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Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
Objetivo
• Capacitar a realização da avaliação quantitativa de agentes químicos.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
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Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
Contextualização
Como você já sabe, a Norma Regulamentadora 15 (NR-15), que trata das atividades e
operações insalubres, em seus anexos 11, 12 e 13, relaciona os agentes químicos e ati-
vidades e operações envolvendo agentes químicos que podem ocasionar danos à saúde
dos trabalhadores. Os anexos 11 e 12 são de caráter quantitativo, enquanto o anexo 13
é qualitativo (BRASIL, 2014).
Para atender aos requisitos de avaliação quantitativa dos agentes relacionados nos
Anexos 11 e 12 e outros agentes químicos não especificados nas normas nacionais, é
necessário ter domínio sobre as estratégias de coleta e análise de agentes químicos.
De modo contrário, uma avaliação de agentes químicos mal feita pode acarretar di-
versos prejuízos às partes interessadas, resultando em doenças e acidentes envolvendo
os trabalhadores, comprometimento da imagem e credibilidade da empresa e do profis-
sional responsável pela avaliação, entre outras possibilidades.
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Metodologia de Avaliação
A avaliação quantitativa de riscos químicos contempla o conjunto de ações necessá-
rias para a caracterização de um ambiente de trabalho ou da exposição ocupacional a
determinado agente químico.
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• Dados indicativos de possíveis danos à saúde originados pela exposição a agentes
químicos (BRASIL, 2018).
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A amostra ou medição pessoal pode ser considerada estacionária quando o trabalha-
dor permanece parado no ponto de medição, durante todo o período de coleta. A amos-
tra ou medição estacionária é a mais apropriada para avaliar as condições ambientais.
Os pontos de coleta de amostras ou medições estacionárias devem ser determinados
considerando o número e localização das fontes do agente químico, direção dos ventos,
zonas ou locais de trabalho e arranjo físico do local (BRASIL, 2018).
PROCEDIMENTO DE ANÁLISE DE
DADOS PARA A UTILIZADO
A PERÍODO COMPLETO
AMOSTRA ÚNICA
A B
PERÍODO COMPLETO
A B AMOSTRA
CONSECUTIVAS
A B C
TIPO DE AMOSTRA
A B
AMOSTRAS CONSECUTIVAS
A B EM PERÍODO PARCIAL
A B C
A B C D E
(ALEATÓRIA)
AMOSTRAS ALEATÓRIAS
A B C D
0 1 2 3 4 5 6 7 8
HORAS APÓS INÍCIO DO TURNO
Figura 3 – Quadro de referência dos tipos de medições de exposição que
poderiam ser tomadas para um padrão de exposição média de 08 horas
Fonte: NIOSH, 1977
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Saiba mais sobre as aplicações de cada tipo de amostra e sobre os critérios NIOSH e AIHA
para grupo de trabalhadores no Guia Técnico sobre Estratégia de Amostragem da Funda-
centro, páginas 45-65, disponível em: http://bit.ly/2wh019w
Avaliação inicial
As avaliações iniciais devem contemplar, obrigatoriamente, os locais de trabalho, as
situações e os grupos de exposição classificados como críticos. As avaliações devem ser
realizadas nos dias de exposição efetiva ou mais críticos (BRASIL, 2018).
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em determinado momento), objetivos da avaliação, quantidade de jornadas a serem ava-
liadas e se há dispersão das concentrações do agente químico ao longo do período.
A escolha das jornadas de trabalho a serem avaliadas devem ser aleatórias, sendo
excluídos os dias atípicos ou não representativos da condição que se deseja avaliar
(BRASIL, 2018).
Equipamentos de Medição
Os equipamentos de medição utilizados para a avaliação de riscos químicos são co-
nhecidos por “bombas de amostragem”. Trata-se de um instrumento portátil e leve,
que utiliza bateria recarregável, onde se ajusta a vazão definida pelo método analítico.
As bombas de amostragem devem ser intrinsecamente seguras e possuir um sistema
automático de controle de vazão com capacidade para mantê-la constante, dentro de um
intervalo de ±5%, durante o tempo de coleta (BRASIL, 2018).
Metodologia Analítica
A metodologia analítica é composta pelos procedimentos de coleta, medição e análises
laboratoriais. Alguns conceitos devem ser esclarecidos para compreensão da metodologia.
• Volume amostrado [m³], conforme equação 1:
V=Q×T (Eq. 1)
Obs.: Se a vazão Q da bomba for dada em litros por minuto, deve-se proceder a
conversão de unidades através da equação 2.
Q xT
V= (Eq. 2)
1.000
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m
C= (Eq. 3)
V
Sendo m a massa da amostra [mg] e V o volume amostrado [m³].
• Concentração ppm, conforme equação 4:
1 cm3 1 cm3
1 ppm = = (Eq. 4)
1 m3 1.000.000 cm3
• Conversão de unidades mg/m³ para ppm (equação 5) e de ppm para mg/m³ (equação 6):
40 168 - h
FR = x (Eq. 7)
h 128
Sendo h a jornada de trabalho em horas.
Ainda, algumas recomendações devem ser seguidas para garantir a qualidade dos
dados obtidos, tais como:
• Utilizar uma bomba de amostragem devidamente calibrada para realizar a coleta;
• Após a coleta, medir a vazão final da bomba, sendo que amostras realizadas em
bombas que apresentem variações nas vazões inicial e final superiores a 5% devem
ser descartadas;
• Analisar as amostras em laboratórios confiáveis, que possuam equipamentos de
análise calibrados e controle de qualidade etc. (BRASIL, 2018).
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Comumente são utilizadas as metodologias analíticas de organismos e instituições
internacionais de renome como NIOSH (EUA), OSHA (EUA), ACGIH (EUA), ASTM
(EUA), EPA (EUA), HSE (UK), entre outras (BRASIL, 2018).
Para ilustrar os métodos analíticos, segue parte do método NIOSH 7602, para análi-
se de sílica cristalina (Figura 4). Nos métodos analíticos é possível verificar as condições
que a amostra deve ser coletada, tais como tipo do amostrador, vazão, volumes mínimo
e máximo de ar coletado, entre outras informações (destaque em vermelho na Figura 4).
Também é possível verificar as condições da análise da amostra (destaque em verde na
Figura 4) dentre outras referências pertinentes ao método.
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Interpretação de Resultados
e Análise Estatística
Comparar os resultados obtidos nas medições com os valores de referência para os
ambientes de trabalho pode não ser suficiente para se chegar a uma conclusão confiável.
Também é necessário avaliar a probabilidade e a confiança de que os limites estabele-
cidos não serão ultrapassados em momentos não monitorados. Para isso, é necessário
demonstrar a confiabilidade estatística do seu julgamento através da realização de testes
de conformidade com os valores de referência (BRASIL, 2018).
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Se os resultados obtidos se situam no, ou abaixo do, nível de ação (metade do limite
de exposição ocupacional) e a dispersão é razoavelmente baixa (Desvio Padrão Geomé-
trico – DPG<2), a análise estatística validará as medições realizadas (BRASIL, 2018).
C1 + C2 + Cn
MA = (Eq. 1)
n
1 n 2
DP = å
n -1 i=1
(ci - MA) (Eq. 2)
• Obter o Limite Superior de Confiança Land’s Exato (LSCLE, 95%) para um inter-
valo de confiança a partir da equação 5:
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Figura 5 – Fator C do LSCLE,95% (95% UCL), como função do número de resultados (n) e do DPY (S)
Fonte: BRASIL, 2018, apud HEWETT & GANSER, 1997
LSCLE ,95%
I MV = (Eq. 6)
VRATMPT
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Tratamento estatístico dos dados de curta duração ou
instantâneos (curta duração – 15 min ou valor teto)
Quando se tratar de dados que representam curta duração – 15 min ou valor teto,
deve-se:
• Calcular a Média Aritmética (MA), Desvio Padrão (DP), Média Geométrica (MG) e
Desvio Padrão Geométrico (DPG), conforme as equações 1 a 4;
• Calcular o percentil 95% (P95%) do Limite Superior de Tolerância (LSTP95%,95%,n)
através das equações 7 e 8:
Sendo K = K(0,95,0,95,n), obtido na Figura 6, para uma proporção igual a 95% (P=0,95),
um nível de confiança de 95% (γ = 0,95) e n resultados.
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P95%
I P 95% =
VRATCD , VRATTETO ouVMP
LSTP 95%,95%
I LST =
VRATCD , VRATTETO ouVMP
Para saber mais sobre o tratamento estatístico, estude o Apêndice I do Guia Técnico sobre
Estratégia de Amostragem da Fundacentro, páginas 92-98, disponível em: http://bit.ly/2wh019w
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Saiba mais sobre a exposição ocupacional a agentes químicos e a instrumentação para ava-
liação destes em: https://youtu.be/hnIjys-Cmxg
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Instrumentação Agentes Químicos
https://youtu.be/hnIjys-Cmxg
Leitura
Guia técnico sobre estratégia de amostragem e interpretação de resultados de avaliações
quantitativas de agentes químicos em ambientes de trabalho
http://bit.ly/2wh019w
Norma de Higiene Ocupacional 03 – NHO 03
Método de Ensaio: Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados Sobre
Filtros e Membrana.
http://bit.ly/2weEXQL
Norma de Higiene Ocupacional 04 – NHO 04
Método de Ensaio: Método de Coleta e a Análise de Fibras em Locais de Trabalho.
http://bit.ly/2wi7lS0
Norma de Higiene Ocupacional 08 – NHO 08
Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho.
http://bit.ly/2weEHkL
NIOSH Manual de métodos analíticos – 4ª Edição
http://bit.ly/2JA0Pie
NIOSH 7602
http://bit.ly/2wh1QmS
SGS GROUP – Resumo dos métodos
http://bit.ly/2VVzOwi
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Referências
BRASIL. Guia técnico sobre estratégia de amostragem e interpretação de resultados
de avaliações quantitativas de agentes químicos em ambientes de trabalho. São
Paulo: Fundacentro, 2018.
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