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ATIVIDADE 6ª SÉRIE

Sequência de atividades 1 – Caderno do aluno – Aprender Sempre


Volume 4:

Página 3 – Fazer a leitura das imagens e do texto e logo após


realizar a atividade:

Analise a imagens da página 4 e escreva um texto NARRATIVO,


criando um história para esta figura. O que você acha que poderia
estar acontecendo? Use sua imaginação e vá além das
possibilidades. Quero ver uma história bem legal.

AULA 2 – Diferentes tipos de Narrador:


Copie o texto em seu caderno:
Os tipos de narrador são o narrador personagem (em primeira pessoa), que participa
da história; o narrador observador (em terceira pessoa), que apenas narra o que vê; e
o narrador onisciente (também em terceira pessoa), que tem total conhecimento de
personagens e fatos.

Cada um desses narradores tem um ponto de vista, isto é, um foco narrativo, uma
perspectiva particular da história.

Foco narrativo

Uma história pode ser narrada de diferentes perspectivas, isto é, de distintos pontos de
vista. O narrador pode fazer parte da trama e, assim, expor sua visão particular dos
fatos, mas pode também estar de fora, apenas como um observador dos
acontecimentos ou mesmo detentor de um conhecimento prévio acerca do enredo.
Essas diferentes maneiras de narrar-se uma história chamamos de foco narrativo.

Desse modo, a escolha do foco narrativo determina os rumos da narrativa. Assim,


decidir que tipo de narrador fará o relato dos fatos é uma das primeiras preocupações
do criador da obra, ou seja, o autor. Aliás, é importante ressaltar que autor e narrador
são seres distintos. O autor ou autora é um ser real, um indivíduo de carne e osso, que
cria, planeja e escreve a história. Já o narrador é a voz que narra os acontecimentos,
um ser fictício, mesmo que não faça parte, como personagem, da trama.

Para ficar mais claro, imagine um romance policial de Agatha Christie (1890-1976),
narrado por um narrador que apenas observa a história. Ocorreu um crime no início da
obra. Caberá, portanto, ao detetive Hercule Poirot, e ao leitor ou leitora, descobrir o
culpado. Se você acha que a voz que narra é da própria Agatha Christie, pode achar,
também, que a história de fato aconteceu, e sua conclusão seria coerente, já que uma
pessoa real está relatando os fatos, porém a voz que conta a história é tão fictícia
quanto a própria história, o que permite à autora total liberdade de criação.

Portanto, o narrador, de acordo com seu foco narrativo, fará o direcionamento da


história, pois o ponto de vista determina como o enredo deve ser estruturado. Assim, o
narrador pode ser um participante dos acontecimentos ou apenas um intérprete dos
fatos narrados, ser um narrador em primeira ou terceira pessoa, parcial ou imparcial,
centrado nos fatos ou nos personagens, focado em seus pensamentos ou em suas
ações.

Tipos de narrador

Narrador personagem

É um narrador em primeira pessoa, portanto, é um personagem da história. Assim, ele


não só relata os fatos, como também participa dos acontecimentos narrados:

“Como se eu estivesse por fora do movimento da vida. A vida rolando por aí feito
roda-gigante, com todo mundo dentro, e eu aqui parada, pateta, sentada no bar. Sem
fazer nada, como se tivesse desaprendido a linguagem dos outros. A linguagem que
eles usam para se comunicar quando rodam assim e assim por diante nessa roda-
gigante. Você tem um passe para a roda-gigante, uma senha, um código, sei lá. Você
fala qualquer coisa tipo bá, por exemplo, então o cara deixa você entrar, sentar e
rodar junto com os outros. Mas eu fico sempre do lado de fora. Aqui parada, sem
saber a palavra certa, sem conseguir adivinhar. Olhando de fora, a cara cheia, louca
de vontade de estar lá, rodando junto com eles nessa roda idiota — tá me
entendendo, garotão?”
Trecho do conto Dama da noite, de Caio Fernando Abreu.

“Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da
Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu.
Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da Lua e dos ministros, e acabou
recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem
inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos
três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os
versos no bolso.”
Trecho do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis.

Narrador observador

É um narrador em terceira pessoa e narra apenas o que vê, o que observa, isto é, não
participa da história e nem tem conhecimento total dos fatos e personagens:

“O sol estava começando a abaixar e a luz da tarde estava sobre a paisagem quando
desceram a colina. Até agora não tinham encontrado vivalma na estrada. [...]. Já
estavam andando havia uma hora ou mais quando Sam parou por um momento, como
se escutasse algo. Estavam agora em terreno plano, e a estrada, depois de muitas
curvas, estendia-se em linha reta através de um capinzal salpicado de árvores altas,
[...].”
Trecho do romance O senhor dos anéis, de J. R. R. Tolkien, tradução de Lenita Maria
Rímoli Esteves.

“Em seguida, os homens caíram na gargalhada ao ver o garoto enfurecido,


empunhando uma espada que mais parecia um brinquedo. Um deles segurou Abel
pela túnica, de modo a deixá-lo imobilizado. Ainda assim, ele agitava a espada no ar,
tentando atingir seu desafeto, o que só fez crescer o riso de todos. ”
Trecho do romance A lenda de Abelardo, de Dionisio Jacob.

Narrador onisciente

É um narrador em terceira pessoa e tem total conhecimento dos fatos e dos


personagens. Assim, ele conhece o passado, o presente e o futuro dos personagens,
bem como seus pensamentos e sentimentos:

“Clarissa fica ali parada com uma sensação de culpa, com as flores no braço, torcendo
para que a estrela apareça de novo, constrangida com seu interesse. Ela não é dada a
bajular celebridades, não mais do que a maioria das pessoas, mas não consegue evitar
a atração exercida pela aura da fama — mais do que fama, imortalidade mesmo —
[...]. Clarissa se deixa ficar parada ali, tola como qualquer fã, por mais alguns minutos,
na esperança de ver a estrela surgir. Sim, só mais alguns minutos, antes que a
humilhação se torne simplesmente demais. [...]. Depois de alguns minutos (quase dez,
embora deteste admiti-lo), parte de supetão, indignada, [...].”

Agora realize as atividades das páginas 5,6,7,8,9,10,11 e 12 do livro


APRENDER SEMPRE VOLUME 4 com muita atenção.

Ótimos estudos!
Um beijo da Prô Nathalia.
Se precisar de ajuda, chame no insta da prô : @professoranathaliacomth

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