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FACULDADE DE ENGENHARIA
2o ANO, 1o SEMESTRE
Discentes: Docente:
UNIVERSIDADE LÚRIO
FACULDADE DE ENGENHARIA
2o ANO, 1o SEMESTRE
No que concerne ao trabalho de investigação científica correlacionada aos estudos de HST fez-se a questão
de trazer o mais conciso possível o tema de ameaças em espaços confinados pela norma 33 que expõe os
requisitos para aderir-se a locais de riscos extremos. E importante determinar o impacto do ambiente externo
sobre o interior do espaço confinado, bem como as condições e actividades realizadas no espaço confinado
que possam afectar as áreas adjacentes, inclusive comunidades vizinhas e o meio ambiente. Desta forma, um
espaço será considerado como confinado quando não for destinado para ocupação humana continua; e
quando possuir meios limitados de entrada e saída, havendo a possibilidade de formação de uma atmosfera
de risco, seja quando fechado durante a preparação da entrada ou durante a entrada e trabalho, quer pela
presença de contaminantes tóxicos, inflamáveis, pela redução do percentual de oxigénio ou enriquecimento
de oxigénio. O conceito de espaços Confinados, a Característica dos Espaços confinados, quando se deve ou
não, entrar nos espaços confinados, norma regulamentadora para o trabalho em espaços confinados, ameaças
e cuidados a ter com os trabalhos em espaços confinados. O desenvolvimento deste trabalho proporcionou
um maior ganho académico pois os aspectos discutidos constituem a base do estudo de HST.
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ABSTRACT
With regard to scientific research work related to HST studies, the issue of threats in confined spaces was
brought up as concisely as possible by norm 33, which sets out the requirements to adhere to places of
extreme risk. It is important to determine the impact of the external environment on the interior of the
confined space, as well as the conditions and activities carried out in the confined space that may affect
adjacent areas, including neighboring communities and the environment. In this way, a space will be
considered as confined when it is not intended for continuous human occupation; and when it has limited
means of entry and exit, with the possibility of formation of a risky atmosphere, either when closed during
entry preparation or during entry and work, or by the presence of toxic, flammable contaminants, by
reducing the percentage of oxygen or oxygen enrichment. The concept of Confined Spaces, the
Characteristic of Confined Spaces, when one should or should not enter confined spaces, a regulatory norm
for work in confined spaces, threats and care to be taken with work in confined spaces. The development of
this work provided a greater academic gain as the discussed aspects constitute the basis of the study of HST.
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Índice de figuras
Índice de tabelaY
Tabela 1:Procedimento para Gestão de Segurança em Espaços Confinados...................................................33
v
Lista de abreviaturas
vi
Índice
1. Introdução................................................................................................................................................8
2.3. NR 33 – Norma regulamentadora de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados. . .13
2.3.2. Responsabilidades..........................................................................................................................14
2.5.4. Intoxicação......................................................................................................................................20
2.5.9. Afogamento:...................................................................................................................................21
2.5.10. Queda em altura / queda ao mesmo nível / pancadas / choques / queda de objectos:....................21
2.5.11. Electrização:...................................................................................................................................21
vii
2.5.13. Esmagamento / pancadas / choques / queimaduras:.......................................................................21
2.5.10. Sinalização......................................................................................................................................29
3. Conclusão...............................................................................................................................................33
4. Referências Bibliográficas.....................................................................................................................34
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1. Introdução
No âmbito da criação de um ambiente de trabalho seguro e protegido, optou-se pela necessidade de
criação da HST. Os locais de trabalho, pela própria natureza da actividade desenvolvida e pelas
características de organização, relações interpessoais, manipulação ou exposição a agentes físicos,
químicos, biológicos, situações de deficiência ergonómica ou riscos de acidentes, podem comprometer a
saúde do trabalhador em curto, médio e longo prazo, provocando lesões imediatas, doenças ou morte,
além de prejuízos de ordem legal e patrimonial para a empresa. Os ambientes confinados estão
presentes em diversos ramos de actividades: mineração, indústria petroquímica, construção e serviços,
como a electricidade, gás e saneamento.
O trabalhador tem direito, logo configura como uma obrigação para o empregador, à prestação de
trabalho em condições que respeitem a sua segurança e a sua saúde, nas situações identificadas na lei,
pela pessoa, individual ou colectiva, que detenha a gestão das instalações em que a actividade é
desenvolvida. A prevenção dos riscos profissionais deve assentar numa correta e permanente avaliação
de riscos e ser desenvolvida segundo princípios, políticas, normas e programas que visem,
nomeadamente: princípios gerais e sistema de prevenção de riscos profissionais.
Os espaços confinados e uma parte muito fulcral da HST, visto que e o local onde as probabilidades de
ocorrências de acidentes de trabalho são maiores. Pelo que, o seu estudo e pertinente para o ramo da
Engenharia Mecânica, devido ao envolvimento constante do Mecânico em locais confinados para
efectuar as respectivas manutenções. Sem mais divagações e de salientar que, como fonte de pesquisa
usou-se material extraído da internet e de manuais partilhados por colegas. Para a realização deste
trabalho usou-se a norma APA vigente nesta Universidade.
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1.1. Objectivos gerais
Descrever os espaços confinados
Conhecer as ameaças presentes em espaços confinados
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2.1. Definição de Espaço Confinado
Segundo António e Martins (2018, pp. 30-31) Qualquer local de trabalho que tenha as aberturas
limitadas de entrada e saída, uma ventilação natural desfavorável, níveis deficientes de oxigénio (antes
ou durante os trabalhos), podendo conter ou produzir contaminantes químicos tóxicos ou inflamáveis e
que não tenha sido concebido para uma ocupação contínua por trabalhadores.
Segundo Garcia e Neto (2013, p. 13) Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projectado
para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação
existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou
enriquecimento de oxigénio.
Devido a muitos acidentes de trabalho em locais confinados, muitas empresas, por medidas de
segurança, acrescentam outras áreas como espaço confinado caso haja qualquer evidência de que alguns
espaços a bordo possam atender a pelo menos uma característica das indicadas na definição dada pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, ou seja, se existir um local com acesso limitado de entrada e saída,
mas com ventilação suficiente para remover contaminantes e fornecer ar respirável, essa empresa pode
considerar esse espaço como um espaço confinado. Ou caso seja um ambiente que possua um fácil
acesso e ventilação constante, mas não tenha sido projectado para a ocupação humana contínua, então
também pode ser considerado um espaço confinado. (Bandeira, 2015, p.14).
Espaço confinado é todo lugar que possui entradas ou saídas limitadas ou restritas, como por exemplo:
vasos, colunas, tanques fixos, tanques para transporte, container, silos, diques, caldeira, etc., que não
está designado para o uso ou ocupação contínua ou ainda que possua uma ou mais das seguintes
características: contém ou conteve potencial de risco na atmosfera, possui atmosfera com deficiência ou
excesso de O2, possui configuração interna tal que possa provocar asfixia, claustrofobia e até mesmo
medo ou insegurança e possui agentes contaminantes agressivos à segurança e à saúde. (Matos 2013,
como citado em Bandeira, 2015, p. 15).
E importante determinar o impacto do ambiente externo sobre o interior do espaço confinado, bem
como as condições e actividades realizadas no espaço confinado que possam afectar as áreas adjacentes,
inclusive comunidades vizinhas e o meio ambiente. Emissões de equipamentos, vazamentos de produtos
perigosos, exaustão de gases, contacto com linhas de forca energizadas, rompimento de tubulações
subterrâneas, trafego de animais, pessoas e veículos, chuvas e ventos, entre outros riscos, devem ser
avaliados. (Garcia e Neto, 2013).
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2.2. Características dos espaços confinados
Um espaço será caracterizado como confinado quando atendidos todos os requisitos previstos na sua
definição (Caracterização de Espaços Confinados), como mostrado na Figura 1.
Segundo Freitas e Cordeiro (2013, p. 98) os espaços confinados reúnem as seguintes características:
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Uma sinalização, deverá estar na entrada de todo e qualquer espaço confinado, principalmente se ele for
de acesso fácil, ou seja, um acesso que não demanda esforço algum, como uma porta estanque, por
exemplo (Norma Regulamentadora 33).
Espaços confinados de fácil acesso são os mais perigosos uma vez que a mente do trabalhador
embarcado sempre associa espaço confinado somente a tanques, seja de óleo, lastro, água doce, vazio
ou silos de granéis ao qual tem acesso extremamente restrito e é fechado continuamente por vários
parafusos e porcas (estojos). Por isso acabam entrando em muitos espaços confinados sem saber e acaba
se expondo a um risco que poderia ser facilmente evitado se houvesse uma sinalização apropriada no
acesso. Nem sempre um espaço confinado terá um acesso difícil e restrito.
Infelizmente, devido a falta de treinamento adequado, muitos espaços confinados a bordo não possuem
identificação correta, seja porque a identificação (placa ou adesivo) tenha caído, quebrado ou apagado
ou seja por falhas dos supervisores em manter o local sempre bem sinalizado (falha ou negligência nas
inspecções são frequentes) que acabam ficando sem a sinalização, que como agravante, se for um local
de fácil acesso acaba ficando muito mais perigoso. E também os próprios trabalhadores erram em não
ler os procedimentos para trabalhos em espaço confinado de sua companhia pois, usualmente, nesses
procedimentos são informados quais locais a bordo são considerados espaços confinados. (Bandeira,
2015, p.16)
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Figura 2: Exemplo de alguns espaços confinados
Fonte: https://www.consigmasst.com.br/treinamentos/treinamento-de-espaco-confinado-nr-33/
Alguns locais podem tornar-se espaços confinados com o decorrer dos trabalhos, durante a construção,
fabricação, modificação ou manutenção, dando como exemplo a cabine de pintura sem sistema de
extracção a funcionar, que foi concebido para utilização permanente mas deixou de ser usado de acordo
com as instruções de segurança. (António e Martins, 2018, p.31)
Em tese, pode ser correto afirmar que para aumentar o grau de segurança e minimizar a probabilidade
de acidentes, qualquer local que atenda a pelo menos uma restrição colocada na definição da NR-33
poderá ser considerada um espaço confinado. Isso ainda gera muitas discussões uma vez que muitos
trabalhadores ainda tenham dúvidas sobre a própria definição do espaço confinado pois sempre
associam primeiramente o acesso restrito para depois pensar na ventilação.
É para evitar esse tipo de confusão que todos os locais aos quais sejam classificados como espaço
confinado, devam ser identificados como tal. Essa identificação deverá ser de forma tal, que qualquer
pessoa, apenas pela imagem saiba identificar os riscos ali presentes. (Bandeira, 2015, p.15)
Fonte: https://www.amazon.com.br/Seguran%C3%A7a-Trabalhos-Confinados-Principais-
Desafios/dp/8537104302
A Norma 33, de observância obrigatória em todos os estabelecimentos que possuem espaços
confinados, possui cinco itens, indicados a seguir:
Objectivo e Definição;
Responsabilidades;
Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados;
Emergência e Salvamento;
Disposições Gerais;
O objectivo da NR-33 e garantir a entrada, o trabalho e a saída segura dos espaços confinados, através
da implantação de medidas de protecção, que devem ser estabelecidas a partir dos riscos existentes no
espaço confinado, antes da entrada e dos riscos gerados na actividade a ser realizada.
E importante determinar o impacto do ambiente externo sobre o interior do espaço confinado, bem
como as condições e actividades realizadas no espaço confinado que possam afectar as áreas adjacentes,
inclusive comunidades vizinhas e o meio ambiente. Emissões de equipamentos, vazamentos de produtos
perigosos, exaustão de gases, contacto com linhas de forca energizadas, rompimento de tubulações
subterrâneas, trafego de animais, pessoas e veículos, chuvas e ventos, entre outros riscos, devem ser
avaliados. (Garcia e Neto 2013)
2.3.2. Responsabilidades
Cabe ao Empregador:
a) Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;
b) Identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;
c) Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;
d) Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por medidas
técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento, de forma a
garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho;
e) Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de
emergência e salvamento em espaços confinados;
f) Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito, da
Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II desta NR;
g) Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde desenvolverão suas
actividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;
h) Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das
empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam actuar em
conformidade com esta NR;
i) Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco grave e
iminente, procedendo ao imediato abandono do local;
j) E garantir informações actualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso
aos espaços confinados.
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Ele deve ter conhecimento e experiencia no assunto, conhecer os espaços confinados existentes na
empresa e os seus respectivos riscos, ter capacidade para trabalhar em grupo e tomar decisões. As
atribuições do Responsável Técnico incluem, entre outras:
Identificar os espaços confinados;
Elaborar e coordenar a gestão de segurança e saúde;
Definir medidas para isolamento e sinalização;
Cabe aos Trabalhadores:
Colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;
Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;
Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua segurança e saúde
ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento;
Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação aos espaços
confinados.
Estabelecimento de critérios para selecção e uso de todos os tipos de equipamentos e instrumentos, bem
como a avaliação periódica do programa para trabalho em espaços confinados. Para cumprir suas
atribuições legais, o Responsável Técnico deve possuir autoridade para propor e executar acções que
evitem a ocorrência de acidentes, devendo a empresa disponibilizar recursos humanos, materiais e
financeiros para este fim. (Garcia e Neto 2013).
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e) Implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos atmosféricos em
espaços confinados;
f) Avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores, para verificar se
o seu interior é seguro;
g) Manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização dos trabalhos,
monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço confinado;
h) Monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os trabalhadores
autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar se as condições de acesso e
permanência são seguras;
i) Proibir a ventilação com oxigénio puro;
j) Testar os equipamentos de medição antes de cada utilização;
k) Utilizar equipamento de leitura directa, intrinsecamente seguro, provido de alarme, calibrado e
protegido contra emissões electromagnéticas ou interferências de radiofrequência.
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e) Exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes em espaços
confinados.
Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser submetido a exames
médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme estabelecem as NR 7 e 31, incluindo
os factores de riscos psicossociais, com a emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional (ASO).
A experiência prova que não é apenas o trabalhador que está definido no planeamento de trabalho que
entra no espaço confinado que se encontra em risco. Poderão entrar, a qualquer momento, outros
trabalhadores que se encontrem a apoiar o trabalho, assim como, qualquer pessoa que em situação de
emergência tente ajudar, por último as equipas de resgate.
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Figura 4: Trabalho em galerias subterrâneas
Fonte: https://conect.online/blog/category/espaco-confinado/page/3/
A fraca condição física, as doenças cardiovasculares, as doenças respiratórias; a fraca acuidade visual
e/ou auditiva, as doenças com cuidados especiais (diabetes – dependência de insulina) e por último, mas
bastante importante, os trabalhadores que tenham dependência de álcool e/ou drogas são factores de
natureza médica a considerar como condicionante para que o trabalhador não possa entrar e executar
uma tarefa dentro do espaço confinado. (António e Martins, 2018, p.31)
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2.5. Riscos associados aos Espaços Confinados
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A atmosfera do espaço confinado devera ser continuamente monitorada por meio de detectores portáteis
transportados pelos trabalhadores autorizados e/ou por meio de detectores fixos, instalados próximos as
tubulações, válvulas e demais locais onde possam ocorrer vazamentos ou formação de contaminantes
durante a execução da tarefa.
O monitor deve ter capacidade de detectar todos os gases e vapores existentes no espaço confinado. Os
monitores mais utilizados detectam o percentual de oxigénio, Limite Inferior de Explosividade de
Inflamáveis, monóxido de carbono e o gás sulfídrico. O prazo de garantia e a vida útil dos sensores,
detectores ou células devem ser verificados periodicamente. (Garcia e Neto 2013, p. 13)
2.5.4. Intoxicação
2.5.4.1. Concentração de substâncias tóxicas acima dos limites de exposição permitidos.
As Atmosferas mais comuns são tóxicas, corrosivas e irritantes:
Ventilação insuficiente;
Realização de trabalhos de soldadura, corte, pintura, tratamento de superfícies, limpeza;
Gases tóxicos produzidos em áreas adjacentes- entrada e acumulação nos EC;
Gases de decomposição de matéria orgânica [metano, hidrogénio] esgotos, fossas, câmaras de
visita, [dióxido de carbono] cubas de fermentação, minas;
Depósitos de fruta, etc.;
Vapores de combustíveis e solventes orgânicos- benzeno, gasolina, nafta e outros
hidrocarbonetos;
Produtos de combustão (monóxido de carbono oriundo do escape de motores);
Gases e partículas- formados na sequência de incêndios e explosões.
2.5.9. Afogamento:
Comunicação intempestiva com instalações próximas (águas de esgotos; de condutas, etc.).
2.5.10. Queda em altura / queda ao mesmo nível / pancadas / choques / queda de objectos:
No acesso aos EC;
Trabalhos realizados no interior dos EC - passagens estreitas, contacto com superfícies, etc..
Superfícies escorregadias.
Fonte: https://prolifeengenharia.com.br/acidentes-comuns-em-altura/
2.5.11. Electrização:
Trabalhos realizados no interior dos EC - com utilização de electricidade.
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2.5.13. Esmagamento / pancadas / choques / queimaduras:
Trabalhos realizados no interior dos EC - manipulação de equipamentos.
2.1. Fontes de ignição mais comuns nos espaços confinados
Uso de ferramentas eléctricas;
Electricidade estática;
Os trabalhos em EC só podem ser executados por, pelo menos, 2 trabalhadores instruídos (Um
trabalhador entra no EC, e o segundo trabalhador fica no exterior - Operação de resgate).
Planear as intervenções cuidadosamente;
Efectuar reconhecimento, após autorização, do local de trabalho;
Todos os trabalhadores envolvidos devem:
Conhecer os perigos que poderão surgir durante os trabalhos;
Estar treinados na utilização de equipamentos;
Suspender os trabalhos em caso de condições climatéricas adversas;
Fornecer equipamentos de trabalho adequados: Atmosferas explosivas, antideflagrantes, anti-
estáticos, etc.;
Implementar programas de inspecção e manutenção de equipamentos de trabalho;
Iluminação adequada às tarefas;
Proibição de fumar;
Monitorização e controlo da atmosfera no interior dos EC,
- Antes de entrar no EC;
- Durante a realização dos trabalhos;
- Suspender trabalhos se forem excedidos os valores limite de exposição.
Purga e ventilação dos EC;
Isolamento e delimitação dos EC;
Isolamento e imobilização de máquinas e equipamentos:
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- Cortar circuitos de alimentação de equipamentos e máquinas;
- Retirar componentes mecânicos;
- Inibir fontes de transmissão de energia mecânica;
- Inibindo fontes de energia hidráulicas ou pneumáticas;
- Retirar secções de canalizações;
- Colocar juntas cegas nas canalizações;
- Bloquear e etiquetar válvulas de alimentação;
- Imobilizar e bloquear bombas;
- Isolar canalizações que contenham substâncias perigosas
Inibição de fontes de energia e Isolamento (separação) dos EC;
Protecção dentro dos EC;
Procedimentos de resgate e evacuação, em caso de emergência;
Meios de comunicação com o exterior dos EC
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Fonte:https://impac.com.br/detector-de-gas/oxigenio-detector-espacos-confinados-nr33-
medidor.html
26
Fonte:https://docplayer.com.br/73642274-Espacos-confinados-livreto-do-trabalhador-nr-33-seguranca-
e-saude-nos-trabalhos-em-espacos-confinados.html
Figura 10: Equipamentos de protecção individual usados em locais confinados param manutenção
Fonte:https://www.manutencaoesuprimentos.com.br/equipamentos-de-seguranca-para-espacos
confinados/#gsc.tab=0
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d) Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e
e) Encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços.
Garantir que os trabalhadores sejam detentores das competências adequadas à tarefa que vão
desempenhar. Para além das que sejam da sua formação de base técnica e/ou académica, é essencial
conhecer os riscos, as medidas de prevenção, conhecer e testar o modo de avaliação da qualidade do ar
no interior e utilizar correctamente o equipamento de medição, conhecer e testar o modo de utilização
dos EPI (Equipamento de Protecção Individual), conhecer e testar os equipamentos de comunicação,
conhecer e testar os meios de primeiros socorros, emergência e resgate. (António e Martins, 2018).
É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a prévia capacitação do trabalhador.
O empregador deve desenvolver e implantar programas de capacitação sempre que ocorrer qualquer das
seguintes situações:
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a) Mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) Algum evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) Quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos
procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não sejam
adequados.
Todos os trabalhadores autorizados e Vigias devem receber capacitação periodicamente, a cada doze
meses. A capacitação deve ter carga horária mínima de dezesseis horas, ser realizada dentro do horário
de trabalho, Com conteúdo programático de:
a) Definições;
b) Reconhecimento, avaliação e controle de riscos;
c) Funcionamento de equipamentos utilizados;
d) Procedimentos e utilização da Permissão de Entrada e Trabalho; e
e) Noções de resgate e primeiros socorros.
A capacitação dos Supervisores de Entrada deve ser realizada dentro do horário de trabalho, com
conteúdo Programático estabelecido no subitem 33.3.5.4, acrescido de:
Todos os Supervisores de Entrada devem receber capacitação específica, com carga horária mínima de
quarenta horas. Os instrutores designados pelo responsável técnico, devem possuir comprovada
proficiência no assunto. Ao término do treinamento deve-se emitir um certificado contendo o nome do
trabalhador, conteúdo programático, carga horária, a especificação do tipo de trabalho e espaço
confinado, data e local de realização do treinamento, com as assinaturas dos instrutores e do responsável
técnico. Uma cópia do certificado deve ser entregue ao trabalhador e a outra cópia deve ser arquivada na
empresa.
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Figura 11: Simulação de uma intervenção de trabalhadores num acidente em espacos confinados
Fonte: https://www.conexaobombeiro.com/2016/07/entrada-em-espacos-confinados-e.html
Para determinar as condições existentes no interior dos espaços confinados, é necessário conhecer a
composição da atmosfera interior, através de medições, de forma a determinar o grau de perigosidade e
a concentração de contaminantes.
É fundamental ter uma equipa técnica competente, com conhecimentos e preparação técnica, providos
com equipamentos de medição em boas condições de manutenção, devidamente calibrados e
compatíveis com as necessidades de avaliação. (António e Martins, 2018)
Exemplo: Um soldador é considerado, no mundo laboral, um técnico especializado que necessitou, para
tal, de fazer uma formação que lhe desse competências nesta matéria específica. No entanto, para um
soldador conseguir operar numa área fabril de uma empresa petroquímica, não lhe é o bastante que
perceba apenas da sua arte: o soldador está obrigado a perceber de outras especialidades, tais como a
detecção de gases ou os trabalhos em altura, entre outras. (António e Martins, 2018)
2.5.10. Sinalização
Apesar de não existir sinalização específica para trabalhos em espaços confinados na legislação
nacional, pode-se colocar uma placa com informação adicional (figura 2), que pode identificar os
principais riscos e informar quais são as medidas obrigatórias.
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Figura 12: Placa de sinalização em espaços confinados
Fonte: Possebon Amaral (2007)
A autorização de entrada é sempre obrigatória e deve incluir uma inspecção prévia do local onde será
realizada uma análise criteriosa, correta e permanente dos riscos, uma segura definição das condições e
das medidas de controlo, bem como os nomes dos trabalhadores autorizados a aceder ao espaço
confinado e os nomes dos trabalhadores com permissão para a presença no local onde decorrem os
trabalhos (chefe de equipa, vigias e equipa de resgate).
Para se ter um controle operacional deve-se dar prioridade a eliminação dos perigos ou evitar a
existência deles, pois não existindo o perigo, não ocorrerá o acidente. Esta forma de controlo pode
implicar na aplicação de novas tecnologias, mudanças nos processos e investimentos maiores para a
obtenção de resultados satisfatórios. (Araújo; Santos; Mafra, 2000, como citado em Martins, 2014).
A empresa deve identificar quais os processos mais eficientes para eliminação dos perigos ou redução
dos riscos, e estabelecer os controlos necessários levando em consideração os factores: a fonte, o meio e
o indivíduo, o nível de risco existente, a praticidade do controle e a possibilidade de não gerar novos
perigos. Para que sejam eficientes e efectivos as fontes e os controles devem caminhar juntos. (Araújo;
Santos; Mafra, 2000, como citado em Martins, 2014).
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administrativas e medidas pessoais e capacitação para trabalho em espaços confinados.” (BRASIL,
2006).
A NR 33 vê a Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados como um conjunto de
acções preventivas, administrativas, colectivas e de pessoal, essencial para assegurar a segurança no
desenvolvimento das actividades em espaços confinados. A relação de procedimentos, feita por Campos
(2007) para Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho em espaços confinados, conforme a NR 33, pode
ser observada na Tabela 1.
Tabela 1:Procedimento para Gestão de Segurança em Espaços Confinados
Riscos Psicossociais
Exames Médicos
Pessoal Atestado de Saúde Ocupacional
Promoção de Saúde
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https://iaco.com.br/novo/tecnicas-de-resgate-em-locais-de-espaco-confinado-podem-salvar-vidas/
Ainda de acordo com Pinto e Martins (2012) como citado em Bandeira, (2015 p. 80), com tantas
ameaças presentes, nem o uso de todos os equipamentos disponíveis pode garantir a segurança completa
ao resgatista. De acordo com a Norma Regulamentadora 33, o empregador devera elaborar e
implementar procedimentos de emergência e resgate para espaços confinados que devam conter no
mínimo:
1) Descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos através da APR;
2) Descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em casos de
emergência;
3) Selecção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de emergência,
busca, resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas;
4) Accionamento de equipa responsável, pública ou privada, pela execução de medidas de resgate e
primeiros socorros para cada serviço a ser realizado;
5) Exercício simulado de acidente nos possíveis cenários uma vez por ano.
3. Conclusão
A carência por informações tangentes a HST tem sido cada vez notória no mundo do trabalho em geral,
pelo que foi útil, a elaboração do tema serve para o nosso aprendizado académico tanto quanto para o
nosso futuro como trabalhadores, portanto o tema em apreço é muito eficaz quando cumprido na sua
essência, pois reduz os riscos de danos leves até os mais graves que até podem chegar a tirar a vida do
ser humano. Todavia, a negligência das obrigatoriedades dos empregadores tanto como dos empregados
pode ser fatal, pelo que se pode dizer que é de tamanha importância o cumprimento dos requisitos
tangenciais a HST. Desde já, endereçamos nosso voto de agradecimento pela oportunidade que nos foi
dada de poder desenvolver este tema. Houve dificuldades leves na busca e recolha de informação sobre
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os espaços confinados e suas ameaças, porem tudo cooperou para o nosso crescimento académico na
área de HST.
4. Referências Bibliográficas
António N., & Martins S., (2018), Nível de oxigénio em espaços confinados, risco real ou risco
Percepcionado, Dissertação como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Segurança e
Higiene no trabalho. Instituto Politécnico de Setúbal.
Bandeira, I., C., P., (2015) entrada em espaços confinados a bordo: Riscos e cuidados a serem tomados
rio de Janeiro
Freitas L., & C., Cordeiro T., C., Outubro (2013), Segurança e Saúde do Trabalho Guia para micro,
pequenas e médias empresas, edição Lisboa.
Garcia, S., A., L., & Neto, K., F., (2013), Guia técnico de NR-33 Segurança e Saúde no Trabalho em
espaços confinados Brasília/DF.
36
Martins A., (2014), Análise do trabalho em espaço confinado: descontaminação e manutenção de
vagão tanque ferroviário, Brasil, Curitiba
Portaria GM n.º 202, 22 de dezembro de 2006, NR-33 segurança e saúde nos trabalhos em espaços
confinados
Possebon, F., K., N., Amaral, N., C., (2007), Espaços confinados – livreto do trabalhador Fundacentro
São Paulo
37