real a ∈ R é definido


da seguinte forma:
(
a, se a ≥ 0;
|a| =
−a, se a < 0.

I Temos as seguinte propriedades, ∀ a, b ∈ R e n ∈ Z:


1. |ab| = |a||b|;
2. |a/b| = |a|/|b| se b 6= 0;
3. |an | = |a|n ;
Valor absoluto

I O valor absoluto ou módulo de um número real a ∈ R é definido


da seguinte forma:
(
a, se a ≥ 0;
|a| =
−a, se a < 0.

I Temos as seguinte propriedades, ∀ a, b ∈ R e n ∈ Z:


1. |ab| = |a||b|;
2. |a/b| = |a|/|b| se b 6= 0;
3. |an | = |a|n ;
I Temos ainda, se a > 0:
1. |x| = |a| se, se somente se, x = ±a;
2. |x| < |a| se, se somente se, −a < x < a;
3. |x| > |a| se, se somente se, x < −a ou x > a;
Valor absoluto

I Resolva |2x − 5| = 3.
Valor absoluto

I Resolva |2x − 5| = 3.
I Solução. Temos

|2x − 5| = 3 ⇔ 2x − 5 = 3 ou 2x − 5 = −3

A primeira equação:

2x − 5 = 3 ⇒ 2x = 8 ⇒ x = 4.

A segunda equação:

2x − 5 = −3 ⇒ 2x = 2 ⇒ x = 1.

Portanto, as soluções são

x = 1 e x = 4.
Valor absoluto
I Resolva |3x + 2| ≥ 4.
Valor absoluto
I Resolva |3x + 2| ≥ 4.
I Solução. Temos

|3x + 2| ≥ 4 ⇔ 3x + 2 ≥ 4 ou − (3x + 2) ≥ 4

A primeira inequação:
2
3x + 2 ≥ 4 ⇒ 3x ≥ 2 ⇒ x ≥ .
3
A segunda equação:

−(3x + 2) ≥ 4 ⇒ −3x ≥ 6 ⇒ x ≤ −2.

Portanto, a solução é
2
{x ≤ −2} ∪ {x ≥ }.
3
Valor absoluto

I A seguinte desigualdade é conhecida como desigualdade triangular:

|a + b| ≤ |a| + |b| ∀ a, b ∈ R.
Valor absoluto

I A seguinte desigualdade é conhecida como desigualdade triangular:

|a + b| ≤ |a| + |b| ∀ a, b ∈ R.

Demonstração.
Temos
−|a| ≤ a ≤ |a| e − |b| ≤ b ≤ |b|.
Somando as duas desigualdades:

−(|a| + |b|) ≤ a + b ≤ |a| + |b|.

Portanto
|a + b| ≤ |a| + |b|.

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